Inferno é mais um daqueles filmes que são julgados pesadamente, apenas por pertencerem ao grupo de obras que foram adaptadas de livros ou similares. Convenhamos que o filme não é tão ruim como sugerem, ok, aceito que não temos aquela obra prima, e que este longa-metragem acabou deixando um pouco a desejar, principalmente por não apresentar um trabalho de embasamento histórico mais amplo, já que sua premissa é primorosa nesse aspecto. Veja bem, entendo essa visão e confesso que foi um tanto frustrante, mas o que quero dizer, é que ainda assim, temos um longa-metragem que apresenta uma trama interessante o suficiente para garantir o envolvimento do espectador até o seu desfecho.
Sim, querendo ou não, Inferno tem seus pontos positivos, é um filme que sabe pescar o interesse daquele que o assiste, além disso, tem um elenco internacional liderado pelo eficiente Tom Hanks, este que realizou até aqui um trabalho muito competente na construção do seu personagem, o professor Robert Langdon. Tudo bem que, especialmente para esse filme, a parceria com a sua versão feminina mais jovem, a Dra. Sienna Brooks, interpretada por Felicity Jones, acabou não indo tão bem. Não penso que tenha faltado química, mas acredito que foi pouco convincente a construção do personagem dela e a maneira com que a relação entre ambos se desenvolveu, a verdade é que soou algo bem artificial e pouco convencedor. Como já dito, temos no filme um elenco estrelado e internacional, aliás, todas escolhas acertadas, vai da Dinamarca, passa pela Índia, França, Reino Unido e termina com a romena Ana Ularu, que interpreta a obstinada Vayentha, e isso deu uma química muito bacana. Entendo quando dizem que o filme poderia ser melhor, sim, poderia, diria até que este Inferno para ser quente, faltou muito, em contrapartida, também temos uma obra que não esfria em nenhum momento, e que entrega uma trama misteriosa que consegue envolver o espectador até o seu final. Um filme correto. Este pode não ter sido o filme definitivo e eletrizante sobre os contos de Dan Brown, mas uma coisa é certa, é uma obra que apresenta um resultado agradável, e que me parece antes de qualquer coisa, mais uma vítima do famoso preconceito contra filmes baseados em obras literárias.
Momentos:
“Nada muda o nosso comportamento como a dor. Talvez a dor possa nos salvar.”
“Os maiores pecados da história da humanidade foram cometidos em nome do amor.”
Esse é daqueles filmes que você não pode assistir sem uma prévia preparação. Confirme que não irá receber nenhuma visita e organize tudo, de forma que, não seja interrompido de maneira alguma durante o tempo de exibição do longa-metragem. Faça isso e certamente não se arrependerá, já que por conta da história redentora exibida por esta obra, dificilmente você não será tomado pelos mais diversos sentimentos e sensações, e cá entre nós, sentimento é algo para ser sentido e não interrompido.
Como o próprio nome sugere, Estrelas Além do Tempo é um filme que conta a história de pessoas que foram além, portanto, vocês podem dizer muitas coisas sobre esse filme, que ele é clichê em alguns momentos, que ele segue um formato ou até que não foge do padrão, mas quando fizerem isso, não esqueçam também de dizer que essa é uma obra poderosa e que conta uma história de mulheres igualmente poderosas, e que foram além do seu tempo. Não as esqueçam, como a história igualmente o fez.
Estrelas Além do Tempo é uma obra gostosa de ser assistida, e que possui todos os elementos que um filme biográfico deve obrigatoriamente possuir, ele é corajoso, bem-humorado quando possível e sim, é também muito reflexivo e inspirador.
Momentos:
“- Pode ir à Lua e voltar com isso. - Menos ir a um outro banheiro.”
“-O que quer aqui? -Um livro. -Há livros na seção dos negros. -Não tem o que estou procurando. -É assim mesmo.”
“É isso aí. Chega de banheiro de negros. Chega de banheiro de brancos. Apenas simples toaletes. Vá aonde desejar. De preferência, perto da sua mesa. Aqui na NASA, urinamos a mesma cor.”
Acho essa obra muito intrigante, principalmente porque dos filmes dirigidos por M. Night, talvez este A Visita seja o longa-metragem que exibe com mais clareza a forma com que o cineasta indiano enxerga o mundo. Essa obra pode ser meio doidona e vagarosa em alguns instantes, mas é inegável o quanto é boa e incomum a fórmula adotada pelo filme, que consegue entregar uma surpresinha no final e ainda transmite uma grande e significativa mensagem. Boa sacada do indiano.
Além de uma reflexão final muito franca e verdadeira, esse filme proporciona um desafio impossível de ser vencido, duvido que alguém assistiu essa obra e não pensou uma única vez: "essa coroa é muito louca." Hahahahaha Só o doido do M. Night para realizar um filme igual a esse.
Momentos:
“As pessoas vão embora. Porque gostam de outras coisas. ”
“Ótimo! O vovô tem esquizofrenia, e a vovó vira o Michael Myers ao anoitecer! ”
“Você quis que eles me perdoassem, Becca. Não precisava fazer isso, fofinha. Me perdoariam quando eu quisesse......por favor, não guarde rancor. ”
Baby Driver é um filme de ação emblemático, daqueles que possuem algo mais do que cenas bacanas de perseguição, porradaria e tiro. Trata-se de uma obra aprazível, diferenciada e que certamente vai agradar os amantes de uma boa música. Sua composição visual e sonora é conduzida de uma maneira bem criativa e muito competente. Chegaria a dizer que se trata de um filme sobre bandidos, mas que possui certa sensibilidade, que é notada principalmente pela forma em que a música interage com as cenas do filme, ela é quase um personagem do elenco, algo que certamente foi poucas vezes ou nunca visto na história dos filmes deste gênero.
Some a isso uma pitada de romance, uma mocinha com um belo sorriso, um protagonista carismático e dois monstros oscarizados, e bingo, já poderá imaginar que estará diante de um filme de ação representativo. Uma obra daquelas que quando termina, você dá uma boa respirada, assimila tudo o que assistiu, e vai em busca daquele CD do Queen na estante, justamente para dar uma boa agitada no seu fim de tarde. Essa obra definitivamente deixa claro que poucas coisas são melhores do que um bom filme e uma boa música, agora imagine esses dois unidos em um longa-metragem, pois é, Em Ritmo de Fuga é exatamente isso: a fusão entre o bom filme e a boa música.
Momentos:
"-Não, Doc. Quero dizer, ele é retardado? -Retardado significa lento. Ele foi lento? -Não. -Então, não me parece retardado."
"Tive que cuidar da minha mãe, quando ela ficou doente. Pode parecer difícil agora, mas depois que se vão, você sente falta de alguém pra cuidar."
"Olha, é o seguinte: vocês roubam pra sustentar suas drogas. Eu me drogo pra sustentar o hábito de roubar."
Estranha, no mínimo estranha essa estreia oficial do dark universe. A Múmia não é um filme completamente ruim, mas está muito aquém do longa-metragem que poderia causar o choque esperado pela Universal, e com isso, despertar o interesse do público pelo ambicioso projeto de universo compartilhado do estúdio.
A obra é muito bem produzida e tem até boas referências, mas o filme em si não agrada o suficiente, além disso, o longa-metragem não tem um ritmo muito bom e seus argumentos são pouco convincentes. A impressão que a A Múmia deixa, é a daquele filme que se preocupou em entregar uma premissa para o universo estendido, mas que simplesmente esqueceu de apresentar algo minimamente aceitável. O que podemos dizer é que, infelizmente, a expectativa ficou guardada para o próximo filme desse universo, se é que vai haver outro, já que além de não impressionar o suficiente, o filme parece ter sido um grande fiasco nas bilheterias, e o pior, excluindo a bela e sinistra Múmia interpretada por Sofia Boutella, a verdade é que a obra não deixou muita coisa que pudesse ser eternizada na mente do espectador.
Momentos:
Curti a Múmia representada por uma mulher, assim como a sustentação da sua história, mas dali em diante, a coisa se perdeu.
“A morte é o portal para uma vida nova. Vivemos hoje, viveremos novamente. De várias formas, voltaremos. " Oração Egípcia da Ressurreição
“-Nick, ela está na sua cabeça. -Como assim? Isso é ridículo. Porque eu .... ...... Eu voltei direto para ela!!! Meu Deus, ela está na minha cabeça.”
“É, o mal é uma doença. Uma infecção pestilenta e pustulenta que penetra em nossa alma. O mundo precisa de uma cura. O senhor pode ser essa cura.”
Annabelle 2 é um bom filme de terror e que faz um uso muito correto dos truques de câmera popularizados por James Wan. É um filme com uma premissa aceitável, bons momentos de tensão e crianças muito corajosas: tem criança que puxa assunto com criança morta, tem criança que tira uma soneca com o capiroto por perto, enfim, tem de tudo. Essas meninas definitivamente não são da geração Nutella, ou simplesmente sairiam da situação com as calcinhas borradas.
Achei muito respeitoso o encaixe da história desse segundo filme com o antecessor, bem digno da escolinha James Wan de filmes de terror, onde antes de tudo, é essencial o respeito com o espectador. Annabelle 2 é um filme de terror com uma boa formatação, afiado e em boa forma. Sua nota negativa vai para algumas tomadas de câmera nos momentos de tensão, já que pareceram repetitivas e realmente cansaram um pouco e se tornaram previsíveis em determinados momentos, principalmente para aqueles familiarizados com os filmes dessa equipe de produção, contudo, nada assim tão comprometedor, já que a obra apresenta uma trama bem polida para um filme de terror, sabe manter a tensão em dia e é garantia de apreensão até o fim. Vale a conferida.
Momento:
“Queria permissão para entrar na boneca e poder ficar com a gente para sempre. Nós dissemos que sim, e a coisa foi crescendo.”
Capitão fantástico é um filme do bem e do alto astral, é uma obra que celebra a vida. Admiro filmes que apresentam histórias com essas características e que não fogem da realidade. São filmes que vão além, redentores e que com frequência deixam exemplos a serem seguidos.
Capitão Fantástico também dispensa comentários na parte técnica, seu elenco e fotografia são tão formidáveis quanto a trama que o filme apresenta, ele é tão oportuno que também proporciona uma observação das mais pertinentes sobre o encontro de culturas. O filme é genial, bonito e repleto de instantes que, de tão encantadores que são, se tornam eternos em nossas mentes, dois desses exemplos foram a cena da explanação de Zaja sobre a declaração dos direitos e a cena da fogueira ao som de Sweet Child O' Mine, certamente foram dois momentos que estão entre os mais lindos que já presenciei em um filme. Além disso, a obra vai do humor ao conhecimento geral com a mesma facilidade que entra em um lar para encantar a pessoa que o assiste. Não perca tempo, corra e veja essa obra já, e receba a sua merecida dose de encantamento e vida. Diria que pelo menos uma vez durante a sua existência, todo ser merece assistir um filme como esse, é como uma benção.
Momentos:
“A democracia é uma das luzes mais claras da justiça social na história da humanidade. Mesmo assim, a maioria dos cidadãos ocupa-se de compras frenéticas como forma primária de interação social.”
“Quando se trata de algo fora de um livro, não sei nada de nada!”
Ainda que esse O Chamado 3 não tenha o potencial dos seus antecessores, confesso que foi bacana ver a nossa amiguinha cabeluda de longa data eliminando uns curiosos novamente.
Quanto ao filme, infelizmente não é isso tudo, vale mais pela nostalgia do que qualquer outra coisa. Sua história, apesar de estar conectada com os outros dois filmes, é empurrada de qualquer jeito e sem maiores explicações sobre como e porquê as coisas acontecem. O destaque vai todo para a beleza da Matilda Lutz e para a diva Samara, que dessa vez eliminou pouca gente na tela, mas ainda assim, continua boladona e assustadoramente encantadora. Vida longa à essa maravilhosa menina.
Momentos:
"Ter uma visão não significa saber o que a visão representa."
"As nossas almas são eternas, e quando morremos, o espírito busca uma nova casa."
"-Como deve ter sido? Ser temida por todos que deviam amar você. -Nem todos. Você nunca teve medo dela."
Esse longa-metragem é coisa de gênio, ele consegue ser improvável e de tudo um pouco. Tudo bem que o normal não me cativa, mas essa obra exagerou, pegou pesado. Que filme maluco, que filme bom. Quando você percebe o que está rolando, isso lá para depois de meia hora de filme, não tem como não pensar que você está diante de uma obra emblemática, de algo diferente de tudo o que você já viu, e não tenho outra palavra para definir, esse é um filme dos bons, daqueles que você nunca mais vai esquecer.
O Predestinado faz parte daquele pequeno grupo de filmes que não te enrolam com palavras difíceis ou relações complicadas, que são muito comuns em filmes de difícil interpretação e que estão ali apenas para tornar a história do longa sugestiva, esse não, ele não é esse tipo de filme, ele está além, ele é diferente, ele é grandioso, e por incrível que pareça, não é nada subjetivo. Está tudo ali. Que filme do cacete! Sua trama astuciosa beira à loucura e genialidade, e vou te falar, é um flete dos bons. Não é difícil compreender sua história, mas entendê-la por completo pode ser um tanto complicado, o que muito provavelmente vai requerer uma atenção maior, para que o espectador consiga amarrar todas as pontas.
....e isso lá na procura do Robertson, até o nascimento do terrorista, sua morte, a explosão da bomba (sim, ela explode de qualquer jeito) e voltemos ao Robertson, isso tudo para perceber que o fdp tem uma autossuficiência bizarra. Quem é Robertson? Pois é .....rsrsrs
Vou ser bem sincero, só assista esse filme se sua atenção estiver em dia. Não o assista se brigou com o namorado (a) ou se teve um dia ruim no trabalho, espere alguns dias. Essa obra me lembra uma definição, que já li em algum lugar e não me recordo de quem é, e que diz o seguinte: tudo o que você entendeu e que não consegue explicar de uma maneira simples, não foi completamente compreendido. Partindo desse ponto, conclui que entendi o que acontecia no filme, mas pela dificuldade de explicar o ocorrido, vi que não tinha entendido todas as passagens, e foi assim que tomei a decisão de assistir novamente. O que posso dizer é que não me arrependi e que foi uma experiência ainda mais grandiosa, e que altamente recomendo, portanto, assistam esse filme duas vezes.
O Predestinado é, sem sombra de dúvidas, um filme incrivelmente amarrado em todos os sentidos, e certamente, é o detentor de um dos protagonistas mais autossuficientes da história do cinema, e isso não é coisa pouca. Impressionante, nada nele é sugestionável. Acredite, parece louco o que vou dizer, mas, tem filmes que foram feitos para serem assistidos se deliciando com pipoca e um guaraná bem gelado, este não, o Predestinado é daqueles poucos filmes para serem assistidos com o foco em dia e isolado do mundo, e pode confiar, o faça dessa maneira e valerá muito mais a pena. Bom filme!
Momentos:
“Você é o que é graças a mim. Você fez quem em sou. É um paradoxo, certo? Mas não pode ser.”
“Você sabe quem ela é. E sabe quem você é. E talvez agora esteja pronto para saber quem sou. Eu também a amo. ”
Excelente longa-metragem de drama policial que ficou um tanto esquecido por muitos. Ele não tem aquela purpurinada toda, é tiro de realidade na testa o tempo todo, é literalmente uma obra de como a vida é. Talvez, este seja um dos melhores filmes com o Kurt Russel, e muito possivelmente o mais contemporâneo, o que diga-se de passagem, é até um pouco assustador. Se ainda não o assistiu, está perdendo tempo, porque esse longa é detentor de uma história muito bem contada, que infelizmente, insiste em ser atual e atravessar gerações.
Momento:
Michael Michele e Khandi Alexander = lindas
“Bobby, se você cair, eu caio. Se eu cair, Jack cai. E Jack não vai se dar mal. Tenha fé no sistema.”
A Torre Negra é daqueles filmes interessantes e de contrastes bem evidentes, se por um lado é uma obra bem produzida e impecável no aspecto visual, por outro, deixa a desejar na construção dos personagens e na estruturação da sua trama. O filme é até correto, vai direto ao ponto, mas faz isso sem construção e quase nenhuma preparação, o trabalho de desenvolvimento dos seus personagens foi praticamente sofrível, e o longa-metragem acaba deixando uma impressão estranha, a impressão de que poderia dar mais, que poderia ser melhor e mais encorpado.
Não é preciso dizer, mas vamos lá, por conta de suas escolhas, a Torre Negra acaba entrando para a galera de filmes bonitos de fantasia que são vitimados por suas péssimas execuções, aqui ela conseguiu simplificar uma grande história e, por não apresentar uma introdução aceitável, acabou também assassinando o carisma dos personagens, uma autêntica bola fora nesse sentido. É difícil aceitar, mas, nem o excelente pistoleiro apresentado por Idris Elba, ou o homem de preto interpretado com maestria por Matthew McConaughey, foram capazes de driblar o roteiro esvaziado apresentado pela obra. Só nos restar torcer para que essa história tenha no futuro uma produção e execução mais digna, porque o que foi exibido até aqui, foi apenas suficiente para conduzir uma obra com potencial latente, à galeria de filmes medianos de fantasia. Segue o jogo.
Momentos:
"Eu não atiro com a minha mão. Aquele que atira com a mão esqueceu o rosto do seu pai. Eu atiro com a minha mente. Eu não mato com a minha arma. Aquele que mata com a arma esqueceu o rosto do seu pai. Eu mato com o meu coração."
O filme não é ruim, mas antes de tudo, é preciso comentar um fato: ele não entrega o que sugere. Não se trata de um filme de guerra, há pouquíssimo disso no filme. É estranho dizer isso, mas o longa preferiu focar no padrão faroeste durante um bom tempo de execução, dando ênfase ao drama pessoal vivido pelo símio protagonista, e a sua caçada em busca de vingança. Até aí ok, só que essa decisão enfraqueceu o filme filosoficamente, já que o afastou de temas como a diferenciação de raças e a perseguição que a classe dominante impõe à outra. E, nesse sentido, confesso que esperava por uma experiência mais abrangente, tanto como um filme de ação e/ou como uma obra mais profunda com relação ao conteúdo sugerido, já que o longa-metragem tem um tema forte e propício para essa exposição de visões, sua premissa então nem se fala, mas os produtores parecem ter optado por uma compilação mais branda e pessoal dos fatos. O resultado é bem previsto, sobra emoção e falta intensidade. Uma pena para aqueles que esperavam um debate mais amplo acerca da diferenciação de raças.
A verdade é que nem todas as escolhas foram ruins, se por um lado, o longa-metragem se afastou de um debate mais amplo sobre diferenciação de raças, por outro, a obra ganhou muito em referências, e temos para todos os gostos: faroeste, filmes de guerra, holocausto e até uma semelhança com Moisés e sua terra prometida. Nesse aspecto, realmente temos uma experiência engrandecedora, já que essas passagens sugeriram, todas no momento certo, um filme mais emotivo. Tecnicamente diria que o filme é impecável, só deixou realmente a desejar no aspecto ideológico e no conflito de ideias. Esperava por um desfecho que fosse algo mais parecido com um soco no estômago da humanidade. Confesso que nesse aspecto, a obra foi um tanto decepcionante para mim.
Enfim, de maneira geral, espere por um filme morno como obra de ação, bonito no aspecto visual, mais emotivo e menos profundo ideologicamente. O Fato é que, temos um filme redentor que foge da polêmica como o capiroto corre da cruz, e dói dizer isso, já que o filme é legalzinho e tinha lenha para queimar sobre o assunto, mas, infelizmente dessa vez, Caesar e sua turma optaram por um filme muito sugestivo e emotivo, e ficaram nos devendo um longa-metragem mais chocante, encorpado e conflituoso.
Momentos:
"Humano fica doente. Macaco fica inteligente. Aí humano mata macaco."
"Eu demonstrei compaixão quando poupei seus homens. Eu te ofereci paz, e você matou minha família."
Confesso que em filmes de ação, acho muito maneiro quando uma mulher desce a porrada na galera, todavia, melhor ainda, é quando essa mulher faz isso com estilo e com boa música para acompanhar. Não preciso nem dizer que Charlize Theron brinca nesse filme, ela deita o cabelo, ela é foda e leva muito a sério o seu trabalho. Em Atômica, nossa musa sul-africana interpreta uma espiã que é daquelas mulheres que parecem ser boas em tudo, e é, ela extermina com tiro na cabeça, desce o cacete em geral com uma corda, com um molho de chaves e ainda arruma tempo para um romance com uma gata francesa. Que mulherão da porra ! Filme de ação é isso aí galera, e ainda tem uma sequência no prédio que é do cacete, já que são cerca de dez minutos de porrada sem cortes, muito doido, até esqueci do competente James McAvoy no filme. hahahaha
Esse longa-metragem tem muita porradaria boa, mas é preciso dizer que é mais do que uma obra de ação, é também um baita exemplo sobre o que deve ou não ser feito, quando o assunto é fidelidade. É muito sobre o que diz Bremovych durante uma passagem no filme: Muito impressionante. Dedicação. Lealdade. São raridades hoje em dia.
Momentos:
"É um prazer duplo enganar o enganador. " Nicolau Maquiavel
Clásssico !!! Não tenho outra palavra para definir essa comédia antológica. Esse filme é definitivamente um dos mais engraçados da história, e um daqueles que tem a honra de nos apresentar um Jim Carrey na sua melhor forma, que nessa obra, simplesmente deslumbrou como o eterno detetive de animais: Ace Ventura. Como esquecer Ace e o seu caminhar emblemático todo estiloso, esse Jim Carrey é foda, só falando assim.
O filme é um espetáculo de momentos divertidos, e isso do início ao fim, como não morrer de rir já nos momentos iniciais, quando ele nos mostra como os carteiros brasileiros tratam nossas encomendas e já no fim, quando sai na porrada com um dos mascotes. Sensacional !!! Uma hora e meia de gargalhada. Ficaria aqui dias e dias, relembrando cenas hilárias dessa comédia épica. Jim Carrey é um gênio, e esse filme é inesquecível.
Momentos:
"-Meu Deus. Meu Deus. Três vezes. -Desculpe, isso nunca aconteceu antes. Deve ser o cansaço. (uma breve pausa) Tudo bem , estou pronto de novo."
A história em que o filme se baseou é genial, coisa muito interessante mesmo, e essa adaptação tinha tudo para brilhar em um nível parecido, principalmente por conta da premissa do livro, que tem muita relação com os temas preferidos de Tim Burton, mas, infelizmente, excluindo o impecável aspecto visual, diria que o longa-metragem, de modo geral, ficou devendo e apresentou severos problemas de regularidade e execução.
Antes de tudo, temos que deixar uma coisa bem clara, este filme não é completamente ruim, ele tem uma boa pegada e cumpre bem sua premissa, que é a de nos guiar para um mundo fantástico, contudo, possivelmente vitimado pela diferença gritante entre os atos, podemos dizer que, do meio para o fim, talvez tenha acabado o combustível criativo dos seus idealizadores. Prova disso, é que parece que temos dois filmes, um em Gales e outro em Blackpool, o curioso é que o longa-metragem é incrivelmente mágico em Gales, com um ritmo excelente e com passagens bem conduzidas e explicadas, já em Blackpool, a história é outra, e o filme parece desandar severamente, principalmente após o primeiro encontro entre Jake e Mr. Barron, e é justamente nesse momento, que o filme meio que desanda e acelera de uma maneira desnecessária, e quase que automaticamente, atira no lixo todo o encanto conquistado. Também achei que a origem dos personagens poderia ter sido melhor trabalhada, isso facilitaria o trabalho no segundo ato, já que teríamos desenvolvido um carisma maior pelos personagens, mas sei lá, prefiro acreditar que acabaram optando pelo humor no ato final, uma evidência disso, é que desconstruíram muito rápido o visual assustador conquistado por Mr. Barron no primeiro ato, ele parecia e era assustador, mas no segundo ato ele se assemelha mais a um Senhor Wilson tentando dar conta dos seus “Dennis, os Pimentinhas”, lamentável.
Parece impreciso dizer isso, mas essa obra conseguiu estimular em mim reações muito dissonantes, temos um filme cinco estrelas por tudo que foi exibido em Gales, e um filme duas estrelas por conta do desenrolar dos eventos em Blackpool. Não sei, mas, talvez tenha faltado um tanto de equilibro e paciência ao emblemático Tim Burton, e quem parece ter pago o preço por isso, foi Miss Peregrine e suas crianças peculiares.
Momento:
“Já teve a sensação de que nada do que você faz importa? Você deixa pegadas na praia, e amanhã elas sumiram.
Homem-Aranha: de volta ao lar é um filme divertido e movimentado, como praticamente todos os longas que envolvem super-heróis. Sua principal diferença para os outros filmes da Marvel, é que por ser um filme sobre Peter Parker, acaba tendo uma pegada de humor mais juvenil, e especialmente para este filme, trouxeram para a tela do cinema uma comicidade diferente de tudo o que já vimos com referência ao herói aracnídeo, e isso é bom, apesar de incomodar alguns, é sempre bom ver coisa nova, principalmente em filmes de super-heróis.
Confesso que achei o resultado do filme positivo, pode não ter a minha pegada de humor preferida, mas é coisa nova, e o novo me atrai, e é bem verdade que a obra está longe de ser ruim. O humor utilizado no longa é ágil, assim como as cenas de ação, que nem preciso dizer, são muito interessantes. Talvez o único problema desse longa tenha sido o número de personagens abordados, apesar de ser uma obra extensa, o filme acaba entregando muitos arcos com desfechos pouco convincentes. Essas conclusões, certamente, deixaram este longa um tanto afastado do nível de qualidade dos melhores filmes de heróis que já passaram pelo cinema. Seu maior problema não foi nem essa nova repaginada que deram no herói aracnídeo, a vida é assim, alguns vão gostar, outros não, mas alguns personagens do filme deixam a impressão de um vazio existencial em muitos momentos. Esse desequilíbrio de tempo de tela entre os personagens fatalmente contribuiu para um filme bipolar, ou seja, um longa que é divertido, mas que não entrega com esmero todos os arcos os que promete. Veja bem, o filme acerta nas breves aparições de Tony Stark e que nada ofuscam o nosso querido Aranha, mas, por exemplo, como compreender a motivação de um personagem divertido como a Zendaya? - Por conta dessas conclusões, o resultado da obra, que é até previsível, acabou sendo o de um filme divertido, mas que esteve longe de ser a obra definitiva sobre o Cabeça de Teia.
Momentos:
“Querem saber. Vamos ficar com isso. O mundo está mudando. É hora de nós mudarmos também. ” (Nascimento do Abutre)
“Se você não é nada sem o uniforme, então nem deveria ficar com ele. ”
O Estranho Que Nós Amamos é um filme clássico que não faz firula. Ele é aquele exemplar de filme que está longe de hipocrisias, e que definitivamente, não nasceu para atender um determinado gosto. É um filme nu e cru, e que deixa duas mensagens claras: nunca brinque com o coração de uma mulher, e elas preferem os canalhas. Sua sinceridade com o espectador é experimentada em cada cena, em cada ato, que se torna tarefa fácil entender como essa obra se tornou contemporânea e grandiosa em todos os sentidos. Nada melhor do que um filme que conta uma história sobre como as coisas realmente são. Isso sim, é o que torna um filme diferenciado, ao menos para mim.
Diria que para um filme de 1971, o Estranho que nós amamos soube ir ao seu limite, sendo sensual, picareta, polêmico e revelador até o ponto certo. A história em torno do filme é considerada até simples, já que tudo meio que se desenrola, quando em tempos de guerra, mulheres de um colégio para garotas recebem a “visita” inesperada de um cabo picareta, inimigo, atraente e ferido. Dito isso, adicione um pouco de carência, passado não revelado e desejo enrustido nas residentes, e pronto, temos ingredientes suficientes para que surjam tretas sem fim entre as abrigadas, e com essa premissa, o longa-metragem simplesmente deslumbra, já que o seu maior segredo não é a sua história, mas como ela se desenrola.
Como já dito anteriormente, não é preciso muito para entender o deslumbre provocado por este clássico, que é justificado principalmente pela sua franqueza e pela maneira com que aborda os conflitos despertados nas residentes, originados por conta da presença do cabo canastrão bom de papo. É interessante observar como ele encontra a fraqueza de cada uma das mulheres, e a explora com muita naturalidade. Não há romantismo, negócio é na carne, é literalmente no osso, do conflito ideológico com a escrava, até o sentimento fraternal despertado em Amy, cada ato é uma pendência sentimental incomum que o cabo desperta e não sabe ou não pretende resolver. Confesso que é muito prazeroso assistir esse despertar de desejo sufocado, ingenuidade e hipocrisia de cada um, e o mais hilário, tudo despertado por um embusteiro vistoso, que é óbvio, irá aprender da pior maneira que não se brinca com o coração de uma ou muitas mulheres.
O filme é danado de bom, assista, ele relata basicamente a chegada de um homem envolvente e picareta à um ambiente lotado de mulheres, cada uma com uma necessidade que ele diz que irá suprir. Um trapaceiro atraente no meio de muitas damas. Deu para imaginar o tamanho de conflitos que se desencadearão nesse filmão? Corra para assistir, que a treta é certamente das boas.
Momentos:
"Parece que o cabo está influenciando todas nós."
"Se essa guerra continuar por muito tempo, vou até me esquecer que sou mulher."
A cena em que Clint Eastwood, com uma cara de sacana, reflete sobre as mulheres e os seus beijos, e em seguida decide em qual quarto irá passar a noite, é definitivamente, uma passagem memorável desse filme e na história do cinema. Que cena !!! hahahaha, risadas impagáveis foram dadas nesse momento.
Gosto do tipo de filme que mostra as coisas como elas são. Não é preciso deixar de romantizar , mas é interessante quando uma obra exibe a fraqueza da carne, a fragilidade humana nua e crua, e felizmente, essa obra pertence ao grupo citado.
Temos um filme que poderia, sim, ser um longa-metragem mais chocante, mas a verdade é que, se por um lado temos uma obra que poderia ser mais conflituosa, temos também uma obra que exibe com contundência a fragilidade de nossos sentimentos, e o que ansiamos por oferecer diante de tamanha incitação.
A obra, é bem verdade, tem uns saltos entre um ato e outro que provocam estranheza, mas nada disso tira sua eficiência e funcionalidade. O filme é bem bonito e é exibido de uma maneira muito franca com o seu espectador, sentimos o pulsar dos corações, a impulsão da curiosidade rumo ao desconhecido e a mente funcional maliciosa que toma lugar da mente ociosa. Tudo está ali e muito bem distribuído, é um filme da carne, e sentimos isso em cada cena, a cada atração, desejo ou impulso curioso de cada um dos personagens. O mais interessante é observarmos, de acordo com a experiência de vida de cada uma das personagens, como cada uma reage à mesma tentação de maneira diferente, e como podemos ser vítimas do que desejamos, digo, até mesmo as crianças, elas também reagem de uma forma, ainda que não tenha atração sexual envolvida.
O filme é bom, não achei arrastado, e também deixa uma mensagem clara: não brinque com o coração de uma mulher. Negócio aqui não é sobre um romance idealizado, é sobre como as coisas realmente são. Felizmente, O estranho que nós amamos é um filme que conta uma boa história, e está longe de ser um longa-metragem composto apenas por belas mulheres.
Momentos:
“Parece que a presença do soldado está nos afetando.”
“E podíamos discutir sobre a prática da compaixão, e o que mais podemos aprender com sua presença aqui.”
“Coragem nada mais é do que fazer o que é necessário na hora certa.”
O curioso nesse filme é que a história, apesar de louca, até que faz sentido.
Parece que ele foi concebido em um final de semana em que a galera se reuniu, fumou uma erva e decidiu fazer um filme sem pé e nem cabeça. Imagine um filme que tenha uma sequência com o Bruce Willis sessentão e andando de skate pelado no meio da rua. Pois é, esse filme existe e tem isso nesse longa-metragem. Que porra de filme zoeiro. Tá amarrado.
Momentos:
"Nunca se meta com o cachorro de um homem!"
"Disseram que pareço com o Roger Daltrey jovem, se ele passasse muito tempo com computadores."
É uma pena, mas vamos ser claros, a verdade é que a cada filme fica mais evidente o desgaste da fórmula dessa franquia. Os Minions continuam engraçadinhos, o Gru, a Lucy, a Agnes e as suas irmãs continuam todas apaixonantes, cada uma ao seu jeito, mas, não sei, algo precisa ser feito, a fábula de Gru e seus Minions precisa de uma reinvenção para ontem.
O filme até traz boas novidades, temos um vilão divertido e incomum, que por conta do seu bom gosto musical oitentista, acaba impulsionando uma excelente trilha sonora, mas só isso não foi suficiente. A verdade é que Meu Malvado Favorito 3 é divertido, mas traz poucos elementos inovadores para a telona, o irmão mala do Gru definitivamente não colou, e além disso, sua trama é pobre e com uma motivação muito fraca. Não é que esse terceiro volume não divirta, sim, ele diverte, mas é um tanto decepcionante observar sinais alarmantes de desgaste na franquia. MMF3 ainda arranca sorrisos, mas é um tanto desequilibrado e deixa, em muitos momentos, uma impressão impagável de que Gru e sua turma mereciam uma história mais emocionante e bem elaborada.
O Bebê de Rosemary é um baita clássico do gênero e um filme concebido com extrema sabedoria e ousadia, mas sejamos sinceros, tem lá os seus problemas de continuidade.
Vamos começar pelas coisas boas, o filme além de ser um suspense dos mais cabulosos, é bem eficiente quando se envereda sutilmente em diversas tratativas, de forma que podemos concluir que tal ambição, praticamente o tenha tornado uma obra contemporânea. Perceba que estamos falando de um filme da década de 60, que inclui temas como o preconceito religioso, a submissão conjugal e a invasão de privacidade, e esses foram só alguns pontos de destaque, já que tudo é abordado através de diálogos bem interessantes e passagens planejadas com muito esmero. O que temos é uma autêntica e ousada bola dentro de Polanski.
Mas, como, em muitos casos, menos é mais, diria que o longa exagera em algumas dessas abordagens e acaba se alongando demasiadamente, apresentando com isso, uma continuidade um tanto desequilibrada, o que ao meu ver, acabou tornando o filme desinteressante em muitos momentos. O resultado dessa ocorrência é que a obra acaba colecionando passagens desnecessárias, algumas dessas, como já disse, confesso que foram extremamente cirúrgicas, mas as demais, infelizmente formam um excesso de cenas que apenas tornam o filme excessivamente longo. Infelizmente, trata-se de uma ocorrência com força suficiente, para despertar uma sensação de insatisfação em espectadores mais impacientes. Ainda assim, é importante compreender que, se existe algo difícil nessa vida, seria conseguir agradar à todos. O fato é que, ainda com esse incidente, o resultado final é o de uma obra grandiosa que é ato obrigatório para todo amante de filmes do gênero.
Momento:
"- Nenhum Papa visitaria uma cidade cujo jornal está em greve. - Soube que ele vai esperar que acabe. - Isso que é showbiz. - É mesmo. As roupas, os rituais…Toda religião é assim."
Carros é uma franquia muito interessante, pode parecer ingênua e coisa apenas de criança, mas me desculpe os mais "velhos", definitivamente, não é. As histórias de superação existentes nessa animação são pura cativação e muito engenhosas. Não tem um único filme ruim, um pode ser melhor do que o outro, mas todos os filmes são muito legais e conseguiram um lugar muito especial no meu coração.
Em Carros 3, para a nossa alegria, é usada a mesma fórmula cativante dos seus antecessores, e que diferentemente de muito do que ocorre no filme, não está batida. Seria inclusive capaz de dizer, que há algo único e engenhoso nas passagens e nos personagens dessa franquia, não sei, poderia ser o carinho com que foram idealizados, mas a verdade é que tem que ser muito ranzinza para não gostar, por exemplo, do Mate, e de todos os personagens cativantes originados à cada novo filme. O exemplo perfeito nesse terceiro filme é a Maria Busão, como não gostar desse interessantíssimo ônibus escolar, simplesmente genial, e dessa vez, como cereja do bolo, temos Cruz Ramirez e McQueen formando uma parceria genial, e para quem adorou os dois longas anteriores, esse filme ainda é uma baita homenagem ao eterno Hudson Hornet, vulgo Doc Hudson. É muita genialidade. Só posso desejar que Carros tenha vida longa, já que sempre foi uma das poucas e boas animações que me fizeram derramar lágrimas.
Momentos:
"Motivação é tudo, Sr. McQueen. Pode-se usar qualquer coisa negativa como combustível para tornar positiva."
"Sou mais que rápido, mais do que veloz. Eu sou a velocidade."
Corra! é simplesmente sensacional. Ele é o tipo de filme que representa aquele prato de comida que tem de tudo um pouco. Sabe ser filme de terror, de comédia, de racismo, de fantasia, de preconceito, de mistério e de realidade. Confesso que é bem interessante observar como ele é um filme de terror que trata de tantas coisas, mas que se destaca principalmente quando mostra como as pessoas, quase sempre de maneira velada, lidam com a questão da raça. Ele praticamente brinca de impressionar e mostrar como o racismo é assustador. Equiparar algo demoníaco ao racismo ou à "paranoia" de um afrodescendente, e a maneira como isso foi idealizado, foi, talvez, uma das tacadas mais geniais existentes em filmes do gênero.
O resultado obtido, obviamente, é o de uma obra corajosa que agrada os mais variados tipos de espectadores, e que levanta temas que deveriam ser debatidos abertamente, para que essa hipocrisia sobre raças termine de uma vez por todas. Ele é definitivamente leitura obrigatória e um dos filmes mais formidáveis e criativos de 2017. Se ainda não o viu, vá correndo assistir.
Momentos:
“O que eles têm de diferente daquele guarda? É isso que me irrita.”
“-Ela tem razão, eu errei. -É garoto. Vai se acostumando a dizer isso.”
O filme, apesar de um tanto óbvio, é uma gracinha cinematográfica e um sopro de vida e amor na alma. Apresenta algo previsível, mas sensibiliza como poucos. Seus personagens são cativantes e inspiradores, daqueles que te carregam com facilidade para um mundo de fantasias. Veja bem, o maior pecado de um filme romântico não é a previsibilidade, é não cativar o coração, e para a nossa satisfação, esse filme envolve o espectador mais do que o suficiente. Impossível assistir essa obra e não se sentir mais reflexivo, leve e entusiasmado. Grande Filme.
Momentos:
"-Você está bem? -Não quero entrar ainda. Só quero ser um homem que foi a um concerto com uma garota de vermelho. Só mais alguns minutos."
“Sabe de uma coisa, Clark? Você é a única coisa que me faz querer levantar de manhã.”
Inferno
3.2 832 Assista AgoraInferno é mais um daqueles filmes que são julgados pesadamente, apenas por pertencerem ao grupo de obras que foram adaptadas de livros ou similares. Convenhamos que o filme não é tão ruim como sugerem, ok, aceito que não temos aquela obra prima, e que este longa-metragem acabou deixando um pouco a desejar, principalmente por não apresentar um trabalho de embasamento histórico mais amplo, já que sua premissa é primorosa nesse aspecto. Veja bem, entendo essa visão e confesso que foi um tanto frustrante, mas o que quero dizer, é que ainda assim, temos um longa-metragem que apresenta uma trama interessante o suficiente para garantir o envolvimento do espectador até o seu desfecho.
Sim, querendo ou não, Inferno tem seus pontos positivos, é um filme que sabe pescar o interesse daquele que o assiste, além disso, tem um elenco internacional liderado pelo eficiente Tom Hanks, este que realizou até aqui um trabalho muito competente na construção do seu personagem, o professor Robert Langdon. Tudo bem que, especialmente para esse filme, a parceria com a sua versão feminina mais jovem, a Dra. Sienna Brooks, interpretada por Felicity Jones, acabou não indo tão bem. Não penso que tenha faltado química, mas acredito que foi pouco convincente a construção do personagem dela e a maneira com que a relação entre ambos se desenvolveu, a verdade é que soou algo bem artificial e pouco convencedor. Como já dito, temos no filme um elenco estrelado e internacional, aliás, todas escolhas acertadas, vai da Dinamarca, passa pela Índia, França, Reino Unido e termina com a romena Ana Ularu, que interpreta a obstinada Vayentha, e isso deu uma química muito bacana. Entendo quando dizem que o filme poderia ser melhor, sim, poderia, diria até que este Inferno para ser quente, faltou muito, em contrapartida, também temos uma obra que não esfria em nenhum momento, e que entrega uma trama misteriosa que consegue envolver o espectador até o seu final. Um filme correto. Este pode não ter sido o filme definitivo e eletrizante sobre os contos de Dan Brown, mas uma coisa é certa, é uma obra que apresenta um resultado agradável, e que me parece antes de qualquer coisa, mais uma vítima do famoso preconceito contra filmes baseados em obras literárias.
Momentos:
“Nada muda o nosso comportamento como a dor. Talvez a dor possa nos salvar.”
“Os maiores pecados da história da humanidade foram cometidos em nome do amor.”
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraEsse é daqueles filmes que você não pode assistir sem uma prévia preparação. Confirme que não irá receber nenhuma visita e organize tudo, de forma que, não seja interrompido de maneira alguma durante o tempo de exibição do longa-metragem. Faça isso e certamente não se arrependerá, já que por conta da história redentora exibida por esta obra, dificilmente você não será tomado pelos mais diversos sentimentos e sensações, e cá entre nós, sentimento é algo para ser sentido e não interrompido.
Como o próprio nome sugere, Estrelas Além do Tempo é um filme que conta a história de pessoas que foram além, portanto, vocês podem dizer muitas coisas sobre esse filme, que ele é clichê em alguns momentos, que ele segue um formato ou até que não foge do padrão, mas quando fizerem isso, não esqueçam também de dizer que essa é uma obra poderosa e que conta uma história de mulheres igualmente poderosas, e que foram além do seu tempo. Não as esqueçam, como a história igualmente o fez.
Estrelas Além do Tempo é uma obra gostosa de ser assistida, e que possui todos os elementos que um filme biográfico deve obrigatoriamente possuir, ele é corajoso, bem-humorado quando possível e sim, é também muito reflexivo e inspirador.
Momentos:
“- Pode ir à Lua e voltar com isso.
- Menos ir a um outro banheiro.”
“-O que quer aqui?
-Um livro.
-Há livros na seção dos negros.
-Não tem o que estou procurando.
-É assim mesmo.”
“É isso aí. Chega de banheiro de negros. Chega de banheiro de brancos. Apenas simples toaletes. Vá aonde desejar. De preferência, perto da sua mesa. Aqui na NASA, urinamos a mesma cor.”
A Visita
3.3 1,6KAcho essa obra muito intrigante, principalmente porque dos filmes dirigidos por M. Night, talvez este A Visita seja o longa-metragem que exibe com mais clareza a forma com que o cineasta indiano enxerga o mundo. Essa obra pode ser meio doidona e vagarosa em alguns instantes, mas é inegável o quanto é boa e incomum a fórmula adotada pelo filme, que consegue entregar uma surpresinha no final e ainda transmite uma grande e significativa mensagem. Boa sacada do indiano.
Além de uma reflexão final muito franca e verdadeira, esse filme proporciona um desafio impossível de ser vencido, duvido que alguém assistiu essa obra e não pensou uma única vez: "essa coroa é muito louca." Hahahahaha Só o doido do M. Night para realizar um filme igual a esse.
Momentos:
“As pessoas vão embora. Porque gostam de outras coisas. ”
“Ótimo! O vovô tem esquizofrenia, e a vovó vira o Michael Myers ao anoitecer! ”
“Você quis que eles me perdoassem, Becca. Não precisava fazer isso, fofinha. Me perdoariam quando eu quisesse......por favor, não guarde rancor. ”
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraBaby Driver é um filme de ação emblemático, daqueles que possuem algo mais do que cenas bacanas de perseguição, porradaria e tiro. Trata-se de uma obra aprazível, diferenciada e que certamente vai agradar os amantes de uma boa música. Sua composição visual e sonora é conduzida de uma maneira bem criativa e muito competente. Chegaria a dizer que se trata de um filme sobre bandidos, mas que possui certa sensibilidade, que é notada principalmente pela forma em que a música interage com as cenas do filme, ela é quase um personagem do elenco, algo que certamente foi poucas vezes ou nunca visto na história dos filmes deste gênero.
Some a isso uma pitada de romance, uma mocinha com um belo sorriso, um protagonista carismático e dois monstros oscarizados, e bingo, já poderá imaginar que estará diante de um filme de ação representativo. Uma obra daquelas que quando termina, você dá uma boa respirada, assimila tudo o que assistiu, e vai em busca daquele CD do Queen na estante, justamente para dar uma boa agitada no seu fim de tarde. Essa obra definitivamente deixa claro que poucas coisas são melhores do que um bom filme e uma boa música, agora imagine esses dois unidos em um longa-metragem, pois é, Em Ritmo de Fuga é exatamente isso: a fusão entre o bom filme e a boa música.
Momentos:
"-Não, Doc. Quero dizer, ele é retardado?
-Retardado significa lento. Ele foi lento?
-Não.
-Então, não me parece retardado."
"Tive que cuidar da minha mãe, quando ela ficou doente. Pode parecer difícil agora, mas depois que se vão, você sente falta de alguém pra cuidar."
"Olha, é o seguinte: vocês roubam pra sustentar suas drogas. Eu me drogo pra sustentar o hábito de roubar."
A Múmia
2.5 1K Assista AgoraEstranha, no mínimo estranha essa estreia oficial do dark universe. A Múmia não é um filme completamente ruim, mas está muito aquém do longa-metragem que poderia causar o choque esperado pela Universal, e com isso, despertar o interesse do público pelo ambicioso projeto de universo compartilhado do estúdio.
A obra é muito bem produzida e tem até boas referências, mas o filme em si não agrada o suficiente, além disso, o longa-metragem não tem um ritmo muito bom e seus argumentos são pouco convincentes. A impressão que a A Múmia deixa, é a daquele filme que se preocupou em entregar uma premissa para o universo estendido, mas que simplesmente esqueceu de apresentar algo minimamente aceitável. O que podemos dizer é que, infelizmente, a expectativa ficou guardada para o próximo filme desse universo, se é que vai haver outro, já que além de não impressionar o suficiente, o filme parece ter sido um grande fiasco nas bilheterias, e o pior, excluindo a bela e sinistra Múmia interpretada por Sofia Boutella, a verdade é que a obra não deixou muita coisa que pudesse ser eternizada na mente do espectador.
Momentos:
Curti a Múmia representada por uma mulher, assim como a sustentação da sua história, mas dali em diante, a coisa se perdeu.
“A morte é o portal para uma vida nova.
Vivemos hoje, viveremos novamente.
De várias formas, voltaremos. "
Oração Egípcia da Ressurreição
“-Nick, ela está na sua cabeça.
-Como assim? Isso é ridículo. Porque eu ....
......
Eu voltei direto para ela!!!
Meu Deus, ela está na minha cabeça.”
“É, o mal é uma doença. Uma infecção pestilenta e pustulenta que penetra em nossa alma. O mundo precisa de uma cura. O senhor pode ser essa cura.”
Annabelle 2: A Criação do Mal
3.3 1,1K Assista AgoraAnnabelle 2 é um bom filme de terror e que faz um uso muito correto dos truques de câmera popularizados por James Wan. É um filme com uma premissa aceitável, bons momentos de tensão e crianças muito corajosas: tem criança que puxa assunto com criança morta, tem criança que tira uma soneca com o capiroto por perto, enfim, tem de tudo. Essas meninas definitivamente não são da geração Nutella, ou simplesmente sairiam da situação com as calcinhas borradas.
Achei muito respeitoso o encaixe da história desse segundo filme com o antecessor, bem digno da escolinha James Wan de filmes de terror, onde antes de tudo, é essencial o respeito com o espectador. Annabelle 2 é um filme de terror com uma boa formatação, afiado e em boa forma. Sua nota negativa vai para algumas tomadas de câmera nos momentos de tensão, já que pareceram repetitivas e realmente cansaram um pouco e se tornaram previsíveis em determinados momentos, principalmente para aqueles familiarizados com os filmes dessa equipe de produção, contudo, nada assim tão comprometedor, já que a obra apresenta uma trama bem polida para um filme de terror, sabe manter a tensão em dia e é garantia de apreensão até o fim. Vale a conferida.
Momento:
“Queria permissão para entrar na boneca e poder ficar com a gente para sempre. Nós dissemos que sim, e a coisa foi crescendo.”
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraCapitão fantástico é um filme do bem e do alto astral, é uma obra que celebra a vida. Admiro filmes que apresentam histórias com essas características e que não fogem da realidade. São filmes que vão além, redentores e que com frequência deixam exemplos a serem seguidos.
Capitão Fantástico também dispensa comentários na parte técnica, seu elenco e fotografia são tão formidáveis quanto a trama que o filme apresenta, ele é tão oportuno que também proporciona uma observação das mais pertinentes sobre o encontro de culturas. O filme é genial, bonito e repleto de instantes que, de tão encantadores que são, se tornam eternos em nossas mentes, dois desses exemplos foram a cena da explanação de Zaja sobre a declaração dos direitos e a cena da fogueira ao som de Sweet Child O' Mine, certamente foram dois momentos que estão entre os mais lindos que já presenciei em um filme. Além disso, a obra vai do humor ao conhecimento geral com a mesma facilidade que entra em um lar para encantar a pessoa que o assiste. Não perca tempo, corra e veja essa obra já, e receba a sua merecida dose de encantamento e vida. Diria que pelo menos uma vez durante a sua existência, todo ser merece assistir um filme como esse, é como uma benção.
Momentos:
“A democracia é uma das luzes mais claras da justiça social na história da humanidade. Mesmo assim, a maioria dos cidadãos ocupa-se de compras frenéticas como forma primária de interação social.”
“Quando se trata de algo fora de um livro, não sei nada de nada!”
O Chamado 3
2.3 1,2K Assista AgoraAinda que esse O Chamado 3 não tenha o potencial dos seus antecessores, confesso que foi bacana ver a nossa amiguinha cabeluda de longa data eliminando uns curiosos novamente.
Quanto ao filme, infelizmente não é isso tudo, vale mais pela nostalgia do que qualquer outra coisa. Sua história, apesar de estar conectada com os outros dois filmes, é empurrada de qualquer jeito e sem maiores explicações sobre como e porquê as coisas acontecem. O destaque vai todo para a beleza da Matilda Lutz e para a diva Samara, que dessa vez eliminou pouca gente na tela, mas ainda assim, continua boladona e assustadoramente encantadora. Vida longa à essa maravilhosa menina.
Momentos:
"Ter uma visão não significa saber o que a visão representa."
"As nossas almas são eternas, e quando morremos, o espírito busca uma nova casa."
"-Como deve ter sido?
Ser temida por todos que deviam amar você.
-Nem todos. Você nunca teve medo dela."
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraEsse longa-metragem é coisa de gênio, ele consegue ser improvável e de tudo um pouco. Tudo bem que o normal não me cativa, mas essa obra exagerou, pegou pesado. Que filme maluco, que filme bom. Quando você percebe o que está rolando, isso lá para depois de meia hora de filme, não tem como não pensar que você está diante de uma obra emblemática, de algo diferente de tudo o que você já viu, e não tenho outra palavra para definir, esse é um filme dos bons, daqueles que você nunca mais vai esquecer.
O Predestinado faz parte daquele pequeno grupo de filmes que não te enrolam com palavras difíceis ou relações complicadas, que são muito comuns em filmes de difícil interpretação e que estão ali apenas para tornar a história do longa sugestiva, esse não, ele não é esse tipo de filme, ele está além, ele é diferente, ele é grandioso, e por incrível que pareça, não é nada subjetivo. Está tudo ali. Que filme do cacete! Sua trama astuciosa beira à loucura e genialidade, e vou te falar, é um flete dos bons. Não é difícil compreender sua história, mas entendê-la por completo pode ser um tanto complicado, o que muito provavelmente vai requerer uma atenção maior, para que o espectador consiga amarrar todas as pontas.
....e isso lá na procura do Robertson, até o nascimento do terrorista, sua morte, a explosão da bomba (sim, ela explode de qualquer jeito) e voltemos ao Robertson, isso tudo para perceber que o fdp tem uma autossuficiência bizarra. Quem é Robertson? Pois é .....rsrsrs
Vou ser bem sincero, só assista esse filme se sua atenção estiver em dia. Não o assista se brigou com o namorado (a) ou se teve um dia ruim no trabalho, espere alguns dias. Essa obra me lembra uma definição, que já li em algum lugar e não me recordo de quem é, e que diz o seguinte: tudo o que você entendeu e que não consegue explicar de uma maneira simples, não foi completamente compreendido. Partindo desse ponto, conclui que entendi o que acontecia no filme, mas pela dificuldade de explicar o ocorrido, vi que não tinha entendido todas as passagens, e foi assim que tomei a decisão de assistir novamente. O que posso dizer é que não me arrependi e que foi uma experiência ainda mais grandiosa, e que altamente recomendo, portanto, assistam esse filme duas vezes.
O Predestinado é, sem sombra de dúvidas, um filme incrivelmente amarrado em todos os sentidos, e certamente, é o detentor de um dos protagonistas mais autossuficientes da história do cinema, e isso não é coisa pouca. Impressionante, nada nele é sugestionável. Acredite, parece louco o que vou dizer, mas, tem filmes que foram feitos para serem assistidos se deliciando com pipoca e um guaraná bem gelado, este não, o Predestinado é daqueles poucos filmes para serem assistidos com o foco em dia e isolado do mundo, e pode confiar, o faça dessa maneira e valerá muito mais a pena. Bom filme!
Momentos:
“Você é o que é graças a mim. Você fez quem em sou. É um paradoxo, certo? Mas não pode ser.”
“Você sabe quem ela é. E sabe quem você é. E talvez agora esteja pronto para saber quem sou. Eu também a amo. ”
A Face Oculta da Lei
3.2 26Excelente longa-metragem de drama policial que ficou um tanto esquecido por muitos. Ele não tem aquela purpurinada toda, é tiro de realidade na testa o tempo todo, é literalmente uma obra de como a vida é. Talvez, este seja um dos melhores filmes com o Kurt Russel, e muito possivelmente o mais contemporâneo, o que diga-se de passagem, é até um pouco assustador. Se ainda não o assistiu, está perdendo tempo, porque esse longa é detentor de uma história muito bem contada, que infelizmente, insiste em ser atual e atravessar gerações.
Momento:
Michael Michele e Khandi Alexander = lindas
“Bobby, se você cair, eu caio.
Se eu cair, Jack cai.
E Jack não vai se dar mal. Tenha fé no sistema.”
A Torre Negra
2.6 839 Assista AgoraA Torre Negra é daqueles filmes interessantes e de contrastes bem evidentes, se por um lado é uma obra bem produzida e impecável no aspecto visual, por outro, deixa a desejar na construção dos personagens e na estruturação da sua trama. O filme é até correto, vai direto ao ponto, mas faz isso sem construção e quase nenhuma preparação, o trabalho de desenvolvimento dos seus personagens foi praticamente sofrível, e o longa-metragem acaba deixando uma impressão estranha, a impressão de que poderia dar mais, que poderia ser melhor e mais encorpado.
Não é preciso dizer, mas vamos lá, por conta de suas escolhas, a Torre Negra acaba entrando para a galera de filmes bonitos de fantasia que são vitimados por suas péssimas execuções, aqui ela conseguiu simplificar uma grande história e, por não apresentar uma introdução aceitável, acabou também assassinando o carisma dos personagens, uma autêntica bola fora nesse sentido. É difícil aceitar, mas, nem o excelente pistoleiro apresentado por Idris Elba, ou o homem de preto interpretado com maestria por Matthew McConaughey, foram capazes de driblar o roteiro esvaziado apresentado pela obra. Só nos restar torcer para que essa história tenha no futuro uma produção e execução mais digna, porque o que foi exibido até aqui, foi apenas suficiente para conduzir uma obra com potencial latente, à galeria de filmes medianos de fantasia. Segue o jogo.
Momentos:
"Eu não atiro com a minha mão. Aquele que atira com a mão esqueceu o rosto do seu pai. Eu atiro com a minha mente.
Eu não mato com a minha arma. Aquele que mata com a arma esqueceu o rosto do seu pai. Eu mato com o meu coração."
"Escolha um rosto bonito, e o mundo é sua ostra."
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 970 Assista AgoraO filme não é ruim, mas antes de tudo, é preciso comentar um fato: ele não entrega o que sugere. Não se trata de um filme de guerra, há pouquíssimo disso no filme. É estranho dizer isso, mas o longa preferiu focar no padrão faroeste durante um bom tempo de execução, dando ênfase ao drama pessoal vivido pelo símio protagonista, e a sua caçada em busca de vingança. Até aí ok, só que essa decisão enfraqueceu o filme filosoficamente, já que o afastou de temas como a diferenciação de raças e a perseguição que a classe dominante impõe à outra. E, nesse sentido, confesso que esperava por uma experiência mais abrangente, tanto como um filme de ação e/ou como uma obra mais profunda com relação ao conteúdo sugerido, já que o longa-metragem tem um tema forte e propício para essa exposição de visões, sua premissa então nem se fala, mas os produtores parecem ter optado por uma compilação mais branda e pessoal dos fatos. O resultado é bem previsto, sobra emoção e falta intensidade. Uma pena para aqueles que esperavam um debate mais amplo acerca da diferenciação de raças.
A verdade é que nem todas as escolhas foram ruins, se por um lado, o longa-metragem se afastou de um debate mais amplo sobre diferenciação de raças, por outro, a obra ganhou muito em referências, e temos para todos os gostos: faroeste, filmes de guerra, holocausto e até uma semelhança com Moisés e sua terra prometida. Nesse aspecto, realmente temos uma experiência engrandecedora, já que essas passagens sugeriram, todas no momento certo, um filme mais emotivo. Tecnicamente diria que o filme é impecável, só deixou realmente a desejar no aspecto ideológico e no conflito de ideias. Esperava por um desfecho que fosse algo mais parecido com um soco no estômago da humanidade. Confesso que nesse aspecto, a obra foi um tanto decepcionante para mim.
Enfim, de maneira geral, espere por um filme morno como obra de ação, bonito no aspecto visual, mais emotivo e menos profundo ideologicamente. O Fato é que, temos um filme redentor que foge da polêmica como o capiroto corre da cruz, e dói dizer isso, já que o filme é legalzinho e tinha lenha para queimar sobre o assunto, mas, infelizmente dessa vez, Caesar e sua turma optaram por um filme muito sugestivo e emotivo, e ficaram nos devendo um longa-metragem mais chocante, encorpado e conflituoso.
Momentos:
"Humano fica doente. Macaco fica inteligente. Aí humano mata macaco."
"Eu demonstrei compaixão quando poupei seus homens. Eu te ofereci paz, e você matou minha família."
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraConfesso que em filmes de ação, acho muito maneiro quando uma mulher desce a porrada na galera, todavia, melhor ainda, é quando essa mulher faz isso com estilo e com boa música para acompanhar. Não preciso nem dizer que Charlize Theron brinca nesse filme, ela deita o cabelo, ela é foda e leva muito a sério o seu trabalho. Em Atômica, nossa musa sul-africana interpreta uma espiã que é daquelas mulheres que parecem ser boas em tudo, e é, ela extermina com tiro na cabeça, desce o cacete em geral com uma corda, com um molho de chaves e ainda arruma tempo para um romance com uma gata francesa. Que mulherão da porra ! Filme de ação é isso aí galera, e ainda tem uma sequência no prédio que é do cacete, já que são cerca de dez minutos de porrada sem cortes, muito doido, até esqueci do competente James McAvoy no filme. hahahaha
Esse longa-metragem tem muita porradaria boa, mas é preciso dizer que é mais do que uma obra de ação, é também um baita exemplo sobre o que deve ou não ser feito, quando o assunto é fidelidade. É muito sobre o que diz Bremovych durante uma passagem no filme: Muito impressionante. Dedicação. Lealdade. São raridades hoje em dia.
Momentos:
"É um prazer duplo enganar o enganador. "
Nicolau Maquiavel
Ace Ventura: Um Detetive Diferente
3.1 583 Assista AgoraClásssico !!! Não tenho outra palavra para definir essa comédia antológica. Esse filme é definitivamente um dos mais engraçados da história, e um daqueles que tem a honra de nos apresentar um Jim Carrey na sua melhor forma, que nessa obra, simplesmente deslumbrou como o eterno detetive de animais: Ace Ventura. Como esquecer Ace e o seu caminhar emblemático todo estiloso, esse Jim Carrey é foda, só falando assim.
O filme é um espetáculo de momentos divertidos, e isso do início ao fim, como não morrer de rir já nos momentos iniciais, quando ele nos mostra como os carteiros brasileiros tratam nossas encomendas e já no fim, quando sai na porrada com um dos mascotes. Sensacional !!! Uma hora e meia de gargalhada. Ficaria aqui dias e dias, relembrando cenas hilárias dessa comédia épica. Jim Carrey é um gênio, e esse filme é inesquecível.
Momentos:
"-Meu Deus. Meu Deus. Três vezes.
-Desculpe, isso nunca aconteceu antes. Deve ser o cansaço.
(uma breve pausa)
Tudo bem , estou pronto de novo."
"Sua arma está furando o meu quadril."
hahahahahahaaha ah meu Deus, não canso de rir.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraA história em que o filme se baseou é genial, coisa muito interessante mesmo, e essa adaptação tinha tudo para brilhar em um nível parecido, principalmente por conta da premissa do livro, que tem muita relação com os temas preferidos de Tim Burton, mas, infelizmente, excluindo o impecável aspecto visual, diria que o longa-metragem, de modo geral, ficou devendo e apresentou severos problemas de regularidade e execução.
Antes de tudo, temos que deixar uma coisa bem clara, este filme não é completamente ruim, ele tem uma boa pegada e cumpre bem sua premissa, que é a de nos guiar para um mundo fantástico, contudo, possivelmente vitimado pela diferença gritante entre os atos, podemos dizer que, do meio para o fim, talvez tenha acabado o combustível criativo dos seus idealizadores. Prova disso, é que parece que temos dois filmes, um em Gales e outro em Blackpool, o curioso é que o longa-metragem é incrivelmente mágico em Gales, com um ritmo excelente e com passagens bem conduzidas e explicadas, já em Blackpool, a história é outra, e o filme parece desandar severamente, principalmente após o primeiro encontro entre Jake e Mr. Barron, e é justamente nesse momento, que o filme meio que desanda e acelera de uma maneira desnecessária, e quase que automaticamente, atira no lixo todo o encanto conquistado. Também achei que a origem dos personagens poderia ter sido melhor trabalhada, isso facilitaria o trabalho no segundo ato, já que teríamos desenvolvido um carisma maior pelos personagens, mas sei lá, prefiro acreditar que acabaram optando pelo humor no ato final, uma evidência disso, é que desconstruíram muito rápido o visual assustador conquistado por Mr. Barron no primeiro ato, ele parecia e era assustador, mas no segundo ato ele se assemelha mais a um Senhor Wilson tentando dar conta dos seus “Dennis, os Pimentinhas”, lamentável.
Parece impreciso dizer isso, mas essa obra conseguiu estimular em mim reações muito dissonantes, temos um filme cinco estrelas por tudo que foi exibido em Gales, e um filme duas estrelas por conta do desenrolar dos eventos em Blackpool. Não sei, mas, talvez tenha faltado um tanto de equilibro e paciência ao emblemático Tim Burton, e quem parece ter pago o preço por isso, foi Miss Peregrine e suas crianças peculiares.
Momento:
“Já teve a sensação de que nada do que você faz importa?
Você deixa pegadas na praia, e amanhã elas sumiram.
Como se o hoje se repetisse.”
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraHomem-Aranha: de volta ao lar é um filme divertido e movimentado, como praticamente todos os longas que envolvem super-heróis. Sua principal diferença para os outros filmes da Marvel, é que por ser um filme sobre Peter Parker, acaba tendo uma pegada de humor mais juvenil, e especialmente para este filme, trouxeram para a tela do cinema uma comicidade diferente de tudo o que já vimos com referência ao herói aracnídeo, e isso é bom, apesar de incomodar alguns, é sempre bom ver coisa nova, principalmente em filmes de super-heróis.
Confesso que achei o resultado do filme positivo, pode não ter a minha pegada de humor preferida, mas é coisa nova, e o novo me atrai, e é bem verdade que a obra está longe de ser ruim. O humor utilizado no longa é ágil, assim como as cenas de ação, que nem preciso dizer, são muito interessantes. Talvez o único problema desse longa tenha sido o número de personagens abordados, apesar de ser uma obra extensa, o filme acaba entregando muitos arcos com desfechos pouco convincentes. Essas conclusões, certamente, deixaram este longa um tanto afastado do nível de qualidade dos melhores filmes de heróis que já passaram pelo cinema. Seu maior problema não foi nem essa nova repaginada que deram no herói aracnídeo, a vida é assim, alguns vão gostar, outros não, mas alguns personagens do filme deixam a impressão de um vazio existencial em muitos momentos. Esse desequilíbrio de tempo de tela entre os personagens fatalmente contribuiu para um filme bipolar, ou seja, um longa que é divertido, mas que não entrega com esmero todos os arcos os que promete. Veja bem, o filme acerta nas breves aparições de Tony Stark e que nada ofuscam o nosso querido Aranha, mas, por exemplo, como compreender a motivação de um personagem divertido como a Zendaya? - Por conta dessas conclusões, o resultado da obra, que é até previsível, acabou sendo o de um filme divertido, mas que esteve longe de ser a obra definitiva sobre o Cabeça de Teia.
Momentos:
“Querem saber. Vamos ficar com isso. O mundo está mudando. É hora de nós mudarmos também. ” (Nascimento do Abutre)
“Se você não é nada sem o uniforme, então nem deveria ficar com ele. ”
O Estranho Que Nós Amamos
3.9 131 Assista AgoraO Estranho Que Nós Amamos é um filme clássico que não faz firula. Ele é aquele exemplar de filme que está longe de hipocrisias, e que definitivamente, não nasceu para atender um determinado gosto. É um filme nu e cru, e que deixa duas mensagens claras: nunca brinque com o coração de uma mulher, e elas preferem os canalhas. Sua sinceridade com o espectador é experimentada em cada cena, em cada ato, que se torna tarefa fácil entender como essa obra se tornou contemporânea e grandiosa em todos os sentidos. Nada melhor do que um filme que conta uma história sobre como as coisas realmente são. Isso sim, é o que torna um filme diferenciado, ao menos para mim.
Diria que para um filme de 1971, o Estranho que nós amamos soube ir ao seu limite, sendo sensual, picareta, polêmico e revelador até o ponto certo. A história em torno do filme é considerada até simples, já que tudo meio que se desenrola, quando em tempos de guerra, mulheres de um colégio para garotas recebem a “visita” inesperada de um cabo picareta, inimigo, atraente e ferido. Dito isso, adicione um pouco de carência, passado não revelado e desejo enrustido nas residentes, e pronto, temos ingredientes suficientes para que surjam tretas sem fim entre as abrigadas, e com essa premissa, o longa-metragem simplesmente deslumbra, já que o seu maior segredo não é a sua história, mas como ela se desenrola.
Como já dito anteriormente, não é preciso muito para entender o deslumbre provocado por este clássico, que é justificado principalmente pela sua franqueza e pela maneira com que aborda os conflitos despertados nas residentes, originados por conta da presença do cabo canastrão bom de papo. É interessante observar como ele encontra a fraqueza de cada uma das mulheres, e a explora com muita naturalidade. Não há romantismo, negócio é na carne, é literalmente no osso, do conflito ideológico com a escrava, até o sentimento fraternal despertado em Amy, cada ato é uma pendência sentimental incomum que o cabo desperta e não sabe ou não pretende resolver. Confesso que é muito prazeroso assistir esse despertar de desejo sufocado, ingenuidade e hipocrisia de cada um, e o mais hilário, tudo despertado por um embusteiro vistoso, que é óbvio, irá aprender da pior maneira que não se brinca com o coração de uma ou muitas mulheres.
O filme é danado de bom, assista, ele relata basicamente a chegada de um homem envolvente e picareta à um ambiente lotado de mulheres, cada uma com uma necessidade que ele diz que irá suprir. Um trapaceiro atraente no meio de muitas damas. Deu para imaginar o tamanho de conflitos que se desencadearão nesse filmão? Corra para assistir, que a treta é certamente das boas.
Momentos:
"Parece que o cabo está influenciando todas nós."
"Se essa guerra continuar por muito tempo, vou até me esquecer que sou mulher."
A cena em que Clint Eastwood, com uma cara de sacana, reflete sobre as mulheres e os seus beijos, e em seguida decide em qual quarto irá passar a noite, é definitivamente, uma passagem memorável desse filme e na história do cinema. Que cena !!! hahahaha, risadas impagáveis foram dadas nesse momento.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615Gosto do tipo de filme que mostra as coisas como elas são. Não é preciso deixar de romantizar , mas é interessante quando uma obra exibe a fraqueza da carne, a fragilidade humana nua e crua, e felizmente, essa obra pertence ao grupo citado.
Temos um filme que poderia, sim, ser um longa-metragem mais chocante, mas a verdade é que, se por um lado temos uma obra que poderia ser mais conflituosa, temos também uma obra que exibe com contundência a fragilidade de nossos sentimentos, e o que ansiamos por oferecer diante de tamanha incitação.
A obra, é bem verdade, tem uns saltos entre um ato e outro que provocam estranheza, mas nada disso tira sua eficiência e funcionalidade. O filme é bem bonito e é exibido de uma maneira muito franca com o seu espectador, sentimos o pulsar dos corações, a impulsão da curiosidade rumo ao desconhecido e a mente funcional maliciosa que toma lugar da mente ociosa. Tudo está ali e muito bem distribuído, é um filme da carne, e sentimos isso em cada cena, a cada atração, desejo ou impulso curioso de cada um dos personagens. O mais interessante é observarmos, de acordo com a experiência de vida de cada uma das personagens, como cada uma reage à mesma tentação de maneira diferente, e como podemos ser vítimas do que desejamos, digo, até mesmo as crianças, elas também reagem de uma forma, ainda que não tenha atração sexual envolvida.
O filme é bom, não achei arrastado, e também deixa uma mensagem clara: não brinque com o coração de uma mulher. Negócio aqui não é sobre um romance idealizado, é sobre como as coisas realmente são. Felizmente, O estranho que nós amamos é um filme que conta uma boa história, e está longe de ser um longa-metragem composto apenas por belas mulheres.
Momentos:
“Parece que a presença do soldado está nos afetando.”
“E podíamos discutir sobre a prática da compaixão, e o que mais podemos aprender com sua presença aqui.”
“Coragem nada mais é do que fazer o que é necessário na hora certa.”
Loucos e Perigosos
2.4 77 Assista AgoraO curioso nesse filme é que a história, apesar de louca, até que faz sentido.
Parece que ele foi concebido em um final de semana em que a galera se reuniu, fumou uma erva e decidiu fazer um filme sem pé e nem cabeça. Imagine um filme que tenha uma sequência com o Bruce Willis sessentão e andando de skate pelado no meio da rua. Pois é, esse filme existe e tem isso nesse longa-metragem. Que porra de filme zoeiro. Tá amarrado.
Momentos:
"Nunca se meta com o cachorro de um homem!"
"Disseram que pareço com o Roger Daltrey jovem, se ele passasse muito tempo com computadores."
Meu Malvado Favorito 3
3.4 404 Assista AgoraÉ uma pena, mas vamos ser claros, a verdade é que a cada filme fica mais evidente o desgaste da fórmula dessa franquia. Os Minions continuam engraçadinhos, o Gru, a Lucy, a Agnes e as suas irmãs continuam todas apaixonantes, cada uma ao seu jeito, mas, não sei, algo precisa ser feito, a fábula de Gru e seus Minions precisa de uma reinvenção para ontem.
O filme até traz boas novidades, temos um vilão divertido e incomum, que por conta do seu bom gosto musical oitentista, acaba impulsionando uma excelente trilha sonora, mas só isso não foi suficiente. A verdade é que Meu Malvado Favorito 3 é divertido, mas traz poucos elementos inovadores para a telona, o irmão mala do Gru definitivamente não colou, e além disso, sua trama é pobre e com uma motivação muito fraca. Não é que esse terceiro volume não divirta, sim, ele diverte, mas é um tanto decepcionante observar sinais alarmantes de desgaste na franquia. MMF3 ainda arranca sorrisos, mas é um tanto desequilibrado e deixa, em muitos momentos, uma impressão impagável de que Gru e sua turma mereciam uma história mais emocionante e bem elaborada.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraO Bebê de Rosemary é um baita clássico do gênero e um filme concebido com extrema sabedoria e ousadia, mas sejamos sinceros, tem lá os seus problemas de continuidade.
Vamos começar pelas coisas boas, o filme além de ser um suspense dos mais cabulosos, é bem eficiente quando se envereda sutilmente em diversas tratativas, de forma que podemos concluir que tal ambição, praticamente o tenha tornado uma obra contemporânea. Perceba que estamos falando de um filme da década de 60, que inclui temas como o preconceito religioso, a submissão conjugal e a invasão de privacidade, e esses foram só alguns pontos de destaque, já que tudo é abordado através de diálogos bem interessantes e passagens planejadas com muito esmero. O que temos é uma autêntica e ousada bola dentro de Polanski.
Mas, como, em muitos casos, menos é mais, diria que o longa exagera em algumas dessas abordagens e acaba se alongando demasiadamente, apresentando com isso, uma continuidade um tanto desequilibrada, o que ao meu ver, acabou tornando o filme desinteressante em muitos momentos. O resultado dessa ocorrência é que a obra acaba colecionando passagens desnecessárias, algumas dessas, como já disse, confesso que foram extremamente cirúrgicas, mas as demais, infelizmente formam um excesso de cenas que apenas tornam o filme excessivamente longo. Infelizmente, trata-se de uma ocorrência com força suficiente, para despertar uma sensação de insatisfação em espectadores mais impacientes. Ainda assim, é importante compreender que, se existe algo difícil nessa vida, seria conseguir agradar à todos. O fato é que, ainda com esse incidente, o resultado final é o de uma obra grandiosa que é ato obrigatório para todo amante de filmes do gênero.
Momento:
"- Nenhum Papa visitaria uma cidade cujo jornal está em greve.
- Soube que ele vai esperar que acabe.
- Isso que é showbiz.
- É mesmo. As roupas, os rituais…Toda religião é assim."
Carros 3
3.6 316 Assista AgoraCarros é uma franquia muito interessante, pode parecer ingênua e coisa apenas de criança, mas me desculpe os mais "velhos", definitivamente, não é. As histórias de superação existentes nessa animação são pura cativação e muito engenhosas. Não tem um único filme ruim, um pode ser melhor do que o outro, mas todos os filmes são muito legais e conseguiram um lugar muito especial no meu coração.
Em Carros 3, para a nossa alegria, é usada a mesma fórmula cativante dos seus antecessores, e que diferentemente de muito do que ocorre no filme, não está batida. Seria inclusive capaz de dizer, que há algo único e engenhoso nas passagens e nos personagens dessa franquia, não sei, poderia ser o carinho com que foram idealizados, mas a verdade é que tem que ser muito ranzinza para não gostar, por exemplo, do Mate, e de todos os personagens cativantes originados à cada novo filme. O exemplo perfeito nesse terceiro filme é a Maria Busão, como não gostar desse interessantíssimo ônibus escolar, simplesmente genial, e dessa vez, como cereja do bolo, temos Cruz Ramirez e McQueen formando uma parceria genial, e para quem adorou os dois longas anteriores, esse filme ainda é uma baita homenagem ao eterno Hudson Hornet, vulgo Doc Hudson. É muita genialidade. Só posso desejar que Carros tenha vida longa, já que sempre foi uma das poucas e boas animações que me fizeram derramar lágrimas.
Momentos:
"Motivação é tudo, Sr. McQueen. Pode-se usar qualquer coisa negativa como combustível para tornar positiva."
"Sou mais que rápido, mais do que veloz. Eu sou a velocidade."
"A verdade é uma reta curva."
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraCorra! é simplesmente sensacional. Ele é o tipo de filme que representa aquele prato de comida que tem de tudo um pouco. Sabe ser filme de terror, de comédia, de racismo, de fantasia, de preconceito, de mistério e de realidade. Confesso que é bem interessante observar como ele é um filme de terror que trata de tantas coisas, mas que se destaca principalmente quando mostra como as pessoas, quase sempre de maneira velada, lidam com a questão da raça. Ele praticamente brinca de impressionar e mostrar como o racismo é assustador. Equiparar algo demoníaco ao racismo ou à "paranoia" de um afrodescendente, e a maneira como isso foi idealizado, foi, talvez, uma das tacadas mais geniais existentes em filmes do gênero.
O resultado obtido, obviamente, é o de uma obra corajosa que agrada os mais variados tipos de espectadores, e que levanta temas que deveriam ser debatidos abertamente, para que essa hipocrisia sobre raças termine de uma vez por todas. Ele é definitivamente leitura obrigatória e um dos filmes mais formidáveis e criativos de 2017. Se ainda não o viu, vá correndo assistir.
Momentos:
“O que eles têm de diferente daquele guarda?
É isso que me irrita.”
“-Ela tem razão, eu errei.
-É garoto. Vai se acostumando a dizer isso.”
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraO filme, apesar de um tanto óbvio, é uma gracinha cinematográfica e um sopro de vida e amor na alma. Apresenta algo previsível, mas sensibiliza como poucos. Seus personagens são cativantes e inspiradores, daqueles que te carregam com facilidade para um mundo de fantasias. Veja bem, o maior pecado de um filme romântico não é a previsibilidade, é não cativar o coração, e para a nossa satisfação, esse filme envolve o espectador mais do que o suficiente. Impossível assistir essa obra e não se sentir mais reflexivo, leve e entusiasmado. Grande Filme.
Momentos:
"-Você está bem?
-Não quero entrar ainda. Só quero ser um homem que foi a um concerto com uma garota de vermelho. Só mais alguns minutos."
“Sabe de uma coisa, Clark?
Você é a única coisa que me faz querer levantar de manhã.”