A segunda temporada é tão mágica quanto a primeira, explorando aspectos até então timidamente colocados anteriormente. É muito surpreendente como é clara, ao mesmo tempo, uma ruptura e uma continuidade; como é perceptível uma passagem de tempo, um antes e um depois (que, no caso da temporada, é o agora). A qualidade da série, em todos os sentidos, continua e é lindo demais isso. Desde o primeiro episódio da série, pensei em como essa história, essa narrativa, essa atmosfera contida nela é algo muito saramaguiano e essa impressão continua vivíssima nessa temporada. É uma série que nos tira dos eixos, diria. Gostei bastante da forma como as coisas se fecharam (se é que podemos dizer assim), ainda mais porque manteve a singularidade que é própria da série. Amei fazer a viagem que a série proporcionou. Ela sempre terá um lugarzinho especial no meu coração.
E acabou! Apesar de sabermos que essa seja a última temporada por conta do seu cancelamento, ainda sim tudo meio que nos diz, meio que nos dá um gostinho de fim, ainda que nos pareça (ao menos alguns interpretam assim) um final que não foi concluído, deixando de falar sobre muitas coisas. Particularmente eu gosto disso, do deixar as coisas no ar, do não explicar todas as coisas detalhadamente, até porque acho isso muito parecido com a dinâmica da vida: há muitas coisas que simplesmente vem e vão e ainda que não saibamos o porquê, precisamos criar respostas, seja para a vinda ou para a ida. Da mesma forma natural como nós chegamos na vida dos Altman com ela já transcorrendo, naturalmente também a deixamos com as coisas transcorrendo; é como se a gente tivesse a oportunidade de acompanhar apenas um período da vida deles e dos outros personagens. Isso é lindo e permeou toda a temporada. Valeu muito a pena ver essa série e ser tocado por ela, ainda mais com aquela cena final,
Série maravilhosa, excepcional. Tudo é muito bem construído: desde o roteiro, passando por fotografia, cenários, trilha sonora, até os personagens e a atuação dos atores. A série é um transbordamento de poesia constante, de uma beleza que se manifesta em milhares de aspectos. Como são belas e tocantes as histórias dentro dessa história. Assistindo, eu sentia como se estivesse vivenciando um conto realista-fantástico, bem ao estilo saramaguiano de ser. E do mesmo jeito que nas histórias do Saramago, que há extensas descrições e longos períodos em uma mesma situação, sem que por isso elas se tornem massantes e cansativas, os cinquenta/cinquenta e cinco minutos de episódio parecem muito mais, com o engenho de ser tão cativante, como se alguém estivesse contando uma história íntima minuciosamente para você. Minhas associações literárias aqui não são em vão: ao meu ver, a narrativa da série é totalmente literária, por isso é necessário uma disposição diferenciada para apreciá-la, como se estivesse lendo uma obra de Saramago, como já citado, ou de Kafka. Essa primeira temporada é uma obra de arte e nos deixa com fome da segunda. Com certeza se tornou uma das séries favoritas minhas, agora é ver o que a próxima temporada reserva.
Se a primeira temporada foi o estranhamento da Tessa e do George em relação à Chatswin e sua excêntrica população, a segunda temporada é a imersão deles dentro dessa excentricidade. Talvez por isso a carga dramática da série, presente desde o seu início, mas sob a forma de um "drama crítico", tenha tomado um rumo mais emotivo: os Altman agora, oficialmente, fazem parte daquela comunidade, porém sem deixar de ser o que são e com isso vem os dramas, as dificuldades, todas as novas possibilidades... Uma das coisas que acho mais apaixonantes nessa série é a naturalidade que ela transmite, até nos momentos mais absurdamente exagerados. É uma temporada linda, que traz ainda sua crítica inteligentíssima, acrescentando um peso dramático sob medida, equilibrado, harmônico com toda a série.
Uma série inteligentíssima, que vai além da simples comédia e segue com um humor leve, sério e crítico, ao mesmo tempo, e nessa primeira temporada essas características são sentidas profundamente. Toca em assuntos que muitas vezes passam despercebidos cotidianamente e mesmo quando são assuntos já batidos, tem uma forma muito original de tratá-los.
Nossa, eu amava essa série! Faz uns 10 anos que vi, quando passou no canal Boomerang. Tenho a impressão que lá a série não foi finalizada, mas não tenho certeza, faz muito tempo. Já procurei para baixar, mas nunca encontro também. Poxa, é muito triste saber que não poderei ver essa série de novo, mas quem sabe um dia...
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Les Revenants: A Volta dos Mortos (2ª Temporada)
4.0 135A segunda temporada é tão mágica quanto a primeira, explorando aspectos até então timidamente colocados anteriormente. É muito surpreendente como é clara, ao mesmo tempo, uma ruptura e uma continuidade; como é perceptível uma passagem de tempo, um antes e um depois (que, no caso da temporada, é o agora). A qualidade da série, em todos os sentidos, continua e é lindo demais isso. Desde o primeiro episódio da série, pensei em como essa história, essa narrativa, essa atmosfera contida nela é algo muito saramaguiano e essa impressão continua vivíssima nessa temporada. É uma série que nos tira dos eixos, diria. Gostei bastante da forma como as coisas se fecharam (se é que podemos dizer assim), ainda mais porque manteve a singularidade que é própria da série. Amei fazer a viagem que a série proporcionou. Ela sempre terá um lugarzinho especial no meu coração.
Suburgatório (3ª Temporada)
3.9 33E acabou! Apesar de sabermos que essa seja a última temporada por conta do seu cancelamento, ainda sim tudo meio que nos diz, meio que nos dá um gostinho de fim, ainda que nos pareça (ao menos alguns interpretam assim) um final que não foi concluído, deixando de falar sobre muitas coisas. Particularmente eu gosto disso, do deixar as coisas no ar, do não explicar todas as coisas detalhadamente, até porque acho isso muito parecido com a dinâmica da vida: há muitas coisas que simplesmente vem e vão e ainda que não saibamos o porquê, precisamos criar respostas, seja para a vinda ou para a ida. Da mesma forma natural como nós chegamos na vida dos Altman com ela já transcorrendo, naturalmente também a deixamos com as coisas transcorrendo; é como se a gente tivesse a oportunidade de acompanhar apenas um período da vida deles e dos outros personagens. Isso é lindo e permeou toda a temporada. Valeu muito a pena ver essa série e ser tocado por ela, ainda mais com aquela cena final,
terminando com o "problema" que sentenciou Tessa a viver no "suburgatório" surgindo novamente. George, aceite que sua filha tem uma vida sexual! rsrs
Les Revenants: A Volta dos Mortos (1ª Temporada)
4.5 318Série maravilhosa, excepcional. Tudo é muito bem construído: desde o roteiro, passando por fotografia, cenários, trilha sonora, até os personagens e a atuação dos atores. A série é um transbordamento de poesia constante, de uma beleza que se manifesta em milhares de aspectos. Como são belas e tocantes as histórias dentro dessa história. Assistindo, eu sentia como se estivesse vivenciando um conto realista-fantástico, bem ao estilo saramaguiano de ser. E do mesmo jeito que nas histórias do Saramago, que há extensas descrições e longos períodos em uma mesma situação, sem que por isso elas se tornem massantes e cansativas, os cinquenta/cinquenta e cinco minutos de episódio parecem muito mais, com o engenho de ser tão cativante, como se alguém estivesse contando uma história íntima minuciosamente para você. Minhas associações literárias aqui não são em vão: ao meu ver, a narrativa da série é totalmente literária, por isso é necessário uma disposição diferenciada para apreciá-la, como se estivesse lendo uma obra de Saramago, como já citado, ou de Kafka.
Essa primeira temporada é uma obra de arte e nos deixa com fome da segunda. Com certeza se tornou uma das séries favoritas minhas, agora é ver o que a próxima temporada reserva.
Suburgatório (2ª Temporada)
4.0 43Se a primeira temporada foi o estranhamento da Tessa e do George em relação à Chatswin e sua excêntrica população, a segunda temporada é a imersão deles dentro dessa excentricidade. Talvez por isso a carga dramática da série, presente desde o seu início, mas sob a forma de um "drama crítico", tenha tomado um rumo mais emotivo: os Altman agora, oficialmente, fazem parte daquela comunidade, porém sem deixar de ser o que são e com isso vem os dramas, as dificuldades, todas as novas possibilidades... Uma das coisas que acho mais apaixonantes nessa série é a naturalidade que ela transmite, até nos momentos mais absurdamente exagerados. É uma temporada linda, que traz ainda sua crítica inteligentíssima, acrescentando um peso dramático sob medida, equilibrado, harmônico com toda a série.
Suburgatório (1ª Temporada)
3.9 120Uma série inteligentíssima, que vai além da simples comédia e segue com um humor leve, sério e crítico, ao mesmo tempo, e nessa primeira temporada essas características são sentidas profundamente. Toca em assuntos que muitas vezes passam despercebidos cotidianamente e mesmo quando são assuntos já batidos, tem uma forma muito original de tratá-los.
Mudança de Vida
3.6 4Nossa, eu amava essa série! Faz uns 10 anos que vi, quando passou no canal Boomerang. Tenho a impressão que lá a série não foi finalizada, mas não tenho certeza, faz muito tempo. Já procurei para baixar, mas nunca encontro também. Poxa, é muito triste saber que não poderei ver essa série de novo, mas quem sabe um dia...