Um bom retrato do Brasil "e seus rincões" na década de 40: o contexto e a visão do país (muitas vezes menosprezado na ótica do personagem Ranulpho, especialmente servindo a lógica do "oprimido também sendo opressor") são pontos interessantes do filme.
A simplicidade do roteiro e direção servem uma história gostosa de acompanhar, mas, mais que falar do país, do contexto local e mundial é essencialmente um filme sobre amizade. Ranulpho e Johann parecem ser de mundos, culturas e visões completamente distintas, mas que, na convivência alargam suas visões e reflexões e acabam se descobrindo mais que companheiros de viagem, bons amigos.
Há uma pobreza sem tamanho em querer classificar este filme comparado aos dias atuais. Ele é muito bom no contexto e no tempo que foi feito. (Dar uma nota baixa apenas baseado no quanto de ação ou de efeitos especiais como se fosse o último Transformers para um filme de 77 é uma ignorância abismal).
Sobre o filme em si apresenta uma ótima direção (Spielberg em evolução) e na edição e fotografia também sem dúvidas muito bem elaboradas. Obviamente os efeitos especiais ficam datados (até que não em total demasia, mas é necessário o olhar para quando de seu lançamento). A atmosfera e história geram e dão um bom entretenimento, e, a meu ver, o principal legado foi uma boa ambientação para um Spielberg, mais maduro e seguro posteriormente elaborar obras como ET e Parque dos Dinossauros. É uma boa sessão de entretenimento. (mas se você é da geração ejaculação precoce, não veja)
Que filme desconfortável. Começa com narrativa morosa, parece nocivo, mas inegavelmente consegue provocar e chocar...quase não suportei duas cenas em especial e choquei com outra:
Steven jogando o filho no chão achando que era fingimento no corredor do hospital e aquele diálogo "abusivo", o diálogo entre Steven e Martin, onde Martin tira um pedaço do próprio braço e do braço de Steven, e o final é chocante, no jogo da roleta russa e depois a aparente vida que segue da família mesmo após o ocorrido, talvez isso o mais chocante.
De fato é um filme difícil e complicado de comentar sem cair em spoiler, mas como já citado fala da tragédia de Ifigênia, de Eurípedes, transcrevendo, logicamente, a narrativa dentro do contexto do filme, mas segue a sua premissa.
Ficam como mistérios o arquétipo da personagem de Martin, como ele consegue seus feitos (e que ótima atuação do ator, sociopata de primeira só pelo olhar rsrs), ótimas atuações também de Colin Farrel e Nicole Kidman e uma trilha sonora que casa muito bem com a direção, roteiro e momentos. Ainda assim é importante dizer que não é um filme para todos: aqueles não acostumados com a direção do Lanthimos ou mais sensíveis podem não gostar ou não entender e mesmo a quem assiste, exige atenção e, em desconhecendo o enredo, pesquisar e aprofundar os temas pós-filme, logo, recomenda-se com cautela.
Filme que trata sobre culpa, vingança, alter ego, abusos, assédios, troca de personalidade e esquisitice, muita esquisitice. Eu gostei, compreendi várias alegorias (exceto as que levantei acima de Martin), mas, de fato, é um filme importante que foge do padrão mainstream.
Infelizmente é um filme fraco (nem parece ser do mesmo diretor). O tema realmente é importante e necessário (não sei o quanto é fiel ao livro), mas o desenvolvimento da história e principalmente das personagens deixa muito a desejar. Uma mãe muito mal escrita e burra que chega a dar raiva. Não há um desenvolvimento da avó ou dos pais que também deixam um grande vácuo.
Melissa passa a sensação de vários problemas e ausências e a atriz que a interpreta até se sai bem com o material que tem, porém o enredo e a temática não são suficientes ao fraco roteiro, trilha sonora e demais personagens. Achei realmente muito fraco e esperava muito mais especialmente em ter Luca Guadagnino como diretor.
Simbólico e psicodélico. Por vezes achei estar vendo Black Swan ou Suspiria, rsrs com várias intertextualidades. Ao mesmo tempo que tem problemas de roteiro, tem uma fotografia de tirar o fôlego e uma história pesada. Várias são as alegorias presentes
demorei a sacar um pouco o lance antropofágico e dos triângulos, por exemplo
e o que por hora flerta com o simbólico e com o real.
Definitivamente não é um filme ruim, se peca em alguns aspectos, a fotografia, os temas, a trilha sonora e a edição são recompensatórias. Um tema pesado e necessário no submundo do glamour.
ao final se vê que todos precisam de si e que juntos podem ser mais fortes e superar os desafios
Ademais das alegorias do filme, o vilão é fraco e o primeiro filme consegue ser mais engajante, não que esse seja ruim, só não supera o primeiro. De destaque Jack Jack com seus poderes e as relações de desconstrução dos estigmas, mas no desenvolvimento particular dos personagens e do enredo, o primeiro é melhor.
Mesmo sendo uma boa animação, Spider-Man Into the Spider-Verse deve levar a melhor animação do ano.
Poxa, definitivamente deveria ter ficado com uma das duas vagas ociosas na indicação de Melhor Filme ao Óscar. O prêmio deve ir para Roma, A Favorita ou Green Book, mas The Wife deveria, no mínimo, estar entre os indicados.
Um bom documentário que nos leva ao desconhecido interior da Geórgia e especialmente em contato com a realidade, que, não muito diferente em outros locais do mundo e do país se resume a poucos momentos de diversão: as bugigangas são novidades, tudo e absolutamente tudo se resume as batatas. Um retrato da pobreza e da vida pacata, sem perspectiva daquelas pessoas. Uma boa narrativa e história a partir do olhar do mercador, Gela. Ele é simples, singelo, por vezes até cru, mas na sua simplicidade envolto de sentimentos, faces, sonhos, sensações e humanidade.
Não há motivos para ter uma nota tão baixa: pessoal exagera ou fica só esperando todas as vezes explosões e mais explosões, CGI e mais CGI. O filme gera um bom clima de tensão, com falhas de roteiro (tenta não ser expositivo, mas acaba com diálogos crus e retira mais elementos que pudessem ajudar a entender um pouco mais).
O final é aberto e talvez seja o que mais esteja intrigando
já ouvi interpretações de que ele (o caçador) sonhou tudo aquilo e estava entre a vida e a morte no hospital; que ambos eram irmãos e tiveram o filho de forma incestuosa, o que só sacrificando-o poderia garantir sua salvação; com metáforas entre o casal e a vila entre o espírito dos loboso... enfim, mas está longe de ser um filme nota 2, tem muita coisa muito mais ruim e sem camada alguma por aí.
Uma dica aos descontentes peguem e vejam elementos do livro, homônimo, e poderão entender um pouco mais da história, algumas coisas ficarão mais claras.
Também achei divertido os diálogos com a psicóloga e Fionn perturbado em saber de onde vinham alguns impulsos estranhos (antes de saber que estava sendo controlado). É uma boa experiência (ao mesmo tempo divertida e perturbadora pela proximidade com a realidade), embora não seja a mais original.
Um clássico da comédia e dos Anos 80. Eddie Murphy em ótima atuação, com cenas de comédia e ação pastelão, mas que são entretenimento puro. Um bom e divertido passatempo.
Achei que a história teria um bom roteiro e premissas para entregar. Não por ser simples, mas porque ele abandona seus personagens (começa a contar sobre Gabriel e depois pouco explora dele), dá umas pinceladas em Verônica e depois fica insuficiente e, narra sem densidade os, horas conflitos psicológicos, hora a retidão moral, hora a imoralidade de Bruno. Ele deveria focar e desenvolver mais os personagens. A falta de uma coesão torna a morosidade por se tornar um novelão. Uma pena pelo potencial que o roteiro provoca, mas não entrega.
exatamente o que o filme em parte mostra sobre o sucesso dos blockbusters de super-heróis, onde a personalidade de Riggan enseja superar as explosões, efeitos de CGI, tiroteios e demais estigmas clichés que tem tomado conta das novas gerações. Talvez, como o filme diz, grande filmes como Birdman “são somente uma história com diálogos filosóficos deprimentes”
e é uma pena que quem o veja assim, pobre ponto de vista.
As cenas entre o real e o imaginário são, como já bem lembradas aqui, ótimas lembranças também de Whiplash e Cisne Negro, mas também senti ótimas referências e diálogos com Adaptação, de Jonze e Charlie Kaufman. A metalinguagem e o papel da arte (e até onde vai o pessoal e o artista, bem como os estigmas nas carreiras de um ator/atriz) são ótimas reflexões, ainda que pareçam introspectivas são uma carta de homenagem a psique da arte.
Por fim, Iñárritu dá uma aula com a câmera.... a ideia passada como de um único take e o modo com a câmera flutua e acompanha os diálogos são simplesmente perfeitos.
Birdman não é um filme de fácil digestão (e talvez assim o deseje), mas reúne perfeição de alegorias, direção, atuações e roteiro. Talvez não entre dentre os favoritos de muita gente por não ser emotivo, mas tecnicamente é inegável, supera toda ignorância na sua busca por/com tantas virtudes.
Uma das cenas mais marcantes da história o cinema. Gene Kelly imortalizou na cena que dá título ao filme uma das mais genuínas expressões de felicidade.
O filme em si é engraçado e lida com os esteriótipos dos próprios atores na transição do cinema mudo para o falado (é legal acompanhar como o musical aborda esta transição). Destaque para as fortes presenças de Gene Kelly e Donald O'Connor, além da boa química dentre eles e Debbie Reynolds nas sintonias das cenas de dança e musicais. Um dos clássicos que todos devem ter visto ao menos uma vez.
Ótima direção, fotografia e direção de arte na recriação de mundo e de época. Como já comentado por aqui, entretanto, não é recomendado para todo mundo, pois ele tem um ritmo moroso, quase que invisível aos acontecimentos que se vão desenrolando ao longo do filme.
As analogias são brilhantes e exigem a atenção a todos os momentos: os aviões; os silêncios; os lapsos: as cenas e imagens. Além de toda a qualidade técnica, inquestionável, as mensagens são geniais: o filme, nas suas camadas fala de classes, de acontecimentos históricos no México, sobre a família e o amor e eu diria, muito, sobre a força de duas mulheres, em especial de Cléo, muito bem vivida nos seus simbolismos e sofrimentos quase que sufocantes e densos, mas intensos e marcantes.
É uma obra que nos leva para muito mais que as suas duas horas de duração.
The Bridge on the River Kwai é um filme de três atos. Um primeiro de espírito de resistência, persuasão e disciplina nos embates (até morosos por vezes, mas essenciais ao ritmo do fato ocorrido) entre os coronéis Nicholson e Saito. Um segundo ato, um tanto quanto ufanista (faz parte rsrs), que procurava elevar a organização, determinação e competência dos ingleses e a “incompetência” dos japoneses em fazer a empreitada de construção da ponte.
Já o terceiro ato do grupo que planeja e organiza a destruição da ponte (não é spoiler, está na sinopse, rsrs) é o ato de mais entretenimento. Desde as tenções e armadilhas do plano, até sua execução e desfechos. Nas palavras do roteiro do filme, um ambiente e clima de guerra precisa ser visto aos olhos desta imersão ainda que possa ser "Madness! Madness!”.
Classificação forçada: não é um filme de ficção científica, mas de fantasia com elementos de mistério/suspense.
The Thing, do Carpenter trabalhou esta temática muito melhor e com elementos e roteiro muito mais assertivos.
Sim, não deixa de ser um bom filme, mas a mim, ficou essa sensação de não ser original e, por vezes, pareceu muito forçado e visível o uso do CGI (o que nos tira da história e é ruim). O que o filme ganha em peso é a direção de arte e a ótima atuação de Natalie Portman.
Uau, é mesmo de tirar o fôlego. Estava achando um bom romance com ótimo roteiro (até meio bobo), com belíssimas composições fotográficas e músicas (muito sensíveis e impecáveis em sintonia ao filme), além da ótima qualidade da animação; mas devo dizer que o filme ganha consideravelmente quando apresenta os elementos SciFi (quem diria uma bela composição scifi + romance)....de tirar realmente o fôlego!
Só não dou nota máxima porque a história possui vários finais e parece se estender mais do que deveria em vista de dar um final mais feliz.
Poderia ter terminado quando no alto da montanha Mitsuha e Taki se encontram e pelos fragmentos de segundos também se despedem tendo somente vagas lembranças, mas que segue dentro do peito. O roteiro preferiu dar um final feliz, mas mais mastigado, o que tirou a perfeição do filme e o impacto que teria sido bem maior.
Ainda assim é um grande filme que mescla bem elementos de romance, animação e ficção científica além de seguir o anime em sua adaptação. Filmão! Impossível não se prender.
Grande fotografia, atuações e ótima direção (mas isso soa quase como redundância né). Tive muito a sensação de que seria uma série (e seria uma baita série), pois ficamos com vontade de explorar mais aqueles personagens e universos....apesar de não terem conexões uns com os outros.
Sendo filme parece por vezes ter ficado um pouco picotado, mas ainda assim tem grande valor de entretenimento de homenagem aos clássicos westerns, em pegadas diferentes em cada uma das histórias. Irmãos Cohen é garantia de qualidade, vale muito.
Lógico que algumas cenas e recursos podem parecer datados, mas há muitos elementos a se retomar e celebrar, inclusive até os elementos técnicos com as marionetes.
O roteiro em si é uma grande sacada e uma bonita história sobre a adolescência e as problemáticas vividas por Sarah são uma leitura sobre a descoberta da juventude e a vivência da adolescência. Além disso, o poder da fantasia e da leitura na ajuda desta descoberta é muito bonito de se ver e uma importante alegoria. Desde os simples flashes aos livros clássicos da estante de Sarah até sua leitura fugaz para fugir (e/ou encarar) a realidade se tornam sinal da maturidade e do poder da leitura na vida de Sarah,
Além destas bonitas homenagens e alegorias, o filme também vale muito pela atuação e performances de David Bowie: cantando, atuando, coreografando. É sem dúvida um grande clássico da fantasia de todos os tempos capaz de evocar nostalgia, encanto e até mesmo descoberta a quem lhes põe os primeiros olhares.
Gostei mais da mensagem e atuação de Sônia do que de todo o conteúdo em si. O filme todo é uma mensagem de resistência (ao novo que por vezes vem substituir os laços somente por ser “novidade”; as lembranças e momentos de família e felicidade; a especulação imobiliária em vista da identidade e memória).
O que pesa um pouco no longa a meu ver é que ele se enrola um pouco no ritmo (por vezes moroso demais e por vezes confuso) e não desenvolve com certa fluidez; Destaque para a atuação de Sônia Braga em particular, as fortes camadas e mensagens que o filme traz e a trilha sonora.
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista AgoraUm bom retrato do Brasil "e seus rincões" na década de 40: o contexto e a visão do país (muitas vezes menosprezado na ótica do personagem Ranulpho, especialmente servindo a lógica do "oprimido também sendo opressor") são pontos interessantes do filme.
A simplicidade do roteiro e direção servem uma história gostosa de acompanhar, mas, mais que falar do país, do contexto local e mundial é essencialmente um filme sobre amizade. Ranulpho e Johann parecem ser de mundos, culturas e visões completamente distintas, mas que, na convivência alargam suas visões e reflexões e acabam se descobrindo mais que companheiros de viagem, bons amigos.
Contatos Imediatos do Terceiro Grau
3.7 578 Assista AgoraHá uma pobreza sem tamanho em querer classificar este filme comparado aos dias atuais. Ele é muito bom no contexto e no tempo que foi feito. (Dar uma nota baixa apenas baseado no quanto de ação ou de efeitos especiais como se fosse o último Transformers para um filme de 77 é uma ignorância abismal).
Sobre o filme em si apresenta uma ótima direção (Spielberg em evolução) e na edição e fotografia também sem dúvidas muito bem elaboradas. Obviamente os efeitos especiais ficam datados (até que não em total demasia, mas é necessário o olhar para quando de seu lançamento). A atmosfera e história geram e dão um bom entretenimento, e, a meu ver, o principal legado foi uma boa ambientação para um Spielberg, mais maduro e seguro posteriormente elaborar obras como ET e Parque dos Dinossauros. É uma boa sessão de entretenimento. (mas se você é da geração ejaculação precoce, não veja)
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraQue filme desconfortável. Começa com narrativa morosa, parece nocivo, mas inegavelmente consegue provocar e chocar...quase não suportei duas cenas em especial e choquei com outra:
Steven jogando o filho no chão achando que era fingimento no corredor do hospital e aquele diálogo "abusivo", o diálogo entre Steven e Martin, onde Martin tira um pedaço do próprio braço e do braço de Steven, e o final é chocante, no jogo da roleta russa e depois a aparente vida que segue da família mesmo após o ocorrido, talvez isso o mais chocante.
Ficam como mistérios o arquétipo da personagem de Martin, como ele consegue seus feitos (e que ótima atuação do ator, sociopata de primeira só pelo olhar rsrs), ótimas atuações também de Colin Farrel e Nicole Kidman e uma trilha sonora que casa muito bem com a direção, roteiro e momentos. Ainda assim é importante dizer que não é um filme para todos: aqueles não acostumados com a direção do Lanthimos ou mais sensíveis podem não gostar ou não entender e mesmo a quem assiste, exige atenção e, em desconhecendo o enredo, pesquisar e aprofundar os temas pós-filme, logo, recomenda-se com cautela.
Filme que trata sobre culpa, vingança, alter ego, abusos, assédios, troca de personalidade e esquisitice, muita esquisitice. Eu gostei, compreendi várias alegorias (exceto as que levantei acima de Martin), mas, de fato, é um filme importante que foge do padrão mainstream.
100 Escovadas Antes de Dormir
2.7 503Infelizmente é um filme fraco (nem parece ser do mesmo diretor). O tema realmente é importante e necessário (não sei o quanto é fiel ao livro), mas o desenvolvimento da história e principalmente das personagens deixa muito a desejar. Uma mãe muito mal escrita e burra que chega a dar raiva. Não há um desenvolvimento da avó ou dos pais que também deixam um grande vácuo.
Melissa passa a sensação de vários problemas e ausências e a atriz que a interpreta até se sai bem com o material que tem, porém o enredo e a temática não são suficientes ao fraco roteiro, trilha sonora e demais personagens. Achei realmente muito fraco e esperava muito mais especialmente em ter Luca Guadagnino como diretor.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista Agora"A beleza não é tudo, ela é a única coisa".
Simbólico e psicodélico. Por vezes achei estar vendo Black Swan ou Suspiria, rsrs com várias intertextualidades. Ao mesmo tempo que tem problemas de roteiro, tem uma fotografia de tirar o fôlego e uma história pesada. Várias são as alegorias presentes
demorei a sacar um pouco o lance antropofágico e dos triângulos, por exemplo
Definitivamente não é um filme ruim, se peca em alguns aspectos, a fotografia, os temas, a trilha sonora e a edição são recompensatórias. Um tema pesado e necessário no submundo do glamour.
Os Incríveis 2
4.1 1,4K Assista AgoraUm bom exercício e reflexão sobre paternidade, maternidade e desconstrução de alguns padrões como o machismo.
ao final se vê que todos precisam de si e que juntos podem ser mais fortes e superar os desafios
Mesmo sendo uma boa animação, Spider-Man Into the Spider-Verse deve levar a melhor animação do ano.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraPoxa, definitivamente deveria ter ficado com uma das duas vagas ociosas na indicação de Melhor Filme ao Óscar. O prêmio deve ir para Roma, A Favorita ou Green Book, mas The Wife deveria, no mínimo, estar entre os indicados.
Sovdagari - O Mercador
3.5 66Um bom documentário que nos leva ao desconhecido interior da Geórgia e especialmente em contato com a realidade, que, não muito diferente em outros locais do mundo e do país se resume a poucos momentos de diversão: as bugigangas são novidades, tudo e absolutamente tudo se resume as batatas. Um retrato da pobreza e da vida pacata, sem perspectiva daquelas pessoas. Uma boa narrativa e história a partir do olhar do mercador, Gela. Ele é simples, singelo, por vezes até cru, mas na sua simplicidade envolto de sentimentos, faces, sonhos, sensações e humanidade.
Noite de Lobos
2.5 304 Assista AgoraNão há motivos para ter uma nota tão baixa: pessoal exagera ou fica só esperando todas as vezes explosões e mais explosões, CGI e mais CGI. O filme gera um bom clima de tensão, com falhas de roteiro (tenta não ser expositivo, mas acaba com diálogos crus e retira mais elementos que pudessem ajudar a entender um pouco mais).
O final é aberto e talvez seja o que mais esteja intrigando
já ouvi interpretações de que ele (o caçador) sonhou tudo aquilo e estava entre a vida e a morte no hospital; que ambos eram irmãos e tiveram o filho de forma incestuosa, o que só sacrificando-o poderia garantir sua salvação; com metáforas entre o casal e a vila entre o espírito dos loboso... enfim, mas está longe de ser um filme nota 2, tem muita coisa muito mais ruim e sem camada alguma por aí.
Uma dica aos descontentes peguem e vejam elementos do livro, homônimo, e poderão entender um pouco mais da história, algumas coisas ficarão mais claras.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KPela iniciativa e provocação da temática merece aplausos.
Muito embora a série seja superior, achei bem bolada (alguns finais são realmente mais sem graça que outros)...
a luta dele contra a psicóloga e com o pai realmente leva um lado trash bem divertido
hora o final, caso você deseje
Também achei divertido os diálogos com a psicóloga e Fionn perturbado em saber de onde vinham alguns impulsos estranhos (antes de saber que estava sendo controlado). É uma boa experiência (ao mesmo tempo divertida e perturbadora pela proximidade com a realidade), embora não seja a mais original.
Um Tira da Pesada
3.4 382 Assista AgoraUm clássico da comédia e dos Anos 80.
Eddie Murphy em ótima atuação, com cenas de comédia e ação pastelão, mas que são entretenimento puro. Um bom e divertido passatempo.
Os Três Patetas
2.7 240 Assista AgoraTípico filme para desligar um pouco e fazer memória do original.
Achei que funciona como um pastelão sessão da tarde.
Valsa para Bruno Stein
2.7 15Um novelão.
Achei que a história teria um bom roteiro e premissas para entregar. Não por ser simples, mas porque ele abandona seus personagens (começa a contar sobre Gabriel e depois pouco explora dele), dá umas pinceladas em Verônica e depois fica insuficiente e, narra sem densidade os, horas conflitos psicológicos, hora a retidão moral, hora a imoralidade de Bruno. Ele deveria focar e desenvolver mais os personagens. A falta de uma coesão torna a morosidade por se tornar um novelão. Uma pena pelo potencial que o roteiro provoca, mas não entrega.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraComo uma nota tão baixa para um filme tão completo? hehe
Birdman é intenso, denso e tenso...do início ao fim.
O elenco é maravilhoso. Ótimas interpretações de Edward Norton, Naomi Watts, Emma Stone e claro, especialmente de Michael Keaton.
Talvez a nota baixa se justifique por
exatamente o que o filme em parte mostra sobre o sucesso dos blockbusters de super-heróis, onde a personalidade de Riggan enseja superar as explosões, efeitos de CGI, tiroteios e demais estigmas clichés que tem tomado conta das novas gerações. Talvez, como o filme diz, grande filmes como Birdman “são somente uma história com diálogos filosóficos deprimentes”
As cenas entre o real e o imaginário são, como já bem lembradas aqui, ótimas lembranças também de Whiplash e Cisne Negro, mas também senti ótimas referências e diálogos com Adaptação, de Jonze e Charlie Kaufman. A metalinguagem e o papel da arte (e até onde vai o pessoal e o artista, bem como os estigmas nas carreiras de um ator/atriz) são ótimas reflexões, ainda que pareçam introspectivas são uma carta de homenagem a psique da arte.
Por fim, Iñárritu dá uma aula com a câmera.... a ideia passada como de um único take e o modo com a câmera flutua e acompanha os diálogos são simplesmente perfeitos.
Birdman não é um filme de fácil digestão (e talvez assim o deseje), mas reúne perfeição de alegorias, direção, atuações e roteiro. Talvez não entre dentre os favoritos de muita gente por não ser emotivo, mas tecnicamente é inegável, supera toda ignorância na sua busca por/com tantas virtudes.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraUma das cenas mais marcantes da história o cinema. Gene Kelly imortalizou na cena que dá título ao filme uma das mais genuínas expressões de felicidade.
O filme em si é engraçado e lida com os esteriótipos dos próprios atores na transição do cinema mudo para o falado (é legal acompanhar como o musical aborda esta transição). Destaque para as fortes presenças de Gene Kelly e Donald O'Connor, além da boa química dentre eles e Debbie Reynolds nas sintonias das cenas de dança e musicais.
Um dos clássicos que todos devem ter visto ao menos uma vez.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraÓtima direção, fotografia e direção de arte na recriação de mundo e de época.
Como já comentado por aqui, entretanto, não é recomendado para todo mundo, pois ele tem um ritmo moroso, quase que invisível aos acontecimentos que se vão desenrolando ao longo do filme.
As analogias são brilhantes e exigem a atenção a todos os momentos: os aviões; os silêncios; os lapsos: as cenas e imagens. Além de toda a qualidade técnica, inquestionável, as mensagens são geniais: o filme, nas suas camadas fala de classes, de acontecimentos históricos no México, sobre a família e o amor e eu diria, muito, sobre a força de duas mulheres, em especial de Cléo, muito bem vivida nos seus simbolismos e sofrimentos quase que sufocantes e densos, mas intensos e marcantes.
É uma obra que nos leva para muito mais que as suas duas horas de duração.
A Ponte do Rio Kwai
4.1 198 Assista AgoraPossivelmente um dos melhores finais do cinema.
The Bridge on the River Kwai é um filme de três atos. Um primeiro de espírito de resistência, persuasão e disciplina nos embates (até morosos por vezes, mas essenciais ao ritmo do fato ocorrido) entre os coronéis Nicholson e Saito. Um segundo ato, um tanto quanto ufanista (faz parte rsrs), que procurava elevar a organização, determinação e competência dos ingleses e a “incompetência” dos japoneses em fazer a empreitada de construção da ponte.
Já o terceiro ato do grupo que planeja e organiza a destruição da ponte (não é spoiler, está na sinopse, rsrs) é o ato de mais entretenimento. Desde as tenções e armadilhas do plano, até sua execução e desfechos. Nas palavras do roteiro do filme, um ambiente e clima de guerra precisa ser visto aos olhos desta imersão ainda que possa ser "Madness! Madness!”.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraClassificação forçada: não é um filme de ficção científica, mas de fantasia com elementos de mistério/suspense.
The Thing, do Carpenter trabalhou esta temática muito melhor e com elementos e roteiro muito mais assertivos.
Sim, não deixa de ser um bom filme, mas a mim, ficou essa sensação de não ser original e, por vezes, pareceu muito forçado e visível o uso do CGI (o que nos tira da história e é ruim). O que o filme ganha em peso é a direção de arte e a ótima atuação de Natalie Portman.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraUau, é mesmo de tirar o fôlego.
Estava achando um bom romance com ótimo roteiro (até meio bobo), com belíssimas composições fotográficas e músicas (muito sensíveis e impecáveis em sintonia ao filme), além da ótima qualidade da animação; mas devo dizer que o filme ganha consideravelmente quando apresenta os elementos SciFi (quem diria uma bela composição scifi + romance)....de tirar realmente o fôlego!
Só não dou nota máxima porque a história possui vários finais e parece se estender mais do que deveria em vista de dar um final mais feliz.
Poderia ter terminado quando no alto da montanha Mitsuha e Taki se encontram e pelos fragmentos de segundos também se despedem tendo somente vagas lembranças, mas que segue dentro do peito. O roteiro preferiu dar um final feliz, mas mais mastigado, o que tirou a perfeição do filme e o impacto que teria sido bem maior.
Ainda assim é um grande filme que mescla bem elementos de romance, animação e ficção científica além de seguir o anime em sua adaptação. Filmão! Impossível não se prender.
A Balada de Buster Scruggs
3.7 533 Assista AgoraGrande fotografia, atuações e ótima direção (mas isso soa quase como redundância né).
Tive muito a sensação de que seria uma série (e seria uma baita série), pois ficamos com vontade de explorar mais aqueles personagens e universos....apesar de não terem conexões uns com os outros.
Sendo filme parece por vezes ter ficado um pouco picotado, mas ainda assim tem grande valor de entretenimento de homenagem aos clássicos westerns, em pegadas diferentes em cada uma das histórias. Irmãos Cohen é garantia de qualidade, vale muito.
Labirinto: A Magia do Tempo
3.9 609Lógico que algumas cenas e recursos podem parecer datados, mas há muitos elementos a se retomar e celebrar, inclusive até os elementos técnicos com as marionetes.
O roteiro em si é uma grande sacada e uma bonita história sobre a adolescência e as problemáticas vividas por Sarah são uma leitura sobre a descoberta da juventude e a vivência da adolescência. Além disso, o poder da fantasia e da leitura na ajuda desta descoberta é muito bonito de se ver e uma importante alegoria. Desde os simples flashes aos livros clássicos da estante de Sarah até sua leitura fugaz para fugir (e/ou encarar) a realidade se tornam sinal da maturidade e do poder da leitura na vida de Sarah,
Além destas bonitas homenagens e alegorias, o filme também vale muito pela atuação e performances de David Bowie: cantando, atuando, coreografando. É sem dúvida um grande clássico da fantasia de todos os tempos capaz de evocar nostalgia, encanto e até mesmo descoberta a quem lhes põe os primeiros olhares.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraGostei mais da mensagem e atuação de Sônia do que de todo o conteúdo em si. O filme todo é uma mensagem de resistência (ao novo que por vezes vem substituir os laços somente por ser “novidade”; as lembranças e momentos de família e felicidade; a especulação imobiliária em vista da identidade e memória).
O que pesa um pouco no longa a meu ver é que ele se enrola um pouco no ritmo (por vezes moroso demais e por vezes confuso) e não desenvolve com certa fluidez; Destaque para a atuação de Sônia Braga em particular, as fortes camadas e mensagens que o filme traz e a trilha sonora.
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agora“Toca Maria Bethânia pra ela. Mostra que você é intenso”.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraMerece uma média maior.