Faz alguns anos tenho a tradição de assistir o primeiro filme do ano com o mesmo amigo, e esse o escolhido foi Wonka.
Confesso que fui um pouco desconfiado para a sala de cinema. Não que discorde do talento de Chalamet, mas o considero tão carismático quanto um chuchu refogado. Por sorte, fui envolvido pela grata surpresa de um atuação fresca, genuinamente divertida, leve e doce.
O filme nos faz suspirar em inúmeros atos, relembrar a doçura da infância, dos sonhos, dos desejos, dos afetos. É um programa pra sair com o coração feliz.
O elenco é bom demais. Todo o espaço de tela concedido aos coadjuvantes vale a pena e há um genuíno interesse em ouvir o que cada um iria contar a seguir.
Voltei pra casa encantado. E, no fundo, arte é sobre encantamento.
Uma pena. Uma grande pena. Poderia ser uma boa jornada mas aparentemente todo mundo está desconfortável. Os bons cenários se perdem na impossibilidade de acreditar na história. Nada parece ser contado com um mínimo de empolgação que seja.
Há ainda a irritação geral com as cenas em slow motion e o fato de que a apresentação dos personagens é tão sutil quanto um viaduto.
Sam Raimi lembrou que é um diretor de terror e colocou Wanda pra ser a vilã que se espera. O problema é Elizabeth Olsen ser Wanda. O filme não se sustenta.
Eu acho que nunca fiz jus ao quanto amo esse filme. É batido até: fotografia, som, figurinos impecáveis, talvez dos mais bonitos que já vi. Mas é muito além do que isso. O desenrolar da pequena Chiyo, todos os personagens, a deslumbrante Michelle Yeoh, o colosso que é Gong Li... tudo é perfeito. O filme é perfeito. É tocante além do que é possível mensurar. Algumas pessoas têm água demais dentro de si e esse filme toca ainda mais. Que prazer estar vivo pra assistir.
Studio Ghibli é o que é e nesse filme todo o momento é deslumbrante. Aliás, mesmo de 1986, o primor é algo palpável. Que imagens! Que cenários. No entanto, nesse, mais do que em outros, senti que a representação do feminino na Sheeta pecou na fragilidade, talvez um fruto dos tempos. Infelizmente o filme demora um pouco a empolgar. Mas, ainda assim, um espetáculo visual.
Impressionante como os filmes do Studio Ghibli são sempre incríveis. Delicados, sensíveis, amorosos, com afeto em cada imagem, cada diálogo, cada olhar.
Demorei muito a assistir Volver e até me arrependo um pouco. Esse filme é uma grande viagem, forte, avassaladora, onde o feminino se derrama, enquanto que o masculino é fraco, inexistente. A força de Penélope Cruz chega a ser palpável e é impossível não se sentir arrebatado por sua atuação. Penélope preenche cada milímetro da tela com sua força e Carmem também, é bem verdade. É simplesmente impossível ser imune a Volver. Que lindo. Que forte. Que duro. Que feliz que esse filme existe!
Esse filme é lindo. Lindo pelo retrato da dor e da pobreza, da falta, de tudo. Por demonstrar o amor em sua desolação, pela solidão que acompanha todo o filme. É tocante, triste e doloroso. Mas é um afago. Você é muito gente, Macabéa.
É absolutamente frustrante que a homossexualidade sempre seja mostrada com finais abruptos, tristeza, silêncios. O filme constrói toda a história e por fim deixa tudo pra trás. A sensação é de ficar com algo na mão se perguntando "o que faço com isso?"
O filme é muito bonito, e visualmente é impecável, mas eu acho que para por aí. A verdade é que não há conexão entre os personagens e eu acabei por não conseguir torcer verdadeiramente por nenhum deles. Espero que venha mais por aí, e que a qualidade se mantenha, ao menos da produção. Não espero muito além disso.
Eu juro que gostei. Mas gostei principalmente porque assisti o filme como deve ser visto: não uma continuação do primeiro, mas algo para agradar, divertir, matar a saudade, brincar com a nostalgia. O filme faz isso o tempo todo e é algo para se deixar conduzir. Façam isso.
As referências são muito bonitas - O Tigre e o Dragão, Dragon Ball, dentre outros - e traz uma áurea de leveza que é muito encantadora. A química entre Awkwafina e Simu Liu é um dos pontos altos do filme. Vale muito a pena!
Eduardo e Mônica é lindo, doce, envolvente, encantador. Tudo funciona muito bem no filme: a química entre Alice Braga e Gabriel Leone, as interações, o enredo, o desenvolvimento. As referências aos anos 90, a música original e ao Legião Urbana encaixam bem na trama. É uma obra pra sair com um sorriso bobo após assistir. E o destaque, claro, fica com Alice Braga. Alice é como um sol no filme, ou ela é o sol do filme. Impossível não sair apaixonado por cada detalhe da Mônica que ela entrega. Filmaço!
Imagine para uma criança nascida no inicio dos anos 90 o que seria um filme em que uma família aceita, apoia, ama e naturaliza a homossexualidade - a qual não é sequer uma questão. Eu acho que esse filme, assim bobo, é uma coisa sem precedente. Não só pelo amor e suporte familiar, mas pela representação da homossexualidade sem carregar nos estereótipos, sem mortes ou separações dolorosas, tragédias ou nada disso. Só amor, carinho, cuidado, sorridos. E acho importante ressaltar que o fato do protagonista ser um homem gay e negro ainda coloca mais uns sorrisos e sensação de felicidade. É bonito simplesmente ver a possibilidade de falar de amor entre homens, e ver um final feliz.
Aqui eu devo dizer que o filme é muito bom, mas bom para quem se entrega ao que o filme quer revelar em suas entrelinhas. O ritmo é muito diferente do normal da Marvel, e é preciso se entregar a isso. O protagonismo é absurdamente diferente do que a Marvel geralmente entrega, e é preciso se entregar a isso também. Para mim, a questão é o que o filme quer trazer de reflexão e eu passei muito tempo remoendo comigo. É preciso se atentar que a discussão da validade ou não de salvar a humanidade é um ponto incontornável. Outro ponto é o que a humanidade trouxe de horror a si mesma. Não curiosamente é dado ênfase ao que europeus trouxeram aos povos das Américas e o que os EUA levou de horror ao Japão. Essas feridas são incontornáveis. Um outro ponto é a representação do vilão. Um homem branco, com um fervor e sentimento de devoção claramente cristãos que não se importa em matar e ferir, desde que isso sirva ao propósito de quem o criou. E esse mesmo fervor parado por mulheres e homens não brancos, que se insurgiram sobre o proposito que foram criados. É, isso tudo em um filme da Marvel. Ponto inclusive para a relação da Angelina Jolie, claramente uma PCD que não foi abandonada em nenhum momento, o que não é muito normal. A Chloe entregou muita coisa, a questão é o olhar a ser dado.
Alguns clássicos envelhecem bem demais e eu acho que essa envelheceu bem, com uma dignidade muito grande. Acho que o destaque do Gary é inegável, porque Hopkins não carece de maiores comentários. Ele é ele, ponto final. Os toques sombrios, o visual gótico, a história de amor além da morte, a obstinação, acho que tudo é muito palpável. Inclusive, entendo que a trama se desenrola através dos cortes profundos, no entanto, alguns eu realmente não compreendi, proposital ou não. Em algumas cenas eu diria que a sexualidade exacerbada se encaixou bem - Por Deus, eu nunca pensei em desejar o Gary Oldman - em outras eu diria que não. O ponto fora da curva, infelizmente, tem a ver com a interpretação sem expressão do Keanu. Por fim, filmão. Bonito e denso.
Eu esperei bastante por esse filme e assisti tão logo foi possível. Acredito que o filme se perca em um quesito curioso: o elenco humano da trama é descartável. Estava lá, e não se pode negar isso, o cientista excêntrico, a criança inocente e apegada ao Kong, os humanos malvados, os aventureiros. O script seguiu, mas não era necessário. Parte das cenas também não se relevam o porquê, a viagem ao centro da terra (referência a Júlio Verne?) é um amontoado de boas cenas, mas que muito pouco se aproveita. Além da figura de Milly Brown... que nem deveria estar lá afinal. O roteiro é fraco, essa é a verdade. No entanto, os embates entre o Godzilla e o Kong se revelam como a força maior do filme, e veja bem, é sobre isso mesmo do que se trata, não é verdade? Por isso, pela força e tensão que existiu em cada encontro entre os titãs, o filme não é descartável. E só por isso. No final, acredito que as torcidas ficaram satisfeitas. Aqui ficamos! E só pra não deixar passar, #TeamGodzilla!
É engraçado pensar que o filme é tratado com um tom épico, que o diretor quis imprimir, e convenhamos, conseguiu. Dessa vez, além da coesão bem maior e dos arcos trabalhados ponto a ponto, o filme realmente prende por 04 horas. E veja, eu não assistia nada maior que 03 horas desde O Senhor dos Anéis. Penso que funcionou, dessa vez, a exploração individual dos personagens, o destaque ao vilão - que não é só uma figura que será batida ao fim - e claro, os efeitos especiais, o tom mais sóbrio, os diferentes universos trabalhados. Se fosse dizer algo que chega a incomodar, ainda que não tanto, diria só a solução ex machina na entrada em ação do superman, além de claro, o fato de que o homem de aço é desmedidamente forte. Fora isso, valeu a pena. E olha, são 04 horas!
Eu tenho a impressão que um filme com Hugh Jackman com cabelos nos ombros balançando ao vento desperta atenção por si só, e bem, realmente é isso que acontece. Acho que o filme é um classicão, tem o herói bonitão, a heroína que mete porrada sem perder o volume nos cabelos, o cientista meio maluco que também é um alívio cômico, além de claro, vilões e tudo mais. Pra quem gosta de histórias de vampiros e todo o mais sente um pouco de desconforto com essa salada de Frankstein e Conde Drácula, mas vamos lá, até que cola. Sinto que faltou desenvolver um pouco o Drácula e bom, eu sou suspeito pra falar por pura predileção, e o final é um tanto meloso demais, mas são duas boas horas de diversão.
Wonka
3.4 387 Assista AgoraFaz alguns anos tenho a tradição de assistir o primeiro filme do ano com o mesmo amigo, e esse o escolhido foi Wonka.
Confesso que fui um pouco desconfiado para a sala de cinema. Não que discorde do talento de Chalamet, mas o considero tão carismático quanto um chuchu refogado. Por sorte, fui envolvido pela grata surpresa de um atuação fresca, genuinamente divertida, leve e doce.
O filme nos faz suspirar em inúmeros atos, relembrar a doçura da infância, dos sonhos, dos desejos, dos afetos. É um programa pra sair com o coração feliz.
O elenco é bom demais. Todo o espaço de tela concedido aos coadjuvantes vale a pena e há um genuíno interesse em ouvir o que cada um iria contar a seguir.
Voltei pra casa encantado. E, no fundo, arte é sobre encantamento.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 302 Assista AgoraUma pena. Uma grande pena. Poderia ser uma boa jornada mas aparentemente todo mundo está desconfortável. Os bons cenários se perdem na impossibilidade de acreditar na história. Nada parece ser contado com um mínimo de empolgação que seja.
Há ainda a irritação geral com as cenas em slow motion e o fato de que a apresentação dos personagens é tão sutil quanto um viaduto.
Aparentemente, todos jogaram a toalha aqui.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraSam Raimi lembrou que é um diretor de terror e colocou Wanda pra ser a vilã que se espera. O problema é Elizabeth Olsen ser Wanda. O filme não se sustenta.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 515 Assista AgoraForçada de barra medonha pra deixar o filme sério. Não, não precisava.
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraEu acho que nunca fiz jus ao quanto amo esse filme. É batido até: fotografia, som, figurinos impecáveis, talvez dos mais bonitos que já vi. Mas é muito além do que isso. O desenrolar da pequena Chiyo, todos os personagens, a deslumbrante Michelle Yeoh, o colosso que é Gong Li... tudo é perfeito. O filme é perfeito. É tocante além do que é possível mensurar. Algumas pessoas têm água demais dentro de si e esse filme toca ainda mais. Que prazer estar vivo pra assistir.
O Castelo no Céu
4.2 326 Assista AgoraStudio Ghibli é o que é e nesse filme todo o momento é deslumbrante. Aliás, mesmo de 1986, o primor é algo palpável. Que imagens! Que cenários. No entanto, nesse, mais do que em outros, senti que a representação do feminino na Sheeta pecou na fragilidade, talvez um fruto dos tempos. Infelizmente o filme demora um pouco a empolgar. Mas, ainda assim, um espetáculo visual.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraPoesia em cada segundo.
O Mundo dos Pequeninos
4.2 652 Assista AgoraImpressionante como os filmes do Studio Ghibli são sempre incríveis. Delicados, sensíveis, amorosos, com afeto em cada imagem, cada diálogo, cada olhar.
Volver
4.1 1,1K Assista AgoraDemorei muito a assistir Volver e até me arrependo um pouco. Esse filme é uma grande viagem, forte, avassaladora, onde o feminino se derrama, enquanto que o masculino é fraco, inexistente. A força de Penélope Cruz chega a ser palpável e é impossível não se sentir arrebatado por sua atuação. Penélope preenche cada milímetro da tela com sua força e Carmem também, é bem verdade. É simplesmente impossível ser imune a Volver. Que lindo. Que forte. Que duro. Que feliz que esse filme existe!
A Hora da Estrela
3.8 508 Assista AgoraEsse filme é lindo. Lindo pelo retrato da dor e da pobreza, da falta, de tudo. Por demonstrar o amor em sua desolação, pela solidão que acompanha todo o filme. É tocante, triste e doloroso. Mas é um afago. Você é muito gente, Macabéa.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraO problema é ser X-Men: Apocalipse e ter mais CGI que aprofundamento da história do Apocalipse. Enumeraria outros, mas nem vale tanto a pena.
Amor Entre os Juncos
3.1 96 Assista AgoraÉ absolutamente frustrante que a homossexualidade sempre seja mostrada com finais abruptos, tristeza, silêncios. O filme constrói toda a história e por fim deixa tudo pra trás. A sensação é de ficar com algo na mão se perguntando "o que faço com isso?"
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraO filme é muito bonito, e visualmente é impecável, mas eu acho que para por aí. A verdade é que não há conexão entre os personagens e eu acabei por não conseguir torcer verdadeiramente por nenhum deles. Espero que venha mais por aí, e que a qualidade se mantenha, ao menos da produção. Não espero muito além disso.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraEu juro que gostei. Mas gostei principalmente porque assisti o filme como deve ser visto: não uma continuação do primeiro, mas algo para agradar, divertir, matar a saudade, brincar com a nostalgia. O filme faz isso o tempo todo e é algo para se deixar conduzir. Façam isso.
Encanto
3.8 804Delicado e bonito. Um afago no peito.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraAs referências são muito bonitas - O Tigre e o Dragão, Dragon Ball, dentre outros - e traz uma áurea de leveza que é muito encantadora. A química entre Awkwafina e Simu Liu é um dos pontos altos do filme. Vale muito a pena!
Eduardo e Mônica
3.6 368Eduardo e Mônica é lindo, doce, envolvente, encantador. Tudo funciona muito bem no filme: a química entre Alice Braga e Gabriel Leone, as interações, o enredo, o desenvolvimento. As referências aos anos 90, a música original e ao Legião Urbana encaixam bem na trama. É uma obra pra sair com um sorriso bobo após assistir. E o destaque, claro, fica com Alice Braga. Alice é como um sol no filme, ou ela é o sol do filme. Impossível não sair apaixonado por cada detalhe da Mônica que ela entrega. Filmaço!
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraUm filme feito, pensando e entregue para os fãs. Apesar de em alguns momentos achar um pouco arrastado, tudo funciona muito bem. Filmão!
Um Crush Para o Natal
3.4 177 Assista AgoraImagine para uma criança nascida no inicio dos anos 90 o que seria um filme em que uma família aceita, apoia, ama e naturaliza a homossexualidade - a qual não é sequer uma questão. Eu acho que esse filme, assim bobo, é uma coisa sem precedente. Não só pelo amor e suporte familiar, mas pela representação da homossexualidade sem carregar nos estereótipos, sem mortes ou separações dolorosas, tragédias ou nada disso. Só amor, carinho, cuidado, sorridos. E acho importante ressaltar que o fato do protagonista ser um homem gay e negro ainda coloca mais uns sorrisos e sensação de felicidade. É bonito simplesmente ver a possibilidade de falar de amor entre homens, e ver um final feliz.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraAqui eu devo dizer que o filme é muito bom, mas bom para quem se entrega ao que o filme quer revelar em suas entrelinhas. O ritmo é muito diferente do normal da Marvel, e é preciso se entregar a isso. O protagonismo é absurdamente diferente do que a Marvel geralmente entrega, e é preciso se entregar a isso também. Para mim, a questão é o que o filme quer trazer de reflexão e eu passei muito tempo remoendo comigo. É preciso se atentar que a discussão da validade ou não de salvar a humanidade é um ponto incontornável. Outro ponto é o que a humanidade trouxe de horror a si mesma. Não curiosamente é dado ênfase ao que europeus trouxeram aos povos das Américas e o que os EUA levou de horror ao Japão. Essas feridas são incontornáveis. Um outro ponto é a representação do vilão. Um homem branco, com um fervor e sentimento de devoção claramente cristãos que não se importa em matar e ferir, desde que isso sirva ao propósito de quem o criou. E esse mesmo fervor parado por mulheres e homens não brancos, que se insurgiram sobre o proposito que foram criados. É, isso tudo em um filme da Marvel. Ponto inclusive para a relação da Angelina Jolie, claramente uma PCD que não foi abandonada em nenhum momento, o que não é muito normal. A Chloe entregou muita coisa, a questão é o olhar a ser dado.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraAlguns clássicos envelhecem bem demais e eu acho que essa envelheceu bem, com uma dignidade muito grande. Acho que o destaque do Gary é inegável, porque Hopkins não carece de maiores comentários. Ele é ele, ponto final. Os toques sombrios, o visual gótico, a história de amor além da morte, a obstinação, acho que tudo é muito palpável. Inclusive, entendo que a trama se desenrola através dos cortes profundos, no entanto, alguns eu realmente não compreendi, proposital ou não. Em algumas cenas eu diria que a sexualidade exacerbada se encaixou bem - Por Deus, eu nunca pensei em desejar o Gary Oldman - em outras eu diria que não. O ponto fora da curva, infelizmente, tem a ver com a interpretação sem expressão do Keanu. Por fim, filmão. Bonito e denso.
Godzilla vs. Kong
3.1 795 Assista AgoraEu esperei bastante por esse filme e assisti tão logo foi possível. Acredito que o filme se perca em um quesito curioso: o elenco humano da trama é descartável. Estava lá, e não se pode negar isso, o cientista excêntrico, a criança inocente e apegada ao Kong, os humanos malvados, os aventureiros. O script seguiu, mas não era necessário. Parte das cenas também não se relevam o porquê, a viagem ao centro da terra (referência a Júlio Verne?) é um amontoado de boas cenas, mas que muito pouco se aproveita. Além da figura de Milly Brown... que nem deveria estar lá afinal. O roteiro é fraco, essa é a verdade. No entanto, os embates entre o Godzilla e o Kong se revelam como a força maior do filme, e veja bem, é sobre isso mesmo do que se trata, não é verdade? Por isso, pela força e tensão que existiu em cada encontro entre os titãs, o filme não é descartável. E só por isso. No final, acredito que as torcidas ficaram satisfeitas. Aqui ficamos! E só pra não deixar passar, #TeamGodzilla!
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KÉ engraçado pensar que o filme é tratado com um tom épico, que o diretor quis imprimir, e convenhamos, conseguiu. Dessa vez, além da coesão bem maior e dos arcos trabalhados ponto a ponto, o filme realmente prende por 04 horas. E veja, eu não assistia nada maior que 03 horas desde O Senhor dos Anéis. Penso que funcionou, dessa vez, a exploração individual dos personagens, o destaque ao vilão - que não é só uma figura que será batida ao fim - e claro, os efeitos especiais, o tom mais sóbrio, os diferentes universos trabalhados.
Se fosse dizer algo que chega a incomodar, ainda que não tanto, diria só a solução ex machina na entrada em ação do superman, além de claro, o fato de que o homem de aço é desmedidamente forte.
Fora isso, valeu a pena. E olha, são 04 horas!
Van Helsing: O Caçador de Monstros
3.3 1,1K Assista AgoraEu tenho a impressão que um filme com Hugh Jackman com cabelos nos ombros balançando ao vento desperta atenção por si só, e bem, realmente é isso que acontece. Acho que o filme é um classicão, tem o herói bonitão, a heroína que mete porrada sem perder o volume nos cabelos, o cientista meio maluco que também é um alívio cômico, além de claro, vilões e tudo mais. Pra quem gosta de histórias de vampiros e todo o mais sente um pouco de desconforto com essa salada de Frankstein e Conde Drácula, mas vamos lá, até que cola. Sinto que faltou desenvolver um pouco o Drácula e bom, eu sou suspeito pra falar por pura predileção, e o final é um tanto meloso demais, mas são duas boas horas de diversão.