O filme tem Ethan Hawke e "depois" no título (antônimo de "antes")...
Deveriam ter escalado no elenco a Julie Delpy ao invés da Julia Roberts para fazer o quarto filme da sequência. Imagina: - Antes do Amanhecer; - Antes do Pôr-do-Sol; - Antes da Meia-Noite; - Antes de Dar Merda.
Título original: "A Man Called Otto" (tradução literal: "Um homem chamado Otto"). Como explicar o nome do filme em português? "O Pior Vizinho do Mundo".
Dramédia muito boa, especialmente para quem assistir com baixas expectativas, só porque o protagonista é o gigante Tom Hanks (meu caso).
O roteiro consegue costumar diversos temas clássicos e modernos de modo bastante eficaz e coerente.
Minha única crítica: penso que faltou explorar um pouco o "transcendental". Otto queria morrer para se encontrar com a Sonya, mas qual era seu background filosófico e/ou religioso? Eu sei que isso é secundário e dispensável, mas o pragmatismo do protagonista é tão forte que gostaria dessa abordagem, pois sempre me atrai a discussão (btw, sou cristão, por isso gosto do tema, mesmo que não restrito ao cristianismo).
Apesar da genialidade do Tom Hanks, que consegue ter química até com uma bola (Wilsonnnnn!), gostei muito da dinâmica entre ele e a Mariana Treviño.
Uma frase para fechar:
"Coisas acontecem. As pessoas se distanciam. Constroem muros. Se ofendem. Quem sabe por quê" (ANDERSON, Otto).
Antes de qualquer consideração, gostaria de encorajar vocês a assistir ao filme inerte à discussão ideológica que o cerca.
Sim, há extremistas e conspiradores da direita financiando ingressos e fazendo discursos a partir do filme. Também há a esquerda argumentando que é um filme cristão, que dá destaque a um homem branco salvador, que demoniza latinos e que não condiz com a exata realidade dos fatos.
Críticos de cinema abordam sob diversas óticas. Dalenogare explica brevemente o debate ideológico, mas foca suas observações no longa. O ótimo PH Santos, talvez meu preferido, infelizmente não tratou bem em sua crítica e basta acessar o canal dele e constatar o quanto ele preferiu priorizar o debate ideológico em detrimento do longa (repetiu "messiânico" umas 20 vezes). Isabela Boscov até esta data, não publicou vídeo a respeito e deve sair algo em breve (tenho boas expectativas).
De toda forma, algumas observações: - O filme é baseado em fatos reais, mas não é um documentário. O próprio diretor assume que parte do roteiro foi "aumentado", como qualquer filme BASEADO em fatos reais, pois é necessário tornar a história mais comercial; - O filme não é cristão. O protagonista, que é uma pessoa real, é cristão. Reforço, porém, que as menções a Deus não somam mais do que 5 minutos das mais de 2 horas de filme (e são secundárias). Pode assistir sem medo de ser convertido rs; - De fato, o protagonista é um homem branco, porém não messiânico (diferente do papel do ator em "A Paixão de Cristo"). Aqui, ele é um homem comum, limitado, que resolve combater um problema que assola a humanidade e chega a pedir demissão para tanto. Acho que isso é o suficiente para considerá-lo uma pessoa diferenciada cuja história merece ser contada.
Tráfico humano, de criança ou adulto, é forte, mas merece muito mais atenção do que recebe. Em tempos de antivax e terraplanistas, negar a realidade da exploração sexual de menores, inclusive no Brasil, é ser negacionista. O filme poderia muito bem explorar cenas fortes, mas opta por deixar subentendido e apenas faz referência para evitar que passemos mal no cinema. Ainda assim, é pesado e é impossível não sair refletindo após assistir.
Posso garantir. Assista ao filme sem preocupação com discursos ideológicos EXTERNOS. Foque no que é contado INTERNAMENTE no filme. Garanto que vc não vai identificar direita ou esquerda, tampouco conspirações sobre grupos de milionários financiando tráfico humano, nem uma narrativa cristã você vai ver. São apenas pessoas comuns que decidiram fazer a diferença.
Por óbvio, você pode não gostar do roteiro, da direção, das atuações etc. Contudo enxergar discurso político ou ideológico no longa é pura falácia e que só contribui contra a conscientização sobre um problema tão sério como a exploração sexual infantil.
Mas foi uma grata surpresa. Boas atuações, bons figurinos e um roteiro que, embora não tenha uma estrutura inédita, é suficiente para ficarmos presos e ansiosos para o desfecho e as descobertas que poderão ser feitas no decorrer do longa.
Só gostaria de um melhor desenvolvimento de uma parte importante:
Elton John e Bernie Taupin é o melhor bromance da música mundial.
Lennon e McCartney conseguiram (pretérito) ser ainda melhores na criatividade musical (assistam "Across the Universe"), mas muitas vezes eram movidos pela rivalidade, e não pela cumplicidade. Talvez por isso tantas brigas e o precoce fim dos Beatles (assistam "Get Back" no Disney+ e ao documentário "The Beatles Anthology").
É marcante o filme reforçar que Elton e Bernie nunca brigaram, apesar dos desentendimentos e da resiliência do segundo. Talvez porque Bernie ficou longe dos holofotes. Como disse o Elton, é ele quem não pode sair na rua sem passar despercebido.
Fato é que Elton John só não é ainda mais reconhecido, porque felizmente ainda está vivo e produzindo boas canções, como as do recente álbum "The Lockdown Sessions".
Notei que o pessoal daqui não gostou muito. Não fosse a indicação ao Oscar, eu jamais teria assistido, ainda mais pela sinopse nada convidativa.
Gostei bastante.
Não sei explicar o motivo. É um filme simples, leve, sem reviravoltas mirabolantes, mas fiquei imerso no ambiente anos 70 e na estória do Gary e da Alana.
A morte do Conrad na guerra foi das mais idiotas, porém infelizmente coisas assim acontecem mesmo, especialmente na tensão de uma guerra. Que o mundo tenha mais paz!
OBS: só descobri aqui que tem cena pós-crédito, pois o Star+ interrompeu os créditos com "sugestões". Mancada.
Tenho a impressão que subestimam muito Ryan Reynolds. Isso parece aquelas "impressões coletivas" que são tão repetidas que chegam a parecer verdades absolutas. É um ótimo ator e discordo que ele sempre parece o mesmo personagem.
Somente o Homem-Aranha e o Batman me fizeram ir ao cinema desde o início da pandemia. Valeu a pena.
Acredito que, de todos os filmes do Batman, este é realmente mais sobre o Batman. Temos um bom vilão, muito bem interpretado por Paul Dano, vemos Bruce Wayne, porém o herói não divide o protagonismo.
A estória se passa dois anos após Bruce passar a ser Batman e somos poupamos de rever toda a sua origem. Ufa. O interessante é observar um Batman inexperiente, que tem até demonstra medo de pular de um prédio, testando limites do que é moral ou não, descobrindo o que representa (ou pode representar).
O roteiro é bem desenvolvido. Foi interessante ver o morcegão trabalhando com a polícia, com um viés bastante investigativo. Sua relação com o Alfred também começa a ser desenvolvida no filme. Queria ter visto mais sobre a aproximação inicial entre ele o Gordon, mas acredito que isso possa ser explorado na série spin-off que vai sair em breve. O romance com a Selina também é sutil, o que é ótimo. Aliás, uma boa interpretação da Zoë Kravitz (sim, filha do Lenny).
A cena do Batmovel foi sensacional. Talvez o Batmovel mais "real" de eu já vi e também o mais imponente.
Também gostei muito das finais no estádio alagando e do interrogatório com o Charada.
Não entendo muito da parte técnica, mas gostei muito do som do filme. Os barulhos dos golpes, explosões e objetos caindo. Foram muito realísticos. A maquiagem do Pinguim estava impecável e não reconheceria ser o Colin Farrell se não tivesse lido antes. A trilha sonora, apesar de um pouco repetitiva, foi muito bem colocada. E amei ouvir Nirvana assistindo ao Batman.
Quanto à atuação do Robert Pattinson, não posso dizer que foi uma surpresa, pois quem o acompanha sabe o grande ator que ele é, a despeito dos reflexos do Crepúsculo (com o perdão do trocadilho, rs). Pattinson conseguiu transmitir um ótimo Bruce Wayne com inseguranças, medo, esperança, indicando um lado sombrio que quero ver mais. Mesmo quando usa o traje do Batman, o que limita as expressões, as mesmas características que indiquei são visíveis e bem transmitidas.
Aliás, gostaria muito de um crossover do Batman do Pattinson com o Coringa do Joaquin Phoenix, mas parece que já escalaram o Barry Keoghan para o personagem, o que também parece ótimo.
Por fim, talvez após digerir mais o filme, eu mude a minha opinião, mas acho que ainda gosto mais do Batman The Dark Knight, contudo estou ansioso para ver o que Matt Reeves entregará nas sequências e vejo potencial para superar a maravilhosa trilogia do Christopher Nolan.
A pena mínima do crime de estelionato por aqui é de 1 ano (Código Penal, art. 171). Pelos altos valores, chegaria a 1 ano e 2 meses, aproximadamente. Isso por cada vítima dele.
Mais os crimes pelos documentos públicos falsos, que não eram usados apenas para um crime, mas vários, a pena mínima é de 2 anos (Código Penal, art. 297). Como são vários documentos, chegaríamos a 2 anos e 4 meses de pena.
Fazendo um cálculo bem superficial do mínimo do mínimo que ele pegaria por aqui (um cenário de maior impunidade possível), considerando apenas as 3 vítimas do documentário e os documentos falsos, daria o total de 6 anos de reclusão.
Com essa quantidade de pena (Código Penal, art. 33, § 1°), o regime prisional dependeria de ele ser primário ou reincidente.
Sendo reincidente, regime fechado e, após 16% desses 6 anos (Lei de Execução Penal, art. 112, I), ele iria para o regime semiaberto, ou seja, pouco mais de 11 meses para ele sair do regime fechado. Sendo primário, começaria a cumprir a pena no semiaberto e iria para o aberto após 16% dos 6 anos.
O mais louco desse filme é ver Jim Halpert (John Krasinski) e Roy Anderson (David Denman) lutando juntos contra terroristas na Líbia. Só faltou a Pam (Jenna Fischer).
Assisti pela primeira vez no final da adolescência e tive muita empatia com o casal Juno e Bleeker, pensando em toda complexidade de uma gravidez não desejada durante o colegial.
Reassisti hoje, quase 15 anos depois, e agora a empatia foi com o casal Vanessa e Mark. Gostei da experiência.
Talvez a maior lição sobre o filme é: seja honesto com vc mesmo.
É perfeitamente aceitável querer correr atrás do sonho de ser um rockstar após os 30 anos de idade, mas ao menos seja absolutamente sincero e transparente com a pessoa que vc se comprometeu.
Por mais ingênuo que Bleeker possa ser (e Michael Cera é perfeito para esse tipo de papel), ele sempre deixou claro que gostava da Juno. Já Mark, deixou a situação da adoção ir se desenvolvendo até desistir nos acréscimos do segundo tempo. Sorte da Vanessa e da criança.
Sobre o filme em si, é bem simples, leve (apesar do tema) e relativamente curto - 90 minutos - se considerarmos que que hoje em dia todo filme "tem que ter" pelo menos 2 horas. Também tem um ótimo elenco.
Valeu a pena reassistir. Talvez daqui mais 15 anos eu assista novamente e a empatia seja pelo pai e pela madrasta da Juno.
A maioria dos comentários aqui mencionam a previsibilidade do roteiro e que, mesmo assim, o filme é daqueles que "aquece o coração". Ora, o que é mais previsível e aconchegante do que histórias/estórias familiares? Os comentários são certeiros. Mais uma prova de que uma boa direção é belas atuações podem ser suficientes.
Porém o longa ainda trata de empatia. Sempre gosto de "sair da caixinha". O cinema é uma das melhores ferramentas para nos colocarmos no lugar do outro.
O filme retrata muito bem alguns dos incontáveis obstáculos de uma pessoa surda. Além das cenas da reunião do mercado de peixe e de deslocamento da família em algumas situações, é absurdamente bem dirigida a cena...
Da apresentação final na escola. Que coragem não nos deixar ouvir a apresentação principal, que foi anunciada durante todo o filme. Que coragem!
Sou apaixonado por música e não consigo imaginar como seria a minha vida sem ela. Dito isso, curiosa a cena que a Jackie prefere que os filhos falem sobre Tinder durante o jantar ao invés de música (não marquei como spoiler porque está no trailer). E faz todo o sentido, assim como todo o barulho que eles naturalmente fazem sem perceber e que acabam atrapalhando a concentração da Ruby.
Detalhes tão ricos e bem dirigidos que apenas o cinema pode nos entregar tão bem, além da própria realidade, claro. Espero que leve ao menos uma estatueta no Oscar.
Talvez o filme mais maduro da Marvel. Pode ser esse um dos motivos de alguns fãs de Vingadores não terem gostado (há um comentário aqui chamando de "Power Ranger" do UCM).
Da mesma diretora do premiado Nomeland, tivemos cortes mais violentos que o ordinário e até uma cena sensual (apesar da friendzone eterna de Thena e Gilgamesh). Há também diversidade tratada de forma natural, como deve ser.
Não se pode desprezar todo o background envolvendo fé e as motivações de cada um por lutar naquilo que acredita. É possível extrair discussões muito ricas do roteiro, mesmo sendo um filme "de super-herói".
Sorte a nossa que, aproveitando clima inglês, Ajak cantou "All you need is love" para o Ikaris, impedindo que ele usasse o laser do Superman para matar a Sersi na última batalha.
O grande ponto a se pensar é: já pensaram se Thanos estivesse certo o tempo todo?
Em Eternos, vemos que o Blip causado por Thanos atrasou o desenvolvimento do Celestial na Terra. Há quem diga que era esse o motivo por trás de suas ações, já repetidas em outros planetas anteriormente. Ansioso para ver mais do Eros, que é o irmão bonito do Thanos.
Minhas principais críticas não técnicas são: - Queria mais "Robb Stark" e "Jon Snow"; - Terem escolhido uma parte da Amazonia fora do Brasil, já que o idioma falado era espanhol (não que os estadunidenses saibam que falamos português, rs); - Poderiam ter explorado mais o Druig. Fiquei pensando como Aidan Gallagher, que interpreta o Number Five em Umbrella Academy, ficaria bem no papel.
O filme, além de iniciar a fase cósmica da Marvel, ainda termina com vários ganchos para sequências.
Um musical sobre musicais. Que pena o falecimento precoce do Jonathan, antes mesmo da estreia do seu maior sucesso Rent.
Seriam os 30 os novos 20? Há um TedTalks que afirma que não. Mas é certo que a maioria das pessoas de 30 e poucos que conheço ainda não conquistaram o sucesso profissional que sonham e/ou o relacionamento amoroso que sempre quiseram (ou mesmo a maturidade para ser só). E tá tudo bem. Jonathan nos mostra que nunca é tarde e que, às vezes, estamos mais perto do que pensamos de realizar aquilo que almejamos. Foi ótimo não explorarem a morte do Jonathan, pois seria desnecessário e clichê. Bem melhor ressaltar que, apesar da tragédia, sua obra ficou eternizada na história da arte.
A propósito, fiz questão de reassistir ao filme "Rent" para depois ver "tick, tick... BOOM". É muito interessante como ele ramificou toda a vida dele em "Rent", distribuindo aos personagens e ao roteiro. Recomendo muito, porque é outro ótimo musical!
E Andrew Garfield vem mostrando que ator incrível ele é. Em 2021, entregou duas atuações maravilhosas. Aqui, como protagonista, e em outro que não vou falar, com uma participação absurdamente especial. Também estava com saudades de ouvir Vanessa Hudgens cantando em filmes (bons tempos, rs).
Netflix, apesar de ter cancelado o musical gostosinho "Julie and the Phantoms", compensou com "tick, tick... BOOM". Precisava de algo assim depois de Dear Evan Hansen, que apesar das músicas lindas, não entregou tanto no desenvolvimento do filme.
Advertência: aos que forem assistir apenas pelo "hype" ou possíveis indicações às premiações, não adianta dar nota baixa se não gosta de musical.
Quero mais musicais em 2022 e olha que ainda não consegui assistir à versão de West Side Story do Spielberg.
Gosto de dizer que cresci com Harry, Hermione e Rony. Quando li o primeiro livro, tinha a mesma idade deles e assim seguimos até o fim de estória. Isso tornou ainda mais especial o que pode, a princípio, parecer uma simples atração infantil.
No documentário foi muito legal ver a interação dos atores e eles contando coisas como o crush da Emma pelo Tom Felton, as dicas do Gary Oldman para o Daniel e o autógrafo do Daniel para a Helena Bonham Carter (querendo ter nascido 10 anos mais cedo rs).
Além disso, ver os bastidores dos beijos entre Rony/Hermione e Harry/Gina, logo após entendermos o quanto eles cresceram juntos desde aquela fase absolutamente inocente de criança.
Até hoje fico arrepiado ao ver a cena da morte do Cedrico Diggory. Mesmo sabendo exatamente o que aconteceria pelos livros e pelos filmes que já assisti algumas vezes.
A experiência assistindo foi ainda melhor por já ter conhecido os estúdios originais na Inglaterra, o que recomendo para todos os fãs que forem conhecer Londres. Vale a pena!
As únicas lamentações foram: durar menos de duas horas e não ter a participação recente da JK Rowling, apesar dos pesares.
Também gosto de pensar na ideia de assistir aos filmes com meus filhos/sobrinhos e poder proporcionar a experiência de, pela primeira vez, conhecer esse mundo incrível e mágico.
Como disse Robbie Coltrane, ele não estará aqui daqui 50 anos, mas Hagrid estará para sempre (assim como todos os incríveis personagens).
O filme não é ruim. O problema é o parâmetro: sempre vamos comparar com os anteriores. Quem gostou apenas do primeiro, dificilmente gostará de Matrix Resurrections, enquanto quem gostou da trilogia terá mais chances de gostar do novo filme ou ao menos apreciá-lo.
Quem tem menos experientes com sequências, pode ter criado expectativas altas com o trailer. Assisti ao longa consciente de que não seria impactado (como fui com "Spider-Man - No way home" alguns dias atrás).
Ainda assim, sou da opinião que é sempre ter uma sequência do que não ter. Afinal, se não gostar, basta desconsiderar a continuação e ter como fim da estória o primeiro filme ou a trilogia.
O FILME EM SI
No começo, parecia uma paródia de Black Mirror sobre Matrix.
Esperava uma ideia semelhante à do filme "Inception" (2010): um sonho dentro do sonho - uma Matrix dentro de outra Matrix. Talvez fosse mais interessante a ideia de que tudo que vimos na trilogia inicial e que considerávamos "mundo real" fosse mais uma camada da Matrix para, somente depois, chegarmos ao verdadeiro mundo real.
Fizeram tudo que fizeram por qual motivo exatamente? Era apenas para salvar a Trinity? Toda mobilização de uma sociedade em paz que decide colocar tudo em risco por uma pessoa? Entendo o Neo querer salvá-la, só não entendi o motivo dos demais.
Também senti MUITA falta de filosofia. Muito mais do que parar balas no ar e cenas de luta eletrizantes, Matrix era pura filosofia. Talvez seja limitação minha, mas não me senti provocado a refletir sobre nada que a trilogia já não tenha feito com muito mais profundidade e sucesso. Cadê os diálogos provocativos!?
- Analogia com o jogo criado pelo Neo foi perfeita. Uma ótima forma de as máquinas enganarem ele, misturando lembranças com uma suposta criatividade (isso também acontece quando pensamos estar compondo uma música que, na verdade, já ouvimos antes).
- Gostei da ideia de máquinas rebeldes, pois, se pensam por elas mesmas, naturalmente haveria divergências e algumas consequentemente estariam ao lado dos humanos.
- Jonathan Groff está incrível como Agente Smith. O ator sempre arrasa.
- Gostei do remédio do Neo ser a pílula azul e do genial nome do café da Matrix: "Simulatte".
- A cena da batalha final dos bots se jogando dos prédios foi muito boa. Talvez uma das poucas coisas marcantes do filme.
- Por que a Trinity de repente tem os mesmos poderes que o Neo tinha?
- Neil Patrick Harris não me convenceu, apesar do interessante personagem. Achei a atuação fraca, o que pode ser em razão de ele ainda me lembrar muito o Barney de How I met your mother.
- Forçado a Bugs não ser alvejada no começo do filme. Sei que temos que relevar muita coisa em ficção, mas era impossível os agentes errarem tiros daquela distância.
- Da mesma forma, achei estranho a "facilidade" que os humanos enfrentaram os agentes naquele primeiro embate Neo e Smith, embora eu tenha "aceitado" a desculpa de que eram agentes idosos.
- Muitos flashbacks desnecessários. Não subestimem o expectador.
CONCLUSÃO
Matrix 4 é apenas razoável e não era necessário, mas prefiro ter, do que não ter. Muitos pontos negativos e poucos positivos. Pode ter sido apenas um começo de uma nova sequência e ainda ter (uma improvável) salvação, mas a trilogia sempre estará no meu coração.
O Mundo Depois de Nós
3.2 882 Assista AgoraO filme tem Ethan Hawke e "depois" no título (antônimo de "antes")...
Deveriam ter escalado no elenco a Julie Delpy ao invés da Julia Roberts para fazer o quarto filme da sequência. Imagina:
- Antes do Amanhecer;
- Antes do Pôr-do-Sol;
- Antes da Meia-Noite;
- Antes de Dar Merda.
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 494 Assista AgoraTítulo original: "A Man Called Otto" (tradução literal: "Um homem chamado Otto").
Como explicar o nome do filme em português? "O Pior Vizinho do Mundo".
Dramédia muito boa, especialmente para quem assistir com baixas expectativas, só porque o protagonista é o gigante Tom Hanks (meu caso).
O roteiro consegue costumar diversos temas clássicos e modernos de modo bastante eficaz e coerente.
Minha única crítica: penso que faltou explorar um pouco o "transcendental". Otto queria morrer para se encontrar com a Sonya, mas qual era seu background filosófico e/ou religioso? Eu sei que isso é secundário e dispensável, mas o pragmatismo do protagonista é tão forte que gostaria dessa abordagem, pois sempre me atrai a discussão (btw, sou cristão, por isso gosto do tema, mesmo que não restrito ao cristianismo).
Apesar da genialidade do Tom Hanks, que consegue ter química até com uma bola (Wilsonnnnn!), gostei muito da dinâmica entre ele e a Mariana Treviño.
Uma frase para fechar:
"Coisas acontecem. As pessoas se distanciam. Constroem muros. Se ofendem. Quem sabe por quê" (ANDERSON, Otto).
Som da Liberdade
3.8 481 Assista AgoraSem spoilers abaixo, fiquem tranquilos.
Antes de qualquer consideração, gostaria de encorajar vocês a assistir ao filme inerte à discussão ideológica que o cerca.
Sim, há extremistas e conspiradores da direita financiando ingressos e fazendo discursos a partir do filme.
Também há a esquerda argumentando que é um filme cristão, que dá destaque a um homem branco salvador, que demoniza latinos e que não condiz com a exata realidade dos fatos.
Críticos de cinema abordam sob diversas óticas. Dalenogare explica brevemente o debate ideológico, mas foca suas observações no longa. O ótimo PH Santos, talvez meu preferido, infelizmente não tratou bem em sua crítica e basta acessar o canal dele e constatar o quanto ele preferiu priorizar o debate ideológico em detrimento do longa (repetiu "messiânico" umas 20 vezes). Isabela Boscov até esta data, não publicou vídeo a respeito e deve sair algo em breve (tenho boas expectativas).
De toda forma, algumas observações:
- O filme é baseado em fatos reais, mas não é um documentário. O próprio diretor assume que parte do roteiro foi "aumentado", como qualquer filme BASEADO em fatos reais, pois é necessário tornar a história mais comercial;
- O filme não é cristão. O protagonista, que é uma pessoa real, é cristão. Reforço, porém, que as menções a Deus não somam mais do que 5 minutos das mais de 2 horas de filme (e são secundárias). Pode assistir sem medo de ser convertido rs;
- De fato, o protagonista é um homem branco, porém não messiânico (diferente do papel do ator em "A Paixão de Cristo"). Aqui, ele é um homem comum, limitado, que resolve combater um problema que assola a humanidade e chega a pedir demissão para tanto. Acho que isso é o suficiente para considerá-lo uma pessoa diferenciada cuja história merece ser contada.
Tráfico humano, de criança ou adulto, é forte, mas merece muito mais atenção do que recebe.
Em tempos de antivax e terraplanistas, negar a realidade da exploração sexual de menores, inclusive no Brasil, é ser negacionista.
O filme poderia muito bem explorar cenas fortes, mas opta por deixar subentendido e apenas faz referência para evitar que passemos mal no cinema. Ainda assim, é pesado e é impossível não sair refletindo após assistir.
Posso garantir. Assista ao filme sem preocupação com discursos ideológicos EXTERNOS. Foque no que é contado INTERNAMENTE no filme. Garanto que vc não vai identificar direita ou esquerda, tampouco conspirações sobre grupos de milionários financiando tráfico humano, nem uma narrativa cristã você vai ver. São apenas pessoas comuns que decidiram fazer a diferença.
Por óbvio, você pode não gostar do roteiro, da direção, das atuações etc. Contudo enxergar discurso político ou ideológico no longa é pura falácia e que só contribui contra a conscientização sobre um problema tão sério como a exploração sexual infantil.
Amor Esquecido
4.0 72 Assista AgoraSó assisti porque minha esposa insistiu...
Mas foi uma grata surpresa. Boas atuações, bons figurinos e um roteiro que, embora não tenha uma estrutura inédita, é suficiente para ficarmos presos e ansiosos para o desfecho e as descobertas que poderão ser feitas no decorrer do longa.
Só gostaria de um melhor desenvolvimento de uma parte importante:
O imediato insight da Marysia ao perceber que o Antoni era seu pai poderia ser mais lento e detalhado, ainda mais com 2 horas e 20 minutos de filme.
Ainda assim, vale a pena assistir, ainda mais em tempos de filmes tão rasos.
Será Que?
3.5 913 Assista AgoraPara quem gostou, recomendo assistir "Doentes de Amor" (Big Sick), também com a Zoe Kazan. mas com o plus de ser baseado em fatos reais.
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 691 Assista AgoraMais um filme que eu fico o tempo todo preocupado com o cachorro...
Não, ele não morre. O John salva ele.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraDe afundar navio, James Cameron entende!
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraElton John e Bernie Taupin é o melhor bromance da música mundial.
Lennon e McCartney conseguiram (pretérito) ser ainda melhores na criatividade musical (assistam "Across the Universe"), mas muitas vezes eram movidos pela rivalidade, e não pela cumplicidade. Talvez por isso tantas brigas e o precoce fim dos Beatles (assistam "Get Back" no Disney+ e ao documentário "The Beatles Anthology").
É marcante o filme reforçar que Elton e Bernie nunca brigaram, apesar dos desentendimentos e da resiliência do segundo. Talvez porque Bernie ficou longe dos holofotes. Como disse o Elton, é ele quem não pode sair na rua sem passar despercebido.
Fato é que Elton John só não é ainda mais reconhecido, porque felizmente ainda está vivo e produzindo boas canções, como as do recente álbum "The Lockdown Sessions".
Licorice Pizza
3.5 596Simplesmente não consegui parar de assistir.
Notei que o pessoal daqui não gostou muito. Não fosse a indicação ao Oscar, eu jamais teria assistido, ainda mais pela sinopse nada convidativa.
Gostei bastante.
Não sei explicar o motivo. É um filme simples, leve, sem reviravoltas mirabolantes, mas fiquei imerso no ambiente anos 70 e na estória do Gary e da Alana.
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraIceman teve a mesma redenção/reconhecimento de Johnny Lawrence na série Cobra Kai.
Verdadeiros heróis. Gostei.
King's Man: A Origem
3.1 296 Assista AgoraÉ o "menos legal" dos três, mas diverte bastante e vale a pena.
É Kingsman, não esperem roteiros complexos e profundos, embora esse tenha um ótimo contexto histórico.
Gostei muito da câmera na espada em uma das lutas. Não lembro de já ter visto isso antes.
A morte do Conrad na guerra foi das mais idiotas, porém infelizmente coisas assim acontecem mesmo, especialmente na tensão de uma guerra. Que o mundo tenha mais paz!
OBS: só descobri aqui que tem cena pós-crédito, pois o Star+ interrompeu os créditos com "sugestões". Mancada.
O Projeto Adam
3.3 457 Assista AgoraTenho a impressão que subestimam muito Ryan Reynolds. Isso parece aquelas "impressões coletivas" que são tão repetidas que chegam a parecer verdades absolutas. É um ótimo ator e discordo que ele sempre parece o mesmo personagem.
O Projeto Adam
3.3 457 Assista AgoraTô aqui tentando fazer um link do filme "Projeto Adam" com o Adam da série "Dark".
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraO filme recebeu sete indicações ao Oscar, mas o "cinéfilo de rede social", que não gosta de musicais, critica o filme porque... não gosta de musicais!
Não é preciso gostar de um estilo para reconhecer a qualidade.
Também não é necessário assistir ao filme só porque ele foi recebeu tais indicações.
Tudo bem não gostar, mas é uma pena que muitos estão dando "meia estrela" a um filme desse nível porque simplesmente não se sentiu entretido.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraSomente o Homem-Aranha e o Batman me fizeram ir ao cinema desde o início da pandemia. Valeu a pena.
Acredito que, de todos os filmes do Batman, este é realmente mais sobre o Batman. Temos um bom vilão, muito bem interpretado por Paul Dano, vemos Bruce Wayne, porém o herói não divide o protagonismo.
A estória se passa dois anos após Bruce passar a ser Batman e somos poupamos de rever toda a sua origem. Ufa. O interessante é observar um Batman inexperiente, que tem até demonstra medo de pular de um prédio, testando limites do que é moral ou não, descobrindo o que representa (ou pode representar).
O roteiro é bem desenvolvido. Foi interessante ver o morcegão trabalhando com a polícia, com um viés bastante investigativo. Sua relação com o Alfred também começa a ser desenvolvida no filme. Queria ter visto mais sobre a aproximação inicial entre ele o Gordon, mas acredito que isso possa ser explorado na série spin-off que vai sair em breve. O romance com a Selina também é sutil, o que é ótimo. Aliás, uma boa interpretação da Zoë Kravitz (sim, filha do Lenny).
A cena do Batmovel foi sensacional. Talvez o Batmovel mais "real" de eu já vi e também o mais imponente.
Também gostei muito das finais no estádio alagando e do interrogatório com o Charada.
Não entendo muito da parte técnica, mas gostei muito do som do filme. Os barulhos dos golpes, explosões e objetos caindo. Foram muito realísticos. A maquiagem do Pinguim estava impecável e não reconheceria ser o Colin Farrell se não tivesse lido antes. A trilha sonora, apesar de um pouco repetitiva, foi muito bem colocada. E amei ouvir Nirvana assistindo ao Batman.
Quanto à atuação do Robert Pattinson, não posso dizer que foi uma surpresa, pois quem o acompanha sabe o grande ator que ele é, a despeito dos reflexos do Crepúsculo (com o perdão do trocadilho, rs). Pattinson conseguiu transmitir um ótimo Bruce Wayne com inseguranças, medo, esperança, indicando um lado sombrio que quero ver mais. Mesmo quando usa o traje do Batman, o que limita as expressões, as mesmas características que indiquei são visíveis e bem transmitidas.
Aliás, gostaria muito de um crossover do Batman do Pattinson com o Coringa do Joaquin Phoenix, mas parece que já escalaram o Barry Keoghan para o personagem, o que também parece ótimo.
Por fim, talvez após digerir mais o filme, eu mude a minha opinião, mas acho que ainda gosto mais do Batman The Dark Knight, contudo estou ansioso para ver o que Matt Reeves entregará nas sequências e vejo potencial para superar a maravilhosa trilogia do Christopher Nolan.
O Golpista do Tinder
3.5 418Sobre o final, se fosse no Brasil...
Até no Brasil ele teria uma pena muito maior.
A pena mínima do crime de estelionato por aqui é de 1 ano (Código Penal, art. 171). Pelos altos valores, chegaria a 1 ano e 2 meses, aproximadamente. Isso por cada vítima dele.
Mais os crimes pelos documentos públicos falsos, que não eram usados apenas para um crime, mas vários, a pena mínima é de 2 anos (Código Penal, art. 297). Como são vários documentos, chegaríamos a 2 anos e 4 meses de pena.
Fazendo um cálculo bem superficial do mínimo do mínimo que ele pegaria por aqui (um cenário de maior impunidade possível), considerando apenas as 3 vítimas do documentário e os documentos falsos, daria o total de 6 anos de reclusão.
Com essa quantidade de pena (Código Penal, art. 33, § 1°), o regime prisional dependeria de ele ser primário ou reincidente.
Sendo reincidente, regime fechado e, após 16% desses 6 anos (Lei de Execução Penal, art. 112, I), ele iria para o regime semiaberto, ou seja, pouco mais de 11 meses para ele sair do regime fechado. Sendo primário, começaria a cumprir a pena no semiaberto e iria para o aberto após 16% dos 6 anos.
Pois é...
13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi
3.5 310Aos fãs de The Office:
O mais louco desse filme é ver Jim Halpert (John Krasinski) e Roy Anderson (David Denman) lutando juntos contra terroristas na Líbia. Só faltou a Pam (Jenna Fischer).
Snatch: Porcos e Diamantes
4.2 1,1K Assista AgoraDaqueles filmes que você passa o tempo todo preocupado com o cachorro.
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraAssisti pela primeira vez no final da adolescência e tive muita empatia com o casal Juno e Bleeker, pensando em toda complexidade de uma gravidez não desejada durante o colegial.
Reassisti hoje, quase 15 anos depois, e agora a empatia foi com o casal Vanessa e Mark. Gostei da experiência.
Talvez a maior lição sobre o filme é: seja honesto com vc mesmo.
É perfeitamente aceitável querer correr atrás do sonho de ser um rockstar após os 30 anos de idade, mas ao menos seja absolutamente sincero e transparente com a pessoa que vc se comprometeu.
Não é preciso idade para ser homem, e não menino.
Por mais ingênuo que Bleeker possa ser (e Michael Cera é perfeito para esse tipo de papel), ele sempre deixou claro que gostava da Juno. Já Mark, deixou a situação da adoção ir se desenvolvendo até desistir nos acréscimos do segundo tempo. Sorte da Vanessa e da criança.
Sobre o filme em si, é bem simples, leve (apesar do tema) e relativamente curto - 90 minutos - se considerarmos que que hoje em dia todo filme "tem que ter" pelo menos 2 horas. Também tem um ótimo elenco.
Valeu a pena reassistir. Talvez daqui mais 15 anos eu assista novamente e a empatia seja pelo pai e pela madrasta da Juno.
No Ritmo do Coração
4.1 752 Assista AgoraA linguagem do amor é universal.
A maioria dos comentários aqui mencionam a previsibilidade do roteiro e que, mesmo assim, o filme é daqueles que "aquece o coração". Ora, o que é mais previsível e aconchegante do que histórias/estórias familiares? Os comentários são certeiros. Mais uma prova de que uma boa direção é belas atuações podem ser suficientes.
Porém o longa ainda trata de empatia. Sempre gosto de "sair da caixinha". O cinema é uma das melhores ferramentas para nos colocarmos no lugar do outro.
O filme retrata muito bem alguns dos incontáveis obstáculos de uma pessoa surda. Além das cenas da reunião do mercado de peixe e de deslocamento da família em algumas situações, é absurdamente bem dirigida a cena...
Da apresentação final na escola. Que coragem não nos deixar ouvir a apresentação principal, que foi anunciada durante todo o filme. Que coragem!
Sou apaixonado por música e não consigo imaginar como seria a minha vida sem ela. Dito isso, curiosa a cena que a Jackie prefere que os filhos falem sobre Tinder durante o jantar ao invés de música (não marquei como spoiler porque está no trailer). E faz todo o sentido, assim como todo o barulho que eles naturalmente fazem sem perceber e que acabam atrapalhando a concentração da Ruby.
Detalhes tão ricos e bem dirigidos que apenas o cinema pode nos entregar tão bem, além da própria realidade, claro. Espero que leve ao menos uma estatueta no Oscar.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraEsse filme foi uma watermelon sugar!
Talvez o filme mais maduro da Marvel. Pode ser esse um dos motivos de alguns fãs de Vingadores não terem gostado (há um comentário aqui chamando de "Power Ranger" do UCM).
Da mesma diretora do premiado Nomeland, tivemos cortes mais violentos que o ordinário e até uma cena sensual (apesar da friendzone eterna de Thena e Gilgamesh). Há também diversidade tratada de forma natural, como deve ser.
Não se pode desprezar todo o background envolvendo fé e as motivações de cada um por lutar naquilo que acredita. É possível extrair discussões muito ricas do roteiro, mesmo sendo um filme "de super-herói".
Quanto ao final...
Sorte a nossa que, aproveitando clima inglês, Ajak cantou "All you need is love" para o Ikaris, impedindo que ele usasse o laser do Superman para matar a Sersi na última batalha.
O grande ponto a se pensar é: já pensaram se Thanos estivesse certo o tempo todo?
Em Eternos, vemos que o Blip causado por Thanos atrasou o desenvolvimento do Celestial na Terra. Há quem diga que era esse o motivo por trás de suas ações, já repetidas em outros planetas anteriormente. Ansioso para ver mais do Eros, que é o irmão bonito do Thanos.
Minhas principais críticas não técnicas são:
- Queria mais "Robb Stark" e "Jon Snow";
- Terem escolhido uma parte da Amazonia fora do Brasil, já que o idioma falado era espanhol (não que os estadunidenses saibam que falamos português, rs);
- Poderiam ter explorado mais o Druig. Fiquei pensando como Aidan Gallagher, que interpreta o Number Five em Umbrella Academy, ficaria bem no papel.
O filme, além de iniciar a fase cósmica da Marvel, ainda termina com vários ganchos para sequências.
Que seja Eterno enquanto dure!
tick, tick... BOOM!
3.8 450Um musical sobre musicais. Que pena o falecimento precoce do Jonathan, antes mesmo da estreia do seu maior sucesso Rent.
Seriam os 30 os novos 20? Há um TedTalks que afirma que não. Mas é certo que a maioria das pessoas de 30 e poucos que conheço ainda não conquistaram o sucesso profissional que sonham e/ou o relacionamento amoroso que sempre quiseram (ou mesmo a maturidade para ser só). E tá tudo bem. Jonathan nos mostra que nunca é tarde e que, às vezes, estamos mais perto do que pensamos de realizar aquilo que almejamos. Foi ótimo não explorarem a morte do Jonathan, pois seria desnecessário e clichê. Bem melhor ressaltar que, apesar da tragédia, sua obra ficou eternizada na história da arte.
A propósito, fiz questão de reassistir ao filme "Rent" para depois ver "tick, tick... BOOM". É muito interessante como ele ramificou toda a vida dele em "Rent", distribuindo aos personagens e ao roteiro. Recomendo muito, porque é outro ótimo musical!
E Andrew Garfield vem mostrando que ator incrível ele é. Em 2021, entregou duas atuações maravilhosas. Aqui, como protagonista, e em outro que não vou falar, com uma participação absurdamente especial. Também estava com saudades de ouvir Vanessa Hudgens cantando em filmes (bons tempos, rs).
Netflix, apesar de ter cancelado o musical gostosinho "Julie and the Phantoms", compensou com "tick, tick... BOOM". Precisava de algo assim depois de Dear Evan Hansen, que apesar das músicas lindas, não entregou tanto no desenvolvimento do filme.
Advertência: aos que forem assistir apenas pelo "hype" ou possíveis indicações às premiações, não adianta dar nota baixa se não gosta de musical.
Quero mais musicais em 2022 e olha que ainda não consegui assistir à versão de West Side Story do Spielberg.
Comemoração de 20 Anos de Harry Potter: De Volta a …
4.3 363 Assista AgoraGosto de dizer que cresci com Harry, Hermione e Rony. Quando li o primeiro livro, tinha a mesma idade deles e assim seguimos até o fim de estória. Isso tornou ainda mais especial o que pode, a princípio, parecer uma simples atração infantil.
No documentário foi muito legal ver a interação dos atores e eles contando coisas como o crush da Emma pelo Tom Felton, as dicas do Gary Oldman para o Daniel e o autógrafo do Daniel para a Helena Bonham Carter (querendo ter nascido 10 anos mais cedo rs).
Além disso, ver os bastidores dos beijos entre Rony/Hermione e Harry/Gina, logo após entendermos o quanto eles cresceram juntos desde aquela fase absolutamente inocente de criança.
Até hoje fico arrepiado ao ver a cena da morte do Cedrico Diggory. Mesmo sabendo exatamente o que aconteceria pelos livros e pelos filmes que já assisti algumas vezes.
A experiência assistindo foi ainda melhor por já ter conhecido os estúdios originais na Inglaterra, o que recomendo para todos os fãs que forem conhecer Londres. Vale a pena!
As únicas lamentações foram: durar menos de duas horas e não ter a participação recente da JK Rowling, apesar dos pesares.
Também gosto de pensar na ideia de assistir aos filmes com meus filhos/sobrinhos e poder proporcionar a experiência de, pela primeira vez, conhecer esse mundo incrível e mágico.
Como disse Robbie Coltrane, ele não estará aqui daqui 50 anos, mas Hagrid estará para sempre (assim como todos os incríveis personagens).
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista Agora(DES)NECESSIDADE DO FILME
O filme não é ruim. O problema é o parâmetro: sempre vamos comparar com os anteriores. Quem gostou apenas do primeiro, dificilmente gostará de Matrix Resurrections, enquanto quem gostou da trilogia terá mais chances de gostar do novo filme ou ao menos apreciá-lo.
Quem tem menos experientes com sequências, pode ter criado expectativas altas com o trailer. Assisti ao longa consciente de que não seria impactado (como fui com "Spider-Man - No way home" alguns dias atrás).
Ainda assim, sou da opinião que é sempre ter uma sequência do que não ter. Afinal, se não gostar, basta desconsiderar a continuação e ter como fim da estória o primeiro filme ou a trilogia.
O FILME EM SI
No começo, parecia uma paródia de Black Mirror sobre Matrix.
Esperava uma ideia semelhante à do filme "Inception" (2010): um sonho dentro do sonho - uma Matrix dentro de outra Matrix. Talvez fosse mais interessante a ideia de que tudo que vimos na trilogia inicial e que considerávamos "mundo real" fosse mais uma camada da Matrix para, somente depois, chegarmos ao verdadeiro mundo real.
Achei que ficou sem propósito:
Fizeram tudo que fizeram por qual motivo exatamente? Era apenas para salvar a Trinity? Toda mobilização de uma sociedade em paz que decide colocar tudo em risco por uma pessoa? Entendo o Neo querer salvá-la, só não entendi o motivo dos demais.
Também senti MUITA falta de filosofia. Muito mais do que parar balas no ar e cenas de luta eletrizantes, Matrix era pura filosofia. Talvez seja limitação minha, mas não me senti provocado a refletir sobre nada que a trilogia já não tenha feito com muito mais profundidade e sucesso. Cadê os diálogos provocativos!?
PONTOS POSITIVOS
- Analogia com o jogo criado pelo Neo foi perfeita. Uma ótima forma de as máquinas enganarem ele, misturando lembranças com uma suposta criatividade (isso também acontece quando pensamos estar compondo uma música que, na verdade, já ouvimos antes).
- Gostei da ideia de máquinas rebeldes, pois, se pensam por elas mesmas, naturalmente haveria divergências e algumas consequentemente estariam ao lado dos humanos.
- Jonathan Groff está incrível como Agente Smith. O ator sempre arrasa.
- Gostei do remédio do Neo ser a pílula azul e do genial nome do café da Matrix: "Simulatte".
- A cena da batalha final dos bots se jogando dos prédios foi muito boa. Talvez uma das poucas coisas marcantes do filme.
MAIS ALGUNS PONTOS NEGATIVOS
- Por que a Trinity de repente tem os mesmos poderes que o Neo tinha?
- Neil Patrick Harris não me convenceu, apesar do interessante personagem. Achei a atuação fraca, o que pode ser em razão de ele ainda me lembrar muito o Barney de How I met your mother.
- Forçado a Bugs não ser alvejada no começo do filme. Sei que temos que relevar muita coisa em ficção, mas era impossível os agentes errarem tiros daquela distância.
- Da mesma forma, achei estranho a "facilidade" que os humanos enfrentaram os agentes naquele primeiro embate Neo e Smith, embora eu tenha "aceitado" a desculpa de que eram agentes idosos.
- Muitos flashbacks desnecessários. Não subestimem o expectador.
CONCLUSÃO
Matrix 4 é apenas razoável e não era necessário, mas prefiro ter, do que não ter. Muitos pontos negativos e poucos positivos. Pode ter sido apenas um começo de uma nova sequência e ainda ter (uma improvável) salvação, mas a trilogia sempre estará no meu coração.