Eu tenho a impressão que um filme com Hugh Jackman com cabelos nos ombros balançando ao vento desperta atenção por si só, e bem, realmente é isso que acontece. Acho que o filme é um classicão, tem o herói bonitão, a heroína que mete porrada sem perder o volume nos cabelos, o cientista meio maluco que também é um alívio cômico, além de claro, vilões e tudo mais. Pra quem gosta de histórias de vampiros e todo o mais sente um pouco de desconforto com essa salada de Frankstein e Conde Drácula, mas vamos lá, até que cola. Sinto que faltou desenvolver um pouco o Drácula e bom, eu sou suspeito pra falar por pura predileção, e o final é um tanto meloso demais, mas são duas boas horas de diversão.
Faz alguns meses em que eu comentei "o filme tem Charlize e bom, ela é uma força da natureza, o filme deve ser bom" e bem, eu não estava errado. O filme é uma amostra do quanto Charlize hipnotiza quando aparece, o quanto aqueles olhos azuis e olhar de lado prendem a respiração por instantes. É um bom filme. Além disso, não dá pra não ficar tocado ou até mesmo impactado com a declaração romântica entre dois homens, em um amor que se estende pelos séculos. Nada de piegas ou constrangedor, a cena é simplesmente arrebatadora. E bem, arrebatador também é o final e a deixa pro próximo filme. Eu devia ter assistido antes, até.
Eu fiquei pensando cá com meus botões a razão de ter demorado tanto pra assistir essa que é a adaptação mais fiel do livro, e a que chega mais próxima aos escritos originais, e bem, talvez tudo tenha ocorrido no tempo correto. O filme tem lances bem teatrais, inclusive com a trilha sonora bastante marcante, além das tomadas e dos cortes mais abruptos. Penso que talvez a adaptação falhe nas discussões filosóficas mais marcantes do livro, o que me parece que não é exatamente fácil de transpor pro cinema, mas há uma boa pincelada, aqui e ali. Perto do fim eu senti um certo cansaço com o filme, cortado pelo clímax, que é quase arrebatador. Um filmão, por fim. Ah! Como a Helena é deslumbrante, nossa!
Sempre que eu tenho vontade de ver um filme cuja história central é o relacionamento entre dois homens, me bate um certo receio. A verdade é que histórias entre dois homens em filmes sempre são marcadas por tragédias, despedidas abruptas, dores sem fim e um grande apanhado de outras coisas. Pra assistir esse o sentimento de receio bateu, e bom, não se pode dizer que eu não estava correto em ter o receio. O desenrolar é muito duro em seus primeiros minutos, ganha cores mais bonitas pela metade, vira um mar de dor e expiação e termina com uma sensação agridoce. É possível falar, claro, que os rapazes mais que convencem, que a revolta e a pulsão de vida do Jia-Jan é arrebatadora e que fica latente o desejo pra vê-lo feliz ao final. Acho que por fim, é um filme que deixa um suspiro, como lembrar do primeiro amor ou de alguém cuja vida seguiu em outro rumo. É um bom filme, no final de contas.
Na saga de me preparar pro GOdzilla x Kong vim até esse filme, e bom, é um filme que não se pretende muito, mas faz o que se propõe. Diferente do filme do Godzilla vemos o Kong desde o início, muito mais forte do que as minhas recordações dos antigos filmes do Kong, e com uma imagem mais heroica, inclusive. Me parece que se constrói uma vitória no desfecho dos dois personagens, e claramente kong é o favorecido. No mais, só um leve incômodo com os paralelos com a guerra do vietnã, de resto, um filme pra assistir no almoço de domingo.
O filme é bom, até. Bem, como qualquer filme de ação clássico tem o drama familiar, a redenção do cientista maluco, o herói abnegado, a mocinha sofredora. Tudo estava nos seus lugares. Eu tive uma impressão, no entanto, que o filme traz um godzilla mais fraco do que originalmente o é, e na verdade mal traz o godzilla. Apesar das batalhas serem mostradas de ângulos interessantes, godzilla é um figurante de luxo no filme que leva o seu nome. De toda forma, #TeamGodzilla.
Havia muito que eu não assistia um filme, por inúmeras razões, mas Mulan era muito mais forte que qualquer outra coisa e eu precisava ver o filme. E assim o fiz. Mulan é um presente para os olhos, bonito demais, rico demais em cada detalhe. E cada detalhe conta um pouco a mais do filme. E é tudo muito belo. A sinestesia que o filme me provocou me remeteu a resgate. Se trata de um filme que tenta resgatar e se reconciliar consigo mesmo, com sua história, com sua essência. Os elementos novos e os retirados da animação, no todo, não atrapalham o andamento e o sentimento da história. Não no todo. Eu, pessoalmente, senti falta de maiores aprofundamentos das histórias entre os personagens, ainda que a escolha de valorização e aprofundamento da história pai-filha tenha sido uma escolha bem feliz, tocante mesmo. Mérito inclusive do ator, que carrega a cena dramática com uma maestria que não merece qualquer tipo de retoque. É emocionante, coração puro. Mas, penso que assim como Pantera Negra, Mulan tem uma antagonista que em suas razões tem o acerto em agir e se mover no filme como se move. Tanto em Pantera Negra como em Mulan as razões do antagonista sobrepujam as razões do personagem principal, que numa análise mais fria são conservadores. No final, a Maga buscava um lugar que a aceitasse e respeitasse, Mulan se incorpora ao mundo, sem maiores questionamentos. A sensação é agridoce, ao final. Mas, de toda sorte, meu coração segue feliz com o que foi feito. Mulan merece ser visto e sorvido, até a última gota.
God's Own Country é tudo aquilo que ele não diz, mas revela. O filme é um caminhar, passo a passo, entre silêncios e grunhidos, para a construção do afeto e do surgir do amor. A história não só um bonito conto de amor entre dois homens, o que por si só já seria incrível. A história é, antes de tudo, uma história sobre laços. Os laços entre pai e filho. Os laços entre filho e avó. Os laços entre a terra e os que vivem nela. Os laços entre a terra e os que dela não o são. A história, que se revela com paciência, embarca como uma canoa no rio, silenciosa, pro destino tão bonito. O laço final, inevitável, é entre quem assiste e o filme. Esse é impossível de quebrar.
Escrevo um pouco porque o filme despertou tantas palavras em mim que elas não mais cabem apenas aqui dentro. Greta é um filme escuro, denso, sufocante, sem esperanças. E é uma estrada que nos conduz em um terreno solitário, onde o adeus e a desesperança são constantes próximas, palpáveis. O filme, que se debruça acerca de um tema pouco dito, a solidão e a sexualidade do homem gay idoso, nos mostra desde a primeira cena que a ausência de afeto, a solidão e a tristeza são as tônicas nesse mundo. As relações que se estabelecem são relações calcadas no desespero, no último socorro, na ausência de amor. O filme mostra, de forma crua, que as relações tem como norte o tempo, que é muito escasso, ou cruel. A solidão que emana dos planos escuros, do sexo decadente, dos não sorrisos, ao mesmo tempo que cria uma atmosfera de dor, também desnuda que a falta é o grande fiel da balança. As ações são tão somente tomadas pela falta de companhia, pela ausência. Os diálogos do filme são como navalhas. Frios, duros, diretos. “O tempo acabou” — Para o jovem casal que transava, como verdadeira metáfora do filme. O tempo leva o sexo embora. Levante, saia. “Você acha que vale a pena investir nessa história? — Meu bem, essa é a minha unica história.” — Diálogo entre Greta e Daniela, que sintetizou todo o apanhado de sentimentos que Greta sentia. Não era afeto. Não era amor. Não era carinho. Era a história possível e ainda assim, por ser a história possível, talvez houvessem todos os sentimentos. “Gente como a gente vai longe pra ajudar um amigo” — Diálogo que traduziu toda a falta de esperança de homens gays mais velhos frente ao afeto. Não, não era uma história de afeto, não é um sexo com afeto. É o possível. E ainda assim, conduzindo nesse mundo frio, em que a todo instante é colocado a Greta que ela tem que seguir sozinha, e que ela precisa viver só, o final é arrebatador. A dignidade de Greta. O olhar altivo. O olhar de Marco Nanini. Greta. O filme termina em Greta cheia de si e para si. Greta, como Greta. Talvez, nessas palavras confusas, eu só queira dizer que Greta é um filme que conversa sobre a solidão e a falta de esperança. Mas sobretudo é um filme que fala sobre quando o amor e o afeto são possíveis. Fala sobre o que ainda resta dos sonhos. Fala sobre caminhar só. Fala sobre viver. Obrigado, Greta.
Me parece que não se fez justiça ao filme. Wilson e um bom filme, e é impossível não terminar com o coração envolvido por ele. A luta de se encontrar no caos, a solidão e o desamparo, a falta de afeto, tudo junto, conduzido por uma atuação tocante, torna o todo dificil, mas vale a pena.
A realidade não tem sido boa pra mim também, Wilson.
Tem filmes que nos rouba a palavra. Ou as palavras. Esse é um deles. É difícil conseguir falar qualquer coisa após o ver. Ele é duro ainda que sensível, cru ainda que maduro, grita através do som da brisa do mar. Quem não tem em si um pouco de Miguel? Quem não tem medo? Vale a pena ver e sentir o coração se perder um pouco nos seus minutos, pra se achar no final.
O filme é bonito, e diria que surpreende até pra linha mais juvenil ao qual ele se propõe a ir. Mas, peca no açucarado. De uma média de filmes com a temática, ele se sobressai na delicadeza. Mas, de novo, em relação a condução do casal, peca no açucarado.
Depois desse filme, preciso desmarcar todos os outros que eu achava que eram meus favoritos. O assisti depois de ler o livro da Virgínia e sinceramente, ele foi ao meu âmago. Triste, visceral, forte, arrebatador. Único. Um sopro de verdade. Tantas palavras não bastarão. O filme é mais do que qualquer uma. O assistam.
Pensei bastante sobre o quê escrever sobre esse filme, já que as discussões aqui no filmow são bastante intensas e a maioria gostou do filme. Mas, não se faz omelete sem quebrar os ovos. O filme até que é legal: Os temas são interessantes e os atores convencem em seus papéis. Mas, o filme peca em profundidade. O conflito e leia-se que o conflito é o ponto central em qualquer filme não é levado até as ultimas consequências. Não sei se por limitação do ator ou por escolha do diretor, já que levar até os extremos poderia tirar o interesse juvenil no filme, que é pra jovens e com atores que interessam aos jovens ( me incluo aqui). Por isso, achei As Vantagens de Ser Invisível mediado a bom. Mas, aquela pontada de frustração me acompanhou até o final do filme. Trilha sonora muito boa.
Engraçado como as palavras falham nos momentos em que mais precisaríamos delas. Esperei muito por esse filme, por ter lido o livro quando era garoto ainda e ele me trazer recordações da infância, por ter sido o autor do livro o motivo do nome que carrego. Depois de o assistir, simplesmente não sei o que dizer. Poderia escrever uma pequena monografia aqui e ainda teria a impressão de ser pequeno demais. Então, assistam. Revejam sua fé, seus conceitos de justiça e de certo e errado. Se emocionem com a Hathaway e com o Jackman. Odeiem o Javert e se vejam nele, também. No mais, me sinto agradecido e honrado por ter assistido esse filme.
Van Helsing: O Caçador de Monstros
3.3 1,1K Assista AgoraEu tenho a impressão que um filme com Hugh Jackman com cabelos nos ombros balançando ao vento desperta atenção por si só, e bem, realmente é isso que acontece. Acho que o filme é um classicão, tem o herói bonitão, a heroína que mete porrada sem perder o volume nos cabelos, o cientista meio maluco que também é um alívio cômico, além de claro, vilões e tudo mais. Pra quem gosta de histórias de vampiros e todo o mais sente um pouco de desconforto com essa salada de Frankstein e Conde Drácula, mas vamos lá, até que cola. Sinto que faltou desenvolver um pouco o Drácula e bom, eu sou suspeito pra falar por pura predileção, e o final é um tanto meloso demais, mas são duas boas horas de diversão.
The Old Guard
3.5 663 Assista AgoraFaz alguns meses em que eu comentei "o filme tem Charlize e bom, ela é uma força da natureza, o filme deve ser bom" e bem, eu não estava errado. O filme é uma amostra do quanto Charlize hipnotiza quando aparece, o quanto aqueles olhos azuis e olhar de lado prendem a respiração por instantes. É um bom filme. Além disso, não dá pra não ficar tocado ou até mesmo impactado com a declaração romântica entre dois homens, em um amor que se estende pelos séculos. Nada de piegas ou constrangedor, a cena é simplesmente arrebatadora. E bem, arrebatador também é o final e a deixa pro próximo filme. Eu devia ter assistido antes, até.
Frankenstein de Mary Shelley
3.7 257 Assista AgoraEu fiquei pensando cá com meus botões a razão de ter demorado tanto pra assistir essa que é a adaptação mais fiel do livro, e a que chega mais próxima aos escritos originais, e bem, talvez tudo tenha ocorrido no tempo correto. O filme tem lances bem teatrais, inclusive com a trilha sonora bastante marcante, além das tomadas e dos cortes mais abruptos. Penso que talvez a adaptação falhe nas discussões filosóficas mais marcantes do livro, o que me parece que não é exatamente fácil de transpor pro cinema, mas há uma boa pincelada, aqui e ali. Perto do fim eu senti um certo cansaço com o filme, cortado pelo clímax, que é quase arrebatador. Um filmão, por fim. Ah! Como a Helena é deslumbrante, nossa!
Seu Nome Gravado em Mim
4.0 182Sempre que eu tenho vontade de ver um filme cuja história central é o relacionamento entre dois homens, me bate um certo receio. A verdade é que histórias entre dois homens em filmes sempre são marcadas por tragédias, despedidas abruptas, dores sem fim e um grande apanhado de outras coisas. Pra assistir esse o sentimento de receio bateu, e bom, não se pode dizer que eu não estava correto em ter o receio. O desenrolar é muito duro em seus primeiros minutos, ganha cores mais bonitas pela metade, vira um mar de dor e expiação e termina com uma sensação agridoce. É possível falar, claro, que os rapazes mais que convencem, que a revolta e a pulsão de vida do Jia-Jan é arrebatadora e que fica latente o desejo pra vê-lo feliz ao final. Acho que por fim, é um filme que deixa um suspiro, como lembrar do primeiro amor ou de alguém cuja vida seguiu em outro rumo. É um bom filme, no final de contas.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraNa saga de me preparar pro GOdzilla x Kong vim até esse filme, e bom, é um filme que não se pretende muito, mas faz o que se propõe. Diferente do filme do Godzilla vemos o Kong desde o início, muito mais forte do que as minhas recordações dos antigos filmes do Kong, e com uma imagem mais heroica, inclusive. Me parece que se constrói uma vitória no desfecho dos dois personagens, e claramente kong é o favorecido. No mais, só um leve incômodo com os paralelos com a guerra do vietnã, de resto, um filme pra assistir no almoço de domingo.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraO filme é bom, até. Bem, como qualquer filme de ação clássico tem o drama familiar, a redenção do cientista maluco, o herói abnegado, a mocinha sofredora. Tudo estava nos seus lugares. Eu tive uma impressão, no entanto, que o filme traz um godzilla mais fraco do que originalmente o é, e na verdade mal traz o godzilla. Apesar das batalhas serem mostradas de ângulos interessantes, godzilla é um figurante de luxo no filme que leva o seu nome. De toda forma, #TeamGodzilla.
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraHavia muito que eu não assistia um filme, por inúmeras razões, mas Mulan era muito mais forte que qualquer outra coisa e eu precisava ver o filme. E assim o fiz. Mulan é um presente para os olhos, bonito demais, rico demais em cada detalhe. E cada detalhe conta um pouco a mais do filme. E é tudo muito belo. A sinestesia que o filme me provocou me remeteu a resgate. Se trata de um filme que tenta resgatar e se reconciliar consigo mesmo, com sua história, com sua essência. Os elementos novos e os retirados da animação, no todo, não atrapalham o andamento e o sentimento da história. Não no todo.
Eu, pessoalmente, senti falta de maiores aprofundamentos das histórias entre os personagens, ainda que a escolha de valorização e aprofundamento da história pai-filha tenha sido uma escolha bem feliz, tocante mesmo. Mérito inclusive do ator, que carrega a cena dramática com uma maestria que não merece qualquer tipo de retoque. É emocionante, coração puro.
Mas, penso que assim como Pantera Negra, Mulan tem uma antagonista que em suas razões tem o acerto em agir e se mover no filme como se move. Tanto em Pantera Negra como em Mulan as razões do antagonista sobrepujam as razões do personagem principal, que numa análise mais fria são conservadores. No final, a Maga buscava um lugar que a aceitasse e respeitasse, Mulan se incorpora ao mundo, sem maiores questionamentos. A sensação é agridoce, ao final.
Mas, de toda sorte, meu coração segue feliz com o que foi feito. Mulan merece ser visto e sorvido, até a última gota.
Orgulho e Preconceito
4.2 2,8K Assista AgoraPoesia em forma de filme.
O Reino de Deus
4.1 337God's Own Country é tudo aquilo que ele não diz, mas revela. O filme é um caminhar, passo a passo, entre silêncios e grunhidos, para a construção do afeto e do surgir do amor. A história não só um bonito conto de amor entre dois homens, o que por si só já seria incrível. A história é, antes de tudo, uma história sobre laços.
Os laços entre pai e filho.
Os laços entre filho e avó.
Os laços entre a terra e os que vivem nela.
Os laços entre a terra e os que dela não o são.
A história, que se revela com paciência, embarca como uma canoa no rio, silenciosa, pro destino tão bonito.
O laço final, inevitável, é entre quem assiste e o filme. Esse é impossível de quebrar.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraTenho saudade do meu pai, tenho saudade de tudo. Esse é o filme da minha vida.
Greta
3.5 74 Assista AgoraEscrevo um pouco porque o filme despertou tantas palavras em mim que elas não mais cabem apenas aqui dentro.
Greta é um filme escuro, denso, sufocante, sem esperanças. E é uma estrada que nos conduz em um terreno solitário, onde o adeus e a desesperança são constantes próximas, palpáveis.
O filme, que se debruça acerca de um tema pouco dito, a solidão e a sexualidade do homem gay idoso, nos mostra desde a primeira cena que a ausência de afeto, a solidão e a tristeza são as tônicas nesse mundo. As relações que se estabelecem são relações calcadas no desespero, no último socorro, na ausência de amor.
O filme mostra, de forma crua, que as relações tem como norte o tempo, que é muito escasso, ou cruel. A solidão que emana dos planos escuros, do sexo decadente, dos não sorrisos, ao mesmo tempo que cria uma atmosfera de dor, também desnuda que a falta é o grande fiel da balança. As ações são tão somente tomadas pela falta de companhia, pela ausência.
Os diálogos do filme são como navalhas. Frios, duros, diretos.
“O tempo acabou” — Para o jovem casal que transava, como verdadeira metáfora do filme. O tempo leva o sexo embora. Levante, saia.
“Você acha que vale a pena investir nessa história? — Meu bem, essa é a minha unica história.” — Diálogo entre Greta e Daniela, que sintetizou todo o apanhado de sentimentos que Greta sentia. Não era afeto. Não era amor. Não era carinho. Era a história possível e ainda assim, por ser a história possível, talvez houvessem todos os sentimentos.
“Gente como a gente vai longe pra ajudar um amigo” — Diálogo que traduziu toda a falta de esperança de homens gays mais velhos frente ao afeto. Não, não era uma história de afeto, não é um sexo com afeto. É o possível.
E ainda assim, conduzindo nesse mundo frio, em que a todo instante é colocado a Greta que ela tem que seguir sozinha, e que ela precisa viver só, o final é arrebatador.
A dignidade de Greta. O olhar altivo. O olhar de Marco Nanini. Greta. O filme termina em Greta cheia de si e para si. Greta, como Greta.
Talvez, nessas palavras confusas, eu só queira dizer que Greta é um filme que conversa sobre a solidão e a falta de esperança. Mas sobretudo é um filme que fala sobre quando o amor e o afeto são possíveis. Fala sobre o que ainda resta dos sonhos. Fala sobre caminhar só. Fala sobre viver.
Obrigado, Greta.
Wilson
3.1 53 Assista AgoraMe parece que não se fez justiça ao filme. Wilson e um bom filme, e é impossível não terminar com o coração envolvido por ele. A luta de se encontrar no caos, a solidão e o desamparo, a falta de afeto, tudo junto, conduzido por uma atuação tocante, torna o todo dificil, mas vale a pena.
A realidade não tem sido boa pra mim também, Wilson.
Contra Corrente
4.0 408Tem filmes que nos rouba a palavra. Ou as palavras. Esse é um deles. É difícil conseguir falar qualquer coisa após o ver. Ele é duro ainda que sensível, cru ainda que maduro, grita através do som da brisa do mar. Quem não tem em si um pouco de Miguel? Quem não tem medo? Vale a pena ver e sentir o coração se perder um pouco nos seus minutos, pra se achar no final.
4 Luas
3.8 287Todo mundo precisa de um pouco desse filme, sinceramente.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraO filme é bonito, e diria que surpreende até pra linha mais juvenil ao qual ele se propõe a ir. Mas, peca no açucarado. De uma média de filmes com a temática, ele se sobressai na delicadeza. Mas, de novo, em relação a condução do casal, peca no açucarado.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraLindo. Lindo. Lindo. Reforçando: Lindo.
As Horas
4.2 1,4KDepois desse filme, preciso desmarcar todos os outros que eu achava que eram meus favoritos. O assisti depois de ler o livro da Virgínia e sinceramente, ele foi ao meu âmago. Triste, visceral, forte, arrebatador. Único. Um sopro de verdade. Tantas palavras não bastarão. O filme é mais do que qualquer uma. O assistam.
Sabrina Vai à Roma
2.5 239Salém <3
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraPensei bastante sobre o quê escrever sobre esse filme, já que as discussões aqui no filmow são bastante intensas e a maioria gostou do filme. Mas, não se faz omelete sem quebrar os ovos. O filme até que é legal: Os temas são interessantes e os atores convencem em seus papéis. Mas, o filme peca em profundidade. O conflito e leia-se que o conflito é o ponto central em qualquer filme não é levado até as ultimas consequências. Não sei se por limitação do ator ou por escolha do diretor, já que levar até os extremos poderia tirar o interesse juvenil no filme, que é pra jovens e com atores que interessam aos jovens ( me incluo aqui). Por isso, achei As Vantagens de Ser Invisível mediado a bom. Mas, aquela pontada de frustração me acompanhou até o final do filme. Trilha sonora muito boa.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraEngraçado como as palavras falham nos momentos em que mais precisaríamos delas. Esperei muito por esse filme, por ter lido o livro quando era garoto ainda e ele me trazer recordações da infância, por ter sido o autor do livro o motivo do nome que carrego. Depois de o assistir, simplesmente não sei o que dizer. Poderia escrever uma pequena monografia aqui e ainda teria a impressão de ser pequeno demais. Então, assistam. Revejam sua fé, seus conceitos de justiça e de certo e errado. Se emocionem com a Hathaway e com o Jackman. Odeiem o Javert e se vejam nele, também. No mais, me sinto agradecido e honrado por ter assistido esse filme.
Ela é o Diabo
3.4 392 Assista AgoraTá passando agora na Record :P
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8KNojento
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraDepois de tantos socos no estomago que levei assistindo esse filme, só posso me curvar perante a genialidade do mesmo.
O Professor Aloprado
2.6 554 Assista AgoraVale pelo Eddie. E só.