Tecnicamente muito bom, mas paramos por aqui. É um Splash para adultos, com o Abe Sapien no lugar da Daryl Hannah. O romance além de naturalmente bizarro é muito superficial (tudo acontece rápido demais), os coadjuvantes (o vilão, a amiga de trabalho, o amigo vizinho e até a mulher do vilão) são caricatos demais, a direção é meio esquizofrênica, alternando entre leveza e mão pesada cheia de gore (acredito que essa foi mesmo a intenção do diretor, fazer uma mistura de conto de fadas com filme de terror, mas faltou um pouco de harmonia) e vou parar por aqui porque não gosto de falar mal do Guillermo del Toro. Mas, "Corra!", Três Anúncios" e "Trama Fantasma" são bem superiores.
Rasteiro demais, parece ter sido feito a toque de caixa. Um filme sobre um dos fundadores de uma revista de humor que marcou época nos EUA, ajudou a lançar a carreira de nomes como Bill Murray, Chevy Chase, Harold Ramis e John Belushi entre vários outros, e de quebra escreveu o roteiro de "Clube dos Cafajestes", merecia um tratamento melhor. Já começa errado com Will Forte no alto de seus quase cinquenta anos interpretando um adolescente recém-saído do colégio! A história de Douglas Kenney é tão interessante que acaba por salvar o filme, mas com uma produção decente e nas mãos de um Martin Scorsese seria uma obra-prima.
O gênero terror/suspense tem produzido tanta porcaria no cinema ultimamente, que não dei a menor atenção para esse filme em seu lançamento. Mas aqui o hype é justificado (uma raridade nos dias de hoje), "Corra!" é um filmaço, com muita tensão e um roteiro inteligente pra caramba (mereceu demais o Oscar). Dá pra assistir em sessão dupla com o francês "Les Yeux Sans Visage", clássico cult de temática bem parecida.
[/spoiler]Só achei meio desleixado aquelas fotos reveladoras jogadas ali, quase que ao acaso, será que em uma casa daquele tamanho não havia um esconderijo melhor... Mas é só um detalhe, nada que atrapalhe o filme.
[spoiler]
No mais, deixo meu lamento para todos que comentaram aqui dizendo que já tinham desvendado tudo lá pela metade e não se surpreenderam nenhum pouco com a trama. Deve ser terrível ser tão inteligente assim, uma verdadeira maldição, nada surpreende essas pessoas, não há plot twist que resista, nem Agatha Christie ou Conan Doyle são páreos para esses gênios da dedução.
Apesar dos dois piores defeitos de Spielberg estarem bem expostos aqui (pieguismo e direção excessivamente convencional), o filme é muito bom. Talvez ele se torne tedioso para quem nunca ouviu falar de nomes como Ben Bradlee, Robert McNamara, Phil Graham, Abe Rosenthal e outros nomes envolvidos ou citados na obra. Mas quem se interessa por jornalismo e pela história americana naqueles conturbados anos de Vietnã, vai adorar.
[/spoiler]Ótima sacada aquele final homenageando "Todos os Homens do Presidente" e colocando o filme como uma prequel do clássico dirigido por Alan J. Pakula .
Lindo demais! Lento, inteligente e estranho. Paul Thomas Anderson sempre procurando sair da mesmice e do lugar-comum em seus filmes. Às vezes eu tinha a impressão de estar assistindo um filme perdido de uma época indefinida. O melhor filme do ano, fácil!
Joe Eszterhas estava na crista da onda de Hollywood pelo roteiro do sucesso "Instinto Selvagem" de 1992. William Friedkin, o cara que nos anos 70 dirigiu nada menos que os clássicos "O Exorcista" e "Operação França", imaginou seu retorno triunfal ao ter em mãos um script de um nomes mais hypados da época e quebrou a cara. O filme é uma bomba, com péssimos diálogos, uma estrutura bastante confusa e todo tipo de clichê que um thriller policial barato pode ter. O tempo mostrou que Eszterhas era escritor de uma nota só, incapaz de fazer qualquer outra coisa minimamente decente, mas aí o estrago já estava feito ("Showgirls" que o diga!).
[/spoiler]No fim, o policial orc rejeitado consegue enfim fazer parte de uma clã. Mas o tal clã que o admite em seu seio nada mais é que uma gangue de criminosos que o havia torturado e tentado matá-lo minutos antes! Imagina o diálogo: - "Cara, nos te torturamos, te esculachamos sem dó, e mesmo sabendo que você havia salvado a vida do meu filho, te matamos e te jogamos em um buraco. Mas você ressuscitou de forma tão badass que resolvemos admiti-lo em nosso clã de bandidos. -"Pow, obrigado caras, chuif. É muita carência...
A ideia é muito boa (lembra um pouco a fabulosa "Top 10" do Alan Moore), mas faltou à Netflix contratar um roteirista de verdade e um diretor à altura de um projeto tão ambicioso como esse.
Ótimo filme que mescla suspense e ação de um jeito que o cinema comercial quase não consegue fazer mais. Tommy Lee Jones está extremamente convincente como o policial fodão, sua presença em cena é magnética, que me perdoe Ralph Fiennes, mas o Oscar aqui foi mais do que merecido. Julianne Moore, novinha e linda, faz uma ponta.
Falaram tão bem desse filme, mas é a mesma besteira super-genérica que Hollywood vem explorando exaustivamente nos últimos anos. Formulaicos, não mudam nada, não ousam nada, os mesmos clichês de sempre, as mesmas frases de efeito pretensiosas de sempre, os mesmos vilões meia boca, as piadas, o enredo: com meia hora já sabemos (com uma pequena variação de filme para filme) como a história se dará. Um personagem como o Coringa de "O Cavaleiro das Trevas" é um ponto fora da curva, uma exceção, não dá para esperar originalidade em filmes de super-heróis (ao contrário das HQs). A indústria sentou a bunda em uma fórmula, e enquanto estiver ganhado rios de dinheiro, não há nada que vá tirá-la dali. E, na boa
David Chase com certeza se inspirou muito aqui para criar os diálogos do mundo criminoso de "Família Soprano". Um excelente filme que merece ser descoberto.
Filme divertido que lembra muito as comédias italianas da época, embora esteja longe das grandes obras-primas de Billy Wilder. Ao contrário de "Se Meu Apartamento Falasse", não consegui simpatizar nem um pouco com o personagem de Jack Lemmon aqui (a não ser quando ele aparece disfarçado "Lord X", a cara do Jim Carrey!), mas Shirley MacLaine é como sempre puro carisma e Lou Jacobi rouba todas as cenas com seu impagável Moustache. Mas essa é outra história...
É um filme sensível com uma mensagem muito interessante. Mas eu acho uma merda. Chato, exagerado, caricato e com um protagonista intragável: um mimadão ocioso que passa as tardes simulando suicídios (!?) para chamar a atenção da mamãezinha escrota.
O filme tecnicamente é um desbunde, a direção de arte é perfeita, totalmente condizente com a obra original e a fotografia do gênio Roger Deakins é sublime (deve enfim, ganhar seu merecido Oscar), mas o filme em si tem vários problemas: É cheio de cenas desnecessárias (por mais bonitas que sejam esteticamente). O personagem de Jared Leto é ridículo demais, chato, prolixo, pedante, despejando frases pseudo-enigmáticas que pareciam ter saído do glorioso "gerador de lero lero". O anti-Roy Batty. Tentaram criar outro vilão memorável mas erraram muito a mão. O enredo original, saído da mente única de Philip K. Dick, era ao mesmo tempo simples e genial (replicantes lutando pela sobrevivência), enquanto este parece ter saído de uma reunião de executivos loucos para encontrarem um mote para a continuação. É forçado demais. Vários acontecimentos são mal explicados ou simplesmente não têm explicação nenhuma (tipo, um certo ataque a uma nave lá no final). No mais, é como alguém aqui comentou, após obras como Her, Ex Machina, Westworld, Filhos da Esperança, etc, as discussões filosóficas propostas pelo filme perdem muito o ar de novidade, coisa que o original tinha de sobra.
A Forma da Água
3.9 2,7KTecnicamente muito bom, mas paramos por aqui. É um Splash para adultos, com o Abe Sapien no lugar da Daryl Hannah. O romance além de naturalmente bizarro é muito superficial (tudo acontece rápido demais), os coadjuvantes (o vilão, a amiga de trabalho, o amigo vizinho e até a mulher do vilão) são caricatos demais, a direção é meio esquizofrênica, alternando entre leveza e mão pesada cheia de gore (acredito que essa foi mesmo a intenção do diretor, fazer uma mistura de conto de fadas com filme de terror, mas faltou um pouco de harmonia) e vou parar por aqui porque não gosto de falar mal do Guillermo del Toro. Mas, "Corra!", Três Anúncios" e "Trama Fantasma" são bem superiores.
Fútil e Inútil
3.1 51 Assista AgoraRasteiro demais, parece ter sido feito a toque de caixa. Um filme sobre um dos fundadores de uma revista de humor que marcou época nos EUA, ajudou a lançar a carreira de nomes como Bill Murray, Chevy Chase, Harold Ramis e John Belushi entre vários outros, e de quebra escreveu o roteiro de "Clube dos Cafajestes", merecia um tratamento melhor. Já começa errado com Will Forte no alto de seus quase cinquenta anos interpretando um adolescente recém-saído do colégio! A história de Douglas Kenney é tão interessante que acaba por salvar o filme, mas com uma produção decente e nas mãos de um Martin Scorsese seria uma obra-prima.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO gênero terror/suspense tem produzido tanta porcaria no cinema ultimamente, que não dei a menor atenção para esse filme em seu lançamento. Mas aqui o hype é justificado (uma raridade nos dias de hoje), "Corra!" é um filmaço, com muita tensão e um roteiro inteligente pra caramba (mereceu demais o Oscar). Dá pra assistir em sessão dupla com o francês "Les Yeux Sans Visage", clássico cult de temática bem parecida.
[/spoiler]Só achei meio desleixado aquelas fotos reveladoras jogadas ali, quase que ao acaso, será que em uma casa daquele tamanho não havia um esconderijo melhor... Mas é só um detalhe, nada que atrapalhe o filme.
[spoiler]
No mais, deixo meu lamento para todos que comentaram aqui dizendo que já tinham desvendado tudo lá pela metade e não se surpreenderam nenhum pouco com a trama. Deve ser terrível ser tão inteligente assim, uma verdadeira maldição, nada surpreende essas pessoas, não há plot twist que resista, nem Agatha Christie ou Conan Doyle são páreos para esses gênios da dedução.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraApesar dos dois piores defeitos de Spielberg estarem bem expostos aqui (pieguismo e direção excessivamente convencional), o filme é muito bom. Talvez ele se torne tedioso para quem nunca ouviu falar de nomes como Ben Bradlee, Robert McNamara, Phil Graham, Abe Rosenthal e outros nomes envolvidos ou citados na obra. Mas quem se interessa por jornalismo e pela história americana naqueles conturbados anos de Vietnã, vai adorar.
[/spoiler]Ótima sacada aquele final homenageando "Todos os Homens do Presidente" e colocando o filme como uma prequel do clássico dirigido por Alan J. Pakula .
[spoiler]
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraCredo, é muita gente idiota junta. Só o fato de não terem matado uns aos outros já é um milagre. White trash total.
Trama Fantasma
3.7 804 Assista AgoraLindo demais! Lento, inteligente e estranho. Paul Thomas Anderson sempre procurando sair da mesmice e do lugar-comum em seus filmes. Às vezes eu tinha a impressão de estar assistindo um filme perdido de uma época indefinida. O melhor filme do ano, fácil!
Jade
2.9 63Joe Eszterhas estava na crista da onda de Hollywood pelo roteiro do sucesso "Instinto Selvagem" de 1992. William Friedkin, o cara que nos anos 70 dirigiu nada menos que os clássicos "O Exorcista" e "Operação França", imaginou seu retorno triunfal ao ter em mãos um script de um nomes mais hypados da época e quebrou a cara. O filme é uma bomba, com péssimos diálogos, uma estrutura bastante confusa e todo tipo de clichê que um thriller policial barato pode ter. O tempo mostrou que Eszterhas era escritor de uma nota só, incapaz de fazer qualquer outra coisa minimamente decente, mas aí o estrago já estava feito ("Showgirls" que o diga!).
Fúria Mortal
3.4 65O filme é de uma canastrice total! Mas Julianna Margulies está linda demais!!! E Seagal gosta de cachorrinhos:)
Bright
3.1 804 Assista AgoraUm detalhe:
[/spoiler]No fim, o policial orc rejeitado consegue enfim fazer parte de uma clã. Mas o tal clã que o admite em seu seio nada mais é que uma gangue de criminosos que o havia torturado e tentado matá-lo minutos antes! Imagina o diálogo:
- "Cara, nos te torturamos, te esculachamos sem dó, e mesmo sabendo que você havia salvado a vida do meu filho, te matamos e te jogamos em um buraco. Mas você ressuscitou de forma tão badass que resolvemos admiti-lo em nosso clã de bandidos.
-"Pow, obrigado caras, chuif.
É muita carência...
[spoiler]
Bright
3.1 804 Assista AgoraA ideia é muito boa (lembra um pouco a fabulosa "Top 10" do Alan Moore), mas faltou à Netflix contratar um roteirista de verdade e um diretor à altura de um projeto tão ambicioso como esse.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraUm clássico!
O Fugitivo
3.7 262 Assista AgoraÓtimo filme que mescla suspense e ação de um jeito que o cinema comercial quase não consegue fazer mais. Tommy Lee Jones está extremamente convincente como o policial fodão, sua presença em cena é magnética, que me perdoe Ralph Fiennes, mas o Oscar aqui foi mais do que merecido. Julianne Moore, novinha e linda, faz uma ponta.
U.S. Marshals: Os Federais
3.4 157 Assista Agora"O Fugitivo" fez tanto sucesso que fizeram um remake do filme cinco anos depois.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraUm início incrível com excelente escolha das músicas, pena que lá pela metade do filme, Edgar Wright fique completamente sem ideias.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraFalaram tão bem desse filme, mas é a mesma besteira super-genérica que Hollywood vem explorando exaustivamente nos últimos anos. Formulaicos, não mudam nada, não ousam nada, os mesmos clichês de sempre, as mesmas frases de efeito pretensiosas de sempre, os mesmos vilões meia boca, as piadas, o enredo: com meia hora já sabemos (com uma pequena variação de filme para filme) como a história se dará. Um personagem como o Coringa de "O Cavaleiro das Trevas" é um ponto fora da curva, uma exceção, não dá para esperar originalidade em filmes de super-heróis (ao contrário das HQs). A indústria sentou a bunda em uma fórmula, e enquanto estiver ganhado rios de dinheiro, não há nada que vá tirá-la dali. E, na boa
[/spoiler]Não dá para levar a sério um "deus" que usa bigode.
[spoiler]
Os Amigos de Eddie Coyle
3.7 8David Chase com certeza se inspirou muito aqui para criar os diálogos do mundo criminoso de "Família Soprano". Um excelente filme que merece ser descoberto.
Irma La Douce
4.0 76Filme divertido que lembra muito as comédias italianas da época, embora esteja longe das grandes obras-primas de Billy Wilder. Ao contrário de "Se Meu Apartamento Falasse", não consegui simpatizar nem um pouco com o personagem de Jack Lemmon aqui (a não ser quando ele aparece disfarçado "Lord X", a cara do Jim Carrey!), mas Shirley MacLaine é como sempre puro carisma e Lou Jacobi rouba todas as cenas com seu impagável Moustache. Mas essa é outra história...
Paixões que Alucinam
4.2 83 Assista AgoraPagliacci, melhor personagem.
Playtime - Tempo de Diversão
4.0 54Um dos filmes mais lindos que já vi. Jacques Tati,um gênio.
Ensina-me a Viver
4.3 873 Assista AgoraÉ um filme sensível com uma mensagem muito interessante. Mas eu acho uma merda. Chato, exagerado, caricato e com um protagonista intragável: um mimadão ocioso que passa as tardes simulando suicídios (!?) para chamar a atenção da mamãezinha escrota.
Armas na Mesa
4.0 222 Assista AgoraJessica Chastain é maravilhosa, o filme é tecnicamente muito bem feito, mas
[/spoiler]o plot twist do final é forçado demais, jogou todo o realismo da história no lixo
[spoiler]
Pacto de Sangue
4.3 247 Assista AgoraObra-prima!!!
The Commitments: Loucos pela Fama
4.0 77Um dos filmes mais subestimados de todos os tempos!
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraO filme tecnicamente é um desbunde, a direção de arte é perfeita, totalmente condizente com a obra original e a fotografia do gênio Roger Deakins é sublime (deve enfim, ganhar seu merecido Oscar), mas o filme em si tem vários problemas:
É cheio de cenas desnecessárias (por mais bonitas que sejam esteticamente).
O personagem de Jared Leto é ridículo demais, chato, prolixo, pedante, despejando frases pseudo-enigmáticas que pareciam ter saído do glorioso "gerador de lero lero". O anti-Roy Batty. Tentaram criar outro vilão memorável mas erraram muito a mão.
O enredo original, saído da mente única de Philip K. Dick, era ao mesmo tempo simples e genial (replicantes lutando pela sobrevivência), enquanto este parece ter saído de uma reunião de executivos loucos para encontrarem um mote para a continuação. É forçado demais.
Vários acontecimentos são mal explicados ou simplesmente não têm explicação nenhuma (tipo, um certo ataque a uma nave lá no final).
No mais, é como alguém aqui comentou, após obras como Her, Ex Machina, Westworld, Filhos da Esperança, etc, as discussões filosóficas propostas pelo filme perdem muito o ar de novidade, coisa que o original tinha de sobra.