Poderia facilmente ser uma peça de Nelson Rodrigues, imagino até o título: "Tristana - A Mulher Amargurada". Um filme menor na carreira de Buñuel, mas ainda assim maravilhoso de se assistir. E se já existiu mulher mais linda que Catherine Deneuve, eu ainda não conheci.
Preciso revisitar essa obra-prima pelo menos uma vez por ano. Que filme, meus amigos, que filme!
O Silêncio dos Inocentes é um daqueles raros momentos em que tudo dá certo, todos os elementos se encaixam e produzem uma obra de arte.
A adaptação literária é perfeita, pegaram um livro de suspense policial excelente e "apenas" (aspas aqui, porque parece simples, mas não é) o depuraram para caber em um longa-metragem de duas horas. Sem invencionices, sem menosprezar a inteligência do espectador tentando tornar os diálogos mais "palatáveis" para o entendimento do público, sem forçar na ação ou enfiar um romance piegas ou algo do tipo que deturparia a obra original.
A escolha da dupla de protagonistas (meio por acaso, é verdade) foi perfeita. Jodie Foster e Anthony Hopkins que viu em Hannibal Lecter a chance de enfim entrar para o panteão dos grandes e aproveitou cada segundo de tela para dar o seu o melhor e entregou uma aula de interpretação histórica. Com todo o respeito a Sean Connery e Michelle Pfeiffer, que recusaram os papéis por supostamente achá-los violentos demais, mas esse filme sem Anthony e Jodie nunca seria a mesma coisa. Só é de se lamentar a desistência do grande Gene Hackman como o agente Jack Crawford, mas, enfim, não se pode ter tudo.
A linda trilha do até então quase desconhecido Howard Shore, que opta por uma música clássica extremamente elegante, em oposição as trilhas de suspense espalhafatosas em voga nos 80 e 90 e que logo se tornariam genéricas e soam datadas nos dias de hoje.
A linda fotografia (de novo, em oposição aos suspenses da época) do subestimado Tak Fujimoto.
A direção de arte, que contrapõe de forma sublime o elegante e o grotesco e inspirou "Seven" e praticamente todos filmes e séries de suspense que vieram depois.
A direção precisa e inspirada de Jonathan Demme que, em grande fase, parecia encarnado pelo espírito de Alfred Hitchcock.
E ainda vários detalhes que fazem desse filme uma obra icônica única, como a máscara de Hannibal Lecter e a dança sinistra de "Buffalo Bill" ao som de "Goodbye Horses".
Enfim, um filme único, extremamente original, sempre copiado e "canibalizado" por Hollywood, mas nunca superado.
Espetacular a interação entre as crianças e o maravilhoso Totoro, pena que as aparições deste sejam tão poucas. A Satsuki é uma personagem tão encantadora que acabou "ganhando" um filme solo de Miyazaki em sua obra seguinte, como a bruxinha Kiki.
É foda, esses caras obviamente têm sérios problemas psicológicos e pessoais e nem se dão conta disso, mas a sociedade em que vivem, ao invés de ajudá-los, promove um mercado bizarro em torno dessas fantasias. Surreal.
Como vivemos em sociedades em que grande parte das pessoas (a maioria, provavelmente) ainda acredita em coisas como criacionismo, arca de Noé e outras tantas histórias completamente absurdas da Bíblia, mediunidade, astrologia, superstições, simpatias, mau-olhado, possessões demoníacas, coach quântico, abduções alienígenas... não me surpreendo em nada com esses terraplanistas. Como disse alguém aqui nos comentários, é fácil rir de sujeitos que teimam em acreditar que a Terra é plana, mas todos carregamos pelo menos um pouquinho de "terraplanismo" em alguma área das nossas vidas.
Uma animação diferente do Studio Ghibli no traço dos personagens, mas igual na fofura dos mesmos. Como a saga dessa "grande família" japonesa é contado por meio de esquetes, dá para assistir aos poucos, sem prejuízo nenhum ao entendimento da história.
Linda animação, um pouco mais simples (não confundir com simplória) do que as outras obras-primas de Hayao Miyazaki e acho que é por isso que gostei tanto. Um anti-conto de fadas em que a "mocinha" é uma bruxa, o mocinho não salva a donzela indefesa e o mundo não se divide nos arquétipos dos bonzinhos e malvadões.
Personagens caricatos, uma trama absurdamente previsível e diálogos super-expositivos dão o tom dessa comédia boboca. Coitado do Gene Hackman, não merecia isso.
[/spoiler] até o clímax final. Achei exagerado, forçado e escrachado demais. Alguém pode dizer que Tarantino sempre usou e abusou dessa "violência gráfica" em seus filmes... sim, mas era tudo dentro de um certo contexto (assassinos de aluguel cartunescos em "Kill Bill", caçadores de nazistas em "Bastardos"). Mas aqui, um drama que utiliza vários personagens reais, a coisa toda me pareceu despropositada e me tirou do filme completamente. Ou sei lá, talvez eu esteja apenas ficando velho demais para achar graça em ver alguém tendo seus testículos dilacerados por um cão ou sendo carbonizado por um lança-chamas, por mais filha da puta que essa pessoa seja.
Sobre a polêmica em torno de duas personagens reais:
Sharon Tate é retratada com um respeito tocante por Tarantino. É mostrada como uma mulher linda, talentosa, humilde, querida por todos e de bem com vida, mas as pessoas preferem reclamar de um suposto machismo porque ela teve "pouca falas". Ah, façam-me o favor!
Já com Bruce Lee a coisa é um pouco mais complicada... será que o cara era daquele jeitão mesmo ou foi invenção de Tarantino? Será que ele era mesmo um fanfarrão a ponto de dizer que aleijaria Cassius Clay em uma hipotética luta entre os dois? Se dizia absurdos do tipo, acho que a zoação que o filme dá no sujeito é merecida. Se não, foi uma tremenda bola fora e a reclamação da família é mais do que justificada.
Caramba, que agonia... imagino o trabalho que deve ter sido fazer esse filme. William Friedkin, em seu auge nos anos 70, era um mestre em filmar cenas extremamente difíceis que causavam um enorme impacto nas telas. Gênio, por um curto tempo, mas ainda assim, gênio.
O que foi aquele policial atirando em um carrossel lotado de crianças... e a longa partida de tênis completamente desnecessária... e a atuação patética do protagonista vivido pelo galã Farley Granger... não é a toa que após esse filme, Patricia Highsmith tomou antipatia mortal pelo cinema e recusou vários convites de trabalhar com Hitchcock. Muito longe das obras-primas do gorducho, salva-se uma ou outra sacada e o sensacional Robert Walker, que parece ter sido o único ali a ter captado a essência do livro que foi retalhado por Raymond Chandler.
Belíssima crítica social de Jacques Tati, que usa de seu humor extremamente detalhista e sutil para contrapor a tecnologia (fria, asséptica e segregadora) com a humanidade (calorosa, suja e barulhenta). Imagino o que Tati faria nos dias de hoje, em que a internet transformou o vício e o uso indiscriminado da tecnologia em padrão de uma sociedade "civilizada".
Basicamente uma sucessão de sketches do atrapalhado e adorável Mr. Hulot por um balneário francês. Algumas partes envelheceram bastante, mas na maioria das vezes o humor charmoso e delicado de Jacques Tati está lá para nos encantar. Para se ver com leveza de espírito.
Achei bem bobo na primeira vez que assisti. Mas revendo agora no cinema em um colorido lindo e já acostumado com o estilo de Jacques Tati, se tornou um dos meus favoritos. Mesmo que tenha algumas autênticas (e hilárias) cenas de humor pastelão, não é um filme na qual se deva esperar gargalhadas o tempo todo, o humor de Tati mora nos detalhes.Sutileza, despretensão e poesia definem este filme.
Lindo no que concerne a música, mas aquela peça de ficção que criaram para enaltecer a figura de Yoko Ono, pelamor... Segundo o documentário:
Foi Yoko que salvou John de uma depressão profunda e o guiou rumo a iluminação (esquecendo convenientemente que ambos afundaram na heroína por anos. Vício que deixava John paranoico e desagradável e ajudou muito a azedar a amizade entre os Beatles).
O amor entre os dois foi puro, mágico e inocente como em um conto de fadas (para que falar que John era casado e Yoko o perseguiu ostensivamente por meses a fio, não é mesmo?)
Foi Yoko que escreveu "Imagine", foi a letrista da carreira solo e ideóloga musical de John (forçação de barra absurda, distorcendo uma fala do cara. Ele diz que que devia ter dado créditos a Yoko pela música "Imagine" porque pegou alguns versos de um livro dela, só isso. Aliás, isso não era nenhuma novidade no método de composição de John, a letra de "A Day In The Life", por exemplo, foi inspirada em manchetes de um tabloide).
Yoko foi rejeitada por fãs dos Beatles por pura xenofobia (bem, acredito que esse sentimento xenófobo tenha mesmo um peso no ódio de muita gente em relação a companheira de John Lennon, assim como é um absurdo creditar o fim da banda unicamente a ela. Mas... é óbvio que Yoko Ono ajudou a colocar lenha na fogueira impondo sua presença nos estúdios de gravação, se intrometendo petulantemente no processo criativo e dando palpites mesmo tendo zero talento musical e sem saber tocar sequer um pandeiro, querendo participar das músicas na marra, enchendo o saco de todo mundo e não fazendo um mínimo esforço, muito pelo contrário, para ajudar a abrandar a tensão entre Lennon e McCartney. Claro que os fãs sabem de tudo isso, são fatos bem conhecidos, daí querer reduzir essas pessoas a um simples bando de xenófobos chega a ser mau-caratismo).
Enfim... Documentário (gravações do disco Imagine) excelente. Ficção (peça de propaganda da Yoko) pff.
Muito bom, usando um roteiro "simples" e personagens quase cartunescos, Spike Lee manda seu recado: o preconceito e o ódio racial, seja de onde for (de brancos contra negros, negros contra brancos, "americanos" contra latinos e asiáticos), além de extremamente estúpido, não pode gerar outra coisa que não mais ódio, injustiça e violência.
Tristana, Uma Paixão Mórbida
3.8 60Poderia facilmente ser uma peça de Nelson Rodrigues, imagino até o título: "Tristana - A Mulher Amargurada".
Um filme menor na carreira de Buñuel, mas ainda assim maravilhoso de se assistir. E se já existiu mulher mais linda que Catherine Deneuve, eu ainda não conheci.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraPreciso revisitar essa obra-prima pelo menos uma vez por ano. Que filme, meus amigos, que filme!
O Silêncio dos Inocentes é um daqueles raros momentos em que tudo dá certo, todos os elementos se encaixam e produzem uma obra de arte.
A adaptação literária é perfeita, pegaram um livro de suspense policial excelente e "apenas" (aspas aqui, porque parece simples, mas não é) o depuraram para caber em um longa-metragem de duas horas. Sem invencionices, sem menosprezar a inteligência do espectador tentando tornar os diálogos mais "palatáveis" para o entendimento do público, sem forçar na ação ou enfiar um romance piegas ou algo do tipo que deturparia a obra original.
A escolha da dupla de protagonistas (meio por acaso, é verdade) foi perfeita. Jodie Foster e Anthony Hopkins que viu em Hannibal Lecter a chance de enfim entrar para o panteão dos grandes e aproveitou cada segundo de tela para dar o seu o melhor e entregou uma aula de interpretação histórica. Com todo o respeito a Sean Connery e Michelle Pfeiffer, que recusaram os papéis por supostamente achá-los violentos demais, mas esse filme sem Anthony e Jodie nunca seria a mesma coisa. Só é de se lamentar a desistência do grande Gene Hackman como o agente Jack Crawford, mas, enfim, não se pode ter tudo.
A linda trilha do até então quase desconhecido Howard Shore, que opta por uma música clássica extremamente elegante, em oposição as trilhas de suspense espalhafatosas em voga nos 80 e 90 e que logo se tornariam genéricas e soam datadas nos dias de hoje.
A linda fotografia (de novo, em oposição aos suspenses da época) do subestimado Tak Fujimoto.
A direção de arte, que contrapõe de forma sublime o elegante e o grotesco e inspirou "Seven" e praticamente todos filmes e séries de suspense que vieram depois.
A direção precisa e inspirada de Jonathan Demme que, em grande fase, parecia encarnado pelo espírito de Alfred Hitchcock.
E ainda vários detalhes que fazem desse filme uma obra icônica única, como a máscara de Hannibal Lecter e a dança sinistra de "Buffalo Bill" ao som de "Goodbye Horses".
Enfim, um filme único, extremamente original, sempre copiado e "canibalizado" por Hollywood, mas nunca superado.
Sussurros do Coração
4.3 482 Assista AgoraMuito bonito de fato, embora filmes sobre garotinhas apaixonadas não seja o meu forte.
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraEspetacular a interação entre as crianças e o maravilhoso Totoro, pena que as aparições deste sejam tão poucas. A Satsuki é uma personagem tão encantadora que acabou "ganhando" um filme solo de Miyazaki em sua obra seguinte, como a bruxinha Kiki.
Tokyo Idols
3.8 32É foda, esses caras obviamente têm sérios problemas psicológicos e pessoais e nem se dão conta disso, mas a sociedade em que vivem, ao invés de ajudá-los, promove um mercado bizarro em torno dessas fantasias. Surreal.
A Terra é Plana
3.5 196Como vivemos em sociedades em que grande parte das pessoas (a maioria, provavelmente) ainda acredita em coisas como criacionismo, arca de Noé e outras tantas histórias completamente absurdas da Bíblia, mediunidade, astrologia, superstições, simpatias, mau-olhado, possessões demoníacas, coach quântico, abduções alienígenas... não me surpreendo em nada com esses terraplanistas.
Como disse alguém aqui nos comentários, é fácil rir de sujeitos que teimam em acreditar que a Terra é plana, mas todos carregamos pelo menos um pouquinho de "terraplanismo" em alguma área das nossas vidas.
Meus Vizinhos, os Yamadas
3.9 119 Assista AgoraUma animação diferente do Studio Ghibli no traço dos personagens, mas igual na fofura dos mesmos. Como a saga dessa "grande família" japonesa é contado por meio de esquetes, dá para assistir aos poucos, sem prejuízo nenhum ao entendimento da história.
O Castelo de Cagliostro
4.0 146 Assista AgoraMuito divertido, excelente "sessão da tarde", mas ainda longe das muitas obras-primas que Hayao Miyazaki faria posteriormente.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 776 Assista AgoraLinda animação, um pouco mais simples (não confundir com simplória) do que as outras obras-primas de Hayao Miyazaki e acho que é por isso que gostei tanto. Um anti-conto de fadas em que a "mocinha" é uma bruxa, o mocinho não salva a donzela indefesa e o mundo não se divide nos arquétipos dos bonzinhos e malvadões.
Doce Trapaça
3.1 130Personagens caricatos, uma trama absurdamente previsível e diálogos super-expositivos dão o tom dessa comédia boboca. Coitado do Gene Hackman, não merecia isso.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraAchei que o filme ia muitíssimo bem
[/spoiler]
até o clímax final. Achei exagerado, forçado e escrachado demais. Alguém pode dizer que Tarantino sempre usou e abusou dessa "violência gráfica" em seus filmes... sim, mas era tudo dentro de um certo contexto (assassinos de aluguel cartunescos em "Kill Bill", caçadores de nazistas em "Bastardos"). Mas aqui, um drama que utiliza vários personagens reais, a coisa toda me pareceu despropositada e me tirou do filme completamente. Ou sei lá, talvez eu esteja apenas ficando velho demais para achar graça em ver alguém tendo seus testículos dilacerados por um cão ou sendo carbonizado por um lança-chamas, por mais filha da puta que essa pessoa seja.
Sobre a polêmica em torno de duas personagens reais:
Sharon Tate é retratada com um respeito tocante por Tarantino. É mostrada como uma mulher linda, talentosa, humilde, querida por todos e de bem com vida, mas as pessoas preferem reclamar de um suposto machismo porque ela teve "pouca falas". Ah, façam-me o favor!
Já com Bruce Lee a coisa é um pouco mais complicada... será que o cara era daquele jeitão mesmo ou foi invenção de Tarantino? Será que ele era mesmo um fanfarrão a ponto de dizer que aleijaria Cassius Clay em uma hipotética luta entre os dois? Se dizia absurdos do tipo, acho que a zoação que o filme dá no sujeito é merecida. Se não, foi uma tremenda bola fora e a reclamação da família é mais do que justificada.
[spoiler]
O Comboio do Medo
4.1 135Caramba, que agonia... imagino o trabalho que deve ter sido fazer esse filme. William Friedkin, em seu auge nos anos 70, era um mestre em filmar cenas extremamente difíceis que causavam um enorme impacto nas telas. Gênio, por um curto tempo, mas ainda assim, gênio.
Pacto Sinistro
4.1 293 Assista AgoraO que foi aquele policial atirando em um carrossel lotado de crianças... e a longa partida de tênis completamente desnecessária... e a atuação patética do protagonista vivido pelo galã Farley Granger... não é a toa que após esse filme, Patricia Highsmith tomou antipatia mortal pelo cinema e recusou vários convites de trabalhar com Hitchcock. Muito longe das obras-primas do gorducho, salva-se uma ou outra sacada e o sensacional Robert Walker, que parece ter sido o único ali a ter captado a essência do livro que foi retalhado por Raymond Chandler.
As Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco
3.6 20Uma graça de filme.
Meu Tio
4.1 115Belíssima crítica social de Jacques Tati, que usa de seu humor extremamente detalhista e sutil para contrapor a tecnologia (fria, asséptica e segregadora) com a humanidade (calorosa, suja e barulhenta). Imagino o que Tati faria nos dias de hoje, em que a internet transformou o vício e o uso indiscriminado da tecnologia em padrão de uma sociedade "civilizada".
As Férias do Sr. Hulot
3.8 44Basicamente uma sucessão de sketches do atrapalhado e adorável Mr. Hulot por um balneário francês. Algumas partes envelheceram bastante, mas na maioria das vezes o humor charmoso e delicado de Jacques Tati está lá para nos encantar. Para se ver com leveza de espírito.
Carrossel da Esperança
3.9 20Achei bem bobo na primeira vez que assisti. Mas revendo agora no cinema em um colorido lindo e já acostumado com o estilo de Jacques Tati, se tornou um dos meus favoritos. Mesmo que tenha algumas autênticas (e hilárias) cenas de humor pastelão, não é um filme na qual se deva esperar gargalhadas o tempo todo, o humor de Tati mora nos detalhes.Sutileza, despretensão e poesia definem este filme.
John e Yoko: Só o Céu como Testemunha
4.1 40 Assista AgoraLindo no que concerne a música, mas aquela peça de ficção que criaram para enaltecer a figura de Yoko Ono, pelamor...
Segundo o documentário:
Foi Yoko que salvou John de uma depressão profunda e o guiou rumo a iluminação (esquecendo convenientemente que ambos afundaram na heroína por anos. Vício que deixava John paranoico e desagradável e ajudou muito a azedar a amizade entre os Beatles).
O amor entre os dois foi puro, mágico e inocente como em um conto de fadas (para que falar que John era casado e Yoko o perseguiu ostensivamente por meses a fio, não é mesmo?)
Foi Yoko que escreveu "Imagine", foi a letrista da carreira solo e ideóloga musical de John (forçação de barra absurda, distorcendo uma fala do cara. Ele diz que que devia ter dado créditos a Yoko pela música "Imagine" porque pegou alguns versos de um livro dela, só isso. Aliás, isso não era nenhuma novidade no método de composição de John, a letra de "A Day In The Life", por exemplo, foi inspirada em manchetes de um tabloide).
Yoko foi rejeitada por fãs dos Beatles por pura xenofobia (bem, acredito que esse sentimento xenófobo tenha mesmo um peso no ódio de muita gente em relação a companheira de John Lennon, assim como é um absurdo creditar o fim da banda unicamente a ela. Mas... é óbvio que Yoko Ono ajudou a colocar lenha na fogueira impondo sua presença nos estúdios de gravação, se intrometendo petulantemente no processo criativo e dando palpites mesmo tendo zero talento musical e sem saber tocar sequer um pandeiro, querendo participar das músicas na marra, enchendo o saco de todo mundo e não fazendo um mínimo esforço, muito pelo contrário, para ajudar a abrandar a tensão entre Lennon e McCartney. Claro que os fãs sabem de tudo isso, são fatos bem conhecidos, daí querer reduzir essas pessoas a um simples bando de xenófobos chega a ser mau-caratismo).
Enfim...
Documentário (gravações do disco Imagine) excelente.
Ficção (peça de propaganda da Yoko) pff.
Faça a Coisa Certa
4.2 399Muito bom, usando um roteiro "simples" e personagens quase cartunescos, Spike Lee manda seu recado: o preconceito e o ódio racial, seja de onde for (de brancos contra negros, negros contra brancos, "americanos" contra latinos e asiáticos), além de extremamente estúpido, não pode gerar outra coisa que não mais ódio, injustiça e violência.
Gata em Teto de Zinco Quente
4.1 207 Assista AgoraLavação de roupa suja com muito estilo.
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraMais um ótimo filme da dupla Scorsese/De Niro. Rupert Pupkin é um Travis Bickle que queria ser comediante.
Eles Vivem
3.7 731 Assista AgoraUma maravilha do cinema B, e uma crítica nada velada ao capitalismo neoliberal adotado por Reagan nos anos 80.
Beijos Proibidos
4.1 138 Assista AgoraBelo, simples e cômico, mais uma pérola do mestre François Truffaut.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraAdorei aquela casa com livros espalhados por todos os lados.