Luis Buñuel mistura sádicas analogias visuais com uma edição revolucionária e mostra porque é, e deve permanecer sendo, o mestre do surrealismo no cinema.
Um Cão Andaluz faz em 16 minutos o que muitos filmes falham em fazer em duas horas: surpreender. Buñuel, junto com Salvador Dalí, cria um universo em que nada faz muito sentido, e isso é aceitável, porque, nesse universo, nada precisa fazer.
Buñuel sempre calcou seu filme em sonhos e na não realidade, muito mais aceita por ele do que a própria realidade. Ao contrário da maioria dos diretores, ele quis alienar os espectadores.
Usando técnicas revolucionárias para a época e atuais até hoje, Buñuel, junto com Dalí, criou algumas das cenas mais icônicas da história do cinema, em seu primeiro curta-metragem. Não deve haver um ser humano que não conheça a cena da nuvem cortando o céu e, em seguida, da navalha cortando o olho. Ou a cena em que começam a nascer formigas da palma da mão de um homem. Ou a cena dos burros nos pianos.
É um erro tentar entender esse filme e um erro maior ainda tentar explicá-lo. Um Cão Andaluz, um título que faz tão pouco sentido quanto o filme em si, pode ser interpretado de diversas maneiras, e, como todo filme surrealista, não há certo ou errado. O cinismo sádico que Buñuel cria é único e não deve, nunca, ser esquecido.
5/5
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
O Pátio
3.1 30Glauber fazendo Godard
Um Cão Andaluz
4.1 707UM CÃO ANDALUZ [1929]
Luis Buñuel mistura sádicas analogias visuais com uma edição revolucionária e mostra porque é, e deve permanecer sendo, o mestre do surrealismo no cinema.
Um Cão Andaluz faz em 16 minutos o que muitos filmes falham em fazer em duas horas: surpreender. Buñuel, junto com Salvador Dalí, cria um universo em que nada faz muito sentido, e isso é aceitável, porque, nesse universo, nada precisa fazer.
Buñuel sempre calcou seu filme em sonhos e na não realidade, muito mais aceita por ele do que a própria realidade. Ao contrário da maioria dos diretores, ele quis alienar os espectadores.
Usando técnicas revolucionárias para a época e atuais até hoje, Buñuel, junto com Dalí, criou algumas das cenas mais icônicas da história do cinema, em seu primeiro curta-metragem. Não deve haver um ser humano que não conheça a cena da nuvem cortando o céu e, em seguida, da navalha cortando o olho. Ou a cena em que começam a nascer formigas da palma da mão de um homem. Ou a cena dos burros nos pianos.
É um erro tentar entender esse filme e um erro maior ainda tentar explicá-lo. Um Cão Andaluz, um título que faz tão pouco sentido quanto o filme em si, pode ser interpretado de diversas maneiras, e, como todo filme surrealista, não há certo ou errado. O cinismo sádico que Buñuel cria é único e não deve, nunca, ser esquecido.
5/5