Matt Reeves reúne uma trama bem elaborada com um dinamismo conceitual, entregando fôlego aos blockbusters atuais já que enquanto outras produções se escoram em fan-services, "The Batman" se escora em cinema e entrega CINEMA. Vemos uma narrativa noir e investigativa que explora o lado do morcego pouco visto em seus filmes anteriores, e nos leva à uma viagem de três horas para desvendar a mente de um serial killer que possui apegos a enigmas e charadas, representado muito bem por Paul Dano que entregou um vilão assustador e perturbador ao exalar loucura e agressividade. Há muito o que se dizer sobre o vilão, mas essa atmosfera não seria nada sem a espetacular direção de Reeves, que sabe construir suspense em cada uma de suas cenas com seus planos de câmera minimamente pensados e um ritmo de acontecimentos desesperador, resultando da brilhante visão do diretor. É importante também destacar a ótima atuação de Zoë Kravitz que brilha como a Mulher Gato, e a de Robert Pattinson, que nos entrega uma das (se não a) melhor versão do personagem até hoje, que finalmente foca nos aspectos de detetive que encontramos nas HQs. É um Batman de poucas palavras (talvez o que menos fale dentre os outros) e que preza pelo seu lado observador. Por fim, a fotografia é um trabalho de arte tão grandioso que eleva a qualidade do longa e chega a parecer um personagem do filme por conta de seu incrível contraste com a espetacular trilha sonora composta por Giacchino, sendo provavelmente o seu melhor trabalho nessa obra. O longa também possui uma mixagem de som extremamente bem feita que vai arrepiar qualquer um em certos momentos, e possui uma direção de arte que engrandece o significado geral da obra. "The Batman" é um marco e provavelmente vai se manter como o melhor filme de herói do ano.
"Quando aquela luz alcançar o céu, não será apenas um chamado. Será um aviso!"
"Se nós amarmos alguém tanto assim, seremos capazes de suportar quando chegar a hora de nos separar?"
Love Of Siam é um marco para o cinema tailandês. Representa uma devoção ao amor em todas as suas formas, seja no luto, na paixão ou nas incríveis relações que a vida nos trás. É uma história sobre crescimento, dor e, possui significados profundos que são resultados de uma maturidade espetacular do diretor, prova disso é que uma das maiores e mais significativas lições que eles nos passa é que deixar para trás é o maior ato de amor que alguém pode cometer, sendo 180 minutos (Director's Cut) de pura representação disso. É inegável que há um pequeno problema de ritmo e algumas subtramas não tão necessárias para o tema principal, mas não é algo que incomode muito. Em conclusão, são as relações humanas que fazem desse longa uma das obras mais delicadas da Tailândia, e com certeza é uma obra que deveria ser apresentada para todos.
Avassalador, deslumbrante e belamente escrito, "Licorice Pizza" é uma das obras mais impressionante de 2021. Paul Thomas Anderson dirige e roteiriza um longa leve e encantador sobre encontrar o seu lugar no mundo, mesmo que acredite não se encaixar em nenhum. Sua complexidade e autenticidade em abordar a autodescoberta em uma atmosfera nostálgica faz com que essa obra seja tão marcante que levará sua mensagem além das suas 02 horas de duração. São atuações imperdíveis e um trabalho de fotografia, som, montagem e direção artística que fazem essa obra ser merecedora de um grande reconhecimento.
Após o aclamado "Brokeback Mountain", Ang Lee decide se aventurar no cinema erótico em uma trama extremamente dramática com um contexto histórico realmente triste. "Lust, Caution" tem uma atmosfera que flerta entre o suspense e a sensualidade de uma forma delicada e sensível, resultado da grande direção de Lee que entrega mais uma ótima obra em sua filmografia.
Por quase um ano, esse longa foi pura ansiedade para mim até o dia de seu lançamento. Chegou em vários países e nada do Brasil. Até que hoje, por meio de uma fansub, tive a oportunidade de ver. Decepção. É intrigante saber que os envolvidos nesse filme acharam que pegar os 13 episódios da série original, os 5 episódios especiais e mutilar eles pra adicionar 10 minutos de novas cenas em uma duração de 1h47 daria certo. Você não pode simplesmente jogar tudo ali, numa montagem podre sem ter o mínimo de noção de o porque aquelas cenas funcionaram na série e achar que essa merda não vai beirar a mediocridade, mas eu te digo o motivo de não funcionar: Porque elas possuíam contexto, tinham desenvolvimento. São reviravoltas importantes na série que são jogadas no lixo quando colocadas ao lado de cenas onde ainda NÃO HÁ a construção necessária. A trilha sonora é ridícula e ESTRAGA todo o significado que a música tinha em 2gether: The Series. Ao menos, as cenas novas são minimamente boas. Vai se ferrar GMMTV, vai se ferrar quem teve a ideia disso aqui.
"Não é porque eu te amo. É porque tudo o que eu posso fazer é te amar."
A verdade é que eu só vim a conhecer tal obra por conta de seu remake, intitulado como "Dew". Pra muitos, é errado só ver o original posteriomente, mas nesse caso eu fico feliz por ter feito isso. Goste ou não, "Dew" corrige quase todas as coisas que "Bungee Jumping Of Their Own" tenta fazer, e aqui vai a comparação: A construção da primeira parte no original é corrida, confusa, rasa e não desperta nenhum apego e empatia pelo casal, talvez por seus míseros 30 minutos mal aproveitados. Em "Dew", é visto o esforço pra construir uma atmosfera opressora e as motivações do casal, criando uma empatia pelos dois rapidamente. A montagem do original tenta fazer parecer que a trama é complexa, mas só consegue mostrar o quão confuso a estrutura narrativa é. Em "Dew", há algum esforço pra mudar isso, mas apesar de superior, não há resultados realmente relevantes diante do original. "Bungee Jumping Of Their Own" é contraditório quando tenta mostrar a opressão e homofobia em sua trama, já que em seus momentos finais, os personagens dizem que se nascerem do mesmo sexo novamente, esperarão a próxima vida. A conclusao é que a obra original, apesar de sua boa direção de arte e fotografia, está longe de despertar emoções profundas como o remake, mas ainda assim é interessante assisti-la.
A sensibilidade e o altruísmo exalados por "Spencer" fazem dessa obra uma das mais espetaculares e delicadas de 2021. Kristen Stewart se afoga nas belezas e fraquezas de Diana, enquanto Pablo Larraín apresenta empatia e devoção à uma história de extremo simbolismo. São sequências de dor e felicidade que definem o que o filme é, e o diretor impacta quando aborda a ansiedade e crises em cenas que adotam um ritmo acelerado e desesperador, mas também conforta em cenas suaves e lentas. É um longa que deveria ser considerado imperdível, não só pela premiada atuação de Kristen, mas por todo o trabalho espetacular da equipe envolvida.
Lana Wachowski apresenta uma sequência diferente, ousada e repaginada de Matrix. É uma continuação que zomba de si própria enquanto apresenta novos conceitos complexos que irão dividir muita gente quando resolvem distorcer em seu primeiro ato, tudo o que já tinhamos visto anteriormente, e isso com certeza vai incomodar os mais conservadores com a franquia, já que irão surtar quando perceberem que Matrix resolveu seguir caminhos totalmente diferentes que seriam inimagináveis há um tempo atrás. Têm boas sequencias de ação, porém nada originais, uma direção cativante e novos personagens até que interessantes. Exibe também um plot que reconhece que pode parecer confuso e por isso exagera em flashbacks para criar conexões mais aparentes com seus antecessores, mesmo que às vezes não sejam realmente necessários. A conclusão é que "Matrix Resurrections" apresenta um oxigênio necessário para uma, talvez, futura sequência, então se alguém te recomendar a não assistir, não escute. Esse é aquele filme que muitos vão amar ou odiar, portanto, tire suas próprias conclusões.
O equilíbrio de "Spider-Man 2" entre a narrativa dramática e o plot da ameaça é tão bem feito que ao chegar nos créditos finais, você fica desacreditado que esse longa tem 02h07.
(É inacreditável "Homem Aranha: Longe de Casa" ter uma nota maior que esse longa aqui no Filmow...)
É intrigante saber que a solução para acabar com a homofobia nesse longa é criar uma cerveja rosa... A propaganda anti-lgbtqia+ é tão aparente que chega a ser vergonhoso saber que alguém investiu na produção disso aqui. A narrativa é podre, os personagens estereotipados ao extremo, e o plot da cura gay é nojento e assustador. Um dos piores filmes do ano.
The Hand Of God é um filme que dialoga, em sua maior parte, com quem o fez. Ele se distância do público com voltas em uma linha reta que se torna uma esfera quando se nega a convidar o espectador para entender suas convicções, porém, ainda assim é um longa surpreendentemente belo e cheio de simbolismos que acaba criando laços em diferentes pontos de sua trama. É uma obra que é o resultado do flerte com o paisagismo e a devoção ao estranho.
Se você esta disposto a ver uma novela em formato de filme, House Of Gucci é para você. Mas se não for o seu interesse, você com certeza vai achar que o filme é mais perdido em si do que a atuação da maior parte do elenco. Sua longa e desnecessária duração contribue para um entediamento eminente, mas acaba valendo a pena por sua sequência final que se faz interessante e bem executada. Mas, se esquecermos a ótima atuação de Lady Gaga e algumas ótimas sequências de cenas, o que esse filme tem a dizer? É o que muitos vão se perguntar ao finalizar a obra.
Eternals exala a identidade de Chloé Zhao, que se recusa a ficar ofuscada pela fórmula Marvel a partir do momento que resolve usar a maior parte de sua duração para dar sentido aos personagens, motivações e objetivos.
Ao contrário do que os críticos estão apontando, Eternals é um bom filme e apresenta um respiro para o gênero quando se observa tantos títulos seguindo a mesma e saturada fórmula. Chloé Zhao dirige o filme com sabedoria e registra sua marca na estrutura dos personagens, mesmo que acabe se perdendo quando começa a apresentar uma resolução para os problemas criados. Muitos se perguntaram o que resultaria na mistura de uma diretora de filmes alternativos e sensíveis com um grande produtora de filmes blockbusters que exige um algoritmo para lançar seus filmes, e a resposta é a geração de conflitos na trama a todo o momento, quando vemos um grande desenvolvimento de uma sequência de cenas de construção de personagens ser quebrada por piadas anti-climaticas e avulsas para servir de alívio cômico diante do grande público. Mas esse não é o real problema da trama, porque ela se esforça muito para equilibrar esse fator e até consegue, só que o grande vilão é quando não há mais interesse nesse equilíbrio, e quando isso ocorre, você vai se deparar com cada saída de roteiro convencional e monótona que com certeza vai perceber a falta de correspondência com tudo o que foi apresentado anteriormente. É um longa visualmente bonito, sensível e marcante. É sobre como "alienígenas" podem aprender amar uma raça diferente da deles, e como se adaptam a elas? Chloé Zhao transcreve o seu amor pela humanidade, seus defeitos e qualidades em uma história cativante e envolvente. Então não se engane, esse filme não vale pelas sequências de ação que apresentam uma mixagem de som mediana que acabam com suas importâncias, mas vale pela incrível e grandiosa construção de personagens que estão aprendendo o significado do amor e da compaixão.
Provavelmente muitas pessoas foram assistir ao Hulk de Ang Lee esperando um blockbuster explosivo e cheio de cenas de ação para se divertir, mas acabaram encontrado o contrário. O longa é sobre famílias desfuncionais causadoras de traumas que permeiam pela trama toda, e a obra desenvolve isso muito bem quando deixa de lado tudo o que você esperava assistir e cria uma estrutura dramática tão grande que resulta numa empatia grandiosa pelo personagem principal. O real problema desse filme é a montagem e edição que são horríveis, já que tentam passar a impressão de estar lendo uma HQ para o espectador, mas não consegue, resultando em transições que vão incomodar a maior parte das pessoas até os minutos finais. A direção de Lee mesmo sendo boa, não consegue se destacar por conta dessa confusa edição que distorce o significado real da obra. A verdade é que, na minha visão, o personagem é muito difícil de ser convincente nas adaptações para o cinema, e as diferentes visões do mesmo podem dividir muito os fãs, assim como esse e o péssimo filme de 2008 dividiram.
É muito difícil explicar o quão bonita e tocante é cada cena desse longa. Ang Lee se mostra novamente um mestre em dirigir cenas simples e fazê-las parecerem mágicas e gloriosas. Lee trata as cenas de luta como obras de arte, fazendo com cada frame sirva como um magnífico quadro para se ter em um museu, e ele constrata tudo isso com um efeito dramático inigualável, já que é uma das bases de sua identidade no cinema. A pergunta que fica ao finalizar essa obra, é: Por que a indústria não investe tanto em filmes do tipo?.
"Cavalgada Com o Diabo" não é um filme usual sobre guerra, mas é um dos mais tocantes e intrigantes dos anos 90. É sobre a consequência dos conflitos nas famílias dos envolvidos, é sobre dor. Ang Lee sustenta um padrão de realismo que exalta os relacionamentos que os personagens possuem entre si, desenvolvendo uma estrutura cativante que conquista por compartilhar a sensação de perca, saudade, revolta e vingança.
Duna foi uma experiência que eu não acreditava que teria no ano de 2021. Sem ter ciência do que realmente se tratava, e sem ter visualizado nenhum trailer, eu me submeti a pagar para ter essa experiência na tela do cinema. A conclusao é que durante suas quase 2h40m eu agradeci por ter me submetido a assistir o cinema de Villeneuve. Visualmente espetacular, Duna é um dos filmes mais bonitos e interessantes do ano, e apresenta uma grandiosidade no gênero que parece que a indústria têm evitado fazer, talvez tenham medo de um eminente fracasso. Entretanto, provavelmente muitas pessoas terão uma experiência melhor vendo nas telonas do que em suas casas, já que naquela sala você possui mais fatores que te farão imergir na trama de uma maneira excepcional, mas não terá um grande efeito para quem se limitar a ver em sua residência sem estar disposto a entrar de cabeça na trama um pouco complexa. Essas mesmas pessoas provavelmente irão dizer que é um filme demorado e não apresenta efeitos grandiosos, mas pelo contrário. O que estou tentando dizer é que o filme pode parecer sim complicado pra quem não teve contato com a história em nenhum momento anteriormente (Livro, filme de 84...), mas a obra vai sim tentar te fazer entender o que está acontecendo, e se você estiver disposto a entendê-la, você vai. E sério, o que falar do uso do Primeiríssimo Plano pelo Villeneuve? Eu sinceramente cheguei a torcer pra que a tela congelasse naqueles enquadramentos pra que eu pudesse deslumbrar os detalhes da cena.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraNolan dando aula de como fazer um filme raso que não expressa nenhuma emoção em 1h50. Definitivamente um dos mais fracos do diretor.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraMatt Reeves reúne uma trama bem elaborada com um dinamismo conceitual, entregando fôlego aos blockbusters atuais já que enquanto outras produções se escoram em fan-services, "The Batman" se escora em cinema e entrega CINEMA.
Vemos uma narrativa noir e investigativa que explora o lado do morcego pouco visto em seus filmes anteriores, e nos leva à uma viagem de três horas para desvendar a mente de um serial killer que possui apegos a enigmas e charadas, representado muito bem por Paul Dano que entregou um vilão assustador e perturbador ao exalar loucura e agressividade. Há muito o que se dizer sobre o vilão, mas essa atmosfera não seria nada sem a espetacular direção de Reeves, que sabe construir suspense em cada uma de suas cenas com seus planos de câmera minimamente pensados e um ritmo de acontecimentos desesperador, resultando da brilhante visão do diretor.
É importante também destacar a ótima atuação de Zoë Kravitz que brilha como a Mulher Gato, e a de Robert Pattinson, que nos entrega uma das (se não a) melhor versão do personagem até hoje, que finalmente foca nos aspectos de detetive que encontramos nas HQs. É um Batman de poucas palavras (talvez o que menos fale dentre os outros) e que preza pelo seu lado observador.
Por fim, a fotografia é um trabalho de arte tão grandioso que eleva a qualidade do longa e chega a parecer um personagem do filme por conta de seu incrível contraste com a espetacular trilha sonora composta por Giacchino, sendo provavelmente o seu melhor trabalho nessa obra. O longa também possui uma mixagem de som extremamente bem feita que vai arrepiar qualquer um em certos momentos, e possui uma direção de arte que engrandece o significado geral da obra. "The Batman" é um marco e provavelmente vai se manter como o melhor filme de herói do ano.
"Quando aquela luz alcançar o céu, não será apenas um chamado. Será um aviso!"
The Love of Siam
4.2 75"Se nós amarmos alguém tanto assim, seremos capazes de suportar quando chegar a hora de nos separar?"
Love Of Siam é um marco para o cinema tailandês. Representa uma devoção ao amor em todas as suas formas, seja no luto, na paixão ou nas incríveis relações que a vida nos trás. É uma história sobre crescimento, dor e, possui significados profundos que são resultados de uma maturidade espetacular do diretor, prova disso é que uma das maiores e mais significativas lições que eles nos passa é que deixar para trás é o maior ato de amor que alguém pode cometer, sendo 180 minutos (Director's Cut) de pura representação disso. É inegável que há um pequeno problema de ritmo e algumas subtramas não tão necessárias para o tema principal, mas não é algo que incomode muito.
Em conclusão, são as relações humanas que fazem desse longa uma das obras mais delicadas da Tailândia, e com certeza é uma obra que deveria ser apresentada para todos.
Licorice Pizza
3.5 597"É o fim do mundo, Greggo!"
Avassalador, deslumbrante e belamente escrito, "Licorice Pizza" é uma das obras mais impressionante de 2021. Paul Thomas Anderson dirige e roteiriza um longa leve e encantador sobre encontrar o seu lugar no mundo, mesmo que acredite não se encaixar em nenhum. Sua complexidade e autenticidade em abordar a autodescoberta em uma atmosfera nostálgica faz com que essa obra seja tão marcante que levará sua mensagem além das suas 02 horas de duração. São atuações imperdíveis e um trabalho de fotografia, som, montagem e direção artística que fazem essa obra ser merecedora de um grande reconhecimento.
Desejo e Perigo
3.9 108 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #10
Após o aclamado "Brokeback Mountain", Ang Lee decide se aventurar no cinema erótico em uma trama extremamente dramática com um contexto histórico realmente triste. "Lust, Caution" tem uma atmosfera que flerta entre o suspense e a sensualidade de uma forma delicada e sensível, resultado da grande direção de Lee que entrega mais uma ótima obra em sua filmografia.
2gether: The Movie
2.8 4Por quase um ano, esse longa foi pura ansiedade para mim até o dia de seu lançamento. Chegou em vários países e nada do Brasil. Até que hoje, por meio de uma fansub, tive a oportunidade de ver. Decepção.
É intrigante saber que os envolvidos nesse filme acharam que pegar os 13 episódios da série original, os 5 episódios especiais e mutilar eles pra adicionar 10 minutos de novas cenas em uma duração de 1h47 daria certo. Você não pode simplesmente jogar tudo ali, numa montagem podre sem ter o mínimo de noção de o porque aquelas cenas funcionaram na série e achar que essa merda não vai beirar a mediocridade, mas eu te digo o motivo de não funcionar: Porque elas possuíam contexto, tinham desenvolvimento.
São reviravoltas importantes na série que são jogadas no lixo quando colocadas ao lado de cenas onde ainda NÃO HÁ a construção necessária. A trilha sonora é ridícula e ESTRAGA todo o significado que a música tinha em 2gether: The Series. Ao menos, as cenas novas são minimamente boas.
Vai se ferrar GMMTV, vai se ferrar quem teve a ideia disso aqui.
Bungee Jumping of Their Own
3.3 9"Não é porque eu te amo. É porque tudo o que eu posso fazer é te amar."
A verdade é que eu só vim a conhecer tal obra por conta de seu remake, intitulado como "Dew". Pra muitos, é errado só ver o original posteriomente, mas nesse caso eu fico feliz por ter feito isso. Goste ou não, "Dew" corrige quase todas as coisas que "Bungee Jumping Of Their Own" tenta fazer, e aqui vai a comparação:
A construção da primeira parte no original é corrida, confusa, rasa e não desperta nenhum apego e empatia pelo casal, talvez por seus míseros 30 minutos mal aproveitados. Em "Dew", é visto o esforço pra construir uma atmosfera opressora e as motivações do casal, criando uma empatia pelos dois rapidamente.
A montagem do original tenta fazer parecer que a trama é complexa, mas só consegue mostrar o quão confuso a estrutura narrativa é. Em "Dew", há algum esforço pra mudar isso, mas apesar de superior, não há resultados realmente relevantes diante do original.
"Bungee Jumping Of Their Own" é contraditório quando tenta mostrar a opressão e homofobia em sua trama, já que em seus momentos finais, os personagens dizem que se nascerem do mesmo sexo novamente, esperarão a próxima vida.
A conclusao é que a obra original, apesar de sua boa direção de arte e fotografia, está longe de despertar emoções profundas como o remake, mas ainda assim é interessante assisti-la.
Spencer
3.7 569 Assista AgoraA sensibilidade e o altruísmo exalados por "Spencer" fazem dessa obra uma das mais espetaculares e delicadas de 2021. Kristen Stewart se afoga nas belezas e fraquezas de Diana, enquanto Pablo Larraín apresenta empatia e devoção à uma história de extremo simbolismo. São sequências de dor e felicidade que definem o que o filme é, e o diretor impacta quando aborda a ansiedade e crises em cenas que adotam um ritmo acelerado e desesperador, mas também conforta em cenas suaves e lentas. É um longa que deveria ser considerado imperdível, não só pela premiada atuação de Kristen, mas por todo o trabalho espetacular da equipe envolvida.
Amy
4.4 1,0K Assista Agora"Se eu pudesse voltar atrás, apenas pra andar pelas ruas sem me estressar... eu voltaria."
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraWes Craven estaria orgulhoso.
Turma da Mônica: Lições
3.9 273 Assista Agora"É possível crescer sem deixar de ser criança." 😭😭
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraLana Wachowski apresenta uma sequência diferente, ousada e repaginada de Matrix. É uma continuação que zomba de si própria enquanto apresenta novos conceitos complexos que irão dividir muita gente quando resolvem distorcer em seu primeiro ato, tudo o que já tinhamos visto anteriormente, e isso com certeza vai incomodar os mais conservadores com a franquia, já que irão surtar quando perceberem que Matrix resolveu seguir caminhos totalmente diferentes que seriam inimagináveis há um tempo atrás. Têm boas sequencias de ação, porém nada originais, uma direção cativante e novos personagens até que interessantes. Exibe também um plot que reconhece que pode parecer confuso e por isso exagera em flashbacks para criar conexões mais aparentes com seus antecessores, mesmo que às vezes não sejam realmente necessários. A conclusão é que "Matrix Resurrections" apresenta um oxigênio necessário para uma, talvez, futura sequência, então se alguém te recomendar a não assistir, não escute. Esse é aquele filme que muitos vão amar ou odiar, portanto, tire suas próprias conclusões.
Homem-Aranha 2
3.6 1,1K Assista AgoraO equilíbrio de "Spider-Man 2" entre a narrativa dramática e o plot da ameaça é tão bem feito que ao chegar nos créditos finais, você fica desacreditado que esse longa tem 02h07.
(É inacreditável "Homem Aranha: Longe de Casa" ter uma nota maior que esse longa aqui no Filmow...)
Quem Vai Ficar Com Mário?
2.6 135 Assista AgoraÉ intrigante saber que a solução para acabar com a homofobia nesse longa é criar uma cerveja rosa... A propaganda anti-lgbtqia+ é tão aparente que chega a ser vergonhoso saber que alguém investiu na produção disso aqui. A narrativa é podre, os personagens estereotipados ao extremo, e o plot da cura gay é nojento e assustador. Um dos piores filmes do ano.
A Mão de Deus
3.6 189"Se não chorar agora, quando chorará?"
The Hand Of God é um filme que dialoga, em sua maior parte, com quem o fez. Ele se distância do público com voltas em uma linha reta que se torna uma esfera quando se nega a convidar o espectador para entender suas convicções, porém, ainda assim é um longa surpreendentemente belo e cheio de simbolismos que acaba criando laços em diferentes pontos de sua trama. É uma obra que é o resultado do flerte com o paisagismo e a devoção ao estranho.
Matrix
4.3 2,5K Assista AgoraMatrix em IMAX é a melhor experiência cinematográfica que alguém pode ter.
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraSe você esta disposto a ver uma novela em formato de filme, House Of Gucci é para você. Mas se não for o seu interesse, você com certeza vai achar que o filme é mais perdido em si do que a atuação da maior parte do elenco. Sua longa e desnecessária duração contribue para um entediamento eminente, mas acaba valendo a pena por sua sequência final que se faz interessante e bem executada. Mas, se esquecermos a ótima atuação de Lady Gaga e algumas ótimas sequências de cenas, o que esse filme tem a dizer? É o que muitos vão se perguntar ao finalizar a obra.
3.0 (Poderia ser melhor)
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista Agoraé... bem decepcionante
Marighella
3.9 1,1K Assista Agoraimagina se dizer cinéfilo e julgar um filme por suas convicções políticas e não por sua qualidade técnica...
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraEternals exala a identidade de Chloé Zhao, que se recusa a ficar ofuscada pela fórmula Marvel a partir do momento que resolve usar a maior parte de sua duração para dar sentido aos personagens, motivações e objetivos.
Ao contrário do que os críticos estão apontando, Eternals é um bom filme e apresenta um respiro para o gênero quando se observa tantos títulos seguindo a mesma e saturada fórmula. Chloé Zhao dirige o filme com sabedoria e registra sua marca na estrutura dos personagens, mesmo que acabe se perdendo quando começa a apresentar uma resolução para os problemas criados. Muitos se perguntaram o que resultaria na mistura de uma diretora de filmes alternativos e sensíveis com um grande produtora de filmes blockbusters que exige um algoritmo para lançar seus filmes, e a resposta é a geração de conflitos na trama a todo o momento, quando vemos um grande desenvolvimento de uma sequência de cenas de construção de personagens ser quebrada por piadas anti-climaticas e avulsas para servir de alívio cômico diante do grande público. Mas esse não é o real problema da trama, porque ela se esforça muito para equilibrar esse fator e até consegue, só que o grande vilão é quando não há mais interesse nesse equilíbrio, e quando isso ocorre, você vai se deparar com cada saída de roteiro convencional e monótona que com certeza vai perceber a falta de correspondência com tudo o que foi apresentado anteriormente.
É um longa visualmente bonito, sensível e marcante. É sobre como "alienígenas" podem aprender amar uma raça diferente da deles, e como se adaptam a elas? Chloé Zhao transcreve o seu amor pela humanidade, seus defeitos e qualidades em uma história cativante e envolvente. Então não se engane, esse filme não vale pelas sequências de ação que apresentam uma mixagem de som mediana que acabam com suas importâncias, mas vale pela incrível e grandiosa construção de personagens que estão aprendendo o significado do amor e da compaixão.
Hulk
2.6 481 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #8
Provavelmente muitas pessoas foram assistir ao Hulk de Ang Lee esperando um blockbuster explosivo e cheio de cenas de ação para se divertir, mas acabaram encontrado o contrário. O longa é sobre famílias desfuncionais causadoras de traumas que permeiam pela trama toda, e a obra desenvolve isso muito bem quando deixa de lado tudo o que você esperava assistir e cria uma estrutura dramática tão grande que resulta numa empatia grandiosa pelo personagem principal. O real problema desse filme é a montagem e edição que são horríveis, já que tentam passar a impressão de estar lendo uma HQ para o espectador, mas não consegue, resultando em transições que vão incomodar a maior parte das pessoas até os minutos finais. A direção de Lee mesmo sendo boa, não consegue se destacar por conta dessa confusa edição que distorce o significado real da obra. A verdade é que, na minha visão, o personagem é muito difícil de ser convincente nas adaptações para o cinema, e as diferentes visões do mesmo podem dividir muito os fãs, assim como esse e o péssimo filme de 2008 dividiram.
O Tigre e o Dragão
3.6 455 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #7
É muito difícil explicar o quão bonita e tocante é cada cena desse longa. Ang Lee se mostra novamente um mestre em dirigir cenas simples e fazê-las parecerem mágicas e gloriosas. Lee trata as cenas de luta como obras de arte, fazendo com cada frame sirva como um magnífico quadro para se ter em um museu, e ele constrata tudo isso com um efeito dramático inigualável, já que é uma das bases de sua identidade no cinema. A pergunta que fica ao finalizar essa obra, é: Por que a indústria não investe tanto em filmes do tipo?.
Cavalgada com o Diabo
2.9 15MARATONA ANG LEE #6
"Cavalgada Com o Diabo" não é um filme usual sobre guerra, mas é um dos mais tocantes e intrigantes dos anos 90. É sobre a consequência dos conflitos nas famílias dos envolvidos, é sobre dor. Ang Lee sustenta um padrão de realismo que exalta os relacionamentos que os personagens possuem entre si, desenvolvendo uma estrutura cativante que conquista por compartilhar a sensação de perca, saudade, revolta e vingança.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDuna foi uma experiência que eu não acreditava que teria no ano de 2021. Sem ter ciência do que realmente se tratava, e sem ter visualizado nenhum trailer, eu me submeti a pagar para ter essa experiência na tela do cinema. A conclusao é que durante suas quase 2h40m eu agradeci por ter me submetido a assistir o cinema de Villeneuve.
Visualmente espetacular, Duna é um dos filmes mais bonitos e interessantes do ano, e apresenta uma grandiosidade no gênero que parece que a indústria têm evitado fazer, talvez tenham medo de um eminente fracasso. Entretanto, provavelmente muitas pessoas terão uma experiência melhor vendo nas telonas do que em suas casas, já que naquela sala você possui mais fatores que te farão imergir na trama de uma maneira excepcional, mas não terá um grande efeito para quem se limitar a ver em sua residência sem estar disposto a entrar de cabeça na trama um pouco complexa. Essas mesmas pessoas provavelmente irão dizer que é um filme demorado e não apresenta efeitos grandiosos, mas pelo contrário. O que estou tentando dizer é que o filme pode parecer sim complicado pra quem não teve contato com a história em nenhum momento anteriormente (Livro, filme de 84...), mas a obra vai sim tentar te fazer entender o que está acontecendo, e se você estiver disposto a entendê-la, você vai. E sério, o que falar do uso do Primeiríssimo Plano pelo Villeneuve? Eu sinceramente cheguei a torcer pra que a tela congelasse naqueles enquadramentos pra que eu pudesse deslumbrar os detalhes da cena.
4.5/5