Fincher vai dirigir a primeira temporada inteira: http://blogs.indiewire.com/theplaylist/david-fincher-will-direct-the-entire-first-season-of-hbos-utopia-in-2015-20140929?hootPostID=16e1b750a0129b20aaa4680702c3ccf5
"Exit Through the Giftshop" funciona em dois níveis: como um documentário sobre a arte de rua, e como essa foi se disseminando na cultura popular, até se perder devido à comercialização (ironicamente, o que esta nasceu lutando contra), e como um estudo de personagem do excêntrico Thierry Guetta, um imigrante francês em Los Angeles que se vê fascinado pelo mundo das artes de rua, e em especial pelo lendário artista Banksy.
Thierry, que filmava tudo ao seu redor, passou anos recolhendo os mais diversos vídeos dos artistas. O francês tinha ali um retrato completo da arte de rua, como esta nasceu, como cresceu e como caiu em gosto popular. Quando, porém, o resultado final ficou pronto, Banksy chegou à conclusão de que "talvez ele não fosse um cineasta, talvez ele fosse apenas um cara com problemas mentais que por acaso tinha uma câmera". Isso levou Banksy a tentar reunir as imagens ali presentes e fazer um documentário apresentável.
Hilariante do começo ao fim, seja pela figura que é Thierry ou pelos comentários sarcásticos de Banksy , "Exit Through the Giftshop" é um documentário encantador que lhe faz não apenas ter mais respeito pelos artistas de rua, mas também celebrar as formas de expressão de modo geral.
Conta com alguns pontos interessantes, mas com milhares de outros que não fazem o menor sentido. É bom ver um documentário se dedicando às discussões de um filme específico, afinal, é por causa dessas que filmes sobrevivem mesmo após 40 anos, mas eu gostaria de ter visto um trabalho mais interessante, tal como melhor do ponto de vista técnico.
Como todos os filmes de Haneke, o filme retrata o pior lado da natureza humana. Comentando a violência cada vez maior que vem tomando conta da sociedade, "Funny Games" é um exercício que beira o sadismo ao, simultaneamente, atirar o espectador na história através da quebra de quarta parede, apenas para constantemente lembrá-lo de seu papel de observador, apenas.
É genial, pois representa o único momento do filme onde há, de fato, violência na tela. Ironicamente, é quando os lados se invertem e a heroína pratica a violência contra os bandidos. É quando Paul volta o filme para o momento anterior ao ato e o impede de acontecer, e olha diretamente para o espectador. A ideia é clara: Enquanto praticada contra as vítimas, nós condenávamos a violência dos invasores (por mais que essa não fosse mostrada), mas quando a situação se inverte, nós torcemos pela "heroína", queremos que ela, de fato, mate os torturadores. E quando Paul olha para a câmera, pode-se ver o julgamento de Michael Haneke, questionando esta hipocrisia
Acima de tudo, um exercício de direção (por mais que ainda funcione como suspense eficiente e crítica social). Longe de ser uma experiência agradável, pode ser considerado o "filme vitrine" de Haneke. Todo o seu sadismo, tal como suas técnicas narrativas, se encontram aqui.
Vídeo promovendo o New York Film Festival, contém alguns segundos do filme: https://www.youtube.com/watch?v=UYJJEJQC09Q . A cena em específico está em 0:51. É pouco, mas melhor que nada.
A direção de Sidney Lumet é incrível. Acostumado em filmar trancado em locações (lembre-se que seu primeiro trabalho foi "12 Homens e Uma Sentença"), Lumet ressalta a pressão exercida sob o banco no qual se encontram os ladrões Sonny e Sal, filmando os atores com primeiríssimos planos e espaços cheios.
A atuação de Al Pacino, porém, é o que eleva o nível do filme. Com a intensidade do olhar e da respiração pesada, Pacino surge em uma atuação controlada, com leves ataques de overracting (calculados precisamente) que se tornariam frequentes do ator. Elevado à máxima potência pelo roteiro, que ilustra o desgaste emocional causado pelo assalto que, cada vez mais, foge de controle, Pacino entrega aqui uma das melhores atuações de sua excelente carreira.
"Um Dia de Cão" é, afinal, o exemplo perfeito de filme que extrai o máximo (e mais um pouco) de uma premissa limitada. Clássico.
A excelente trilha sonora, a fotografia de tirar o fôlego (tal como as locações que captura), as atuações de forma geral, a montagem cuidadosa e a direção expressiva de Sean Penn transformam esse emocionante estudo de personagem em uma tocante obra-prima.
Uma boa temporada, com alguns grandes momentos. Amy Poehler ficou mais suportável, e Adam Scott e Rob Lowe (principalmente) se mostraram grandes adições ao time de coadjuvantes.
Melhora bastante, os personagens ganham mais espaço e a comédia parece fluir melhor. Há, porém, uma grande falha no estilo documental. Afinal, como ignorar fatos como
A força dessa obra-prima de Wim Wenders reside no silêncio. No silêncio do deserto, no silêncio das estradas. Há mais força na escuta do que na fala. Há mais força em um abraço entre pessoas há tempos separadas do que milhares de palavras de afeto conseguiriam alcançar.
Contém todos os clichês dos filmes de terror: personagens estúpidos que tomam decisões mais ainda, câmera em movimento constante, emulando uma subjetividade, diálogos que doem nos ouvidos, momentos de total embaraço e atuações dignas de filmes B da década de 50.
Tudo é compensado, porém, pela protagonista. Exibindo uma clara psicopatia, Erin é tudo, exceto a garota indefesa presente em metade das produções do gênero. Não é sempre que vemos uma "mocinha" tão doentia quanto os vilões a quem enfrenta.
É bom ver que a saturação dos filmes de terror traz, eventualmente, um ou outro filme que busca algum tipo de subversão.
Vale a pena por alguns coadjuvantes (Nick Offeran, Aubrey Plazae Chris Pratt em especial), mas soa muito como um sub "The Office", com a diferença que naquele tínhamos bem mais personagens carismáticos e um humor de embaraço, enquanto que aqui as risadas se resumem a uma ou outra tirada, enquanto na maior parte do tempo temos Amy Poehler forçando pra fazer rir.
James Gunn entende duas coisas que tornam fundamental o sucesso do filme: 1- O universo de Guardiões é fantasioso e fabulesco demais pra ser levado a sério. Logo, enquanto todos os personagens ali presentes se levam completamente a sério,o diretor não.
2- O humor pode ser extraído de todas as formas, principalmente da visualidade (coisa que Edgar Wright domina com maestria também). Logo, Peter Quill dançando diminuto no quadro enquanto o logo do filme cobre o restante da tela funciona muito mais do que Kat Dennings lançando 10 piadinhas sem graça por minuto.
Oitentista e irreverente, Guardiões é o melhor filme do Marvel Cinematic Universe. Não apenas seus heróis são figuras extremamente curiosas, mas também simpáticas, e a ansiedade de ver mais filmes com esses personagens cresce cada vez mais.
Diferente de toda a carreira posterior de Stanley Kubrick, Lolita é um filme calcado na emoção e no afeto. Como todos os outros filmes do diretor, porém, disseca a personalidade humana, dessa vez, através do amor.
Seria, de fato, muito fácil condenar a Lolita pelos atos de Humbert. Mas isso seria uma leitura extremamente errônea. Lolita é apenas uma garota passando pela fase na qual quer se sentir segura através do amor de outros, sem pensar na consequência de seus atos, como a verdadeira criança que é. Nisso, entra a atuação de Sue Lyon, que transmite ao mesmo tempo uma aura de sensualidade e inocência.
Sim, o verdadeiro "culpado" é mesmo Humbert, e suas ações são, desde início, extremamente reprováveis. Seja a forma como trata Charlotte ou o simples fato de se apaixonar por uma garota bem mais nova. Ainda assim, todas as suas ações são movidas pelo amor incondicional que este sente pela enteada. Logo, mais apropriado do que condená-lo é sentir pena do sujeito.
Além de um roteiro poderoso escrito pelo próprio Nabokov, o filme ainda tem várias virtudes. Os figurinos são soberbos, tal como a direção de arte (as janelas da casa de Charlotte exibem a imagem de uma cruz, simbolizando não só o fanatismo religioso de Charlotte, mas a culpa que Humbert sente por se apaixonar por uma menina, culpa essa que vai embora uma vez que determinado acidente ocorre) e a direção de Kubrick, que aposta na sutileza e no conceito de pista e recompensa ("Apenas uma esposa cheia de amor conseguiria decifrar minha caligrafia microscópica").
Uma das muitas obras-primas de Stanley Kubrick, Lolita faz jus ao texto original de Nabokov, e continua igualmente marcante.
Vi muita gente internet afora reclamando que faltou um diálogo do Tyrion com o Jaime, onde o Tyrion pergunta "De onde as putas vem" ou algo assim. Do que se trata?
Em um de seus primeiros filmes, Scorsese comenta a culpa católica que assombra Charlie, um mafioso cristão que está sempre à procura de redenção.
Mostrando-se um cineasta competente logo em seus anos de novato, Scorsese utiliza aqui praticamente todos os elementos que viriam a se tornar suas marcas registradas, desde as cenas com cortes rápidos até o vermelho que banha o bar que Charlie e seus companheiros frequentam.
Contando com duas performances centrais extraordinárias de Keitel e De Niro, Caminhos Perigosos pode não ser o melhor filme da carreira de seu diretor, mas é sem dúvida um filme marcante dirigido com total competência.
Utopia (US) (1ª Temporada)
3.4 99 Assista AgoraFincher vai dirigir a primeira temporada inteira: http://blogs.indiewire.com/theplaylist/david-fincher-will-direct-the-entire-first-season-of-hbos-utopia-in-2015-20140929?hootPostID=16e1b750a0129b20aaa4680702c3ccf5
Saída Pela Loja de Presentes
4.3 195"Exit Through the Giftshop" funciona em dois níveis: como um documentário sobre a arte de rua, e como essa foi se disseminando na cultura popular, até se perder devido à comercialização (ironicamente, o que esta nasceu lutando contra), e como um estudo de personagem do excêntrico Thierry Guetta, um imigrante francês em Los Angeles que se vê fascinado pelo mundo das artes de rua, e em especial pelo lendário artista Banksy.
Thierry, que filmava tudo ao seu redor, passou anos recolhendo os mais diversos vídeos dos artistas. O francês tinha ali um retrato completo da arte de rua, como esta nasceu, como cresceu e como caiu em gosto popular. Quando, porém, o resultado final ficou pronto, Banksy chegou à conclusão de que "talvez ele não fosse um cineasta, talvez ele fosse apenas um cara com problemas mentais que por acaso tinha uma câmera". Isso levou Banksy a tentar reunir as imagens ali presentes e fazer um documentário apresentável.
Hilariante do começo ao fim, seja pela figura que é Thierry ou pelos comentários sarcásticos de Banksy , "Exit Through the Giftshop" é um documentário encantador que lhe faz não apenas ter mais respeito pelos artistas de rua, mas também celebrar as formas de expressão de modo geral.
O Labirinto de Kubrick
3.4 181Conta com alguns pontos interessantes, mas com milhares de outros que não fazem o menor sentido. É bom ver um documentário se dedicando às discussões de um filme específico, afinal, é por causa dessas que filmes sobrevivem mesmo após 40 anos, mas eu gostaria de ter visto um trabalho mais interessante, tal como melhor do ponto de vista técnico.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraMelhor a cada revisita.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773De Cary Fukunaga pra Justin Lin, de McConaughey e Harrelson pra Farrell e Vaughn. É, o jeito é esperar...
Violência Gratuita
3.8 739 Assista AgoraComo todos os filmes de Haneke, o filme retrata o pior lado da natureza humana. Comentando a violência cada vez maior que vem tomando conta da sociedade, "Funny Games" é um exercício que beira o sadismo ao, simultaneamente, atirar o espectador na história através da quebra de quarta parede, apenas para constantemente lembrá-lo de seu papel de observador, apenas.
Sobre a cena do controle:
É genial, pois representa o único momento do filme onde há, de fato, violência na tela. Ironicamente, é quando os lados se invertem e a heroína pratica a violência contra os bandidos. É quando Paul volta o filme para o momento anterior ao ato e o impede de acontecer, e olha diretamente para o espectador. A ideia é clara: Enquanto praticada contra as vítimas, nós condenávamos a violência dos invasores (por mais que essa não fosse mostrada), mas quando a situação se inverte, nós torcemos pela "heroína", queremos que ela, de fato, mate os torturadores. E quando Paul olha para a câmera, pode-se ver o julgamento de Michael Haneke, questionando esta hipocrisia
Acima de tudo, um exercício de direção (por mais que ainda funcione como suspense eficiente e crítica social). Longe de ser uma experiência agradável, pode ser considerado o "filme vitrine" de Haneke. Todo o seu sadismo, tal como suas técnicas narrativas, se encontram aqui.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraReconheço a genialidade na atuação de Tom Hanks e a excelente direção de Zemeckis, mas não acho tão genial quanto as pessoas parecem dizer.
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraVídeo promovendo o New York Film Festival, contém alguns segundos do filme: https://www.youtube.com/watch?v=UYJJEJQC09Q . A cena em específico está em 0:51. É pouco, mas melhor que nada.
Um Dia de Cão
4.2 734 Assista AgoraA direção de Sidney Lumet é incrível. Acostumado em filmar trancado em locações (lembre-se que seu primeiro trabalho foi "12 Homens e Uma Sentença"), Lumet ressalta a pressão exercida sob o banco no qual se encontram os ladrões Sonny e Sal, filmando os atores com primeiríssimos planos e espaços cheios.
A atuação de Al Pacino, porém, é o que eleva o nível do filme. Com a intensidade do olhar e da respiração pesada, Pacino surge em uma atuação controlada, com leves ataques de overracting (calculados precisamente) que se tornariam frequentes do ator. Elevado à máxima potência pelo roteiro, que ilustra o desgaste emocional causado pelo assalto que, cada vez mais, foge de controle, Pacino entrega aqui uma das melhores atuações de sua excelente carreira.
"Um Dia de Cão" é, afinal, o exemplo perfeito de filme que extrai o máximo (e mais um pouco) de uma premissa limitada. Clássico.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraA excelente trilha sonora, a fotografia de tirar o fôlego (tal como as locações que captura), as atuações de forma geral, a montagem cuidadosa e a direção expressiva de Sean Penn transformam esse emocionante estudo de personagem em uma tocante obra-prima.
Parks and Recreation (3ª Temporada)
4.5 145Uma boa temporada, com alguns grandes momentos. Amy Poehler ficou mais suportável, e Adam Scott e Rob Lowe (principalmente) se mostraram grandes adições ao time de coadjuvantes.
Parks and Recreation (2ª Temporada)
4.4 157Melhora bastante, os personagens ganham mais espaço e a comédia parece fluir melhor. Há, porém, uma grande falha no estilo documental. Afinal, como ignorar fatos como
um episódio inteiro em que um menino é mantido como suspeito, sendo que havia a gravação ali?
Me empolgou pra ver mais.
Paris, Texas
4.3 698 Assista AgoraA força dessa obra-prima de Wim Wenders reside no silêncio. No silêncio do deserto, no silêncio das estradas. Há mais força na escuta do que na fala. Há mais força em um abraço entre pessoas há tempos separadas do que milhares de palavras de afeto conseguiriam alcançar.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraContém todos os clichês dos filmes de terror: personagens estúpidos que tomam decisões mais ainda, câmera em movimento constante, emulando uma subjetividade, diálogos que doem nos ouvidos, momentos de total embaraço e atuações dignas de filmes B da década de 50.
Tudo é compensado, porém, pela protagonista. Exibindo uma clara psicopatia, Erin é tudo, exceto a garota indefesa presente em metade das produções do gênero. Não é sempre que vemos uma "mocinha" tão doentia quanto os vilões a quem enfrenta.
É bom ver que a saturação dos filmes de terror traz, eventualmente, um ou outro filme que busca algum tipo de subversão.
Parks and Recreation (1ª Temporada)
3.8 161 Assista AgoraVale a pena por alguns coadjuvantes (Nick Offeran, Aubrey Plazae Chris Pratt em especial), mas soa muito como um sub "The Office", com a diferença que naquele tínhamos bem mais personagens carismáticos e um humor de embaraço, enquanto que aqui as risadas se resumem a uma ou outra tirada, enquanto na maior parte do tempo temos Amy Poehler forçando pra fazer rir.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraGuardiões é o filme mais divertido, irreverente e, até o momento, o melhor do uiverso Marvel nos cinemas.
Meu texto sobre o filme: http://framesppr.wordpress.com/2014/08/03/guardioes-da-galaxia-um-legitimo-filme-de-quadrinhos/
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraJames Gunn entende duas coisas que tornam fundamental o sucesso do filme:
1- O universo de Guardiões é fantasioso e fabulesco demais pra ser levado a sério. Logo, enquanto todos os personagens ali presentes se levam completamente a sério,o diretor não.
2- O humor pode ser extraído de todas as formas, principalmente da visualidade (coisa que Edgar Wright domina com maestria também). Logo, Peter Quill dançando diminuto no quadro enquanto o logo do filme cobre o restante da tela funciona muito mais do que Kat Dennings lançando 10 piadinhas sem graça por minuto.
Oitentista e irreverente, Guardiões é o melhor filme do Marvel Cinematic Universe. Não apenas seus heróis são figuras extremamente curiosas, mas também simpáticas, e a ansiedade de ver mais filmes com esses personagens cresce cada vez mais.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraUm grande filme, muito obrigado à Rede Cinemark por me proporcionar a experiência de vê-lo em tela grande.
Isto É Spinal Tap
3.9 147"Dobly"
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraUm excelente filme, porém prejudicado pelo estilo found footage.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraDiferente de toda a carreira posterior de Stanley Kubrick, Lolita é um filme calcado na emoção e no afeto. Como todos os outros filmes do diretor, porém, disseca a personalidade humana, dessa vez, através do amor.
Seria, de fato, muito fácil condenar a Lolita pelos atos de Humbert. Mas isso seria uma leitura extremamente errônea. Lolita é apenas uma garota passando pela fase na qual quer se sentir segura através do amor de outros, sem pensar na consequência de seus atos, como a verdadeira criança que é. Nisso, entra a atuação de Sue Lyon, que transmite ao mesmo tempo uma aura de sensualidade e inocência.
Sim, o verdadeiro "culpado" é mesmo Humbert, e suas ações são, desde início, extremamente reprováveis. Seja a forma como trata Charlotte ou o simples fato de se apaixonar por uma garota bem mais nova. Ainda assim, todas as suas ações são movidas pelo amor incondicional que este sente pela enteada. Logo, mais apropriado do que condená-lo é sentir pena do sujeito.
Além de um roteiro poderoso escrito pelo próprio Nabokov, o filme ainda tem várias virtudes. Os figurinos são soberbos, tal como a direção de arte (as janelas da casa de Charlotte exibem a imagem de uma cruz, simbolizando não só o fanatismo religioso de Charlotte, mas a culpa que Humbert sente por se apaixonar por uma menina, culpa essa que vai embora uma vez que determinado acidente ocorre) e a direção de Kubrick, que aposta na sutileza e no conceito de pista e recompensa ("Apenas uma esposa cheia de amor conseguiria decifrar minha caligrafia microscópica").
Uma das muitas obras-primas de Stanley Kubrick, Lolita faz jus ao texto original de Nabokov, e continua igualmente marcante.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraAlguém que tenha lido os livros poderia me esclarecer algo, por favor?
Vi muita gente internet afora reclamando que faltou um diálogo do Tyrion com o Jaime, onde o Tyrion pergunta "De onde as putas vem" ou algo assim. Do que se trata?
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista AgoraEm um de seus primeiros filmes, Scorsese comenta a culpa católica que assombra Charlie, um mafioso cristão que está sempre à procura de redenção.
Mostrando-se um cineasta competente logo em seus anos de novato, Scorsese utiliza aqui praticamente todos os elementos que viriam a se tornar suas marcas registradas, desde as cenas com cortes rápidos até o vermelho que banha o bar que Charlie e seus companheiros frequentam.
Contando com duas performances centrais extraordinárias de Keitel e De Niro, Caminhos Perigosos pode não ser o melhor filme da carreira de seu diretor, mas é sem dúvida um filme marcante dirigido com total competência.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraUm pensamento meio random aqui. Não seria o gato uma referência à "Like a Rolling Stone" do Dylan?
"You used to ride on the chrome horse
with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat"
Não duvido,principalmente por se tratar de um filme que fala sobre o cenário folk da década de 50. Ah, e por ser dos Coen.