Malhação do século XVI com uma pitada sarcástica de humor, recheado do pior da produção estadunidense e com o agridoce da trilha sonora fora do espaço/tempo. Mas com lapsos de lucidez ligando fatos reais e ótima atuação de Adelaide Kane.
Revendo 5 anos depois, para finalmente dar a sequência, eu ainda não posso ver com olhos literários. Mas o meu entendimento não mudou.
Fizeram um ótimo trabalho em amadurecer um gênero que é muito estigmatizado pela adolescência. Sem dúvidas, depois do clássico e inigualável Brumas de Avalon é o melhor do gênero.
Sob a graça e a profundidade coreana... É sobre instintos. É sobre limites. É sobre as fraquezas e o ponto de ruptura. É sobre o humano do estado bruto. É sobre o lapidar só ser.
Essa série vem sofrendo falência multipla já há algumas temporadas. Não havia outra saída a não ser cortar alguns membros e esperar que alguns transplantados vingassem. Era esse ato de coragem ou declarar a hora da morte.
Voltaram a oxigenar a artéria da arte. Que sobreviva e viva!
O padrão Station 19 foi definido na 4ª temporada. A base é leve com um roteiro divertido e o teto, que parece intransponível, é um drama tão profundo que dura apenas alguns minutos.
Ainda acho que usam mal o tempo. Mas parece que não conseguem tocar as estrelas sem tirar os pés do chão.
Essa série tem conteúdo humano e, como deveria ser, complexo.
Ainda acho que se perdem na tentativa de conter histórias de vidas em 15 episódios. O drama é água, não se consegue contê-lo em segundos. É preciso deixá-lo fluir por toda história, a 4ª temporada foi um ótimo exemplo da força dramática da nossa existência.
Esses temas, futurísticos, distópicos, pré-apocalípticos geralmente prometem mais do que conseguem cumprir. Faltou algo, talvez intencidade. Mas entregou uma Chloë Moretz, entre os dois sotaques mais marcantes da lingua ingleza, que conseguiu preencher lacunas nesse imenso vazio.
2020. Para os fortes de espírito e estômago e para os corajosos.
Algumas produções de vida escolheram se refugiar e abter-se na utopia. Outras decidiram caminhar com a realidade, algumas em passos lentos, outras em intensidade de maratonista.
"Só Grey's Anatomy poderia atravessar pelo pandemico, sistemico, ano de 2020 com a força da vida" - Foi minha percepção da imersão da arte na realidade.
Hoje, em 2023, pelo poder da magia da arte, pelo bem e pelo mal, revivendo a distópioca realidade de 2020, eu diria que Grey's Anatomy teve a coragem de tentar estancar uma hemorragia arterial com band-aid. Station 19, puxou a seco, sem piedade e deixou a sangria correr livre em lágrimas.
Um ato de coragem e responsabilidade da arte em, não só contar histórias, mas se posicionar!
O livro é desafiador. Complexo, distópico, questionador.
A série é complementar. Ela torna visual o nosso macro imaginário. Todo espaço, estrutura, formas e materiais. E completa lacunas que fogem da nossa percepção espacial. Olhares, expressões, sensações.
São distintos, complementares opostos. Não vejo como conseguiriam fazer da produção o reflexo do livro, mas ainda assim é um olhar-se no espelho com a distorção de todas as marcas do tempo da cinematografia.
3ª temporada, a história de cada personagem é contada. A série vingou! Mas apesar de eu sentir drama, ainda falta. Esse tema é muito profundo, precisa de detalhes. Os episódios tem que ter conexão. Esse tipo de produção me prende muito mais pelo que a minha imaginação é capaz de explorar do que eles realmente entregam.
Quando a série se perde no caminho, a última temporada quase sempre é um tatear na escuridão. Encontrou um meio e um fim. E cada passo foi filosófico. Com a licença poética, em detalhes, um mergulho profundo no nosso estado mais primitivo. O imaginar do que poderíamos ser e uma quase certeza de que não ultrapassaríamos esse estado atual evolutivo. Criaturas que sempre procurarão por seu criador. Mas se ao passar das gerações, algumas limitações cairem em esquecimento, ainda assim é uma maneira de evoluir:
"Então, o que você acha? "Sobre o quê?" "Haniwa. E a mulher dela? "Tinha que ser trivantiana?" "Ela puxou à mãe"
Além do serviço psicofilosófico, essa produção fez justiça à Jason Momoa. Pode vir as maiores superproduções, ele será lembrado por Baba Voss.
Essa série tem uma certa beleza, poesia, em meio ao caos e ao silêncio gritante que só podemos sentir. É o mais profundo do nosso ser tentando emergir. Nosso pior e o nosso melhor coexistindo, existindo, resistindo.
A minha primeira impressão foi poética, um olhar de fora para dentro, de quem enxerga o ser humano, estoico. A segunda impressão é um olhar de dentro para fora, de quem se vê. A sensação é de estar perdida em meio à escuridão, tateando as limitações do ser humano e sua inquebrável resiliência em não evoluir.
Reinado (1ª Temporada)
4.2 213 Assista AgoraMalhação do século XVI com uma pitada sarcástica de humor, recheado do pior da produção estadunidense e com o agridoce da trilha sonora fora do espaço/tempo. Mas com lapsos de lucidez ligando fatos reais e ótima atuação de Adelaide Kane.
Os Outros (1ª Temporada)
4.0 254Tentar revelar o ser humano por uma lente microscópica é, por muitas vezes, tirar os pés do chão.
A linha que nos prende a realidade chama-se Adriana Esteves.
A Descoberta das Bruxas (3ª Temporada)
3.6 11A magia está no tempo.
A Descoberta das Bruxas (2ª Temporada)
3.9 16Misturar contexto histórico ao nosso mais secreto e profundo imaginário é magia.
A Descoberta das Bruxas (1ª Temporada)
3.8 61Revendo 5 anos depois, para finalmente dar a sequência, eu ainda não posso ver com olhos literários. Mas o meu entendimento não mudou.
Fizeram um ótimo trabalho em amadurecer um gênero que é muito estigmatizado pela adolescência. Sem dúvidas, depois do clássico e inigualável Brumas de Avalon é o melhor do gênero.
La Brea - A Terra Perdida (2ª Temporada)
2.8 12Nada é tão ruim que não possa piorar.
La Brea - A Terra Perdida (1ª Temporada)
3.1 37A idéia é boa. Mas, como a maioria das produções estadunidenses, o roteiro e essas pausas enfadonhas e nauseantes que ainda não tem adjetivo.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraSob a graça e a profundidade coreana...
É sobre instintos. É sobre limites. É sobre as fraquezas e o ponto de ruptura. É sobre o humano do estado bruto. É sobre o lapidar só ser.
A Queda da Casa de Usher
4.0 287 Assista AgoraTudo o que possa parecer suave e violento.
Beijo da morte.
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 183 Assista AgoraDo folclore brasileiro para Mutantes da fauna brasileira.
É incontestável que o objetivo mudou tanto quanto é impossível negar que a mensagem tem endereço certo e chegou da mesma maneira.
É sem dúvida o melhor da nossa distopia. É um imaginarium fascinante, encantador. É o nosso reencontro com nossas magias.
Invasão (1ª Temporada)
3.1 71 Assista AgoraPara construir o cenário do apocalipse moderno, aos olhos do cidadão comum, é necessário um salto nas profundezas da humanidade.
Essa primeira temporada é o correr desesperado para o abismo e o salto. A segunda é a queda e o impacto...
Invasão (2ª Temporada)
2.9 22Impressionante!
É presenciar um projeto criativo tomando forma. Começando por um rascunho desconexo de ideias e conectando fragmentos até chegar numa poesia.
É disso que essa série trata. Conexões!
Isso é arte!
Sex Education (4ª Temporada)
3.5 237 Assista AgoraSaído do universo paralelo Rainbow Mirror. Ainda trata de assuntos necessários, mas de uma maneira nada profunda e ainda menos engraçada.
O talento de Asa Butterfield e Ncuti Gatwa ainda joga foco, luz e brilho na nossa paleta de cores.
"As coisas têm que mudar, porque pessoas como nós vão continuar aqui".
Não iremos a lugar nenhum.
Grey's Anatomy (19ª Temporada)
3.7 25Essa série vem sofrendo falência multipla já há algumas temporadas. Não havia outra saída a não ser cortar alguns membros e esperar que alguns transplantados vingassem. Era esse ato de coragem ou declarar a hora da morte.
Voltaram a oxigenar a artéria da arte.
Que sobreviva e viva!
Estação 19 (6ª Temporada)
3.9 7O padrão Station 19 foi definido na 4ª temporada. A base é leve com um roteiro divertido e o teto, que parece intransponível, é um drama tão profundo que dura apenas alguns minutos.
Ainda acho que usam mal o tempo. Mas parece que não conseguem tocar as estrelas sem tirar os pés do chão.
Estação 19 (5ª Temporada)
4.0 9Essa série tem conteúdo humano e, como deveria ser, complexo.
Ainda acho que se perdem na tentativa de conter histórias de vidas em 15 episódios. O drama é água, não se consegue contê-lo em segundos. É preciso deixá-lo fluir por toda história, a 4ª temporada foi um ótimo exemplo da força dramática da nossa existência.
Periféricos (1ª Temporada)
3.6 90Esses temas, futurísticos, distópicos, pré-apocalípticos geralmente prometem mais do que conseguem cumprir. Faltou algo, talvez intencidade. Mas entregou uma Chloë Moretz, entre os dois sotaques mais marcantes da lingua ingleza, que conseguiu preencher lacunas nesse imenso vazio.
Estação 19 (4ª Temporada)
4.0 14 Assista Agora2020.
Para os fortes de espírito e estômago e para os corajosos.
Algumas produções de vida escolheram se refugiar e abter-se na utopia. Outras decidiram caminhar com a realidade, algumas em passos lentos, outras em intensidade de maratonista.
"Só Grey's Anatomy poderia atravessar pelo pandemico, sistemico, ano de 2020 com a força da vida" - Foi minha percepção da imersão da arte na realidade.
Hoje, em 2023, pelo poder da magia da arte, pelo bem e pelo mal, revivendo a distópioca realidade de 2020, eu diria que Grey's Anatomy teve a coragem de tentar estancar uma hemorragia arterial com band-aid. Station 19, puxou a seco, sem piedade e deixou a sangria correr livre em lágrimas.
Um ato de coragem e responsabilidade da arte em, não só contar histórias, mas se posicionar!
Silo (1ª Temporada)
4.0 144 Assista AgoraO livro é desafiador. Complexo, distópico, questionador.
A série é complementar. Ela torna visual o nosso macro imaginário. Todo espaço, estrutura, formas e materiais. E completa lacunas que fogem da nossa percepção espacial. Olhares, expressões, sensações.
São distintos, complementares opostos. Não vejo como conseguiriam fazer da produção o reflexo do livro, mas ainda assim é um olhar-se no espelho com a distorção de todas as marcas do tempo da cinematografia.
Estação 19 (3ª Temporada)
4.1 173ª temporada, a história de cada personagem é contada. A série vingou!
Mas apesar de eu sentir drama, ainda falta. Esse tema é muito profundo, precisa de detalhes. Os episódios tem que ter conexão.
Esse tipo de produção me prende muito mais pelo que a minha imaginação é capaz de explorar do que eles realmente entregam.
See (3ª Temporada)
3.6 28Quando a série se perde no caminho, a última temporada quase sempre é um tatear na escuridão.
Encontrou um meio e um fim. E cada passo foi filosófico. Com a licença poética, em detalhes, um mergulho profundo no nosso estado mais primitivo. O imaginar do que poderíamos ser e uma quase certeza de que não ultrapassaríamos esse estado atual evolutivo. Criaturas que sempre procurarão por seu criador. Mas se ao passar das gerações, algumas limitações cairem em esquecimento, ainda assim é uma maneira de evoluir:
"Então, o que você acha?
"Sobre o quê?"
"Haniwa. E a mulher dela?
"Tinha que ser trivantiana?"
"Ela puxou à mãe"
Além do serviço psicofilosófico, essa produção fez justiça à Jason Momoa. Pode vir as maiores superproduções, ele será lembrado por Baba Voss.
See (2ª Temporada)
3.8 26 Assista AgoraEssa série tem uma certa beleza, poesia, em meio ao caos e ao silêncio gritante que só podemos sentir.
É o mais profundo do nosso ser tentando emergir.
Nosso pior e o nosso melhor coexistindo, existindo, resistindo.
Estação 19 (2ª Temporada)
4.0 25Passada a temporada piloto, o drama decola.
E séries que retratam a vida, sempre podem mais. O ser humano é uma fonte inesgotável de reflexão.
See (1ª Temporada)
3.6 126 Assista AgoraA minha primeira impressão foi poética, um olhar de fora para dentro, de quem enxerga o ser humano, estoico.
A segunda impressão é um olhar de dentro para fora, de quem se vê. A sensação é de estar perdida em meio à escuridão, tateando as limitações do ser humano e sua inquebrável resiliência em não evoluir.