Depois que uma produção é realizada sem que o diretor leia o livro, tudo é possivel de ser feito. É um enredo que cabe varias interpretações, portanto, vários cenários. A insanidade humana é o limite. A esperança era que o drama espanhol superasse a apatia e falta de tensão dos estadunidenses.
36 anos. Dificilmente uma obra cinematográfica envelhece bem, principalmente se tenta fazer o novo sem se desprender totalmente do passado. Assumir e se apropiar do tempo.
Quem sobreviveu aos altos e baixos dessa roleta russa das eras cinematográficas, viu nascer da franquia, a promessa de mais uma sequência que marcará as próximas gerações.
Pânico 5 não foi sorte, foi um projeto que vingou! (pelo menos até o capítulo 2). De um bom elenco e com ótimas atuações. Passando pela consciência do peso e significado do suspense e psicopatia, aposentando o Ghostface animalesco. Até o último ato da cansativa influência do cinema.
O melhor filme do gênero, com o agravante da adolescência, se perdeu no contexto da sequência. O seguro solo Hollywoodiano nunca dá boas opções de caminhos até a ousadia.
Esse contexto é um enorme desafio de transpor um mar de entulhos cenográficos até o ato final que é o resquício da ideia original.
Em se tratando de psicopatia de gatilho pessoal de um serial killer, dificilmente uma sequencia faria sentido. Pânico não fugiria à regra. Mas quebrou uma barreira: Sidney Prescott é a melhor vítima do gênero.
Quando um filme vira um marco, à cada rever temos uma leitura diferente.
Esse filme já foi o melhor do gênero. E continua sendo se não o, um dos melhores. Certamente o melhor elenco. Muitos atores são reconhecidos em outras produções por esse trabalho.
Mas hoje, começando a jornada da hexalogia, o que me salta aos olhos é o quão desajeitado é esse Pânico. Poderia ser comédia se não fosse um dos melhores filmes de suspense que a década de 1990 entregou às futuras gerações.
Desde que a raça humana não se reconhece mais olhando no espelho, passamos a vida procurando nosso reflexo. Algo que pareça mais justo, aconchegante e familiar. Parece impossível amar em meio ao ódio. Mas se o encontra, se cruza seus caminhos, você se reconhece.
"Pra mim, é bem simples. Gosto de pessoas que se amam. Negro, branco, verde, púrpura, eu não me importo. Basta espalharem o amor, sabe? (...)". E caberia todas as outras galeras nessas diferenças que nos fazem tão únicos ao nosso próprio refletir.
E poderia ser melhor se usassem de artifícios sensoriais. Nós não precisariamos ouvir o filme todo e certamente isso aumentaria a sensação de nervosismo que já conseguiram passar com nada além do que já estamos cansados de ver.
Produções africanas tem identidade própria na profundidade da sua cultura e do silêncio que atua, ou na superficialidade de tentar pisar em terrenos que não são seus. Ame-á ou deixe-á. E conseguimos sentir o que tem a entregar nos primeiros minutos.
Esse filme é a essencia, é o despir. A nudez, sem vergonha e sem julgamentos, das nossas próprias fragilidades e ignorancias de que todos são vítimas. É mostrar o caminho sendo trilhado. Esse filme é o dedo da ferida causando dores que não imaginaríamos poder sentir.
O que esse filme entrega nos primeiros minutos não é o questionamento se continuamos ou não a assistir. É o questionamento da nossa capacidade de continuar ao mesmo tempo de que a nossa indignação misturada com a compreensão nos impede de fechar os olhos. Precisamos, desesperadamente, chegar ao fim e ver a evolução do ser-humano.
A roupagem de mistério caiu muito bem para o contexto do super humano ainda mais relis mortal.
Mas a psicopatia, não caricata, exige drama. E é ai que as peças não se encaixam. Trocaram o drama por melancolia. E com o quebra-cabeça desencaixado, a DC cria uma nova imagem de herói: em profundo estado de anemia.
Se Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia! A arte vive em e através dos ousados.
Cada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece. No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Pra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21. Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.
Bird Box Barcelona
2.5 190Depois que uma produção é realizada sem que o diretor leia o livro, tudo é possivel de ser feito. É um enredo que cabe varias interpretações, portanto, vários cenários. A insanidade humana é o limite.
A esperança era que o drama espanhol superasse a apatia e falta de tensão dos estadunidenses.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraÉ um encontro de 3h em um restaurante caro com monólogo que se fala muito, mas não diz nada.
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraUma das primeiras e certamente, se não a, uma das maiores produções do século 21 não é medida pelo efeitos especiais.
É psicológico, é social. É o pior do ser humano em confronto e contraste do melhor que poderíamos ser.
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista Agora36 anos.
Dificilmente uma obra cinematográfica envelhece bem, principalmente se tenta fazer o novo sem se desprender totalmente do passado. Assumir e se apropiar do tempo.
Margarita com Canudinho
3.8 93 Assista Agora"Feche os olhos, você verá melhor".
" 'A ferida é o lugar onde a luz penetra em você...'
Se você deixar".
Close
4.2 500 Assista AgoraAmor é um dialeto de compreensão entre, apenas, duas almas.
O silêncio é a dor da solidão.
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraTransição completa!
Quem sobreviveu aos altos e baixos dessa roleta russa das eras cinematográficas, viu nascer da franquia, a promessa de mais uma sequência que marcará as próximas gerações.
Pânico 5 não foi sorte, foi um projeto que vingou! (pelo menos até o capítulo 2).
De um bom elenco e com ótimas atuações. Passando pela consciência do peso e significado do suspense e psicopatia, aposentando o Ghostface animalesco. Até o último ato da cansativa influência do cinema.
"Who gives a fuck about movies?"
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraIniciada a transição...
Os fins não justificam mais os meios desde o segundo filme.
Pânico 4
3.2 2,7K Assista AgoraAté que a caçada é boa. Mas os adolescentes do século 21 estragam tudo.
Pânico 4
3.2 2,7K Assista AgoraA caçada é até boa. Mas esses adolescentes do século 21 estragam tudo.
Pânico 3
3.0 775 Assista AgoraO melhor filme do gênero, com o agravante da adolescência, se perdeu no contexto da sequência.
O seguro solo Hollywoodiano nunca dá boas opções de caminhos até a ousadia.
Esse contexto é um enorme desafio de transpor um mar de entulhos cenográficos até o ato final que é o resquício da ideia original.
Pânico 2
3.2 818 Assista AgoraEm se tratando de psicopatia de gatilho pessoal de um serial killer, dificilmente uma sequencia faria sentido. Pânico não fugiria à regra. Mas quebrou uma barreira: Sidney Prescott é a melhor vítima do gênero.
Pânico
3.6 1,6K Assista AgoraQuando um filme vira um marco, à cada rever temos uma leitura diferente.
Esse filme já foi o melhor do gênero. E continua sendo se não o, um dos melhores.
Certamente o melhor elenco. Muitos atores são reconhecidos em outras produções por esse trabalho.
Mas hoje, começando a jornada da hexalogia, o que me salta aos olhos é o quão desajeitado é esse Pânico. Poderia ser comédia se não fosse um dos melhores filmes de suspense que a década de 1990 entregou às futuras gerações.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 785 Assista AgoraIsso não é nem nostalgia. É gatilho!
É assitir esmurrando os botões do controle imaginário.
Se a Rua Beale Falasse
3.7 284 Assista AgoraDesde que a raça humana não se reconhece mais olhando no espelho, passamos a vida procurando nosso reflexo. Algo que pareça mais justo, aconchegante e familiar.
Parece impossível amar em meio ao ódio. Mas se o encontra, se cruza seus caminhos, você se reconhece.
"Pra mim, é bem simples.
Gosto de pessoas que se amam. Negro, branco, verde, púrpura, eu não me importo. Basta espalharem o amor, sabe? (...)". E caberia todas as outras galeras nessas diferenças que nos fazem tão únicos ao nosso próprio refletir.
O Cobrador de Impostos
2.3 37 Assista AgoraO inferno na Cidade dos Anjos.
A romantização do crime. Vs. O crime compensa.
A eterna quedra de braço estadunidense.
Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KComo fazer mais do mesmo!
E poderia ser melhor se usassem de artifícios sensoriais. Nós não precisariamos ouvir o filme todo e certamente isso aumentaria a sensação de nervosismo que já conseguiram passar com nada além do que já estamos cansados de ver.
Guerra Contra Aliens
1.6 45Geralmente assisto produções de aliens na esperança ver algum detalhe que salvasse a catástrofe toda.
Esse foi o contrário. Me peguei esperando ver em qual momento eu teria certeza que foi uma enorme perda de tempo.
Belgica
3.3 14Quando olhamos para o precipício e o precipício retribuí, é sobre o nosso ponto de vista.
Dramas do oeste europeu são tão profundos que são metáforas.
O Diário do Pescador
3.6 10 Assista AgoraProduções africanas tem identidade própria na profundidade da sua cultura e do silêncio que atua, ou na superficialidade de tentar pisar em terrenos que não são seus. Ame-á ou deixe-á. E conseguimos sentir o que tem a entregar nos primeiros minutos.
Esse filme é a essencia, é o despir. A nudez, sem vergonha e sem julgamentos, das nossas próprias fragilidades e ignorancias de que todos são vítimas. É mostrar o caminho sendo trilhado.
Esse filme é o dedo da ferida causando dores que não imaginaríamos poder sentir.
O que esse filme entrega nos primeiros minutos não é o questionamento se continuamos ou não a assistir. É o questionamento da nossa capacidade de continuar ao mesmo tempo de que a nossa indignação misturada com a compreensão nos impede de fechar os olhos. Precisamos, desesperadamente, chegar ao fim e ver a evolução do ser-humano.
É assim na vida é assim na arte.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraA roupagem de mistério caiu muito bem para o contexto do super humano ainda mais relis mortal.
Mas a psicopatia, não caricata, exige drama. E é ai que as peças não se encaixam. Trocaram o drama por melancolia.
E com o quebra-cabeça desencaixado, a DC cria uma nova imagem de herói: em profundo estado de anemia.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSe Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia!
A arte vive em e através dos ousados.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraCada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece.
No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraPra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21.
Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.