acredito que exista excessos, principalmente por ser expositiva demais. tudo o que acontece se dá através de introduções e/ou análises, os personagens sempre ditam o que a gente está vendo e isso é problemático, quero ter de revelar os pontos sozinho, complexos ou não (o que não é o caso). o que acho elogiável, de certa forma, é constatar a honestidade do roteiro, o enigmático jamais se sustenta através de um falso teor complicador, a série subestima o espectador ao explicar demais, no entanto, não desqualifica o mesmo diante de seus acontecimentos. que são vários, existem arcos realmente interessantes aqui. vou continuar. não morri de amores, mas também não me é desgraciosa como quase tudo que a netflix produz atualmente.
Terminei há um tempinho, mas não sabia ao certo o que tinha acabado de assistir, e, portanto, sinto que a digestão foi um pouco mais longa que de costume. Eu seria muito minimalista ao definir essa série em adjetivos, quaisquer fossem, mas acho que devo deixar uma palavra que me permeou por toda temporada final: honestidade. Todo o trabalho iniciado lá no primeiro (e despretensioso) ano do show, desenvolvido nos anos subsequentes e finalizado aqui me soa extremamente honesto. Triste e revoltante, sim, aos montes, personas destruídas pelo descaso, seres ingênuos largados como animais para o abate. Sim, o sistema é cruel e não há nada que me convença que dias melhores virão. Já tinha feito alusões com a vida real no meu texto sobre a obra prima que é a quarta temporada, e, peço perdão antecipadamente, mas volto agora a experimentar o estudo parido pelos criadores, trazendo-o ao nosso cotidiano. Primavera, verão, outono, inverno... e primavera - há um filme sul-coreano com esse nome, mas não falo sobre ele (ou falo, vocês entenderão) -, assim como as estações e seus ciclos que vão e voltam e, mais uma e milhares de vezes, vão e voltam, o diagnóstico pessimista deixado por The Wire é que não importa o que ocorra, o quão bem intencionadas são as pessoas ou os planos existentes sonhados por elas, somos todos, sem exceção, potencialmente ruins, instigados pela cobiça e gananciosos, independente da intenção. Parece ruim, eu sei, indicar um produto que não nos console em meio às tantas desgraças que vivenciamos dia após dia, mas é necessário. Por quê falo isso? Simples, assim como não podemos nunca tapar os olhos para o que de mau nos ronda, temos também de reconhecer o quão dependente somos de nós mesmos, de nossas raízes, da nossa história, daquilo que de bom (ainda) existe em nós. A sequência final de The Wire, ao mesmo tempo que me abalou, me esperançou. Seu retrato de Baltimore (lê-se qualquer cidade) é uma carta de humanidade, do bom e ruim que podemos proporcionar.
é admirável, pra dizer o mínimo, o quanto mexeu com meus sentimentos essa quarta temporada. todo enfoque nos personagens que já conhecemos, a reciclagem proposta nalguns deles, suas decisões, tudo, o selo de qualidade the wire continua presente. mas, diferente e ainda mais intenso que nas anteriores temporadas, meu envolvimento emocional com as novas contribuições do seriado me chamam à atenção. ainda penso nos quatro novos protagonistas como se fizessem parte do meu viver...e, pensando bem, eles fazem: estão ali nas esquinas, nos colégios públicos brasil adentro, estão nos centros de reabilitação, outros tomando conta dos irmãos mais novos porque os pais não o fazem, nos lares de adoção à espera de um recomeço, nas asas de professores e tutores, em suma, é a nossa realidade, ordinária, sim, mas nossa. the wire denota isso sem qualquer otimismo, como (de novo) a realidade, onde captamos a corrupção do macro mediante o micro e como toda essa concupiscência interfere em todos os setores da sociedade. não sou adepto a certos estereótipos ao indicar um produto audiovisual (ou literário, musical, etc), penso que cada pessoa deva buscar o meio de arte que o agrade e o envolva, mas sinto que nada que assisti num longo período de tempo se equipare a the wire e como essa série me faz ter maior empatia e compreensão sobre a vida. portanto, sem delongas, obrigatória! pra todos nós!
the wire vêm se consolidando no meu coração como uma das obras mais inteligentes da televisão, sem dúvida. o foco central da primeira temporada retorna aqui com um viés ainda mais humano. adoro o que se discute, e, principalmente, como se discute. temas tão complexos ao encontro de personas falhas, ordinárias e reais. apontaria nesta temporada os diálogos e instantes mais tocantes até aqui. curioso (e sedento) por o que estar por vir...
a mudança do foco central foi uma sacada ousada ao cargo de que seu desenrolar nos apresenta muita informação (o que causa uma complexidade considerável à temporada), mas, assim como no primeiro ano, também memorável. acho os personagens cá apresentados ainda mais humanos comparado ao que vimos na temporada anterior. por razão disso, o desfecho agridoce aqui me causou até mais impacto.
um dos estudos sociológicos mais complexos e, assim sendo, satisfatórios que já vi. dá pra perceber que muito do produto audiovisual produzido pós the wire (pra tv ou não) bebeu dessa fonte...
não tenho problema algum com o ritmo tomado pela série, muito pelo contrário, acho bastante coerente avaliando a trajetória num todo, porém, o perceptível e incômodo pra mim é constatar como toda a criação de expectativa (e, poxa vida, ela existe) é quase que deixada de lado por um desfecho que, além de anticlimático, me soa também preguiçoso. não tive contato com a obra original e, por esse motivo, não sei o quanto a adaptação bebeu da fonte, digo, no entanto, que enquanto produto audiovisual, deixou a desejar os últimos quatro capítulos.
ah, e o anterior a isso beira o irretocável...
p.s. sinceramente, não abriria mão de outras temporadas, acredito que ao se desvencilhar um pouco do livro e expandindo o universo pra além do material do king (algo feito, por exemplo, pela recente the leftovers) podemos ter algo ainda mais especial.
um pequeno receio de mudança na pegada da série permeava minha imaginação, e, quão bom dizer, errado estava. eis aqui uma temporada ainda mais comprometida em dialogar e representar, em processo de amadurecimento (de mãos dadas aos personagens). indo além, parece que sex education abraçou a ideia de educar, sim, sexualmente, mas, ainda mais propício, humanamente (há discussões realmente necessárias aqui). curioso pra ver onde poderão chegar, viu?!
rola um sentimento de pesar e indignação para com a imprudência, em suma. inda mais fazendo um paralelo com o que estamos a vivenciar cá, no Brasil.
do ponto de vista técnico, é deveras convincente, mas ao analisar - ou buscar - a tratativa para com a fidedignidade - que muito provavelmente é isso mesmo - das ocorrências, me soa um relato construído à partir de uma visão absolutamente ocidental. e não há nada que tenha me incomodado mais que aqueles tantos diálogos expositivos e inverossímeis.
acho que se rende em subtramas não tão interessantes ao passo que se constrói através da força de seu elenco feminino. todas são não menos que extraordinárias - os altos e baixos são constantes, mas o texto e, de novo, as atuações me fazem relevar os instantes finais inchados.
Acho que a simplicidade é o grande trunfo dessa primeira temporada. Flaked é até enganosa, não é uma comédia comum, o drama aqui possui um peso significativo e surpreendente. Há uns deslises na segunda metade e alguns temas inacabados, mas é singela, divertida e inteligente.
"Ah, se a vida fosse só amor...mas é tentação. É fracasso. É fraqueza. A vida é pecado. E todos sabem que errei bastante, mas há uma grande diferença entre pecado e um erro. O erro é fazer besteira. Mas o pecado...ah, o pecado, é saber que uma coisa é errada, e, mesmo assim, fazer. Então, Eggie, minha querida esposa, meu Sol e minhas estrelas, espero passar uma vida fazendo besteira com você, mas juro nunca mais pecar de novo."
Engraçado que nenhuma pergunta é respondida. Pelo contrário, mais questões são levantadas e - inacreditavelmente - nos envolvemos ainda mais com a trama. É aquela estranheza que nos supre, de certa forma. A segunda temporada é um hino. A qualidade foi elevada à um nível absurdo com a introdução de novos, e, ainda mais ambíguos, personagens, as artimanhas do roteiro em enganar o espectador e depois nos mostrar novos pontos, nunca uma incógnita foi tão bem estabelecida. Como se a dúvida do porquê do arrebatamento/sumiço de 2% da população mundial não importasse, o drama dos que ficaram (leftovers = sobras) é o que realmente nos interessa. E, olha, realmente as explicações não fazem falta. Obra prima essa segunda temporada, amigos. E que venha a terceira e última temporada!!
Logo de cara estabelece mistério. Isso, claro, se tratando de um suspense dramático é de suma importância. The Leftovers não se estende em explicações sobre o ocorrido, os personagens são apresentados e, sem maiores delongas, já ancorados em um misto de pessimismo e dúvida. A esperança não se faz presente. Jamais. E isso é fundamental na atmosfera do seriado. Essa primeira temporada sofre, sim, com o ritmo (lento, intimista, vagaroso demais...), mas é de uma recompensa tamanha. Há personagens tão especiais aqui que a criação da empatia - sempre necessária em qualquer meio - é quase que instantânea. Os dramas são palpáveis. Sempre. Como disse, pelo ritmo e conteúdo, pode ser um exercício de paciência para alguns, mas para outros (onde me enquadro), mesmo difícil em alguns momentos, é desafiador e gratificante demais.
É um seriado que agrada pela ambientação que remete aos melhores anos do cinema aventureiro com ótimas pitadas de horror. Uma junção daquilo que deu certo nos anos 80, são incontáveis referências e menções mais que honrosas aos grandes acontecimentos daquele cinema que frisava pelo sensível estudo de personagens, pelas odisseias mirabolantes e valores sobre admiração e amizade. A sensação de Déjà vu, logicamente, está presente, mas não de uma forma negativa. Sempre se atém ao sentimento de necessidade e indispensabilidade sobre tudo que vemos em tela. É uma reverência às grandes obras que marcaram época. Possui seus deslizes (aquele romance básico ou o personagem que, por nada, mostra-se arrependido e por aí vai), mas encanta em demasia!!!
“- Oi. Sou Ted Mosby. E exatamente daqui a 45 dias...você e eu vamos nos conhecer...e vamos nos apaixonar...e vamos nos casar...e vamos ter dois filhos...e vamos amá-los, e amar muito um ou outro. Tudo isso está a 45 dias de distância. Mas estou aqui agora...acho que porque...quero esses 45 dias extras. Com você. Quero cada um deles. Se não puder tê-los, eu quero os segundos antes de o seu namorado aparecer e me dar um soco no rosto...porque...eu amo você. Sempre amarei você. Até o fim dos meus dias...e além. Você vai ver. ” – Ted
“- Sabe o que seria demais?” – Barney “- Ser gay?” – Ted “- Ser gay seria demais.” – Barney “- É. Os homens se entendem.” – Ted “- Imagine ter uma relação em vez de falar de sentimentos. Você joga "Madden", come uma pizza...dá uma bem gostosa e dorme agarradinho.” – Barney “- Saiba que, se fôssemos gay, você seria minha primeira opção.” – Ted “- Pode ligar para o Marshall e dizer isso a ele?” – Barney “- Nesse cenário, só você e eu somos gay. O Marshall, não.” – Ted “- Mas se nós três fôssemos, você ia me escolher, não ia?” – Barney “- Se nós três fôssemos? Garota, nós três íamos mandar ver.” – Ted “- Com certeza!” – Barney
“- Sinto falta do meu pai, Ted. Tenho tanta saudade.” – Marshall “- Eu sei.” – Ted “- Quando eu era criança, nós passávamos o verão em Upper Peninsula. E todo ano não voltávamos pra cabana até o meio da noite. Então, já estava um breu no meio das árvores. E eu nunca conseguia ver nada a frente dos faróis mas sempre me sentia seguro porque papai estava dirigindo. Ele era de certa forma um super-herói que podia ver bem longe dentro da escuridão. Agora ele se foi. E está totalmente escuro. E não consigo ver onde estou indo. Não consigo ver nada.” – Marshall
“- Vamos. Abram! Abram, abram! É a minha coleção de pornografia! Mentira, não pode ser.” – Barney “- É a coleção dele de pornografia.” – Ted “- É a minha coleção! Eu estou dando a minha coleção para você. Estou tão bem com Robin que já não preciso mais dela.” – Barney “- Caramba, você está entregando voluntariamente sua coleção? Parece que a coisa é séria.” – Lily “- Bem, isso é óbvio.” – Marshall “- O que significa isso?” – Barney “- Nada, é que você tem barriga de homem casado.” – Marshall “- O quê? Não tenho barriga de casado. Isso é ridículo.” – Barney “- Não é tão terrível assim. Quando você está com alguém, é normal relaxar um pouco. Já aconteceu com a gente.” – Marshall “- Sim, estive gordinha por um bom tempo.” – Lily “- Temos de ir embora. Adeus, meus queridos. Vou sentir saudades de vocês.” – Barney “- Ele está falando com os filmes pornográficos.” – Robin
“- Barney, essa regra dos três dias é louca...quem inventou essa regra?” – Ted “- Jesus.” – Barney “- Barney, não faça isso. Não com Jesus.” – Marshall “- É sério. Jesus inventou a regra dos três dias. Ele esperou três dias para voltar à vida. Foi perfeito. Se ele só tivesse esperado um dia...muitas pessoas sequer saberiam que ele morreu. Eles diriam: "E aí Jesus, o que está pegando?" E Jesus provavelmente diria: "O quê? Morri ontem." E eles falariam: "Você está bem vivo, cara." Jesus teria que explicar como ele ressuscitou e que foi um milagre. Então o cara então diria: "Como quiser, meu chapa." ” – Barney “- Como os diálogos antigos parecem antiquados agora” – Robin “- Ele não iria voltar num sábado, todo mundo está ocupado. Cantando no coral, trabalhando na correria, fazendo a barba. Ele esperou o número exato de dias, três.” – Barney “- Tudo bem, eu prometo. Vou esperar os três dias. Mas, por favor, pare de falar.” – Ted “- Mas é domingo, todos já estão na igreja. Onde todo mundo: "Não! Jesus está morto". E então ele entra pela porta dos fundos. Corre para o altar, toda aquela animação...e saiba que foi assim que surgiu o "toca aqui". Três dias, Ted. Espera-se três dias para ligar para uma mulher...pois é o tempo que Jesus quer que esperemos. Verdade.” – Barney
Ted Lasso (2ª Temporada)
4.4 157é de novo um abraço de mãe, seguido de uma palmada do pai.
Ted Lasso (1ª Temporada)
4.4 244 Assista Agoraé um abraço de mãe
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6Kacredito que exista excessos, principalmente por ser expositiva demais. tudo o que acontece se dá através de introduções e/ou análises, os personagens sempre ditam o que a gente está vendo e isso é problemático, quero ter de revelar os pontos sozinho, complexos ou não (o que não é o caso). o que acho elogiável, de certa forma, é constatar a honestidade do roteiro, o enigmático jamais se sustenta através de um falso teor complicador, a série subestima o espectador ao explicar demais, no entanto, não desqualifica o mesmo diante de seus acontecimentos. que são vários, existem arcos realmente interessantes aqui. vou continuar. não morri de amores, mas também não me é desgraciosa como quase tudo que a netflix produz atualmente.
The Wire (5ª Temporada)
4.6 113Terminei há um tempinho, mas não sabia ao certo o que tinha acabado de assistir, e, portanto, sinto que a digestão foi um pouco mais longa que de costume. Eu seria muito minimalista ao definir essa série em adjetivos, quaisquer fossem, mas acho que devo deixar uma palavra que me permeou por toda temporada final: honestidade.
Todo o trabalho iniciado lá no primeiro (e despretensioso) ano do show, desenvolvido nos anos subsequentes e finalizado aqui me soa extremamente honesto. Triste e revoltante, sim, aos montes, personas destruídas pelo descaso, seres ingênuos largados como animais para o abate. Sim, o sistema é cruel e não há nada que me convença que dias melhores virão. Já tinha feito alusões com a vida real no meu texto sobre a obra prima que é a quarta temporada, e, peço perdão antecipadamente, mas volto agora a experimentar o estudo parido pelos criadores, trazendo-o ao nosso cotidiano. Primavera, verão, outono, inverno... e primavera - há um filme sul-coreano com esse nome, mas não falo sobre ele (ou falo, vocês entenderão) -, assim como as estações e seus ciclos que vão e voltam e, mais uma e milhares de vezes, vão e voltam, o diagnóstico pessimista deixado por The Wire é que não importa o que ocorra, o quão bem intencionadas são as pessoas ou os planos existentes sonhados por elas, somos todos, sem exceção, potencialmente ruins, instigados pela cobiça e gananciosos, independente da intenção. Parece ruim, eu sei, indicar um produto que não nos console em meio às tantas desgraças que vivenciamos dia após dia, mas é necessário. Por quê falo isso? Simples, assim como não podemos nunca tapar os olhos para o que de mau nos ronda, temos também de reconhecer o quão dependente somos de nós mesmos, de nossas raízes, da nossa história, daquilo que de bom (ainda) existe em nós. A sequência final de The Wire, ao mesmo tempo que me abalou, me esperançou. Seu retrato de Baltimore (lê-se qualquer cidade) é uma carta de humanidade, do bom e ruim que podemos proporcionar.
The Wire (4ª Temporada)
4.7 84é admirável, pra dizer o mínimo, o quanto mexeu com meus sentimentos essa quarta temporada. todo enfoque nos personagens que já conhecemos, a reciclagem proposta nalguns deles, suas decisões, tudo, o selo de qualidade the wire continua presente. mas, diferente e ainda mais intenso que nas anteriores temporadas, meu envolvimento emocional com as novas contribuições do seriado me chamam à atenção. ainda penso nos quatro novos protagonistas como se fizessem parte do meu viver...e, pensando bem, eles fazem: estão ali nas esquinas, nos colégios públicos brasil adentro, estão nos centros de reabilitação, outros tomando conta dos irmãos mais novos porque os pais não o fazem, nos lares de adoção à espera de um recomeço, nas asas de professores e tutores, em suma, é a nossa realidade, ordinária, sim, mas nossa. the wire denota isso sem qualquer otimismo, como (de novo) a realidade, onde captamos a corrupção do macro mediante o micro e como toda essa concupiscência interfere em todos os setores da sociedade. não sou adepto a certos estereótipos ao indicar um produto audiovisual (ou literário, musical, etc), penso que cada pessoa deva buscar o meio de arte que o agrade e o envolva, mas sinto que nada que assisti num longo período de tempo se equipare a the wire e como essa série me faz ter maior empatia e compreensão sobre a vida. portanto, sem delongas, obrigatória! pra todos nós!
The Wire (3ª Temporada)
4.7 78the wire vêm se consolidando no meu coração como uma das obras mais inteligentes da televisão, sem dúvida. o foco central da primeira temporada retorna aqui com um viés ainda mais humano. adoro o que se discute, e, principalmente, como se discute. temas tão complexos ao encontro de personas falhas, ordinárias e reais. apontaria nesta temporada os diálogos e instantes mais tocantes até aqui. curioso (e sedento) por o que estar por vir...
The Wire (2ª Temporada)
4.4 73a mudança do foco central foi uma sacada ousada ao cargo de que seu desenrolar nos apresenta muita informação (o que causa uma complexidade considerável à temporada), mas, assim como no primeiro ano, também memorável. acho os personagens cá apresentados ainda mais humanos comparado ao que vimos na temporada anterior. por razão disso, o desfecho agridoce aqui me causou até mais impacto.
The Wire (1ª Temporada)
4.6 170 Assista Agoraum dos estudos sociológicos mais complexos e, assim sendo, satisfatórios que já vi. dá pra perceber que muito do produto audiovisual produzido pós the wire (pra tv ou não) bebeu dessa fonte...
The Outsider
3.7 234 Assista Agoranão tenho problema algum com o ritmo tomado pela série, muito pelo contrário, acho bastante coerente avaliando a trajetória num todo, porém, o perceptível e incômodo pra mim é constatar como toda a criação de expectativa (e, poxa vida, ela existe) é quase que deixada de lado por um desfecho que, além de anticlimático, me soa também preguiçoso. não tive contato com a obra original e, por esse motivo, não sei o quanto a adaptação bebeu da fonte, digo, no entanto, que enquanto produto audiovisual, deixou a desejar os últimos quatro capítulos.
ah, e o anterior a isso beira o irretocável...
p.s. sinceramente, não abriria mão de outras temporadas, acredito que ao se desvencilhar um pouco do livro e expandindo o universo pra além do material do king (algo feito, por exemplo, pela recente the leftovers) podemos ter algo ainda mais especial.
Sex Education (2ª Temporada)
4.3 592 Assista Agoraum pequeno receio de mudança na pegada da série permeava minha imaginação, e, quão bom dizer, errado estava. eis aqui uma temporada ainda mais comprometida em dialogar e representar, em processo de amadurecimento (de mãos dadas aos personagens). indo além, parece que sex education abraçou a ideia de educar, sim, sexualmente, mas, ainda mais propício, humanamente (há discussões realmente necessárias aqui). curioso pra ver onde poderão chegar, viu?!
The Office (1ª Temporada)
4.1 557o constrangedor também é engraçado!
Chernobyl
4.7 1,4K Assista Agorarola um sentimento de pesar e indignação para com a imprudência, em suma. inda mais fazendo um paralelo com o que estamos a vivenciar cá, no Brasil.
do ponto de vista técnico, é deveras convincente, mas ao analisar - ou buscar - a tratativa para com a fidedignidade - que muito provavelmente é isso mesmo - das ocorrências, me soa um relato construído à partir de uma visão absolutamente ocidental. e não há nada que tenha me incomodado mais que aqueles tantos diálogos expositivos e inverossímeis.
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480acho que se rende em subtramas não tão interessantes ao passo que se constrói através da força de seu elenco feminino. todas são não menos que extraordinárias - os altos e baixos são constantes, mas o texto e, de novo, as atuações me fazem relevar os instantes finais inchados.
Flaked (1ª Temporada)
3.5 51 Assista AgoraAcho que a simplicidade é o grande trunfo dessa primeira temporada. Flaked é até enganosa, não é uma comédia comum, o drama aqui possui um peso significativo e surpreendente. Há uns deslises na segunda metade e alguns temas inacabados, mas é singela, divertida e inteligente.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista Agora"Ah, se a vida fosse só amor...mas é tentação. É fracasso. É fraqueza. A vida é pecado. E todos sabem que errei bastante, mas há uma grande diferença entre pecado e um erro. O erro é fazer besteira. Mas o pecado...ah, o pecado, é saber que uma coisa é errada, e, mesmo assim, fazer. Então, Eggie, minha querida esposa, meu Sol e minhas estrelas, espero passar uma vida fazendo besteira com você, mas juro nunca mais pecar de novo."
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraEngraçado que nenhuma pergunta é respondida. Pelo contrário, mais questões são levantadas e - inacreditavelmente - nos envolvemos ainda mais com a trama. É aquela estranheza que nos supre, de certa forma. A segunda temporada é um hino. A qualidade foi elevada à um nível absurdo com a introdução de novos, e, ainda mais ambíguos, personagens, as artimanhas do roteiro em enganar o espectador e depois nos mostrar novos pontos, nunca uma incógnita foi tão bem estabelecida. Como se a dúvida do porquê do arrebatamento/sumiço de 2% da população mundial não importasse, o drama dos que ficaram (leftovers = sobras) é o que realmente nos interessa. E, olha, realmente as explicações não fazem falta. Obra prima essa segunda temporada, amigos. E que venha a terceira e última temporada!!
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraLogo de cara estabelece mistério. Isso, claro, se tratando de um suspense dramático é de suma importância. The Leftovers não se estende em explicações sobre o ocorrido, os personagens são apresentados e, sem maiores delongas, já ancorados em um misto de pessimismo e dúvida. A esperança não se faz presente. Jamais. E isso é fundamental na atmosfera do seriado. Essa primeira temporada sofre, sim, com o ritmo (lento, intimista, vagaroso demais...), mas é de uma recompensa tamanha. Há personagens tão especiais aqui que a criação da empatia - sempre necessária em qualquer meio - é quase que instantânea. Os dramas são palpáveis. Sempre. Como disse, pelo ritmo e conteúdo, pode ser um exercício de paciência para alguns, mas para outros (onde me enquadro), mesmo difícil em alguns momentos, é desafiador e gratificante demais.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraÉ um seriado que agrada pela ambientação que remete aos melhores anos do cinema aventureiro com ótimas pitadas de horror. Uma junção daquilo que deu certo nos anos 80, são incontáveis referências e menções mais que honrosas aos grandes acontecimentos daquele cinema que frisava pelo sensível estudo de personagens, pelas odisseias mirabolantes e valores sobre admiração e amizade. A sensação de Déjà vu, logicamente, está presente, mas não de uma forma negativa. Sempre se atém ao sentimento de necessidade e indispensabilidade sobre tudo que vemos em tela. É uma reverência às grandes obras que marcaram época. Possui seus deslizes (aquele romance básico ou o personagem que, por nada, mostra-se arrependido e por aí vai), mas encanta em demasia!!!
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista Agora“E assim, crianças, foi como eu conheci a mãe de vocês.” – Ted
Como Eu Conheci Sua Mãe (8ª Temporada)
4.4 504 Assista Agora“- Oi. Sou Ted Mosby. E exatamente daqui a 45 dias...você e eu vamos nos conhecer...e vamos nos apaixonar...e vamos nos casar...e vamos ter dois filhos...e vamos amá-los, e amar muito um ou outro. Tudo isso está a 45 dias de distância. Mas estou aqui agora...acho que porque...quero esses 45 dias extras. Com você. Quero cada um deles. Se não puder tê-los, eu quero os segundos antes de o seu namorado aparecer e me dar um soco no rosto...porque...eu amo você. Sempre amarei você. Até o fim dos meus dias...e além. Você vai ver. ” – Ted
Como Eu Conheci Sua Mãe (7ª Temporada)
4.5 385 Assista Agora“- Sabe o que seria demais?” – Barney
“- Ser gay?” – Ted
“- Ser gay seria demais.” – Barney
“- É. Os homens se entendem.” – Ted
“- Imagine ter uma relação em vez de falar de sentimentos. Você joga "Madden", come uma pizza...dá uma bem gostosa e dorme agarradinho.” – Barney
“- Saiba que, se fôssemos gay, você seria minha primeira opção.” – Ted
“- Pode ligar para o Marshall e dizer isso a ele?” – Barney
“- Nesse cenário, só você e eu somos gay. O Marshall, não.” – Ted
“- Mas se nós três fôssemos, você ia me escolher, não ia?” – Barney
“- Se nós três fôssemos? Garota, nós três íamos mandar ver.” – Ted
“- Com certeza!” – Barney
Como Eu Conheci Sua Mãe (6ª Temporada)
4.5 350 Assista Agora“- Sinto falta do meu pai, Ted. Tenho tanta saudade.” – Marshall
“- Eu sei.” – Ted
“- Quando eu era criança, nós passávamos o verão em Upper Peninsula. E todo ano não voltávamos pra cabana até o meio da noite. Então, já estava um breu no meio das árvores. E eu nunca conseguia ver nada a frente dos faróis mas sempre me sentia seguro porque papai estava dirigindo. Ele era de certa forma um super-herói que podia ver bem longe dentro da escuridão. Agora ele se foi. E está totalmente escuro. E não consigo ver onde estou indo. Não consigo ver nada.” – Marshall
Como Eu Conheci Sua Mãe (5ª Temporada)
4.5 285 Assista Agora“- Vamos. Abram! Abram, abram! É a minha coleção de pornografia! Mentira, não pode ser.” – Barney
“- É a coleção dele de pornografia.” – Ted
“- É a minha coleção! Eu estou dando a minha coleção para você. Estou tão bem com Robin que já não preciso mais dela.” – Barney
“- Caramba, você está entregando voluntariamente sua coleção? Parece que a coisa é séria.” – Lily
“- Bem, isso é óbvio.” – Marshall
“- O que significa isso?” – Barney
“- Nada, é que você tem barriga de homem casado.” – Marshall
“- O quê? Não tenho barriga de casado. Isso é ridículo.” – Barney
“- Não é tão terrível assim. Quando você está com alguém, é normal relaxar um pouco. Já aconteceu com a gente.” – Marshall
“- Sim, estive gordinha por um bom tempo.” – Lily
“- Temos de ir embora. Adeus, meus queridos. Vou sentir saudades de vocês.” – Barney
“- Ele está falando com os filmes pornográficos.” – Robin
Como Eu Conheci Sua Mãe (4ª Temporada)
4.5 269 Assista Agora“- Barney, essa regra dos três dias é louca...quem inventou essa regra?” – Ted
“- Jesus.” – Barney
“- Barney, não faça isso. Não com Jesus.” – Marshall
“- É sério. Jesus inventou a regra dos três dias. Ele esperou três dias para voltar à vida. Foi perfeito. Se ele só tivesse esperado um dia...muitas pessoas sequer saberiam que ele morreu. Eles diriam: "E aí Jesus, o que está pegando?" E Jesus provavelmente diria: "O quê? Morri ontem." E eles falariam: "Você está bem vivo, cara." Jesus teria que explicar como ele ressuscitou e que foi um milagre. Então o cara então diria: "Como quiser, meu chapa." ” – Barney
“- Como os diálogos antigos parecem antiquados agora” – Robin
“- Ele não iria voltar num sábado, todo mundo está ocupado. Cantando no coral, trabalhando na correria, fazendo a barba. Ele esperou o número exato de dias, três.” – Barney
“- Tudo bem, eu prometo. Vou esperar os três dias. Mas, por favor, pare de falar.” – Ted
“- Mas é domingo, todos já estão na igreja. Onde todo mundo: "Não! Jesus está morto". E então ele entra pela porta dos fundos. Corre para o altar, toda aquela animação...e saiba que foi assim que surgiu o "toca aqui". Três dias, Ted. Espera-se três dias para ligar para uma mulher...pois é o tempo que Jesus quer que esperemos. Verdade.” – Barney