Os extremos cansam: a menina de roupas coloridas, infantilizada, contra o universo frio e pomposo do rapaz; os pais falantes dela, os gelados dele; o namorado desmiolado que adora correr, praticar esportes, contra o verdadeiro amor (o protagonista), que está justamente preso a uma cadeira de rodas. O público merece algo mais inteligente.
Algumas palavras sobre essa beleza de George Miller, a quem interessar: https://palavrasdecinema.wordpress.com/2015/05/17/mad-max-estrada-da-furia-de-george-miller/
"O indestrutível Louis Zamperini (Jack O’Connell) não tem defeitos. É o americano ideal, ou idealizado. O herói da Segunda Guerra Mundial, preso àquele tempo. Em Invencível, não necessariamente o herói que dialoga com o tempo atual."
Confira uma análise do filme: https://palavrasdecinema.wordpress.com/2015/01/15/invencivel-de-angelina-jolie/
À medida que o americano mostra todos os traços da perfeição, o japonês é seu exato oposto. Uma guerra de efeitos, pobre e infantil. É Jolie tratando o público como criança.
Os fãs dizem que não se deve comparar "O Hobbit" com "O Senhor dos Anéis". Oras, mas ambas as trilogias são realizadas pelo mesmo diretor, com elenco semelhante, passadas no mesmo universo, a partir de livros feitos pelo mesmo escritor. Então, por que evitar a comparação? Trata-se do argumento mais fácil para tentar driblar a constatação óbvia: "O Hobbit" fracassa em todos os pontos em que a trilogia passada mostra vigor. Chegou a hora de Peter Jackson dar uma virada, mudar os ares, e deixar a Terra Média em paz - para o bem dos cinéfilos, para a tristeza das viúvas de Tolkien.
Apenas o cinema, entre as artes, é capaz de produzir certos efeitos, como sobrepor à imagem de um grupo de homens, na abertura, a imagem de cruzes enfileiradas - da matéria viva à matéria morta.
Chama a atenção a sensibilidade. O olhar do garoto, depois do adolescente, às coisas do mundo: a forma como observa cada pequeno objeto com sua máquina fotográfica, como se viver a vida não fosse mera passagem. É sobre estar no mundo, sobre como cada instante contém algo maior.
O jovem "Adão" aderiu à maçã e escapou do "paraíso". Embarcou no trenó para descobrir a inocência, a liberdade, e nos remete ao "Rosebud" de "Kane". São muitas as referências. Pena que não empolgue em quase nada. Pior, ainda, é ter de ver Bridges e Streep servindo de coadjuvantes.
O feito é incrível: reunir tantos diretores bons, tal como um elenco interessante, e entregar tamanha decepção. Os episódios ou revelam o amor pela própria cidade ou o olhar estrangeiro, de descoberta. Além, claro, do desfile de cartões postais, enumerados. Quase esquecível, não fosse o episódio de Sorrentino, com aquela acidez final que merece ser lembrada. Humor raro, diferente do restante.
As pessoas têm se empolgado. Compreensível. Besson traz tudo o que se espera do cinema atual: velocidade, sequências de ação calculadas, chineses gritando e banhados em sangue. Um filme ligado ao cinema do diretor, que começou nos anos 80, com aquela estética de videoclipe, com edição frenética. Bom resultado, mas longe de ser grande.
Nessa obra-prima, como em "Conflitos de Amor", o diretor leva a uma dança, a um filme-movimento, a tudo o que se pode esperar de um cinema feito de sonhos, às vezes (ou quase sempre) ligado à falsidade, descarado, inegavelmente genial.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraEm questão de entretenimento, consegue superar Pokémon Go.
Danação
4.1 51Na verdade, chama-se "Danação". E, diga-se de passagem, um grande filme.
Mais Forte Que o Mundo: A História de José Aldo
3.6 267Pronto, já temos nosso "Rocky" tupiniquim.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraOs extremos cansam: a menina de roupas coloridas, infantilizada, contra o universo frio e pomposo do rapaz; os pais falantes dela, os gelados dele; o namorado desmiolado que adora correr, praticar esportes, contra o verdadeiro amor (o protagonista), que está justamente preso a uma cadeira de rodas. O público merece algo mais inteligente.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraApenas mais um filme de super-herói.
Reis e Rainha
3.6 9"O passado não é o que desapareceu. É, ao contrário, o que nos pertence." Ismaël (Mathieu Amalric)
A Gangue
3.8 134Para perder a fé na humanidade.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraAlgumas palavras sobre essa beleza de George Miller, a quem interessar: https://palavrasdecinema.wordpress.com/2015/05/17/mad-max-estrada-da-furia-de-george-miller/
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraFaz os filmes da Marvel parecerem brincadeira de criança.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraA boa notícia: é melhor que o primeiro. A má notícia: ser melhor que o primeiro é fácil. Vale um balde de pipoca médio.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraExiste sexo limpinho? Sim, em Hollywood. Existe sadomasoquismo limpinho? Sim, em "50 Tons de Cinza". Candidato óbvio à lista de piores do ano.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraA certa altura, pensei: será que pode ficar pior? Sim, pode. O abacaxi do ano.
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 794Indicar "Selma" é mais uma decisão política da Academia.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraÉ sobre o escondido - em todos os sentidos. Aqui, o homem é o próprio Enigma (com "e" maiúsculo).
Invencível
3.9 924 Assista Agora"O indestrutível Louis Zamperini (Jack O’Connell) não tem defeitos. É o americano ideal, ou idealizado. O herói da Segunda Guerra Mundial, preso àquele tempo. Em Invencível, não necessariamente o herói que dialoga com o tempo atual."
Confira uma análise do filme: https://palavrasdecinema.wordpress.com/2015/01/15/invencivel-de-angelina-jolie/
Invencível
3.9 924 Assista AgoraÀ medida que o americano mostra todos os traços da perfeição, o japonês é seu exato oposto. Uma guerra de efeitos, pobre e infantil. É Jolie tratando o público como criança.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraOs fãs dizem que não se deve comparar "O Hobbit" com "O Senhor dos Anéis". Oras, mas ambas as trilogias são realizadas pelo mesmo diretor, com elenco semelhante, passadas no mesmo universo, a partir de livros feitos pelo mesmo escritor. Então, por que evitar a comparação? Trata-se do argumento mais fácil para tentar driblar a constatação óbvia: "O Hobbit" fracassa em todos os pontos em que a trilogia passada mostra vigor. Chegou a hora de Peter Jackson dar uma virada, mudar os ares, e deixar a Terra Média em paz - para o bem dos cinéfilos, para a tristeza das viúvas de Tolkien.
Cruzes de Madeira
4.2 5Apenas o cinema, entre as artes, é capaz de produzir certos efeitos, como sobrepor à imagem de um grupo de homens, na abertura, a imagem de cruzes enfileiradas - da matéria viva à matéria morta.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraEssa heroína chorona, de boca mole, dá-me sono.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraChama a atenção a sensibilidade. O olhar do garoto, depois do adolescente, às coisas do mundo: a forma como observa cada pequeno objeto com sua máquina fotográfica, como se viver a vida não fosse mera passagem. É sobre estar no mundo, sobre como cada instante contém algo maior.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisO jovem "Adão" aderiu à maçã e escapou do "paraíso". Embarcou no trenó para descobrir a inocência, a liberdade, e nos remete ao "Rosebud" de "Kane". São muitas as referências. Pena que não empolgue em quase nada. Pior, ainda, é ter de ver Bridges e Streep servindo de coadjuvantes.
Rio, Eu Te Amo
2.5 481 Assista AgoraO feito é incrível: reunir tantos diretores bons, tal como um elenco interessante, e entregar tamanha decepção. Os episódios ou revelam o amor pela própria cidade ou o olhar estrangeiro, de descoberta. Além, claro, do desfile de cartões postais, enumerados. Quase esquecível, não fosse o episódio de Sorrentino, com aquela acidez final que merece ser lembrada. Humor raro, diferente do restante.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraAs pessoas têm se empolgado. Compreensível. Besson traz tudo o que se espera do cinema atual: velocidade, sequências de ação calculadas, chineses gritando e banhados em sangue. Um filme ligado ao cinema do diretor, que começou nos anos 80, com aquela estética de videoclipe, com edição frenética. Bom resultado, mas longe de ser grande.
O Prazer
4.0 13Nessa obra-prima, como em "Conflitos de Amor", o diretor leva a uma dança, a um filme-movimento, a tudo o que se pode esperar de um cinema feito de sonhos, às vezes (ou quase sempre) ligado à falsidade, descarado, inegavelmente genial.