Achei a história sem fluidez nenhuma e não me conectei com nenhum dos dois personagens.
E é uma pena isso. A ideia do Ozon com a história é muito boa, mas chove no molhado — um primeiro amor dilacerante, casais gays sofrendo o tempo todo. Coisas que já não são interessantes ou atuais.
No final, é um filme absolutamente pouco memorável, assim como seus dois últimos trabalhos.
Já é um dos grandes filmes do ano. Vanessa Kirby e Ellen Burstyn estão surreais de tão bem em cena. Além disso, o diretor soube conduzir a trama com uma delicadeza absurda a partir de uma história tão triste, tão forte, tão emocional. Tudo é muito bem dosado, muito bem administrado, bem dirigido.
Os primeiros 30 minutos tiram o fôlego, como uma cena de um take só de um parto. O desespero da personagem é passado pra tela com sucesso. Depois, todo o sofrimento que surge, vai tomando pedaços do espectador, assim como a protagonista tenta recolher os pedaços de sua vida. É triste demais.
Só não dou cinco estrelas pois há excessos. A subtrama de tribunal, por exemplo, achei vazia. Mas, de resto, tem tudo para ser um dos filmes do Oscar.
Filme desesperador sobre o genocídio bósnio pelas mãos da Sérvia. É triste, é profundo, é dinâmico, é perturbador. Daquelas histórias que mexem com a gente e deixa revoltado com injustiças, querendo atravessar a tela para ajudar essa mãe desesperada.
A premissa do filme é interessante, borrando as barreiras e as fronteiras dos gêneros. Traz alguns bons questionamentos e a maquiagem da Noémie Merlant como o homem trans Benjamin é ótima.
No entanto, acho que o filme simplifica demais algumas questões e, em alguns momentos, até cai em um perigoso terreno de diminuição do papel e da importância da mulher ali, naquela relação.
Não é meu lugar de fala e, por isso, não posso e não me sinto confortável de opinar sobre o tratamento dispensado à sexualidade dos personagens. Estou curioso para ver o debate que vai surgir quando esse filme for lançado comercialmente.
Um filme realmente muito chato. Não dá espaço para as pessoas contarem suas histórias, a cinematografia é óbvia, alguns momentos parecem encenados. Uma das grandes decepções do TIFF 2020.
A história é bonita, triste, inspiradora, etc. Mas me incomoda um pouco a forma que o diretor encontrou de retratar o filho do Joe Bell, sem nenhuma sutileza ou delicadeza. Além disso, quem escolheu o Mark Wahlberg pro papel? O cara mais de uma vez teve declarações racistas. Agora colocam ele no papel de um pai cruzando os EUA contra o bullying? Acho que isso, mais um tratamento frio demais do diretor, acabam matando a conexão entre o espectador e o filme. Pena. Tinha mais potencial.
Filme interessante sobre um grupo cultural bem específico. O elenco está muito bem, é interessantíssima a forma que esse tal grupo é posto na tela. Mas falta roteiro. Muita das transições e dos plots são simplificados demais e acabam desestabilizando a jornada do protagonista. Pena.
Incrível como o documentário conseguiu registrar a Greta desde seu início solitário até o momento que se tornou persona non grata de líderes mundiais da direita. Interessante ver sua rotina, sua vida fora dos holofotes. Também ver que ela, mesmo com tudo que fez e faz, continua sendo uma jovem de 16 anos.
Achei um pouco cansativo. Mas não deixa de ser uma jornada de fantasia juvenil emocionante e interessante, principalmente quando a história vai para os aspectos fantasiosos que promete o tempo todo. É uma espécie de ‘Ponte para Terabítia’ da nova geração e que mostra uma estreia vigorosa do Oyelowo, que dirige, atua, roteiriza e produz.
Que documentário MARAVILHOSO. Fazia muito tempo que eu não dava cinco estrelas de cara, mas não vi outra opção aqui. Ainda que não tenha uma narrativa exatamente definida, o filme te transporta para a Itália. Te coloca dentro da casa desses caçadores de trufas. E você consegue viajar bem ali, sentado no sofá de casa. Ouve histórias maravilhosas, conhece tipos incríveis, sente o amor que aquelas pessoas sentem pela profissão. É um filme sensível, delicado, maravilhosamente bem filmado e que vai ficar na minha memória por um bom tempo. Gostei demais de ‘Pieces of a Woman’, mas este filme aqui é o melhor do TIFF 2020.
Bonito filme da Kawase, mas que acaba pecando demais no ritmo em alguns momentos. Aqui, a alternância das histórias não foi benéfica para o longa. Mas, no geral, bons momentos. Emociona.
Roteiro sofrível. Não me surpreende que foi escrito quando a diretora/roteirista/protagonista tinha 15 anos. Mas pelo menos tem alguns bons momentos de direção, como a “dança” do casal na mesa.
Achei que iria encontrar uma espécie de comédia, mas acabou sendo um drama inventivo sobre alcoolismo — ainda que algumas intenções do Vinterberg não tenham ficado claras. Mads Mikkelsen está absolutamente incrível, principalmente na cena final. Gostei.
BINGO DOS ROMANCES ADOLESCENTES DO SÉCULO XXI - Jovens doentes ✅ - Casal de desajustados ✅ - Referências literárias ✅ - Dificuldade em engatar o romance ✅ - Trilha sonora moderninha óbvia ✅ - Morte/luto/perda/depressão ✅ - Frases existenciais sobre espaço, átomos, estrelas e outras coisas do tipo ✅
Trata de maneira extremamente ácida o "ativista de Twitter" que se permite matar pessoas e até mesmo não tratar bem uma aeromoça, mas que fica bravo se usam um termo errado ou se matam um rinoceronte na África.
Mostra como a direita cria monstros que não existem para se perpetuarem. A própria ideia da caçada, afinal, partiu da interpretação de reacionários sobre uma troca de mensagens.
É o fenômeno mais criticado aqui. Afinal, a tal da caçada só acontece após a direita cancelar um grupo da esquerda por conta de algumas coisas que eles falaram. Estes, por sua vez, resolvem cancelar (matando, no caso) os responsáveis pelo cancelamento. É genial.
E ainda tem um prato cheio para falar sobre preconceito enrustido, xenofobia e, é claro, fake news. Um filme com vários problemas, mas que acaba vencendo pela atualidade da temática.
Sei que no livro isso é totalmente diferente, mas a falta de aprofundamento do Finch faz com que ele seja só um cara irresponsável e que força um relacionamento abusivo com a Violet. Você não entende os motivos dele estar passando por isso, nem tampouco o que está acontecendo com ele. No final, os temas de relacionamento abusivo e suicídio são tratados de forma leviana.
Filme de terror bom é assim: vai além dos sustos fáceis e acaba construindo uma trama com forte crítica social. Você sai do cinema mais assustado com o que o ser humano pode ser do que, de fato, com a assombração do tal homem invisível.
Acho que é o filme mais bagunçado que já vi na vida. Quando a direção funciona numa cena, a edição vai mal. Quando a edição é competente, a atuação é um desastre. Quando a atuação dá uma melhoradinha, o roteiro trata de estragar. E quando o roteiro tem uma sacada boa, a direção enterra tudo. Que caos!
As questões que esse filme levanta são poderosíssimas. A relação entre Nicoline, a psicóloga, e Idris, o estuprador, põe limites em xeque e nos faz pensar repetidamente naquela situação.
Afinal, na prática, o relacionamento entre os dois é abuso puro. No entanto, a diretora Halina Reijn trata de colocar contrastes na tela para colocar dúvidas em nossas cabeças. É o olhar tenso misturado com a investida sexual. O ciúmes misturado com gestos de sofrimento. O choro misturado com a busca pelo beijo.
É, em resumo, um filme difícil de ser assistido e compreendido. Mas vale a pena chegar até o final e, depois, ficar pensando nos limites do abuso e da paixão. Filmão.
Pra mim, até agora, meu filme preferido na corrida pelo Oscar, junto com 'Parasita'.
A direção da Greta Gerwig está mais madura e é perceptível como ela trabalha em cada cena, cada atuação, cada ângulo de câmera. Suas decisões são espertas e ajudam a sustentar a trama.
As atuações são potentes, com destaque para a Florence Pugh, que rouba a cena -- e quase passa por cima da Saoirse Ronan.
O melhor, porém, é o roteiro! Que trama bem elaborada! O mais divertido é que, no final, dá até para ter dúvida se
a personagem da Saoirse termina com o personagem do Louis Garrel. Afinal, o editor pede para colocar um final romântico, com casamento. Será que aquilo foi só pra ter um final feliz? Ou aconteceu de fato?
São essas coisas que ainda fazem meus olhos brilharem no cinema. História que prende a atenção, provoca o público, e ainda embalada com boa direção e atuações inspiradas. Filmaço!
Já tinha visto na pré, mas quis ver uma segunda vez para ter certeza de tudo que tem errado com esse filme. E as coisas não só se confirmaram, como aumentaram:
1) Nunca, em momento algum dessa franquia, citaram o nome do Palpatine. NADA. Aí, o J.J. Abrams decide colocar que o cara voltou a partir daquele contexto inicial clássico de Star Wars. E dane-se. 2) E PIOR: ele transou e tem um filho. Coisa que nunca foi citada nos filmes originais. E, convenhamos: por mais que a prequel do George Lucas seja fraca, ela mantém consistência com tudo que foi apresentado na trilogia seminal de Star Wars. 3) Os personagens principais estão tão fracos e tão apagados que o C-3PO toma conta do primeiro ato do filme. Com tranquilidade. 4) É insuportável a birra do J.J. Abrams com Os Últimos Jedi. Você pode amar ou odiar o filme do Rian Johnson, mas tem que concordar: o filme aconteceu, tá lá, foi exibido, fez bilhão nas bilheterias. Apagar isso como um sopro é absolutamente bizarro e pouco profissional. 5) Pouco profissional também foi o trabalho da Kathleen Kennedy organizando isso tudo. Ela devia ter projetado tudo a ponto de que, independente do diretor escolhido, mantivesse uma coerência. Não dá pra fazer uma trilogia coesa, em universo nenhum, com visões diferentes. 6) E é absolutamente insuportável ver como o J.J. Abrams se curvou aos fãs preconceituosos. Sumiu com a Rose do filme -- o arco dela em TLJ pode ser ruim, mas foi uma protagonista naquela história. 7) E é gritante o medo do diretor e dos roteiristas de continuar alimentando as teorias de que Poe e Finn eram um casal. Colocam pares românticos que surgem do nada. E, depois, tentam aliviar com duas coadjuvantes se beijando durante dois segundos. 8) É triste ver o que fizeram com a Daisy Ridley nessa franquia. A cada filme ela atuou de um jeito por pontos de vista distintos. Neste, é o formato mais apagado da Rey. 9) Os roteiristas são PÉSSIMOS (são de Liga da Justiça e Batman vs Superman, afinal). Alguns diálogos beiram o tosco, o vergonhoso. 10) Com a volta de Palpatine, perceba: a morte do Anakin foi pra nada. Ele se sacrificou pra acabar com o Imperador pra agora ele estar recuperadíssimo. 11) Sério que tem um ESTÁDIO DE SITHS?? E a regra de que só podem existir dois siths ao mesmo tempo?? 12) E voltando ao Palpatine: o plano dele com a Rey não tem sentido. Se ele matá-la, ele mantém o poder. Se ela viver e matá-lo, ele mantém o poder. Então... por qual motivo ele não manteve o poder? 13) É desconfortável como esse filme parece com Vingadores: Ultimato. Os stormtroopers-homens de ferro, o retorno triunfal de todo o exército... 14) E não há coragem de matar NINGUÉM aqui. C-3PO, Luke, Chewie, Han Solo. Todos morrem e voltam. E a Leia morre do nada, para se comunicar com o filho (??) 15) Por fim, há um punhado de cenas vergonhosas. O raio das mãos do Palpatine que atacam naves, a cura da cobra, o Luke pegando o sabre, o beijo, a quedinha do Kylo Ren quando morre... Muita coisa bizarra. Que decepção.
E vale ressaltar: se há algum culpado por trás desse caos, tem nome: Disney e Kathleen Kennedy. Se houvesse independência de ideias com uma coesão de projetos, tudo seria diferente.
A cena inicial de perseguição é puro caldo de Michael Bay. Desnecessariamente longa, com barraquinhas de frutas e artesanato explodindo (?), uma câmera lenta sem sentido e americanos se portando como salvadores da pátria. Não tinha como ser mais irritante.
Verão de 85
3.5 173 Assista AgoraAchei a história sem fluidez nenhuma e não me conectei com nenhum dos dois personagens.
E é uma pena isso. A ideia do Ozon com a história é muito boa, mas chove no molhado — um primeiro amor dilacerante, casais gays sofrendo o tempo todo. Coisas que já não são interessantes ou atuais.
No final, é um filme absolutamente pouco memorável, assim como seus dois últimos trabalhos.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraJá é um dos grandes filmes do ano. Vanessa Kirby e Ellen Burstyn estão surreais de tão bem em cena. Além disso, o diretor soube conduzir a trama com uma delicadeza absurda a partir de uma história tão triste, tão forte, tão emocional. Tudo é muito bem dosado, muito bem administrado, bem dirigido.
Os primeiros 30 minutos tiram o fôlego, como uma cena de um take só de um parto. O desespero da personagem é passado pra tela com sucesso. Depois, todo o sofrimento que surge, vai tomando pedaços do espectador, assim como a protagonista tenta recolher os pedaços de sua vida. É triste demais.
Só não dou cinco estrelas pois há excessos. A subtrama de tribunal, por exemplo, achei vazia. Mas, de resto, tem tudo para ser um dos filmes do Oscar.
Quo Vadis, Aida?
4.2 177 Assista AgoraFilme desesperador sobre o genocídio bósnio pelas mãos da Sérvia. É triste, é profundo, é dinâmico, é perturbador. Daquelas histórias que mexem com a gente e deixa revoltado com injustiças, querendo atravessar a tela para ajudar essa mãe desesperada.
A Good Man
2.9 1A premissa do filme é interessante, borrando as barreiras e as fronteiras dos gêneros. Traz alguns bons questionamentos e a maquiagem da Noémie Merlant como o homem trans Benjamin é ótima.
No entanto, acho que o filme simplifica demais algumas questões e, em alguns momentos, até cai em um perigoso terreno de diminuição do papel e da importância da mulher ali, naquela relação.
Não é meu lugar de fala e, por isso, não posso e não me sinto confortável de opinar sobre o tratamento dispensado à sexualidade dos personagens. Estou curioso para ver o debate que vai surgir quando esse filme for lançado comercialmente.
Notturno
3.3 14 Assista AgoraUm filme realmente muito chato. Não dá espaço para as pessoas contarem suas histórias, a cinematografia é óbvia, alguns momentos parecem encenados. Uma das grandes decepções do TIFF 2020.
Joe Bell: Você Nunca Andará Sozinho
3.2 42A história é bonita, triste, inspiradora, etc. Mas me incomoda um pouco a forma que o diretor encontrou de retratar o filho do Joe Bell, sem nenhuma sutileza ou delicadeza. Além disso, quem escolheu o Mark Wahlberg pro papel? O cara mais de uma vez teve declarações racistas. Agora colocam ele no papel de um pai cruzando os EUA contra o bullying? Acho que isso, mais um tratamento frio demais do diretor, acabam matando a conexão entre o espectador e o filme. Pena. Tinha mais potencial.
Alma de Cowboy
3.3 31 Assista AgoraFilme interessante sobre um grupo cultural bem específico. O elenco está muito bem, é interessantíssima a forma que esse tal grupo é posto na tela. Mas falta roteiro. Muita das transições e dos plots são simplificados demais e acabam desestabilizando a jornada do protagonista. Pena.
Meu Nome é Greta
3.5 10Incrível como o documentário conseguiu registrar a Greta desde seu início solitário até o momento que se tornou persona non grata de líderes mundiais da direita. Interessante ver sua rotina, sua vida fora dos holofotes. Também ver que ela, mesmo com tudo que fez e faz, continua sendo uma jovem de 16 anos.
O Homem Água
2.7 27 Assista AgoraAchei um pouco cansativo. Mas não deixa de ser uma jornada de fantasia juvenil emocionante e interessante, principalmente quando a história vai para os aspectos fantasiosos que promete o tempo todo. É uma espécie de ‘Ponte para Terabítia’ da nova geração e que mostra uma estreia vigorosa do Oyelowo, que dirige, atua, roteiriza e produz.
Caçadores de Trufas
4.2 1 Assista AgoraQue documentário MARAVILHOSO. Fazia muito tempo que eu não dava cinco estrelas de cara, mas não vi outra opção aqui. Ainda que não tenha uma narrativa exatamente definida, o filme te transporta para a Itália. Te coloca dentro da casa desses caçadores de trufas. E você consegue viajar bem ali, sentado no sofá de casa. Ouve histórias maravilhosas, conhece tipos incríveis, sente o amor que aquelas pessoas sentem pela profissão. É um filme sensível, delicado, maravilhosamente bem filmado e que vai ficar na minha memória por um bom tempo. Gostei demais de ‘Pieces of a Woman’, mas este filme aqui é o melhor do TIFF 2020.
Mães de Verdade
3.8 18 Assista AgoraBonito filme da Kawase, mas que acaba pecando demais no ritmo em alguns momentos. Aqui, a alternância das histórias não foi benéfica para o longa. Mas, no geral, bons momentos. Emociona.
Dezesseis Primaveras
2.6 1Roteiro sofrível. Não me surpreende que foi escrito quando a diretora/roteirista/protagonista tinha 15 anos. Mas pelo menos tem alguns bons momentos de direção, como a “dança” do casal na mesa.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 797 Assista AgoraAchei que iria encontrar uma espécie de comédia, mas acabou sendo um drama inventivo sobre alcoolismo — ainda que algumas intenções do Vinterberg não tenham ficado claras. Mads Mikkelsen está absolutamente incrível, principalmente na cena final. Gostei.
A Química que Há Entre Nós
3.0 167 Assista AgoraBINGO DOS ROMANCES ADOLESCENTES DO SÉCULO XXI
- Jovens doentes ✅
- Casal de desajustados ✅
- Referências literárias ✅
- Dificuldade em engatar o romance ✅
- Trilha sonora moderninha óbvia ✅
- Morte/luto/perda/depressão ✅
- Frases existenciais sobre espaço, átomos, estrelas e outras coisas do tipo ✅
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraO mais legal do filme é que o roteiro critica tudo que está em alta hoje em dia em termos políticos e sociais. Por exemplo:
-- A esquerda-caviar.
Trata de maneira extremamente ácida o "ativista de Twitter" que se permite matar pessoas e até mesmo não tratar bem uma aeromoça, mas que fica bravo se usam um termo errado ou se matam um rinoceronte na África.
-- A direita fantasiosa.
Mostra como a direita cria monstros que não existem para se perpetuarem. A própria ideia da caçada, afinal, partiu da interpretação de reacionários sobre uma troca de mensagens.
-- A cultura do cancelamento.
É o fenômeno mais criticado aqui. Afinal, a tal da caçada só acontece após a direita cancelar um grupo da esquerda por conta de algumas coisas que eles falaram. Estes, por sua vez, resolvem cancelar (matando, no caso) os responsáveis pelo cancelamento. É genial.
E ainda tem um prato cheio para falar sobre preconceito enrustido, xenofobia e, é claro, fake news. Um filme com vários problemas, mas que acaba vencendo pela atualidade da temática.
Por Lugares Incríveis
3.2 627 Assista AgoraQue filme irresponsável!
Sei que no livro isso é totalmente diferente, mas a falta de aprofundamento do Finch faz com que ele seja só um cara irresponsável e que força um relacionamento abusivo com a Violet. Você não entende os motivos dele estar passando por isso, nem tampouco o que está acontecendo com ele.
No final, os temas de relacionamento abusivo e suicídio são tratados de forma leviana.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraFilme de terror bom é assim: vai além dos sustos fáceis e acaba construindo uma trama com forte crítica social. Você sai do cinema mais assustado com o que o ser humano pode ser do que, de fato, com a assombração do tal homem invisível.
A Última Coisa que Ele Queria
2.1 161 Assista AgoraAcho que é o filme mais bagunçado que já vi na vida. Quando a direção funciona numa cena, a edição vai mal. Quando a edição é competente, a atuação é um desastre. Quando a atuação dá uma melhoradinha, o roteiro trata de estragar. E quando o roteiro tem uma sacada boa, a direção enterra tudo. Que caos!
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KPor favor, façam filmes da Caçadora e da Canário Negro. Melhores personagens.
Instinto
2.7 48 Assista AgoraAs questões que esse filme levanta são poderosíssimas. A relação entre Nicoline, a psicóloga, e Idris, o estuprador, põe limites em xeque e nos faz pensar repetidamente naquela situação.
Afinal, na prática, o relacionamento entre os dois é abuso puro. No entanto, a diretora Halina Reijn trata de colocar contrastes na tela para colocar dúvidas em nossas cabeças. É o olhar tenso misturado com a investida sexual. O ciúmes misturado com gestos de sofrimento. O choro misturado com a busca pelo beijo.
É, em resumo, um filme difícil de ser assistido e compreendido. Mas vale a pena chegar até o final e, depois, ficar pensando nos limites do abuso e da paixão. Filmão.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraPra mim, até agora, meu filme preferido na corrida pelo Oscar, junto com 'Parasita'.
A direção da Greta Gerwig está mais madura e é perceptível como ela trabalha em cada cena, cada atuação, cada ângulo de câmera. Suas decisões são espertas e ajudam a sustentar a trama.
As atuações são potentes, com destaque para a Florence Pugh, que rouba a cena -- e quase passa por cima da Saoirse Ronan.
O melhor, porém, é o roteiro! Que trama bem elaborada! O mais divertido é que, no final, dá até para ter dúvida se
a personagem da Saoirse termina com o personagem do Louis Garrel. Afinal, o editor pede para colocar um final romântico, com casamento. Será que aquilo foi só pra ter um final feliz? Ou aconteceu de fato?
São essas coisas que ainda fazem meus olhos brilharem no cinema. História que prende a atenção, provoca o público, e ainda embalada com boa direção e atuações inspiradas. Filmaço!
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraJá tinha visto na pré, mas quis ver uma segunda vez para ter certeza de tudo que tem errado com esse filme. E as coisas não só se confirmaram, como aumentaram:
1) Nunca, em momento algum dessa franquia, citaram o nome do Palpatine. NADA. Aí, o J.J. Abrams decide colocar que o cara voltou a partir daquele contexto inicial clássico de Star Wars. E dane-se.
2) E PIOR: ele transou e tem um filho. Coisa que nunca foi citada nos filmes originais. E, convenhamos: por mais que a prequel do George Lucas seja fraca, ela mantém consistência com tudo que foi apresentado na trilogia seminal de Star Wars.
3) Os personagens principais estão tão fracos e tão apagados que o C-3PO toma conta do primeiro ato do filme. Com tranquilidade.
4) É insuportável a birra do J.J. Abrams com Os Últimos Jedi. Você pode amar ou odiar o filme do Rian Johnson, mas tem que concordar: o filme aconteceu, tá lá, foi exibido, fez bilhão nas bilheterias. Apagar isso como um sopro é absolutamente bizarro e pouco profissional.
5) Pouco profissional também foi o trabalho da Kathleen Kennedy organizando isso tudo. Ela devia ter projetado tudo a ponto de que, independente do diretor escolhido, mantivesse uma coerência. Não dá pra fazer uma trilogia coesa, em universo nenhum, com visões diferentes.
6) E é absolutamente insuportável ver como o J.J. Abrams se curvou aos fãs preconceituosos. Sumiu com a Rose do filme -- o arco dela em TLJ pode ser ruim, mas foi uma protagonista naquela história.
7) E é gritante o medo do diretor e dos roteiristas de continuar alimentando as teorias de que Poe e Finn eram um casal. Colocam pares românticos que surgem do nada. E, depois, tentam aliviar com duas coadjuvantes se beijando durante dois segundos.
8) É triste ver o que fizeram com a Daisy Ridley nessa franquia. A cada filme ela atuou de um jeito por pontos de vista distintos. Neste, é o formato mais apagado da Rey.
9) Os roteiristas são PÉSSIMOS (são de Liga da Justiça e Batman vs Superman, afinal). Alguns diálogos beiram o tosco, o vergonhoso.
10) Com a volta de Palpatine, perceba: a morte do Anakin foi pra nada. Ele se sacrificou pra acabar com o Imperador pra agora ele estar recuperadíssimo.
11) Sério que tem um ESTÁDIO DE SITHS?? E a regra de que só podem existir dois siths ao mesmo tempo??
12) E voltando ao Palpatine: o plano dele com a Rey não tem sentido. Se ele matá-la, ele mantém o poder. Se ela viver e matá-lo, ele mantém o poder. Então... por qual motivo ele não manteve o poder?
13) É desconfortável como esse filme parece com Vingadores: Ultimato. Os stormtroopers-homens de ferro, o retorno triunfal de todo o exército...
14) E não há coragem de matar NINGUÉM aqui. C-3PO, Luke, Chewie, Han Solo. Todos morrem e voltam. E a Leia morre do nada, para se comunicar com o filho (??)
15) Por fim, há um punhado de cenas vergonhosas. O raio das mãos do Palpatine que atacam naves, a cura da cobra, o Luke pegando o sabre, o beijo, a quedinha do Kylo Ren quando morre... Muita coisa bizarra. Que decepção.
E vale ressaltar: se há algum culpado por trás desse caos, tem nome: Disney e Kathleen Kennedy. Se houvesse independência de ideias com uma coesão de projetos, tudo seria diferente.
Esquadrão 6
3.0 431 Assista AgoraA cena inicial de perseguição é puro caldo de Michael Bay. Desnecessariamente longa, com barraquinhas de frutas e artesanato explodindo (?), uma câmera lenta sem sentido e americanos se portando como salvadores da pátria. Não tinha como ser mais irritante.
Pertencer
2.2 3Acho que é o filme mais chato que já vi na minha vida.