Videodrome (1983) tem elementos de Citizen Kane (1941), They Live (1988), Dark City (1998), The Truman Show (1998), The Matrix (1999), Waking Life (2001), The Signal (2014), Ask No Questions (2020), de pelo menos uma missão - a missão sobre cinema - do "Unoffical Patch Plus" de Wesp5 para o jogo de pc Vampire The Masquerade Bloodlines (2004) e outros projetos do seu diretor David Cronenberg.
o filme tem seu psicodelismo trash, seu humor sobre o tipo de pessoa que dá conselhos a outros em rádio, seu descontentamento com a TV e seu futuro, com o uso bélico e religioso da TV, explora uma visão de TV como precursora da internet de hoje, tem alguns bons diálogos, e profetiza que o império USA irá implodir através do amolecimento da população dependente e formada pela TV.
e ainda não agrada.
seria bom se a maior parte da história não estivesse descrita no próprio cartaz:
"First it controls your mind. Then it destroys your body."
infelizmente a trama em si é bem ruim, o arco como um todo não leva o telespectador a lugar algum.
é uma pena, pois a obra apresenta algumas belos aforismos:
Brian O'Blivion: "The battle for the mind of North America will be fought in the video arena: the Videodrome. The television screen is the retina of the mind's eye. Therefore, the television screen is part of the physical structure of the brain. Therefore, whatever appears on the television screen emerges as raw experience for those who watch it. Therefore, television is reality, and reality is less than television."
Brian O'Blivion: "After all, there is nothing real outside our perception of reality, is there?"
Nicki Brand: "I live in a highly excited state of overstimulation."
aforismos que com tempo permitem alguma reflexão e quiça uma maior simpatia com a obra. mas me parece que este tipo de apreciamento demanda mais atenção e dedicação do espectador do que normalmente se espera no cinema e de toda forma não é nem de longe o que o filme entrega na maior parte da sua duração.
o filme é SnuffTV mas mata quem assiste.
melhor ouvir Titãs - Televisão (1985) [música]
https://www.youtube.com/watch?v=7psItZeHmqU
por fim, agora vou ter que assistir Network (1976), My Dinner with Andre (1981), Wrong Is Right (1982), Dead Ringers (1988), Man Bites Dog (1992), Cronos (1993), Strange Days (1995), To Die For (1995), Schizopolis (1997), 8MM (1999), Requiem for a Dream (2000), Eastern Promises (2007), Enter The Void (2009), Christine (2016).
ps: "snufftv" é citado em Videodrome (1983) então fui pesquisar: imagine roubar um filme de outro país [ no caso, roubou do argentino The Slaughter (1971), nota 4.8 no imdb], removendo os créditos originais, adicionando pouco conteúdo ao final, afirmando que a cena adicionada e incompleta de morte em um estúdio pornô se trata da gravação do assassinato real da atriz.
ainda, imagine fazer um cartaz com a frase "um filme que só poderia ter sido feito na América do Sul, onde a vida é barata", fazer, então, a exibição pública do filme em conjunto com protestantes anti-filme contratados e depois de todas essas mentiras conseguir lucrar com isto: este é resumo da história dos bastidores do filme Snuff (1975) [nota 2.8 no imdb] citado em Videodrome. 😄
tem muita história sobre esse filme na net, uma das fontes:
uma palavra sobre a mentira. conseguiria mentir sem a verdade?
conseguiria sonhar sem a realidade?
consegue usar software sem o hardware?
há um modo de compreender tais entidades como unitárias, desde que se abrace de uma vez só sua dualidade. um mesmo objeto com cara e coroa. separados pela mente e suas aparências.
+18, The Hateful Eight (2015) ...
tem as verdades de Seven Samurai (1954), Cruel Logic (2007, short, 6 min)¹, Coherence (2013), Locke (2013).
tem as mentiras de Chinatown (1974), A Perfect Murder (1998), A Dog's Will (2000) [O Auto da Compadecida], Bufo and Spallanzani (2001), Catch Me If You Can (2002), O Homem Mais Sabido do Mundo (2004, PUC-PE, oficialmente no VIMEO), Inception (2010), VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso (2010), VIPs (2011), The Imposter (2012), An Honest Liar - The Amazing Randi Story (2014), Kill the Messenger (2014), The Invisible Guest (2016), American Made (2017), Knives Out (2019), There Are No Fakes (2019) e as entrevistas de Omar Khayyam no Jô Soares.
tem as traições de Bedazzled (1967), Faust (1994), The Devil's Advocate (1997), The Booth at the End (2011, minissérie, 2 temporadas), The Place (2017).
e também tem erros menores como os cartazes oficiais da obra, o anacronismo de alguns diálogos e músicas, a desistência de deixar um desafio lógico na obra - logo resolvido -, e quiça o humor do autor. apesar dos pequenos defeitos a obra não deixa de ser grandiosa. principalmente por permitir rever-se com alguma curiosidade e debater as escolhas de narração, como a presença de pelo menos um símbolo religioso de destaque.
como construído no início deste comentário, o filme é um elogio à mentira na mesma intensidade que se pode elogiar a verdade. e trata-lo de modo ambíguo - como o empresário de Willy Wonka & the Chocolate Factory (1971) -, como uma narração religiosa sobre aqueles que não sabem o que fazem, como um revisionismo histórico jocoso de um tempo bastante permissivo, como um realismo cruel ou como uma fantasia marginal, tudo isso funciona e agrada diferentes matizes morais de telespectadores.
sinto que remoerei o filme por algum tempo. e isto é mais do que se pode pedir de um bom filme.
agora precisarei assistir a versão estendida e Things to Come (1936), Double Indemnity (1944), Gaslight (1944), The Fountainhead (1949), Sunset Boulevard (1950), Diabolique (1955), Fahrenheit 451 (1966), Catch-22 (1970), The Private Life of Sherlock Holmes (1970), Sleuth (1972), F for Fake (1973), The Devil, Probably (1977), A Pure Formality (1974), Thesis (1996), The Man Who Sued God (2001), The Man Who Wasn't There (2001), Brief History of Disbelief (2004, TV Series, 3 eps), Caché (Hidden) (2005), Proof (2005), Root of All Evil? (2006, TV Movie), The Oxford Murders (2008), Exam (2009), The Box (2009), 6 souls (2010), Incendies (2010), The Body (2012), The Master (2012), Travelling Salesman (2012), After the Dark (2013), Upstream Color (2013), Inside Out (2015), Synchronicity (2015), Megalopolis (2024).
Ask No Questions (2020) é um documentário relativamente difícil de encontrar, demorei alguns anos para fazê-lo [talvez seja fácil hoje], sem legenda em português e enfadonho por ser inconclusivo, ou sem boa evidência segundo o autor.
desperdiçado como MK Ultra (2022). apesar de fazer algumas denúncias sobre as torturas contra os inimigos do regime, o tema central "Tiananmen Square self-immolation incident" não é desnudado. apenas investigado sem chegar a uma conclusão definitiva.
melhor assistir A Clockwork Orange (1971), Enemy of the State (1998), Good Night, and Good Luck (2005), Kill the Messenger (2014), American Made (2017), Snowden (2016), There Are No Fakes (2019).
considero "imersão" a única régua de avaliação de filmes: uma história que lhe deixa preocupado e atento com ela mesma por toda a duração da obra é o que se espera dos grandes filmes. caso o filme consiga só isso, já é suficiente para receber uma nota 10.
caso a história "vaze" e o interesse e preocupação continuem pós-filme, principalmente quando capaz de tratar dos "grandes-temas" [ irrespondíveis e curiosos ], se expõe ou lida com as dúvidas ou conflitos do telespectador em sua existência cotidiana, se usa a ficção para um aprofundamento da compreensão do real, para mostrar além, temos aí um dos sinais de ser uma obra-prima.
caso a narração tenha artifícios que demandem alguma descoberta por parte do telespectador que formem um jogo no qual ao telespectador é solicitado a investigar, a montar quebra-cabeças ou acompanhar e contrastar duas histórias em paralelo, se rompe com expectativas e gera surpresas, é um sinal de domínio da "estética" do cinema.
caso a obra seja "acessível", simples de entender e clara, se fornece ao telespectador as pistas e respostas para sua solução, dentro dos clichês e artifícios recorrentes do cinema, fazendo com que a conclusão seja alcançável, quiçá condicionada, é um sinal que o autor sabe bem o que quer dizer.
se permite revisitar a obra, se lhe persuade a revê-la, a obra quer lhe acompanhar, é rica em detalhes e suave.
e o presente filme tem tudo isso.
dito assim, temo, porém, que a expectativa do meu leitor destrua a experiência do filme.
não se trata de grande epifania, nada estrondoso ou estrambólico.
só uma história sutil. um filme que se camufla bem na seção de ação, e ainda sim quer lhe pedir a pensar. a enfrentar o presente.
recomendo!
Mars Express (2023) tem elementos de Citizen Kane (1941); Solaris (1972); Westworld (1973); Blade Runner (1982); The Terminator (1984); Robocop (1987); Total Recall (1990); Roujin-Z (1994); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Appleseed Alpha (2014); Automata (2014); Ex Machina (2015);
o filme me lembra que preciso assistir Ikiru (1952); Robinson Crusoe on Mars (1964); Andrei Rublev (1966); Fahrenheit 451 (1966); El Topo (1970); The Holy Mountain (1973); The Enigma of Kaspar Hauser (1974); Zardoz (1974); Capricorn One (1977); Stalker (1979); Altered States (1980); The 4th Man (1983); The Ninth Configuration (1980); Videodrome (1983); On the Silver Globe (1988); Naked Lunch (1991); Wax, or the Discovery of Television Among the Bees (1991); Ghost in the Shell (1996); Yi Yi (2000); The Fountain (2006); Enter The Void (2009); Gravity (2013); Her (2013); Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) (2014); Interstellar (2014); The Martian (2015); About Endlessness (2019); Ad Astra (2019); I Am Mother (2019); Joker (2019).
"você quis dizer Inglourious Basterds (2009, extendido) no velho-oeste?" - by google
se você viu Westworld (1973), você não precisa assistir Jurassic Park (1993).
pois, são exatamente a mesma história em parques de diversão diferentes.
se você gostar de um, de brinde você passa a gostar de 2 filmes.
se você jogou Super Mario World (1990), você não precisa asssitir Django Unchained (2012).
a princesa está no próximo castelo.
-- memes out!
Django Unchained (2012) é um desnecessariamente longo filme (quase 3h) com pouquíssimo conteúdo, mas algum ciclo de tesão frenético que deve agradar quem já gosta da filmografia do Quentin Tarantino e filmes como The Big Lebowski (1998), Snatch (2000), Frank Miller's Sin City (2005), Lucky Number Slevin (2006), The Wolf of Wall Street (2013) e John Wick (2014).
durante o filme através de um mito europeu é apresentada toda a trama da obra: mate o dragão, salve a princesa. [não tem como marcar com 'spoiler' isso aqui. é o clichê do chavão do lugar-comum óbvio ululante da trivialidade bana-universal.]
assim só resta ao filme, para quem gosta, o deleite estético com o gore de tiroteios contra aqueles que na revisão histórica só podem ser vilãos.
espero que The Hateful Eight (2015) não seja o mesmo filme.
ainda, o longa tem uma pegada de gibi e zombaria com o próprio gênero sem ser ácido ou auto-crítico, sem ensinar como se faz, além de ser jocoso como produtos bem enlatados ao estilo de Scary Movie (2000).
por fim, o filme me lembra que preciso assistir The Inglorious Bastards (1978) e Sexy Beast (2000).
porém, prefiro recomendar A Clockwork Orange (1971); Excalibur (1981); Thief (1981); Blue Velvet (1986); Unforgiven (1992, 2013); The Odyssey (1997); Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999); Mystic River (2003); Oldboy (2003); The Departed (2006); No Country for Old Men (2007); The Man From Nowhere (2010); Appleseed Alpha (2014); No Tears for the Dead (2014); Nocturnal Animals (2016).
Wonka (2023) tem a "vibe" de Eles não Usam Black-tie (1981), Mickey's Christmas Carol (1983), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Good Bye, Lenin! (2003), The Motorcycle Diaries (2004), Oliver Twist (2005), Snowpiercer (2013), Captain Fantastic (2016), Murder on the Orient Express (2017) e tantos outros.
o universo é fortemente caricato e enviesado para uma visão de mundo que ao mesmo tempo reconheço como bem brasileira mas também como um cristal - revivido - do nosso tempo que, pelo menos pra mim, destoa da realidade.
o original, "Willy Wonka & the Chocolate Factory (1971)", também traça desigualdade sociais, a tragédia da pobreza e personagens bastante estereotipados, mas como artifícios rápidos para isolar a relação entre os dois principais: o dúbio dono da fábrica e o esperançoso menino carente. a relação é revoltosa, intensa e verossímil.
o charme que consegui achar foi o contraste entre as duas obras, como jóias, como cristais, como rígidos produtos de seus tempos.
este choque de gerações, de valores, não apenas de cinema mas de vida que trazem Wonka a algo próximo da imortalidade. os filmes permitem descobrir a liberdade de possuir diferentes pontos de vista e no caso do filme original ainda vislumbrar algum mistério.
não consegui ver no filme atual o Willy Wonka do original, com toda sua profundidade e surpresas. o presente filme é muito superficial, raso, clichê. o que seria adequado se ele fosse mais musical ou pelo menos com músicas mais memoráveis.
o início do filme, no entanto, dá a entender que o filme seria mais interessante, sarcástico ou ambíguo do que de fato é. e considero que fez um trabalho formidável, bem melhor do que Oppenheimer (2023) ao expressar o universo interno do protagonista, seu sonho ou epifania momentânea até ser interrompido pelo guarda.
infelizmente, qualquer frescor logo acaba. como um doce que logo enjoa.
o filme me relembra que preciso assistir Jesus Christ Superstar (1973) e Hair (1979).
porém, prefiro recomendar The Wizard of Oz (1939), Fantasia (1940), Harold and Maude (1971), All That Jazz (1979), Monty Python's Life of Brian (1979), Pink Floyd - The Wall (1982). _o/
Vesper (2022) precisa ser avaliado por aquilo que é ao invés do que poderia ser. e no caso é um filme incompleto que serviria muito bem como capítulo inicial de uma série ou nova franquia. mas que apesar de apresentar personagens interessantes em um novo universo, explica pouco não apenas deste universo e suas relações como também não explica qual o resultado obtido no 'final' da aventura - se algo de fato termina.
o filme na sua maior parte é atraente, chama atenção, tem um bom passo de narrativa, é muito bem ambientado, com bom figurino e efeitos, mas deixa tantas pontas soltas que se comporta como produção de uma narrativa amadora, preliminar.
não funciona como distopia por ter apenas estética-distópica com quase nenhum conteúdo - as relações e hierarquias sociais não foram desnudadas -, não funciona como ficção-científica por não ter qualquer profundidade ou materialidade - apenas desvaneio fantasioso.
funciona apenas como alarmismo ambiental, como uma forma de tentar assustar ao apresentar como o futuro poderia ser caso a humanidade continue com experimentações genéticas na agricultura. o que se for o caso o remove da categoria de arte e o coloca em propaganda, de modo semelhante a Soylent Green (1973) e Children of Men (2006) mas com uma pegada de eXistenZ (1999) e pitadas de Brazil (1985).
os produtores precisam aprender a contar uma bom história com o nacional "Bufo & Spallanzani" (2001).
The Black Hole (1979) [pt-BR: O Abismo Negro / O Buraco Negro] da Disney é um filme muito mal aproveitado.
o tema é interessante, alguns personagens também, mas a obra parece ter sido forçada a se adequar a um público de 12 anos de idade ao invés de caminhar em torno de suspense, terror e quem sabe até psicodelismo.
o filme parece uma versão 'cash-grab' infantil para uma mercado com "Star Trek (1966) [série]", "2001 - A Space Odyssey (1968)", "Solaris (1972)", "Battlestar Galactica (1978) [série]", "Star Wars (1977)" que tenta fazer o telespectador sentir compaixão por um robô.
Dante's Inferno - An Animated Epic (2010) é muito parecido com os jogos de PSP, PS3 e XBOX360 de mesmo nome tanto em história quanto em estética.
porém, sem parecer fazer sentido para mim, há mudança de traços visuais dos personagens, como se desenhados por artistas distintos, durante a obra.
tal alteração não fez qualquer sentido para mim, parecendo-se pura experimentação vazia.
irrelevante como tensão narrativa mas ainda prejudicial por quebrar imersão e também por em muitas representações assemelhar à queda de qualidade de desenhista ao invés de se assemelhar à representações alternativas à altura.
do outro lado, a história levemente diferente do jogo, menos 'latina' que o jogo - muito apaixonada e quase noveleira -, e com final agrada um pouco mais mas ainda peca pelo excesso de violência gráfica desmedida além da baixa qualidade dos poucos diálogos e da curta trama.
melhor recomendar o gibi Spawn (1992-), os jogos Souls-like - como Demon's Souls, Dark Souls, Bloodborne, etc -, o filme Constantine (2005) e as animações M.D. Geist (1986) e M.D. Geist II (1996).
The Dark Tower (2017) é, sem ironia, um filme de terror infantil.
e um terror de assistir.
melhor assistir Pinocchio (1940), The 3 Worlds of Gulliver (1960), Pink Floyd - The Wall (1982), The NeverEnding Story (1984), House (1985), Labyrinth (1986), Stand by Me (1986), Hook (1991), Little Nemo - Adventures in Slumberland (1992), The Sandlot (1993), The Secret Garden (1993), The Little Rascals (1994), War of the Buttons (1994), Jumanji (1995), The Sixth Sense (1999), The Devil's Backbone (2001), Big Fish (2003), Birth (2004), Pan's Labyrinth (2006), Mr. Nobody (2009), Super 8 (2011), Looper (2012), The Imposter (2012), A Monster Calls (2016), Godzilla vs. Kong (2021).
Nefarious (2023) é um filme cristão militante de aparente baixo orçamento com pouquíssimas cenas de terror e que deve agradar aos convertidos, como Expelled - No Intelligence Allowed (2008); Left Behind (2014); Is Genesis History? (2017); The Case for Christ (2017); Paul, Apostle of Christ (2018).
a atuação de Sean Patrick Flanery é fantástica, mas é também a única atuação relevante em toda obra. ainda, a atuação é acima da média do cinema em geral.
o filme apesar de ser apenas 1h e 30 min, ficaria muito melhor se fosse ainda menor e restrito apenas aos diálogos de dentro da cadeia sem qualquer ambientação exterior, como Rope (1948), The Shining (1980), The Others (2001), The Mist (2007), Locke (2013), 10 Cloverfield Lane (2016).
seria melhor se a obra fosse mais intelectual, como Waking Life (2001), e menos comercialmente apologética, com clichês viciosos, apesar de poucos.
a obra me lembra que há 2 filmes que preciso assistir: In the Heart of the Sea (2015) e Sound of Freedom (2023).
porém prefiro recomendar os filmes da série Hannibal e Exorcista, e The Ten Commandments (1956), Bedazzled (1967), Rosemary's Baby (1968), The Name of The Rose (1986), The Last Temptation of Christ (1988), Faust (1994), Seven (1995), The Devil's Advocate (1997), Don't Tempt Me (2001), Constantine (2005), Apparitions (2008, minissérie, 6 eps), Shutter Island (2010), The Booth at the End (2011, minissérie, 2 temporadas), Faust (2011), Calvary (2014), Noah (2014), The Place (2017).
ao terminar o filme ficou a sensação: cadê o Godzilla (2014)?
o filme parece dialogar com The Imitation Game (2014), no sentido que Oppenheimer (2023) é surpreendentemente pouco comprometido com o presente, ao contrário do outro filme, sem medo de expressar algum nacionalismo e sem cair num proselitismo ou militância, ainda que toque em política, tornando assim o filme verossímil.
alerto porém que falo do filme em si, não conheço a história relatada e logo não avalio o filme em relação à verdades históricas ou fatos, mas apenas como narrativa.
o filme parece indicar se tratar de uma biografia intimista, psicológica, porém, menor e preso em estéticas abaixo de filmes como Memento (2000), Inception (2010), Transcendence (2014) - do mesmo diretor. tendo apenas uma cena psicológica agradável, na qual o diálogo se descola do conflito pessoal, e é provavelmente o ponto alto do filme.
mas não é disso que se trata o filme. não se trata de um desespero psicológico como o presente em Se7en (1995). a trama parece se preocupar com um conflito de egos dentro do funcionalismo militar e deixa de lado qualquer angústia ou temor privado em relação à aniquilação da humanidade em nome da garantia de um emprego oficial vitalício.
as mulheres e a música são bastante intensas. e não irão ofender ninguém preocupado com guerra cultural. a música porém parece carregar a intensidade dramática das cenas, porém, sem contra-partida de qualquer ameaça eminente ou profundidade em diálogos. assim, o ambiente sonoro do filme parece deslocado, ou forçado em carregar uma intensidade não presentes no argumento ou trama.
o filme poderia ser mais perene, mais intimista, mais humano, mas me pareceu tratar mais de nossa pequenez.
prefiro assim recomendar Dr. Strangelove or - How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964), Akira (1988), Mulholland Drive (2001) e Nocturnal Animals (2016).
MK Ultra (2022) é um filme desperdiçado como The Wolf of Wall Street (2013).
ambos partem de temas extremamente profundos mas lidados de modo completamente superficiais.
a obra por ser "inspirada" ao invés de "baseada" em fatos reais, sugere que a história possa ser mais interessante ou fantástica que a original, dado que "inspiração" promove mais liberdade que "baseado".
mas não é isto o que ocorre.
o projeto real é muito mais sinistro. durou oficialmente 2 décadas. foi exportado para vários países e só nos USA envolveu de modo não consensual pelo menos milhares de pessoas.
o filme assim é um desserviço. desinformativo. desviante.
consegue ser pior que Enemy of the State (1998), Gringo - The Dangerous Life of John McAfee (2016) e Running with the Devil - The Wild World of John McAfee (2022). [filmes que apesar de ruins, devem ser vistos pelo menos uma vez.]
melhor assistir a Patton (1970), Lord of War (2005), An Honest Liar - The Amazing Randi Story (2014), Kill the Messenger (2014), American Made (2017), Snowden (2016), There Are No Fakes (2019). _o/
Don't Worry Darling (2022) é mal conduzido, confuso e contraditório.
eu acredito que a história demande a apresentação de uma rotina ou cotidiano fixo e não me parece que a obra conseguiu produzir o efeito quando necessário, no começo do filme, ficando o filme assim à deriva por um bom tempo.
quando o conflito é apresentado, alguns acontecimentos apresentados deixam de fazer sentido, e assim alguns comportamentos se tornam contraditórios.
é uma mistura perigosa. a simulação, no filme, produz conveniências poderosas, mas ao mesmo tempo é bastante limitada em sua capacidade de controle, resposta e monitoramento. as "falhas" ou "distorções da realidade" são glitches ou alucinações?
quais tratamentos ela sofreu? os flashbacks são memórias do mundo, imaginação ou funções da simulação? em Vitória, remédios psiquiátricos, álcool, etc, produzem efeitos nos usuários?
matrix tenta explicar como as pessoas existem foram e dentro da simulação, inclusive listando os custos e incentivos presentes. como se dá o custo do projeto no mundo real? e qual é seu objetivo? só produzir uma realidade paralela sem objetivo maior que o egoísmo de sequestrar o parceiro para viver num mesmo sonho compartilhado?
o namorado dela não parecia capaz de arcar com os custos. quem financia a utopia?
os alimentos são seguros? os ovos tem recheio?
uma superprodução decepcionante.
na linha de Dark City (1998), eXistenZ (1999), The Village (2004), Mr. Nobody (2009), Inception (2010), Before I Go to Sleep (2014), The Gift (2015), The Handmaiden (2016), Koma (2019).
queria ter sido Vertigo (1958), The Discreet Charm of the Bourgeoisie (1972), Westworld (1973), The Truman Show (1998), American Beauty (1999), Eyes Wide Shut (1999), Mulholland Drive (2001).
muito superficialmente parecido com The Matrix (1999), Waking Life (2001), Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), Oblivion (2013), Nocturnal Animals (2016).
por fim, espero que The Stepford Wives (1975) seja melhor! _o/
eXistenZ (1999) é, fácil, um dos piores filmes que já vi na vida.
GNU: GNU Não-é Unix.
eXistenZ: eXistenZ is ten Zilch.
a década de 90 foi um tempo interessante no cinema, temática viciada sobre real-sonho-virtual-memória-jogo e estética tosca - ora trash, de terror barato como The Evil Dead (1981), ora de RPG, como Dark City (1998). [ é feio mas é intencional, lide com isto! ]
melhor assistir: Serial Experiments Lain (1998, anime), The Thirteenth Floor (1999), Matrix (1999).
melhor ver: Waking Life (2001)¹, Inception (2010), Source Code (2011).
¹ [leia a legenda do filme em separado! sim, leia a legenda sem o filme...]
melhor acompanhar: Stephen King's 'The Langoliers' (1995), Pi (1998), Coherence (2013).
melhor embarcar: Alice in Wonderland (1951), Spirited Away (2001), Pan's Labyrinth (2006).
melhor conhecer: Dreams (1990), Big Fish (2003), The Lobster (2015).
melhor seguir: Andrei Tarkóvski, David Lynch, Stanley Kubrick.
The Thirteenth Floor (1999), diria, é - do mesmo modo que Serial Experiments Lain (1998) - uma introdução à Matrix (1999), porém, com conversas paralelas com Westworld (1973), Tron (1982), Lost Highway (1997), Dark City (1998), Being John Malkovich (1999), Bufo & Spallanzani (2001), Surrogates (2009), Inception (2010), Source Code (2011), Enemy (2013), The Signal (2014), Transcendence (2014), Self/less (2015), Nocturnal Animals (2016), Coma (2019).
o que são nossas memórias? o que levamos e o que trazemos do mundo virtual?
Soylent Green (1973) deve ser assistido numa terça-feira no ano de 2022. ou não.
você sabe do quê Soylent Green é feito? THX 1138 (1971), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Memoirs of a Geisha (2005), Oliver Twist (2005), V for Vendetta (2005), Children of Men (2006), Les Misérables (2012), Snowpiercer (2013), Murder on the Orient Express (2017).
você sabe do quê Soylent Green é feito? não é feito de boas idéias.
queria ter visto algo na linha de: 1984 (1984), Twelve Monkeys (1995), Gattaca (1997), The Matrix (1999), Minority Report (2002), Looper (2012), Oblivion (2013). _o/
Futureworld (1976) não parece ter ligação com o primeiro filme. o primeiro é drama, é reflexivo, ainda que não seja classificado oficialmente assim. o presente filme é estrambólico, juvenil, de ação, superficial, enfadonho, parece ser apenas uma continuação em super-produção na tentativa de ganho comercial sobre o filme anterior.
e é melhor que tenha dado prejuízo, pois, merece não ser visto.
mal aprofeitado como Soylent Green (1973) e Dark City (1998).
prefiro recomendar: Blade Runner (1982); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Moon (2009); Surrogates (2009); Oblivion (2013); Automata (2014); Transcendence (2014); Ex Machina (2015); Tau (2018) _o/
Mystic River (2003) é um faroeste moderno, sem busca por dinheiro ou fama, mas com soluções extra-oficiais e esposas.
estilo Once Upon a Time in America (1984), Goodfellas (1990), Unforgiven (1992), A Bronx Tale (1993), Primal Fear (1996), Sleepers (1996), Gran Torino (2008), Prisoners (2013), Unforgiven (2013), The Drop (2014).
não chega ser bad vibe como Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999) ou No Tears for the Dead (2014) mas chega perto e continua sendo recomendadíssimo! _o/
Dark City (1998) é uma mistura de The Cabinet of Dr. Caligari (1920), 2001 - A Space Odyssey (1968), Solaris (1972), Chinatown (1974), Escape From New York (1981), Blade Runner (1982), Monty Python's The Meaning of Life (1982), Dune (1984), After Hours (1985), Brazil (1985), Blue Velvet (1986), House (1986), Quantum Leap (1989 - 1993, series), Total Recall (1990), Highlander II - The Quickening (1991), Groundhog Day (1993), Stephen King's 'The Langoliers' (1995), Lost Highway (1997), Serial Experiments - Lain (1998, anime), The Truman Show (1998), The Matrix (1999), Memento (2000), Mulholland Drive (2001), Vanilla Sky (2001), Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), The Forgotten (2004), Stay (2005), The Lost Room (2006, mini series), The Science of Sleep (2006), Moon (2009), Mr. Nobody (2009), Midnight in Paris (2011), Source Code (2011), Total Recall (2012), Oblivion (2013), The Double (2013), The Zero Theorem (2013), Before I Go to Sleep (2014), Edge of Tomorrow (2014), The Signal (2014), Self/less (2015), Reminiscence (2021)
com estética de video-game: Shadowrun (1993), Blackthorne (1994), Fallout (1997), Planescape - Torment (1999), Deus Ex (2000), Alone in the Dark - The New Nightmare (2001), Vampire - The Masquerade Bloodlines (2004), Bloodborne (2015)
o filme começa muito ruim - bem cara de filme trash, b, rpg -, passa a maior parte perdido mas se encontra no final.
aí se pergunta... compensa ver? melhor não, viu. tem muito filme melhor listado e jogo tbm!
Children of Men (2006) é completamente esquecível.
já havia assistido ao mesmo, e esqueci. não há nada na obra memorável.
é um filme 100% "brasileiro", com superprodução e venda de sandália porém sem o pornô das chanchadas. as conveniências não convencem, a história parece estar numa ladeira - as coisas acontecem a medida que caem pela força da gravidade -, as mortes não são bem feitas - não doem -, nada se resolve e não quis ser um filme distópico bad vibe.
quem gostou deste filme, provavelmente, gostará de: THX 1138 (1971), Pixote (1981), O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda (1986, short), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Pulp Fiction (1994), Waterworld (1995), The Fifth Element (1997), American History X (1998), Fight Club (1999), Amores Perros (2000), Brainstorm / Bicho de Sete Cabeças (2000), Memento (2000), And Your Mother Too (2001), Waking Life (2001), City of God / Cidade de Deus (2002), 21 Grams (2003), Carandiru (2003), The Dreamers (2003), The Edukators (2004), The Motorcycle Diaries (2004), The Village (2004), V for Vendetta (2005), A Scanner Darkly (2006), Drained / O Cheiro do Ralo (2006), Juno (2007), Wall-e (2008), Surrogates (2009), Elysium (2013), Snowpiercer (2013), Divergent (2014), Predestination (2014), The Handmaiden (2016, +18), Promare (2019, anime), See (2019 - 2022, series), Sound of Metal (2019), Soul (2020).
decepcionado falei em voz alta:
- este não era o filme que gostaria de ter visto...
- que tal o impossível? (2010), respondeu, cantando, Itamar Assumpção.
queria ter visto algo na linha de: A Clockwork Orange (1971), Mad Max (1979), 1984 (1984), In the Name of the Father (1993), Twelve Monkeys (1995), Gattaca (1997), Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999, anime), Minority Report (2002), Oblivion (2013).
alguma coisa popular e parecida com um PC nasce em 1977, porém, o primeiro IBM PC foi lançado só em 1981 e a primeira empresa de antivírus só em 1987. (dados wikipedia-en)
alguma coisa como produção de algoritmos por inteligência artificial é ainda mais difícil de precisar a data, mas é tema bem mais novo, e ainda presente no filme, ainda que de modo implícito.
o filme toca em assuntos técnicos muito distantes da realidade comum do telespectador da década de 70 - os quais se tornariam algo acessível apenas 30 anos ou mais após seu lançamento.
ainda os gêneros nos quais ele é listado "action", "sci-fi", "thriller" não preparam o telespectador para o conteúdo que será fornecido: introspecção, reflexão, contra-cultura.
o filme não funciona como ação ou suspense... e muito menos como "velho-oeste" (o que tenho certeza que alguma locadora deve ter cometido esse erro)... o filme trata da nossa insatisfação constante do presente, da nossa fragilidade de controle ou domínio sobre a tecnologia, nossa tendência ao escapismo, a busca fútil pela vida protegida, segura e artificial.
é um filme belíssimo, e parece tão cuidadoso que até o final - o qual inicialmente não gostei - parece ter sido adequado. temo que ele tente nos comunicar algo. e talvez seja necessário a nós cavar um pouco para achar.
recomendo assistir: The Wizard of Oz (1939); 2001 - A Space Odyssey (1968); Fantasy Island (1977 - 1984, series); Blade Runner (1982); The Terminator (1984); Predator (1987); Total Recall (1990); Jurassic Park (1993); Roujin-Z (1994, anime); The Truman Show (1998); The Matrix (1999); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Appleseed - Ex Machina (2007, anime); Automata (2014); Ex Machina (2014).
Westworld (1973) tem provavelmente toques de três obras que nunca vi, e não vi por medo de gostar de mais: The Stepford Wives (1975), Ghost in the Shell (1996, anime) e Her (2013).
por fim, Futureworld (1976) é listado como sua continuação, e ainda não o assisti mas está na fila! _o/
a heroína é extremamente jovem - pré-adolescente, como é comum nas obras japonesas - e ainda enfrenta o que há de mais velho no mundo, para voltar então ao seu próprio futuro e aos seus pais.
a hierarquia divina ou verticalização espacial do mundo dos deuses, a balsa - ss, é balsa aquilo -, o tricô, o enganar dos deuses, é tudo grego.
as bestas marinhas - represando o ambiente com água -, ocultar a própria vida ao prender a respiração, a queda ao mundo dos mortos e o renascimento, a superação pela negação da riqueza material, assim como o controle das entidades pelo uso de seus nomes são as mesmas concepções presentes nas tradições judaicas.
por fim, o bebê que de tão protegido, amedrontado por germes, prefere viver como um rato também simboliza o presente.
não é uma obra local, japonesa ou asiática, mas universalizante.
há algo de errado e perverso naquela casa de banho que ainda não consegui entender e só por isso evito dar cinco estrelas. não é filme para crianças, é um filme adulto, ritualístico, como toda boa mitologia.
com uma pitada de Bedazzled (1967), The Little Prince (1974), Dreams (1990), Roujin Z (1991), Leon - The Professional (1994), Serial Experiments - Lain (1998, anime), xxxHOLIC (2005 -, anime), The Lobster (2015), Nocturnal Animals (2016), Along With the Gods - The Two Worlds (2017), Along with the Gods 2 (2018), The Father (2020).
assisti Gringo - The Dangerous Life of John McAfee (2016) e Running with the Devil - The Wild World of John McAfee (2022) numa mesma noite e fiquei decepcionado com ambos.
em ambos documentários os narradores querem aparecer mais que o biografado.
perde-se tempo ouvindo narradores no lugar de apresentar mais informação sobre o passado de J. McAfee.
no caso desta obra em particular, ela começa com a participação do jornalista Rocco Castoro - o qual desprezo profundamente... - e assim acredito que ela cresce bastante após os 45 min quando ele deixa de aparecer.
apesar do início ruim e apesar de ter menos informação do que o documentário anterior, a obra tem uma profundidade maior, melhor produção gráfica, melhor narração, - ainda que parte dela continue sendo feita pelo fotógrafo Robert King e, como Rocco, seja ruim de doer -, a narração do ghost writer Alex Cody Foster é bem mais interessante e completa - verbalizando as dúvidas que se espera da narrativa apresentada.
apesar de termos menos detalhes, temos uma melhor apresentação do personagem em toda sua complexidade, ambivalência, blefes e segredos.
se a brincadeira é de escolher uma entre duas obras, seguramente, esta é mais interessante, mais fácil de assistir e provavelmente até mais leve.
mas não são boas obras biográficas.
ainda acredito que a história de John McAfee seja tão interessante quanto as histórias de Nikola Tesla, Grigori Yefimovich Rasputin, Irwin Schiff e Daniel Fraga (o qual espero que continue vivo!) - todas as quais precisam ser bem contadas!
Videodrome: A Síndrome do Vídeo
3.7 547 Assista AgoraVideodrome (1983) tem elementos de Citizen Kane (1941), They Live (1988), Dark City (1998), The Truman Show (1998), The Matrix (1999), Waking Life (2001), The Signal (2014), Ask No Questions (2020), de pelo menos uma missão - a missão sobre cinema - do "Unoffical Patch Plus" de Wesp5 para o jogo de pc Vampire The Masquerade Bloodlines (2004) e outros projetos do seu diretor David Cronenberg.
o filme tem seu psicodelismo trash, seu humor sobre o tipo de pessoa que dá conselhos a outros em rádio, seu descontentamento com a TV e seu futuro, com o uso bélico e religioso da TV, explora uma visão de TV como precursora da internet de hoje, tem alguns bons diálogos, e profetiza que o império USA irá implodir através do amolecimento da população dependente e formada pela TV.
e ainda não agrada.
seria bom se a maior parte da história não estivesse descrita no próprio cartaz:
"First it controls your mind. Then it destroys your body."
infelizmente a trama em si é bem ruim, o arco como um todo não leva o telespectador a lugar algum.
é uma pena, pois a obra apresenta algumas belos aforismos:
Brian O'Blivion: "The battle for the mind of North America will be fought in the video arena: the Videodrome. The television screen is the retina of the mind's eye. Therefore, the television screen is part of the physical structure of the brain. Therefore, whatever appears on the television screen emerges as raw experience for those who watch it. Therefore, television is reality, and reality is less than television."
Brian O'Blivion: "After all, there is nothing real outside our perception of reality, is there?"
Nicki Brand: "I live in a highly excited state of overstimulation."
aforismos que com tempo permitem alguma reflexão e quiça uma maior simpatia com a obra. mas me parece que este tipo de apreciamento demanda mais atenção e dedicação do espectador do que normalmente se espera no cinema e de toda forma não é nem de longe o que o filme entrega na maior parte da sua duração.
o filme é SnuffTV mas mata quem assiste.
melhor ouvir Titãs - Televisão (1985) [música]
https://www.youtube.com/watch?v=7psItZeHmqU
por fim, agora vou ter que assistir Network (1976), My Dinner with Andre (1981), Wrong Is Right (1982), Dead Ringers (1988), Man Bites Dog (1992), Cronos (1993), Strange Days (1995), To Die For (1995), Schizopolis (1997), 8MM (1999), Requiem for a Dream (2000), Eastern Promises (2007), Enter The Void (2009), Christine (2016).
ps: "snufftv" é citado em Videodrome (1983) então fui pesquisar: imagine roubar um filme de outro país [ no caso, roubou do argentino The Slaughter (1971), nota 4.8 no imdb], removendo os créditos originais, adicionando pouco conteúdo ao final, afirmando que a cena adicionada e incompleta de morte em um estúdio pornô se trata da gravação do assassinato real da atriz.
ainda, imagine fazer um cartaz com a frase "um filme que só poderia ter sido feito na América do Sul, onde a vida é barata", fazer, então, a exibição pública do filme em conjunto com protestantes anti-filme contratados e depois de todas essas mentiras conseguir lucrar com isto: este é resumo da história dos bastidores do filme Snuff (1975) [nota 2.8 no imdb] citado em Videodrome. 😄
tem muita história sobre esse filme na net, uma das fontes:
https://www.imdb.com/title/tt0072184/trivia/
_o/
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista Agorauma palavra sobre a mentira. conseguiria mentir sem a verdade?
conseguiria sonhar sem a realidade?
consegue usar software sem o hardware?
há um modo de compreender tais entidades como unitárias, desde que se abrace de uma vez só sua dualidade. um mesmo objeto com cara e coroa. separados pela mente e suas aparências.
+18, The Hateful Eight (2015) ...
tem as verdades de Seven Samurai (1954), Cruel Logic (2007, short, 6 min)¹, Coherence (2013), Locke (2013).
tem as mentiras de Chinatown (1974), A Perfect Murder (1998), A Dog's Will (2000) [O Auto da Compadecida], Bufo and Spallanzani (2001), Catch Me If You Can (2002), O Homem Mais Sabido do Mundo (2004, PUC-PE, oficialmente no VIMEO), Inception (2010), VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso (2010), VIPs (2011), The Imposter (2012), An Honest Liar - The Amazing Randi Story (2014), Kill the Messenger (2014), The Invisible Guest (2016), American Made (2017), Knives Out (2019), There Are No Fakes (2019) e as entrevistas de Omar Khayyam no Jô Soares.
tem as traições de Bedazzled (1967), Faust (1994), The Devil's Advocate (1997), The Booth at the End (2011, minissérie, 2 temporadas), The Place (2017).
e também tem erros menores como os cartazes oficiais da obra, o anacronismo de alguns diálogos e músicas, a desistência de deixar um desafio lógico na obra - logo resolvido -, e quiça o humor do autor. apesar dos pequenos defeitos a obra não deixa de ser grandiosa. principalmente por permitir rever-se com alguma curiosidade e debater as escolhas de narração, como a presença de pelo menos um símbolo religioso de destaque.
como construído no início deste comentário, o filme é um elogio à mentira na mesma intensidade que se pode elogiar a verdade. e trata-lo de modo ambíguo - como o empresário de Willy Wonka & the Chocolate Factory (1971) -, como uma narração religiosa sobre aqueles que não sabem o que fazem, como um revisionismo histórico jocoso de um tempo bastante permissivo, como um realismo cruel ou como uma fantasia marginal, tudo isso funciona e agrada diferentes matizes morais de telespectadores.
sinto que remoerei o filme por algum tempo. e isto é mais do que se pode pedir de um bom filme.
agora precisarei assistir a versão estendida e Things to Come (1936), Double Indemnity (1944), Gaslight (1944), The Fountainhead (1949), Sunset Boulevard (1950), Diabolique (1955), Fahrenheit 451 (1966), Catch-22 (1970), The Private Life of Sherlock Holmes (1970), Sleuth (1972), F for Fake (1973), The Devil, Probably (1977), A Pure Formality (1974), Thesis (1996), The Man Who Sued God (2001), The Man Who Wasn't There (2001), Brief History of Disbelief (2004, TV Series, 3 eps), Caché (Hidden) (2005), Proof (2005), Root of All Evil? (2006, TV Movie), The Oxford Murders (2008), Exam (2009), The Box (2009), 6 souls (2010), Incendies (2010), The Body (2012), The Master (2012), Travelling Salesman (2012), After the Dark (2013), Upstream Color (2013), Inside Out (2015), Synchronicity (2015), Megalopolis (2024).
¹ https://www.imdb.com/title/tt1537245/videogallery/
¹ https://vimeo.com/569412996
_o/
Ask No Questions
2.0 1Ask No Questions (2020) é um documentário relativamente difícil de encontrar, demorei alguns anos para fazê-lo [talvez seja fácil hoje], sem legenda em português e enfadonho por ser inconclusivo, ou sem boa evidência segundo o autor.
desperdiçado como MK Ultra (2022). apesar de fazer algumas denúncias sobre as torturas contra os inimigos do regime, o tema central "Tiananmen Square self-immolation incident" não é desnudado. apenas investigado sem chegar a uma conclusão definitiva.
melhor assistir A Clockwork Orange (1971), Enemy of the State (1998), Good Night, and Good Luck (2005), Kill the Messenger (2014), American Made (2017), Snowden (2016), There Are No Fakes (2019).
_o/
Mars Express
3.9 4Mars Express (2023) foi uma grata surpresa.
considero "imersão" a única régua de avaliação de filmes: uma história que lhe deixa preocupado e atento com ela mesma por toda a duração da obra é o que se espera dos grandes filmes. caso o filme consiga só isso, já é suficiente para receber uma nota 10.
caso a história "vaze" e o interesse e preocupação continuem pós-filme, principalmente quando capaz de tratar dos "grandes-temas" [ irrespondíveis e curiosos ], se expõe ou lida com as dúvidas ou conflitos do telespectador em sua existência cotidiana, se usa a ficção para um aprofundamento da compreensão do real, para mostrar além, temos aí um dos sinais de ser uma obra-prima.
caso a narração tenha artifícios que demandem alguma descoberta por parte do telespectador que formem um jogo no qual ao telespectador é solicitado a investigar, a montar quebra-cabeças ou acompanhar e contrastar duas histórias em paralelo, se rompe com expectativas e gera surpresas, é um sinal de domínio da "estética" do cinema.
caso a obra seja "acessível", simples de entender e clara, se fornece ao telespectador as pistas e respostas para sua solução, dentro dos clichês e artifícios recorrentes do cinema, fazendo com que a conclusão seja alcançável, quiçá condicionada, é um sinal que o autor sabe bem o que quer dizer.
se permite revisitar a obra, se lhe persuade a revê-la, a obra quer lhe acompanhar, é rica em detalhes e suave.
e o presente filme tem tudo isso.
dito assim, temo, porém, que a expectativa do meu leitor destrua a experiência do filme.
não se trata de grande epifania, nada estrondoso ou estrambólico.
só uma história sutil. um filme que se camufla bem na seção de ação, e ainda sim quer lhe pedir a pensar. a enfrentar o presente.
recomendo!
Mars Express (2023) tem elementos de Citizen Kane (1941); Solaris (1972); Westworld (1973); Blade Runner (1982); The Terminator (1984); Robocop (1987); Total Recall (1990); Roujin-Z (1994); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Appleseed Alpha (2014); Automata (2014); Ex Machina (2015);
o filme me lembra que preciso assistir Ikiru (1952); Robinson Crusoe on Mars (1964); Andrei Rublev (1966); Fahrenheit 451 (1966); El Topo (1970); The Holy Mountain (1973); The Enigma of Kaspar Hauser (1974); Zardoz (1974); Capricorn One (1977); Stalker (1979); Altered States (1980); The 4th Man (1983); The Ninth Configuration (1980); Videodrome (1983); On the Silver Globe (1988); Naked Lunch (1991); Wax, or the Discovery of Television Among the Bees (1991); Ghost in the Shell (1996); Yi Yi (2000); The Fountain (2006); Enter The Void (2009); Gravity (2013); Her (2013); Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) (2014); Interstellar (2014); The Martian (2015); About Endlessness (2019); Ad Astra (2019); I Am Mother (2019); Joker (2019).
_o/
Django Livre
4.4 5,8K Assista Agora"você quis dizer Inglourious Basterds (2009, extendido) no velho-oeste?" - by google
se você viu Westworld (1973), você não precisa assistir Jurassic Park (1993).
pois, são exatamente a mesma história em parques de diversão diferentes.
se você gostar de um, de brinde você passa a gostar de 2 filmes.
se você jogou Super Mario World (1990), você não precisa asssitir Django Unchained (2012).
a princesa está no próximo castelo.
-- memes out!
Django Unchained (2012) é um desnecessariamente longo filme (quase 3h) com pouquíssimo conteúdo, mas algum ciclo de tesão frenético que deve agradar quem já gosta da filmografia do Quentin Tarantino e filmes como The Big Lebowski (1998), Snatch (2000), Frank Miller's Sin City (2005), Lucky Number Slevin (2006), The Wolf of Wall Street (2013) e John Wick (2014).
durante o filme através de um mito europeu é apresentada toda a trama da obra: mate o dragão, salve a princesa. [não tem como marcar com 'spoiler' isso aqui. é o clichê do chavão do lugar-comum óbvio ululante da trivialidade bana-universal.]
assim só resta ao filme, para quem gosta, o deleite estético com o gore de tiroteios contra aqueles que na revisão histórica só podem ser vilãos.
espero que The Hateful Eight (2015) não seja o mesmo filme.
ainda, o longa tem uma pegada de gibi e zombaria com o próprio gênero sem ser ácido ou auto-crítico, sem ensinar como se faz, além de ser jocoso como produtos bem enlatados ao estilo de Scary Movie (2000).
por fim, o filme me lembra que preciso assistir The Inglorious Bastards (1978) e Sexy Beast (2000).
porém, prefiro recomendar A Clockwork Orange (1971); Excalibur (1981); Thief (1981); Blue Velvet (1986); Unforgiven (1992, 2013); The Odyssey (1997); Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999); Mystic River (2003); Oldboy (2003); The Departed (2006); No Country for Old Men (2007); The Man From Nowhere (2010); Appleseed Alpha (2014); No Tears for the Dead (2014); Nocturnal Animals (2016).
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Wonka
3.4 391 Assista Agora"você quis dizer Woke (2023)?" - by google search
Wonka (2023) tem a "vibe" de Eles não Usam Black-tie (1981), Mickey's Christmas Carol (1983), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Good Bye, Lenin! (2003), The Motorcycle Diaries (2004), Oliver Twist (2005), Snowpiercer (2013), Captain Fantastic (2016), Murder on the Orient Express (2017) e tantos outros.
o universo é fortemente caricato e enviesado para uma visão de mundo que ao mesmo tempo reconheço como bem brasileira mas também como um cristal - revivido - do nosso tempo que, pelo menos pra mim, destoa da realidade.
o original, "Willy Wonka & the Chocolate Factory (1971)", também traça desigualdade sociais, a tragédia da pobreza e personagens bastante estereotipados, mas como artifícios rápidos para isolar a relação entre os dois principais: o dúbio dono da fábrica e o esperançoso menino carente. a relação é revoltosa, intensa e verossímil.
o charme que consegui achar foi o contraste entre as duas obras, como jóias, como cristais, como rígidos produtos de seus tempos.
este choque de gerações, de valores, não apenas de cinema mas de vida que trazem Wonka a algo próximo da imortalidade. os filmes permitem descobrir a liberdade de possuir diferentes pontos de vista e no caso do filme original ainda vislumbrar algum mistério.
não consegui ver no filme atual o Willy Wonka do original, com toda sua profundidade e surpresas. o presente filme é muito superficial, raso, clichê. o que seria adequado se ele fosse mais musical ou pelo menos com músicas mais memoráveis.
o início do filme, no entanto, dá a entender que o filme seria mais interessante, sarcástico ou ambíguo do que de fato é. e considero que fez um trabalho formidável, bem melhor do que Oppenheimer (2023) ao expressar o universo interno do protagonista, seu sonho ou epifania momentânea até ser interrompido pelo guarda.
infelizmente, qualquer frescor logo acaba. como um doce que logo enjoa.
o filme me relembra que preciso assistir Jesus Christ Superstar (1973) e Hair (1979).
porém, prefiro recomendar The Wizard of Oz (1939), Fantasia (1940), Harold and Maude (1971), All That Jazz (1979), Monty Python's Life of Brian (1979), Pink Floyd - The Wall (1982). _o/
Vesper
3.0 38Vesper (2022) precisa ser avaliado por aquilo que é ao invés do que poderia ser. e no caso é um filme incompleto que serviria muito bem como capítulo inicial de uma série ou nova franquia. mas que apesar de apresentar personagens interessantes em um novo universo, explica pouco não apenas deste universo e suas relações como também não explica qual o resultado obtido no 'final' da aventura - se algo de fato termina.
o filme na sua maior parte é atraente, chama atenção, tem um bom passo de narrativa, é muito bem ambientado, com bom figurino e efeitos, mas deixa tantas pontas soltas que se comporta como produção de uma narrativa amadora, preliminar.
não funciona como distopia por ter apenas estética-distópica com quase nenhum conteúdo - as relações e hierarquias sociais não foram desnudadas -, não funciona como ficção-científica por não ter qualquer profundidade ou materialidade - apenas desvaneio fantasioso.
funciona apenas como alarmismo ambiental, como uma forma de tentar assustar ao apresentar como o futuro poderia ser caso a humanidade continue com experimentações genéticas na agricultura. o que se for o caso o remove da categoria de arte e o coloca em propaganda, de modo semelhante a Soylent Green (1973) e Children of Men (2006) mas com uma pegada de eXistenZ (1999) e pitadas de Brazil (1985).
os produtores precisam aprender a contar uma bom história com o nacional "Bufo & Spallanzani" (2001).
porém, prefiro recomendar Twelve Monkeys (1995), Gattaca (1997), Appleseed Alpha (2014) [animação]. _o/
O Buraco Negro
2.8 40 Assista AgoraThe Black Hole (1979) [pt-BR: O Abismo Negro / O Buraco Negro] da Disney é um filme muito mal aproveitado.
o tema é interessante, alguns personagens também, mas a obra parece ter sido forçada a se adequar a um público de 12 anos de idade ao invés de caminhar em torno de suspense, terror e quem sabe até psicodelismo.
o filme parece uma versão 'cash-grab' infantil para uma mercado com "Star Trek (1966) [série]", "2001 - A Space Odyssey (1968)", "Solaris (1972)", "Battlestar Galactica (1978) [série]", "Star Wars (1977)" que tenta fazer o telespectador sentir compaixão por um robô.
melhor assistir "Alien (1979)", "Blade Runner (1982)", "Stargate (1994)", "Dark City (1998)", "A.I. Artificial Intelligence (2001)", "I, Robot (2004)", "Wall-E (2008)", "Moon (2009)", "Oblivion (2013)", "Automata (2014)", "Ex Machina (2015)". _o/
Dante's Inferno: Uma Animação Épica
3.5 237 Assista AgoraDante's Inferno - An Animated Epic (2010) é muito parecido com os jogos de PSP, PS3 e XBOX360 de mesmo nome tanto em história quanto em estética.
porém, sem parecer fazer sentido para mim, há mudança de traços visuais dos personagens, como se desenhados por artistas distintos, durante a obra.
tal alteração não fez qualquer sentido para mim, parecendo-se pura experimentação vazia.
irrelevante como tensão narrativa mas ainda prejudicial por quebrar imersão e também por em muitas representações assemelhar à queda de qualidade de desenhista ao invés de se assemelhar à representações alternativas à altura.
do outro lado, a história levemente diferente do jogo, menos 'latina' que o jogo - muito apaixonada e quase noveleira -, e com final agrada um pouco mais mas ainda peca pelo excesso de violência gráfica desmedida além da baixa qualidade dos poucos diálogos e da curta trama.
melhor recomendar o gibi Spawn (1992-), os jogos Souls-like - como Demon's Souls, Dark Souls, Bloodborne, etc -, o filme Constantine (2005) e as animações M.D. Geist (1986) e M.D. Geist II (1996).
_o/
A Torre Negra
2.6 839 Assista AgoraThe Dark Tower (2017) é, sem ironia, um filme de terror infantil.
e um terror de assistir.
melhor assistir Pinocchio (1940), The 3 Worlds of Gulliver (1960), Pink Floyd - The Wall (1982), The NeverEnding Story (1984), House (1985), Labyrinth (1986), Stand by Me (1986), Hook (1991), Little Nemo - Adventures in Slumberland (1992), The Sandlot (1993), The Secret Garden (1993), The Little Rascals (1994), War of the Buttons (1994), Jumanji (1995), The Sixth Sense (1999), The Devil's Backbone (2001), Big Fish (2003), Birth (2004), Pan's Labyrinth (2006), Mr. Nobody (2009), Super 8 (2011), Looper (2012), The Imposter (2012), A Monster Calls (2016), Godzilla vs. Kong (2021).
_o/
Nefasto
3.4 202 Assista AgoraNefarious (2023) é um filme cristão militante de aparente baixo orçamento com pouquíssimas cenas de terror e que deve agradar aos convertidos, como Expelled - No Intelligence Allowed (2008); Left Behind (2014); Is Genesis History? (2017); The Case for Christ (2017); Paul, Apostle of Christ (2018).
a atuação de Sean Patrick Flanery é fantástica, mas é também a única atuação relevante em toda obra. ainda, a atuação é acima da média do cinema em geral.
o filme apesar de ser apenas 1h e 30 min, ficaria muito melhor se fosse ainda menor e restrito apenas aos diálogos de dentro da cadeia sem qualquer ambientação exterior, como Rope (1948), The Shining (1980), The Others (2001), The Mist (2007), Locke (2013), 10 Cloverfield Lane (2016).
seria melhor se a obra fosse mais intelectual, como Waking Life (2001), e menos comercialmente apologética, com clichês viciosos, apesar de poucos.
a obra me lembra que há 2 filmes que preciso assistir: In the Heart of the Sea (2015) e Sound of Freedom (2023).
porém prefiro recomendar os filmes da série Hannibal e Exorcista, e The Ten Commandments (1956), Bedazzled (1967), Rosemary's Baby (1968), The Name of The Rose (1986), The Last Temptation of Christ (1988), Faust (1994), Seven (1995), The Devil's Advocate (1997), Don't Tempt Me (2001), Constantine (2005), Apparitions (2008, minissérie, 6 eps), Shutter Island (2010), The Booth at the End (2011, minissérie, 2 temporadas), Faust (2011), Calvary (2014), Noah (2014), The Place (2017).
_o/
Oppenheimer
4.0 1,1Kao terminar o filme ficou a sensação: cadê o Godzilla (2014)?
o filme parece dialogar com The Imitation Game (2014), no sentido que Oppenheimer (2023) é surpreendentemente pouco comprometido com o presente, ao contrário do outro filme, sem medo de expressar algum nacionalismo e sem cair num proselitismo ou militância, ainda que toque em política, tornando assim o filme verossímil.
alerto porém que falo do filme em si, não conheço a história relatada e logo não avalio o filme em relação à verdades históricas ou fatos, mas apenas como narrativa.
o filme parece indicar se tratar de uma biografia intimista, psicológica, porém, menor e preso em estéticas abaixo de filmes como Memento (2000), Inception (2010), Transcendence (2014) - do mesmo diretor. tendo apenas uma cena psicológica agradável, na qual o diálogo se descola do conflito pessoal, e é provavelmente o ponto alto do filme.
mas não é disso que se trata o filme. não se trata de um desespero psicológico como o presente em Se7en (1995). a trama parece se preocupar com um conflito de egos dentro do funcionalismo militar e deixa de lado qualquer angústia ou temor privado em relação à aniquilação da humanidade em nome da garantia de um emprego oficial vitalício.
as mulheres e a música são bastante intensas. e não irão ofender ninguém preocupado com guerra cultural. a música porém parece carregar a intensidade dramática das cenas, porém, sem contra-partida de qualquer ameaça eminente ou profundidade em diálogos. assim, o ambiente sonoro do filme parece deslocado, ou forçado em carregar uma intensidade não presentes no argumento ou trama.
o filme poderia ser mais perene, mais intimista, mais humano, mas me pareceu tratar mais de nossa pequenez.
prefiro assim recomendar Dr. Strangelove or - How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964), Akira (1988), Mulholland Drive (2001) e Nocturnal Animals (2016).
_o/
MK Ultra
1.9 3 Assista AgoraMK Ultra (2022) é um filme desperdiçado como The Wolf of Wall Street (2013).
ambos partem de temas extremamente profundos mas lidados de modo completamente superficiais.
a obra por ser "inspirada" ao invés de "baseada" em fatos reais, sugere que a história possa ser mais interessante ou fantástica que a original, dado que "inspiração" promove mais liberdade que "baseado".
mas não é isto o que ocorre.
o projeto real é muito mais sinistro. durou oficialmente 2 décadas. foi exportado para vários países e só nos USA envolveu de modo não consensual pelo menos milhares de pessoas.
o filme assim é um desserviço. desinformativo. desviante.
consegue ser pior que Enemy of the State (1998), Gringo - The Dangerous Life of John McAfee (2016) e Running with the Devil - The Wild World of John McAfee (2022). [filmes que apesar de ruins, devem ser vistos pelo menos uma vez.]
melhor assistir a Patton (1970), Lord of War (2005), An Honest Liar - The Amazing Randi Story (2014), Kill the Messenger (2014), American Made (2017), Snowden (2016), There Are No Fakes (2019). _o/
Não Se Preocupe, Querida
3.3 554 Assista AgoraDon't Worry Darling (2022) é mal conduzido, confuso e contraditório.
eu acredito que a história demande a apresentação de uma rotina ou cotidiano fixo e não me parece que a obra conseguiu produzir o efeito quando necessário, no começo do filme, ficando o filme assim à deriva por um bom tempo.
quando o conflito é apresentado, alguns acontecimentos apresentados deixam de fazer sentido, e assim alguns comportamentos se tornam contraditórios.
alucinação, simulação, memória.
é uma mistura perigosa. a simulação, no filme, produz conveniências poderosas, mas ao mesmo tempo é bastante limitada em sua capacidade de controle, resposta e monitoramento. as "falhas" ou "distorções da realidade" são glitches ou alucinações?
quais tratamentos ela sofreu? os flashbacks são memórias do mundo, imaginação ou funções da simulação? em Vitória, remédios psiquiátricos, álcool, etc, produzem efeitos nos usuários?
matrix tenta explicar como as pessoas existem foram e dentro da simulação, inclusive listando os custos e incentivos presentes. como se dá o custo do projeto no mundo real? e qual é seu objetivo? só produzir uma realidade paralela sem objetivo maior que o egoísmo de sequestrar o parceiro para viver num mesmo sonho compartilhado?
o namorado dela não parecia capaz de arcar com os custos. quem financia a utopia?
os alimentos são seguros? os ovos tem recheio?
uma superprodução decepcionante.
na linha de Dark City (1998), eXistenZ (1999), The Village (2004), Mr. Nobody (2009), Inception (2010), Before I Go to Sleep (2014), The Gift (2015), The Handmaiden (2016), Koma (2019).
queria ter sido Vertigo (1958), The Discreet Charm of the Bourgeoisie (1972), Westworld (1973), The Truman Show (1998), American Beauty (1999), Eyes Wide Shut (1999), Mulholland Drive (2001).
muito superficialmente parecido com The Matrix (1999), Waking Life (2001), Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), Oblivion (2013), Nocturnal Animals (2016).
por fim, espero que The Stepford Wives (1975) seja melhor! _o/
eXistenZ
3.6 317eXistenZ (1999) é, fácil, um dos piores filmes que já vi na vida.
GNU: GNU Não-é Unix.
eXistenZ: eXistenZ is ten Zilch.
a década de 90 foi um tempo interessante no cinema, temática viciada sobre real-sonho-virtual-memória-jogo e estética tosca - ora trash, de terror barato como The Evil Dead (1981), ora de RPG, como Dark City (1998). [ é feio mas é intencional, lide com isto! ]
melhor assistir: Serial Experiments Lain (1998, anime), The Thirteenth Floor (1999), Matrix (1999).
melhor ver: Waking Life (2001)¹, Inception (2010), Source Code (2011).
¹ [leia a legenda do filme em separado! sim, leia a legenda sem o filme...]
melhor acompanhar: Stephen King's 'The Langoliers' (1995), Pi (1998), Coherence (2013).
melhor embarcar: Alice in Wonderland (1951), Spirited Away (2001), Pan's Labyrinth (2006).
melhor conhecer: Dreams (1990), Big Fish (2003), The Lobster (2015).
melhor seguir: Andrei Tarkóvski, David Lynch, Stanley Kubrick.
_o/
13º Andar
3.5 222 Assista AgoraThe Thirteenth Floor (1999), diria, é - do mesmo modo que Serial Experiments Lain (1998) - uma introdução à Matrix (1999), porém, com conversas paralelas com Westworld (1973), Tron (1982), Lost Highway (1997), Dark City (1998), Being John Malkovich (1999), Bufo & Spallanzani (2001), Surrogates (2009), Inception (2010), Source Code (2011), Enemy (2013), The Signal (2014), Transcendence (2014), Self/less (2015), Nocturnal Animals (2016), Coma (2019).
o que são nossas memórias? o que levamos e o que trazemos do mundo virtual?
e nos fere aquilo que esquecemos? _o/
No Mundo de 2020
3.6 154 Assista AgoraSoylent Green (1973) deve ser assistido numa terça-feira no ano de 2022. ou não.
você sabe do quê Soylent Green é feito? THX 1138 (1971), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Memoirs of a Geisha (2005), Oliver Twist (2005), V for Vendetta (2005), Children of Men (2006), Les Misérables (2012), Snowpiercer (2013), Murder on the Orient Express (2017).
você sabe do quê Soylent Green é feito? não é feito de boas idéias.
queria ter visto algo na linha de: 1984 (1984), Twelve Monkeys (1995), Gattaca (1997), The Matrix (1999), Minority Report (2002), Looper (2012), Oblivion (2013). _o/
Ano 2003 - Operação Terra
2.5 25 Assista AgoraFutureworld (1976) não parece ter ligação com o primeiro filme. o primeiro é drama, é reflexivo, ainda que não seja classificado oficialmente assim. o presente filme é estrambólico, juvenil, de ação, superficial, enfadonho, parece ser apenas uma continuação em super-produção na tentativa de ganho comercial sobre o filme anterior.
e é melhor que tenha dado prejuízo, pois, merece não ser visto.
mal aprofeitado como Soylent Green (1973) e Dark City (1998).
prefiro recomendar: Blade Runner (1982); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Moon (2009); Surrogates (2009); Oblivion (2013); Automata (2014); Transcendence (2014); Ex Machina (2015); Tau (2018) _o/
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraMystic River (2003) é um faroeste moderno, sem busca por dinheiro ou fama, mas com soluções extra-oficiais e esposas.
estilo Once Upon a Time in America (1984), Goodfellas (1990), Unforgiven (1992), A Bronx Tale (1993), Primal Fear (1996), Sleepers (1996), Gran Torino (2008), Prisoners (2013), Unforgiven (2013), The Drop (2014).
não chega ser bad vibe como Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999) ou No Tears for the Dead (2014) mas chega perto e continua sendo recomendadíssimo! _o/
Cidade das Sombras
3.6 283 Assista AgoraDark City (1998) é uma mistura de The Cabinet of Dr. Caligari (1920), 2001 - A Space Odyssey (1968), Solaris (1972), Chinatown (1974), Escape From New York (1981), Blade Runner (1982), Monty Python's The Meaning of Life (1982), Dune (1984), After Hours (1985), Brazil (1985), Blue Velvet (1986), House (1986), Quantum Leap (1989 - 1993, series), Total Recall (1990), Highlander II - The Quickening (1991), Groundhog Day (1993), Stephen King's 'The Langoliers' (1995), Lost Highway (1997), Serial Experiments - Lain (1998, anime), The Truman Show (1998), The Matrix (1999), Memento (2000), Mulholland Drive (2001), Vanilla Sky (2001), Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), The Forgotten (2004), Stay (2005), The Lost Room (2006, mini series), The Science of Sleep (2006), Moon (2009), Mr. Nobody (2009), Midnight in Paris (2011), Source Code (2011), Total Recall (2012), Oblivion (2013), The Double (2013), The Zero Theorem (2013), Before I Go to Sleep (2014), Edge of Tomorrow (2014), The Signal (2014), Self/less (2015), Reminiscence (2021)
com estética de video-game: Shadowrun (1993), Blackthorne (1994), Fallout (1997), Planescape - Torment (1999), Deus Ex (2000), Alone in the Dark - The New Nightmare (2001), Vampire - The Masquerade Bloodlines (2004), Bloodborne (2015)
o filme começa muito ruim - bem cara de filme trash, b, rpg -, passa a maior parte perdido mas se encontra no final.
aí se pergunta... compensa ver? melhor não, viu. tem muito filme melhor listado e jogo tbm!
agora...
sleep! _o/
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraChildren of Men (2006) é completamente esquecível.
já havia assistido ao mesmo, e esqueci. não há nada na obra memorável.
é um filme 100% "brasileiro", com superprodução e venda de sandália porém sem o pornô das chanchadas. as conveniências não convencem, a história parece estar numa ladeira - as coisas acontecem a medida que caem pela força da gravidade -, as mortes não são bem feitas - não doem -, nada se resolve e não quis ser um filme distópico bad vibe.
quem gostou deste filme, provavelmente, gostará de: THX 1138 (1971), Pixote (1981), O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda (1986, short), They Live (1988), Isle of Flowers / A ilha das flores (1989, short), Pulp Fiction (1994), Waterworld (1995), The Fifth Element (1997), American History X (1998), Fight Club (1999), Amores Perros (2000), Brainstorm / Bicho de Sete Cabeças (2000), Memento (2000), And Your Mother Too (2001), Waking Life (2001), City of God / Cidade de Deus (2002), 21 Grams (2003), Carandiru (2003), The Dreamers (2003), The Edukators (2004), The Motorcycle Diaries (2004), The Village (2004), V for Vendetta (2005), A Scanner Darkly (2006), Drained / O Cheiro do Ralo (2006), Juno (2007), Wall-e (2008), Surrogates (2009), Elysium (2013), Snowpiercer (2013), Divergent (2014), Predestination (2014), The Handmaiden (2016, +18), Promare (2019, anime), See (2019 - 2022, series), Sound of Metal (2019), Soul (2020).
decepcionado falei em voz alta:
- este não era o filme que gostaria de ter visto...
- que tal o impossível? (2010), respondeu, cantando, Itamar Assumpção.
queria ter visto algo na linha de: A Clockwork Orange (1971), Mad Max (1979), 1984 (1984), In the Name of the Father (1993), Twelve Monkeys (1995), Gattaca (1997), Jin-Roh - The Wolf Brigade (1999, anime), Minority Report (2002), Oblivion (2013).
antes de partir, puxe meu dedo! _o/
Westworld - Onde Ninguém Tem Alma
3.3 197alguma coisa popular e parecida com um PC nasce em 1977, porém, o primeiro IBM PC foi lançado só em 1981 e a primeira empresa de antivírus só em 1987. (dados wikipedia-en)
alguma coisa como produção de algoritmos por inteligência artificial é ainda mais difícil de precisar a data, mas é tema bem mais novo, e ainda presente no filme, ainda que de modo implícito.
o filme toca em assuntos técnicos muito distantes da realidade comum do telespectador da década de 70 - os quais se tornariam algo acessível apenas 30 anos ou mais após seu lançamento.
ainda os gêneros nos quais ele é listado "action", "sci-fi", "thriller" não preparam o telespectador para o conteúdo que será fornecido: introspecção, reflexão, contra-cultura.
o filme não funciona como ação ou suspense... e muito menos como "velho-oeste" (o que tenho certeza que alguma locadora deve ter cometido esse erro)... o filme trata da nossa insatisfação constante do presente, da nossa fragilidade de controle ou domínio sobre a tecnologia, nossa tendência ao escapismo, a busca fútil pela vida protegida, segura e artificial.
é um filme belíssimo, e parece tão cuidadoso que até o final - o qual inicialmente não gostei - parece ter sido adequado. temo que ele tente nos comunicar algo. e talvez seja necessário a nós cavar um pouco para achar.
recomendo assistir: The Wizard of Oz (1939); 2001 - A Space Odyssey (1968); Fantasy Island (1977 - 1984, series); Blade Runner (1982); The Terminator (1984); Predator (1987); Total Recall (1990); Jurassic Park (1993); Roujin-Z (1994, anime); The Truman Show (1998); The Matrix (1999); A.I. Artificial Intelligence (2001); I, Robot (2004); Appleseed - Ex Machina (2007, anime); Automata (2014); Ex Machina (2014).
Westworld (1973) tem provavelmente toques de três obras que nunca vi, e não vi por medo de gostar de mais: The Stepford Wives (1975), Ghost in the Shell (1996, anime) e Her (2013).
por fim, Futureworld (1976) é listado como sua continuação, e ainda não o assisti mas está na fila! _o/
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista Agorasem conversa fiada aqui, é uma obra de mitologia.
Alice in Wonderland (1951) + Joseph Campbell and the Power of Myth (1988) + The Odyssey (1997) + Big Fish (2003) + Pan's Labyrinth (2006)
a heroína é extremamente jovem - pré-adolescente, como é comum nas obras japonesas - e ainda enfrenta o que há de mais velho no mundo, para voltar então ao seu próprio futuro e aos seus pais.
a hierarquia divina ou verticalização espacial do mundo dos deuses, a balsa - ss, é balsa aquilo -, o tricô, o enganar dos deuses, é tudo grego.
as bestas marinhas - represando o ambiente com água -, ocultar a própria vida ao prender a respiração, a queda ao mundo dos mortos e o renascimento, a superação pela negação da riqueza material, assim como o controle das entidades pelo uso de seus nomes são as mesmas concepções presentes nas tradições judaicas.
por fim, o bebê que de tão protegido, amedrontado por germes, prefere viver como um rato também simboliza o presente.
não é uma obra local, japonesa ou asiática, mas universalizante.
há algo de errado e perverso naquela casa de banho que ainda não consegui entender e só por isso evito dar cinco estrelas. não é filme para crianças, é um filme adulto, ritualístico, como toda boa mitologia.
com uma pitada de Bedazzled (1967), The Little Prince (1974), Dreams (1990), Roujin Z (1991), Leon - The Professional (1994), Serial Experiments - Lain (1998, anime), xxxHOLIC (2005 -, anime), The Lobster (2015), Nocturnal Animals (2016), Along With the Gods - The Two Worlds (2017), Along with the Gods 2 (2018), The Father (2020).
recomendadíssimo! _o/
John McAfee: Gênio, Polêmico e Fugitivo
3.1 15 Assista Agoraassisti Gringo - The Dangerous Life of John McAfee (2016) e Running with the Devil - The Wild World of John McAfee (2022) numa mesma noite e fiquei decepcionado com ambos.
em ambos documentários os narradores querem aparecer mais que o biografado.
perde-se tempo ouvindo narradores no lugar de apresentar mais informação sobre o passado de J. McAfee.
no caso desta obra em particular, ela começa com a participação do jornalista Rocco Castoro - o qual desprezo profundamente... - e assim acredito que ela cresce bastante após os 45 min quando ele deixa de aparecer.
apesar do início ruim e apesar de ter menos informação do que o documentário anterior, a obra tem uma profundidade maior, melhor produção gráfica, melhor narração, - ainda que parte dela continue sendo feita pelo fotógrafo Robert King e, como Rocco, seja ruim de doer -, a narração do ghost writer Alex Cody Foster é bem mais interessante e completa - verbalizando as dúvidas que se espera da narrativa apresentada.
apesar de termos menos detalhes, temos uma melhor apresentação do personagem em toda sua complexidade, ambivalência, blefes e segredos.
se a brincadeira é de escolher uma entre duas obras, seguramente, esta é mais interessante, mais fácil de assistir e provavelmente até mais leve.
mas não são boas obras biográficas.
ainda acredito que a história de John McAfee seja tão interessante quanto as histórias de Nikola Tesla, Grigori Yefimovich Rasputin, Irwin Schiff e Daniel Fraga (o qual espero que continue vivo!) - todas as quais precisam ser bem contadas!
_o/