Esse quinto volume, de certa forma, meio que repete os erros encontrados no quarto volume. Temos uma boa premissa e que em boas mãos poderia convencer, e de fato, tornar este filme uma experiência ainda mais grandiosa. Dentre tais questões, uma tem relação inclusive com a protagonista e o vilão, que é a gravidez não esperada. Uma abordagem mais profunda sobre o tema certamente daria um tom único ao filme, oportunidade não faltou, mas a verdade é que menosprezaram tal premissa, que acabou sendo abordada de uma forma bem decepcionante e nada dispendiosa. O que vemos neste filme é um sem número de temas sérios sendo tratados de uma maneira muito avacalhada, de uma forma bem parecida com o processo de ridicularização que vem ocorrendo com Freddy Krueger, que agora transforma tudo em zoeira e suas mortes parecem despertar mais gargalhadas, do que propriamente terror e pânico.
Confesso que ficou uma pontinha de decepção. Você sente que a cada filme a qualidade da franquia apenas declina, e esse quinto volume deixa isso bem claro de uma forma bem nostálgica. Infelizmente, o maior terror do Freddy pode até amedrontá-lo, mas o filme sobre o seu maior horror passou longe de despertar bons sustos no espectador.
Esse quarto volume de A Hora do Pesadelo é, talvez, muito possivelmente, o filme com a concepção mais complexa sobre sonhos até aqui. Entenda que isso não necessariamente quer dizer que se trata de um bom filme, mas sim de uma obra que poderia ousar e não ousou, e que por conta de escolhas equivocadas acabou apresentando um desempenho bem longe do esperado.
Esse quarto volume tenta, de certa forma, reproduzir o modelo do terceiro volume. Veja bem, se em A Hora do Pesadelo 3 havia uma protagonista que convocava pessoas para dentro dos seus sonhos, neste quarto volume há uma personagem principal que sonha acordada. Entenderam a referência? Parece algo interessante, não parece? – Só que dessa vez não funcionou. O filme acaba apresentando um desempenho bem modesto na continuidade deste conceito sobre as formas de sonhar. A obra apresenta os seus argumentos, para logo em seguida ignorar a sua própria premissa. Nunca é oferecido uma sequência ou profundidade aos fatos, algo que obviamente acabou tornando o filme fatiado e repetitivo.
É triste acompanhar, mas, quem é a maior vítima é o nosso Freddy, que por conta de tantos exageros na economia de algumas explicações, acaba tendo que se desdobrar com um espetáculo ininterrupto de sarcasmo. Ele está visualmente melhor, mas é só isso, sua imagem é tão pessimamente trabalhada que ele já não está tão assustador. Ele até começa com boas passagens, como a que ele diz para Kincaid que não deveria ter sido enterrado, só que fica nisso. Sua personalidade como vilão acaba não sendo tão bem trabalhada quanto o seu aspecto visual, e o resultado é óbvio: um Freddy mais escarnecedor e menos assustador. Ele poderia ser os dois, mas acabou enfraquecido por conta de uma péssima argumentação.
Finalmente concluindo, é preciso compreender que o problema não é o Freddy ser mais sarcástico, mas sim ter mudado repentinamente sem uma prévia apresentação. Isso obviamente, apesar do sucesso financeiro do longa-metragem, acabou causando choque e estranheza, o que para mim, ao menos nesse filme, teve a única intenção de servir como tapa buracos e poupar explicações sobre as teorias em torno dos sonhos da protagonista. O produto final, então, torna-se claro como água cristalina. Temos um filme que visivelmente detém uma premissa poderosa, só que por conta de um roteiro tímido e/ou covarde, acaba apresentando um Freddy com mais tempo de tela e mais sarcástico, algo que evidentemente deixou este longa-metragem mais ágil, contudo, também o tornou um filme menos apavorante e engrandecedor quando comparado com o seu antecessor.
Momentos:
“Não devia ter me enterrado. Não estou morto.”
“-Como sabe tanto sobre sonhos? -Quando você só tem isso, vira especialista.”
Muito diferente do segundo volume, para a nossa alegria, este a A Hora de Pesadelo 3 tem todos os ingredientes que esperamos em uma boa sequência. É um filme que além de envolvente, engrandece a ideia originada no primeiro filme, fortalece a imagem do antagonista e o mais importante: adiciona novos elementos à franquia.
O retorno da protagonista do primeiro filme, apesar de uma explicação econômica, foi uma grande sacada. Além disso, o vilão Freddy está em boa forma, mais sarcástico do que nunca e apresentando um repertório de mortes ainda mais criativo do que no filme que o apresentou. O negócio aqui é meio que esquecer o segundo volume e seguir em frente, porque definitivamente esse terceiro volume é a autêntica continuação do primeiro filme, e certamente, um dos melhores e um dos longas-metragens mais significativos da série. Esse terceiro volume é tão emblemático, que se coloca como obrigatório para todo amante dos contos sobre o serial killer da Rua Elm. Vida longa ao filho bastardo da irmã Maria Helena.
Momentos:
“Sono, estas pequenas fatias de morte. Como eu as odeio. (Edgar Allan Poe)”
Galera, uma coisa é gostar do nosso amigo famoso Freddy Krueger, outra coisa é encontrar sentido na trama desse longa-metragem. O que quero dizer é que não tem significado algum a vingança do "simpático" serial killer, já que o nosso amigo sanguinolento não está se vingando de ninguém. É só ver o final do primeiro filme. Não existe retaliação nesse caso, de quem ele está se vingando? - O que o nosso querido vilão faz nesse longa-metragem é basicamente pegar o indeciso jovem para Cristo, que, por um acaso, foi morar na casa em que a família da Nancy morava, e que foi a escolhida, porque sua mãe teve uma treta com o vilão no passado. Aí, sim, tínhamos uma vingança, ok?- Enfim, já nesse segundo filme, podemos dizer que a sua história tem cara de roteiro escrito por gente preguiçosa, mas tudo bem, ainda que meio bizarro, poderiam simplesmente deixar o filme com o nome de “Freddy ataca novamente”, ou sei lá, “Freddy incorpora aquele que não decide se sai do armário”, mas cacete, nunca – “....A Vingança de Freddy”. Concordamos?
Quanto ao filme, como já era previsto por ser mais recente, visualmente se trata de uma obra muito superior à primeira. Os efeitos visuais estão muito bons, de forma que, ainda hoje, se encontram em um nível aceitável. – a cena que ocorre no quarto de Ron Grady deixa isso bem claro, todavia, quando falamos daquilo que não é visual, infelizmente, o filme acaba deixando um pouco a desejar, ficando, inclusive, muito além do nível de criatividade do primeiro filme. A Hora do Pesadelo 2 até apresenta uma premissa interessante, essa coisa de desconstruir a imagem do vilão poderia ter funcionado, isso é claro se o longa-metragem fosse bem desenvolvido, algo que acaba não acontecendo. Meio que resolveram fazer algo diferente e simplificado, mas o resultado basicamente foi um Freddy que agora invade sonhos para poder incorporar e assassinar suas vítimas no mundo real, e é só isso, mas aí você pensa: uau, a ideia é interessante e poderia até dar certo, mas a verdade é que não deu. O roteiro acaba apresentando mais imperfeições do que o rosto do vilão, e ainda conseguiu ficar muito básico, algo é claro que que acabou dando uma cara de farsante ao filme. Parece que tentaram fazer uma coisa e no meio do caminho viram que não daria certo, e resolveram seguir assim mesmo, só que esqueceram de detalhes bem importantes, como por exemplo, alterar o nome do filme. Bem complicado, não?
Por fim, podemos dizer que algumas cenas foram bem criativas, como a do ônibus escolar e a cena que ocorre no quarto de Ron Grady, mas a verdade é que isso, perto do que o vilão Freddy representa, pareceu-me bem pouco. Fundamentalmente falando, o filme é um espetáculo de como não descaracterizar um personagem, algo que pode ser feito, não sou de forma alguma contra isso, desde é claro que ocorra de uma maneira eloquente, e este Freddy, definitivamente, não convenceu. Ele está assustador e com um visual ainda mais impecável, mas sua descaracterização pareceu tão forçada, que senti algumas vezes que quem estava cometendo os assassinatos era algum irmão gêmeo do nosso Freddy. Bizarro, não? - O filme é bacaninha, é divertido, mas esse papo de que é preciso acordar para ver Freddy, pelo menos para mim, não colou. A ideia é boa, mas faltou tempero e/ou fermento. Paola Carosella diria que faltou um pouco de sal. Espero que aqueles que gostaram do filme não se chateiem, mas foi o caso desse longa-metragem.
Momento:
“Preciso de você, Jesse. Temos um trabalho especial a fazer. Você tem o corpo, e eu tenho o cérebro. ”
Convenhamos que essa obra tem lá os seus equívocos, tais como: atuações abaixo da média, cenas forçadas, momentos acelerados ou mal explicados e até mesmo um excesso de fantasia, contudo, quando falamos dos seus pontos positivos, e principalmente, de toda a sua qualidade e de todo o seu legado, a verdade é que todas essas ocorrências se tornam esquecíveis e meramente secundárias.
Esse filme, antes de qualquer coisa, é um clássico com muito merecimento, e não importa que você pense diferente disso. Isso é fato consumado. Estamos falando de um dos filmes mais poderosos do gênero terror, e aquele que trouxe para as telas do cinema o mítico serial killer, Fred Krueger. Isso é algo que não ocorre todo dia. Personagens desse nível não são desenvolvidos em filmes sem potencial, apenas em obras poderosas. Uma coisa é você não gostar de filmes do gênero e meter o pau nessa obra, outra coisa é, ainda que com todos os defeitos que essa obra possa possuir, você não reconhecer o quanto essa obra é contemporânea, clássica e, principalmente, pioneira. Veja bem, um serial killer que, ainda que não tenhamos até aqui uma explicação convincente para isso, invade o sonho das pessoas, e a forma como o faz, cara, isso é muito desbravador, agora, imagine isso acontecendo nos anos 80, deu para entender? - Um grande exemplo é a cena em que Nancy está adormecendo na banheira, que tomada de câmera, um momento singular, daqueles inigualáveis e únicos na história dos filmes de terror. Essa obra ainda tem um Johnny Depp disparando no inicio do filme "a moralidade é uma droga", pense novamente, tem certeza que esse filme não é um clássico dos filmes de terror? hahahaha
A Hora do Pesadelo foi e é um marco, um filme que superou barreiras, apenas aceite. Um autêntico clássico do terror. Não há nada mais a ser dito sobre esse filme: é aceitar ou se calar - mas se preferir dormir, que tenha bons sonhos, porém não se esqueça, talvez seja melhor ficar acordado. :)
Momentos:
"Um, dois. O Freddy vem te pegar. Três, quatro. A porta é bom trancar. Cinco, seis. Tenha um crucifixo ao lado. Sete, oito. É melhor ficar acordado. Nove, dez. Voltar a dormir nem pensar."
A Maldição da Casa Winchester é um filme com um argumento bastante interessante, contudo, por conta da sua conduta pouco ambiciosa, é uma obra que acaba se destacando exatamente pela sua parte técnica e visual. É um longa-metragem que além de ser bem produzido, tem bons efeitos visuais, ótima fotografia e não é daqueles filmes que ocultam imperfeições com aquele conhecido excesso de escuridão tão comum em filmes de terror, todavia, a verdade é que excluindo essas ocorrências, esse filme acabou ficando bem parecido com muita coisa que já vimos por aí.
AMCW falha principalmente quando opta por não apresentar suas alegações de uma maneira mais ambiciosa. Seu roteiro é apoiado em um fundamento bem convincente e original, só que é visivelmente vitimado pela falta de ganância. Dava para ir mais longe, mas quando deveria mergulhar fundo no embasamento histórico e na polêmica em torno da família e do mercado de armas de fogo, infelizmente a obra acaba prezando pelos jump scares para dar um susto na galera. Escolha que se revelou bem lamentável, já que poderia ser concebido um filme assustador e mais informativo. E essa falta de coragem, além de deixar um gostinho amargo, acabou também condenando essa obra para a prateleira dos filmes de terror razoáveis. Infelizmente ou felizmente, apesar da presença constante de Sarah Snook e Helen Mirren na tela, não foi dessa vez que tive meu coração acertado por uma Winchester. Quem sabe em um segundo volume.
Momentos:
“-Sabe qual é o monstro mais aterrorizante, Doutor? -Não. -O que convidamos a entrar em nossa casa.”
“Crueldade, pesar e perda levam a atos inimagináveis.”
Pantera Negra é mais uma obra de sucesso que apresenta a conhecida e efetiva fórmula da Marvel na construção de filmes sobre super-heróis, contudo, exclusivamente para essa obra, tivemos a adição de um elemento extra, que foram os frequentes questionamentos sobre questão racial e social apresentados pelo longa-metragem.
O grande trunfo de PN é que ele não traz apenas isso como destaque, essa obra também brilha pelo seu aspecto visual. Entendo que isso nem é considerado novidade quando falamos de filmes da Marvel, mas aqui pegaram pesado, de forma que podemos dizer que PN realmente foi além nesse quesito. O cardápio apresentado foi extenso e variado, com belas fotografias e paisagens, cenas de ação muito criativas e um trio lindo e determinado de mulheres protagonistas, que cá entre nós, estiveram maravilhosas e não forçaram a barra uma única vez para o lado erótico, apaixonei, que damas lindas!, elas são as verdadeiras panteras negras, que unidas foram os verdadeiros alicerces de força e beleza de Wakanda e dessa produção.
Quanto ao aspecto técnico, de maneira resumida podemos dizer que PN é um filme dinâmico, corajoso, visualmente bonito e com uma trama, que apesar de um pouco clichê, esteve redondinha e convincente. Gostei especialmente das referências aos filmes de 007 e De Volta para o Futuro, como não notar?, e também do antagonista, e especialmente, da sua motivação. Prova disso, é que o seu último momento foi uma tacada certeira dos produtores, e deixou um gostinho de quero mais, mas, ainda assim, o filme ficou bacana e certamente vale uma conferida.
Momento
“-Talvez ainda possamos curá-lo. - Para quê? Só para poder me prender? Só me joguem no oceano com meus ancestrais que pularam dos navios. Pois sabiam que a morte era melhor do que a prisão.”
Falcão Negro em Perigo é um dos filmes de guerra mais poderosos e angustiantes, e certamente, pertence ao grupo de filmes que mais evidenciam uma das maiores questões em torno das motivações de uma guerra, que seria: precisava disso tudo mesmo?
Impressionante, você fica abismado como morrem pessoas por conta de desejos egoístas e manias infantis de controle. Esse filme tem até aquela "americanizada" básica, mas, nesse sentido, a obra é muito interessante e tem muitos pontos positivos. Ela é também impecável em algumas tomadas de câmera e momentos-chave: como não refletir sobre uma cena em que crianças brincam com uma hélice de um helicóptero abatido? – Tocante. Esse longa-metragem brilha em momentos assim, tratando tudo com a naturalidade que uma obra dessa ordem exige.
Quanto aos momentos de tensão, diria que são extremamente inquietantes. O conflito entre os soldados americanos e os milicianos somalianos é um dos mais incríveis já vistos em filmes sobre guerras recentes. O tiroteio comendo solto e aqueles civis correndo de um lado para o outro com um lança míssil e depois com uma criança morta, é definitivamente uma das combinações mais loucas já vistas em filmes do gênero. Os momentos em Bakara são tenebrosos, de forma que, quanto mais os militares tentam reparar um problema, mais o conflito se prolonga, o que causa uma imensa angustia, e isso tudo em uma região em que todos querem, literalmente, arrancar a cabeça dos caras. Surreal!
Agora, quando falamos do desenvolvimento dos personagens, confesso que que não gostei muito de como o filme trabalhou essa área, achei acelerado e um pouco confuso, você acaba se acostumando, mas poderia ser melhor. Não sei dizer se foi o fato de serem muitos protagonistas ou se realmente os personagens não foram trabalhados a contento, o fato é que não ficou ideal, e penso que a introdução do filme, apesar de ser boa, falhou muito nesse aspecto. O elenco até ajuda, já que é de qualidade e com muitos ainda buscando o seu espaço, com o destaque indo para os personagens de Eric Bana e Tom Sizemore, que brilharam nas cenas de conflito ideológico, que por si só, valeram todo o filme. Deixo aqui também uma menção honrosa para William Fichtner e Ewan McGregor, que com o seu café, mostrou que a bebida prazerosa resolve muita coisa, inclusive a tensão de um conflito armado, afinal de contas: “o segredo está na moagem. Nem muito fino, nem muito grosso.” E FNP parece ter usado a mesma fórmula: nem muito fino, nem muito grosso, o que imediatamente o torna um filme violento, mas também, uma obra que proporciona muitas reflexões. Não espere pelo filme perfeito, mas sim, por um filme com grandes momentos e que cumpre sua missão. Bom filme !
Esse OVA deixa bem claro o quão bem os personagens em Hajime no Ippo são trabalhados. A maneira com que são desenvolvidos é muito interessante, acabamos ficando sempre em cima do muro, sobre quem seria o merecedor da vitória.
O anime é fabuloso, não tem o que falar, e esse OVA, para a nossa alegria, mantém esse padrão. O interessante é o foco que é dado em Mashiba e no Kimura, com os outros sendo colocados em segundo plano. A visão, vida pessoal e percepção dos fatos por intermédio destes, também foi um ponto muito bem explorado, e quem conhece o anime, sabe como isso é sempre muito bem feito. Mashiba vs. Kimura foi mais uma bola dentro gigantesca, de forma que, esse OVA se tornou praticamente obrigatório para todo o amante das histórias de Hajime no Ippo. Que luta, ameeeegos !!! Aproveitem !
Momentos:
"Está tão equilibrado, Kimura-San..... Que não vejo fraqueza alguma. Mas, por outro lado....Não tem nada de forte, também. E também nenhuma arma. Sem isso, os seus adversários não vão hesitar em atacá-lo diretamente. Não há nada para se temer. Acredito que o Mashiba pensa o mesmo."
"Essa sua insanidade é a fonte da sua força. Mas, algum dia, vai perceber. Tenho certeza. Enquanto vencer, quando chegar ao topo do mundo. Não será o mundo que mudará, e sim , você."
Aqueles que acompanham animes sabem como é comum um filme perder o ritmo quando comparado ao anime que o originou, contudo, em Champion Road, felizmente, isso não acontece e o bom ritmo do anime é mantido.
Hajime no Ippo: Champion Road apresenta uma trama coesa, emocionante e bem divertida, e além disso, para a nossa alegria, todos os personagens, incluindo o adversário de Ippo, continuam cativantes e com ótimas motivações. Portanto, não perca tempo e confira, essa obra é mais do que obrigatória para todo o espectador apaixonado pelas histórias de Ippo e sua turma.
Momento:
"Sanada-san me fez lembrar de algo que quase tinha esquecido. Graças a isso, posso desejar uma meta maior. Até que eu sabia o significado de ser forte, continuarei como um desafiante."
A verdade é que, apesar das críticas, esse Thor é um filme divertido. Confesso que ri com muitas das piadas existentes no filme, mas, o fato é que também foi um tanto estranho, ao menos para mim, ver um tema aterrador como o Ragnarok, ser tratado nas telas do cinema com tamanha leveza e humor. O que posso dizer, de maneira geral, é que gostei dessa repaginada no temperamento do filho de Odin, o tom ficou bacana, e a escolha do elenco também foi muito acertada, definitivamente tivemos duas baitas surpresas com as atuações de Cate Blanchett, como Hela, e Jeff Goldblum, como o Grão-mestre, que estão simplesmente impecáveis, perfeitos, e só posso dizer que caíram extremamente bem em seus personagens.
Agora, voltando a falar do longa-metragem, é até complicado dizer, mas, digamos que se trata de um filme que diverte e que cai bem com uma cervejinha e amendoins, já que o seu clima favorece um tira gosto. O filme é leve, não é pra causar tensão. O que não pode ser feito, é ir com muita sede ao pote pensando que irá se deparar com um filme apreensivo e apocalítico, não, esse longa-metragem é bem diferente disso. A impressão que fica é que o tema até não sugere o uso de tanto humor, o que com razão, acabou causando estranheza em alguns, mas, ainda assim, é certo dizer que o resultado final de Thor: Ragnarok é o de um filme agradável e que vale a pena ser conferido.
Momentos:
“-Não é possível. -Querido, você não faz ideia do que é possível. ”
“-Meu nome é Grão-mestre. Eu comando um pequeno espetáculo chamado Torneio dos Campeões. Tem gente que vem de longa participar à força dele. E você, meu amigo, pode estar no novo elenco. O que acha? -Não somos amigos, e estou cagando para seus jogos. Vou voltar para Asgard. -Ass-gard. (risadas)”
Liga da Justiça é um filme que cumpre o que promete. Ele é divertido, envolvente e até apresenta certa originalidade. Seus efeitos especiais, evidentemente, são muitos, e parecem exagerados em determinados momentos, mas, apresentam qualidade o suficiente para convencer o espectador. Além disso, o filme apresenta bons momentos de ação e tensão, diria que escorregou somente ao apresentar uma trama pouco convincente e com praticamente nenhum embasamento histórico. Talvez, veja bem, eu disse talvez, a solução seria uma introdução mais extensa e uma carga maior de drama, essa negligência com a formatação da história acabou pesando no impacto emocional da obra, falha grave, mas nada que o tire o seu brilho. Liga da Justiça tem lá os seus equívocos, mas é bom o suficiente como garantia de entretenimento.
Podem ir fundo, que para um blockbuster, esse filme fez bem o seu papel. Povo precisa entender que tem filme que nasce para ser puro divertimento, está lá para isso, e são para serem assistidos com bastante pipoca e guaraná bem gelado. Façam isso (com um sexo depois é melhor ainda) e serão mais felizes, e consequentemente, encherão menos o saco dos outros com essa babação de ovo em torno de herói preferido.
Momentos:
“Um conhecido dizia que esperança é como a chave do carro. Você perde fácil. Mas, se procurar, costuma estar por perto.”
“-Eu não acredito. Quem é você? -Alguém que crê.”
“-Qual é mesmo seu superpoder? -Sou rico.”
“Vocês todos são fracos demais para ver a verdade. -Bom, eu acredito na verdade. Mas também sou fã da justiça.”
A Garota Exemplar é um filme muito acima da média. Sua história pode até ser algo que beira o surreal, mas que sinceramente, tem muito mais proximidade com o que é real. Esse filme é praticamente uma videoaula sobre como agir, ter sensibilidade e principalmente empatia durante uma relação. É uma obra que busca o impacto, e que por conta disso, desequilibra e desestrutura o espectador, que acaba ficando de queixo caído com o que está testemunhando. Ele fica atônito por achar que aquilo não é possível, mas, veja bem, o mais tenebroso nisso tudo, é pensar que todo o seu desenrolar pode estar ocorrendo em maior ou menor proporção, em alguma família perto de você. Isso é muito sinistro. E é por conta disso, que acredito que apesar de parecer insana e absurda, toda a sua narrativa foi algo que, pelo menos para mim, sempre esteve mais próximo do mundo real. Esse filme é da carne, e histórias reais, nem sempre tem finais felizes.
Confesso que, apenas na área investigativa, o roteiro de A Garota Exemplar acabou me deixando um tanto incomodado. Há um excesso de falta de perguntas, questionamentos e de preguiça investigativa da parte dos agentes federais. Diria que foram mais agentes facilitadores do desenrolar do filme, do que propriamente agentes federais. O fato é que para o espectador mais atento, essa negligência investigativa acabou sendo algo que incomodou verdadeiramente. Paciência, acontece..... Mas, enfim, excluindo essa ocorrência, podemos dizer que esse longa-metragem foi formidável em todos os outros aspectos. Um grande filme sobre relacionamento que, de maneira emblemática, soube como dar originalidade à sua boa argumentação, o que acabou resultando em uma obra magnífica e diferenciada em todos os aspectos. Algo que, obviamente, só um clássico do cinema consegue fazer. Grande filme.
Momentos:
“- Prometa que nunca seremos como eles. - Como quem? - Os casais que conhecemos. Esposas que tratam maridos como macacos amestrados, treinados e exibidos. - Maridos que tratam esposas como uma “rádio patroa”, a ludibriar e evitar. ”
“Não me assustei por ele me empurrar. Me assustei pelo tanto que ele queria me ferir mais. Me assustei por finalmente notar, que tinha medo do meu próprio marido. ”
“Fomos felizes fingindo ser outras pessoas, o casal mais feliz que conhecíamos. ”
A proposta para esse novo Jumanji, quem diria, funcionou e o filme acabou ficando bem divertido. Convenhamos que, não dá para ser muito exigente com o roteiro, né? Tipo, imagina, um jogo de tabuleiro se tornar de um dia para o outro um videogame. Ignora isso, o negócio aqui é esquecer esse tipo de coisa e se divertir, porque esse filme ficou engraçado.
O resultado final de Jumanji é o de um filme que tem lá os seus equívocos, mas que não ficou ruim, é bem divertido, original e ainda rende boas risadas. Pode ir em frente e assistir, e no desfecho, não esqueça de dizer: Jumanji.
Momento:
"- É mais fácil ser corajoso quando se tem vidas sobrando. É bem mais difícil quando você só tem uma vida. - A gente sempre só tem uma vida, cara. É tudo o que a gente tem. É assim que funciona. A questão é: como você a vive? Que cara você vai querer ser?"
Essa animação é uma fofura, puro encanto. Podem até discordar, mas é inegável o quanto faz um bem danado assistir ocasionalmente uma obra como essa, que exala vida e exemplos positivos de amizade e amor. Epa! Cadê o Noé? é um filme bem certinho, tem uma trama redondinha e os personagens são todos cativantes. Além disso, os traços dos desenhos estão bem refinados e a qualidade visual da animação está muito boa. Os Nestrians e os Grymps são muito lindos, cada um ao seu modo, e é difícil não ser envolvido por eles. Uma graça. Pode largar seu preconceito e se entregar a essa divertida e amorosa animação. Vai valer a pena.
Momento:
“Espera aí, acho que já sei o que pode resolver isso. (um breve silêncio) Alguém precisa de um abraço.”
Impossível citar este filme sem usar a palavra clássico. Penso ser unânime, o tamanho da representatividade desta obra para o mundo do cinema, e do quanto é única e impossível de ser plagiada dentro da sétima arte. Sua época de produção, sua idealização, seu conceito e sua abordagem, unidos, são a representação de um trabalho impossível de ser alcançado por outro longa-metragem. Forrest Gump pode ser uma obra redentora e magnífica como muitas obras, mas sua amostragem dos fatos, é algo muito pessoal e único, e tudo porque não nascem "Forrests" todos os dias. O filme se funde, de maneira inteligente, com o protagonista e o seu jeito peculiar de lidar com os fatos, o que praticamente o tornou à prova de cópias e tão único como o próprio protagonista. Não há dois Forrests, não há dois contadores de histórias tão contundente, e é por isso que essa obra será sempre contemporânea e única. A forma com que apresenta o drama, a comédia, o romance e até mesmo o medo ou ação, é algo assim, digamos, muito pessoal e franco. Prova disso, é que ao seu fim, a impressão que fica não é a de que acabamos de assistir a um bom filme, mas sim, a de que finalizamos a leitura de um dos livros mais geniais e pessoais já produzidos.
Podemos dizer que Forrest Gump soube ser esplêndido do seu jeito, ou em outras palavras, que empregou muito bem uma fórmula de puro encantamento, que nos mostra que a fantasia pode ser real. É um filme que encanta, e é “verdadeiro” o tempo todo. A oportunidade de aprendizado que essa obra proporciona, por intermédio do jeito simples com que Forrest vivencia os fatos é extremamente oportunista, é cativante observarmos como podemos aprender com a sua visão, determinação, franqueza e fidelidade. Magnífico! Isso tem muita relação com algo que vivo dizendo: aproveite a oportunidade de conhecer uma nova pessoa, pois, há muitos gênios anônimos e pessoas legais por aí.
A verdade é que a história desse filme é linda e encantadora, mas também temos uma obra transcendente no quesito técnico: seu roteiro, fotografia e trilha sonora, puxa vida, estão completamente alinhados com o filme e a história americana. Um feito histórico. A OST do filme é uma autêntica viagem pela cultura americana, de tão abrangente e bem selecionada que foi. Mais do que um grande longa-metragem, Forrest Gump é uma obra que merece uma revisita, toda vez que precisarmos daquela reanimada em nossa determinação, e é também necessária, para que não esqueçamos a capacidade de encantamento que belas histórias podem produzir, e que nunca percamos a capacidade latente de sonhar. Finalmente finalizando, o que posso dizer é que você vá e corra atrás dos seus sonhos, ou não, já que apesar de ter corrido tanto, para Forrest, parece não ter acontecido exatamente assim:
“Na verdade, eu corria para chegar aonde estava indo. Nunca achei que isto ia me levar a lugar algum.”
Grande Forrest !!! Grande filme !
Momentos:
“Minha mãe sempre dizia...” – todas as inúmeras vezes, que gracioso.
“Por que você não me ama, Jenny? Eu não sou inteligente, mas sei o que é o amor.”
Essa animação ficou um barato. Ela pode até ter uma pegada mais infantil, mas ainda assim, é muito divertida e agradável de ser assistida por pessoas de todas as idades. A história de amizade entre os meninos protagonistas é algo muito agradável de acompanhar, e os dois ao lado do Capitão Cueca, certamente proporcionam muitas risadas sinceras e bons momentos de reflexão.
Como já dito, este filme do Capitão Cueca pode até aparentar ser um filme bobo e infantil, mas está longe de ser exatamente isso, em alguns momentos realmente parece um filme inocente, mas também é uma obra que possui excelentes recursos, e sabe nos momentos oportunos, como transmitir uma mensagem mais madura. O filme proporciona um encontro produtivo entre inocência e maturidade, e o faz de maneira tão leve e graciosa, que acabamos esquecendo o quanto o mundo lá fora anda violento, e cheio de gente desagradável com suas ideologias e conflitos igualmente chatos. É um filme que comemora o bom humor e o poder que uma boa risada pode trazer à vida de alguém. Posso garantir que essa obra vale uma conferida e que o seu riso estará assegurado, ah não ser é claro, que você não tenha um rá-rá-riso-frouxo-lâmalus. Hahaha
Momentos:
“-Sr. Hutchins, eu tenho que falar, seus desenhos ficam melhores a cada edição. -Porque suas palavras servem de inspiração, Sr. Beard. -Boa noite, Harold. -Boa noite, George.”
“-Não entendo. Por que o Krupp é tão zangado, e o Capitão Cuece é tão feliz? -Deve ser porque o Capitão Cueca tem a gente. Ele tem amigos.”
“Olha o que consegui. Uma escolinha cheia de criancinhas e professorezinhos com salários minúsculos, que refletem o seu tamanho e o valor que a sociedade dá à educação.”
Está aí um filme com uma trama bem fantasiosa, mas que é bem divertido de ser assistido. Ele simplifica algumas questões e possui um roteiro que praticamente ignora explicações, tipo, é assim e pronto, mas, por um outro lado, também temos um longa-metragem que não apela para uma linguagem difícil, o que o transformou, de maneira acertada, em um filme leve, dinâmico e divertido. Filmes devem ser assim: se comunicar com facilidade com o espectador.
Houve um outro ponto que achei acertado, foi a possibilidade de acompanharmos uma evolução moral e do lado humano da protagonista. Isso foi muito oportuno, já que possibilitou a abordagem de bons temas de reflexão, e ainda manteve a sua leveza e amadureceu o filme como um todo. Grande sacada. O que posso dizer é que esta obra pode até não possuir a profundidade de outros filmes que abordam voltas no tempo, mas a realidade é que também está muito distante de ser um filme desagradável. Certamente recomendo uma conferida, já que o que temos, é um filme gostosinho de assistir.
O ponto negativo vai para esse nome traduzido para o BR, que falta de criatividade. Acabou se tornando um baita spoiler, afinal de contas, no filme, o assassino é aquele que dá os parabéns. Sejam menos ridículos, tradutores, vocês são melhores que isso.
Momentos:
“Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida.”
“Não posso mudar o que fiz, mas posso tentar ser uma pessoa melhor hoje.”
“É engraçado. Quando você revive o mesmo dia várias vezes, começa a ver quem é de verdade.”
Confesso que não vi um filme extraordinário e inovador como dizem por aí, posso até fingir o contrário, mas a verdade é que essa obra tem a cara que eu temia que tivesse. Idealizei algo parecido com um Stranger Things com o nosso Penny de brinde, e cá entre nós, o resultado ficou bem próximo do que imaginava.
Quanto ao filme, diria que como muitos, fui pego pela sua divulgação. Fiquei muito empolgado e me enchi de expectativa. Havia todo um marketing especulativo gerado nas mais diversas mídias, além disso, tínhamos à disposição um extenso material de divulgação com vídeos, entrevistas e memes para todos os lados, enfim, de repente, de um dia para o outro, o danado do Pennywise estava em todos os lugares. Óbvio que pensei: “oh loko, dessa vez vai, finalmente um filme de terror além do seu tempo”, mas aí veio a frustração, excluindo a soberba produção e efeitos do longa-metragem, admito que pelo menos para mim, esta obra foi digerida como uma grande decepção.
O filme não é ruim, longe disso, mas esperava um longa-metragem de terror/suspense muito diferenciado, algo que realmente me fizesse sonhar com o retorno dos grandes filmes de terror, mas não, a verdade é que It- A Coisa está bem longe de ser o filme de terror definitivo. Entendo quando dizem que esse longa-metragem é melhor do que praticamente tudo o que nos acostumamos a ver no atual cinema de terror, contudo, isso não quer dizer que esse filme seja emblemático. O que temos é mais uma boa história que acabou se entregando ao oba-oba, justamente quando preferiu exibir uma trama de terror mais vendável, em detrimento é óbvio, de algo mais desafiador e ousado. Seus bons elementos estão todos na tela, mas não com o devido arrojo, há de fato um ótimo trabalho visual com o sinistro palhaço protagonista, e além disso, posso até dizer que a história de amizade entre as crianças é interessante e vale uma menção honrosa. Falo sobre as crianças desta forma, porque sinceramente, isso também poderia ser melhor trabalhado, já que ao meu ver, faltaram aos personagens mais camadas de desenvolvimento. O filme é extenso, mas nem por isso foi expansivo nesse aspecto.
Sinceramente, espero que tenham guardado as inovações para o próximo volume, já que excluindo a mitologia em torno do sinistro palhaço, a verdade é que todo o restante é muito equivalente ao que já vimos em outras boas produções do cinema de terror atual. Dito isso, agora só resta torcer para que, em uma possível sequência, o retorno financeiro seja posto um pouco de lado e tenhamos um filme mais ousado e atrevido em todos os aspectos.
Momento:
“-Eu não posso aceitar coisas de estranhos. -Bem, sou Pennywise, o Palhaço Dançarino. “Pennywise” ? ”Sim.” “Este é o Georgie, Georgie, este é o Pennywise.” Agora não somos mais estranhos, somos? “
Esse segundo Kingsman tem uma pegada diferente do primeiro e pode até ser inferior em alguns aspectos, mas a verdade é que ainda que possua alguns equívocos, continua tão divertido quanto o seu antecessor.
Aqui em o Círculo Dourado, vemos um filme um pouco diferente, com mais recursos tecnológicos sendo utilizados e um roteiro menos aprimorado, contudo, temos uma temática mais atual e próxima da realidade, que inclusive apresenta um bom repertório de cutucadas e reflexões antidrogas. Um outro ponto positivo desta obra vai para a formação de mais um dedicado e primoroso elenco, e que sintonia entre eles hein, o set do filme deve ter sido uma festa. Agora, o que foi o Elton John se destacando no meio de tantos monstros da sétima arte. Que mito !!! Já era um admirador do trabalho do Rocket Man, agora então, enfim, irretocável, não tenho o que falar. Seus momentos no filme, somados, foram a cereja do bolo nesse divertido e movimentado filme de ação e aventura. ♪♫♩♫ “Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday night's alright, Heyyyy…” ♪♫♩♫
Momentos:
“A conduta define o homem.” Sempre !!!
“Saiba que ter algo a perder, é o que dá sentido à vida.”
“-Agora vá salvar o mundo. -Se eu salvar o mundo, me dá 2 ingressos pro seu show? -Querido, se salvar o mundo, eu te dou acesso pelos fundos.” Elton Mito John hahahaha
Esse longa-metragem é muito irado. Mortal Kombat é daqueles pipocões de porradaria que cortejam a excentricidade em muitos momentos. Além disso, ele apresenta um anticlímax muito sem noção, contudo, mesmo apresentando tais momentos, é um filme que entretém o espectador, de forma que, ainda hoje, é possível dizer com toda a certeza que este é um dos melhores filmes baseados em jogos de vídeo game.
Furos de roteiro e esquisitices à parte, é incrível perceber como essa obra envelheceu bem. Assisti-la é também algo muito nostálgico. Diria que hoje, esse filme funciona como uma espécie de tributo ao famoso jogo de luta de mesmo nome, que fez muito sucesso no início da década de 90. "Flawless Victory ! Test your Might !"
Momento:
“Ouçam, o que estão para enfrentar é muito mais importante do que o ego, o inimigo ou a busca por vingança. Vocês embarcaram em uma missão sagrada. Foram escolhidos para defender o reino da Terra em um torneio chamado Mortal Kombat.”
Podem meter o pau, não estou nem aí, mas, nunca vou achar um filme excepcionalmente bom, apenas por ele ser difícil e possuir quase que um enigma como pano de fundo. Não, não posso fazer isso, até porque não sou o Robert Langdon, sou apenas um espectador que quer se divertir assistindo um filme, seja ele de fácil entendimento ou não. Aliás, diga-se de passagem, divertir é o que esse Primer não procura fazer.
Sejamos sinceros, esse longa-metragem só é adorado por ser um filme difícil, só por isso e olhe lá, e por conta dessa ocorrência, acabou se tornando o carro chefe da galerinha que gosta de bancar a entendida em obras complexas. A verdade é que Primer não procura envolver o espectador de maneira alguma, e a intenção é essa. Isso é loucura. Oras, se você quer transmitir uma ideia difícil com mais facilidade, o mínimo que você precisa fazer é cativar aquele que assiste, e esse longa-metragem propositalmente não faz isso. É inacreditável, mas o que ele faz na verdade é uma grande covardia com o espectador, que é utilizar o tédio como arma para dificultar o seu entendimento.
Não venham também dizer que depois que você entende o filme, a obra se torna primorosa. Não tem varinha de condão ou mágica, isso não é Harry Potter. Pera lá, o filme vai continuar chato, sim. Não seja um pseudinho, nada vai tirar isso desse filme, ele é extremamente entediante, ainda que bem curto. Seu roteiro é uma bela porcaria passada na manteiga, e enrola mais do que namorada saidinha que quer dar um balão em uma sexta-feira. Esse papo de “vamos deixar em aberto”, “livre entendimento do espectador” ou “uma terceira máquina que ninguém ver”, sério, não é assim, vamos jogar limpo. O negócio é roteiro confuso mesmo, menos, menos, não vamos exagerar.
Primer, no mundo real, está mais próximo de uma questão de prova científica do que da sétima arte. Veja bem, o ser humano é um tipo de animal muito estranho. Onde você pode achar bom um filme entediante de pouco mais de uma hora, que depois que você assiste, tem que sair pela internet buscando informações que somam quase o tempo do filme, somente para entender completamente o que aconteceu. Convenhamos, é mais difícil entender esse comportamento do que o próprio filme. A verdade é que Primer é nada mais do que uma forçada de barra, que no seu caso, exageraram de maneira providencial para transformar algo básico em um produto erudito. Primer parece aquele amigo metido que se comunica usando linguagem rebuscada em busca de destaque. Infelizmente, vou deixar essa obra com duas estrelas só por conta da propositura do filme, pois, seria injusto colocar mais estrelas, já que o filme é demasiadamente chato e excessivamente sugestivo, sinto muito Primer, mas não vou cair na sua armadilha.
Momento:
“Mas o que é pior? Achar que está sendo paranoico ou saber que deveria estar sendo? “
Não é nem um comentário, é mais uma nota de agradecimento. Antes de tudo, obrigado Villeneuve, não deve ter sido fácil.
Então, vamos lá. Esse filme é prova fiel de mais um trabalho realizado com respeito e muito esmero da parte de Denis Villeneuve. Ele e sua equipe conseguiram ir além da competência em um trabalho muito complicado de ser realizado, mas de tão dedicados que foram, realizaram um filme portentoso em que é possível perceber em cada ato o quanto foi estudada e prezada a obra original. Algo de fã para fã. A intenção desse comprometimento é bem óbvia: respeitar o trabalho do outro. Aí te pergunto: como realizar um trabalho fiel adicionando novos elementos e sem desrespeitar a obra original? Pois é, pensando menos em grana e mais em respeito, apenas sigam o exemplo desse cara, ele mostrou como deve ser feito.
O resultado, como previsto, foi o de um longa-metragem eficiente, grandioso, contundente e que busca acertar em cheio o coração do nostálgico espectador. Digamos que, Villeneuve e sua turma obtiveram êxito nessa missão baseado em duas frentes: em um primeiro momento, quando buscou sensibilizar através do drama pessoal vivido por cada personagem, seja ele um replicante como Sapper ou uma linha de programação mais simples como Joi, e depois, em um segundo momento, quando procurou despertar surpresa e encantamento com a apresentação de uma formidável, excelente e muitas vezes depressiva fotografia futurista cyberpunk. Para este espectador, que assimilou essa proposta, BR 2049 definitivamente foi uma experiência ainda mais transcendente.
Como já é possível perceber, BR 2049 é um filme que agradou não apenas no aspecto visual, mas também com a sua história, que surpreendeu e foi muito bem construída. Temos aí uma sequência muito digna do clássico oitentista, que eternizou no coração dos apaixonados ou não por ficção cientifica, o mitológico Deckard. Villeneuve não brincou em serviço com esse filme, idealizou prólogos, selecionou a dedo o elenco e depois pegou a prancheta e mandou ver um excelente filme. Soube idealizar polêmica e adicionar novos elementos à trama, algo que, obviamente, poderia acentuar ainda mais a guerra entre humanos e replicantes, e o fez com maestria. Ele e sua equipe conseguiram em quase 3 horas apresentarem um filme seguro, agradável e que talvez contenha um único equivoco, o seu roteiro. Esse longa-metragem apresenta um ligamento entre atos pouco convincente e que foge de explicações, não é porque gostei do filme, que devo ignorar isso, a verdade é que algumas conexões ficaram rasas. Creio que o excesso de milagres e coincidências sem explicações tenham também incomodado outros espectadores exigentes. Sim, milagres acontecem, mas como foi possível tantas coincidências? Há, de fato, um excesso de casualidade que só teria explicação por intermédio de intervenção divina, e quando tais ocorrências deveriam ser explicadas, o longa-metragem acelera e poupa explicações. Um roteiro mais atrevido não seria ruim, e de quebra, agradaria ainda mais aquele espectador que curte um tema bem explicado.
Agora, em todos os outros aspectos, suas decisões foram acertadas, com destaque para o romance entre uma Joi e o protagonista, definitivamente foi uma tacada certeira, que serviu para acentuar ainda mais o drama pessoal vivido pelo isolado replicante interpretado por Ryan Gosling. Não deve ser fácil, pense nisso, ser menosprezado pelos humanos e desrespeitado por seus similares, justamente, porque você vive para aposentar gente como você. Sinistro. Enfim, Jared Leto, a menina das memórias, Luv, Freysa, Sapper e tantos outros, são demonstrações fieis de que BR 2049 mais acerta do que qualquer outra coisa. Só achei que o seu roteiro merecia uma melhor caprichada nas explicações de algumas coincidências e milagres, afinal de contas, uma coisa é poupar o espectador de explicações, e outra é não as ter a contento e atirá-las ao público na forma de acaso ou milagre. É só acertar essa ocorrência em uma já promissora sequência, e certamente teremos uma obra ainda mais histórica do que tudo o que foi apresentado até aqui. Só peço que a continuação da luta pela existência entre humanos e replicantes não dependa da arrecadação do filme nos cinemas, mas sim, do coração e disposição do verdadeiro fã em querer acompanhar o desfecho dessa engenhosa trama.
Momentos:
“O mundo é construído sobre um muro que separa as espécies. Diga a qualquer dos lados que não há um muro e você terá uma guerra. Ou um massacre.”
“O primeiro pensamento tende a ser medo....para preservar o barro. É fascinante. Antes mesmo de saber o que somos, tememos perder isso.”
“Às vezes, para amar alguém, é preciso ser um desconhecido.”
Mãe! é um filme que mergulha bem fundo em um mundo de referências e analogias. Coisa muito interessante mesmo. Achei muito assertiva a maneira que o longa-metragem encontrou para exibir sua proposta, algo bastante intrigante e bem incomum. Digamos que essa obra sugestiona de uma maneira muito satisfatória, insinuando uma maneira de pensar controversa por intermédio de uma oportunista abordagem análoga, e que em nenhum momento diz algo sobre o que está acontecendo. A verdade é que Mãe! é um filme danadinho que soube fugir da polêmica e sugerir como poucos, ou em outras palavras, o que você pensar sobre esse filme, é responsabilidade somente sua.
Agora, esse longa-metragem é daqueles filmes difíceis, é até simples entender o que está rolando, contudo, por apresentar um cardápio repleto de referências, a verdade é que esse Mãe! acabou se tornando uma obra impossível de ser digerida por inteiro em um primeiro momento. É um filme que obrigatoriamente necessita de uma revisita, isso para que todas as suas passagens sejam realmente compreendidas. Óbvio que, por conta dessa característica, Mãe! acaba se tornando um prato cheio para os pseudo intelectuais, que saem de suas tumbas dizendo por aí que entenderam tudo e que esse é um filme para entendidos e blá blá blá, falam sobre como é fácil sacar de imediato as referências e todas essas coisas, e tudo porquê? Por que eles são fodas. Coisa de ego, não é mesmo? Talvez sejam o próprio personagem interpretado por Javier Bardem no filme, sacou? São daquele tipo de personas que precisam de uma atenção.
A verdade é que Mãe! é um filme excelente, dos bons, suas referências são muito interessantes, digo todas elas, do culto ao corpo da mulher na primeira cena até a última referência. O filme realmente deslumbra nesse sentido, temos uma obra que dá uma sinuca no espectador, e já no fim, meio que volta ao início enquanto observa a cara de espanto daquele que assiste. Esse longa-metragem é exatamente isso, é uma obra que sugere o que pensa, mas sem dizer uma única palavra, ou melhor dizendo, Mãe! é a voz do silêncio na sétima arte.
A Hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy
3.0 298 Assista AgoraEsse quinto volume, de certa forma, meio que repete os erros encontrados no quarto volume. Temos uma boa premissa e que em boas mãos poderia convencer, e de fato, tornar este filme uma experiência ainda mais grandiosa. Dentre tais questões, uma tem relação inclusive com a protagonista e o vilão, que é a gravidez não esperada. Uma abordagem mais profunda sobre o tema certamente daria um tom único ao filme, oportunidade não faltou, mas a verdade é que menosprezaram tal premissa, que acabou sendo abordada de uma forma bem decepcionante e nada dispendiosa. O que vemos neste filme é um sem número de temas sérios sendo tratados de uma maneira muito avacalhada, de uma forma bem parecida com o processo de ridicularização que vem ocorrendo com Freddy Krueger, que agora transforma tudo em zoeira e suas mortes parecem despertar mais gargalhadas, do que propriamente terror e pânico.
Confesso que ficou uma pontinha de decepção. Você sente que a cada filme a qualidade da franquia apenas declina, e esse quinto volume deixa isso bem claro de uma forma bem nostálgica. Infelizmente, o maior terror do Freddy pode até amedrontá-lo, mas o filme sobre o seu maior horror passou longe de despertar bons sustos no espectador.
Momento:
"-Não entendo como ele entra quando estou acordada....
Fetos sonham?
-Sim, sonham."
A Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos
3.1 337 Assista AgoraEsse quarto volume de A Hora do Pesadelo é, talvez, muito possivelmente, o filme com a concepção mais complexa sobre sonhos até aqui. Entenda que isso não necessariamente quer dizer que se trata de um bom filme, mas sim de uma obra que poderia ousar e não ousou, e que por conta de escolhas equivocadas acabou apresentando um desempenho bem longe do esperado.
Esse quarto volume tenta, de certa forma, reproduzir o modelo do terceiro volume. Veja bem, se em A Hora do Pesadelo 3 havia uma protagonista que convocava pessoas para dentro dos seus sonhos, neste quarto volume há uma personagem principal que sonha acordada. Entenderam a referência? Parece algo interessante, não parece? – Só que dessa vez não funcionou. O filme acaba apresentando um desempenho bem modesto na continuidade deste conceito sobre as formas de sonhar. A obra apresenta os seus argumentos, para logo em seguida ignorar a sua própria premissa. Nunca é oferecido uma sequência ou profundidade aos fatos, algo que obviamente acabou tornando o filme fatiado e repetitivo.
É triste acompanhar, mas, quem é a maior vítima é o nosso Freddy, que por conta de tantos exageros na economia de algumas explicações, acaba tendo que se desdobrar com um espetáculo ininterrupto de sarcasmo. Ele está visualmente melhor, mas é só isso, sua imagem é tão pessimamente trabalhada que ele já não está tão assustador. Ele até começa com boas passagens, como a que ele diz para Kincaid que não deveria ter sido enterrado, só que fica nisso. Sua personalidade como vilão acaba não sendo tão bem trabalhada quanto o seu aspecto visual, e o resultado é óbvio: um Freddy mais escarnecedor e menos assustador. Ele poderia ser os dois, mas acabou enfraquecido por conta de uma péssima argumentação.
Finalmente concluindo, é preciso compreender que o problema não é o Freddy ser mais sarcástico, mas sim ter mudado repentinamente sem uma prévia apresentação. Isso obviamente, apesar do sucesso financeiro do longa-metragem, acabou causando choque e estranheza, o que para mim, ao menos nesse filme, teve a única intenção de servir como tapa buracos e poupar explicações sobre as teorias em torno dos sonhos da protagonista. O produto final, então, torna-se claro como água cristalina. Temos um filme que visivelmente detém uma premissa poderosa, só que por conta de um roteiro tímido e/ou covarde, acaba apresentando um Freddy com mais tempo de tela e mais sarcástico, algo que evidentemente deixou este longa-metragem mais ágil, contudo, também o tornou um filme menos apavorante e engrandecedor quando comparado com o seu antecessor.
Momentos:
“Não devia ter me enterrado.
Não estou morto.”
“-Como sabe tanto sobre sonhos?
-Quando você só tem isso, vira especialista.”
"Kristen era a última filha das pessoas que o mataram. Vai ver ele só consegue gente nova, se alguém ajudar a levá-las até ele.
A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos
3.5 442 Assista AgoraMuito diferente do segundo volume, para a nossa alegria, este a A Hora de Pesadelo 3 tem todos os ingredientes que esperamos em uma boa sequência. É um filme que além de envolvente, engrandece a ideia originada no primeiro filme, fortalece a imagem do antagonista e o mais importante: adiciona novos elementos à franquia.
O retorno da protagonista do primeiro filme, apesar de uma explicação econômica, foi uma grande sacada. Além disso, o vilão Freddy está em boa forma, mais sarcástico do que nunca e apresentando um repertório de mortes ainda mais criativo do que no filme que o apresentou. O negócio aqui é meio que esquecer o segundo volume e seguir em frente, porque definitivamente esse terceiro volume é a autêntica continuação do primeiro filme, e certamente, um dos melhores e um dos longas-metragens mais significativos da série. Esse terceiro volume é tão emblemático, que se coloca como obrigatório para todo amante dos contos sobre o serial killer da Rua Elm. Vida longa ao filho bastardo da irmã Maria Helena.
Momentos:
“Sono, estas pequenas fatias de morte. Como eu as odeio.
(Edgar Allan Poe)”
“-....Era Amanda Krueger. O filho dela....
-Freddy...
-O filho bastardo de centenas de tarados. Uns dizem que foi morto, mas nunca acharam o corpo.”
A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy
3.1 478 Assista AgoraGalera, uma coisa é gostar do nosso amigo famoso Freddy Krueger, outra coisa é encontrar sentido na trama desse longa-metragem. O que quero dizer é que não tem significado algum a vingança do "simpático" serial killer, já que o nosso amigo sanguinolento não está se vingando de ninguém. É só ver o final do primeiro filme. Não existe retaliação nesse caso, de quem ele está se vingando? - O que o nosso querido vilão faz nesse longa-metragem é basicamente pegar o indeciso jovem para Cristo, que, por um acaso, foi morar na casa em que a família da Nancy morava, e que foi a escolhida, porque sua mãe teve uma treta com o vilão no passado. Aí, sim, tínhamos uma vingança, ok?- Enfim, já nesse segundo filme, podemos dizer que a sua história tem cara de roteiro escrito por gente preguiçosa, mas tudo bem, ainda que meio bizarro, poderiam simplesmente deixar o filme com o nome de “Freddy ataca novamente”, ou sei lá, “Freddy incorpora aquele que não decide se sai do armário”, mas cacete, nunca – “....A Vingança de Freddy”. Concordamos?
Quanto ao filme, como já era previsto por ser mais recente, visualmente se trata de uma obra muito superior à primeira. Os efeitos visuais estão muito bons, de forma que, ainda hoje, se encontram em um nível aceitável. – a cena que ocorre no quarto de Ron Grady deixa isso bem claro, todavia, quando falamos daquilo que não é visual, infelizmente, o filme acaba deixando um pouco a desejar, ficando, inclusive, muito além do nível de criatividade do primeiro filme. A Hora do Pesadelo 2 até apresenta uma premissa interessante, essa coisa de desconstruir a imagem do vilão poderia ter funcionado, isso é claro se o longa-metragem fosse bem desenvolvido, algo que acaba não acontecendo. Meio que resolveram fazer algo diferente e simplificado, mas o resultado basicamente foi um Freddy que agora invade sonhos para poder incorporar e assassinar suas vítimas no mundo real, e é só isso, mas aí você pensa: uau, a ideia é interessante e poderia até dar certo, mas a verdade é que não deu. O roteiro acaba apresentando mais imperfeições do que o rosto do vilão, e ainda conseguiu ficar muito básico, algo é claro que que acabou dando uma cara de farsante ao filme. Parece que tentaram fazer uma coisa e no meio do caminho viram que não daria certo, e resolveram seguir assim mesmo, só que esqueceram de detalhes bem importantes, como por exemplo, alterar o nome do filme. Bem complicado, não?
Por fim, podemos dizer que algumas cenas foram bem criativas, como a do ônibus escolar e a cena que ocorre no quarto de Ron Grady, mas a verdade é que isso, perto do que o vilão Freddy representa, pareceu-me bem pouco. Fundamentalmente falando, o filme é um espetáculo de como não descaracterizar um personagem, algo que pode ser feito, não sou de forma alguma contra isso, desde é claro que ocorra de uma maneira eloquente, e este Freddy, definitivamente, não convenceu. Ele está assustador e com um visual ainda mais impecável, mas sua descaracterização pareceu tão forçada, que senti algumas vezes que quem estava cometendo os assassinatos era algum irmão gêmeo do nosso Freddy. Bizarro, não? - O filme é bacaninha, é divertido, mas esse papo de que é preciso acordar para ver Freddy, pelo menos para mim, não colou. A ideia é boa, mas faltou tempero e/ou fermento. Paola Carosella diria que faltou um pouco de sal. Espero que aqueles que gostaram do filme não se chateiem, mas foi o caso desse longa-metragem.
Momento:
“Preciso de você, Jesse. Temos um trabalho especial a fazer.
Você tem o corpo, e eu tenho o cérebro. ”
A Hora do Pesadelo
3.8 1,2K Assista AgoraConvenhamos que essa obra tem lá os seus equívocos, tais como: atuações abaixo da média, cenas forçadas, momentos acelerados ou mal explicados e até mesmo um excesso de fantasia, contudo, quando falamos dos seus pontos positivos, e principalmente, de toda a sua qualidade e de todo o seu legado, a verdade é que todas essas ocorrências se tornam esquecíveis e meramente secundárias.
Esse filme, antes de qualquer coisa, é um clássico com muito merecimento, e não importa que você pense diferente disso. Isso é fato consumado. Estamos falando de um dos filmes mais poderosos do gênero terror, e aquele que trouxe para as telas do cinema o mítico serial killer, Fred Krueger. Isso é algo que não ocorre todo dia. Personagens desse nível não são desenvolvidos em filmes sem potencial, apenas em obras poderosas. Uma coisa é você não gostar de filmes do gênero e meter o pau nessa obra, outra coisa é, ainda que com todos os defeitos que essa obra possa possuir, você não reconhecer o quanto essa obra é contemporânea, clássica e, principalmente, pioneira. Veja bem, um serial killer que, ainda que não tenhamos até aqui uma explicação convincente para isso, invade o sonho das pessoas, e a forma como o faz, cara, isso é muito desbravador, agora, imagine isso acontecendo nos anos 80, deu para entender? - Um grande exemplo é a cena em que Nancy está adormecendo na banheira, que tomada de câmera, um momento singular, daqueles inigualáveis e únicos na história dos filmes de terror. Essa obra ainda tem um Johnny Depp disparando no inicio do filme "a moralidade é uma droga", pense novamente, tem certeza que esse filme não é um clássico dos filmes de terror? hahahaha
A Hora do Pesadelo foi e é um marco, um filme que superou barreiras, apenas aceite. Um autêntico clássico do terror. Não há nada mais a ser dito sobre esse filme: é aceitar ou se calar - mas se preferir dormir, que tenha bons sonhos, porém não se esqueça, talvez seja melhor ficar acordado. :)
Momentos:
"Um, dois.
O Freddy vem te pegar.
Três, quatro.
A porta é bom trancar.
Cinco, seis.
Tenha um crucifixo ao lado.
Sete, oito.
É melhor ficar acordado.
Nove, dez.
Voltar a dormir nem pensar."
A Maldição da Casa Winchester
2.6 460 Assista AgoraA Maldição da Casa Winchester é um filme com um argumento bastante interessante, contudo, por conta da sua conduta pouco ambiciosa, é uma obra que acaba se destacando exatamente pela sua parte técnica e visual. É um longa-metragem que além de ser bem produzido, tem bons efeitos visuais, ótima fotografia e não é daqueles filmes que ocultam imperfeições com aquele conhecido excesso de escuridão tão comum em filmes de terror, todavia, a verdade é que excluindo essas ocorrências, esse filme acabou ficando bem parecido com muita coisa que já vimos por aí.
AMCW falha principalmente quando opta por não apresentar suas alegações de uma maneira mais ambiciosa. Seu roteiro é apoiado em um fundamento bem convincente e original, só que é visivelmente vitimado pela falta de ganância. Dava para ir mais longe, mas quando deveria mergulhar fundo no embasamento histórico e na polêmica em torno da família e do mercado de armas de fogo, infelizmente a obra acaba prezando pelos jump scares para dar um susto na galera. Escolha que se revelou bem lamentável, já que poderia ser concebido um filme assustador e mais informativo. E essa falta de coragem, além de deixar um gostinho amargo, acabou também condenando essa obra para a prateleira dos filmes de terror razoáveis. Infelizmente ou felizmente, apesar da presença constante de Sarah Snook e Helen Mirren na tela, não foi dessa vez que tive meu coração acertado por uma Winchester. Quem sabe em um segundo volume.
Momentos:
“-Sabe qual é o monstro mais aterrorizante, Doutor?
-Não.
-O que convidamos a entrar em nossa casa.”
“Crueldade, pesar e perda levam a atos inimagináveis.”
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraPantera Negra é mais uma obra de sucesso que apresenta a conhecida e efetiva fórmula da Marvel na construção de filmes sobre super-heróis, contudo, exclusivamente para essa obra, tivemos a adição de um elemento extra, que foram os frequentes questionamentos sobre questão racial e social apresentados pelo longa-metragem.
O grande trunfo de PN é que ele não traz apenas isso como destaque, essa obra também brilha pelo seu aspecto visual. Entendo que isso nem é considerado novidade quando falamos de filmes da Marvel, mas aqui pegaram pesado, de forma que podemos dizer que PN realmente foi além nesse quesito. O cardápio apresentado foi extenso e variado, com belas fotografias e paisagens, cenas de ação muito criativas e um trio lindo e determinado de mulheres protagonistas, que cá entre nós, estiveram maravilhosas e não forçaram a barra uma única vez para o lado erótico, apaixonei, que damas lindas!, elas são as verdadeiras panteras negras, que unidas foram os verdadeiros alicerces de força e beleza de Wakanda e dessa produção.
Quanto ao aspecto técnico, de maneira resumida podemos dizer que PN é um filme dinâmico, corajoso, visualmente bonito e com uma trama, que apesar de um pouco clichê, esteve redondinha e convincente. Gostei especialmente das referências aos filmes de 007 e De Volta para o Futuro, como não notar?, e também do antagonista, e especialmente, da sua motivação. Prova disso, é que o seu último momento foi uma tacada certeira dos produtores, e deixou um gostinho de quero mais, mas, ainda assim, o filme ficou bacana e certamente vale uma conferida.
Momento
“-Talvez ainda possamos curá-lo.
- Para quê? Só para poder me prender?
Só me joguem no oceano com meus ancestrais que pularam dos navios. Pois sabiam que a morte era melhor do que a prisão.”
Falcão Negro em Perigo
3.8 413 Assista AgoraFalcão Negro em Perigo é um dos filmes de guerra mais poderosos e angustiantes, e certamente, pertence ao grupo de filmes que mais evidenciam uma das maiores questões em torno das motivações de uma guerra, que seria: precisava disso tudo mesmo?
Impressionante, você fica abismado como morrem pessoas por conta de desejos egoístas e manias infantis de controle. Esse filme tem até aquela "americanizada" básica, mas, nesse sentido, a obra é muito interessante e tem muitos pontos positivos. Ela é também impecável em algumas tomadas de câmera e momentos-chave: como não refletir sobre uma cena em que crianças brincam com uma hélice de um helicóptero abatido? – Tocante. Esse longa-metragem brilha em momentos assim, tratando tudo com a naturalidade que uma obra dessa ordem exige.
Quanto aos momentos de tensão, diria que são extremamente inquietantes. O conflito entre os soldados americanos e os milicianos somalianos é um dos mais incríveis já vistos em filmes sobre guerras recentes. O tiroteio comendo solto e aqueles civis correndo de um lado para o outro com um lança míssil e depois com uma criança morta, é definitivamente uma das combinações mais loucas já vistas em filmes do gênero. Os momentos em Bakara são tenebrosos, de forma que, quanto mais os militares tentam reparar um problema, mais o conflito se prolonga, o que causa uma imensa angustia, e isso tudo em uma região em que todos querem, literalmente, arrancar a cabeça dos caras. Surreal!
Agora, quando falamos do desenvolvimento dos personagens, confesso que que não gostei muito de como o filme trabalhou essa área, achei acelerado e um pouco confuso, você acaba se acostumando, mas poderia ser melhor. Não sei dizer se foi o fato de serem muitos protagonistas ou se realmente os personagens não foram trabalhados a contento, o fato é que não ficou ideal, e penso que a introdução do filme, apesar de ser boa, falhou muito nesse aspecto. O elenco até ajuda, já que é de qualidade e com muitos ainda buscando o seu espaço, com o destaque indo para os personagens de Eric Bana e Tom Sizemore, que brilharam nas cenas de conflito ideológico, que por si só, valeram todo o filme. Deixo aqui também uma menção honrosa para William Fichtner e Ewan McGregor, que com o seu café, mostrou que a bebida prazerosa resolve muita coisa, inclusive a tensão de um conflito armado, afinal de contas: “o segredo está na moagem. Nem muito fino, nem muito grosso.” E FNP parece ter usado a mesma fórmula: nem muito fino, nem muito grosso, o que imediatamente o torna um filme violento, mas também, uma obra que proporciona muitas reflexões. Não espere pelo filme perfeito, mas sim, por um filme com grandes momentos e que cumpre sua missão. Bom filme !
Momento:
"Só os mortos viram o fim da guerra."
Platão
Hajime no Ippo: Mashiba vs. Kimura
4.4 6Esse OVA deixa bem claro o quão bem os personagens em Hajime no Ippo são trabalhados. A maneira com que são desenvolvidos é muito interessante, acabamos ficando sempre em cima do muro, sobre quem seria o merecedor da vitória.
O anime é fabuloso, não tem o que falar, e esse OVA, para a nossa alegria, mantém esse padrão. O interessante é o foco que é dado em Mashiba e no Kimura, com os outros sendo colocados em segundo plano. A visão, vida pessoal e percepção dos fatos por intermédio destes, também foi um ponto muito bem explorado, e quem conhece o anime, sabe como isso é sempre muito bem feito. Mashiba vs. Kimura foi mais uma bola dentro gigantesca, de forma que, esse OVA se tornou praticamente obrigatório para todo o amante das histórias de Hajime no Ippo. Que luta, ameeeegos !!! Aproveitem !
Momentos:
"Está tão equilibrado, Kimura-San.....
Que não vejo fraqueza alguma. Mas, por outro lado....Não tem nada de forte, também.
E também nenhuma arma. Sem isso, os seus adversários não vão hesitar em atacá-lo diretamente. Não há nada para se temer. Acredito que o Mashiba pensa o mesmo."
"Essa sua insanidade é a fonte da sua força. Mas, algum dia, vai perceber. Tenho certeza.
Enquanto vencer, quando chegar ao topo do mundo. Não será o mundo que mudará, e sim , você."
Hajime no Ippo: Champion Road
4.5 11Aqueles que acompanham animes sabem como é comum um filme perder o ritmo quando comparado ao anime que o originou, contudo, em Champion Road, felizmente, isso não acontece e o bom ritmo do anime é mantido.
Hajime no Ippo: Champion Road apresenta uma trama coesa, emocionante e bem divertida, e além disso, para a nossa alegria, todos os personagens, incluindo o adversário de Ippo, continuam cativantes e com ótimas motivações. Portanto, não perca tempo e confira, essa obra é mais do que obrigatória para todo o espectador apaixonado pelas histórias de Ippo e sua turma.
Momento:
"Sanada-san me fez lembrar de algo que quase tinha esquecido. Graças a isso, posso desejar uma meta maior. Até que eu sabia o significado de ser forte, continuarei como um desafiante."
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraA verdade é que, apesar das críticas, esse Thor é um filme divertido. Confesso que ri com muitas das piadas existentes no filme, mas, o fato é que também foi um tanto estranho, ao menos para mim, ver um tema aterrador como o Ragnarok, ser tratado nas telas do cinema com tamanha leveza e humor. O que posso dizer, de maneira geral, é que gostei dessa repaginada no temperamento do filho de Odin, o tom ficou bacana, e a escolha do elenco também foi muito acertada, definitivamente tivemos duas baitas surpresas com as atuações de Cate Blanchett, como Hela, e Jeff Goldblum, como o Grão-mestre, que estão simplesmente impecáveis, perfeitos, e só posso dizer que caíram extremamente bem em seus personagens.
Agora, voltando a falar do longa-metragem, é até complicado dizer, mas, digamos que se trata de um filme que diverte e que cai bem com uma cervejinha e amendoins, já que o seu clima favorece um tira gosto. O filme é leve, não é pra causar tensão. O que não pode ser feito, é ir com muita sede ao pote pensando que irá se deparar com um filme apreensivo e apocalítico, não, esse longa-metragem é bem diferente disso. A impressão que fica é que o tema até não sugere o uso de tanto humor, o que com razão, acabou causando estranheza em alguns, mas, ainda assim, é certo dizer que o resultado final de Thor: Ragnarok é o de um filme agradável e que vale a pena ser conferido.
Momentos:
“-Não é possível.
-Querido, você não faz ideia do que é possível. ”
“-Meu nome é Grão-mestre. Eu comando um pequeno espetáculo chamado Torneio dos Campeões. Tem gente que vem de longa participar à força dele. E você, meu amigo, pode estar no novo elenco. O que acha?
-Não somos amigos, e estou cagando para seus jogos. Vou voltar para Asgard.
-Ass-gard. (risadas)”
“Preciso dar o fora deste planeta. ”
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraLiga da Justiça é um filme que cumpre o que promete. Ele é divertido, envolvente e até apresenta certa originalidade. Seus efeitos especiais, evidentemente, são muitos, e parecem exagerados em determinados momentos, mas, apresentam qualidade o suficiente para convencer o espectador. Além disso, o filme apresenta bons momentos de ação e tensão, diria que escorregou somente ao apresentar uma trama pouco convincente e com praticamente nenhum embasamento histórico. Talvez, veja bem, eu disse talvez, a solução seria uma introdução mais extensa e uma carga maior de drama, essa negligência com a formatação da história acabou pesando no impacto emocional da obra, falha grave, mas nada que o tire o seu brilho. Liga da Justiça tem lá os seus equívocos, mas é bom o suficiente como garantia de entretenimento.
Podem ir fundo, que para um blockbuster, esse filme fez bem o seu papel. Povo precisa entender que tem filme que nasce para ser puro divertimento, está lá para isso, e são para serem assistidos com bastante pipoca e guaraná bem gelado. Façam isso (com um sexo depois é melhor ainda) e serão mais felizes, e consequentemente, encherão menos o saco dos outros com essa babação de ovo em torno de herói preferido.
Momentos:
“Um conhecido dizia que esperança é como a chave do carro. Você perde fácil. Mas, se procurar, costuma estar por perto.”
“-Eu não acredito. Quem é você?
-Alguém que crê.”
“-Qual é mesmo seu superpoder?
-Sou rico.”
“Vocês todos são fracos demais para ver a verdade.
-Bom, eu acredito na verdade. Mas também sou fã da justiça.”
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraA Garota Exemplar é um filme muito acima da média. Sua história pode até ser algo que beira o surreal, mas que sinceramente, tem muito mais proximidade com o que é real. Esse filme é praticamente uma videoaula sobre como agir, ter sensibilidade e principalmente empatia durante uma relação. É uma obra que busca o impacto, e que por conta disso, desequilibra e desestrutura o espectador, que acaba ficando de queixo caído com o que está testemunhando. Ele fica atônito por achar que aquilo não é possível, mas, veja bem, o mais tenebroso nisso tudo, é pensar que todo o seu desenrolar pode estar ocorrendo em maior ou menor proporção, em alguma família perto de você. Isso é muito sinistro. E é por conta disso, que acredito que apesar de parecer insana e absurda, toda a sua narrativa foi algo que, pelo menos para mim, sempre esteve mais próximo do mundo real. Esse filme é da carne, e histórias reais, nem sempre tem finais felizes.
Confesso que, apenas na área investigativa, o roteiro de A Garota Exemplar acabou me deixando um tanto incomodado. Há um excesso de falta de perguntas, questionamentos e de preguiça investigativa da parte dos agentes federais. Diria que foram mais agentes facilitadores do desenrolar do filme, do que propriamente agentes federais. O fato é que para o espectador mais atento, essa negligência investigativa acabou sendo algo que incomodou verdadeiramente. Paciência, acontece..... Mas, enfim, excluindo essa ocorrência, podemos dizer que esse longa-metragem foi formidável em todos os outros aspectos. Um grande filme sobre relacionamento que, de maneira emblemática, soube como dar originalidade à sua boa argumentação, o que acabou resultando em uma obra magnífica e diferenciada em todos os aspectos. Algo que, obviamente, só um clássico do cinema consegue fazer. Grande filme.
Momentos:
“- Prometa que nunca seremos como eles.
- Como quem?
- Os casais que conhecemos. Esposas que tratam maridos como macacos amestrados, treinados e exibidos.
- Maridos que tratam esposas como uma “rádio patroa”, a ludibriar e evitar. ”
“Não me assustei por ele me empurrar. Me assustei pelo tanto que ele queria me ferir mais. Me assustei por finalmente notar, que tinha medo do meu próprio marido. ”
“Fomos felizes fingindo ser outras pessoas, o casal mais feliz que conhecíamos. ”
Jumanji: Bem-Vindo à Selva
3.4 1,2K Assista AgoraA proposta para esse novo Jumanji, quem diria, funcionou e o filme acabou ficando bem divertido. Convenhamos que, não dá para ser muito exigente com o roteiro, né? Tipo, imagina, um jogo de tabuleiro se tornar de um dia para o outro um videogame. Ignora isso, o negócio aqui é esquecer esse tipo de coisa e se divertir, porque esse filme ficou engraçado.
O resultado final de Jumanji é o de um filme que tem lá os seus equívocos, mas que não ficou ruim, é bem divertido, original e ainda rende boas risadas. Pode ir em frente e assistir, e no desfecho, não esqueça de dizer: Jumanji.
Momento:
"- É mais fácil ser corajoso quando se tem vidas sobrando. É bem mais difícil quando você só tem uma vida.
- A gente sempre só tem uma vida, cara. É tudo o que a gente tem. É assim que funciona. A questão é: como você a vive? Que cara você vai querer ser?"
Epa! Cadê o Noé?
3.1 51 Assista AgoraEssa animação é uma fofura, puro encanto. Podem até discordar, mas é inegável o quanto faz um bem danado assistir ocasionalmente uma obra como essa, que exala vida e exemplos positivos de amizade e amor. Epa! Cadê o Noé? é um filme bem certinho, tem uma trama redondinha e os personagens são todos cativantes. Além disso, os traços dos desenhos estão bem refinados e a qualidade visual da animação está muito boa. Os Nestrians e os Grymps são muito lindos, cada um ao seu modo, e é difícil não ser envolvido por eles. Uma graça. Pode largar seu preconceito e se entregar a essa divertida e amorosa animação. Vai valer a pena.
Momento:
“Espera aí, acho que já sei o que pode resolver isso.
(um breve silêncio)
Alguém precisa de um abraço.”
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraImpossível citar este filme sem usar a palavra clássico. Penso ser unânime, o tamanho da representatividade desta obra para o mundo do cinema, e do quanto é única e impossível de ser plagiada dentro da sétima arte. Sua época de produção, sua idealização, seu conceito e sua abordagem, unidos, são a representação de um trabalho impossível de ser alcançado por outro longa-metragem. Forrest Gump pode ser uma obra redentora e magnífica como muitas obras, mas sua amostragem dos fatos, é algo muito pessoal e único, e tudo porque não nascem "Forrests" todos os dias. O filme se funde, de maneira inteligente, com o protagonista e o seu jeito peculiar de lidar com os fatos, o que praticamente o tornou à prova de cópias e tão único como o próprio protagonista. Não há dois Forrests, não há dois contadores de histórias tão contundente, e é por isso que essa obra será sempre contemporânea e única. A forma com que apresenta o drama, a comédia, o romance e até mesmo o medo ou ação, é algo assim, digamos, muito pessoal e franco. Prova disso, é que ao seu fim, a impressão que fica não é a de que acabamos de assistir a um bom filme, mas sim, a de que finalizamos a leitura de um dos livros mais geniais e pessoais já produzidos.
Podemos dizer que Forrest Gump soube ser esplêndido do seu jeito, ou em outras palavras, que empregou muito bem uma fórmula de puro encantamento, que nos mostra que a fantasia pode ser real. É um filme que encanta, e é “verdadeiro” o tempo todo. A oportunidade de aprendizado que essa obra proporciona, por intermédio do jeito simples com que Forrest vivencia os fatos é extremamente oportunista, é cativante observarmos como podemos aprender com a sua visão, determinação, franqueza e fidelidade. Magnífico! Isso tem muita relação com algo que vivo dizendo: aproveite a oportunidade de conhecer uma nova pessoa, pois, há muitos gênios anônimos e pessoas legais por aí.
A verdade é que a história desse filme é linda e encantadora, mas também temos uma obra transcendente no quesito técnico: seu roteiro, fotografia e trilha sonora, puxa vida, estão completamente alinhados com o filme e a história americana. Um feito histórico. A OST do filme é uma autêntica viagem pela cultura americana, de tão abrangente e bem selecionada que foi. Mais do que um grande longa-metragem, Forrest Gump é uma obra que merece uma revisita, toda vez que precisarmos daquela reanimada em nossa determinação, e é também necessária, para que não esqueçamos a capacidade de encantamento que belas histórias podem produzir, e que nunca percamos a capacidade latente de sonhar. Finalmente finalizando, o que posso dizer é que você vá e corra atrás dos seus sonhos, ou não, já que apesar de ter corrido tanto, para Forrest, parece não ter acontecido exatamente assim:
“Na verdade, eu corria para chegar aonde estava indo. Nunca achei que isto ia me levar a lugar algum.”
Grande Forrest !!! Grande filme !
Momentos:
“Minha mãe sempre dizia...” – todas as inúmeras vezes, que gracioso.
“Por que você não me ama, Jenny?
Eu não sou inteligente, mas sei o que é o amor.”
“Idiota é quem faz idiotice.”
As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme
2.9 86 Assista AgoraEssa animação ficou um barato. Ela pode até ter uma pegada mais infantil, mas ainda assim, é muito divertida e agradável de ser assistida por pessoas de todas as idades. A história de amizade entre os meninos protagonistas é algo muito agradável de acompanhar, e os dois ao lado do Capitão Cueca, certamente proporcionam muitas risadas sinceras e bons momentos de reflexão.
Como já dito, este filme do Capitão Cueca pode até aparentar ser um filme bobo e infantil, mas está longe de ser exatamente isso, em alguns momentos realmente parece um filme inocente, mas também é uma obra que possui excelentes recursos, e sabe nos momentos oportunos, como transmitir uma mensagem mais madura. O filme proporciona um encontro produtivo entre inocência e maturidade, e o faz de maneira tão leve e graciosa, que acabamos esquecendo o quanto o mundo lá fora anda violento, e cheio de gente desagradável com suas ideologias e conflitos igualmente chatos. É um filme que comemora o bom humor e o poder que uma boa risada pode trazer à vida de alguém. Posso garantir que essa obra vale uma conferida e que o seu riso estará assegurado, ah não ser é claro, que você não tenha um rá-rá-riso-frouxo-lâmalus. Hahaha
Momentos:
“-Sr. Hutchins, eu tenho que falar, seus desenhos ficam melhores a cada edição.
-Porque suas palavras servem de inspiração, Sr. Beard.
-Boa noite, Harold.
-Boa noite, George.”
“-Não entendo. Por que o Krupp é tão zangado, e o Capitão Cuece é tão feliz?
-Deve ser porque o Capitão Cueca tem a gente. Ele tem amigos.”
“Olha o que consegui. Uma escolinha cheia de criancinhas e professorezinhos com salários minúsculos, que refletem o seu tamanho e o valor que a sociedade dá à educação.”
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraEstá aí um filme com uma trama bem fantasiosa, mas que é bem divertido de ser assistido. Ele simplifica algumas questões e possui um roteiro que praticamente ignora explicações, tipo, é assim e pronto, mas, por um outro lado, também temos um longa-metragem que não apela para uma linguagem difícil, o que o transformou, de maneira acertada, em um filme leve, dinâmico e divertido. Filmes devem ser assim: se comunicar com facilidade com o espectador.
Houve um outro ponto que achei acertado, foi a possibilidade de acompanharmos uma evolução moral e do lado humano da protagonista. Isso foi muito oportuno, já que possibilitou a abordagem de bons temas de reflexão, e ainda manteve a sua leveza e amadureceu o filme como um todo. Grande sacada. O que posso dizer é que esta obra pode até não possuir a profundidade de outros filmes que abordam voltas no tempo, mas a realidade é que também está muito distante de ser um filme desagradável. Certamente recomendo uma conferida, já que o que temos, é um filme gostosinho de assistir.
O ponto negativo vai para esse nome traduzido para o BR, que falta de criatividade. Acabou se tornando um baita spoiler, afinal de contas, no filme, o assassino é aquele que dá os parabéns. Sejam menos ridículos, tradutores, vocês são melhores que isso.
Momentos:
“Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida.”
“Não posso mudar o que fiz, mas posso tentar ser uma pessoa melhor hoje.”
“É engraçado. Quando você revive o mesmo dia várias vezes, começa a ver quem é de verdade.”
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraConfesso que não vi um filme extraordinário e inovador como dizem por aí, posso até fingir o contrário, mas a verdade é que essa obra tem a cara que eu temia que tivesse. Idealizei algo parecido com um Stranger Things com o nosso Penny de brinde, e cá entre nós, o resultado ficou bem próximo do que imaginava.
Quanto ao filme, diria que como muitos, fui pego pela sua divulgação. Fiquei muito empolgado e me enchi de expectativa. Havia todo um marketing especulativo gerado nas mais diversas mídias, além disso, tínhamos à disposição um extenso material de divulgação com vídeos, entrevistas e memes para todos os lados, enfim, de repente, de um dia para o outro, o danado do Pennywise estava em todos os lugares. Óbvio que pensei: “oh loko, dessa vez vai, finalmente um filme de terror além do seu tempo”, mas aí veio a frustração, excluindo a soberba produção e efeitos do longa-metragem, admito que pelo menos para mim, esta obra foi digerida como uma grande decepção.
O filme não é ruim, longe disso, mas esperava um longa-metragem de terror/suspense muito diferenciado, algo que realmente me fizesse sonhar com o retorno dos grandes filmes de terror, mas não, a verdade é que It- A Coisa está bem longe de ser o filme de terror definitivo. Entendo quando dizem que esse longa-metragem é melhor do que praticamente tudo o que nos acostumamos a ver no atual cinema de terror, contudo, isso não quer dizer que esse filme seja emblemático. O que temos é mais uma boa história que acabou se entregando ao oba-oba, justamente quando preferiu exibir uma trama de terror mais vendável, em detrimento é óbvio, de algo mais desafiador e ousado. Seus bons elementos estão todos na tela, mas não com o devido arrojo, há de fato um ótimo trabalho visual com o sinistro palhaço protagonista, e além disso, posso até dizer que a história de amizade entre as crianças é interessante e vale uma menção honrosa. Falo sobre as crianças desta forma, porque sinceramente, isso também poderia ser melhor trabalhado, já que ao meu ver, faltaram aos personagens mais camadas de desenvolvimento. O filme é extenso, mas nem por isso foi expansivo nesse aspecto.
Sinceramente, espero que tenham guardado as inovações para o próximo volume, já que excluindo a mitologia em torno do sinistro palhaço, a verdade é que todo o restante é muito equivalente ao que já vimos em outras boas produções do cinema de terror atual. Dito isso, agora só resta torcer para que, em uma possível sequência, o retorno financeiro seja posto um pouco de lado e tenhamos um filme mais ousado e atrevido em todos os aspectos.
Momento:
“-Eu não posso aceitar coisas de estranhos.
-Bem, sou Pennywise, o Palhaço Dançarino.
“Pennywise” ? ”Sim.” “Este é o Georgie, Georgie, este é o Pennywise.”
Agora não somos mais estranhos, somos? “
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraEsse segundo Kingsman tem uma pegada diferente do primeiro e pode até ser inferior em alguns aspectos, mas a verdade é que ainda que possua alguns equívocos, continua tão divertido quanto o seu antecessor.
Aqui em o Círculo Dourado, vemos um filme um pouco diferente, com mais recursos tecnológicos sendo utilizados e um roteiro menos aprimorado, contudo, temos uma temática mais atual e próxima da realidade, que inclusive apresenta um bom repertório de cutucadas e reflexões antidrogas. Um outro ponto positivo desta obra vai para a formação de mais um dedicado e primoroso elenco, e que sintonia entre eles hein, o set do filme deve ter sido uma festa. Agora, o que foi o Elton John se destacando no meio de tantos monstros da sétima arte. Que mito !!! Já era um admirador do trabalho do Rocket Man, agora então, enfim, irretocável, não tenho o que falar. Seus momentos no filme, somados, foram a cereja do bolo nesse divertido e movimentado filme de ação e aventura.
♪♫♩♫ “Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday, Wednesday night's alright, Heyyyy…” ♪♫♩♫
Momentos:
“A conduta define o homem.” Sempre !!!
“Saiba que ter algo a perder, é o que dá sentido à vida.”
“-Agora vá salvar o mundo.
-Se eu salvar o mundo, me dá 2 ingressos pro seu show?
-Querido, se salvar o mundo, eu te dou acesso pelos fundos.” Elton Mito John hahahaha
Mortal Kombat
3.0 598 Assista AgoraEsse longa-metragem é muito irado. Mortal Kombat é daqueles pipocões de porradaria que cortejam a excentricidade em muitos momentos. Além disso, ele apresenta um anticlímax muito sem noção, contudo, mesmo apresentando tais momentos, é um filme que entretém o espectador, de forma que, ainda hoje, é possível dizer com toda a certeza que este é um dos melhores filmes baseados em jogos de vídeo game.
Furos de roteiro e esquisitices à parte, é incrível perceber como essa obra envelheceu bem. Assisti-la é também algo muito nostálgico. Diria que hoje, esse filme funciona como uma espécie de tributo ao famoso jogo de luta de mesmo nome, que fez muito sucesso no início da década de 90.
"Flawless Victory ! Test your Might !"
Momento:
“Ouçam, o que estão para enfrentar é muito mais importante do que o ego, o inimigo ou a busca por vingança. Vocês embarcaram em uma missão sagrada. Foram escolhidos para defender o reino da Terra em um torneio chamado Mortal Kombat.”
Primer
3.5 490 Assista AgoraPodem meter o pau, não estou nem aí, mas, nunca vou achar um filme excepcionalmente bom, apenas por ele ser difícil e possuir quase que um enigma como pano de fundo. Não, não posso fazer isso, até porque não sou o Robert Langdon, sou apenas um espectador que quer se divertir assistindo um filme, seja ele de fácil entendimento ou não. Aliás, diga-se de passagem, divertir é o que esse Primer não procura fazer.
Sejamos sinceros, esse longa-metragem só é adorado por ser um filme difícil, só por isso e olhe lá, e por conta dessa ocorrência, acabou se tornando o carro chefe da galerinha que gosta de bancar a entendida em obras complexas. A verdade é que Primer não procura envolver o espectador de maneira alguma, e a intenção é essa. Isso é loucura. Oras, se você quer transmitir uma ideia difícil com mais facilidade, o mínimo que você precisa fazer é cativar aquele que assiste, e esse longa-metragem propositalmente não faz isso. É inacreditável, mas o que ele faz na verdade é uma grande covardia com o espectador, que é utilizar o tédio como arma para dificultar o seu entendimento.
Não venham também dizer que depois que você entende o filme, a obra se torna primorosa. Não tem varinha de condão ou mágica, isso não é Harry Potter. Pera lá, o filme vai continuar chato, sim. Não seja um pseudinho, nada vai tirar isso desse filme, ele é extremamente entediante, ainda que bem curto. Seu roteiro é uma bela porcaria passada na manteiga, e enrola mais do que namorada saidinha que quer dar um balão em uma sexta-feira. Esse papo de “vamos deixar em aberto”, “livre entendimento do espectador” ou “uma terceira máquina que ninguém ver”, sério, não é assim, vamos jogar limpo. O negócio é roteiro confuso mesmo, menos, menos, não vamos exagerar.
Primer, no mundo real, está mais próximo de uma questão de prova científica do que da sétima arte. Veja bem, o ser humano é um tipo de animal muito estranho. Onde você pode achar bom um filme entediante de pouco mais de uma hora, que depois que você assiste, tem que sair pela internet buscando informações que somam quase o tempo do filme, somente para entender completamente o que aconteceu. Convenhamos, é mais difícil entender esse comportamento do que o próprio filme. A verdade é que Primer é nada mais do que uma forçada de barra, que no seu caso, exageraram de maneira providencial para transformar algo básico em um produto erudito. Primer parece aquele amigo metido que se comunica usando linguagem rebuscada em busca de destaque. Infelizmente, vou deixar essa obra com duas estrelas só por conta da propositura do filme, pois, seria injusto colocar mais estrelas, já que o filme é demasiadamente chato e excessivamente sugestivo, sinto muito Primer, mas não vou cair na sua armadilha.
Momento:
“Mas o que é pior? Achar que está sendo paranoico ou saber que deveria estar sendo? “
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraNão é nem um comentário, é mais uma nota de agradecimento. Antes de tudo, obrigado Villeneuve, não deve ter sido fácil.
Então, vamos lá. Esse filme é prova fiel de mais um trabalho realizado com respeito e muito esmero da parte de Denis Villeneuve. Ele e sua equipe conseguiram ir além da competência em um trabalho muito complicado de ser realizado, mas de tão dedicados que foram, realizaram um filme portentoso em que é possível perceber em cada ato o quanto foi estudada e prezada a obra original. Algo de fã para fã. A intenção desse comprometimento é bem óbvia: respeitar o trabalho do outro. Aí te pergunto: como realizar um trabalho fiel adicionando novos elementos e sem desrespeitar a obra original? Pois é, pensando menos em grana e mais em respeito, apenas sigam o exemplo desse cara, ele mostrou como deve ser feito.
O resultado, como previsto, foi o de um longa-metragem eficiente, grandioso, contundente e que busca acertar em cheio o coração do nostálgico espectador. Digamos que, Villeneuve e sua turma obtiveram êxito nessa missão baseado em duas frentes: em um primeiro momento, quando buscou sensibilizar através do drama pessoal vivido por cada personagem, seja ele um replicante como Sapper ou uma linha de programação mais simples como Joi, e depois, em um segundo momento, quando procurou despertar surpresa e encantamento com a apresentação de uma formidável, excelente e muitas vezes depressiva fotografia futurista cyberpunk. Para este espectador, que assimilou essa proposta, BR 2049 definitivamente foi uma experiência ainda mais transcendente.
Como já é possível perceber, BR 2049 é um filme que agradou não apenas no aspecto visual, mas também com a sua história, que surpreendeu e foi muito bem construída. Temos aí uma sequência muito digna do clássico oitentista, que eternizou no coração dos apaixonados ou não por ficção cientifica, o mitológico Deckard. Villeneuve não brincou em serviço com esse filme, idealizou prólogos, selecionou a dedo o elenco e depois pegou a prancheta e mandou ver um excelente filme. Soube idealizar polêmica e adicionar novos elementos à trama, algo que, obviamente, poderia acentuar ainda mais a guerra entre humanos e replicantes, e o fez com maestria. Ele e sua equipe conseguiram em quase 3 horas apresentarem um filme seguro, agradável e que talvez contenha um único equivoco, o seu roteiro. Esse longa-metragem apresenta um ligamento entre atos pouco convincente e que foge de explicações, não é porque gostei do filme, que devo ignorar isso, a verdade é que algumas conexões ficaram rasas. Creio que o excesso de milagres e coincidências sem explicações tenham também incomodado outros espectadores exigentes. Sim, milagres acontecem, mas como foi possível tantas coincidências? Há, de fato, um excesso de casualidade que só teria explicação por intermédio de intervenção divina, e quando tais ocorrências deveriam ser explicadas, o longa-metragem acelera e poupa explicações. Um roteiro mais atrevido não seria ruim, e de quebra, agradaria ainda mais aquele espectador que curte um tema bem explicado.
Agora, em todos os outros aspectos, suas decisões foram acertadas, com destaque para o romance entre uma Joi e o protagonista, definitivamente foi uma tacada certeira, que serviu para acentuar ainda mais o drama pessoal vivido pelo isolado replicante interpretado por Ryan Gosling. Não deve ser fácil, pense nisso, ser menosprezado pelos humanos e desrespeitado por seus similares, justamente, porque você vive para aposentar gente como você. Sinistro. Enfim, Jared Leto, a menina das memórias, Luv, Freysa, Sapper e tantos outros, são demonstrações fieis de que BR 2049 mais acerta do que qualquer outra coisa. Só achei que o seu roteiro merecia uma melhor caprichada nas explicações de algumas coincidências e milagres, afinal de contas, uma coisa é poupar o espectador de explicações, e outra é não as ter a contento e atirá-las ao público na forma de acaso ou milagre. É só acertar essa ocorrência em uma já promissora sequência, e certamente teremos uma obra ainda mais histórica do que tudo o que foi apresentado até aqui. Só peço que a continuação da luta pela existência entre humanos e replicantes não dependa da arrecadação do filme nos cinemas, mas sim, do coração e disposição do verdadeiro fã em querer acompanhar o desfecho dessa engenhosa trama.
Momentos:
“O mundo é construído sobre um muro que separa as espécies. Diga a qualquer dos lados que não há um muro e você terá uma guerra. Ou um massacre.”
“O primeiro pensamento tende a ser medo....para preservar o barro. É fascinante. Antes mesmo de saber o que somos, tememos perder isso.”
“Às vezes, para amar alguém, é preciso ser um desconhecido.”
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMãe! é um filme que mergulha bem fundo em um mundo de referências e analogias. Coisa muito interessante mesmo. Achei muito assertiva a maneira que o longa-metragem encontrou para exibir sua proposta, algo bastante intrigante e bem incomum. Digamos que essa obra sugestiona de uma maneira muito satisfatória, insinuando uma maneira de pensar controversa por intermédio de uma oportunista abordagem análoga, e que em nenhum momento diz algo sobre o que está acontecendo. A verdade é que Mãe! é um filme danadinho que soube fugir da polêmica e sugerir como poucos, ou em outras palavras, o que você pensar sobre esse filme, é responsabilidade somente sua.
Agora, esse longa-metragem é daqueles filmes difíceis, é até simples entender o que está rolando, contudo, por apresentar um cardápio repleto de referências, a verdade é que esse Mãe! acabou se tornando uma obra impossível de ser digerida por inteiro em um primeiro momento. É um filme que obrigatoriamente necessita de uma revisita, isso para que todas as suas passagens sejam realmente compreendidas. Óbvio que, por conta dessa característica, Mãe! acaba se tornando um prato cheio para os pseudo intelectuais, que saem de suas tumbas dizendo por aí que entenderam tudo e que esse é um filme para entendidos e blá blá blá, falam sobre como é fácil sacar de imediato as referências e todas essas coisas, e tudo porquê? Por que eles são fodas. Coisa de ego, não é mesmo? Talvez sejam o próprio personagem interpretado por Javier Bardem no filme, sacou? São daquele tipo de personas que precisam de uma atenção.
A verdade é que Mãe! é um filme excelente, dos bons, suas referências são muito interessantes, digo todas elas, do culto ao corpo da mulher na primeira cena até a última referência. O filme realmente deslumbra nesse sentido, temos uma obra que dá uma sinuca no espectador, e já no fim, meio que volta ao início enquanto observa a cara de espanto daquele que assiste. Esse longa-metragem é exatamente isso, é uma obra que sugere o que pensa, mas sem dizer uma única palavra, ou melhor dizendo, Mãe! é a voz do silêncio na sétima arte.
Momentos:
“Nunca me amou. Amava o meu amor por você. Eu lhe dei tudo. E você jogou fora. ”
“-O que você é?
-Eu? Eu sou o que sou. E você? Você era a casa.
-Aonde está me levando?
-Ao princípio."