"Amor com Amor se Paga" foi uma novela que me surpreendeu bastante. Simples e emocionante e com um elenco cativante. Com algumas falhas pequenas como por exemplo, o casal protagonista vividos por Edson Celulari e Cláudia Ohana que não possuíam carisma algum e foram engolidos literalmente por todo o elenco. Agora entendo o motivo da novela ser associada a Nonô Correia, interpretado maravilhosamente por Ary Fontoura. Nonô aliás, é o personagem mais complexo e contraditório. Para mim, ele não era nem anti-herói, ele era o vilão humanizado. O que mais gostei dessa novela, tirando Nonô, todos os personagens possuíam aspectos bons e ruins, sem rótulos de vilões ou mocinhos. Gostei do final da novela, deixando várias pontas soltas, principalmente sobre a redenção de Nonô, mostrando que "a vida continua". Ivani sabia que não podia subestimar seu público e sabia também dosar as emoções e conduzir de forma maestral uma história muito simples, mas cativante. Essa novela vai deixar saudades.
Não me cativou de cara como "A Sucessora", fica com cara de novelão após exatamente o capítulo 50, onde começam a ocorrer fatos decisivos e que transformam a novela. Achei inclusive, que Gilberto Braga foi muito ousado em matar dois dos personagens mais carismáticos da novela. Malvina a meu ver, a melhor personagem feminina da novela. Isaura, fica uma personagem boa, após a metade. Antes disso, é uma personagem muito "católica", chata e correta demais, mas mesmo assim não dá pra torcer pelos vilões, brilhantemente interpretados por Rubens de Falco, Léa Garcia e Isaac Bardavid, eles são cruéis demais. Inclusive, saí apaixonado (mais uma vez) por Rubens de Falco, um ator carismático e camaleônico. Só canastrava nas cenas de grito, mas de resto era espetacular. Seu Leôncio dava medo e que olhar!! Léa Garcia me encantou com sua Rosa tão invejosa, mas ao mesmo tempo humana: era capaz de se compadecer com um irmão de senzala e ao mesmo tempo colocar Isaura no tronco com suas intrigas. Fantástica!! Outro destaque maravilhoso fica por conta de Zeni Pereira e sua maravilhosa Januária, uma personagem estereotipada, mas deliciosa e carismática. Com toda certeza seria cancelada nos dias de hoje por alguns comentários sarcásticos que ela fazia na novela. Como disse acima, vira o novelão que conhecemos a fama, na metade, com diversos recursos folhetinescos que prendem nossa atenção a cada capítulo. A novela fez sucesso no mundo todo justamente por ser um puro folhetim. Talvez Gilberto Braga a detestasse por isso. Outra coisa importante é a presença do feminismo, com personagens tão fortes, cientes que eram limitadas pelos homens, mas mesmo assim não abaixavam a cabeça. Possui um último capítulo antológico. Quando a finalizei, bateu aquela tristeza e nostalgia de um tempo que não vivi e que não me pertenceu.
Era a novela que eu mais queria ver na vida e eu sou obcecado por essa história. Atendeu a todas as minhas expectativas. Possui todos os defeitos das novelas da década de 70: um ritmo lento, capítulos onde nada acontece e a famosa barriga, principalmente nos capítulos finais, mas mesmo assim é irresistível. Isso deve-se à história que é boa e também às mãos habilidosas de Maneco que soube dosar romance, suspense e mistério. Marina tem muito as características das futuras Helenas do autor, uma personagem muito complexa e questionável. O maior destaque é Nathália Thimberg com uma vilã que cresce ao decorrer da novela e eclipsa o elenco inteiro nos últimos capítulos. Uma injustiça enorme Juliana não estar nas listas de melhores vilãs. Uma composição impecável da atriz, despertando um misto de pena e ódio de quem assiste a novela. Outro fator importante é o figurino deslumbrante, numa época em que havia muito cuidado nas reproduções de obras de época. Todos esses detalhes engrandecem a novela que particularmente achei uma obra de arte.
“Tieta” é a primeira lembrança de novela que tenho. Tanto que me recordei de algumas cenas e a memória afetiva não me traiu. É um novelão maravilhoso. O trio de autores, iluminados e sintonizados, produziram uma novela impecável, sem barrigas e sempre com algum acontecimento. Tieta é um tipo de anti-heroína que infelizmente não vemos nas novelas atuais. É ardilosa, esperta, vingativa, rancorosa, mas também boa, generosa e humana, acima de tudo. Eu, geralmente, sempre torço para as vilãs, devido às mocinhas não terem um tempero, mas aqui, o embate entre Tieta e Perpétua é espetacular. Perpétua é uma personagem que fica mais interessante da metade para o final da novela, mas mesmo assim não senti uma vilã de peso, a composição de Joana Fomm conseguiu suprimir essa deficiência, transformando a vilã em uma caricatura circense. Outro fator que chamou minha atenção, foi a novela ser recheada de personagens coadjuvantes carismáticos, cada um com sua importância, mas no final, são as mulheres que possuem um peso maior. A novela celebra o feminino, com suas dores e alegrias. Temas considerados tabus na época também são bem abordados e fiquei perplexo ao ver temas como poliamor e transexualidade serem retratados em pleno 1989. Repleta de cenas marcantes e discursos atemporais, é nítido que “Tieta” não envelheceu. Foi uma novela à frente de seu tempo e continua irresistível e inesquecível, mas não poderia de forma alguma ser produzida atualmente, devido ao falso moralismo de nossa sociedade que está mais latente do que nunca e que ela mesma já retratava lá no distante final da década de 80.
Mais um novelão concluído com sucesso. "Elas por Elas" foi um grande acerto do mestre Cassiano (ele sim merece essa alcunha de "mestre"). Uma trama tão simples e até mesmo frágil conseguiu manter-se em seus mais de 170 capítulos. Cassiano sabia como prender a atenção e deixar o ápice para os últimos capitulos. Mesmo com uma história central que poderia não render tanto, não senti nessa novela aquela famigerada "barriga". Capítulos curtos, divertidos e bem divididos. O elenco é a cereja do bolo. Todos personagens carismáticos, até mesmo a problemática Natália, interpretada pela maravilhosa Joana Fomm teve bons momentos na trama. Faltou em minha opinião, um conflito secundário para algumas das protagonistas, como por exemplo Marlene, Adriana e a própria Natália. Márcia, a protagonista real, teve que dividir o posto com Helena, brilhantemente interpretada por Aracy Balabanian, os últimos capítulos são dela. A personagem que fez a gente sentir ódio no decorrer da novela, desperta no final a nossa compaixão. É sempre um prazer ver Eva Wilma atuar e sinto tanto a sua partida e ver esses trabalhos dela pela primeira vez me despertam uma saudade imensa. Mário Fofoca me rendeu muitas risadas, Luís Gustavo estava iluminado, porém às vezes o personagem tornava-se cansativo, mas rapidamente recuperava o charme. Mesmo com esses poréns de minha opinião, achei uma novela perfeita, ágil e carismática e merece 5 estrelas.
Mais uma novela clássica finalizada com sucesso. Que delícia de novela e que felicidade poder conferi-la. Se tivesse 30 capítulos a menos seria perfeita, mas mesmo assim teve ótimos e divertidos momentos. Sentirei muitas saudades desse povo louco e do elenco estelar. P.S. As novelas do Sílvio de Abreu (as dos anos 80) sempre possuíam os melhores desfechos com aquelas festas de confraternização do elenco.
Acho que essa é a primeira vez que faço uma resenha sobre uma novela, mas foi impossível passar batido após assisti-la e preciso postar minhas impressões sobre ela. Como bom noveleiro que sou, assisti ciente de que poderia ter uma narrativa e um desenrolar mais lento, típico das novelas dos anos 70, mas me surpreendi positivamente pelo enredo ágil e pelas situações que prenderam minha atenção nesses mais de 170 capítulos. Os primeiros capítulos são um pouco mais lentos, mas pelo capítulo 12 a história já está mais ágil. No primeiro capítulo por exemplo, o discurso de Odorico vai praticamente um bloco inteiro, mas é aí que "O Bem-Amado" se diferencia das demais novelas do período: o carisma de Paulo Gracindo faz a gente suportar quase dez minutos de um discurso que acaba se tornando engraçado. Impossível não comparar Sucupira com o nosso Brasil atual e foi assustador ver que uma novela de 1973 mantêm-se atual. Impossível também não comparar Odorico com Jair Bolsonaro. Os dois se separam apenas em uma questão: Odorico é um líder carismático. A passagem da vacina na história foi assustadora. Dias Gomes fez uma galeria de personagens carismáticos e deu um grande peso aos coadjuvantes. Todos tiveram a oportunidade de brilhar. Assim como em "Roque Santeiro", Dias Gomes carregou na tinta com alguns personagens, principalmente na reta final, mas nada que diminuísse o interesse pela trama. Outro ponto é que a novela é toda de Paulo Gracindo. Lima Duarte chega no capítulo 50, como Zeca Diabo e eu pensei que a novela passaria a ter um protagonismo dividido, mas não, Odorico seguiu pleno. E a química de Paulo Gracindo com Lima Duarte foi ótima, acredito que Lima sabia que ali era um momento de Paulo brilhar e respeitou isso. Anos depois seria o inverso: seria a vez de Lima brilhar em "Roque Santeiro" e Paulo Gracindo o apoiar. Zelão das Asas é de longe um dos personagens mais insuportáveis da novela: não teve muita história pra contar, além de sua obsessão em pagar sua promessa, se envolveu em conflitos de outros personagens, mas mesmo assim não teve outro foco além deste. Outro ponto que me incomodou foi a composição do personagem feita pelo Milton Gonçalves: um personagem que fala manso, passivo, quase ingênuo, sem atitude alguma e por vezes machista. Sua mulher, Chiquinha do parto, feita pela maravilhosa Ruth de Souza é bem mais interessante. Ela é totalmente o oposto dele e é o que segura esse núcleo. Talvez isso tenha sido proposital. Foi uma novela que gostei muito de conhecer e com certeza, daqui a alguns anos irei rever com imenso carinho e saudosismo.
Não imaginei que ia me apegar tanto à essa novela, personagens carismáticos, uma Helena mais humana, que em determinados momentos desperta nossa raiva e em outros nossa simpatia, a filha ingrata, a vilã psicótica, a mimada e outros ingredientes comuns nas novelas do Maneco que amo tanto. Vai deixar saudades.
Novela maravilhosa e com ótimas referências de filmes clássicos. Folhetim perfeito, exceto pelos personagens de Claudia Raia e Fagundes, super sem graça e forçados. Tirando isso vai deixar saudades.
Uma boa novela ao estilo Manoel Carlos, cheia de situações dramáticas e frases inesquecíveis, mas ao decorrer da novela ela fica um pouco parada, recuperando o fôlego alguns capítulos depois garantindo a emoção até o capítulo final.
Amor com Amor Se Paga
3.7 9"Amor com Amor se Paga" foi uma novela que me surpreendeu bastante.
Simples e emocionante e com um elenco cativante. Com algumas falhas pequenas como por exemplo, o casal protagonista vividos por Edson Celulari e Cláudia Ohana que não possuíam carisma algum e foram engolidos literalmente por todo o elenco. Agora entendo o motivo da novela ser associada a Nonô Correia, interpretado maravilhosamente por Ary Fontoura. Nonô aliás, é o personagem mais complexo e contraditório. Para mim, ele não era nem anti-herói, ele era o vilão humanizado. O que mais gostei dessa novela, tirando Nonô, todos os personagens possuíam aspectos bons e ruins, sem rótulos de vilões ou mocinhos. Gostei do final da novela, deixando várias pontas soltas, principalmente sobre a redenção de Nonô, mostrando que "a vida continua". Ivani sabia que não podia subestimar seu público e sabia também dosar as emoções e conduzir de forma maestral uma história muito simples, mas cativante. Essa novela vai deixar saudades.
Escrava Isaura
4.2 14 Assista AgoraNão me cativou de cara como "A Sucessora", fica com cara de novelão após exatamente o capítulo 50, onde começam a ocorrer fatos decisivos e que transformam a novela. Achei inclusive, que Gilberto Braga foi muito ousado em matar dois dos personagens mais carismáticos da novela. Malvina a meu ver, a melhor personagem feminina da novela. Isaura, fica uma personagem boa, após a metade. Antes disso, é uma personagem muito "católica", chata e correta demais, mas mesmo assim não dá pra torcer pelos vilões, brilhantemente interpretados por Rubens de Falco, Léa Garcia e Isaac Bardavid, eles são cruéis demais. Inclusive, saí apaixonado (mais uma vez) por Rubens de Falco, um ator carismático e camaleônico. Só canastrava nas cenas de grito, mas de resto era espetacular. Seu Leôncio dava medo e que olhar!! Léa Garcia me encantou com sua Rosa tão invejosa, mas ao mesmo tempo humana: era capaz de se compadecer com um irmão de senzala e ao mesmo tempo colocar Isaura no tronco com suas intrigas. Fantástica!! Outro destaque maravilhoso fica por conta de Zeni Pereira e sua maravilhosa Januária, uma personagem estereotipada, mas deliciosa e carismática. Com toda certeza seria cancelada nos dias de hoje por alguns comentários sarcásticos que ela fazia na novela.
Como disse acima, vira o novelão que conhecemos a fama, na metade, com diversos recursos folhetinescos que prendem nossa atenção a cada capítulo. A novela fez sucesso no mundo todo justamente por ser um puro folhetim. Talvez Gilberto Braga a detestasse por isso. Outra coisa importante é a presença do feminismo, com personagens tão fortes, cientes que eram limitadas pelos homens, mas mesmo assim não abaixavam a cabeça. Possui um último capítulo antológico. Quando a finalizei, bateu aquela tristeza e nostalgia de um tempo que não vivi e que não me pertenceu.
A Sucessora
4.3 11Era a novela que eu mais queria ver na vida e eu sou obcecado por essa história. Atendeu a todas as minhas expectativas. Possui todos os defeitos das novelas da década de 70: um ritmo lento, capítulos onde nada acontece e a famosa barriga, principalmente nos capítulos finais, mas mesmo assim é irresistível. Isso deve-se à história que é boa e também às mãos habilidosas de Maneco que soube dosar romance, suspense e mistério. Marina tem muito as características das futuras Helenas do autor, uma personagem muito complexa e questionável. O maior destaque é Nathália Thimberg com uma vilã que cresce ao decorrer da novela e eclipsa o elenco inteiro nos últimos capítulos. Uma injustiça enorme Juliana não estar nas listas de melhores vilãs. Uma composição impecável da atriz, despertando um misto de pena e ódio de quem assiste a novela. Outro fator importante é o figurino deslumbrante, numa época em que havia muito cuidado nas reproduções de obras de época. Todos esses detalhes engrandecem a novela que particularmente achei uma obra de arte.
Tieta
4.2 74 Assista Agora“Tieta” é a primeira lembrança de novela que tenho. Tanto que me recordei de algumas cenas e a memória afetiva não me traiu. É um novelão maravilhoso. O trio de autores, iluminados e sintonizados, produziram uma novela impecável, sem barrigas e sempre com algum acontecimento. Tieta é um tipo de anti-heroína que infelizmente não vemos nas novelas atuais. É ardilosa, esperta, vingativa, rancorosa, mas também boa, generosa e humana, acima de tudo. Eu, geralmente, sempre torço para as vilãs, devido às mocinhas não terem um tempero, mas aqui, o embate entre Tieta e Perpétua é espetacular. Perpétua é uma personagem que fica mais interessante da metade para o final da novela, mas mesmo assim não senti uma vilã de peso, a composição de Joana Fomm conseguiu suprimir essa deficiência, transformando a vilã em uma caricatura circense. Outro fator que chamou minha atenção, foi a novela ser recheada de personagens coadjuvantes carismáticos, cada um com sua importância, mas no final, são as mulheres que possuem um peso maior. A novela celebra o feminino, com suas dores e alegrias. Temas considerados tabus na época também são bem abordados e fiquei perplexo ao ver temas como poliamor e transexualidade serem retratados em pleno 1989. Repleta de cenas marcantes e discursos atemporais, é nítido que “Tieta” não envelheceu. Foi uma novela à frente de seu tempo e continua irresistível e inesquecível, mas não poderia de forma alguma ser produzida atualmente, devido ao falso moralismo de nossa sociedade que está mais latente do que nunca e que ela mesma já retratava lá no distante final da década de 80.
Elas por Elas
3.7 13Mais um novelão concluído com sucesso.
"Elas por Elas" foi um grande acerto do mestre Cassiano (ele sim merece essa alcunha de "mestre"). Uma trama tão simples e até mesmo frágil conseguiu manter-se em seus mais de 170 capítulos. Cassiano sabia como prender a atenção e deixar o ápice para os últimos capitulos. Mesmo com uma história central que poderia não render tanto, não senti nessa novela aquela famigerada "barriga". Capítulos curtos, divertidos e bem divididos. O elenco é a cereja do bolo. Todos personagens carismáticos, até mesmo a problemática Natália, interpretada pela maravilhosa Joana Fomm teve bons momentos na trama. Faltou em minha opinião, um conflito secundário para algumas das protagonistas, como por exemplo Marlene, Adriana e a própria Natália. Márcia, a protagonista real, teve que dividir o posto com Helena, brilhantemente interpretada por Aracy Balabanian, os últimos capítulos são dela. A personagem que fez a gente sentir ódio no decorrer da novela, desperta no final a nossa compaixão. É sempre um prazer ver Eva Wilma atuar e sinto tanto a sua partida e ver esses trabalhos dela pela primeira vez me despertam uma saudade imensa. Mário Fofoca me rendeu muitas risadas, Luís Gustavo estava iluminado, porém às vezes o personagem tornava-se cansativo, mas rapidamente recuperava o charme. Mesmo com esses poréns de minha opinião, achei uma novela perfeita, ágil e carismática e merece 5 estrelas.
Guerra dos Sexos
4.1 14 Assista AgoraMais uma novela clássica finalizada com sucesso.
Que delícia de novela e que felicidade poder conferi-la.
Se tivesse 30 capítulos a menos seria perfeita, mas mesmo assim teve ótimos e divertidos momentos.
Sentirei muitas saudades desse povo louco e do elenco estelar.
P.S. As novelas do Sílvio de Abreu (as dos anos 80) sempre possuíam os melhores desfechos com aquelas festas de confraternização do elenco.
O Bem Amado
4.3 20Acho que essa é a primeira vez que faço uma resenha sobre uma novela, mas foi impossível passar batido após assisti-la e preciso postar minhas impressões sobre ela. Como bom noveleiro que sou, assisti ciente de que poderia ter uma narrativa e um desenrolar mais lento, típico das novelas dos anos 70, mas me surpreendi positivamente pelo enredo ágil e pelas situações que prenderam minha atenção nesses mais de 170 capítulos. Os primeiros capítulos são um pouco mais lentos, mas pelo capítulo 12 a história já está mais ágil. No primeiro capítulo por exemplo, o discurso de Odorico vai praticamente um bloco inteiro, mas é aí que "O Bem-Amado" se diferencia das demais novelas do período: o carisma de Paulo Gracindo faz a gente suportar quase dez minutos de um discurso que acaba se tornando engraçado. Impossível não comparar Sucupira com o nosso Brasil atual e foi assustador ver que uma novela de 1973 mantêm-se atual. Impossível também não comparar Odorico com Jair Bolsonaro. Os dois se separam apenas em uma questão: Odorico é um líder carismático. A passagem da vacina na história foi assustadora. Dias Gomes fez uma galeria de personagens carismáticos e deu um grande peso aos coadjuvantes. Todos tiveram a oportunidade de brilhar. Assim como em "Roque Santeiro", Dias Gomes carregou na tinta com alguns personagens, principalmente na reta final, mas nada que diminuísse o interesse pela trama. Outro ponto é que a novela é toda de Paulo Gracindo. Lima Duarte chega no capítulo 50, como Zeca Diabo e eu pensei que a novela passaria a ter um protagonismo dividido, mas não, Odorico seguiu pleno. E a química de Paulo Gracindo com Lima Duarte foi ótima, acredito que Lima sabia que ali era um momento de Paulo brilhar e respeitou isso. Anos depois seria o inverso: seria a vez de Lima brilhar em "Roque Santeiro" e Paulo Gracindo o apoiar. Zelão das Asas é de longe um dos personagens mais insuportáveis da novela: não teve muita história pra contar, além de sua obsessão em pagar sua promessa, se envolveu em conflitos de outros personagens, mas mesmo assim não teve outro foco além deste. Outro ponto que me incomodou foi a composição do personagem feita pelo Milton Gonçalves: um personagem que fala manso, passivo, quase ingênuo, sem atitude alguma e por vezes machista. Sua mulher, Chiquinha do parto, feita pela maravilhosa Ruth de Souza é bem mais interessante. Ela é totalmente o oposto dele e é o que segura esse núcleo. Talvez isso tenha sido proposital. Foi uma novela que gostei muito de conhecer e com certeza, daqui a alguns anos irei rever com imenso carinho e saudosismo.
A Gata Comeu
4.0 77Vou sentir falta...
Meu Bem, Meu Mal
3.5 19Do meio pro final, cai bastante.
O Cravo e a Rosa
4.1 287 Assista AgoraEssa novela, me traz boas recordações
História de Amor
3.6 42 Assista AgoraNão imaginei que ia me apegar tanto à essa novela, personagens carismáticos, uma Helena mais humana, que em determinados momentos desperta nossa raiva e em outros nossa simpatia, a filha ingrata, a vilã psicótica, a mimada e outros ingredientes comuns nas novelas do Maneco que amo tanto.
Vai deixar saudades.
Laços de Família
3.7 202 Assista AgoraA novela do Maneco que mais me marcou e também a minha favorita.
Por Amor
3.8 95Saudades dessa novela maravilhosa
Rainha da Sucata
3.8 51Novela maravilhosa e com ótimas referências de filmes clássicos.
Folhetim perfeito, exceto pelos personagens de Claudia Raia e Fagundes, super sem graça e forçados.
Tirando isso vai deixar saudades.
Felicidade
3.5 63 Assista AgoraUma boa novela ao estilo Manoel Carlos, cheia de situações dramáticas e frases inesquecíveis, mas ao decorrer da novela ela fica um pouco parada, recuperando o fôlego alguns capítulos depois garantindo a emoção até o capítulo final.
Roque Santeiro
4.2 84Eterna Asa Branca e seus moradores tão inesquecíveis.
Vale Tudo
4.4 109 Assista AgoraSimplesmente a melhor novela que já vi.
<3 Solange Duprat.