Este é um filme sobre a percepção da vida e da morte, sobre o egoísmo e o abandono, em que traz um terror existencial, que te imerge numa casa submersa em sombras e no vazio da vida de uma idosa que mora alí. No início parece confuso, mas conforme o tempo passa a teia que essa trama é vai desembaraçando trazendo a percepção de que o filme retrata o
Esse é um filme sobre o fracasso de uma vida comum, em que traz a trajetória de um homem em busca de sobreviver por meio da sua carreira como músico, numa tentativa que nunca deslancha. O que não deslancha também é o direcionamento dramático do filme, que se arrasta de forma morna, com uma trilha sonora folk repleta de músicas que ajudam a derrubar o filme, que se fossem melhores tinham dado uma carga dramática mais profunda ao enredo. Uma vida num looping de fracasso, reflexivo.
O filme apresenta a história de um príncipe africano que é libertado de um caixão séculos após ter sido mordido pelo Conde Drácula. Trata-se de um Blaxpoitation até um pouco divertido, com uma trilha sonora bem típica desse tipo de filme e da época, mas que peca nas atuações medianas, com um desenrolar dos fatos meio absurdo, com resoluções sem nexo:
Como que uma mulher é perseguida por um homem esquisitão vestido de capa e no dia seguinte aceita sair com ele?
rsrsrs É do tipo de filme para desligar um pouco a mente, apertar o botão da suspensão da descrença e ir, caso contrário, você ficará preso(a) à falta de sentido que a história é, devido (possivelmente) a seu baixo orçamento.
Embora o filme tenha seus momentos levemente engraçadinhos, não é o suficiente para perder o título de chato, não consegue aliar a comédia ao terror e nem se aproveitar de um ou de outro. As atuações são bem medianas e a premissa não impressiona, bem mais do mesmo, um ótimo candidato a sessão da tarde diga-se de passagem. A história fica girando muito em torno de nada, é extenso de uma forma que causa impaciência e a única coisa que impulsiona a continuar assistindo é para saber onde tudo isso vai acabar... O que é uma completa decepção.
Este é um filme extremamente incômodo e é impressionante como ele faz isso com recursos tão simples, porém certeiras. A atmosfera do filme é sombria, a fotografia tem tons frios trazendo um sentimento de apatia e falta de perspectiva, causando estranheza para trazer a tona um assunto delicado e muito encoberto pelo os que vivem no meio: o lado obscuro das instituições religiosas. Não há complexidade e nem filtros para escancarar toda a podridão que acontece naquele local, em que padres afastados por condutas irregulares revelam e encaram seus comportamentos doentios com uma naturalidade que causa nojo. Não é um filme fácil de assistir, é forte, nem todos tem estômago para suportar os diálogos (que são o ponto alto do filme), mas é inegável que a direção fez um excelente trabalho de despertar o sentimento de repulsa sem mostrar nada fora da realidade, apenas revelando coisas que todos sabem que existe mas ninguém quer falar sobre.
O filme traz uma atmosfera excelente para apresentar seu protagonista, uma fotografia escura, sombria, remetendo a muito mistério, ambientada na Inglaterra Vitoriana, feita de uma forma que é muito claro entender as movimentações que acontecem nas sombras, com as cenas de transformação e ataque do Lobisomem muito bem feitas, com uma violência na medida certa nesta versão estendida. Outro ponto positivo da obra é seu elenco de peso, que entregam ótimas atuações. O único ponto que deixa a desejar
é o romance que acontece de uma forma muito repentina
e com uma motivação muito rasa, que na minha opinião foi completamente desnecessária, poderia ficar com o foco apenas no desenvolvimento e dilemas vividos pelo Lobisomem que já seria excelente.
O filme se apresenta inicialmente como um drama familiar, aquela típica família que a mãe morre e o o pai encontra outra esposa que não agrada a filha, mas a história repentinamente toma um um rumo completamente diferente, e isso é excelente, sai do drama água com açúcar e cresce como um thriller cheio de cenas de gore bem convincentes. A direção foi muito feliz na construção da atmosfera da trama e a atriz principal, mesmo com pouca idade, convence de sua ira e amargura interior, entregando uma performance muito boa de criança problemática e incontrolável, ofuscando todo o resto do elenco. Um filme violento, honesto ao que se propõe e que mantém a tensão lá em cima até o fim. Um esqueceram de mim proibido para crianças.
Esse é um filme sobre consequências, da ganância, de palavras que nunca foram ditas. A fotografia é quase um personagem nessa trama, contribui muito para todo o contexto misterioso, que se inicia como um romance e se transforma num suspense cheio de metáforas, que se imerge em fantasia ao mesmo tempo que faz uma grande crítica a realidade do sistema de trabalho desumano empregado no Senegal, à desigualdade. Isso contribui muito para elevar o filme, que melhora ao longo de sua duração, trazendo personagens e contextos interessantes em uma atmosfera incomum.
O filme parte de uma premissa bem interessante, em que, submerso num ambiente escuro, aparentemente úmido, sombrio e solitário de uma grande casa, o protagonista encara o fim de um relacionamento e a partir daí começa a ter a sensação de que sua solidão foi rompida e há alguém vivendo secretamente em sua casa. A trama causa uma sensação claustrofóbica, aguça a curiosidade e é bem angustiante perante todas as coisas estranhas que acontecem, traçando uma dúvida se aquilo que o personagem vê e ouve é real ou uma paranoia fruto do imaginário solitário dele, tentando superar o fim de um relacionamento. Apesar de inicialmente interessante, o filme se perde um pouco na metade, acrescentando informações desnecessárias e jogando as resoluções de forma apressada e confusa.
Esse é um filme sobre xenofobia e falta de humanidade, que começa se mostrando como uma jornada de uma mulher solitária no mar, encarando as dificuldades que essa atividade proporciona, causando ansiedade com a calmaria e previsibilidade, e até um pouco de tédio, em que o máximo que se espera é enfrentar uma tempestade clichê. Depois de um tempo as coisas começam a tomar um rumo muito mais complexo, adicionando fatores complicantes inesperados. A atuação de Susanne Wolff é diferenciada, estando quase que 100% do filme sem contracenar com outra pessoa, sem falar nada e segura isso muito bem. É uma história original, que traz uma experiência bem sensorial, fazendo um paralelo da beleza da natureza intocada com a podridão do mundo construído pelo homem e faz refletir sobre a realidade de cada nação, denunciando um pouco da falta de humanidade que assola o mundo, onde relações comerciais e a origem das pessoas são mais importantes que a própria vida humana.
O monstro de duas cabeças retrata as descobertas da ciência ao constatar a possibilidade de transplantar uma cabeça para outro corpo e também o preconceito racial que envolve a sociedade da época. O médico protagonista tem um estilo meio cientista maluco, que trabalha em sua pesquisa com interesse próprio, para salvar sua vida que está por um fio. Falando assim até parece um filme sério, mas não é, a começar pela figura do macaco que é utilizado como cobaia do projeto, que mais parece um grande ursão de pelúcia com pernas magras. Tudo no filme caminha para o bizarro, seja por esse macaco, pela maquiagem, pelas cabeças de bonecos mal feitos, pelas atuações ou pelo transplante interracial em si que é feito de uma forma que não faz sentido algum. Apesar da diversão pela bizarrice do roteiro e das atuações, do meio pro fim o filme se perde por completo, ficando chato e cada vez mais sem sentido, fazendo seus 90 minutos de duração se tornarem intermináveis e culminando num final surpreendentemente maluco e completamente absurdo.
Esse é daqueles filmes que você assiste com um sorriso no rosto, é uma delicinha de ver. A história em si não foge muito do que já vimos várias vezes no cinema, do casal apaixonado e os altos e baixos de sua relação, mas o que salta aos olhos e encanta é imaginar todo o cuidado, a paixão e a dedicação que foi para fazer todo esse filme por meio de recortes, um show de montagem e edição! Além das imagens clássicas, que prendem e deixam qualquer um nostálgico querendo a todo instante lembrar o nome do filme ao qual saiu aquela cena, o trabalho feito com a trilha sonora é espetacular, além de clássicas, funcionam como uma liga que une cada cena e que monta essa história contada de uma forma tão apaixonante. Sem dúvidas, um deleite.
O filme retrata a hipocrisia de uma sociedade nos anos 50, trazendo um grande contraste entre a "boa vizinhança" e a violência que assola uma família recém chegada ao bairro. As histórias das famílias são apresentadas de forma paralela e se cruzam por meio das crianças, que são desprovidas dos julgamentos e percepções preconceituosas que os adultos exalam por todo lado. Porém, essa conexão poderia ser melhor explorada, pois em certo ponto dá a impressão que faltou alguma coisas alí pelo meio para dar liga. O suspense é bem desenvolvido e traz um elenco de peso que se desdobra de forma convincente. A violência, o cinismo e as ações dos personagens são curiosas e coesas dadas as suas índoles, que destaca o ponto alto do filme: suas críticas a sociedade e seu ar trágico.
O filme é uma homenagem àqueles que fazem o circo e se deslocam de cidade em cidade levando o entretenimento e o mistério de uma vida nômade. A história apresenta diversos personagens interessantes, com um elenco de peso do cinema brasileiro, mas que são desperdiçados ao longo da trama, que se desenvolve de forma lenta e enfadonha. São apresentadas uma série de elementos que causam interesse e despertam uma curiosidade, uma mistura de lenda urbana, mistérios marinhos e o universo circense, porém não há desenvolvimento para sustentar o interesse, as coisas são jogadas, os personagens são superficiais, sem profundidade nenhuma, despertando muitas dúvidas que não são respondidas em nenhum momento. Nada, nada e morre na praia.
O filme traz personagens complexos, misteriosos e completamente diferentes, mas que por acaso, se conectam em uma noite num hotel com uma atmosfera sombria. A estética do filme é muito interessante, ressaltando o glamour do hotel cheio de cores e ao mesmo tempo um ambiente decadente ao qual ele se tornou após seus anos de glória. Cada personagem tem sua importância e seu tempo de tela é bem utilizado, sendo apresentados de uma forma curiosa e empolgante. A dinâmica do filme é bem interessante, despertando diversos sentimentos, mantendo a curiosidade e se construindo de uma forma diferenciada, levando o enredo a um desenrolar inesperado.
O filme traz ao mesmo tempo o melhor e o pior do ser humano que se desperta por seus ideais. A trama traz relatos baseados em uma história real, o que o faz mais interessante ainda. É uma história tensa de um atentado terrorista, que em meio ao caos traz uma humanidade incrível por parte dos funcionários do hotel, sempre preocupados em manter seus hospedes em segurança e bem acomodados. Mas o filme não é só isso, é muito mais. A tensão se instala de uma forma divina, com uma atmosfera de medo que se faz presente durante toda a trama. As atuações são excelentes e, além disso, cada personagem traz várias reflexões sobre a fragilidade da vida, sobre como a religião pode manipular pessoas e a falta de perspectiva faz com que homens se entreguem a propósitos distorcidos a troco de reconhecimento, fruto de egos inflados. Um excelente filme, empolgante e tenso do início ao fim.
O filme é sobre a liberdade e a prisão das próprias escolhas, sobre o amor de irmão e a manipulação de incapaz. A trama traz um desenrolar alucinante, ressaltado pelos ambientes sombrios, ruas sem vida e os contrastes neon, cheio de adrenalina do início ao fim, grande mérito da direção, que é muito eficiente em segurar a atenção e o interesse do telespectador por toda a duração que mesmo com acontecimentos caóticos, não cansam. O mérito também é da grande atuação de Robert Pattinson, que entrega uma performance visceral, fazendo escolhas difíceis em situações de risco para salvar a si e a seu irmão com problemas mentais que está preso. Um roteiro agoniante, original, cheio de nuances de um submundo de personagens marginalizados.
Este filme certamente nasceu de um surto coletivo, porque não é possível pessoas em sã consciência fazerem um filme tão absurdo como esse. A história parece ser inspirada em Os Pássaros de Hitchcock, mas passou bem longe em todos os aspectos possíveis. As atuações são péssimas, o texto parece ter sido apenas decorado de forma robótica... E que textos viu! Os diálogos passam longe de qualquer noção de naturalidade humana, vergonhoso. O som é horrível, a sincronia passou longe também da trilha sonora e das transições de cena... mas nada disso foi suficiente, então adicionaram uns Gifs de pássaros para serem os super vilões que aparecem DO NADA e seguem sua missão de acabar com a humanidade malvadona consumista, gritando irritantemente e explodindo kkkk! É tão ruim e sem sentido que chega a ser engraçado.
O filme relata um momento vivido pela Argentina na década de 90, mostrando a realidade de jovens desafortunados nas ruas, apresentando questões sobre gravidez precoce, drogas, bebidas e o futuro que cada elemento desse reserva a cada personagem. O filme é de baixo orçamento, então devido a essa limitação já não se espera grandes feitos. As atuações são ok e a história se arrasta no início, mas apesar disso o entrosamento dos atores é boa e o contexto é bem crível, levando a um desfecho bem plausível e que eleva um pouco toda a história. Um contexto complexo retratado numa história razoável.
Neste filme, o drama caminha lado a lado com a ficção científica, retratando frustrações, culpa e mudanças em meio a descoberta de uma nova terra que se aproxima. Esse contexto abre espaço para tentativas de redenção de uma jovem prodígio que teve seu futuro "atrapalhado" por um acidente causado. É interessante como o filme equilibra tudo isso e mesmo de uma forma arrastada e com pequenas incoerências, consegue trazer reflexões sobre as possibilidades de recomeço, a fuga de uma realidade trágica e o quanto uma pessoa pode agir de forma inusitada diante das frustrações da vida em busca de mudanças, em meio a um mix de sentimentos incompreendidos. Um filme diferente, que cabe diversas interpretações e reflexões sobre a vida, principalmente sobre encontrar consigo mesmo e ter a possibilidade de começar a uma nova vida a partir do momento presente.
O filme enquanto ficção científica de viagem temporal não surpreende, seguindo a linha de altos e baixos durante o processo, típico desse estilo, lembrando muito De volta pro futuro, porém com uma pegada mais "high tech". Os jovens protagonistas são carismáticos, e com uma inteligência e equipamentos tecnológicos surpreendentes (até demais). O filme é divertido, com uma pegada bem juvenil, tendo como diferencial o protagonismo negro e a ênfase que é dada as injustiças do racismo e a violência policial nesse contexto, o que leva a trama a finalizar de uma forma reflexiva em relação a isso.
O filme começa de uma forma enigmática, apresentando aos poucos o universo literário glamouroso e os bastidores de um processo de tradução de um best-seller, liderado por um empresário megalomaníaco. O foco da trama está entre os tradutores de várias nacionalidades trancafiados para realizarem seu trabalho e a disponibilização indevida de partes do texto na internet, gerando todo o mistério em saber como isso aconteceu e quem é o responsável. A ambientação é muito bem construída, as atuações são ótimas, e com um ritmo que oscila entre frenético e calmaria, cada personagem tem seu espaço dentro da história e consequentemente se torna um suspeito, despertando aquela curiosidade e surpresa a cada reviravolta apresentada. No fim também funciona como uma homenagem aos tradutores de livros, que ficam a mercê dos absurdos aos quais se submetem pela profissão e quase nunca são lembrados. Um suspense de qualidade, que engana e surpreende do início ao fim.
O filme é sobre como o poder e a luta pela vida pode transformar as pessoas e fazê-las se submeter a coisas inimagináveis. Repentinamente um grupo de pessoas é obrigado a se manter trancado num bar, sem saber ao certo o motivo de tudo aquilo, trazendo questões reflexivas sobre integridade moral e preconceitos, mas de uma forma bem leve, rendendo algumas situações divertidas e intrigantes, o que faz o filme passear entre comédia, suspense e terror. Apesar disso, a trama traz pessoas completamente diferentes, bem caricatas e não consegue dar carisma suficiente a esses personagens, o que acaba forçando certas situações meio tediosas por não levarem a lugar nenhum.
Este é um filme sobre remorso, denso, que se desdobra entre passado e presente e vai montando, ás vezes de forma confusa e arrastada, porém necessária, as motivações que transformaram a vida de uma detetive. Apesar de ter seus altos e baixos, o filme segue a linha justiceira policial, que não é tão original, mas que se eleva pela atuação de Nicole Kidman, que se entrega a personagem e traz toda uma carga de sentimento e representação do que é sentir culpa e viver com esse sentimento ao longo da vida, que vai lhe causando diversos problemas sociais e de personalidade, que refletem no seu relacionamento com sua filha e lhe torna tão amargurada. Apenas disso, traz algumas subtramas um pouco desnecessárias que acaba por fazer o filme perder um pouco o ritmo e o foco do que realmente importa, podia ser mais enxuto e ter uma duração menor.
Relíquia Macabra
3.3 260Este é um filme sobre a percepção da vida e da morte, sobre o egoísmo e o abandono, em que traz um terror existencial, que te imerge numa casa submersa em sombras e no vazio da vida de uma idosa que mora alí.
No início parece confuso, mas conforme o tempo passa a teia que essa trama é vai desembaraçando trazendo a percepção de que o filme retrata o
envelhecimento pela ótica do terror, trazendo a tona a questão do abandono dos idosos e como um fim da vida é aterrorizante quando se está sozinho.
o seu fim poderá ser da forma como você trata quem te trouxe ao mundo,
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraEsse é um filme sobre o fracasso de uma vida comum, em que traz a trajetória de um homem em busca de sobreviver por meio da sua carreira como músico, numa tentativa que nunca deslancha. O que não deslancha também é o direcionamento dramático do filme, que se arrasta de forma morna, com uma trilha sonora folk repleta de músicas que ajudam a derrubar o filme, que se fossem melhores tinham dado uma carga dramática mais profunda ao enredo.
Uma vida num looping de fracasso, reflexivo.
Blacula, O Vampiro Negro
3.2 55O filme apresenta a história de um príncipe africano que é libertado de um caixão séculos após ter sido mordido pelo Conde Drácula. Trata-se de um Blaxpoitation até um pouco divertido, com uma trilha sonora bem típica desse tipo de filme e da época, mas que peca nas atuações medianas, com um desenrolar dos fatos meio absurdo, com resoluções sem nexo:
Como que uma mulher é perseguida por um homem esquisitão vestido de capa e no dia seguinte aceita sair com ele?
É do tipo de filme para desligar um pouco a mente, apertar o botão da suspensão da descrença e ir, caso contrário, você ficará preso(a) à falta de sentido que a história é, devido (possivelmente) a seu baixo orçamento.
A Dança dos Vampiros
3.8 214 Assista AgoraEmbora o filme tenha seus momentos levemente engraçadinhos, não é o suficiente para perder o título de chato, não consegue aliar a comédia ao terror e nem se aproveitar de um ou de outro. As atuações são bem medianas e a premissa não impressiona, bem mais do mesmo, um ótimo candidato a sessão da tarde diga-se de passagem. A história fica girando muito em torno de nada, é extenso de uma forma que causa impaciência e a única coisa que impulsiona a continuar assistindo é para saber onde tudo isso vai acabar... O que é uma completa decepção.
O Clube
3.9 146Este é um filme extremamente incômodo e é impressionante como ele faz isso com recursos tão simples, porém certeiras. A atmosfera do filme é sombria, a fotografia tem tons frios trazendo um sentimento de apatia e falta de perspectiva, causando estranheza para trazer a tona um assunto delicado e muito encoberto pelo os que vivem no meio: o lado obscuro das instituições religiosas.
Não há complexidade e nem filtros para escancarar toda a podridão que acontece naquele local, em que padres afastados por condutas irregulares revelam e encaram seus comportamentos doentios com uma naturalidade que causa nojo.
Não é um filme fácil de assistir, é forte, nem todos tem estômago para suportar os diálogos (que são o ponto alto do filme), mas é inegável que a direção fez um excelente trabalho de despertar o sentimento de repulsa sem mostrar nada fora da realidade, apenas revelando coisas que todos sabem que existe mas ninguém quer falar sobre.
O Lobisomem
2.9 1,0K Assista AgoraO filme traz uma atmosfera excelente para apresentar seu protagonista, uma fotografia escura, sombria, remetendo a muito mistério, ambientada na Inglaterra Vitoriana, feita de uma forma que é muito claro entender as movimentações que acontecem nas sombras, com as cenas de transformação e ataque do Lobisomem muito bem feitas, com uma violência na medida certa nesta versão estendida. Outro ponto positivo da obra é seu elenco de peso, que entregam ótimas atuações.
O único ponto que deixa a desejar
é o romance que acontece de uma forma muito repentina
Becky
3.0 175O filme se apresenta inicialmente como um drama familiar, aquela típica família que a mãe morre e o o pai encontra outra esposa que não agrada a filha, mas a história repentinamente toma um um rumo completamente diferente, e isso é excelente, sai do drama água com açúcar e cresce como um thriller cheio de cenas de gore bem convincentes. A direção foi muito feliz na construção da atmosfera da trama e a atriz principal, mesmo com pouca idade, convence de sua ira e amargura interior, entregando uma performance muito boa de criança problemática e incontrolável, ofuscando todo o resto do elenco. Um filme violento, honesto ao que se propõe e que mantém a tensão lá em cima até o fim. Um esqueceram de mim proibido para crianças.
Atlantique
3.6 129Esse é um filme sobre consequências, da ganância, de palavras que nunca foram ditas. A fotografia é quase um personagem nessa trama, contribui muito para todo o contexto misterioso, que se inicia como um romance e se transforma num suspense cheio de metáforas, que se imerge em fantasia ao mesmo tempo que faz uma grande crítica a realidade do sistema de trabalho desumano empregado no Senegal, à desigualdade. Isso contribui muito para elevar o filme, que melhora ao longo de sua duração, trazendo personagens e contextos interessantes em uma atmosfera incomum.
O Habitante Incerto
3.5 58O filme parte de uma premissa bem interessante, em que, submerso num ambiente escuro, aparentemente úmido, sombrio e solitário de uma grande casa, o protagonista encara o fim de um relacionamento e a partir daí começa a ter a sensação de que sua solidão foi rompida e há alguém vivendo secretamente em sua casa. A trama causa uma sensação claustrofóbica, aguça a curiosidade e é bem angustiante perante todas as coisas estranhas que acontecem, traçando uma dúvida se aquilo que o personagem vê e ouve é real ou uma paranoia fruto do imaginário solitário dele, tentando superar o fim de um relacionamento. Apesar de inicialmente interessante, o filme se perde um pouco na metade, acrescentando informações desnecessárias e jogando as resoluções de forma apressada e confusa.
Styx
3.6 11Esse é um filme sobre xenofobia e falta de humanidade, que começa se mostrando como uma jornada de uma mulher solitária no mar, encarando as dificuldades que essa atividade proporciona, causando ansiedade com a calmaria e previsibilidade, e até um pouco de tédio, em que o máximo que se espera é enfrentar uma tempestade clichê. Depois de um tempo as coisas começam a tomar um rumo muito mais complexo, adicionando fatores complicantes inesperados.
A atuação de Susanne Wolff é diferenciada, estando quase que 100% do filme sem contracenar com outra pessoa, sem falar nada e segura isso muito bem.
É uma história original, que traz uma experiência bem sensorial, fazendo um paralelo da beleza da natureza intocada com a podridão do mundo construído pelo homem e faz refletir sobre a realidade de cada nação, denunciando um pouco da falta de humanidade que assola o mundo, onde relações comerciais e a origem das pessoas são mais importantes que a própria vida humana.
O Monstro de Duas Cabeças
3.3 16O monstro de duas cabeças retrata as descobertas da ciência ao constatar a possibilidade de transplantar uma cabeça para outro corpo e também o preconceito racial que envolve a sociedade da época. O médico protagonista tem um estilo meio cientista maluco, que trabalha em sua pesquisa com interesse próprio, para salvar sua vida que está por um fio. Falando assim até parece um filme sério, mas não é, a começar pela figura do macaco que é utilizado como cobaia do projeto, que mais parece um grande ursão de pelúcia com pernas magras. Tudo no filme caminha para o bizarro, seja por esse macaco, pela maquiagem, pelas cabeças de bonecos mal feitos, pelas atuações ou pelo transplante interracial em si que é feito de uma forma que não faz sentido algum.
Apesar da diversão pela bizarrice do roteiro e das atuações, do meio pro fim o filme se perde por completo, ficando chato e cada vez mais sem sentido, fazendo seus 90 minutos de duração se tornarem intermináveis e culminando num final surpreendentemente maluco e completamente absurdo.
Senhoras e Senhores: Corte Final
4.3 43Esse é daqueles filmes que você assiste com um sorriso no rosto, é uma delicinha de ver. A história em si não foge muito do que já vimos várias vezes no cinema, do casal apaixonado e os altos e baixos de sua relação, mas o que salta aos olhos e encanta é imaginar todo o cuidado, a paixão e a dedicação que foi para fazer todo esse filme por meio de recortes, um show de montagem e edição! Além das imagens clássicas, que prendem e deixam qualquer um nostálgico querendo a todo instante lembrar o nome do filme ao qual saiu aquela cena, o trabalho feito com a trilha sonora é espetacular, além de clássicas, funcionam como uma liga que une cada cena e que monta essa história contada de uma forma tão apaixonante. Sem dúvidas, um deleite.
Suburbicon: Bem-Vindos ao Paraíso
3.1 160 Assista AgoraO filme retrata a hipocrisia de uma sociedade nos anos 50, trazendo um grande contraste entre a "boa vizinhança" e a violência que assola uma família recém chegada ao bairro. As histórias das famílias são apresentadas de forma paralela e se cruzam por meio das crianças, que são desprovidas dos julgamentos e percepções preconceituosas que os adultos exalam por todo lado. Porém, essa conexão poderia ser melhor explorada, pois em certo ponto dá a impressão que faltou alguma coisas alí pelo meio para dar liga.
O suspense é bem desenvolvido e traz um elenco de peso que se desdobra de forma convincente. A violência, o cinismo e as ações dos personagens são curiosas e coesas dadas as suas índoles, que destaca o ponto alto do filme: suas críticas a sociedade e seu ar trágico.
Sangue Azul
3.3 55 Assista AgoraO filme é uma homenagem àqueles que fazem o circo e se deslocam de cidade em cidade levando o entretenimento e o mistério de uma vida nômade. A história apresenta diversos personagens interessantes, com um elenco de peso do cinema brasileiro, mas que são desperdiçados ao longo da trama, que se desenvolve de forma lenta e enfadonha.
São apresentadas uma série de elementos que causam interesse e despertam uma curiosidade, uma mistura de lenda urbana, mistérios marinhos e o universo circense, porém não há desenvolvimento para sustentar o interesse, as coisas são jogadas, os personagens são superficiais, sem profundidade nenhuma, despertando muitas dúvidas que não são respondidas em nenhum momento. Nada, nada e morre na praia.
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista AgoraO filme traz personagens complexos, misteriosos e completamente diferentes, mas que por acaso, se conectam em uma noite num hotel com uma atmosfera sombria. A estética do filme é muito interessante, ressaltando o glamour do hotel cheio de cores e ao mesmo tempo um ambiente decadente ao qual ele se tornou após seus anos de glória. Cada personagem tem sua importância e seu tempo de tela é bem utilizado, sendo apresentados de uma forma curiosa e empolgante. A dinâmica do filme é bem interessante, despertando diversos sentimentos, mantendo a curiosidade e se construindo de uma forma diferenciada, levando o enredo a um desenrolar inesperado.
Atentado ao Hotel Taj Mahal
4.0 255 Assista AgoraO filme traz ao mesmo tempo o melhor e o pior do ser humano que se desperta por seus ideais. A trama traz relatos baseados em uma história real, o que o faz mais interessante ainda. É uma história tensa de um atentado terrorista, que em meio ao caos traz uma humanidade incrível por parte dos funcionários do hotel, sempre preocupados em manter seus hospedes em segurança e bem acomodados. Mas o filme não é só isso, é muito mais. A tensão se instala de uma forma divina, com uma atmosfera de medo que se faz presente durante toda a trama. As atuações são excelentes e, além disso, cada personagem traz várias reflexões sobre a fragilidade da vida, sobre como a religião pode manipular pessoas e a falta de perspectiva faz com que homens se entreguem a propósitos distorcidos a troco de reconhecimento, fruto de egos inflados. Um excelente filme, empolgante e tenso do início ao fim.
Bom Comportamento
3.8 392O filme é sobre a liberdade e a prisão das próprias escolhas, sobre o amor de irmão e a manipulação de incapaz. A trama traz um desenrolar alucinante, ressaltado pelos ambientes sombrios, ruas sem vida e os contrastes neon, cheio de adrenalina do início ao fim, grande mérito da direção, que é muito eficiente em segurar a atenção e o interesse do telespectador por toda a duração que mesmo com acontecimentos caóticos, não cansam. O mérito também é da grande atuação de Robert Pattinson, que entrega uma performance visceral, fazendo escolhas difíceis em situações de risco para salvar a si e a seu irmão com problemas mentais que está preso. Um roteiro agoniante, original, cheio de nuances de um submundo de personagens marginalizados.
Birdemic: Shock and Terror
1.8 82Este filme certamente nasceu de um surto coletivo, porque não é possível pessoas em sã consciência fazerem um filme tão absurdo como esse. A história parece ser inspirada em Os Pássaros de Hitchcock, mas passou bem longe em todos os aspectos possíveis. As atuações são péssimas, o texto parece ter sido apenas decorado de forma robótica... E que textos viu! Os diálogos passam longe de qualquer noção de naturalidade humana, vergonhoso. O som é horrível, a sincronia passou longe também da trilha sonora e das transições de cena... mas nada disso foi suficiente, então adicionaram uns Gifs de pássaros para serem os super vilões que aparecem DO NADA e seguem sua missão de acabar com a humanidade malvadona consumista, gritando irritantemente e explodindo kkkk! É tão ruim e sem sentido que chega a ser engraçado.
Pizza, Cerveja, Cigarro
3.3 22O filme relata um momento vivido pela Argentina na década de 90, mostrando a realidade de jovens desafortunados nas ruas, apresentando questões sobre gravidez precoce, drogas, bebidas e o futuro que cada elemento desse reserva a cada personagem. O filme é de baixo orçamento, então devido a essa limitação já não se espera grandes feitos. As atuações são ok e a história se arrasta no início, mas apesar disso o entrosamento dos atores é boa e o contexto é bem crível, levando a um desfecho bem plausível e que eleva um pouco toda a história. Um contexto complexo retratado numa história razoável.
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraNeste filme, o drama caminha lado a lado com a ficção científica, retratando frustrações, culpa e mudanças em meio a descoberta de uma nova terra que se aproxima. Esse contexto abre espaço para tentativas de redenção de uma jovem prodígio que teve seu futuro "atrapalhado" por um acidente causado. É interessante como o filme equilibra tudo isso e mesmo de uma forma arrastada e com pequenas incoerências, consegue trazer reflexões sobre as possibilidades de recomeço, a fuga de uma realidade trágica e o quanto uma pessoa pode agir de forma inusitada diante das frustrações da vida em busca de mudanças, em meio a um mix de sentimentos incompreendidos. Um filme diferente, que cabe diversas interpretações e reflexões sobre a vida, principalmente sobre encontrar consigo mesmo e ter a possibilidade de começar a uma nova vida a partir do momento presente.
A Gente Se Vê Ontem
3.2 192 Assista AgoraO filme enquanto ficção científica de viagem temporal não surpreende, seguindo a linha de altos e baixos durante o processo, típico desse estilo, lembrando muito De volta pro futuro, porém com uma pegada mais "high tech". Os jovens protagonistas são carismáticos, e com uma inteligência e equipamentos tecnológicos surpreendentes (até demais). O filme é divertido, com uma pegada bem juvenil, tendo como diferencial o protagonismo negro e a ênfase que é dada as injustiças do racismo e a violência policial nesse contexto, o que leva a trama a finalizar de uma forma reflexiva em relação a isso.
Os Tradutores
3.5 44 Assista AgoraO filme começa de uma forma enigmática, apresentando aos poucos o universo literário glamouroso e os bastidores de um processo de tradução de um best-seller, liderado por um empresário megalomaníaco.
O foco da trama está entre os tradutores de várias nacionalidades trancafiados para realizarem seu trabalho e a disponibilização indevida de partes do texto na internet, gerando todo o mistério em saber como isso aconteceu e quem é o responsável.
A ambientação é muito bem construída, as atuações são ótimas, e com um ritmo que oscila entre frenético e calmaria, cada personagem tem seu espaço dentro da história e consequentemente se torna um suspeito, despertando aquela curiosidade e surpresa a cada reviravolta apresentada.
No fim também funciona como uma homenagem aos tradutores de livros, que ficam a mercê dos absurdos aos quais se submetem pela profissão e quase nunca são lembrados.
Um suspense de qualidade, que engana e surpreende do início ao fim.
O Bar
3.2 568O filme é sobre como o poder e a luta pela vida pode transformar as pessoas e fazê-las se submeter a coisas inimagináveis. Repentinamente um grupo de pessoas é obrigado a se manter trancado num bar, sem saber ao certo o motivo de tudo aquilo, trazendo questões reflexivas sobre integridade moral e preconceitos, mas de uma forma bem leve, rendendo algumas situações divertidas e intrigantes, o que faz o filme passear entre comédia, suspense e terror. Apesar disso, a trama traz pessoas completamente diferentes, bem caricatas e não consegue dar carisma suficiente a esses personagens, o que acaba forçando certas situações meio tediosas por não levarem a lugar nenhum.
O Peso do Passado
3.0 140Este é um filme sobre remorso, denso, que se desdobra entre passado e presente e vai montando, ás vezes de forma confusa e arrastada, porém necessária, as motivações que transformaram a vida de uma detetive.
Apesar de ter seus altos e baixos, o filme segue a linha justiceira policial, que não é tão original, mas que se eleva pela atuação de Nicole Kidman, que se entrega a personagem e traz toda uma carga de sentimento e representação do que é sentir culpa e viver com esse sentimento ao longo da vida, que vai lhe causando diversos problemas sociais e de personalidade, que refletem no seu relacionamento com sua filha e lhe torna tão amargurada. Apenas disso, traz algumas subtramas um pouco desnecessárias que acaba por fazer o filme perder um pouco o ritmo e o foco do que realmente importa, podia ser mais enxuto e ter uma duração menor.