repentino, a meu ver, decai bastante o filme. Embora ele parecesse previsível e necessário pareceu um pouco fora de ordem, o que afetou também um pouco do ritmo.
É um bom filme, serve para refletir e analisar várias questões do mundo (e submundo) das celebridades.
Um filme leve e com uma história simples, mas com personagens tocantes e temas secundários bastante fortes (o assédio, o machismo, a fidelidade, as relações e a vida suburbana da França nos anos 40). Alguns efeitos de câmera também são possíveis de perceber e experimentos que provam uma boa direção.
Veja sem grandes expectativas e serás surpreendido positivamente. É um filme fraco, que se perde especialmente do meio para o final, mas não chega a ser um completo desastre como muitos falavam.
Bonito. Sensível. Sutil. Mais uma grande obra de Louis Malle (já me perco em qual gostei mais). Este, aparentemente começa com coisas triviais que vão se passando em uma escola católica francesa. O aprendizado, a descoberta da adolescência (algumas boas homenagens à literatura, à música e ao cinema que vão discorrendo)... As pequenas relações e ao mesmo tempo a tensão sempre acontecendo de forma sutil, leve, quase imperceptível...
o filme ensaia o tempo todo com aquele final, mas por diversas situações parece que vamos nos convencendo de que não acontecerá. São gestos, olhares, situações e laços de amizade (ou quem sabe amor), sutilezas que o filme carrega. Até que a realidade se apresenta, nua e crua. E sem dúvidas, o mais triste é saber que é uma história baseada nas lembranças do diretor, reais e, imortalizadas nesta bela obra de arte. Obrigado pelas memórias, Malle.
Uma bela história sobre amizade, amor, memórias da adolescência, arte e sobre a história, que não se apaga, por mais que a tentem distorcê-la.
Diferente. Brinca bastante com o gênero noir. Eu não conheço muitos filmes chineses, mas este, parece-me bastante ousado (especialmente na violência e sexo) pelo filtro de conteúdo do país. Isso é bem bacana.
Cabe mencionar que tem uma ótima fotografia. No geral é um bom filme, mas o ato do meio é um pouco longo. Cortaria uns 15 a 20 minutos e ficaria muito bom.
Filme com uma linda sensibilidade, especialmente em sua fotografia. Aqueles típicos filmes que nos apresenta uma personagem ótima e nos deixa querendo ler e ir atrás da artista e da obra original. Ademais, um grande retrato da época e da realidade dos ciganos, na trajetória e da vida de Papusza.
Filme bom de um diretor que fez vários trabalhos experimentais. Este, em especial, com um filme todo na linha "engarrafada" e com estudo de personagem. Ótima interpretação (e uhh para ensaiar e discorrer todo o texto, especialmente o André). Só não veja com sono.
Um grande espetáculo visual: musical com ópera, ballet e teatro. Os dois primeiros atos são bastante impressionantes, mas, a meu ver, o terceiro decai bastante (e torna o filme cansativo, poderia ser somente os dois primeiros contos).
É um filme com ótima cinematografia e performances, mas deixa a desejar em alguns momentos na sua edição e montagem, inclusive em algumas cenas sendo perceptível a dublagem de voz desnivelada do movimento de fala dos atores. Vale pelo espetáculo visual e construção cinematográfica.
Um tanto quanto nojento, exagerado e ridículo, mas são as sátiras e exageros que o fazem "diferente". São filmes trash, e este,recomendável e um bom passatempo, mas para quem já conhece e sabe o que esperar dos filmes da Troma. Segue a mesma linha de esquisitice e vulgaridade. Como paródia serve-nos algumas boas risadas.
Andei lendo que se não fossem os cortes, seriam mais de 3 horas e meia. Sofrível. Inimaginavelmente inferior a Donnie Darko. Espetacularização confusa, ideias mal-executadas, elenco desperdiçado. Foi difícil chegar ao final. Não à toa é lembrado como um fracasso.
Tudo é cruel (e real) ao mesmo tempo neste filme. Você se pega sempre pensando se é realmente ficção, tão natural são as filmagens e a dura realidade: crianças órfãs, pobres, trabalho infantil, casamentos arranjados, a dureza dos adultos (da religião e do sistema social), a doença sem cura do irmão, o clima pesado da guerra e do frio das montanhas, a exploração e incerteza do trabalho... a dureza da realidade que beira a falta de perspectivas é confirmada nas ótimas atuações das crianças, na fotografia e edição. Não há como ser mais arrebatadora, nua e crua. Ainda assim, as crianças sorriem e sonham. Enquanto os pequenos podem sonhar haverá esperança.
Boa premissa, porém mal executada. Muitos furos de roteiro em especial, mas gostei ao menos de algumas coisas.
Alguns pontos positivos a meu ver: a premissa do filme é bem interessante, especialmente em dar a sensação de ser quase um "episódio engarrafado", com poucos cenários, o que sempre exige bastante do roteiro e das atuações...a primeira parte do filme de fato é muito boa e bem construída, bem como algumas interpretações. O que realmente não funciona são
o artista que faz o mendigo não convence no papel, está desproporcional a condição física ao papel; também algumas soluções de roteiro ruins e confusas, por horas não sabendo direito para onde caminhar e com alguns vácuos.
Depois ele até engrena um pouco e volta a ficar com furos no ato final com decisões pouco críveis dos personagens, ainda que seja "para o filme acontecer" merecia ser melhor escrito...aliás até há certa mudança de estilo, tem um momento que o filme vira found footage (é uma ruptura de linguagem muito grande ou bem se é uma coisa ou outra).
Curiosidades: O ator que interpreta o Nacho lembra muito o Lucas do canal Refúgio Cult, enquanto a atriz que interpreta Elena lembra a Paola Oliveira, fiquei com essa impressão o filme todo (haha).
Ademais, vale ver uma vez, mas tem furos bem explícitos. Achei uma pena, a seguir o primeiro ato e usar mais da criatividade e roteiro teria mais potencial, assim ficou só no razoável.
Se te mostrarem este filme sem saber nada antes, certamente você diria que ele é produzido ou dirigido pelo Tim Burton, hehe.
Um bom filme e uma história cativante, apesar de não ser tão original é bem construído, com boa invenção de mundo e referências ao Tim Burton e Melies (parecia muito em alguns trechos de Hugo Cabret). O único ponto a desejar é a trilha sonora, que, apesar de boa, tem interpretações muito desafinadas (eu mais ri do que entrei na história com elas, hehe). É uma boa e diferente animação, vale o entretenimento.
Um bom retrato da ascensão e queda dos filmes B, em especial da Troma, e outras produtoras semelhantes. O documentário traz um bom panorama desta indústria e da mudança de época até os dias de hoje, onde, cada vez mais a indústria do mainstream, especialmente a hollywoodiana sufoca a diversidade cinematográfica, gerando certa homogenização na indústria, o que, sabemos, coloca muito a perder em termos de qualidade e diversidade cinematográfica. Importante para compreensão de produções "B" e de bastidores por trás das câmeras.
Filme bastante simbólico e alegórico. Confesso que faltam-me alguns elementos suficientes para saber se parte da realidade apresentada é totalmente comum no país ou se é mais alegórico com alguns outros subtextos. De todo o modo é um filme intrigante, frio e impactante. O país retratado, Butão, fica "emparedado" por dois únicos países, China e Índia...essa parece ser quase uma alegoria geográfica para a triste sina de Sangay, também sufocada pelo machismo e normas rígidas culturais e religiosas do pai e o fanatismo e machismo estrutural do homem o qual se intitula seu namorado (e que dela se aproxima). Sangay não possui qualquer referência feminina e para ela os sonhos e as perspectivas se prolongam em moroso e aviltante silêncio que lhe corrói a alma. Na realidade dura, pobre e difícil do interior do remoto Butão, ser e estar mulher e jovem parece quase uma sina determinista de sofrimento, preconceitos e exclusão. É um filme impactante, que dialoga também muito a partir das composições visuais e simbologias que o diretor vai apresentando.
Para quem cadastrou o filme, coloquem a descrição/sinopse.
A história de Tonio/Tonia e Franz, Paul e Erika se desenrola na cena queer de Nova York. Uma história de ativismo político e diferentes modelos de amor: trata-se de uma adaptação, tradução e nova leitura de “So Schön”, o romance de Ronald M. Schernikau dos anos 80.
O filme pode ser dividido em três atos: os dois primeiros ótimos, mas o terceiro deixa a desejar... A cinematografia, fotografia, trilha sonora e o clima de suspense gerados pelo filme são ótimos e vão nos colocando em ambientação e dentro do clima necessário, onde tudo se desenrola morosamente, mas com necessária atenção. O que decepciona são os problemas de roteiro, ele começa focado na questão da A cura como algo metafórico
a perceber, em especial, o mal do trabalho, do capitalismo, das relações com o ter e o ser em nossas vidas, porém não demora muito e abandona o propósito da sua ida até a clínica (a busca de Pembroke) e começa a focar em outros elementos da história (hora flerta a saber a sanidade dele, hora a ser uma história de assassinato/perseguição, hora um terror mais trash, hora um mistério investigativo e até espiritual)
o mal do filme está em querer abraçar muita coisa e desenvolver pouco, deixando várias arestas com problemas narrativos. É lógico que percebe-se as referências a filmes como Drácula, Ilha do Medo (estes em especial) e Laranja Mecânica, por exemplo, mas a meu ver, ele acaba por ter problemas narrativos e gerar tantas ambiguidades. O filme parece não saber para onde quer ir e assim acaba se arrastando, repetindo, ficando confuso e por vezes cansativo. Peguei-me por várias vezes ao longo dele pensando ou tentando deduzir qual era a alegoria central, mas isto na verdade, parecia ser o que menos importava... Em resumo: ótimos elementos técnicos, mas problemas de roteiro bem sérios (uma pena) que o tornam mais longo do que deveria e com final bizarro, ainda assim, é um filme que vale assistir por uma vez, pelo bom suspense criado. Alguns comentários aleatórios: - Que trauma de dentista ao ver a cena
Filmes com cachorro geralmente seguem uma estrutura: aventura, laços afetivos com os donos, algo que o cachorro faz que o traz e o leva a protagonista, superação, etc. É uma fórmula batida, mas que funciona. Filmes assim de vez em quando são necessários para "rehumanizar".
O que pode funcionar de mensagem (e acredito que assim seja) que todos nós (e também os animais assim nos ensinam) temos um propósito e um objetivo e que só podemos ser felizes de verdade uma vez que encontramos nossos propósitos de vida e assim possamos sentirmo-nos realizados.
O filme que fica na sua memória pela infância, mas que quando vai rever não chama mais tanta atenção assim... Mas vale pela nostalgia, pela criação de mundo/gênero e como homenagem aos anos 80. É impossível passar pelos anos 80 e não lembrar do quarteto de caça-fantasmas, a trilha sonora, roupas e carros esquisitos, fantasmas muito loucos e atrapalhados...
Um filme importante e bastante interessante: principalmente em como lida as temáticas trans, identidade de gênero e as relações familiares nesta fase da adolescência/juventude.
Ao longo do filme, Lara (Victor Polster) atua muito bem, especialmente em momentos de sutileza que engrandecem a sua atuação e o filme ganho peso e relevância a partir destas sensações e situações tão bem representadas nas expressões. Dois exemplos
quando o maninho de Lara, de forma involuntária em uma situação chama ela pelo nome "de batismo como menino". Também quando em uma festinha das meninas, suas colegas de classe, pedem para ver seu órgão genital... cenas marcantes na interpretação e desconforto expressos sem verbalizar pelo ator.
Ao longo do filme vemos a evolução e a difícil aceitação de uma cirurgia de mudança de sexo, ainda que muito embora, você tenha, como Lara, um pai atencioso e compreensível, ainda assim ela se fecha e muitas vezes parece não encontrar ninguém em quem confiar ou desabafar: seja no pai, amizades ou psicólogo. Poxa, que agonia na cena
dela enrolando o pênis, bem como se mutilando os pés até sangrarem
ambas passam um grau extremo de verdade, bem como é quase impossível perceber que é um menino fazendo esta atuação, ficou realmente perfeita.
Talvez a única crítica negativa que percebo foi que como história o filme não avança muito, fica repetitivo (balé-escola-casa-rejeição ao corpo), mas talvez seja pelo foco na análise da personagem que o filme deseja, em como se dá esta repetida rotina e quanto pode ser e se vai sendo desconfortável.
ele dá indicativos de mais de uma interpretação, embora a mais óbvia e que eu comprei tenha sido que ela realmente conseguiu realizar a cirurgia, amadurecer e viver a sua vida, finalmente como Lara.
Um filme para contemplar: pela beleza das paisagens, cores e da passagem do tempo por meio das mulheres e filhos na vida de Renoir.
O filme, de fato, não foca tanto no pintor, apesar do título, mas que fica quase como de forma secundária, sendo Jean, e, principalmente Andrée os destaques e sobre quem o enredo se vai desenrolando e focando ao longo do filme.
Em suma, achei um belo retrato biográfico para um período importante, na vida destes três grandes artistas.
Um clássico. Fica difícil assistir Nicholson sem lembrar de personagens dele mais "malucos", especialmente quem ter visto O Iluminado antes. Ainda assim é inegável sua ótima atuação, que junto com o roteiro são os grandes destaques do filme.
Ele é um pouco moroso, mas a qualidade da história nos fazem ficar ligados o tempo todo para compreender e seguir a sagacidade e desenrolar dela. Filmão! Especialmente para quem gosta de roteiros sagazes e para fãs do Nicholson. Um clássico que homenageia o cinema noir e faz uma ácida crítica a especulação financeira e ao famigerado desde sempre "modo de vida americano", nos seus vícios e maneiras de construir a história de seu tempo. Um grande deleite a ser visto com calma e sem distrações.
Os Galhofeiros
3.6 10Filme clássico, um viva e saudação aos filmes com humor físico e absurdo.
Fedora
3.9 32Um filme cheio de metalinguagem, com boas composições de cena e reflexões sobre o mundo do cinema, a juventude, beleza e idealização.
Cria certa e boa instigação no suspense gerado, porém o plot
repentino, a meu ver, decai bastante o filme. Embora ele parecesse previsível e necessário pareceu um pouco fora de ordem, o que afetou também um pouco do ritmo.
É um bom filme, serve para refletir e analisar várias questões do mundo (e submundo) das celebridades.
Antônio e Antonieta
3.7 6Que surpresa agradável!
Um filme leve e com uma história simples, mas com personagens tocantes e temas secundários bastante fortes (o assédio, o machismo, a fidelidade, as relações e a vida suburbana da França nos anos 40). Alguns efeitos de câmera também são possíveis de perceber e experimentos que provam uma boa direção.
moral da história
1 nunca devolva um livro antes de retirar os papéis de dentro (aprendemos isso na escola, rsrs).
moral da história 2
às vezes é preciso levarmos umas porradas para acordarmos pra vida e acordarmos melhor.
moral da história 3
escolha alguém que esteja contigo em momentos bons e ruins, a isto, chamamos de amor.
Movimentos Noturnos
2.9 72 Assista AgoraVeja sem grandes expectativas e serás surpreendido positivamente. É um filme fraco, que se perde especialmente do meio para o final, mas não chega a ser um completo desastre como muitos falavam.
Adeus, Meninos
4.2 257 Assista AgoraBonito. Sensível. Sutil. Mais uma grande obra de Louis Malle (já me perco em qual gostei mais). Este, aparentemente começa com coisas triviais que vão se passando em uma escola católica francesa. O aprendizado, a descoberta da adolescência (algumas boas homenagens à literatura, à música e ao cinema que vão discorrendo)... As pequenas relações e ao mesmo tempo a tensão sempre acontecendo de forma sutil, leve, quase imperceptível...
o filme ensaia o tempo todo com aquele final, mas por diversas situações parece que vamos nos convencendo de que não acontecerá. São gestos, olhares, situações e laços de amizade (ou quem sabe amor), sutilezas que o filme carrega. Até que a realidade se apresenta, nua e crua. E sem dúvidas, o mais triste é saber que é uma história baseada nas lembranças do diretor, reais e, imortalizadas nesta bela obra de arte. Obrigado pelas memórias, Malle.
Uma bela história sobre amizade, amor, memórias da adolescência, arte e sobre a história, que não se apaga, por mais que a tentem distorcê-la.
O Lago do Ganso Selvagem
3.6 38 Assista AgoraDiferente. Brinca bastante com o gênero noir. Eu não conheço muitos filmes chineses, mas este, parece-me bastante ousado (especialmente na violência e sexo) pelo filtro de conteúdo do país. Isso é bem bacana.
Cabe mencionar que tem uma ótima fotografia. No geral é um bom filme, mas o ato do meio é um pouco longo. Cortaria uns 15 a 20 minutos e ficaria muito bom.
A História de Papusza
4.0 10Filme com uma linda sensibilidade, especialmente em sua fotografia. Aqueles típicos filmes que nos apresenta uma personagem ótima e nos deixa querendo ler e ir atrás da artista e da obra original. Ademais, um grande retrato da época e da realidade dos ciganos, na trajetória e da vida de Papusza.
Meu Jantar com André
4.1 77Filme bom de um diretor que fez vários trabalhos experimentais. Este, em especial, com um filme todo na linha "engarrafada" e com estudo de personagem. Ótima interpretação (e uhh para ensaiar e discorrer todo o texto, especialmente o André). Só não veja com sono.
Este Magnífico Bolo!
3.9 5Impressiona pela qualidade narrativa e animação (feita de bonecos de lã). Uma grande e diferente ideia, que deu bastante certo.
Os Contos de Hoffmann
3.9 15 Assista AgoraUm grande espetáculo visual: musical com ópera, ballet e teatro. Os dois primeiros atos são bastante impressionantes, mas, a meu ver, o terceiro decai bastante (e torna o filme cansativo, poderia ser somente os dois primeiros contos).
É um filme com ótima cinematografia e performances, mas deixa a desejar em alguns momentos na sua edição e montagem, inclusive em algumas cenas sendo perceptível a dublagem de voz desnivelada do movimento de fala dos atores. Vale pelo espetáculo visual e construção cinematográfica.
Tromeu & Julieta
3.6 57Um tanto quanto nojento, exagerado e ridículo, mas são as sátiras e exageros que o fazem "diferente". São filmes trash, e este,recomendável e um bom passatempo, mas para quem já conhece e sabe o que esperar dos filmes da Troma. Segue a mesma linha de esquisitice e vulgaridade. Como paródia serve-nos algumas boas risadas.
Southland Tales - O Fim do Mundo
2.2 168Andei lendo que se não fossem os cortes, seriam mais de 3 horas e meia. Sofrível. Inimaginavelmente inferior a Donnie Darko. Espetacularização confusa, ideias mal-executadas, elenco desperdiçado. Foi difícil chegar ao final. Não à toa é lembrado como um fracasso.
Tempo de Cavalos Bêbados
4.1 56 Assista AgoraTudo é cruel (e real) ao mesmo tempo neste filme. Você se pega sempre pensando se é realmente ficção, tão natural são as filmagens e a dura realidade: crianças órfãs, pobres, trabalho infantil, casamentos arranjados, a dureza dos adultos (da religião e do sistema social), a doença sem cura do irmão, o clima pesado da guerra e do frio das montanhas, a exploração e incerteza do trabalho... a dureza da realidade que beira a falta de perspectivas é confirmada nas ótimas atuações das crianças, na fotografia e edição. Não há como ser mais arrebatadora, nua e crua. Ainda assim, as crianças sorriem e sonham. Enquanto os pequenos podem sonhar haverá esperança.
O Bar
3.2 569Boa premissa, porém mal executada. Muitos furos de roteiro em especial, mas gostei ao menos de algumas coisas.
Alguns pontos positivos a meu ver: a premissa do filme é bem interessante, especialmente em dar a sensação de ser quase um "episódio engarrafado", com poucos cenários, o que sempre exige bastante do roteiro e das atuações...a primeira parte do filme de fato é muito boa e bem construída, bem como algumas interpretações. O que realmente não funciona são
o artista que faz o mendigo não convence no papel, está desproporcional a condição física ao papel; também algumas soluções de roteiro ruins e confusas, por horas não sabendo direito para onde caminhar e com alguns vácuos.
Curiosidades: O ator que interpreta o Nacho lembra muito o Lucas do canal Refúgio Cult, enquanto a atriz que interpreta Elena lembra a Paola Oliveira, fiquei com essa impressão o filme todo (haha).
Ademais, vale ver uma vez, mas tem furos bem explícitos. Achei uma pena, a seguir o primeiro ato e usar mais da criatividade e roteiro teria mais potencial, assim ficou só no razoável.
Jack e a Mecânica do Coração
3.9 226 Assista grátisSe te mostrarem este filme sem saber nada antes, certamente você diria que ele é produzido ou dirigido pelo Tim Burton, hehe.
Um bom filme e uma história cativante, apesar de não ser tão original é bem construído, com boa invenção de mundo e referências ao Tim Burton e Melies (parecia muito em alguns trechos de Hugo Cabret). O único ponto a desejar é a trilha sonora, que, apesar de boa, tem interpretações muito desafinadas (eu mais ri do que entrei na história com elas, hehe). É uma boa e diferente animação, vale o entretenimento.
VHS Massacre
2.6 3Um bom retrato da ascensão e queda dos filmes B, em especial da Troma, e outras produtoras semelhantes. O documentário traz um bom panorama desta indústria e da mudança de época até os dias de hoje, onde, cada vez mais a indústria do mainstream, especialmente a hollywoodiana sufoca a diversidade cinematográfica, gerando certa homogenização na indústria, o que, sabemos, coloca muito a perder em termos de qualidade e diversidade cinematográfica. Importante para compreensão de produções "B" e de bastidores por trás das câmeras.
The Red Phallus
3.7 3"Quem disse que não sou forte o suficiente?".
Filme bastante simbólico e alegórico. Confesso que faltam-me alguns elementos suficientes para saber se parte da realidade apresentada é totalmente comum no país ou se é mais alegórico com alguns outros subtextos. De todo o modo é um filme intrigante, frio e impactante. O país retratado, Butão, fica "emparedado" por dois únicos países, China e Índia...essa parece ser quase uma alegoria geográfica para a triste sina de Sangay, também sufocada pelo machismo e normas rígidas culturais e religiosas do pai e o fanatismo e machismo estrutural do homem o qual se intitula seu namorado (e que dela se aproxima). Sangay não possui qualquer referência feminina e para ela os sonhos e as perspectivas se prolongam em moroso e aviltante silêncio que lhe corrói a alma. Na realidade dura, pobre e difícil do interior do remoto Butão, ser e estar mulher e jovem parece quase uma sina determinista de sofrimento, preconceitos e exclusão. É um filme impactante, que dialoga também muito a partir das composições visuais e simbologias que o diretor vai apresentando.
So Pretty
3.1 4Para quem cadastrou o filme, coloquem a descrição/sinopse.
A história de Tonio/Tonia e Franz, Paul e Erika se desenrola na cena queer de Nova York. Uma história de ativismo político e diferentes modelos de amor: trata-se de uma adaptação, tradução e nova leitura de “So Schön”, o romance de Ronald M. Schernikau dos anos 80.
https://mubi.com/pt/films/so-pretty
A Cura
3.0 707 Assista AgoraO filme pode ser dividido em três atos: os dois primeiros ótimos, mas o terceiro deixa a desejar...
A cinematografia, fotografia, trilha sonora e o clima de suspense gerados pelo filme são ótimos e vão nos colocando em ambientação e dentro do clima necessário, onde tudo se desenrola morosamente, mas com necessária atenção. O que decepciona são os problemas de roteiro, ele começa focado na questão da A cura como algo metafórico
a perceber, em especial, o mal do trabalho, do capitalismo, das relações com o ter e o ser em nossas vidas, porém não demora muito e abandona o propósito da sua ida até a clínica (a busca de Pembroke) e começa a focar em outros elementos da história (hora flerta a saber a sanidade dele, hora a ser uma história de assassinato/perseguição, hora um terror mais trash, hora um mistério investigativo e até espiritual)
Peguei-me por várias vezes ao longo dele pensando ou tentando deduzir qual era a alegoria central, mas isto na verdade, parecia ser o que menos importava... Em resumo: ótimos elementos técnicos, mas problemas de roteiro bem sérios (uma pena) que o tornam mais longo do que deveria e com final bizarro, ainda assim, é um filme que vale assistir por uma vez, pelo bom suspense criado.
Alguns comentários aleatórios:
- Que trauma de dentista ao ver a cena
da broca e eles arrancando/furando os seus dentes
- Qual a primeira coisa que você faz/busca depois de um tempo privado de liberdade? Sai no rolê da cidade e
e vai beber cerveja!!! Eu ri bastante, hahaha.
Quatro Vidas de Um Cachorro
3.8 720 Assista AgoraFilmes com cachorro geralmente seguem uma estrutura: aventura, laços afetivos com os donos, algo que o cachorro faz que o traz e o leva a protagonista, superação, etc. É uma fórmula batida, mas que funciona. Filmes assim de vez em quando são necessários para "rehumanizar".
O que pode funcionar de mensagem (e acredito que assim seja) que todos nós (e também os animais assim nos ensinam) temos um propósito e um objetivo e que só podemos ser felizes de verdade uma vez que encontramos nossos propósitos de vida e assim possamos sentirmo-nos realizados.
Os Caça-Fantasmas
3.7 733 Assista AgoraO filme que fica na sua memória pela infância, mas que quando vai rever não chama mais tanta atenção assim... Mas vale pela nostalgia, pela criação de mundo/gênero e como homenagem aos anos 80. É impossível passar pelos anos 80 e não lembrar do quarteto de caça-fantasmas, a trilha sonora, roupas e carros esquisitos, fantasmas muito loucos e atrapalhados...
Obs: por mais que seja besteirol
só não lembro por que alguns fantasmas mais parecem monstros que fantasmas (os bonecos), erro de roteiro/construção de época mesmo?
Alguns pontos mesmo sutis (legais) são as formas como ele satiriza alguns elementos de fanatismo religioso e de corrupção como na cena
da prefeitura, onde estão todas as “autoridades” decidindo o melhor para a cidade ao combater os fantasmas
Girl
3.8 161 Assista AgoraUm filme importante e bastante interessante: principalmente em como lida as temáticas trans, identidade de gênero e as relações familiares nesta fase da adolescência/juventude.
Ao longo do filme, Lara (Victor Polster) atua muito bem, especialmente em momentos de sutileza que engrandecem a sua atuação e o filme ganho peso e relevância a partir destas sensações e situações tão bem representadas nas expressões. Dois exemplos
quando o maninho de Lara, de forma involuntária em uma situação chama ela pelo nome "de batismo como menino". Também quando em uma festinha das meninas, suas colegas de classe, pedem para ver seu órgão genital... cenas marcantes na interpretação e desconforto expressos sem verbalizar pelo ator.
Ao longo do filme vemos a evolução e a difícil aceitação de uma cirurgia de mudança de sexo, ainda que muito embora, você tenha, como Lara, um pai atencioso e compreensível, ainda assim ela se fecha e muitas vezes parece não encontrar ninguém em quem confiar ou desabafar: seja no pai, amizades ou psicólogo. Poxa, que agonia na cena
dela enrolando o pênis, bem como se mutilando os pés até sangrarem
Talvez a única crítica negativa que percebo foi que como história o filme não avança muito, fica repetitivo (balé-escola-casa-rejeição ao corpo), mas talvez seja pelo foco na análise da personagem que o filme deseja, em como se dá esta repetida rotina e quanto pode ser e se vai sendo desconfortável.
Sobre o final
ele dá indicativos de mais de uma interpretação, embora a mais óbvia e que eu comprei tenha sido que ela realmente conseguiu realizar a cirurgia, amadurecer e viver a sua vida, finalmente como Lara.
Renoir
3.5 208 Assista AgoraUm filme para contemplar: pela beleza das paisagens, cores e da passagem do tempo por meio das mulheres e filhos na vida de Renoir.
O filme, de fato, não foca tanto no pintor, apesar do título, mas que fica quase como de forma secundária, sendo Jean, e, principalmente Andrée os destaques e sobre quem o enredo se vai desenrolando e focando ao longo do filme.
Em suma, achei um belo retrato biográfico para um período importante, na vida destes três grandes artistas.
Chinatown
4.1 635 Assista AgoraUm clássico.
Fica difícil assistir Nicholson sem lembrar de personagens dele mais "malucos", especialmente quem ter visto O Iluminado antes. Ainda assim é inegável sua ótima atuação, que junto com o roteiro são os grandes destaques do filme.
Ele é um pouco moroso, mas a qualidade da história nos fazem ficar ligados o tempo todo para compreender e seguir a sagacidade e desenrolar dela. Filmão! Especialmente para quem gosta de roteiros sagazes e para fãs do Nicholson. Um clássico que homenageia o cinema noir e faz uma ácida crítica a especulação financeira e ao famigerado desde sempre "modo de vida americano", nos seus vícios e maneiras de construir a história de seu tempo. Um grande deleite a ser visto com calma e sem distrações.