Uma comédia romântica diferente de tudo que já havia visto na vida.
Uma história de amor que se mescla junto à história política da França. Com personagens super cativantes (como não se apaixonar pela Sarah Forestier, me diga?), o longa é tão agradável que chega ao final com aquele gostinho de quero mais. Há simplicidade até mesmo na hora de abordar temas pesados, como abuso sexual na infância por exemplo.
Enfim, um filme que vale cada segundo, até mesmo para quem não gosta do gênero (confesso que me encaixo nesse grupo).
Alguns momentos do filme cansam, confesso. Mas os diálogos são tão brilhantes, que fazem com que o filme seja um dos mais incríveis que já vi, assim como seu sucessor, Invasões Bárbaras.
Por meio desses diálogos, o diretor consegue fazer uma crítica ferrenha à sociedade moderna, de forma ácida e sem meias palavras. Um filme feito de personagens cativantes, que têm suas vidas dissecadas enquanto conversam sobre trivialidades, história, filosofia e sexo. Muito bom!
Um dos melhores filmes que já tive a oportunidade de assistir sobre a questão da opção sexual. Com algumas pitadas de humor, mescladas a uma carga dramática bem medida, Transamerica é um filme simples, mas brilhante.
A atuação de Felicity Huffman é de apaludir de pé. Poucas vezes vi uma atriz se entregar tanto a um papel como ela. Fiquei realmente surpreendido com o filme, em todos os aspectos. Recomendo de olhos fechados.
Num mundo onde grande parte das animações exageram nos efeitos gráficos, é gratificante perceber que ainda se fazem obras como essa, com tamanha simplicidade.
De forma singela e poética, acompanhamos a estranha amizade entre um urso e uma ratinha, e o quanto essa relação se torna uma afronta às duas comunidades distintas.
Um filme simples, mas que toca a fundo na questão do preconceito. Mereceu a indicação ao Óscar e confesso estar torcendo para que fique entre os cinco finalistas.
É o tipo de filme que eu quero assistir pelo menos uma vez ao ano a partir de agora.
As Invasões Bárbaras é uma obra cheia de reflexões sobre o sentimento nostálgico que atinge o ser-humano nos momentos finais da vida. A tristeza de chegar perto do fim, olhar para trás, e sentir que você não fez nada daquilo que gostaria de ter feito. Ao mesmo tempo, parar para refletir sobre o passado e descobrir que, sim, se pudesse você viveria tudo exatamente da mesma forma.
A forma bem humorada com que o enredo é tratado, contrastando com a melancolia do tema, foi a parte que mais me chamou a atenção. Arcand conseguiu mesclar os dois gêneros de forma impecável, o que acabou deixando o assunto super leve, ainda que em algumas cenas você sinta um "cisco no olho", do nada.
E pensar que pouquíssimas pessoas no mundo conhecem esse filme. Que grata surpresa. O filme é de uma sensibilidade impressionante, e desde a primeira cena eu já sabia que estava vendo algo grandioso.
Cada personagem traz em si uma gama de histórias que emocionam, e são muito bem explorados pelo diretor. Não se trata apenas de uma amizade entre um homem e um gato. Há muito dos sentimentos humanos envolvido em tudo, como nostalgia, lembranças, reencontros e sonhos. Harry reúne um pouco de cada um de nós em suas andanças, nesse "quase-road-movie" cheio de diálogos e cenas marcantes.
Como disse o amigo ali embaixo, o fato do ator principal, Art Carney, ter vencido o Óscar de 1975 concorrendo com Al Pacino (O Poderoso Chefão), Jack Nicholson (Chinatown) e Dustin Hoffman (Lenny) já é um grande chamariz para assisti-lo. E digo, vale a pena!
O mais fraco da Farhadi, sem dúvida alguma. Diferente de "A Separação" e do mais recente "Le Passé", esse é um filme que não me prendeu como eu esperava.
Confesso que gostei bem menos do que eu de fato esperava desse que é o candidato italiano ao próximo Óscar. No entanto, teve algo nele que me prendeu até o fim. Não sei dizer bem o que, se foi a excelente trilha, os diálogos, ou simplesmente a bela fotografia de Roma.
Porém, a tentativa de elevar o enredo ao nível de obra de arte, com suas passagens oníricas e metafóricas, acaba deixando o filme meio perdido no seu desenrolar, e entediante depois de um certo tempo.
Quando eu pensei que a parceria Scorsese-De Niro-Pesci não me surpreenderia mais depois de Goodfellas, eis que surge Casino.
Que filme espetacular, feito nos mínimos detalhes. Suas 3 horas de duração nem são sentidas, graças ao ritmo envolvente e às cenas memoráveis. Mais um épico do diretor, que com certeza é o melhor dessa geração surgida na década de 70 (Scorsese, Coppola, De Palma, entre outros).
P.S: Alguém já parou para contar quantos "fuck" e "motherfuck" são ditos ao longo dos 178 minutos?
Filmes com lição de vida costumam ser perigosos, pois grande parte deles possuem enredos enfadonhos que apelam pra emoção da forma mais vagabunda possível. Mas aqui temos um exemplo de filme que deu certo.
A boa direção e a atuação incrível de Johnny Pacar fazem Primeiro da Classe ser o tipo de filme que você já sabe o final, mas que ainda assim é incrivelmente gratificante de assistir.
A doçura das crianças é emocionante. Pequenos seres que ainda não adquiriram (felizmente) aquela capacidade dos adultos de julgar os outros por qualquer tipo de deficiência. Tocante ao extremo, é um dos melhores filmes sobre a profissão de professor que já tive a oportunidade de assistir.
Quando a ficção dá lugar à realidade, as emoções são elevadas na máxima potência.
Que ideia incrível, e que resultado final elogiável. Uma miscelânea de rostos, vozes, e principalmente sonhos, que mostram o que é a vida em sua forma plena. Não importa a classe, a religião, a região onde mora ou o idioma que fala, todo ser-humano é um poço de sentimentos, muitos do quais identificamos em nós mesmos.
De certa forma, é o tipo de trabalho que inevitavelmente muda alguma coisa em quem assiste. Fiquei maravilhado, ri, chorei, e senti mil coisas enquanto assistia. Foi sem dúvida alguma gratificante.
Parafraseando o amigo aí abaixo, "Embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só."
Estou para ver uma união entre Scorsese e DiCaprio que não resulte em um excelente trabalho. Dessa vez, ambos merecem todos os elogios, nesse suspense que é bastante diferente das outras obras do diretor, mas que ainda assim possui algumas das suas características gritantes.
Falando sobre o DICaprio, não é de hoje que me considero seu fã. Novamente fiquei surpreendido com sua atuação, de fato brilhante. Aliás, surpreendido não. Até porque já esperava algo grandioso, assim como espero a cada novo filme seu. Para mim, é um dos melhores atores (se não o melhor) dessa geração surgida nos anos 90, e sua parceria com o Scorsese talvez seja, aliada à sua enorme capacidade, a grande responsável por esse salto de qualidade que o transformou no que ele é hoje.
Nas questões técnicas o filme é impecável também. Merece destaque também as participações do Mark Ruffalo e da Michele Williams. Por fim, eu que não sou um fã número um de suspenses, termino o filme com vontade de ter visto mais. Isso é bom!
Terrível. E não, não estou falando da qualidade do filme, mas sim do tema.
Amistad aborda de forma emocionante uma das ações mais desumanas do ser-humano, a escravidão, numa época onde negros eram tirados de suas terras nativas para trabalhares como escravos, muitas vezes do outro lado do oceano, sendo tratados piores do que animais, viajando em porões inóspito, e carregando consigo o triste sentimento de ser tirado de casa sem saber para onde está indo. Tudo isso reunido ao descaso das autoridades, mais preocupadas com o que suas atitudes podem trazer às eleições, e com a hipocrisia da igreja, que aceitava tudo de boca fechada e ainda apoiava em nome da bíblia.
Djimon Hounson em uma atuação digna de Óscar. Aliás, por falar em atuação brilhante, não dá para deixar de lado o espetacular Anthony Hopkins, nessa que para mim é a melhor atuação da sua carreira. Tem ainda um Matthew McConaughey em início de carreira e o sempre atuante Morgan Freeman, ambos firmes nos seus papeis extremamente importantes para o enredo.
Por fim, é um filme triste (não lembrava de ter chorado em um filme dessa forma desde O Homem Elefante, do Lynch), principalmente por ser extremamente real. As cenas no navio chegam a dilacerar o coração, ainda mais se pensarmos que na vida real, eram ainda piores. Brilhante mais uma vez, Mr. Spielberg.
Que lição de amizade. Que história emocionante sobre companheirismo e solidão. Que final triste e chocante. Resumindo: que filme maravilhoso!!
Ainda não tinha visto uma atuação tão impressionante vinda do John Malkovich, e fiquei bastante surpreso. É o tipo de obra que te traz, mesmo que com muita simplicidade, um misto de sentimentos distintos.
Sublime. Um dos melhores filmes já feitos em solo americano.
A cena do abraço entre pai e filho (sem mais detalhes, quem viu sabe qual estou falando) e a cena final são de cortar o coração. E James Dean, cara.. você é eterno!
É chocante ver o filme e pensar que tudo isso um dia existiu de fato. Toda barbárie de um preconceito enraizado há séculos, e que infelizmente, ainda existe nos dias de hoje. Um verdadeiro tratado contra a segregação racial.
Excelente direção de Alan Parker, mostrando o porque de ser um dos diretores americanos que mais respeito.
"Sr. Bird era culpado, qualquer pessoa que vê isto acontecer e ignora é culpado. Ele era culpado sim, tão culpado quanto os que puxaram o gatilho. Talvez todos nós sejamos."
Em 2 horas de filme, Capra faz uma crítica ferrenha a respeito da podridão que existe na política e sobretudo na imprensa, através de um personagem ingênuo que sonha fazer da política um lugar onde possa realizar o bem às pessoas. No entanto, o cenário político é um lugar fétido, onde o dinheiro e os interesses particulares se sobressaem ao resto. E essa disputa de valores acaba fazendo com que o idealista Jefferson Smith sofra um choque de realidade.
Não vejo o patriotismo exacerbado como um defeito. Foi uma alternativa que o diretor buscou para dar a ideia de que, depois de anos lutando por direitos iguais à todos, a política parece ignorar isso rasgando, literalmente, a constituição federal e jogando a ética no lixo. Brilhante Capra, brilhante!
É realmente impressionante a qualidade narrativa dos filmes do Asghar Farhadi, que pela segunda vez consecutiva leva um filme seu para a disputa pelo Óscar de melhor filme estrangeiro (e novamente com grandes chances).
Um belo (e diferente) tratado sobre a relação do homem com a natureza. A fotografia é o que de fato chama mais a atenção nesse longa escolhido para representar a Áustria no próximo Óscar de melhor filme estrangeiro.
Finalizo a trilogia do paraíso com um certo carinho pelo trabalho do diretor Ulrich Seidl.
Assim como os dois primeiros, trata-se de um filme para poucos. Despretensioso, o filme traz como personagem central dessa vez a garota Melanie, que aparece nos dois primeiros trabalhos de forma rápida e sem aprofundamentos.
Sua câmera estática, sua narrativa crua e sem rodeios, e as atuações frias são características marcantes desse que, para mim, é um dos diretores mais corajosos e originais da atualidade.
Trem Noturno para Lisboa
3.7 259 Assista AgoraUma boa estória, cheia de mistérios e bons diálogos.
Confira minha crítica completa: http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/12/critica-trem-noturno-para-lisboa-2013.html
Os Nomes do Amor
3.8 204Uma comédia romântica diferente de tudo que já havia visto na vida.
Uma história de amor que se mescla junto à história política da França. Com personagens super cativantes (como não se apaixonar pela Sarah Forestier, me diga?), o longa é tão agradável que chega ao final com aquele gostinho de quero mais. Há simplicidade até mesmo na hora de abordar temas pesados, como abuso sexual na infância por exemplo.
Enfim, um filme que vale cada segundo, até mesmo para quem não gosta do gênero (confesso que me encaixo nesse grupo).
O Declínio do Império Americano
3.8 82 Assista AgoraAlguns momentos do filme cansam, confesso. Mas os diálogos são tão brilhantes, que fazem com que o filme seja um dos mais incríveis que já vi, assim como seu sucessor, Invasões Bárbaras.
Por meio desses diálogos, o diretor consegue fazer uma crítica ferrenha à sociedade moderna, de forma ácida e sem meias palavras. Um filme feito de personagens cativantes, que têm suas vidas dissecadas enquanto conversam sobre trivialidades, história, filosofia e sexo. Muito bom!
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraUm dos melhores filmes que já tive a oportunidade de assistir sobre a questão da opção sexual. Com algumas pitadas de humor, mescladas a uma carga dramática bem medida, Transamerica é um filme simples, mas brilhante.
A atuação de Felicity Huffman é de apaludir de pé. Poucas vezes vi uma atriz se entregar tanto a um papel como ela. Fiquei realmente surpreendido com o filme, em todos os aspectos. Recomendo de olhos fechados.
Ernest e Célestine
4.4 319Num mundo onde grande parte das animações exageram nos efeitos gráficos, é gratificante perceber que ainda se fazem obras como essa, com tamanha simplicidade.
De forma singela e poética, acompanhamos a estranha amizade entre um urso e uma ratinha, e o quanto essa relação se torna uma afronta às duas comunidades distintas.
Um filme simples, mas que toca a fundo na questão do preconceito. Mereceu a indicação ao Óscar e confesso estar torcendo para que fique entre os cinco finalistas.
As Invasões Bárbaras
4.0 203É o tipo de filme que eu quero assistir pelo menos uma vez ao ano a partir de agora.
As Invasões Bárbaras é uma obra cheia de reflexões sobre o sentimento nostálgico que atinge o ser-humano nos momentos finais da vida. A tristeza de chegar perto do fim, olhar para trás, e sentir que você não fez nada daquilo que gostaria de ter feito. Ao mesmo tempo, parar para refletir sobre o passado e descobrir que, sim, se pudesse você viveria tudo exatamente da mesma forma.
A forma bem humorada com que o enredo é tratado, contrastando com a melancolia do tema, foi a parte que mais me chamou a atenção. Arcand conseguiu mesclar os dois gêneros de forma impecável, o que acabou deixando o assunto super leve, ainda que em algumas cenas você sinta um "cisco no olho", do nada.
O Atentado
3.6 61 Assista AgoraUm dos melhores filmes do ano! É muito bom ver que ainda há espaço para filmes como esse, de tamanha sensibilidade, ainda que sejam pouco divulgadas.
Minha crítica completa aqui: http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/11/critica-o-atentado-2013.html
Harry, o Amigo de Tonto
4.0 26E pensar que pouquíssimas pessoas no mundo conhecem esse filme. Que grata surpresa. O filme é de uma sensibilidade impressionante, e desde a primeira cena eu já sabia que estava vendo algo grandioso.
Cada personagem traz em si uma gama de histórias que emocionam, e são muito bem explorados pelo diretor. Não se trata apenas de uma amizade entre um homem e um gato. Há muito dos sentimentos humanos envolvido em tudo, como nostalgia, lembranças, reencontros e sonhos. Harry reúne um pouco de cada um de nós em suas andanças, nesse "quase-road-movie" cheio de diálogos e cenas marcantes.
Como disse o amigo ali embaixo, o fato do ator principal, Art Carney, ter vencido o Óscar de 1975 concorrendo com Al Pacino (O Poderoso Chefão), Jack Nicholson (Chinatown) e Dustin Hoffman (Lenny) já é um grande chamariz para assisti-lo. E digo, vale a pena!
À Procura de Elly
4.0 148O mais fraco da Farhadi, sem dúvida alguma. Diferente de "A Separação" e do mais recente "Le Passé", esse é um filme que não me prendeu como eu esperava.
A Grande Beleza
3.9 463 Assista AgoraConfesso que gostei bem menos do que eu de fato esperava desse que é o candidato italiano ao próximo Óscar. No entanto, teve algo nele que me prendeu até o fim. Não sei dizer bem o que, se foi a excelente trilha, os diálogos, ou simplesmente a bela fotografia de Roma.
Porém, a tentativa de elevar o enredo ao nível de obra de arte, com suas passagens oníricas e metafóricas, acaba deixando o filme meio perdido no seu desenrolar, e entediante depois de um certo tempo.
Cassino
4.2 650 Assista AgoraQuando eu pensei que a parceria Scorsese-De Niro-Pesci não me surpreenderia mais depois de Goodfellas, eis que surge Casino.
Que filme espetacular, feito nos mínimos detalhes. Suas 3 horas de duração nem são sentidas, graças ao ritmo envolvente e às cenas memoráveis. Mais um épico do diretor, que com certeza é o melhor dessa geração surgida na década de 70 (Scorsese, Coppola, De Palma, entre outros).
P.S: Alguém já parou para contar quantos "fuck" e "motherfuck" são ditos ao longo dos 178 minutos?
Primeiro da Classe
4.3 391Filmes com lição de vida costumam ser perigosos, pois grande parte deles possuem enredos enfadonhos que apelam pra emoção da forma mais vagabunda possível. Mas aqui temos um exemplo de filme que deu certo.
A boa direção e a atuação incrível de Johnny Pacar fazem Primeiro da Classe ser o tipo de filme que você já sabe o final, mas que ainda assim é incrivelmente gratificante de assistir.
A doçura das crianças é emocionante. Pequenos seres que ainda não adquiriram (felizmente) aquela capacidade dos adultos de julgar os outros por qualquer tipo de deficiência. Tocante ao extremo, é um dos melhores filmes sobre a profissão de professor que já tive a oportunidade de assistir.
A Vida em um Dia
4.3 257 Assista AgoraQuando a ficção dá lugar à realidade, as emoções são elevadas na máxima potência.
Que ideia incrível, e que resultado final elogiável. Uma miscelânea de rostos, vozes, e principalmente sonhos, que mostram o que é a vida em sua forma plena. Não importa a classe, a religião, a região onde mora ou o idioma que fala, todo ser-humano é um poço de sentimentos, muitos do quais identificamos em nós mesmos.
De certa forma, é o tipo de trabalho que inevitavelmente muda alguma coisa em quem assiste. Fiquei maravilhado, ri, chorei, e senti mil coisas enquanto assistia. Foi sem dúvida alguma gratificante.
Parafraseando o amigo aí abaixo, "Embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só."
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraEstou para ver uma união entre Scorsese e DiCaprio que não resulte em um excelente trabalho. Dessa vez, ambos merecem todos os elogios, nesse suspense que é bastante diferente das outras obras do diretor, mas que ainda assim possui algumas das suas características gritantes.
Falando sobre o DICaprio, não é de hoje que me considero seu fã. Novamente fiquei surpreendido com sua atuação, de fato brilhante. Aliás, surpreendido não. Até porque já esperava algo grandioso, assim como espero a cada novo filme seu. Para mim, é um dos melhores atores (se não o melhor) dessa geração surgida nos anos 90, e sua parceria com o Scorsese talvez seja, aliada à sua enorme capacidade, a grande responsável por esse salto de qualidade que o transformou no que ele é hoje.
Nas questões técnicas o filme é impecável também. Merece destaque também as participações do Mark Ruffalo e da Michele Williams. Por fim, eu que não sou um fã número um de suspenses, termino o filme com vontade de ter visto mais. Isso é bom!
Amistad
3.9 317 Assista AgoraTerrível. E não, não estou falando da qualidade do filme, mas sim do tema.
Amistad aborda de forma emocionante uma das ações mais desumanas do ser-humano, a escravidão, numa época onde negros eram tirados de suas terras nativas para trabalhares como escravos, muitas vezes do outro lado do oceano, sendo tratados piores do que animais, viajando em porões inóspito, e carregando consigo o triste sentimento de ser tirado de casa sem saber para onde está indo. Tudo isso reunido ao descaso das autoridades, mais preocupadas com o que suas atitudes podem trazer às eleições, e com a hipocrisia da igreja, que aceitava tudo de boca fechada e ainda apoiava em nome da bíblia.
Djimon Hounson em uma atuação digna de Óscar. Aliás, por falar em atuação brilhante, não dá para deixar de lado o espetacular Anthony Hopkins, nessa que para mim é a melhor atuação da sua carreira. Tem ainda um Matthew McConaughey em início de carreira e o sempre atuante Morgan Freeman, ambos firmes nos seus papeis extremamente importantes para o enredo.
Por fim, é um filme triste (não lembrava de ter chorado em um filme dessa forma desde O Homem Elefante, do Lynch), principalmente por ser extremamente real. As cenas no navio chegam a dilacerar o coração, ainda mais se pensarmos que na vida real, eram ainda piores. Brilhante mais uma vez, Mr. Spielberg.
Ratos e Homens
4.0 71 Assista AgoraQue lição de amizade. Que história emocionante sobre companheirismo e solidão. Que final triste e chocante. Resumindo: que filme maravilhoso!!
Ainda não tinha visto uma atuação tão impressionante vinda do John Malkovich, e fiquei bastante surpreso. É o tipo de obra que te traz, mesmo que com muita simplicidade, um misto de sentimentos distintos.
Vidas Amargas
4.2 177 Assista AgoraSublime. Um dos melhores filmes já feitos em solo americano.
A cena do abraço entre pai e filho (sem mais detalhes, quem viu sabe qual estou falando) e a cena final são de cortar o coração. E James Dean, cara.. você é eterno!
Mississipi em Chamas
4.2 332 Assista AgoraTriste e emocionalmente pesado.
É chocante ver o filme e pensar que tudo isso um dia existiu de fato. Toda barbárie de um preconceito enraizado há séculos, e que infelizmente, ainda existe nos dias de hoje. Um verdadeiro tratado contra a segregação racial.
Excelente direção de Alan Parker, mostrando o porque de ser um dos diretores americanos que mais respeito.
"Sr. Bird era culpado, qualquer pessoa que vê isto acontecer e ignora é culpado. Ele era culpado sim, tão culpado quanto os que puxaram o gatilho. Talvez todos nós sejamos."
A Mulher Faz o Homem
4.3 172 Assista AgoraEm 2 horas de filme, Capra faz uma crítica ferrenha a respeito da podridão que existe na política e sobretudo na imprensa, através de um personagem ingênuo que sonha fazer da política um lugar onde possa realizar o bem às pessoas. No entanto, o cenário político é um lugar fétido, onde o dinheiro e os interesses particulares se sobressaem ao resto. E essa disputa de valores acaba fazendo com que o idealista Jefferson Smith sofra um choque de realidade.
Não vejo o patriotismo exacerbado como um defeito. Foi uma alternativa que o diretor buscou para dar a ideia de que, depois de anos lutando por direitos iguais à todos, a política parece ignorar isso rasgando, literalmente, a constituição federal e jogando a ética no lixo. Brilhante Capra, brilhante!
O Passado
4.0 294 Assista AgoraÉ realmente impressionante a qualidade narrativa dos filmes do Asghar Farhadi, que pela segunda vez consecutiva leva um filme seu para a disputa pelo Óscar de melhor filme estrangeiro (e novamente com grandes chances).
Minha crítica completa aqui:
http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/10/critica-le-passe-2013.html
A Parede
4.0 43Um belo (e diferente) tratado sobre a relação do homem com a natureza. A fotografia é o que de fato chama mais a atenção nesse longa escolhido para representar a Áustria no próximo Óscar de melhor filme estrangeiro.
Minha crítica completa aqui: http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/10/critica-parede-2013.html
Alabama Monroe
4.3 1,4KUm filme denso e impactante, que só peca na imparcialidade da questão "crença/não-crença".
Crítica completa aqui: http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/10/critica-broken-circle-breakdown-2013.html
O Tempo e o Vento
3.6 453 Assista AgoraSurpreendente e majestoso, um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos.
Minha crítica completa aqui: http://artecinemaarte.blogspot.com.br/2013/10/critica-o-tempo-e-o-vento-2013.html
Paraíso: Esperança
3.4 29 Assista AgoraFinalizo a trilogia do paraíso com um certo carinho pelo trabalho do diretor Ulrich Seidl.
Assim como os dois primeiros, trata-se de um filme para poucos. Despretensioso, o filme traz como personagem central dessa vez a garota Melanie, que aparece nos dois primeiros trabalhos de forma rápida e sem aprofundamentos.
Sua câmera estática, sua narrativa crua e sem rodeios, e as atuações frias são características marcantes desse que, para mim, é um dos diretores mais corajosos e originais da atualidade.