Imagine uma festa onde rolou uma transa louca entre Breaking Bad e o filme Fargo: o resultado seria essa série. De BB, ela puxou a trama interligada, o roteiro trabalhadíssimo, aquela coisa de precisar muito do talento e da capacidade dos atores em construírem personagens de forma que mesmo nas situações mais absurdas ainda são humanamente críveis. E de Fargo ela herdou toda aquela atmosfera "Coenística", o gosto por personagens no limite entre o bizarro e o caricato, e o tom cínico afiadíssimo, que parece estar sempre ali à espreita para atacar quando você pensa que algo parece muito normal.
Talvez por Fargo ser uma série menos conhecida que BB, se torne até mais surpreendente à medida em que vamos nos envolvendo em sua trama. Sem falar nas excelentes atuações, Martin Freeman uma monstruosidade e Allison Tolman resumindo a qualidade de um elenco muito bem afinado com seus papéis.
Frank Underwood é um personagem cuja excelência é diretamente proporcional a sua falta de escrúpulos. Magistralmente composto por Kevin Spacey, tendo a felicidade de co-estrelar a série com uma Robin Wright no desempenho mais luxuoso de sua carreira. Ambos como núcleo central da série são algo que por vezes nos faz desejar que todas as séries tivessem esse grau de qualidade. Virei um grande admirador da série já nos primeiros capítulos. Parabéns aos envolvidos.
A série tinha muito potencial. Uma boa premissa e personagens interessantes, que prometiam uma boa variedade de tramas, subtramas e situações. Mas quando se vai chegando ao final do primeiro terço da temporada, é aquela famosa hora, tão padrão, tão clichê e tão explorada nas séries: o momento em que praticamente todas as boas ideias são colocadas de lado e se foca 99% de toda a série na forçação de situações românticas pra agradar o público feminino viciado em sacarose.
Aí é o momento no qual aquelas pessoas que não querem morrer de diabetes (ou humilhantemente sufocadas ao vomitar arco-íris) abandonam a série.
Um grande problema do público adolescentizado que a mídia criou é: não importa a proposta de um trabalho, se a continuação não for maior, mais barulhenta, mais foda, com mais dinossauros que a primeira parte, todo mundo acha uma merda.
Vi tanta gente reclamando do "quanto a segunda temporada de TD é ruim comparada com a primeira", que eles não conseguiram ouvir a qualidade da trilha sonora por cima do som do mimimi. Não conseguiram ver a sutileza e a qualidade de algumas atuações (inclusive de atores de quem nada se esperava) por cima da comparação com Harrelson e McConaughey na primeira temporada. Não foram capazes de observar a fotografia fantástica, honesta e climática de uma Califórnia que funciona como repositório de sonhos destruídos, doidões de toda sorte e misérias humanas.
A sutileza e a delicadeza está morrendo. O ajuste fino não existe mais. O mundo vai se tornando um dial gigante que só tem 2 posições: mimimi e desligado. Em breve, nem o desligado existirá mais. Nesse dia, todos os analfabetos emocionais irão ser como personagens de True Detective.
Menção honrosa para Vince Vaughn e Colin Farrel, ambos assustadoramente (e sutilmente) fora de suas zonas de conforto.
A série é boa. Parece que pelo menos aqui os Wachowskis conseguiram encontrar um tom correto pra suas visões de filosofia, tecnologia, psicologia, espiritualidade, sexualidade, artes marciais, e a forma como tudo isso impacta a condição humana de uma maneira mais ampla. Em vários momentos anteriores em sua carreira tentaram abordar esses assuntos, com resultados descendentes a partir de sua obra-prima, o primeiro filme da série Matrix.
Quem adivinharia que justo em uma série eles iriam voltar a esboçar finalmente uma reação? É claro que Sense 8 não tem o aspecto revolucionário de Matrix, que foi o filme certo na hora certa, para um público certo, algo que depende de muito mais fatores do que simplesmente a obra ser bem-feita. O que Sense 8 trouxe não foi exatamente novo. Se olharmos com atenção há traços de diversas outras experiências, desde L Word a Fringe, passando por Orphan Black, Lost e até uma pitada ou outra de Arquivo X. A novidade aqui é a forma com que se é retratado o elemento humano e suas interconexões emocionais, através do mote principal do roteiro. Desde momentos memoráveis como o tão falado episódio "what's going on" até o quase risível de tão clichê, como o drama-queenismo pós pé-na-bunda do Lito. Mas é o tipo de situação que demonstra um tanto de honestidade, porque apesar de toda a afliceta que a série causou na comunidade gay, e embora a obra tenha um aspecto de ativismo bastante forte (muito mais em seu subtexto do que no aparente explícito das situações), a história é muito mais construída para abarcar esse aspecto como parte do todo da condição humana, e não como uma desculpa para forçar uma agenda. A série fala muito mais de inclusão, integração e união do que de confrontos, lutas e revolução, o que me soa infinitamente mais inteligente e eficiente.
No fim, o saldo é muito positivo, apesar de uma certa lentidão na evolução da trama. Mesmo que em alguns capítulos o ritmo fique irregular entre o avançar da trama principal e a exploração do interior de cada persona, a primeira temporada deixa aberto um bom caminho para a série explorar. Basta que não se caia naquele erro muito comum das séries, de sacrificar a qualidade de uma história para lucrar em cima de mais temporadas. Se souberem evitar essa tentação, poderão fazer história com Sense 8.
Carol = Garota in-su-por-tá-vel. Certamente vai vencer o câncer porque nem a doença é capaz de aturar sua chatice.
Otávio = Coroa control freak, tão sufocante que a filha prefere virar bicho-grilo a viver perto dele.
Paula = Sem noção de carteirinha. Casa dizendo que não quer ter filho, o marido diz que tudo bem, aí quando encasqueta que quer ter filho, dá um faniquito porque o marido diz que ele não queria desde o princípio, e sai enchendo o saco do cara.
Daniel = Deu o azar de ser filho da dupla de seres humanos mais despreparada pra serem pais do universo conhecido. Estaria melhor se fosse entregue pra adoção e alguém prendesse Ana e João na cadeia por assassinato. Assassinato do futuro desse garoto.
Mais surpreendentes são as revelações a respeito do passado do Theo, que ajudam a acrescentar uma dimensão ainda mais complexa ao personagem do que a já mostrada no decorrer da temporada 1.
Sessão de terapia é um mergulho intimista, quase voyeurístico, na psicologia alheia. E esse mergulho não deixa de suscitar reflexões, comparações e interpretações das nossas próprias questões. A série é também muito feliz ao demonstrar desde o princípio o quanto as questões abordadas na terapia são potencialmente as mesmas de qualquer pessoa, seja ela o paciente, ou o próprio terapeuta. Uma boa e bem cuidada produção, e atores bastante competentes. Alguns tão competentes que são capazes de matar o espectador de raiva! hehehe
Parabéns à Netflix. Respeitoso ao material dos quadrinhos, casting muito bom, não fez concessões idiotas à correção política e apresentou um cenário urbano noturno, sujo e violento. Tudo que poderia ter sido feito com "Arrow", que começou igualmente com uma premissa de herói vigilante iniciando sua cruzada e acabou se tornando uma pataquada de discussões de relação direcionada a um público adolescentoide. Mais uma vez a Marvel passa uma rasteira na DC, dessa vez na categoria "Vigilante Urbano que suja as mãos no lixo das ruas". Charlie Cox merece uma menção honrosa por fazer um Matt Murdock muito humano e crível, que consegue transmitir a solidão de ser Matt Murdock. Elden Henson merece uma menção honrosa por dar vida a um Foggy Nelson excelente, personagem vital para a vida e a história do homem sem medo. E Vincent D'Onofrio É Wilson Fisk, Como Hugh Jackman é Wolverine e Sean Connery foi James Bond... aquele tipo de atuação que você nunca mais consegue desassociar, pois casa o aspecto físico e o visual com a competência do profissional que faz o trabalho de atuar o papel. Parabéns aos envolvidos.
O primeiro terço demorou um pouco a engrenar, depois o ritmo foi se tornando o mesmo da temporada anterior, a familiaridade que fomos desenvolvendo com o estilo da série e as características que a tornaram um sucesso seguiram sendo respeitadas. As histórias sobre o passado das personagens, os picos emocionais e perda de ênfase em personagens mais centrais na primeira temporada que cederam ênfase a personagens de quem não se falou tanto na temporada anterior fizeram com que o miolo da temporada mantivesse o nível e a atenção de seus fãs. E no terço final, o arco de episódios que foi discretamente levando a um dos melhores finais de temporada que já se teve notícia! Deus, o que esperar de dona Jenji Kohan pra uma terceira temporada?
Até o momento está valendo a pena. Como sou gato escaldado com a qualidade inicial de Heroes, que depois acabou se tornando uma galhofa sem fim, prefiro esperar pra ver se Powers vai conseguir manter a qualidade. Pontos fortes: bons personagens, boa adaptação do roteiro dos quadrinhos pra série, bom desempenho dos atores principais. Pontos fracos: faltou dinheiro pra uns efeitos melhores, ou uma direção de arte que pensasse em soluções diferentes que funcionassem melhor com um orçamento baixo. Em alguns momentos, a pobreza dos efeitos quase faz ir pelos ares a suspensão de descrença necessária pra assistir esse tipo de conteúdo.
Só o fato de ter o Stick treinando o Matt já faz essa série merecer mais crédito que o filme do cinema, que poderia ter explicado a presença desse personagem na vida do Matt com uma cena de 5 minutos, mas não fez. Pelo trailer, tá prometendo.
Vince Gilligan e sua turma caminhando a passos largos mais uma vez pra fazer história, dessa vez como a melhor série spinoff da história da TV americana. Currículo a equipe tem, e após esses 3 primeiros episódios que assisti, percebo que potencial pra isso também tem. Resta aguardar...
Se South Park e Johnny Quest transassem e tivessem um filho, o resultado da união seria exatamente este: Archer. Não tem como não amar a overdose de humor negro unido ao design mais cool que vi em muito tempo. Fiquei fã em 2 episódios.
OITNB conseguiu uma façanha ao casar com tanta competência o humor e a futilidade e a alienação da vida hipster de Piper Chapman e seu círculo de relacionamentos e amizades (tenho certeza que Jason Biggs não foi escolhido para o papel por acaso) da protagonista com a realidade e a visão de mundo muito mais crua e hardcore da prisão e compartilhada por todas que ali vivem.
A tônica da série é a trama perfeitamente costurada com essas duas realidades se entrelaçando o tempo todo, e a forma como souberam fazer com que Chapman não se tornasse o único fio condutor, mas que se tornasse mais um fio numa colcha de retalhos onde as vidas e os passados de tantas outras personagens interessantes ganham espaço. Esse detalhe simples, mas tão poderoso fez toda a diferença. Foi o que fez OITNB passar do patamar de "apenas mais uma série", para entrar pra história da TV dos EUA como uma das grandes séries já produzidas por lá.
Se formos analisar friamente, são pequenas diferenças para outras séries que poderiam (mas não são) ser tão boas quanto essa. Mas é como a vida na prisão: O que faz uma pequena diferença aqui fora, às vezes faz uma grande diferença lá dentro. Uma excelente série, já na primeira temporada. E a equipe por trás disso soube pegar essa diferença direitinho. E merecem os parabéns, todos os envolvidos.
No início, levei fé. O piloto foi bem feito, os efeitos especiais de qualidade, o herói bem retratado visualmente e o elenco não parecia ruim. Cheguei a achar que o pessoal que cuida do material da DC aprenderia com seus erros do passado. Mas é impressionante como eles não conseguem entender que um material baseado em histórias em quadrinhos mesmo com uma temática ou tratamento relativamente leve e bem humorado, não precisa ser imbeciloide (Guardiões da Galáxia e Vingadores, dois bons exemplos), e nem que todos os personagens são obrigados a serem mostrados de maneira imatura e revestidos de um romantismo babaquinha.
A personagem Iris West, tão importante na trajetória do Flash, nessa série é retratada como uma mulher adulta que tem a mentalidade de uma adolescente de 13 anos. O próprio Barry Allen é retratado de maneira bastante imatura também, e por mais que a série seja uma espécie de "ano um" do Flash, é irritante ver o homem mais rápido do mundo tomando porrada de um vilão que se transforma em um peido verde, porque não consegue chegar até ele antes que ele vire gás(!!!).
A partir do momento em que percebemos que a série vai virar um novo Crepúsculo com super heróis, é a hora em que sentimos que a inteligência do espectador está sendo insultada. Sinto pena do Flash, ele merecia coisa melhor.
Terminei a primeira temporada afogado em angústia. O que foi um bizarro e fascinante freakshow de práticas médico-cirúrgicas primitivas no início da temporada, à medida que a série avançou foi fazendo com que conhecêssemos melhor os personagens e ficássemos cada vez mais angustiados com seus próprios infernos pessoais. O vício do Thack é algo que foi magistralmente bem explorado, de maneira crescente e envolvente do meio da temporada pro final. A falta de caráter de uns, o excesso de caráter de outros, o desajuste e a crítica bem dosada no roteiro tornou essa uma daquelas séries que nos deixa em séria crise de abstinência entre uma dose e outra. Igualzinho ao Thack sem sua cocaína. E a cena final da temporada? De explodir o cérebro.
Estamos vivendo um período bastante positivo para séries, com muitos astros do cinema migrando para a televisão. Neste ambiente prolífico, às vezes boas séries não tem a atenção devida, outras séries tem atenção demais, e em outros casos o mercado acha que basta ter um astro do cinema que migrou pras séries pra garantir o sucesso. Por sorte, nenhuma dessas coisas acontece em the Knick. Nesse início de primeira temporada, o que se vê é uma série com material tanto criativo quanto técnico pra seguir forte em frente.
A reconstituição de época muito bem-feita, muito competente, me lembrou a injustiçada Copper, (que foi cancelada após duas temporadas) mostrando uma Nova York em sua "adolescência", ainda em processo de se tornar o caldeirão étnico e cultural que veio a ser chamado de Big Apple e tão bem cantada na voz de Frank Sinatra. Cenas do início da "era da eletricidade", a luz chegando às casas, as carruagens começando a ser substituídas pelos carros, a discriminação racial naturalíssima para a época, a posição das mulheres na sociedade... tudo isso nos lembra de que não se pode analisar uma época sem entender seu contexto, e os produtores da série até agora demonstram coragem de mostrar as situações como eram, mesmo em tempos de imbecilidade politicamente correta no talo.
As relações que vão se construindo entre os personagens, a sordidez de algumas relações e arranjos, mostrando de forma surpreendente como a Nova York de 1900 se parecia com (pasmem) o Brasil de hoje! É ambulancista fazendo dinheiro com paciente morto, fiscal do estado cobrando propina de administrador de hospital, administrador de hospital tirando um por fora pra cobrir gastos particulares, e um monte de pacientes (e até funcionários morrendo por causa disso).
Roteiro até o momento bem acertado e contundente na medida certa, Atuações tanto do astro Clive Owen quanto do elenco de apoio em sintonia e rodando com competência, direção de Steven Soderbergh não deixando a dever pro seu trabalho no cinema, enfim... tudo muito bem encaixado até agora. Resta saber se vão conseguir manter a mão, porque potencial tem. E muito!
Orphan Black é uma série bem trabalhada, e deve seu sucesso a dois acertos discretos, mas que no fim funcionam bem. O primeiro que destaco é o equilíbrio do roteiro, que entrega mistérios mas não demora demais a respondê-los, é certeiro na rapidez em que joga a trama de um lado para o outro e que introduz novos elementos no momento exato, antes da trama começar a perder o ritmo. O segundo acerto é na escolha do elenco. A atriz principal Tatiana Maslany foge do padrão hollywoodiano-todo-mundo-lindo-loiro-alto-e-maravilhoso-vampire-diaries-style, se parecendo bem mais com uma pessoa comum. Esse fato a torna muito mais aceitável (e convincente) nas mudanças de papéis. É uma boa atriz e seu trabalho ao interpretar várias personagens deve ser louvado pois não é tarefa fácil e ela o desempenha com competência e profissionalismo. Os atores coadjuvantes também são corretos, fazendo bem suas partes, mas destaco principalmente o rapaz que faz o Felix, que está ótimo no papel.
Uma série muito bem feita. Ponto alto na recriação de época, na direção de arte e na capacidade dos roteiristas em amarrar vários conceitos, histórias e personagens clássicos de terror e suspense do período vitoriano numa trama adulta. O simples fato de respeitar a inteligência do espectador e não cair em modismos ou na praga do adolescentismo de séries como Vampire Diaries é uma bênção para quem ansiava por uma nova série para seguir.
Bons desempenhos dos atores, Eva Green e Timothy Dalton em especial... Josh Hartnett quem diria, depois de tanto penar em Hollywood consegue um papel bom e onde consegue um desempenho com uma qualidade que há muito tempo não conseguia mostrar, se chegou a tanto algum dia (com certeza em Pearl Harbor não foi). E mais, mesmo os atores menos conhecidos ou em papéis menores não decepcionam nem desequilibram, todos bem em seus papéis.
Um prato cheio para quem gosta de cultura pop em geral. Uma "Legue of Extraordinary Gentlemen" com menos LSD na mente e um pouco mais de terror nas veias!
Um engodo. Mais uma vez se aproximaram perigosamente da chatice da segunda temporada. Só que se naquela, o problema foi o roteiro com excesso de açúcar, e discussão interminável de relações, aqui foi a preguiça narrativa. O roteiro em si foi bom, mas situações que poderiam ser facilmente resolvidas em dois, três episódios, se estenderam por toda uma temporada. A decisão de focar os episódios apenas nos grupos separados de personagens funcionou mal, tirou ritmo e deixou toda a temporada truncada e irregular.
O season finale, além de não dar peso emocional quase nenhum à reunião dos grupos foi responsável por um dos ganchos finais mais broxantes e "nhé" de toda a história da televisão. Não assistirei a quinta temporada. Ou melhor, só assistirei após ela terminar, SE souber que ela foi bem melhor que essa quarta. Porque mais uma como essa quem vai morrer virar um walker sou eu.
A "temporada da cadeia", apesar de não ser tão boa quanto a primeira, pelo menos foi capaz de tirar o gosto ruim da segunda temporada de nossas bocas. Elementos novos, personagens novos, desafios novos, e principalmente um vilão emblemático prometiam colocar a série de novo nos trilhos.
Mas não é bem assim. O roteiro mais uma vez deixou a desejar em vários momentos (embora não tanto quanto na segunda temporada). Várias situações potencialmente geniais deixaram de sê-lo por péssimas escolhas de roteiro, e a escolha de colocar em certos momentos a linha narrativa dos episódios em personagens que criavam irritação profunda no público fizeram com que nos lembrássemos de o quão ruim a segunda temporada tinha sido.
Sem contar que especificamente com a Andrea, os roteiristas fizeram o público descobrir um novo limite de ódio e irritação com um personagem.
A temporada mais chata. A busca por sofia e o tempo passado na fazenda, que poderiam ser resolvidos em três, quatro episódios talvez, se arrastam por toda a temporada. Apesar da introdução de vários personagens que serão importantes na série desta temporada em diante, o roteiro globo-novelesco e as torturantes "discussões de relação", blablablás sentimentaloides e lentidões narrativas fizeram com que essa fosse a pior temporada até o momento. Em alguns momentos fomos capazes de esquecer que estávamos em um mundo pós-apocalipse zumbi, e nos sentimos como se estivéssemos presos num episódio de Smallville.
Gostei bastante. Revolucionária primeira temporada. Tensão no máximo. Episódios com nível de cinema, extremamente bem dirigidos. À medida em que novos personagens começam a surgir e o foco sai um pouco da busca de Rick e passa a ser nos relacionamentos interpessoais do grupo que começa a se formar, o ritmo da narrativa cai um pouco, mas não o suficiente para embaçar o brilho dessa série que então iniciava sua trajetória.
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511 Assista AgoraImagine uma festa onde rolou uma transa louca entre Breaking Bad e o filme Fargo: o resultado seria essa série. De BB, ela puxou a trama interligada, o roteiro trabalhadíssimo, aquela coisa de precisar muito do talento e da capacidade dos atores em construírem personagens de forma que mesmo nas situações mais absurdas ainda são humanamente críveis. E de Fargo ela herdou toda aquela atmosfera "Coenística", o gosto por personagens no limite entre o bizarro e o caricato, e o tom cínico afiadíssimo, que parece estar sempre ali à espreita para atacar quando você pensa que algo parece muito normal.
Talvez por Fargo ser uma série menos conhecida que BB, se torne até mais surpreendente à medida em que vamos nos envolvendo em sua trama. Sem falar nas excelentes atuações, Martin Freeman uma monstruosidade e Allison Tolman resumindo a qualidade de um elenco muito bem afinado com seus papéis.
House of Cards (1ª Temporada)
4.5 609 Assista AgoraFrank Underwood é um personagem cuja excelência é diretamente proporcional a sua falta de escrúpulos. Magistralmente composto por Kevin Spacey, tendo a felicidade de co-estrelar a série com uma Robin Wright no desempenho mais luxuoso de sua carreira. Ambos como núcleo central da série são algo que por vezes nos faz desejar que todas as séries tivessem esse grau de qualidade. Virei um grande admirador da série já nos primeiros capítulos. Parabéns aos envolvidos.
Scorpion: Serviço de Inteligência (1ª Temporada)
4.1 66A série tinha muito potencial. Uma boa premissa e personagens interessantes, que prometiam uma boa variedade de tramas, subtramas e situações. Mas quando se vai chegando ao final do primeiro terço da temporada, é aquela famosa hora, tão padrão, tão clichê e tão explorada nas séries: o momento em que praticamente todas as boas ideias são colocadas de lado e se foca 99% de toda a série na forçação de situações românticas pra agradar o público feminino viciado em sacarose.
Aí é o momento no qual aquelas pessoas que não querem morrer de diabetes (ou humilhantemente sufocadas ao vomitar arco-íris) abandonam a série.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773Um grande problema do público adolescentizado que a mídia criou é: não importa a proposta de um trabalho, se a continuação não for maior, mais barulhenta, mais foda, com mais dinossauros que a primeira parte, todo mundo acha uma merda.
Vi tanta gente reclamando do "quanto a segunda temporada de TD é ruim comparada com a primeira", que eles não conseguiram ouvir a qualidade da trilha sonora por cima do som do mimimi. Não conseguiram ver a sutileza e a qualidade de algumas atuações (inclusive de atores de quem nada se esperava) por cima da comparação com Harrelson e McConaughey na primeira temporada. Não foram capazes de observar a fotografia fantástica, honesta e climática de uma Califórnia que funciona como repositório de sonhos destruídos, doidões de toda sorte e misérias humanas.
A sutileza e a delicadeza está morrendo. O ajuste fino não existe mais. O mundo vai se tornando um dial gigante que só tem 2 posições: mimimi e desligado. Em breve, nem o desligado existirá mais. Nesse dia, todos os analfabetos emocionais irão ser como personagens de True Detective.
Menção honrosa para Vince Vaughn e Colin Farrel, ambos assustadoramente (e sutilmente) fora de suas zonas de conforto.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraA série é boa. Parece que pelo menos aqui os Wachowskis conseguiram encontrar um tom correto pra suas visões de filosofia, tecnologia, psicologia, espiritualidade, sexualidade, artes marciais, e a forma como tudo isso impacta a condição humana de uma maneira mais ampla. Em vários momentos anteriores em sua carreira tentaram abordar esses assuntos, com resultados descendentes a partir de sua obra-prima, o primeiro filme da série Matrix.
Quem adivinharia que justo em uma série eles iriam voltar a esboçar finalmente uma reação? É claro que Sense 8 não tem o aspecto revolucionário de Matrix, que foi o filme certo na hora certa, para um público certo, algo que depende de muito mais fatores do que simplesmente a obra ser bem-feita. O que Sense 8 trouxe não foi exatamente novo. Se olharmos com atenção há traços de diversas outras experiências, desde L Word a Fringe, passando por Orphan Black, Lost e até uma pitada ou outra de Arquivo X. A novidade aqui é a forma com que se é retratado o elemento humano e suas interconexões emocionais, através do mote principal do roteiro. Desde momentos memoráveis como o tão falado episódio "what's going on" até o quase risível de tão clichê, como o drama-queenismo pós pé-na-bunda do Lito. Mas é o tipo de situação que demonstra um tanto de honestidade, porque apesar de toda a afliceta que a série causou na comunidade gay, e embora a obra tenha um aspecto de ativismo bastante forte (muito mais em seu subtexto do que no aparente explícito das situações), a história é muito mais construída para abarcar esse aspecto como parte do todo da condição humana, e não como uma desculpa para forçar uma agenda. A série fala muito mais de inclusão, integração e união do que de confrontos, lutas e revolução, o que me soa infinitamente mais inteligente e eficiente.
No fim, o saldo é muito positivo, apesar de uma certa lentidão na evolução da trama. Mesmo que em alguns capítulos o ritmo fique irregular entre o avançar da trama principal e a exploração do interior de cada persona, a primeira temporada deixa aberto um bom caminho para a série explorar. Basta que não se caia naquele erro muito comum das séries, de sacrificar a qualidade de uma história para lucrar em cima de mais temporadas. Se souberem evitar essa tentação, poderão fazer história com Sense 8.
Sessão de Terapia (2ª Temporada)
4.2 33A segunda temporada com alguns dos melhores personagens para se detestar na TV continua com o mesmo nível de qualidade da primeira temporada.
Carol = Garota in-su-por-tá-vel. Certamente vai vencer o câncer porque nem a doença é capaz de aturar sua chatice.
Otávio = Coroa control freak, tão sufocante que a filha prefere virar bicho-grilo a viver perto dele.
Paula = Sem noção de carteirinha. Casa dizendo que não quer ter filho, o marido diz que tudo bem, aí quando encasqueta que quer ter filho, dá um faniquito porque o marido diz que ele não queria desde o princípio, e sai enchendo o saco do cara.
Daniel = Deu o azar de ser filho da dupla de seres humanos mais despreparada pra serem pais do universo conhecido. Estaria melhor se fosse entregue pra adoção e alguém prendesse Ana e João na cadeia por assassinato. Assassinato do futuro desse garoto.
Mais surpreendentes são as revelações a respeito do passado do Theo, que ajudam a acrescentar uma dimensão ainda mais complexa ao personagem do que a já mostrada no decorrer da temporada 1.
Sessão de Terapia (1ª Temporada)
4.2 141Sessão de terapia é um mergulho intimista, quase voyeurístico, na psicologia alheia. E esse mergulho não deixa de suscitar reflexões, comparações e interpretações das nossas próprias questões. A série é também muito feliz ao demonstrar desde o princípio o quanto as questões abordadas na terapia são potencialmente as mesmas de qualquer pessoa, seja ela o paciente, ou o próprio terapeuta. Uma boa e bem cuidada produção, e atores bastante competentes. Alguns tão competentes que são capazes de matar o espectador de raiva! hehehe
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraParabéns à Netflix. Respeitoso ao material dos quadrinhos, casting muito bom, não fez concessões idiotas à correção política e apresentou um cenário urbano noturno, sujo e violento. Tudo que poderia ter sido feito com "Arrow", que começou igualmente com uma premissa de herói vigilante iniciando sua cruzada e acabou se tornando uma pataquada de discussões de relação direcionada a um público adolescentoide. Mais uma vez a Marvel passa uma rasteira na DC, dessa vez na categoria "Vigilante Urbano que suja as mãos no lixo das ruas".
Charlie Cox merece uma menção honrosa por fazer um Matt Murdock muito humano e crível, que consegue transmitir a solidão de ser Matt Murdock. Elden Henson merece uma menção honrosa por dar vida a um Foggy Nelson excelente, personagem vital para a vida e a história do homem sem medo. E Vincent D'Onofrio É Wilson Fisk, Como Hugh Jackman é Wolverine e Sean Connery foi James Bond... aquele tipo de atuação que você nunca mais consegue desassociar, pois casa o aspecto físico e o visual com a competência do profissional que faz o trabalho de atuar o papel. Parabéns aos envolvidos.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraO primeiro terço demorou um pouco a engrenar, depois o ritmo foi se tornando o mesmo da temporada anterior, a familiaridade que fomos desenvolvendo com o estilo da série e as características que a tornaram um sucesso seguiram sendo respeitadas. As histórias sobre o passado das personagens, os picos emocionais e perda de ênfase em personagens mais centrais na primeira temporada que cederam ênfase a personagens de quem não se falou tanto na temporada anterior fizeram com que o miolo da temporada mantivesse o nível e a atenção de seus fãs. E no terço final, o arco de episódios que foi discretamente levando a um dos melhores finais de temporada que já se teve notícia!
Deus, o que esperar de dona Jenji Kohan pra uma terceira temporada?
Powers (1ª Temporada)
3.4 40Até o momento está valendo a pena. Como sou gato escaldado com a qualidade inicial de Heroes, que depois acabou se tornando uma galhofa sem fim, prefiro esperar pra ver se Powers vai conseguir manter a qualidade.
Pontos fortes: bons personagens, boa adaptação do roteiro dos quadrinhos pra série, bom desempenho dos atores principais.
Pontos fracos: faltou dinheiro pra uns efeitos melhores, ou uma direção de arte que pensasse em soluções diferentes que funcionassem melhor com um orçamento baixo. Em alguns momentos, a pobreza dos efeitos quase faz ir pelos ares a suspensão de descrença necessária pra assistir esse tipo de conteúdo.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraSó o fato de ter o Stick treinando o Matt já faz essa série merecer mais crédito que o filme do cinema, que poderia ter explicado a presença desse personagem na vida do Matt com uma cena de 5 minutos, mas não fez. Pelo trailer, tá prometendo.
Better Call Saul (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraVince Gilligan e sua turma caminhando a passos largos mais uma vez pra fazer história, dessa vez como a melhor série spinoff da história da TV americana. Currículo a equipe tem, e após esses 3 primeiros episódios que assisti, percebo que potencial pra isso também tem. Resta aguardar...
Archer (2ª Temporada)
4.3 12Há muito tempo eu não ria tanto quanto no episódio 09, na hora do interrogatório da máfia irlandesa. Épico.
Archer (1ª Temporada)
4.1 33 Assista AgoraSe South Park e Johnny Quest transassem e tivessem um filho, o resultado da união seria exatamente este: Archer. Não tem como não amar a overdose de humor negro unido ao design mais cool que vi em muito tempo. Fiquei fã em 2 episódios.
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista AgoraOITNB conseguiu uma façanha ao casar com tanta competência o humor e a futilidade e a alienação da vida hipster de Piper Chapman e seu círculo de relacionamentos e amizades (tenho certeza que Jason Biggs não foi escolhido para o papel por acaso) da protagonista com a realidade e a visão de mundo muito mais crua e hardcore da prisão e compartilhada por todas que ali vivem.
A tônica da série é a trama perfeitamente costurada com essas duas realidades se entrelaçando o tempo todo, e a forma como souberam fazer com que Chapman não se tornasse o único fio condutor, mas que se tornasse mais um fio numa colcha de retalhos onde as vidas e os passados de tantas outras personagens interessantes ganham espaço. Esse detalhe simples, mas tão poderoso fez toda a diferença. Foi o que fez OITNB passar do patamar de "apenas mais uma série", para entrar pra história da TV dos EUA como uma das grandes séries já produzidas por lá.
Se formos analisar friamente, são pequenas diferenças para outras séries que poderiam (mas não são) ser tão boas quanto essa. Mas é como a vida na prisão: O que faz uma pequena diferença aqui fora, às vezes faz uma grande diferença lá dentro. Uma excelente série, já na primeira temporada. E a equipe por trás disso soube pegar essa diferença direitinho. E merecem os parabéns, todos os envolvidos.
The Flash (1ª Temporada)
4.1 903 Assista AgoraNo início, levei fé. O piloto foi bem feito, os efeitos especiais de qualidade, o herói bem retratado visualmente e o elenco não parecia ruim. Cheguei a achar que o pessoal que cuida do material da DC aprenderia com seus erros do passado. Mas é impressionante como eles não conseguem entender que um material baseado em histórias em quadrinhos mesmo com uma temática ou tratamento relativamente leve e bem humorado, não precisa ser imbeciloide (Guardiões da Galáxia e Vingadores, dois bons exemplos), e nem que todos os personagens são obrigados a serem mostrados de maneira imatura e revestidos de um romantismo babaquinha.
A personagem Iris West, tão importante na trajetória do Flash, nessa série é retratada como uma mulher adulta que tem a mentalidade de uma adolescente de 13 anos. O próprio Barry Allen é retratado de maneira bastante imatura também, e por mais que a série seja uma espécie de "ano um" do Flash, é irritante ver o homem mais rápido do mundo tomando porrada de um vilão que se transforma em um peido verde, porque não consegue chegar até ele antes que ele vire gás(!!!).
A partir do momento em que percebemos que a série vai virar um novo Crepúsculo com super heróis, é a hora em que sentimos que a inteligência do espectador está sendo insultada. Sinto pena do Flash, ele merecia coisa melhor.
The Knick (1ª Temporada)
4.5 144 Assista AgoraTerminei a primeira temporada afogado em angústia. O que foi um bizarro e fascinante freakshow de práticas médico-cirúrgicas primitivas no início da temporada, à medida que a série avançou foi fazendo com que conhecêssemos melhor os personagens e ficássemos cada vez mais angustiados com seus próprios infernos pessoais. O vício do Thack é algo que foi magistralmente bem explorado, de maneira crescente e envolvente do meio da temporada pro final. A falta de caráter de uns, o excesso de caráter de outros, o desajuste e a crítica bem dosada no roteiro tornou essa uma daquelas séries que nos deixa em séria crise de abstinência entre uma dose e outra. Igualzinho ao Thack sem sua cocaína.
E a cena final da temporada? De explodir o cérebro.
The Knick (1ª Temporada)
4.5 144 Assista AgoraEstamos vivendo um período bastante positivo para séries, com muitos astros do cinema migrando para a televisão. Neste ambiente prolífico, às vezes boas séries não tem a atenção devida, outras séries tem atenção demais, e em outros casos o mercado acha que basta ter um astro do cinema que migrou pras séries pra garantir o sucesso. Por sorte, nenhuma dessas coisas acontece em the Knick. Nesse início de primeira temporada, o que se vê é uma série com material tanto criativo quanto técnico pra seguir forte em frente.
A reconstituição de época muito bem-feita, muito competente, me lembrou a injustiçada Copper, (que foi cancelada após duas temporadas) mostrando uma Nova York em sua "adolescência", ainda em processo de se tornar o caldeirão étnico e cultural que veio a ser chamado de Big Apple e tão bem cantada na voz de Frank Sinatra.
Cenas do início da "era da eletricidade", a luz chegando às casas, as carruagens começando a ser substituídas pelos carros, a discriminação racial naturalíssima para a época, a posição das mulheres na sociedade... tudo isso nos lembra de que não se pode analisar uma época sem entender seu contexto, e os produtores da série até agora demonstram coragem de mostrar as situações como eram, mesmo em tempos de imbecilidade politicamente correta no talo.
As relações que vão se construindo entre os personagens, a sordidez de algumas relações e arranjos, mostrando de forma surpreendente como a Nova York de 1900 se parecia com (pasmem) o Brasil de hoje! É ambulancista fazendo dinheiro com paciente morto, fiscal do estado cobrando propina de administrador de hospital, administrador de hospital tirando um por fora pra cobrir gastos particulares, e um monte de pacientes (e até funcionários morrendo por causa disso).
Roteiro até o momento bem acertado e contundente na medida certa, Atuações tanto do astro Clive Owen quanto do elenco de apoio em sintonia e rodando com competência, direção de Steven Soderbergh não deixando a dever pro seu trabalho no cinema, enfim... tudo muito bem encaixado até agora. Resta saber se vão conseguir manter a mão, porque potencial tem. E muito!
Orphan Black (1ª Temporada)
4.5 923 Assista AgoraOrphan Black é uma série bem trabalhada, e deve seu sucesso a dois acertos discretos, mas que no fim funcionam bem. O primeiro que destaco é o equilíbrio do roteiro, que entrega mistérios mas não demora demais a respondê-los, é certeiro na rapidez em que joga a trama de um lado para o outro e que introduz novos elementos no momento exato, antes da trama começar a perder o ritmo.
O segundo acerto é na escolha do elenco. A atriz principal Tatiana Maslany foge do padrão hollywoodiano-todo-mundo-lindo-loiro-alto-e-maravilhoso-vampire-diaries-style, se parecendo bem mais com uma pessoa comum. Esse fato a torna muito mais aceitável (e convincente) nas mudanças de papéis. É uma boa atriz e seu trabalho ao interpretar várias personagens deve ser louvado pois não é tarefa fácil e ela o desempenha com competência e profissionalismo. Os atores coadjuvantes também são corretos, fazendo bem suas partes, mas destaco principalmente o rapaz que faz o Felix, que está ótimo no papel.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraUma série muito bem feita. Ponto alto na recriação de época, na direção de arte e na capacidade dos roteiristas em amarrar vários conceitos, histórias e personagens clássicos de terror e suspense do período vitoriano numa trama adulta. O simples fato de respeitar a inteligência do espectador e não cair em modismos ou na praga do adolescentismo de séries como Vampire Diaries é uma bênção para quem ansiava por uma nova série para seguir.
Bons desempenhos dos atores, Eva Green e Timothy Dalton em especial... Josh Hartnett quem diria, depois de tanto penar em Hollywood consegue um papel bom e onde consegue um desempenho com uma qualidade que há muito tempo não conseguia mostrar, se chegou a tanto algum dia (com certeza em Pearl Harbor não foi). E mais, mesmo os atores menos conhecidos ou em papéis menores não decepcionam nem desequilibram, todos bem em seus papéis.
Um prato cheio para quem gosta de cultura pop em geral. Uma "Legue of Extraordinary Gentlemen" com menos LSD na mente e um pouco mais de terror nas veias!
The Walking Dead (4ª Temporada)
4.1 1,6K Assista AgoraUm engodo. Mais uma vez se aproximaram perigosamente da chatice da segunda temporada. Só que se naquela, o problema foi o roteiro com excesso de açúcar, e discussão interminável de relações, aqui foi a preguiça narrativa. O roteiro em si foi bom, mas situações que poderiam ser facilmente resolvidas em dois, três episódios, se estenderam por toda uma temporada. A decisão de focar os episódios apenas nos grupos separados de personagens funcionou mal, tirou ritmo e deixou toda a temporada truncada e irregular.
O season finale, além de não dar peso emocional quase nenhum à reunião dos grupos foi responsável por um dos ganchos finais mais broxantes e "nhé" de toda a história da televisão. Não assistirei a quinta temporada. Ou melhor, só assistirei após ela terminar, SE souber que ela foi bem melhor que essa quarta. Porque mais uma como essa quem vai morrer virar um walker sou eu.
The Walking Dead (3ª Temporada)
4.1 2,9KA "temporada da cadeia", apesar de não ser tão boa quanto a primeira, pelo menos foi capaz de tirar o gosto ruim da segunda temporada de nossas bocas. Elementos novos, personagens novos, desafios novos, e principalmente um vilão emblemático prometiam colocar a série de novo nos trilhos.
Mas não é bem assim. O roteiro mais uma vez deixou a desejar em vários momentos (embora não tanto quanto na segunda temporada). Várias situações potencialmente geniais deixaram de sê-lo por péssimas escolhas de roteiro, e a escolha de colocar em certos momentos a linha narrativa dos episódios em personagens que criavam irritação profunda no público fizeram com que nos lembrássemos de o quão ruim a segunda temporada tinha sido.
Sem contar que especificamente com a Andrea, os roteiristas fizeram o público descobrir um novo limite de ódio e irritação com um personagem.
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3K Assista AgoraA temporada mais chata. A busca por sofia e o tempo passado na fazenda, que poderiam ser resolvidos em três, quatro episódios talvez, se arrastam por toda a temporada. Apesar da introdução de vários personagens que serão importantes na série desta temporada em diante, o roteiro globo-novelesco e as torturantes "discussões de relação", blablablás sentimentaloides e lentidões narrativas fizeram com que essa fosse a pior temporada até o momento. Em alguns momentos fomos capazes de esquecer que estávamos em um mundo pós-apocalipse zumbi, e nos sentimos como se estivéssemos presos num episódio de Smallville.
The Walking Dead (1ª Temporada)
4.3 2,3K Assista AgoraGostei bastante. Revolucionária primeira temporada. Tensão no máximo. Episódios com nível de cinema, extremamente bem dirigidos. À medida em que novos personagens começam a surgir e o foco sai um pouco da busca de Rick e passa a ser nos relacionamentos interpessoais do grupo que começa a se formar, o ritmo da narrativa cai um pouco, mas não o suficiente para embaçar o brilho dessa série que então iniciava sua trajetória.