Um filme natalino que não tem muitas características natalinas. A árvore de natal, o papai noel e os enfeites natalinos estão todos em segundo plano na história. É normal esperarmos a mesma história nos cinemas nessa época do ano e é isso que faz esse filme – não se destacar – mas ser diferente dos demais. Os personagens do filme são bem excêntricos e nenhum deles escapa desse adjetivo. Michelle Yeoh e Emma Thompson têm as personagens mais estranhas – de uma forma boa – da trama do filme. Uma atendente de loja natalina com gostos peculiares e que possui um trama romântico e secundário com o personagem de Peter Mygind, que possivelmente possa arrancar algumas risadas do público. E uma mãe de uma família desconjuntada que é bastante protetora com uma das filhas e tem bastante medo de ser deportada para o seu país de origem. A personagem de Lydia Leonard tem uma pequena trama que eu poderia chamar de fundo dramático e essencial, mas apenas fica por isso mesmo. Emilia Clarke e Henry Golding por serem os protagonistas, são os que mais se destacam no filme. Como dito anteriormente, nenhum dos personagens fogem do adjetivo excêntricos e estranhos. Emilia Clarke coloca a sua essência de personagens de comédia romântica aqui e consegue ser engraçada sem ser forçada, possivelmente cativa o público com as situações que a envolvem criadas pelo roteiro e é mentalmente bagunçada. Isso tudo nos faz querer acompanhar a sua história e saber mais sobre ela. No caso de Henry Golding, ele compõem um personagem bastante correto e que possivelmente não comete muitos erros na sua vida. Isso que faz o personagem ser estranho. O que possa ter me surpreendido no filme inteiro foi o seu final. Ele pode ser um pouco previsível se pensarmos um pouco mais fora da caixinha e pegarmos a ideia um pouco mais da metade do filme . Que no caso, não aconteceu comigo. Me surpreendi e fiquei um pouco triste pela situação. O filme é cheio de imperfeições, como a pouca importância que dão para o fundo dramático de alguns personagens, mas é cheio de cenas divertidas e que dão um calor no coração quando vemos elas.
Confesso que me tornei um grande fã do diretor quando assisti Hereditário e estava muito ansioso para saber qual seria seu próximo trabalho. Tive bastante expectativa perante a esse novo filme e posso dizer que não me decepcionou em nada. Ari Aster me entregou um filme que trata, nas entrelinhas, um relacionamento que já está desgastado. Gosto do começo do filme pois utiliza bem o tempo para estabelecer a relação dos personagens, tanto os principais quanto os coadjuvantes. O filme também não tem pressa de começar a agir como um filme de terror. As cenas que devem ser chocantes levam tempo para acontecer, mas quando acontecem é arrepiante. Enquanto em Hereditário o ambiente escuro prevalece, aqui em Midsommar temos a luz do dia durante grande parte do filme. Por pensar que em filmes de terror coisas ruins acontecem apenas à noite, aqui neste filme, não importa se está claro – as coisas acontecem da mesma maneira e têm o mesmo impacto se fosse a noite. Adorei a cena final e achei um pouco como o final de Hereditário. A forma geométrica triangular aparece novamente aqui e a simbologia que ela possa ter é bastante compreensível. Um final que pode não ser visto como um final feliz, mas aos olhos do protagonista, é um final perfeito.
Ready Or Not foi uma grande surpresa para mim. Sua trama gira em torno dos aspectos de filmes de terror, humor ácido e de sobrevivência. É o primeiro contato que tenho com a dupla de diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, e o que vi foi bem agradável e divertido. Os personagens são a mistura de pessoas com arquétipos estranhos com um aprofundamento de personalidade bem discreta. Os personagens de Kristian Bruun, Melanie Scrofano, Henry Czerny, Nicky Guadagni e John Ralston não ultrapassam a linha dos arquétipos de personagem para um aprofundamento maior. Eles são bem rasos no que eles propõem, as vezes engraçados quando lhe convém e convenientes quando o roteiro precisa. Eles não me cativaram e portanto não são muito lembrados pelos seus feitos. Os personagens de Mark O'Brien, Adam Brody e Andie MacDowell são os que se destacam por terem backgrounds bem estabelecidos e personalidades distintas. Eles criam suas desavenças entre eles três devido as suas personalidades e objetivo que os movem perante a trama toda. O destaque de atuação vai para Samara Weaving que constroi uma personagem esperta, corajosa, valente e cheio de intermédio entre essas características. Vemos uma trajetória crescente em sua personalidade. Se no início do filme vimos que ela já possuía esses adjetivos, ao longo do filme eles se potencializam se transformando em algo incrível e coerente. Infelizmente sua personagem não é tão sortuda mesmo que suas escolhas sejam as mais inteligentes para um filme de terror. É maravilhoso essa personagem. A história é bastante interessante com suas regras e as maluquices que o roteiro entrega para a gente. Na minha pequena estadia na Terra, não vi muitos filmes nesses aspectos e então não posso ter certeza que o roteiro do filme é original. O figurino me faz lembrar um pouco a época antiga e achei interessante as cores verdes e amarelas. Ready or Not é um filme divertido, é interessante, contendo uma protagonista diferente de muitas outras do gênero e que cativa bastante quem a assiste.
O filme não está longe de seu antecessor, porque continua com o mesmo humor negro, os letreiros que aparecem durante o filme para complementar uma piada e que, na maioria das vezes, são característicos do uso e abuso da cultura americana. Piadas completamente americanas. Os personagens já estabelecidos no primeiro filme não entregam nada de novo aqui. Little Rock, que deveria ser a protagonista, foi a mais apagada do elenco neste filme. Sua trama não atribuiu nada à história e serviu apenas como objetivo para a locomoção dos outros personagens do filme. Wichita, Tallahassee e Columbus continuam suas interações com diálogos e piadas ácidas, mas confiam e se protegem muito mais do que no primeiro filme - uma amizade fraterna - uma família. O destaque deste filme vai para a personagem Madison. Ela é uma personagem com características genéricas que poderia facilmente cair na mesmice e irritar o público que a assistiria, mas ela consegue fazer o oposto. Ela é genérica, mas consegue ser cativante, engraçada e nos faz sentir falta dela quando ela sai de cena. Os outros novos personagens apresentados aqui não são tão relevantes e servem apenas como soluções óbvias para algumas situações e outras vezes apenas para preencher uma lacuna no filme. Eu realmente não gostei muito deles. Zombieland: Double Tap pode ser bastante divertido com suas cenas em câmera lenta e com sua proposta repetida do primeiro filme. É um prazer assistir a este filme no seu tempo livre.
Na minha pequena vida na Terra, afirmo que assisti apenas a um filme com o tema de mortos-vivos, e afirmo claramente que não é um gênero que me atrai muito. Eu não tenho um fascínio por esses filmes. No entanto, este filme me agradou muito porque lida com a vida social. Temos um personagem principal que, devido ao seu contexto, ele não teve muita interação com a sociedade por parte de sua personalidade e sua ansiedade crônica. Após os eventos anteriores, ele anseia por encontrar outras pessoas. Os personagens são incríveis em sua originalidade e personalidade, e incrivelmente, eles nunca caem nos estereótipos que vemos em alguns filmes de sobrevivência. O antissocial é corajoso e um sobrevivente, o bad boy tem um grande senso comum e as mulheres têm uma grande força e determinação para sobreviver sozinhas. Uma vez que essas personalidades e pensamentos são estabelecidos, o filme se torna incrível quando os personagens se reúnem na mesma cena. Quatro pessoas que aprenderam a conviver entre si sem ter que se livrar de suas originalidades. O filme também não tem muita obrigação de dar algumas respostas e isso não é ruim, porque o que importa são os personagens. O filme são os personagens. O filme é divertido, agradável de assistir e fala um pouco da importância de ter alguém por perto em um cenário como este.
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Uma Segunda Chance para Amar
3.5 477 Assista AgoraUm filme natalino que não tem muitas características natalinas. A árvore de natal, o papai noel e os enfeites natalinos estão todos em segundo plano na história. É normal esperarmos a mesma história nos cinemas nessa época do ano e é isso que faz esse filme – não se destacar – mas ser diferente dos demais.
Os personagens do filme são bem excêntricos e nenhum deles escapa desse adjetivo. Michelle Yeoh e Emma Thompson têm as personagens mais estranhas – de uma forma boa – da trama do filme. Uma atendente de loja natalina com gostos peculiares e que possui um trama romântico e secundário com o personagem de Peter Mygind, que possivelmente possa arrancar algumas risadas do público. E uma mãe de uma família desconjuntada que é bastante protetora com uma das filhas e tem bastante medo de ser deportada para o seu país de origem. A personagem de Lydia Leonard tem uma pequena trama que eu poderia chamar de fundo dramático e essencial, mas apenas fica por isso mesmo.
Emilia Clarke e Henry Golding por serem os protagonistas, são os que mais se destacam no filme. Como dito anteriormente, nenhum dos personagens fogem do adjetivo excêntricos e estranhos. Emilia Clarke coloca a sua essência de personagens de comédia romântica aqui e consegue ser engraçada sem ser forçada, possivelmente cativa o público com as situações que a envolvem criadas pelo roteiro e é mentalmente bagunçada. Isso tudo nos faz querer acompanhar a sua história e saber mais sobre ela. No caso de Henry Golding, ele compõem um personagem bastante correto e que possivelmente não comete muitos erros na sua vida. Isso que faz o personagem ser estranho.
O que possa ter me surpreendido no filme inteiro foi o seu final. Ele pode ser um pouco previsível se pensarmos um pouco mais fora da caixinha e pegarmos a ideia um pouco mais da metade do filme . Que no caso, não aconteceu comigo. Me surpreendi e fiquei um pouco triste pela situação.
O filme é cheio de imperfeições, como a pouca importância que dão para o fundo dramático de alguns personagens, mas é cheio de cenas divertidas e que dão um calor no coração quando vemos elas.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraConfesso que me tornei um grande fã do diretor quando assisti Hereditário e estava muito ansioso para saber qual seria seu próximo trabalho. Tive bastante expectativa perante a esse novo filme e posso dizer que não me decepcionou em nada. Ari Aster me entregou um filme que trata, nas entrelinhas, um relacionamento que já está desgastado.
Gosto do começo do filme pois utiliza bem o tempo para estabelecer a relação dos personagens, tanto os principais quanto os coadjuvantes. O filme também não tem pressa de começar a agir como um filme de terror. As cenas que devem ser chocantes levam tempo para acontecer, mas quando acontecem é arrepiante.
Enquanto em Hereditário o ambiente escuro prevalece, aqui em Midsommar temos a luz do dia durante grande parte do filme. Por pensar que em filmes de terror coisas ruins acontecem apenas à noite, aqui neste filme, não importa se está claro – as coisas acontecem da mesma maneira e têm o mesmo impacto se fosse a noite.
Adorei a cena final e achei um pouco como o final de Hereditário.
A forma geométrica triangular aparece novamente aqui e a simbologia que ela possa ter é bastante compreensível.
Um final que pode não ser visto como um final feliz, mas aos olhos do protagonista, é um final perfeito.
Casamento Sangrento
3.5 945 Assista AgoraReady Or Not foi uma grande surpresa para mim. Sua trama gira em torno dos aspectos de filmes de terror, humor ácido e de sobrevivência. É o primeiro contato que tenho com a dupla de diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, e o que vi foi bem agradável e divertido.
Os personagens são a mistura de pessoas com arquétipos estranhos com um aprofundamento de personalidade bem discreta. Os personagens de Kristian Bruun, Melanie Scrofano, Henry Czerny, Nicky Guadagni e John Ralston não ultrapassam a linha dos arquétipos de personagem para um aprofundamento maior. Eles são bem rasos no que eles propõem, as vezes engraçados quando lhe convém e convenientes quando o roteiro precisa. Eles não me cativaram e portanto não são muito lembrados pelos seus feitos. Os personagens de Mark O'Brien, Adam Brody e Andie MacDowell são os que se destacam por terem backgrounds bem estabelecidos e personalidades distintas. Eles criam suas desavenças entre eles três devido as suas personalidades e objetivo que os movem perante a trama toda.
O destaque de atuação vai para Samara Weaving que constroi uma personagem esperta, corajosa, valente e cheio de intermédio entre essas características. Vemos uma trajetória crescente em sua personalidade. Se no início do filme vimos que ela já possuía esses adjetivos, ao longo do filme eles se potencializam se transformando em algo incrível e coerente. Infelizmente sua personagem não é tão sortuda mesmo que suas escolhas sejam as mais inteligentes para um filme de terror. É maravilhoso essa personagem.
A história é bastante interessante com suas regras e as maluquices que o roteiro entrega para a gente. Na minha pequena estadia na Terra, não vi muitos filmes nesses aspectos e então não posso ter certeza que o roteiro do filme é original. O figurino me faz lembrar um pouco a época antiga e achei interessante as cores verdes e amarelas.
Ready or Not é um filme divertido, é interessante, contendo uma protagonista diferente de muitas outras do gênero e que cativa bastante quem a assiste.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraO filme não está longe de seu antecessor, porque continua com o mesmo humor negro, os letreiros que aparecem durante o filme para complementar uma piada e que, na maioria das vezes, são característicos do uso e abuso da cultura americana. Piadas completamente americanas.
Os personagens já estabelecidos no primeiro filme não entregam nada de novo aqui. Little Rock, que deveria ser a protagonista, foi a mais apagada do elenco neste filme. Sua trama não atribuiu nada à história e serviu apenas como objetivo para a locomoção dos outros personagens do filme. Wichita, Tallahassee e Columbus continuam suas interações com diálogos e piadas ácidas, mas confiam e se protegem muito mais do que no primeiro filme - uma amizade fraterna - uma família. O destaque deste filme vai para a personagem Madison. Ela é uma personagem com características genéricas que poderia facilmente cair na mesmice e irritar o público que a assistiria, mas ela consegue fazer o oposto. Ela é genérica, mas consegue ser cativante, engraçada e nos faz sentir falta dela quando ela sai de cena. Os outros novos personagens apresentados aqui não são tão relevantes e servem apenas como soluções óbvias para algumas situações e outras vezes apenas para preencher uma lacuna no filme. Eu realmente não gostei muito deles.
Zombieland: Double Tap pode ser bastante divertido com suas cenas em câmera lenta e com sua proposta repetida do primeiro filme. É um prazer assistir a este filme no seu tempo livre.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraNa minha pequena vida na Terra, afirmo que assisti apenas a um filme com o tema de mortos-vivos, e afirmo claramente que não é um gênero que me atrai muito. Eu não tenho um fascínio por esses filmes. No entanto, este filme me agradou muito porque lida com a vida social. Temos um personagem principal que, devido ao seu contexto, ele não teve muita interação com a sociedade por parte de sua personalidade e sua ansiedade crônica. Após os eventos anteriores, ele anseia por encontrar outras pessoas.
Os personagens são incríveis em sua originalidade e personalidade, e incrivelmente, eles nunca caem nos estereótipos que vemos em alguns filmes de sobrevivência. O antissocial é corajoso e um sobrevivente, o bad boy tem um grande senso comum e as mulheres têm uma grande força e determinação para sobreviver sozinhas. Uma vez que essas personalidades e pensamentos são estabelecidos, o filme se torna incrível quando os personagens se reúnem na mesma cena. Quatro pessoas que aprenderam a conviver entre si sem ter que se livrar de suas originalidades.
O filme também não tem muita obrigação de dar algumas respostas e isso não é ruim, porque o que importa são os personagens. O filme são os personagens. O filme é divertido, agradável de assistir e fala um pouco da importância de ter alguém por perto em um cenário como este.