Episódio final sensacional, mantendo o nível da série até então.
Acho que encaixou perfeitamente esse final. Ele é muito coeso, faz sentido, não senti uma forçação de barra.
A pegada nesse derradeiro episódio é mais dramática, mas não deixa seu lado satírico desaparecer. Em alguns momentos eu vejo o poder que a comédia bem feita tem aliada a uma boa história. Não interessa se ficar mais melancólico, continua bom.
Um dos melhores episódios finais de uma série que já vi.
Vários momentos engraçados com todos os personagens, parece que tudo funcionou na parte cômica. Extras abandonou um pouco a forma episódica e se tornou mais contínua, mudando um pouco o estilo do primeiro ano.
Os convidados estão muito bem, há uma mensagem muito boa, principalmente para os artistas, sobre carreira artística, fama, sonhos, expectativas...
Superando o primeiro ano, Extras continua divertida, com personagens muito engraçados, um roteiro bem satírico e me fazendo rir.
Realmente, se fosse um filme poderia ter funcionado melhor, mas gostei do que vi.
Gosto muito de horror e quando vejo abordagens mais ousadas como essa fico satisfeito. Sem convenções usuais, desenvolvimento de personagens diferentes e resolução arriscada.
A cada episódio a trama vai ganhando força. Se fosse um filme, parte da enrolação do primeiro e segundo episódios seriam cortadas, que pra mim foi o que mais pesou na impressão final.
Acho que por se estender um pouco mais (dava pra tudo acontecer em 2 episódios) se tornou um pouco previsível, até demais, abaixando minhas expectativas quanto a resolução.
Enfim, um bom horror mas que peca pelo formato escolhido e sua edição final.
Vale a pena ver por causa de kunta Kinte que é um personagem icônico de Raízes, um marco na literatura, que foram a base para essa adaptação.
A primeira parte da minissérie é a melhor, bem definida e com muita adrenalina. Os saltos temporais e a divisão dos episódios foi o que mais me incomodou, pareciam não encaixar, e acabou me dando um produto todo picotado, e confesso que fiquei meio perdido.
As atuações e o elenco são muito bons. A direção e cinematografia é a padrão de televisão, nada de mais. O roteiro é o mais fraco, dá pra perceber a pressa que ele exige da história.
Ainda assim, Roots tem ótimos momentos, algumas grandes jornadas de vida, e mesmo cada episódio tendo um torno de 1h e 30 min - 1h e 45min, o ritmo é bom, dá pra se engajar nela.
A forma episódica funcionou nessa primeira temporada. O Gervais e a Ashley Jensen tem uma química muito boa. Os dois tem profundidade, e a amizade deles é bem divertida.
Os convidados especiais poderiam tirar o foco da série, e dos protagonistas, mas não. São bem usados, quase que como secundários, como Extras de vez em quando, aparecendo para fortalecer as piadas e temas do episódio.
Um dos grandes trabalhos de seu criador,pra quem gosta dele, vale a pena ver.
Gostei muito do visual entre um cyberpunk e uma série policial. De restante achei mediano.
O roteiro é confuso, se contradizendo algumas vezes. Parece que não tem objetivo nenhum, e ainda não me fez sentir simpatia com o protagonista, mesmo forçando toda hora a saudade dele pela mulher.
Tudo ficou muito picotado, e acabou prejudicando o ritmo. A direção ajuda muito pouco, com umas escolhas de enquadramento que não me agradaram e acho que não tiveram o melhor resultado.
O universo e a ideia é muito interessante, mas com tudo fora de lugar fica chato. Quando é pra aumentar o mistério eles expõem demais, e quando precisa de objetividade começam devaneios chatos.
Enfim, a ideia é tão boa que consegui assistir todos os 4 episódios apesar dos erros.
A segunda temporada vinha pra mim com objetivo de ser melhor do que a já fantástica primeira temporada.
Trilha sonora eletrizante, melancólica, sarcástica e emotiva. A parte musical da série é marcante. O visual, desde a câmera embaçada (que me incomodou no melhor sentido), a violência esteticamente forte e cômica e os longos e belos planos são todos muito bons como no primeiro ano.
A história é mais objetiva nessa temporada, no mesmo molde de quebra cabeça, com tudo se encaixando no final de forma inesperada e sarcástica. O humor negro dessa série vai longe, até demais, e pode não ser pra todos os gostos.
O John se torna uma personagem mais complexo ainda, com interações muito boas com os outros personagens. Por falar nos secundários, que elenco bom, cada um com seu pouco tempo me marcou.
Não tenho nem muito o que dizer, e nada a reclamar. É provavelmente a melhor temporada de uma série de espionagem que já assisti. Uma verdadeira obra-prima e potencial série cult da Amazon.
Uma produção que chegou ao meu conhecimento com um grande hype, e talvez a expectativa pode ter prejudicado minha experiência.
A história tem uma estrutura de novela, com muitas reviravoltas, amores proibidos, brigas de famílias...e apesar de não ser fã desse formato foi a coisa que mais gostei, e que me prendia a atenção.
As atuação são oscilantes, com algumas muito boas, já outras amadoras. O roteiro conta com uns diálogos um pouco artificiais, que me incomodaram bastante, mas ele nunca fica expositivo demais, tem que prestar atenção nos detalhes e sutilezas, na relação das amigas, e tudo se torna mais interessante.
A passagem de tempo não é tão fluida, parece até conveniente demais em alguns momentos, mas não chega a desgastar a trama, apesar de não ser muito natural.
A cidade e os cenários são muito bonitos, e ambientação é grandiosa. Mas não deixou de me incomodar, a cidade pequena é muito artificial, as ruas são mais limpas que chão de hotel de luxo. Fora isso, a cinematografia é uma coisa difícil de se ver por aí.
A história é baseada em um livro, e quis transmitir essa sensação de livro pra TV, o que pra mim não funcionou, e acabou deixando pesado demais, com divagações que não vão a lugar algum, e ficam repetitivas.
A série passa longe de ser bobinha, tem questionamentos sérios, há um clima desconfortante na cidade, e uma malícia no olhar de muitas pessoas, o que rende cenas bem pesadas. Mas novamente, a repetição tira a força do impacto.
Uma boa série, me entreteve, me divertiu e me emocionou, apesar de me incomodar muitas vezes por alguns erros e exageros.
A série tem uma boa produção, diálogos rápidos, ótimas atuações e um mistério que funciona.
Mas... creio que um telefilme ou uma redução de 20 minutos em cada episódio poderia fazer essa história ser mais encorpada e objetiva. Tem muitas subtramas que são largadas e outras que se resolvem de uma maneira sobrenatural. Faltou muita objetividade.
Os flashbacks ficaram muito pesados também, muito expositivos e enfadonhos. Pareciam duas obras diferentes. A relação entre os irmãos ficou muito dispersa, e o protagonista acabou que foi rejeitado pelo roteiro, que incrementou coisas demais, talvez querendo dar credibilidade, mas acabou acontecendo o contrário.
São apenas três episódios, e até dá pra se divertir, mas tem muitos elementos que atrapalham.
A série quer contar a vida de pessoa que estiveram em volta do sumiço de um menino. É muito dramática, desoladora e desconfortante. Ah, e muito boa também.
A investigação é bem feita, muito engajante, apesar de flertar com muito clichês e convenções desse gênero. Tentar ser muito mirabolante as vezes pode enfraquecer o realismo que a parte dramática tanto dá atenção.
Tem alguns plots que poderiam ser removidos, não sei se a intenção foi de mostrar que nem todas a pistas geram algo concreto, e as vezes os investigadores estão indo pro lado errado, mas isso pesa dentro das 8 horas da série. Uns 2 ou 3 personagens poderiam facilmente não serem inseridos, apesar de que quando aparecem tem força, mas como disse, pesam.
A série tem ótimas atuações, com bons plots, nada de original, mas funcional e muito sensato, sem correr para grandes conspirações. O desfecho é brutal e realista, condizendo com a carga dramática de tudo até então. Só acho que os últimos 5 minutos e tudo em torno daquilo fizeram a série perder um pouco seu brilho, talvez para não chocar demais a audiência resolveram não arriscar, o que achei bem ruim.
The Missing é um bom drama, bem lento e gratificante de acompanhar.
Apesar de ter momentos muito bons e correr demais pro drama (o que acho que ficou muito legal), é a série do Gervais que menos encheu meus olhos.
A história é contada em mockumentary, com várias cenas de humor de constrangimento impagáveis. Os personagens do asilo, os principais, me pareceram sem inspiração, meio vazios, apesar de me fazerem rir em momentos pontuais. Eles estão lá mais para mover a história do que pra outra coisa.
O Dougie é mais um narrador, que aparece em uns 4 episódios para explicar a moral da história de forma muito forçada, contrastando com o estilo de mockumentary. A Hannah é legal, bem desenvolvida e muito bem atuada, mas sem carisma, faltou mais.
O Derek é o melhor personagem, entre a inocência e boas ações com o sofrimento e fim da vida dos habitantes da casa. Ele rende os melhores momentos da série, que felizmente se chama Derek.
Derek é uma produção barata, aos moldes de The Office, só que sem carisma e mais dramática.
Man Seeking Woman tem um segundo ano bem sólido, apostando agora em uma temporada mais linear, com história continuada.
A ideia de sequenciar os episódios não me agradou muito, acho que a série perde um pouco seu charme de non sense e surrealismo com isso, não que ser mais pé no chão seja ruim, só que simplesmente não senti o tom descompromissado que me ganhou na primeira temporada.
Tem muitas piadas boas esse ano, com ótimas referências escancaradas. Eles sabem brincar muito bem com temas comuns, e toda hora consigo relacionar com alguma coisa que vivi ou experienciei, e isso aumenta minha imersão, fazendo com que me identifique muito com os personagens.
Acho que faltou também mais Britt Lower, que como Liz tem muito carisma, é uma ótima atriz. A rosa já não me agradou tanto, achei bem genérica e fora de tom com a série e os outros personagens.
Future Man voltou pra segunda temporada até que bem, tentando sair da fórmula de viagem no tempo do primeiro ano.
Esse parte da viagem do tempo em que os personagens se estabelecem num futuro distópico não é a minha favorita, mas nem foi isso que me incomodou.
A ideia de separar novamente os 3 protagonistas não funcionou, a dinâmica entre eles é muito boa, e foi o fio condutor do primeiro ano da série. Essa segunda temporada apresenta muitos personagens irritantes também, chatos e desnecessários. A outra versão da Tiger, com aquela voz quase me fizeram abandonar a série.
Ainda bem que a história principal da temporada, a de MARTE,é boa, e quando realizada não decepciona, a sequência de episódios é bem gratificante. O que pesa é o caminho para chegar lá. Vejo 13 episódios exageradamente demais, 6 seriam o suficiente, faltou enredo.
No saldo, mais me diverti do que me entendiei, por pouco devo dizer.
Um Thriller de espionagem, que vem nessa nova leva de séries de espiões, muito bem feito e com ótimas atuações da dupla feminina.
Tem um ar cômico, que diversas vezes descamba pra um humor negro, o que é muito legal, sem medo de ser violenta, e que é tudo bem interligado numa trama muito bem amarrada.
A graça da série está na dinâmica de gato e rato inicial, que felizmente muda no meio do caminho e vira uma coisa totalmente diferente, e a relação de Eve com a assassina me lembrou a relação de Hanibbal Lecter e Will Graham na série Hannibal, só que não tão profunda e complexa, chega até ser divertido e curti muito.
Killing Eve ainda carrega alguns clichês do gênero que cansam, a dinâmica entre alguns personagens secundários não funciona, e chega a ser enfadonha no pouco tempo que se desenvolvem, e chego a me questionar a existência de um ou outro personagem.
O resultado ainda é ótimo, e me diverti bastante assistindo, uma das melhores coisas da BBC em exibição.
Achei que veria apenas um reboot criativo, mas Ozark felizmente foi pra outro lado e escolheu apostar muito nos personagens que não são o Marty Byrde.
O Marty tá incrível, o roteiro deu mais camadas pra ele, e se tornou um personagem muito mais interessante. O resto da família, com exceção da filha, que teve uns plots muito forçados (A ideia de que a família estava muito errada já estava no ar, não precisava da história com a advogada que não acrescentou em nada), mostrou a ascensão da Wendy, quase que como uma Gangster, agindo por orgulho e auto satisfação.
Jonnah tem um papel menor, mais sutil, mas muito bom para ponderar sobre a moralidade das decisões de sua família. O maior destaque pra mim em atuação, todos são muito bons, fica com Julia Garner como Ruth Langmore, ela simplesmente rouba a cena. O roteiro a ajuda muito, com ótimas situações e complexidade emocional.
Alguns plots, como o do detetive, o pai da Ruth e dos Snells me decepcionaram, parece que foram de nenhum lugar para lugar algum, a ao final da temporada essa foi a sensação mesmo. A parte que envolve os políticos e a máfia de Kansas City foram bem dosadas e naturalmente estabelecida, me deixando bem curioso quanto ao que ainda pode acontecer.
Ainda vejo muita comparação com Breaking Bad sendo feita por fãs, e digo se você acha que é parecido, te aconselho a rever as séries de novo. Não chegam nem próximas uma da outra, só por ter droga e cartel talvez, mas os personagens são extremamente diferentes, e os protagonistas diametralmente opostos.
Dos dramas da Netflix, se não for o melhor hoje, é um dos melhores certamente, com uma história engajante e uma beleza visual única na plataforma.
Achei uma temporada decente, e quanto ao desenrolar da história tive uma percepção ao longo dos 8 episódio que não sei se faz sentido, mas se alguém percebeu a mesma coisa gostaria de saber.
A ideia da investigação voltar à tona devido a teorias em blogs remete muito aos dias de hoje e nossa época onde tudo é teorizado, há muitos vídeos-teorias e vídeos de finais explicados. Quem consegue perceber a verdadeira referência é o nerd de verdade e tal.
A história dessa temporada é bem simples e resolvida de uma forma bem realista, o que me ganhou. Mas uma das cenas finais do Wayne Hayes numa vibe meio surrealista encarnou o espírito de teorias de internet e começou a fazer conexões muito puco lógicas, mas que com certeza explora bem essa banalização de easter eggs e de sempre ter pistas ocultas. De que o final é mais do que parece. E fazer o espectador se sentir inteligente com sacadas bestas e triviais é o que vale. Isso faz uma obra ter valor e ser aclamada como confusa ou blowmind, e ser dissecada em vários canais do youtube.
Não sei se foi proposital mas me peguei pensando nisso.
O jeito de contar a história nessa temporada não me agradou. Episódios muito longos flertando com o tédio. Dava pra ver que do jeito que foi realizado, a trama não se sustentava por 50 minutos.
Os melhores episódios, que ainda assim estão abaixo de qualquer um da primeira temporada foram os dois últimos, que privilegiaram uma narrativa mais curta e menos dramática, com bons toques de terror e bem objetiva (5º Episódio), e a volta da pseudo narração em Off (6ª Episódio).
Uma pena, tinham ótimas histórias, mas não foram bem executadas. O episódio do relógio é quase inassistível, só não abandonei a série ali por gostar de terror. Mas depois dessa temporada me despeço.
Depois de mergulhar em muitas produções alternativas, em canais e distribuidoras diversas, foi na TV aberta americana que encontrei esse produto incrível.
Não assisto tudo que lança, mas sou muito curioso, e American Crime talvez seja uma das coisas mais ousadas que passaram por lá.
A série além de ter uma temática bem complicada de se tratar, racismo e xenofobia, ela escolhe um caminho totalmente diferente. Ela toma um lado sim, até porque não existe obra que aborde um tema de forma imparcial. American Crime escolhe um caminho brutal, com personagens bons e maus ao mesmo tempo, a injustiça afetou todos, e o elenco maravilhoso ajudou o roteiro e edição a entregarem uma série cheia de estilo.
Não é muito comum ver esse estilo de narrativa na TV aberta (sem protagonista, sem solução redondinha pra tudo...), por isso talvez tenha sido cancelada com grande rejeição do público.
American Crime teve um ótimo primeiro ano, com muito vigor, muita personalidade, o que me envolveu com cada história em tela. O desenvolvimento dos personagens é excelente, reparem só a mudança de olhar, de postura, de fala de cada um durante essa temporada.
Não adianta comparar com outras antologias, a proposta é diferente. É tentar adaptar a criativa mente de um homem. 10 episódios de mais ou menos 50 minutos, é pouca coisa, mas dá um vislumbre legal. Enfim, a série tem personalidade? relevância? Tem.
Como qualquer série nesse formato, tem episódios medianos, e alguns bem interessantes, muito irregular. Baseado no meu gosto pessoal, e no que analiso tecnicamente e narrativamente em cada episódio, na ordem que está disponível no prime video, onde assisti:
Ep.1 Real Life: 2,5 Ep.2 Autofac: 3,0 Ep.3 Human Is: 4,5 Ep.4 Crazy Diamond: 5,0 Ep.5 The Hood Maker: 5,0 Ep.6 Safe and Sound: 2,5 Ep.7 The Father Thing: 2,0 Ep.8 Impossible Planet: 4,5 Ep.9 The Commuter: 4,0 Ep.10 Kill All Others: 3,0
Não sei se o meu gosto é estranho, mas os mais diferentes me chamaram a atenção, desde o charmoso Impossible Planet, lento, fantasioso e leve de assistir, até o ambicioso, misterioso e nada explicativo Crazy Diamond (episódio com o Steve Buscemi). Meu favorito é o The Hood Maker, com aquela pitada de Blade runner no final!
Se minha opinião valesse alguma coisa, diria para quem estiver interessado para ver esses três.
Uma série rapidinha de assistir, mas pode parecer longa demais dependendo de sua expectativa.
A história é interessante, e as decisões dentro dela também. Superficialmente a trama funciona, mas ao receber o roteiro, enxergá-lo através dos personagens, dá pra ver muita deficiência. Algumas soluções e frases meio batidas, pouca naturalidade e muita verbalização.
Na minha opinião, Mosaic merece ser vista por um motivo: Steven Soderbergh. Mesmo não tendo um texto bom para trabalhar, todas essas falhas que mencionei são amenizadas, o diretor é muito bom em imprimir seu estilo visual, e de gerar tensão e desconforto nos mais simples diálogos.
Outro destaque são as ótimas atuações, todos muito bem. Frederick Weller, Sharon Stone, Garrett Hedlund, e um destaque para Jennifer Ferrin que com trejeitos e tonalidade de voz passava muito para quem assistia.
Não é lá uma série imperdível, nem inesquecível. Mas se não tiver nada melhor pra ver, e quiser um pouco do experimentalismo do Soderbergh, vale a pena.
Bizarra, emocionante, engraçada, assustadora, triste e com um desenvolvimento lento, bem lento e gostoso de acompanhar. Dá pra perceber o cuidado que os criadores, atores e roteiristas tiveram com cada personagem!
A estética, a temática e o enredo foram copiados incessantemente por outros produtos visuais desde então, essa série fez história. Qualquer produção sobrenatural/fantástica será inevitavelmente comparada com ela, o exemplo de qualidade HBO.
A primeira temporada dessa série foi uma experiência agradável para mim. Tive várias surpresas, me peguei preso ao desenvolvimento da trama, mas não cheguei a amá-la como alguns críticos. Os maneirismos da direção, a insistência em vários episódios no mesmo assunto, a mesma metáfora... e isso me cansou. Gostei do que vi, mas não fiquei satisfeito. Parecia uma surra de repetição.
A temática é importante mas isso não sustenta a série. Em Top of The Lake, protagonizada pela própria Moss, o machismo também é o tema central. Isso é abordado de forma tão bruta e cruel como em THT, mas nem flerta com lado ficcional ou distópico. Em ToTL eu não senti esse cansaço, eles souberam como conversar sobre machismo sem apelação audiovisual ou sem amenização distópica.
Sabendo ainda que nessa segunda temporada de THT serão 13 ao invés de 10 episódios, já senti uma fadiga antecipada. E sabendo mais ainda dos planos do criador da série e do HULU de estendê-la até uma 10ª temporada, o que eu acho difícil, me desanimei ainda mais.
Pulo do barco sem vontade nenhuma de retornar. Entendo quem fica, e entendo quem milita por essa causa. Mas uma boa série precisa ir além de sua temática, parar de andar em círculos no mesmo assunto, e progredir. A 1ª temporada já aborda bem o tema e o discute com muita paciência. Sem avanços nas narrativas e subtextos nessa segunda temporada, meu interesse é quase nenhum.
Espero que a série melhore, saiba andar e progredir, não fazer do tema um chamariz, mas a base de discussão. Boa sorte a quem continua vendo.
Não darei nota porque não vi a temporada toda, mas dos 5 episódios que assisti diria que 3,5/5,0 tá bom.
The Extra Special Series Finale
4.3 5Episódio final sensacional, mantendo o nível da série até então.
Acho que encaixou perfeitamente esse final. Ele é muito coeso, faz sentido, não senti uma forçação de barra.
A pegada nesse derradeiro episódio é mais dramática, mas não deixa seu lado satírico desaparecer. Em alguns momentos eu vejo o poder que a comédia bem feita tem aliada a uma boa história. Não interessa se ficar mais melancólico, continua bom.
Um dos melhores episódios finais de uma série que já vi.
Nota: 8/10
Extras (2ª Temporada)
4.3 11 Assista AgoraSegunda temporada engraçadíssima!
Vários momentos engraçados com todos os personagens, parece que tudo funcionou na parte cômica. Extras abandonou um pouco a forma episódica e se tornou mais contínua, mudando um pouco o estilo do primeiro ano.
Os convidados estão muito bem, há uma mensagem muito boa, principalmente para os artistas, sobre carreira artística, fama, sonhos, expectativas...
Superando o primeiro ano, Extras continua divertida, com personagens muito engraçados, um roteiro bem satírico e me fazendo rir.
Nota: 8/10
Ghoul - Trama Demoníaca
3.4 71 Assista AgoraRealmente, se fosse um filme poderia ter funcionado melhor, mas gostei do que vi.
Gosto muito de horror e quando vejo abordagens mais ousadas como essa fico satisfeito. Sem convenções usuais, desenvolvimento de personagens diferentes e resolução arriscada.
A cada episódio a trama vai ganhando força. Se fosse um filme, parte da enrolação do primeiro e segundo episódios seriam cortadas, que pra mim foi o que mais pesou na impressão final.
Acho que por se estender um pouco mais (dava pra tudo acontecer em 2 episódios) se tornou um pouco previsível, até demais, abaixando minhas expectativas quanto a resolução.
Enfim, um bom horror mas que peca pelo formato escolhido e sua edição final.
Nota: 6/10
Raízes
4.5 60Minissérie muito boa, com uma produção grandiosa.
Vale a pena ver por causa de kunta Kinte que é um personagem icônico de Raízes, um marco na literatura, que foram a base para essa adaptação.
A primeira parte da minissérie é a melhor, bem definida e com muita adrenalina. Os saltos temporais e a divisão dos episódios foi o que mais me incomodou, pareciam não encaixar, e acabou me dando um produto todo picotado, e confesso que fiquei meio perdido.
As atuações e o elenco são muito bons. A direção e cinematografia é a padrão de televisão, nada de mais. O roteiro é o mais fraco, dá pra perceber a pressa que ele exige da história.
Ainda assim, Roots tem ótimos momentos, algumas grandes jornadas de vida, e mesmo cada episódio tendo um torno de 1h e 30 min - 1h e 45min, o ritmo é bom, dá pra se engajar nela.
Nota: 7/10
Extras (1ª Temporada)
4.2 10Sitcom fenomenal, muito engraçada.
A forma episódica funcionou nessa primeira temporada. O Gervais e a Ashley Jensen tem uma química muito boa. Os dois tem profundidade, e a amizade deles é bem divertida.
Os convidados especiais poderiam tirar o foco da série, e dos protagonistas, mas não. São bem usados, quase que como secundários, como Extras de vez em quando, aparecendo para fortalecer as piadas e temas do episódio.
Um dos grandes trabalhos de seu criador,pra quem gosta dele, vale a pena ver.
Nota: 8/10
The City and The City
3.1 3Gostei muito do visual entre um cyberpunk e uma série policial. De restante achei mediano.
O roteiro é confuso, se contradizendo algumas vezes. Parece que não tem objetivo nenhum, e ainda não me fez sentir simpatia com o protagonista, mesmo forçando toda hora a saudade dele pela mulher.
Tudo ficou muito picotado, e acabou prejudicando o ritmo. A direção ajuda muito pouco, com umas escolhas de enquadramento que não me agradaram e acho que não tiveram o melhor resultado.
O universo e a ideia é muito interessante, mas com tudo fora de lugar fica chato. Quando é pra aumentar o mistério eles expõem demais, e quando precisa de objetividade começam devaneios chatos.
Enfim, a ideia é tão boa que consegui assistir todos os 4 episódios apesar dos erros.
Nota: 4/10
Patriota (2ª Temporada)
4.1 7 Assista AgoraA segunda temporada vinha pra mim com objetivo de ser melhor do que a já fantástica primeira temporada.
Trilha sonora eletrizante, melancólica, sarcástica e emotiva. A parte musical da série é marcante. O visual, desde a câmera embaçada (que me incomodou no melhor sentido), a violência esteticamente forte e cômica e os longos e belos planos são todos muito bons como no primeiro ano.
A história é mais objetiva nessa temporada, no mesmo molde de quebra cabeça, com tudo se encaixando no final de forma inesperada e sarcástica. O humor negro dessa série vai longe, até demais, e pode não ser pra todos os gostos.
O John se torna uma personagem mais complexo ainda, com interações muito boas com os outros personagens. Por falar nos secundários, que elenco bom, cada um com seu pouco tempo me marcou.
Não tenho nem muito o que dizer, e nada a reclamar. É provavelmente a melhor temporada de uma série de espionagem que já assisti. Uma verdadeira obra-prima e potencial série cult da Amazon.
Nota: 9/10
A Amiga Genial (1ª Temporada)
4.5 80 Assista AgoraUma produção que chegou ao meu conhecimento com um grande hype, e talvez a expectativa pode ter prejudicado minha experiência.
A história tem uma estrutura de novela, com muitas reviravoltas, amores proibidos, brigas de famílias...e apesar de não ser fã desse formato foi a coisa que mais gostei, e que me prendia a atenção.
As atuação são oscilantes, com algumas muito boas, já outras amadoras. O roteiro conta com uns diálogos um pouco artificiais, que me incomodaram bastante, mas ele nunca fica expositivo demais, tem que prestar atenção nos detalhes e sutilezas, na relação das amigas, e tudo se torna mais interessante.
A passagem de tempo não é tão fluida, parece até conveniente demais em alguns momentos, mas não chega a desgastar a trama, apesar de não ser muito natural.
A cidade e os cenários são muito bonitos, e ambientação é grandiosa. Mas não deixou de me incomodar, a cidade pequena é muito artificial, as ruas são mais limpas que chão de hotel de luxo. Fora isso, a cinematografia é uma coisa difícil de se ver por aí.
A história é baseada em um livro, e quis transmitir essa sensação de livro pra TV, o que pra mim não funcionou, e acabou deixando pesado demais, com divagações que não vão a lugar algum, e ficam repetitivas.
A série passa longe de ser bobinha, tem questionamentos sérios, há um clima desconfortante na cidade, e uma malícia no olhar de muitas pessoas, o que rende cenas bem pesadas. Mas novamente, a repetição tira a força do impacto.
Uma boa série, me entreteve, me divertiu e me emocionou, apesar de me incomodar muitas vezes por alguns erros e exageros.
Nota: 7/10
Punição para a Inocência
3.9 16A série tem uma boa produção, diálogos rápidos, ótimas atuações e um mistério que funciona.
Mas... creio que um telefilme ou uma redução de 20 minutos em cada episódio poderia fazer essa história ser mais encorpada e objetiva. Tem muitas subtramas que são largadas e outras que se resolvem de uma maneira sobrenatural. Faltou muita objetividade.
Os flashbacks ficaram muito pesados também, muito expositivos e enfadonhos. Pareciam duas obras diferentes. A relação entre os irmãos ficou muito dispersa, e o protagonista acabou que foi rejeitado pelo roteiro, que incrementou coisas demais, talvez querendo dar credibilidade, mas acabou acontecendo o contrário.
São apenas três episódios, e até dá pra se divertir, mas tem muitos elementos que atrapalham.
Nota: 4/10
The Missing (1ª Temporada)
4.1 25A série quer contar a vida de pessoa que estiveram em volta do sumiço de um menino. É muito dramática, desoladora e desconfortante. Ah, e muito boa também.
A investigação é bem feita, muito engajante, apesar de flertar com muito clichês e convenções desse gênero. Tentar ser muito mirabolante as vezes pode enfraquecer o realismo que a parte dramática tanto dá atenção.
Tem alguns plots que poderiam ser removidos, não sei se a intenção foi de mostrar que nem todas a pistas geram algo concreto, e as vezes os investigadores estão indo pro lado errado, mas isso pesa dentro das 8 horas da série. Uns 2 ou 3 personagens poderiam facilmente não serem inseridos, apesar de que quando aparecem tem força, mas como disse, pesam.
A série tem ótimas atuações, com bons plots, nada de original, mas funcional e muito sensato, sem correr para grandes conspirações. O desfecho é brutal e realista, condizendo com a carga dramática de tudo até então. Só acho que os últimos 5 minutos e tudo em torno daquilo fizeram a série perder um pouco seu brilho, talvez para não chocar demais a audiência resolveram não arriscar, o que achei bem ruim.
The Missing é um bom drama, bem lento e gratificante de acompanhar.
Nota: 7/10
Derek (1ª Temporada)
4.5 103Apesar de ter momentos muito bons e correr demais pro drama (o que acho que ficou muito legal), é a série do Gervais que menos encheu meus olhos.
A história é contada em mockumentary, com várias cenas de humor de constrangimento impagáveis. Os personagens do asilo, os principais, me pareceram sem inspiração, meio vazios, apesar de me fazerem rir em momentos pontuais. Eles estão lá mais para mover a história do que pra outra coisa.
O Dougie é mais um narrador, que aparece em uns 4 episódios para explicar a moral da história de forma muito forçada, contrastando com o estilo de mockumentary. A Hannah é legal, bem desenvolvida e muito bem atuada, mas sem carisma, faltou mais.
O Derek é o melhor personagem, entre a inocência e boas ações com o sofrimento e fim da vida dos habitantes da casa. Ele rende os melhores momentos da série, que felizmente se chama Derek.
Derek é uma produção barata, aos moldes de The Office, só que sem carisma e mais dramática.
Nota: 7/10
Jovem Solteiro à Procura (2ª Temporada)
4.1 8Man Seeking Woman tem um segundo ano bem sólido, apostando agora em uma temporada mais linear, com história continuada.
A ideia de sequenciar os episódios não me agradou muito, acho que a série perde um pouco seu charme de non sense e surrealismo com isso, não que ser mais pé no chão seja ruim, só que simplesmente não senti o tom descompromissado que me ganhou na primeira temporada.
Tem muitas piadas boas esse ano, com ótimas referências escancaradas. Eles sabem brincar muito bem com temas comuns, e toda hora consigo relacionar com alguma coisa que vivi ou experienciei, e isso aumenta minha imersão, fazendo com que me identifique muito com os personagens.
Acho que faltou também mais Britt Lower, que como Liz tem muito carisma, é uma ótima atriz. A rosa já não me agradou tanto, achei bem genérica e fora de tom com a série e os outros personagens.
Nota: 8/10
Future Man: O Viajante do Tempo (2ª Temporada)
3.3 12Future Man voltou pra segunda temporada até que bem, tentando sair da fórmula de viagem no tempo do primeiro ano.
Esse parte da viagem do tempo em que os personagens se estabelecem num futuro distópico não é a minha favorita, mas nem foi isso que me incomodou.
A ideia de separar novamente os 3 protagonistas não funcionou, a dinâmica entre eles é muito boa, e foi o fio condutor do primeiro ano da série. Essa segunda temporada apresenta muitos personagens irritantes também, chatos e desnecessários. A outra versão da Tiger, com aquela voz quase me fizeram abandonar a série.
Ainda bem que a história principal da temporada, a de MARTE,é boa, e quando realizada não decepciona, a sequência de episódios é bem gratificante. O que pesa é o caminho para chegar lá. Vejo 13 episódios exageradamente demais, 6 seriam o suficiente, faltou enredo.
No saldo, mais me diverti do que me entendiei, por pouco devo dizer.
Nota: 5/10
Killing Eve - Dupla Obsessão (1ª Temporada)
4.3 386 Assista AgoraUm Thriller de espionagem, que vem nessa nova leva de séries de espiões, muito bem feito e com ótimas atuações da dupla feminina.
Tem um ar cômico, que diversas vezes descamba pra um humor negro, o que é muito legal, sem medo de ser violenta, e que é tudo bem interligado numa trama muito bem amarrada.
A graça da série está na dinâmica de gato e rato inicial, que felizmente muda no meio do caminho e vira uma coisa totalmente diferente, e a relação de Eve com a assassina me lembrou a relação de Hanibbal Lecter e Will Graham na série Hannibal, só que não tão profunda e complexa, chega até ser divertido e curti muito.
Killing Eve ainda carrega alguns clichês do gênero que cansam, a dinâmica entre alguns personagens secundários não funciona, e chega a ser enfadonha no pouco tempo que se desenvolvem, e chego a me questionar a existência de um ou outro personagem.
O resultado ainda é ótimo, e me diverti bastante assistindo, uma das melhores coisas da BBC em exibição.
Nota: 8/10
Ozark (2ª Temporada)
4.2 198 Assista AgoraTemporada tão boa quanto a primeira.
Achei que veria apenas um reboot criativo, mas Ozark felizmente foi pra outro lado e escolheu apostar muito nos personagens que não são o Marty Byrde.
O Marty tá incrível, o roteiro deu mais camadas pra ele, e se tornou um personagem muito mais interessante. O resto da família, com exceção da filha, que teve uns plots muito forçados (A ideia de que a família estava muito errada já estava no ar, não precisava da história com a advogada que não acrescentou em nada), mostrou a ascensão da Wendy, quase que como uma Gangster, agindo por orgulho e auto satisfação.
Jonnah tem um papel menor, mais sutil, mas muito bom para ponderar sobre a moralidade das decisões de sua família. O maior destaque pra mim em atuação, todos são muito bons, fica com Julia Garner como Ruth Langmore, ela simplesmente rouba a cena. O roteiro a ajuda muito, com ótimas situações e complexidade emocional.
Alguns plots, como o do detetive, o pai da Ruth e dos Snells me decepcionaram, parece que foram de nenhum lugar para lugar algum, a ao final da temporada essa foi a sensação mesmo. A parte que envolve os políticos e a máfia de Kansas City foram bem dosadas e naturalmente estabelecida, me deixando bem curioso quanto ao que ainda pode acontecer.
Ainda vejo muita comparação com Breaking Bad sendo feita por fãs, e digo se você acha que é parecido, te aconselho a rever as séries de novo. Não chegam nem próximas uma da outra, só por ter droga e cartel talvez, mas os personagens são extremamente diferentes, e os protagonistas diametralmente opostos.
Dos dramas da Netflix, se não for o melhor hoje, é um dos melhores certamente, com uma história engajante e uma beleza visual única na plataforma.
Nota: 7/10
True Detective (3ª Temporada)
4.0 284Achei uma temporada decente, e quanto ao desenrolar da história tive uma percepção ao longo dos 8 episódio que não sei se faz sentido, mas se alguém percebeu a mesma coisa gostaria de saber.
A ideia da investigação voltar à tona devido a teorias em blogs remete muito aos dias de hoje e nossa época onde tudo é teorizado, há muitos vídeos-teorias e vídeos de finais explicados. Quem consegue perceber a verdadeira referência é o nerd de verdade e tal.
A história dessa temporada é bem simples e resolvida de uma forma bem realista, o que me ganhou. Mas uma das cenas finais do Wayne Hayes numa vibe meio surrealista encarnou o espírito de teorias de internet e começou a fazer conexões muito puco lógicas, mas que com certeza explora bem essa banalização de easter eggs e de sempre ter pistas ocultas. De que o final é mais do que parece. E fazer o espectador se sentir inteligente com sacadas bestas e triviais é o que vale. Isso faz uma obra ter valor e ser aclamada como confusa ou blowmind, e ser dissecada em vários canais do youtube.
Não sei se foi proposital mas me peguei pensando nisso.
Nota: 6/10
Suburra: Sangue em Roma (1ª Temporada)
4.0 38 Assista AgoraSe você gosta de novelão, pode acabar se entretendo com Suburra.
Tem muitas reviravoltas, brigas entre famílias, amor proibido, amizade proibida, encomenda de assassinato...e por aí vai.
Não gostei muito, esse ritmo novelesco me cansa e incomoda. Certamente não é uma série pra mim.
Assisti apenas 4 episódios e decidi não ver mais.
Minha nota pra esses episódios: 6/10
Flowers (2ª Temporada)
3.9 1Série fenomenal. Mantém o nível da primeira temporada e se aprofunda nas questões de problemas mentais e como isso afeta relacionamentos familiares.
Muito humor negro e surrealismo comandaram essa temporada.
Vale muito a pena assistir. Uma das melhores e mais diferentes coisas em exibição.
Nota: 8/10
Crenças - Histórias de Horror (2ª Temporada)
2.9 41 Assista AgoraO jeito de contar a história nessa temporada não me agradou. Episódios muito longos flertando com o tédio. Dava pra ver que do jeito que foi realizado, a trama não se sustentava por 50 minutos.
Os melhores episódios, que ainda assim estão abaixo de qualquer um da primeira temporada foram os dois últimos, que privilegiaram uma narrativa mais curta e menos dramática, com bons toques de terror e bem objetiva (5º Episódio), e a volta da pseudo narração em Off (6ª Episódio).
Uma pena, tinham ótimas histórias, mas não foram bem executadas. O episódio do relógio é quase inassistível, só não abandonei a série ali por gostar de terror. Mas depois dessa temporada me despeço.
Nota: 4/10
American Crime (1ª Temporada)
3.9 56Depois de mergulhar em muitas produções alternativas, em canais e distribuidoras diversas, foi na TV aberta americana que encontrei esse produto incrível.
Não assisto tudo que lança, mas sou muito curioso, e American Crime talvez seja uma das coisas mais ousadas que passaram por lá.
A série além de ter uma temática bem complicada de se tratar, racismo e xenofobia, ela escolhe um caminho totalmente diferente. Ela toma um lado sim, até porque não existe obra que aborde um tema de forma imparcial. American Crime escolhe um caminho brutal, com personagens bons e maus ao mesmo tempo, a injustiça afetou todos, e o elenco maravilhoso ajudou o roteiro e edição a entregarem uma série cheia de estilo.
Não é muito comum ver esse estilo de narrativa na TV aberta (sem protagonista, sem solução redondinha pra tudo...), por isso talvez tenha sido cancelada com grande rejeição do público.
American Crime teve um ótimo primeiro ano, com muito vigor, muita personalidade, o que me envolveu com cada história em tela. O desenvolvimento dos personagens é excelente, reparem só a mudança de olhar, de postura, de fala de cada um durante essa temporada.
Nota: 9/10
Philip K. Dick's Electric Dreams (1ª Temporada)
4.0 112Não adianta comparar com outras antologias, a proposta é diferente. É tentar adaptar a criativa mente de um homem. 10 episódios de mais ou menos 50 minutos, é pouca coisa, mas dá um vislumbre legal. Enfim, a série tem personalidade? relevância? Tem.
Como qualquer série nesse formato, tem episódios medianos, e alguns bem interessantes, muito irregular. Baseado no meu gosto pessoal, e no que analiso tecnicamente e narrativamente em cada episódio, na ordem que está disponível no prime video, onde assisti:
Ep.1 Real Life: 2,5
Ep.2 Autofac: 3,0
Ep.3 Human Is: 4,5
Ep.4 Crazy Diamond: 5,0
Ep.5 The Hood Maker: 5,0
Ep.6 Safe and Sound: 2,5
Ep.7 The Father Thing: 2,0
Ep.8 Impossible Planet: 4,5
Ep.9 The Commuter: 4,0
Ep.10 Kill All Others: 3,0
Não sei se o meu gosto é estranho, mas os mais diferentes me chamaram a atenção, desde o charmoso Impossible Planet, lento, fantasioso e leve de assistir, até o ambicioso, misterioso e nada explicativo Crazy Diamond (episódio com o Steve Buscemi). Meu favorito é o The Hood Maker, com aquela pitada de Blade runner no final!
Se minha opinião valesse alguma coisa, diria para quem estiver interessado para ver esses três.
Nota: 7/10
Mosaic
2.8 9 Assista AgoraUma série rapidinha de assistir, mas pode parecer longa demais dependendo de sua expectativa.
A história é interessante, e as decisões dentro dela também. Superficialmente a trama funciona, mas ao receber o roteiro, enxergá-lo através dos personagens, dá pra ver muita deficiência. Algumas soluções e frases meio batidas, pouca naturalidade e muita verbalização.
Na minha opinião, Mosaic merece ser vista por um motivo: Steven Soderbergh. Mesmo não tendo um texto bom para trabalhar, todas essas falhas que mencionei são amenizadas, o diretor é muito bom em imprimir seu estilo visual, e de gerar tensão e desconforto nos mais simples diálogos.
Outro destaque são as ótimas atuações, todos muito bem. Frederick Weller, Sharon Stone, Garrett Hedlund, e um destaque para Jennifer Ferrin que com trejeitos e tonalidade de voz passava muito para quem assistia.
Não é lá uma série imperdível, nem inesquecível. Mas se não tiver nada melhor pra ver, e quiser um pouco do experimentalismo do Soderbergh, vale a pena.
Nota: 6/10
Carnivàle (1ª Temporada)
4.3 74 Assista AgoraBizarra, emocionante, engraçada, assustadora, triste e com um desenvolvimento lento, bem lento e gostoso de acompanhar. Dá pra perceber o cuidado que os criadores, atores e roteiristas tiveram com cada personagem!
A estética, a temática e o enredo foram copiados incessantemente por outros produtos visuais desde então, essa série fez história. Qualquer produção sobrenatural/fantástica será inevitavelmente comparada com ela, o exemplo de qualidade HBO.
Carnivàle é de encher os olhos de tão boa!!
Nota: 9/10
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraA primeira temporada dessa série foi uma experiência agradável para mim. Tive várias surpresas, me peguei preso ao desenvolvimento da trama, mas não cheguei a amá-la como alguns críticos. Os maneirismos da direção, a insistência em vários episódios no mesmo assunto, a mesma metáfora... e isso me cansou. Gostei do que vi, mas não fiquei satisfeito. Parecia uma surra de repetição.
A temática é importante mas isso não sustenta a série. Em Top of The Lake, protagonizada pela própria Moss, o machismo também é o tema central. Isso é abordado de forma tão bruta e cruel como em THT, mas nem flerta com lado ficcional ou distópico. Em ToTL eu não senti esse cansaço, eles souberam como conversar sobre machismo sem apelação audiovisual ou sem amenização distópica.
Sabendo ainda que nessa segunda temporada de THT serão 13 ao invés de 10 episódios, já senti uma fadiga antecipada. E sabendo mais ainda dos planos do criador da série e do HULU de estendê-la até uma 10ª temporada, o que eu acho difícil, me desanimei ainda mais.
Pulo do barco sem vontade nenhuma de retornar. Entendo quem fica, e entendo quem milita por essa causa. Mas uma boa série precisa ir além de sua temática, parar de andar em círculos no mesmo assunto, e progredir. A 1ª temporada já aborda bem o tema e o discute com muita paciência. Sem avanços nas narrativas e subtextos nessa segunda temporada, meu interesse é quase nenhum.
Espero que a série melhore, saiba andar e progredir, não fazer do tema um chamariz, mas a base de discussão. Boa sorte a quem continua vendo.
Não darei nota porque não vi a temporada toda, mas dos 5 episódios que assisti diria que 3,5/5,0 tá bom.