O final deste filme me ganhou completamente. São raríssimos os filmes que sabem trabalhar com a expectativa de forma esperta para destruí-la utilizando os absurdos do próprio gênero.
Todos sabemos como é difícil fazer cinema no Brasil, principalmente de terror, por isso não irei criticar aspectos técnicos e a atuação em um filme amador porque seria injusto. Enfim, se você não gostou de A Bruxa de Blair então nem comece a assistir Frenesi, porque tanto o primeiro terço do filme como a parte expositiva são identicas à Bruxa de Blair, apenas trocando nomes (Adelaide é Blair). Frenesi começa a ficar interessante quando começa a se distanciar de sua inspiração no início da segunda parte e surge a inovação desta produção: unir duas linhas temporais de found footage, criando narrativas paralelas que convergem em um resultado interessante. Porém, se vocẽ não gostou de A Bruxa de Blair e nem tem interesse em produções nacionais, não recomendo, porque as atuações, apensar dos atores estarem dando o seu melhor no projeto, sozinhas, não seguram o interesse do espectador
Minha crítica é suspeita porque eu gosto de exaltar boas ideias mesmo que sua execução não seja boa. Quando saiu Exorcista, o Início, logo vazou na internet a sinopse do roteiro original, qual ambos dividem semelhanças. Enquanto O Início tem como pano de fundo o roteiro original, mas muitas das ideias originais foram substituídas por jumpscares, Domínio tenta reconstruir estas ideias. Temos uma escavação de uma igreja misteriosa anterior as outras e uma subtrama de conflito cultural-religioso entre colonizadores e a população local. O que o filme traz de inovador é a ideia de que satanás subverte a ordem natural: a manifestação de sua influência pode ser vista em animais herbívoros que passam a predar carnívoros e uma criança deficiente que tem seu corpo restaurado aos poucos até se tornar um "ser perfeito", que seria o possuído deste filme. Isto também é uma subversão da própria franquia, qual temos garotas inocentes se transformando em monstros.
O que saiu de errado? O filme é extremamente cafona, a produção foi abandonada. É um filme de 2005 que aparenta ter sido filmado nos anos 60. os efeitos especiais são ridículos, parecem experimentos do início dos efeitos visuais. Tem uma hora que o endemoniado mostra a sua cara capirotesca e parece um efeito de canal de youtube quando coloca um meme na cara de alguem. E os cenários de estúdio não convencem.
Me incomodou o diabo ser o buda. A mise en scene é realmente muito legal, bem sobrenatural e adoro a parte em que ele fica gigante, mas a aparência do ser perfeito e sua pose remetendo ao Buda retira toda a verossimilhança. Enquanto o conflito de culturas é elegantemente explicitado quando é informado que foram colocadas imagens de São Miguel sobre um local de sacrifícios pagãos para mostrar que os deuses pagãos não tem poder sobre o único Deus, a escolha visual do Buda ficou destoante. Existem outras iconografias cristãs e católicas que ficariam igualmente interessante sem sair da estética. Resumindo, assista se não tiver nada pra fazer.
Boa sequência de Invasion e digno da franquia Starship Troopers. A direção de arte é linda e cria uma atmosfera que, aliada á narrativa objetiva, consegue o comprometimento de quem assiste com aquele mundo, seus personagens e a trama. A princípio a trama não é tão óbvia, mas uma vez revelada, a personagem antagonista mantém o interesse pela forma qual é desenvolvida. A inovação aqui é trazer para os humanos uma ameaça tão perigosa quanto os insetos. Em relação ao seu conteúdo a animação expande um pouco o universo de Starship Troopers apresentando os marcianos e a lost patrol. No geral, é um filme divertido e entretém em sua duração.
Quando vocẽ se sentir um trouxa, lembre-se que Rico se meteu nessa furada por causa de uma mina. Quando vocẽ se sentir uma trouxa, lembre-se que a Flores se meteu nessa furada por causa de um cara que se meteu nessa furada por causa de uma mina
Assisti só por causa da Alexandra Daddario e me f... porque mal tem Alexandra Daddario e não entendi nada do que aconteceu. O enredo é pessimamente mal amarrado, no final a protagonista toma uma atitude realmente inesperada, mas que não compensa os minutos que se perdeu nesta jornada.
Vim correndo comentar assim que eu vi uma cena de atropelamento que, peloamordedeus, jogaram um bonecão debaixo de um carro. Cara, parecia que era um ser humano feito por travesseiro sendo atropelado
Bom filme de crime. O que mais chama a atenção é o modo como o filme é conduzido, o clima idílico da pequena cidade é usado para dar um tom de lembrança e não tem medo de mostrar as crianças mortas. Não usam clichés de filme, nem jump scares, o que é respeitador as vidas envolvidas no caso porque não é transformado em espetáculo; mas aliam essas imagens ao tom já estabelecido para dar uma sensação de surrealidade, um sonho muito ruim e assustador. O filme se desenrola de uma maneira para contar uma história mais digerível de um tema complexo apontando alguns vilões e alguns mocinhos. Eu nunca reclamei de traduções de títulos para o português, mas neste caso o título original que significa a trama do drama se perde ao ser convertido em um título genẽrico para um filme que aborda um caso muito importante que deveria chamar a atenção até para nós, que tivemos um caso parecido com a Aline em Ouro Preto ou o da Escola Base.
Bom filme de suspense. Embora seja uma obra de ficção, a situação da protagonista pertence a nossa realidade: voluntários que atendem remotamente pessoas em crise podem sim acabar testemunhando um suicídio do outro lado da linha, e nada podem fazer. Pacientes podem descontar suas frustrações em profissionais quais estão tentando ajudá-los, e também há a exploração desses ouvintes pelas rádios principalmente no horário noturno, em programas de namoro ou aconselhamento quando a internet não era popular. Dentro deste contexto, o roteiro apresenta um suspense verossímil, sem sugestão de elementos sobrenaturais (que irá frustrar quem procura esse tipo de conteúdo) com bastante desenvolvimento de personagem. Isto funciona, porque quando ocorre a morte de um personagem esta morte é sentida e transformam qualquer personagem em suspeito. O filme não é óbvio, e as motivações do assassino possui um interessante plot twist a respeito das crenças da personagem durante a duração do filme.
Eu não sabia que o filme tinha este nome no Brasil, então é melhor avisar que este não é um filme pornô. Enfim, é muito difícil desvincular a adaptação do conto do Poe, principalmente que o conto é uma manifestação literária de características muito peculiares que, se for traduzido o pé da letra em filme, não teria nem 10 minutos de duração. Voltando, para cumprir a metragem de longa o filme toma a liberdade de emoldurar o conto do Poe com temas relacionados a epidemia, idade das trevas, inquisição, etc. o que é muito enriquecedor para criar a atmosfera da obra qual é fonte do filme. Porém o roteiro é completamente perdido: tem a vingança do bobo da corte, tem a noiva de satã, tem o nobre tiozão tarado afim de dar uns pegas no novinha virginal. Nenhhuma dessas histórias se conclui de uma maneira satisfatória ou se convergem para o clímax semelhante ao do conto, funcionando como um desfecho preguiçoso "então todo mundo morre e fim".
"Cats" é ver para crer, brother. É uma aula didática de como um projeto que tinha tudo para ser Oscar fácil deu completamente errado. O filme causa mal estar físico porque as criaturas que estão na tela são como aberrações em um espetáculo de mal gosto: não são gatos, nem humanos; não se parecem nem com nada do mundo natural, nem do mundo da fantasia. A ação em tela é confusa, o tempo todo a câmera faz travellings fechado nos atores enquanto todo o cenário a volta parece mudar de escala de um corte para o outro. E a direção de arte simplesmente não sabia como fazer os gatos: alguns usam figurinos, outros algumas peças de roupa e a grande maioria está simplesmente pelado. O filme me fez perder o respeito pelo Idris Elba, os caras colocaram o rosto daquele homão gigante fazendo careta no corpo de um bailarino mirrado. E o pior de tudo: o filme não tem dança. O musical, não, tem, dança. O filme é todo fechado e os figurantes que se consegue ver se limitam a se movimentar fingindo serem gatos em vez de dançar. Coreografia ocupa 15 minutos deste filme, se for muito.
Quem se ferrou mesmo ffoi a carreira da Francesca Hayward: primeira bailarina de não qual companhia f... de ballet de não sei aonde, projeto promissor, Oscar fácil, fama e fortuna fácil... A chance de uma vida. Todo o esforço que ela fez na vida para ser a primeira bailarina foi para o lixo por causa deste filme.
Terror nos Bastidores é um filme para o público teen e não para os fãs mais hardcores do trash. O filme cumpre muito bem em satirizar os clichés e as situações dos filmes slasher, porém o filme não consegue fazer a transição entre o humor e as cenas de drama, tornando-as bobas quando não deveria ser. É um bom passatempo.
Existem dois filmes: um é muito bom, e o outro é mais do mesmo. O filme começa entregando tudo nos primeiros quinze minutos - tensão e violência - quando ocorre um salto temporal aonde os principais eventos da narrativa começam a desenrolar. Neste ponto, o que começou como um clichê se desenvolve como um drama qual o mistério é correlacionar o que é mostrado na narrativa com os eventos do início. Tudo parece ser imprevisível, porém, no terço fina, ocorre uma reviravolta e o filme se transforma naquilo que até então não era: um torture porn mais do mesmo com muita encheção de linguiça que eu assisti em velocidade dobrada. Embora a minha nota seja mediana, ou seja, o filme é ok, eu não recomendo porque o filme parece trair aquilo que ele não se propunha ser: imprevisível.
Não é um filme de fácil digestão para o grande público porque é muito contemplativo com cenas muito abertas. Este não é necessariamente um problema, porque entre os meus filmes favoritos tem dois do Werner Herzog que também conta histórias dessa maneira. O problema de Os Últimos Sobreviventes é que o filme não dá nenhuma recompensa ao expectador, e não falo sobre contar o que aconteceu "naquela noite": não há nenhuma ação no decorrer do filme, apenas dois adolescentes descobrindo o amor estilo Adão e Eva, os vilões tem motivações rasas, e o único mistério que é usado para se criar algum arco narrativo, que é do que acontece com as crianças que cruzam o túnel, ninguem liga. É um filme visualmente bonito, mas não apresenta nada de novo.
Minha crítica é baseada em apenas 36 minutos do filme, porque foi o que eu suportei assistir. E mesmo assim pareceu uma eternidade. Enfim, "mô b..." resume. O filme começa com um velho tarado cantando uma canção de ninar e um grunge psicopata, aí aparece uma menina do demônio botando banca dizendo que geral vai morrer. Aí tu pensa "deve ser um filme sobre maldição..." mas há um salto no tempo e o filme aparentemente se desenvolve para um slasher, criando tensão apresentando um grupo de amigos que se encontram e contam seus conflitos pessoais... Aí então entra tudo, TUDO, neste filme: tem grávida do anticristo, jumpscare na banheira, poderes paranormais, serial killer do mato, fantasma de gente morta em um presídio que pegou fogo, uma mulé doida que grita no meio do nada, e a piveta fanfarrona reaparece pra dar jumpscare e falar alguma coisa que era pra ser assustadora, mas que ficou só sem noção mesmo. Foi demais pra minha cabeça.
Este é um daqueles filmes que a história seria facilmente estragada se os personagens tivessem um celular. É um filme ok que te prende a atenção por te fazer pensar "o que eu faria se eu estivesse no lugar dessa pessoa?"
Nunca subestime um oportunista. O filme é ok para o que se propõe: ser um filme de terror como qualquer um. Aí pensaram "como chamar a atenção para o nosso filme de terror qualquer coisa?" É só colocar um nome famoso: Sharon Tate. O filme ganha a atenção por sua fotografia surrealista acompanhada pela trilha sonora incidental (tem uma montagem de passagem de tempo que mostra Holywood a noite, iluminada, com as luzes dos aviões parecendo estrelas errantes. É lindo); e o nome de Sharon Tate no título prende à trama com a lembrança de tragédia eminente. E isso é intencional. Mas o filme mostra que é um terrorzão B no desenrolar da trama: tem banheira que jorra sangue, tem o clichê da mulé lôca (como se toda grávida tivesse alucinações macabras), sonhos, bichos mortos e equipamentos que funcionam do nada. Mas o que dá vergonha alheia são certos diálogos """""""""""""""""filosóficos""""""""""""""""""" -você já pensou que uma decisão pode mudar o seu destino? Vocẽ acredita que o destino é um livro escrito quando nascemos? - Ai, mano... Que apelação! Pior são o uso de fotos da cena do crime no filme. Ok, podem até ser documentos históricos; mas as fotos foram registradas para se explorar o sensacionalismo encima da tragédia para vender revistas, como aconteceu aqui no Brasil no caso Daniella Perez em que jornais não só mostravam o corpo como também os buracos das facadas. A recriação do que seria o assassinato da Sharon Tate é ridículo... Os vilões estão ligados no modo "haha olha só como eu sou mau, eu sou muito mau, hahaha". E Hilary Duff atuou como se este fosse o papel da vida dela, mas não consegue superar os trejeitos de adolescente de toda a sua carreira. A propósito, Hilary Duff, se foi um agente que te disse que seria uma boa ideia estrelar este filme para chamar a atenção para a sua atuação, despede ele.
Não confundir este filme com outro de mesmo nome, estrelado pelo Hicks de Aliens o Resgate. Assisti este O Abrigo somente pelo General Zod que imprime sentimento ao filme. O filme tem uma trama muito interessante que faz um paralelo muito interessante entre a arca de Noé e a cultura americana do catastrofismo e do survivalismo (essa palavra existe?). Porém, como é desse tipo de filme, o final pode ser satisfatório ou anular sua experiẽncia dependendo de suas expectativas. Eu gostaria muito que o filme tivesse ido mais além e mostrasse as consequências da passagem da tempestade do personagem principal, sendo ela imaginária ou não.
Eu Gosto de Hellraiser tipo, muito mesmo. Gosto dos quadrinhos porque expandem o universo Hellraiser e é por isso que gosto até do Hellraiser 4 que conta a história da caixa. Hellraiser julgamente poderia não ser o Hellraiser que merecíamos, mas precisávamos; com idéias novas como A Inquisição Estigiana e personagens novos como O Auditor. O cara que faz o Pinhead não está ruim... (convenhamos que Doug Bradley nao pode ser o Pinhead para sempre). Mas como alegria de fã de Hellraiser dura pouco, isso é tipo 1 terço do filme (ou até menos que isso), o resto é outra cópia de Seven que se vc tirasse isso do roteiro não faria falta nenhuma. Aliás, Hellraiser Judgement seria um excelente curta metragem de Hellraiser; porque no final das contas, todos os personagens que não são monstros são sem graça, a investigação é qualquer coisa e tudo termina meio que de repente. O que me decepcionou foi a Anja... Cara, todos os personagens novos tem um quẽ genuíno de Hellraiser e uma certa originalidade também, menos a Anjona que é só uma loirona sexy muito da canastrona.
Sou um fã do Clive Barker dos anos 90, então pra mim valia o que ele havia dito depois de Nightbreeders, que jamais faria um filme de terror novamente. Aí me deparo com este filme de 2008 "tipo, como assim nunca ouvi falar desse filme do Clive Barker"? É um filme produzido por ele mas dirigido por outra pessoa. E a produção é péssima, parecendo um telefine do início dos anos 90 em 2008. Sou ciente das dificuldades de se produzir um filme e isso poderia ser relevado, se a película não fosse repleta de cortes CAFONAS para causar """"""""ação""""""""" e """""""""suspense""""""""""""" entre muitas aspas.
A sinopse do filme é foda e é possível encontrar elementos que o Clive Barker gosta de trabalhar como, referências biblicas, body horror bizarro e entidades que não são más e nem ruins, apenas existem. E essas entidades, no caso as crianças, não ficam claras como elas "funcionam" dentro da """"""""""""""ação"""""""""" e do """""""""""suspense""""""""""""" proposto nas cenas do filme. Ora elas são tipo zumbis, hora são mais ágeis, são inteligentes mas também são burras; é difícil até de dizer, e duvido que quem dirigiu e roteirizou essas entidades sabia como trabalha-las. O final é muito bom, é meio filosófico e pessímista como são as características da assinatura de Clive Barker. E isso que me fez dar duas estrelas inteiras. Mas o final não redime o percurso árduo para se chegar nele, com personagens desinteressantes aparecendo do nada. Vocẽ não sabe quem é quem e nem se importa. A primeira meia hora é intrigante e passa rápido. Você pensa "caraca, que suspense!" a primeira meia hora nem se nota que passou. E quando o filme """"""""""começa"""""""""""" com 10 minutos de """"""""ação""""""""" e """""""""suspense""""""""""""" você implora para o filme acabar.
Superman dirigido por Zack Snyder :v Enfim, passado o hyper por Brightburn, eu pude assistir esse filme procurando me divertir. E como um filme de terror ele é OK com momentos muito divertidos de gore e morte. Realmente a premissa é bem intrigante: como seria se caisse na Terra um Superman irremediavelmente ruim. O filme sabe que presta esta homenagem e é ciente de que o espectador tem em mente esta referẽncia para criar a situações do filme. Neste universo, quase um "Tunel do Tempo" (Elseworlds), este Superman não se ajusta aos seus poderes, que causam danos a quem está ao seu redor, e não supera o fato de ser um filho adotivo, ao mesmo tempo que ouve a voz de seu verdadeiro pai vindo da nave que o trouxe na Terra (isto o filme cobra que vocẽ já saiba sobre o Superman, que ele se comunicava com Jor El em sua nave quando ainda era superboy; e a ideia vinda do nada da mãe (MARTAAAA!!) usar um pedaço desta nave para matar o Brightburn também é tirada dos quadrinhos sem cerimônia nenhuma. Pra quem reclama da falta de inventividade do roteiro, existe uma reviravolta interessante que não é notada: nestes filmes de crianças endemõniadas a mãe ou o pai supera o instinto e mata criança. No início do filme, a mãe diz ao seu marido para não desistirem do garoto como seus pais fizeram com eles quando namoravam. No climax do filme, a mãe desiste de Brightburn ao tentar matá-lo com a kryptonita quando o abraçava e o lembrava de quando ele era um bebẽ. Enão fica a pergunta: seria Brightburn irremediavelmente mau? ou a mãe causou a tragédia ao cortar o último laço do alienígena com a humanidade? Fica a pergunta...
Se tu gosta das adaptações de Stewart Gordon, meu amigo, tenho boas notícias: esta é uma das melhores adaptações para filme de Lovecraft e tem tudo o que foi inspirado por ele. E te digo mais: não tem Jeffrey Combs, mas tem.... NICOLAS CAGE!!
Traduzir literalmente um conto de Lovecraft é absolutamente impossível, mas é possível sim transmitir os sentimentos de suas obras. Se você não for um fã xiita e aceita que outros artistas dẽem sua contribuição para os Mitos de Cthulhu, encontrará o clima surreal na escolha de como retratar esta cor, que não tem nada parecida na Terra. "Ain, maix no livru a cor naum eh definidah e nu filmi eh rosaaaaaa lixxooooooo!!!". Então, a tal cor é tipo rosa, tipo magenta, não sei. Lembra daquela brincadeira de que mostram uma cor para homens e mulheres e os homens respondem "rosa" e as mulheres respondem "magenta"? É tipo isso. É uma cor que não é encontrada na natureza que imprega o solo e o o ar aonde vivem os personagens, dando um ar onírico.
Os monstros são lindos e obviamente inspirados em Enigma do Outro Mundo, obra cinematográfica mais conhecida como inspirada por Lovecraft (tem momentos obviamente copiados. Se vocẽ gostou desses monstros, é mais um motivo para assistir!). Os efeitos especiais são competentes. Os caras souberam escolher aonde colocar um CGI caprichado em um monstro legal e quando ecomizar naquele CGI do gatinho que veio do Cemitério Maldito. Há momentos que a cor toma vida e vira um "tentáculo". O CGI é obviamente destacado nestas cenas, mas não atrapalha a crença na realidade do espectador porque remete muito aos filmes do Stewart Gordon e de outros filmes de terror dos anos 80. Então dá aquele calorzinho no coração de nostalgia.
Os atores são bem dirigidos, principalmente a protagonista que é um talento. Todos estão bem menos o... Nicolas... Cage...? É complicado falar de Nicolas Cage neste filme, porque ele interpreta um pai de família preocupado com sua esposa, filhos e suas alpacas (tipo lhama) com a seriedade devida de um ator ganhador do Oscar. Aí quando o filme engrena na bizarrice, ele surta e ilumina a escuridão de nossas existências com uma daquelas interpretações que nenhum ator shakespeariano seria capaz de fazer...
Realmente Meet the Feebles pode ser resumido como "Muppets com drogas" (literalmente). Mas seria reduzir demais este filme, ele vai além do oportunismo de fazer humor escatalógico com personagens fofos. Os modelos dos puppets, a caracterização e o modo como se movem emulam bastante o estilo do Jim Henson, e melhor, como nos Muppets os personagens são bem definidos e caracterizados com seus próprios desejos . Quanto ao seu tema, o filme brilhantemente usa a ideia dos Muppets como representantes de um universo lúdico de um show de variedades para desconstruir a ilusão do glamour da fama para expor um submundo de abusos psicológicos, sexuais, vício em drogas e sexo como moeda de troca. Esses abusos são mostrados de forma muito exageradas em Meet the Feebles, como é em toda paródia, mas não quer dizer que essas denúncias sejam menos verdadeiras. Isso, aliado a personagens tão expressivos e carismáticos, desperta o interesse em seus arcos de história, se tornando quase um drama involuntário. Filmaço.
Pois bem, comecei a assistir este filme com extrema boa vontade. Este Hellraiser distingue-se dos anteriores (Inferno, Caçador do Inferno e Hellworld) por tentar (e apenas tentar) retomar a sua própria identidade. "Revelações" volta a trama ao núcleo familiar e os pecados cometidos pelo sangue com muitas referências ao filme original. A produção é bem barata e a composição pouco criativa das cenas em nada ajuda a valorizar o dinheiro que foi pago. O pior é o vilão. Já que estamos comparando ao filme original, enquanto o Frank é um sujeito sem muitas explicações, apenas um canalha que queria tocar o p*teiro e se ferrou quando arrumou uma treta muito maior do que podia aguentar; o vilão desse Hellraiser é só um garoto muito revoltado porque tem casa e comida. O filme tem só 1hr e 15 min. e não suportei assistir esta m* até o final
Medo Profundo
3.3 539 Assista AgoraO final deste filme me ganhou completamente. São raríssimos os filmes que sabem trabalhar com a expectativa de forma esperta para destruí-la utilizando os absurdos do próprio gênero.
Frenesi: Uma História Slenderman
3.6 2Todos sabemos como é difícil fazer cinema no Brasil, principalmente de terror, por isso não irei criticar aspectos técnicos e a atuação em um filme amador porque seria injusto. Enfim, se você não gostou de A Bruxa de Blair então nem comece a assistir Frenesi, porque tanto o primeiro terço do filme como a parte expositiva são identicas à Bruxa de Blair, apenas trocando nomes (Adelaide é Blair). Frenesi começa a ficar interessante quando começa a se distanciar de sua inspiração no início da segunda parte e surge a inovação desta produção: unir duas linhas temporais de found footage, criando narrativas paralelas que convergem em um resultado interessante. Porém, se vocẽ não gostou de A Bruxa de Blair e nem tem interesse em produções nacionais, não recomendo, porque as atuações, apensar dos atores estarem dando o seu melhor no projeto, sozinhas, não seguram o interesse do espectador
Domínio: Prequela do Exorcista
2.2 47Minha crítica é suspeita porque eu gosto de exaltar boas ideias mesmo que sua execução não seja boa. Quando saiu Exorcista, o Início, logo vazou na internet a sinopse do roteiro original, qual ambos dividem semelhanças. Enquanto O Início tem como pano de fundo o roteiro original, mas muitas das ideias originais foram substituídas por jumpscares, Domínio tenta reconstruir estas ideias. Temos uma escavação de uma igreja misteriosa anterior as outras e uma subtrama de conflito cultural-religioso entre colonizadores e a população local. O que o filme traz de inovador é a ideia de que satanás subverte a ordem natural: a manifestação de sua influência pode ser vista em animais herbívoros que passam a predar carnívoros e uma criança deficiente que tem seu corpo restaurado aos poucos até se tornar um "ser perfeito", que seria o possuído deste filme. Isto também é uma subversão da própria franquia, qual temos garotas inocentes se transformando em monstros.
O que saiu de errado? O filme é extremamente cafona, a produção foi abandonada. É um filme de 2005 que aparenta ter sido filmado nos anos 60. os efeitos especiais são ridículos, parecem experimentos do início dos efeitos visuais. Tem uma hora que o endemoniado mostra a sua cara capirotesca e parece um efeito de canal de youtube quando coloca um meme na cara de alguem. E os cenários de estúdio não convencem.
Me incomodou o diabo ser o buda. A mise en scene é realmente muito legal, bem sobrenatural e adoro a parte em que ele fica gigante, mas a aparência do ser perfeito e sua pose remetendo ao Buda retira toda a verossimilhança. Enquanto o conflito de culturas é elegantemente explicitado quando é informado que foram colocadas imagens de São Miguel sobre um local de sacrifícios pagãos para mostrar que os deuses pagãos não tem poder sobre o único Deus, a escolha visual do Buda ficou destoante. Existem outras iconografias cristãs e católicas que ficariam igualmente interessante sem sair da estética. Resumindo, assista se não tiver nada pra fazer.
Tropas Estelares: Invasores de Marte
2.8 26 Assista AgoraBoa sequência de Invasion e digno da franquia Starship Troopers. A direção de arte é linda e cria uma atmosfera que, aliada á narrativa objetiva, consegue o comprometimento de quem assiste com aquele mundo, seus personagens e a trama. A princípio a trama não é tão óbvia, mas uma vez revelada, a personagem antagonista mantém o interesse pela forma qual é desenvolvida. A inovação aqui é trazer para os humanos uma ameaça tão perigosa quanto os insetos. Em relação ao seu conteúdo a animação expande um pouco o universo de Starship Troopers apresentando os marcianos e a lost patrol. No geral, é um filme divertido e entretém em sua duração.
Tropas Estelares
3.5 467 Assista AgoraQuando vocẽ se sentir um trouxa, lembre-se que Rico se meteu nessa furada por causa de uma mina. Quando vocẽ se sentir uma trouxa, lembre-se que a Flores se meteu nessa furada por causa de um cara que se meteu nessa furada por causa de uma mina
O Sótão
1.6 111 Assista AgoraAssisti só por causa da Alexandra Daddario e me f... porque mal tem Alexandra Daddario e não entendi nada do que aconteceu. O enredo é pessimamente mal amarrado, no final a protagonista toma uma atitude realmente inesperada, mas que não compensa os minutos que se perdeu nesta jornada.
Ressurreição: Retalhos de um Crime
3.6 151 Assista AgoraVim correndo comentar assim que eu vi uma cena de atropelamento que, peloamordedeus, jogaram um bonecão debaixo de um carro. Cara, parecia que era um ser humano feito por travesseiro sendo atropelado
Sem Evidências
3.3 252 Assista AgoraBom filme de crime. O que mais chama a atenção é o modo como o filme é conduzido, o clima idílico da pequena cidade é usado para dar um tom de lembrança e não tem medo de mostrar as crianças mortas. Não usam clichés de filme, nem jump scares, o que é respeitador as vidas envolvidas no caso porque não é transformado em espetáculo; mas aliam essas imagens ao tom já estabelecido para dar uma sensação de surrealidade, um sonho muito ruim e assustador. O filme se desenrola de uma maneira para contar uma história mais digerível de um tema complexo apontando alguns vilões e alguns mocinhos. Eu nunca reclamei de traduções de títulos para o português, mas neste caso o título original que significa a trama do drama se perde ao ser convertido em um título genẽrico para um filme que aborda um caso muito importante que deveria chamar a atenção até para nós, que tivemos um caso parecido com a Aline em Ouro Preto ou o da Escola Base.
Mistérios na Rádio
2.6 25Bom filme de suspense. Embora seja uma obra de ficção, a situação da protagonista pertence a nossa realidade: voluntários que atendem remotamente pessoas em crise podem sim acabar testemunhando um suicídio do outro lado da linha, e nada podem fazer. Pacientes podem descontar suas frustrações em profissionais quais estão tentando ajudá-los, e também há a exploração desses ouvintes pelas rádios principalmente no horário noturno, em programas de namoro ou aconselhamento quando a internet não era popular. Dentro deste contexto, o roteiro apresenta um suspense verossímil, sem sugestão de elementos sobrenaturais (que irá frustrar quem procura esse tipo de conteúdo) com bastante desenvolvimento de personagem. Isto funciona, porque quando ocorre a morte de um personagem esta morte é sentida e transformam qualquer personagem em suspeito. O filme não é óbvio, e as motivações do assassino possui um interessante plot twist a respeito das crenças da personagem durante a duração do filme.
A Orgia da Morte
3.8 112Eu não sabia que o filme tinha este nome no Brasil, então é melhor avisar que este não é um filme pornô. Enfim, é muito difícil desvincular a adaptação do conto do Poe, principalmente que o conto é uma manifestação literária de características muito peculiares que, se for traduzido o pé da letra em filme, não teria nem 10 minutos de duração. Voltando, para cumprir a metragem de longa o filme toma a liberdade de emoldurar o conto do Poe com temas relacionados a epidemia, idade das trevas, inquisição, etc. o que é muito enriquecedor para criar a atmosfera da obra qual é fonte do filme. Porém o roteiro é completamente perdido: tem a vingança do bobo da corte, tem a noiva de satã, tem o nobre tiozão tarado afim de dar uns pegas no novinha virginal. Nenhhuma dessas histórias se conclui de uma maneira satisfatória ou se convergem para o clímax semelhante ao do conto, funcionando como um desfecho preguiçoso "então todo mundo morre e fim".
Cats
1.7 375 Assista Agora"Cats" é ver para crer, brother. É uma aula didática de como um projeto que tinha tudo para ser Oscar fácil deu completamente errado. O filme causa mal estar físico porque as criaturas que estão na tela são como aberrações em um espetáculo de mal gosto: não são gatos, nem humanos; não se parecem nem com nada do mundo natural, nem do mundo da fantasia. A ação em tela é confusa, o tempo todo a câmera faz travellings fechado nos atores enquanto todo o cenário a volta parece mudar de escala de um corte para o outro. E a direção de arte simplesmente não sabia como fazer os gatos: alguns usam figurinos, outros algumas peças de roupa e a grande maioria está simplesmente pelado. O filme me fez perder o respeito pelo Idris Elba, os caras colocaram o rosto daquele homão gigante fazendo careta no corpo de um bailarino mirrado. E o pior de tudo: o filme não tem dança. O musical, não, tem, dança. O filme é todo fechado e os figurantes que se consegue ver se limitam a se movimentar fingindo serem gatos em vez de dançar. Coreografia ocupa 15 minutos deste filme, se for muito.
Quem se ferrou mesmo ffoi a carreira da Francesca Hayward: primeira bailarina de não qual companhia f... de ballet de não sei aonde, projeto promissor, Oscar fácil, fama e fortuna fácil... A chance de uma vida. Todo o esforço que ela fez na vida para ser a primeira bailarina foi para o lixo por causa deste filme.
Terror Nos Bastidores
3.4 447 Assista AgoraTerror nos Bastidores é um filme para o público teen e não para os fãs mais hardcores do trash. O filme cumpre muito bem em satirizar os clichés e as situações dos filmes slasher, porém o filme não consegue fazer a transição entre o humor e as cenas de drama, tornando-as bobas quando não deveria ser. É um bom passatempo.
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 752Existem dois filmes: um é muito bom, e o outro é mais do mesmo. O filme começa entregando tudo nos primeiros quinze minutos - tensão e violência - quando ocorre um salto temporal aonde os principais eventos da narrativa começam a desenrolar. Neste ponto, o que começou como um clichê se desenvolve como um drama qual o mistério é correlacionar o que é mostrado na narrativa com os eventos do início. Tudo parece ser imprevisível, porém, no terço fina, ocorre uma reviravolta e o filme se transforma naquilo que até então não era: um torture porn mais do mesmo com muita encheção de linguiça que eu assisti em velocidade dobrada. Embora a minha nota seja mediana, ou seja, o filme é ok, eu não recomendo porque o filme parece trair aquilo que ele não se propunha ser: imprevisível.
Os Últimos Sobreviventes
1.6 34Não é um filme de fácil digestão para o grande público porque é muito contemplativo com cenas muito abertas. Este não é necessariamente um problema, porque entre os meus filmes favoritos tem dois do Werner Herzog que também conta histórias dessa maneira. O problema de Os Últimos Sobreviventes é que o filme não dá nenhuma recompensa ao expectador, e não falo sobre contar o que aconteceu "naquela noite": não há nenhuma ação no decorrer do filme, apenas dois adolescentes descobrindo o amor estilo Adão e Eva, os vilões tem motivações rasas, e o único mistério que é usado para se criar algum arco narrativo, que é do que acontece com as crianças que cruzam o túnel, ninguem liga. É um filme visualmente bonito, mas não apresenta nada de novo.
Bleed
1.6 25Minha crítica é baseada em apenas 36 minutos do filme, porque foi o que eu suportei assistir. E mesmo assim pareceu uma eternidade. Enfim, "mô b..." resume. O filme começa com um velho tarado cantando uma canção de ninar e um grunge psicopata, aí aparece uma menina do demônio botando banca dizendo que geral vai morrer. Aí tu pensa "deve ser um filme sobre maldição..." mas há um salto no tempo e o filme aparentemente se desenvolve para um slasher, criando tensão apresentando um grupo de amigos que se encontram e contam seus conflitos pessoais... Aí então entra tudo, TUDO, neste filme: tem grávida do anticristo, jumpscare na banheira, poderes paranormais, serial killer do mato, fantasma de gente morta em um presídio que pegou fogo, uma mulé doida que grita no meio do nada, e a piveta fanfarrona reaparece pra dar jumpscare e falar alguma coisa que era pra ser assustadora, mas que ficou só sem noção mesmo. Foi demais pra minha cabeça.
Cujo
3.3 439 Assista AgoraEste é um daqueles filmes que a história seria facilmente estragada se os personagens tivessem um celular. É um filme ok que te prende a atenção por te fazer pensar "o que eu faria se eu estivesse no lugar dessa pessoa?"
A Maldição de Sharon Tate
2.2 79 Assista AgoraNunca subestime um oportunista. O filme é ok para o que se propõe: ser um filme de terror como qualquer um. Aí pensaram "como chamar a atenção para o nosso filme de terror qualquer coisa?" É só colocar um nome famoso: Sharon Tate. O filme ganha a atenção por sua fotografia surrealista acompanhada pela trilha sonora incidental (tem uma montagem de passagem de tempo que mostra Holywood a noite, iluminada, com as luzes dos aviões parecendo estrelas errantes. É lindo); e o nome de Sharon Tate no título prende à trama com a lembrança de tragédia eminente. E isso é intencional. Mas o filme mostra que é um terrorzão B no desenrolar da trama: tem banheira que jorra sangue, tem o clichê da mulé lôca (como se toda grávida tivesse alucinações macabras), sonhos, bichos mortos e equipamentos que funcionam do nada. Mas o que dá vergonha alheia são certos diálogos """""""""""""""""filosóficos""""""""""""""""""" -você já pensou que uma decisão pode mudar o seu destino? Vocẽ acredita que o destino é um livro escrito quando nascemos? - Ai, mano... Que apelação! Pior são o uso de fotos da cena do crime no filme. Ok, podem até ser documentos históricos; mas as fotos foram registradas para se explorar o sensacionalismo encima da tragédia para vender revistas, como aconteceu aqui no Brasil no caso Daniella Perez em que jornais não só mostravam o corpo como também os buracos das facadas. A recriação do que seria o assassinato da Sharon Tate é ridículo... Os vilões estão ligados no modo "haha olha só como eu sou mau, eu sou muito mau, hahaha". E Hilary Duff atuou como se este fosse o papel da vida dela, mas não consegue superar os trejeitos de adolescente de toda a sua carreira. A propósito, Hilary Duff, se foi um agente que te disse que seria uma boa ideia estrelar este filme para chamar a atenção para a sua atuação, despede ele.
O Abrigo
3.6 720 Assista AgoraNão confundir este filme com outro de mesmo nome, estrelado pelo Hicks de Aliens o Resgate. Assisti este O Abrigo somente pelo General Zod que imprime sentimento ao filme. O filme tem uma trama muito interessante que faz um paralelo muito interessante entre a arca de Noé e a cultura americana do catastrofismo e do survivalismo (essa palavra existe?). Porém, como é desse tipo de filme, o final pode ser satisfatório ou anular sua experiẽncia dependendo de suas expectativas. Eu gostaria muito que o filme tivesse ido mais além e mostrasse as consequências da passagem da tempestade do personagem principal, sendo ela imaginária ou não.
Hellraiser: Julgamento
2.1 106Eu Gosto de Hellraiser tipo, muito mesmo. Gosto dos quadrinhos porque expandem o universo Hellraiser e é por isso que gosto até do Hellraiser 4 que conta a história da caixa. Hellraiser julgamente poderia não ser o Hellraiser que merecíamos, mas precisávamos; com idéias novas como A Inquisição Estigiana e personagens novos como O Auditor. O cara que faz o Pinhead não está ruim... (convenhamos que Doug Bradley nao pode ser o Pinhead para sempre). Mas como alegria de fã de Hellraiser dura pouco, isso é tipo 1 terço do filme (ou até menos que isso), o resto é outra cópia de Seven que se vc tirasse isso do roteiro não faria falta nenhuma. Aliás, Hellraiser Judgement seria um excelente curta metragem de Hellraiser; porque no final das contas, todos os personagens que não são monstros são sem graça, a investigação é qualquer coisa e tudo termina meio que de repente. O que me decepcionou foi a Anja... Cara, todos os personagens novos tem um quẽ genuíno de Hellraiser e uma certa originalidade também, menos a Anjona que é só uma loirona sexy muito da canastrona.
A Praga
1.9 71 Assista AgoraSou um fã do Clive Barker dos anos 90, então pra mim valia o que ele havia dito depois de Nightbreeders, que jamais faria um filme de terror novamente. Aí me deparo com este filme de 2008 "tipo, como assim nunca ouvi falar desse filme do Clive Barker"? É um filme produzido por ele mas dirigido por outra pessoa. E a produção é péssima, parecendo um telefine do início dos anos 90 em 2008. Sou ciente das dificuldades de se produzir um filme e isso poderia ser relevado, se a película não fosse repleta de cortes CAFONAS para causar """"""""ação""""""""" e """""""""suspense""""""""""""" entre muitas aspas.
A sinopse do filme é foda e é possível encontrar elementos que o Clive Barker gosta de trabalhar como, referências biblicas, body horror bizarro e entidades que não são más e nem ruins, apenas existem. E essas entidades, no caso as crianças, não ficam claras como elas "funcionam" dentro da """"""""""""""ação"""""""""" e do """""""""""suspense""""""""""""" proposto nas cenas do filme. Ora elas são tipo zumbis, hora são mais ágeis, são inteligentes mas também são burras; é difícil até de dizer, e duvido que quem dirigiu e roteirizou essas entidades sabia como trabalha-las. O final é muito bom, é meio filosófico e pessímista como são as características da assinatura de Clive Barker. E isso que me fez dar duas estrelas inteiras. Mas o final não redime o percurso árduo para se chegar nele, com personagens desinteressantes aparecendo do nada. Vocẽ não sabe quem é quem e nem se importa. A primeira meia hora é intrigante e passa rápido. Você pensa "caraca, que suspense!" a primeira meia hora nem se nota que passou. E quando o filme """"""""""começa"""""""""""" com 10 minutos de """"""""ação""""""""" e """""""""suspense""""""""""""" você implora para o filme acabar.
Brightburn: Filho das Trevas
2.7 607 Assista AgoraSuperman dirigido por Zack Snyder :v Enfim, passado o hyper por Brightburn, eu pude assistir esse filme procurando me divertir. E como um filme de terror ele é OK com momentos muito divertidos de gore e morte. Realmente a premissa é bem intrigante: como seria se caisse na Terra um Superman irremediavelmente ruim. O filme sabe que presta esta homenagem e é ciente de que o espectador tem em mente esta referẽncia para criar a situações do filme. Neste universo, quase um "Tunel do Tempo" (Elseworlds), este Superman não se ajusta aos seus poderes, que causam danos a quem está ao seu redor, e não supera o fato de ser um filho adotivo, ao mesmo tempo que ouve a voz de seu verdadeiro pai vindo da nave que o trouxe na Terra (isto o filme cobra que vocẽ já saiba sobre o Superman, que ele se comunicava com Jor El em sua nave quando ainda era superboy; e a ideia vinda do nada da mãe (MARTAAAA!!) usar um pedaço desta nave para matar o Brightburn também é tirada dos quadrinhos sem cerimônia nenhuma. Pra quem reclama da falta de inventividade do roteiro, existe uma reviravolta interessante que não é notada: nestes filmes de crianças endemõniadas a mãe ou o pai supera o instinto e mata criança. No início do filme, a mãe diz ao seu marido para não desistirem do garoto como seus pais fizeram com eles quando namoravam. No climax do filme, a mãe desiste de Brightburn ao tentar matá-lo com a kryptonita quando o abraçava e o lembrava de quando ele era um bebẽ. Enão fica a pergunta: seria Brightburn irremediavelmente mau? ou a mãe causou a tragédia ao cortar o último laço do alienígena com a humanidade? Fica a pergunta...
A Cor que Caiu do Espaço
3.1 348Se tu gosta das adaptações de Stewart Gordon, meu amigo, tenho boas notícias: esta é uma das melhores adaptações para filme de Lovecraft e tem tudo o que foi inspirado por ele. E te digo mais: não tem Jeffrey Combs, mas tem.... NICOLAS CAGE!!
Traduzir literalmente um conto de Lovecraft é absolutamente impossível, mas é possível sim transmitir os sentimentos de suas obras. Se você não for um fã xiita e aceita que outros artistas dẽem sua contribuição para os Mitos de Cthulhu, encontrará o clima surreal na escolha de como retratar esta cor, que não tem nada parecida na Terra. "Ain, maix no livru a cor naum eh definidah e nu filmi eh rosaaaaaa lixxooooooo!!!". Então, a tal cor é tipo rosa, tipo magenta, não sei. Lembra daquela brincadeira de que mostram uma cor para homens e mulheres e os homens respondem "rosa" e as mulheres respondem "magenta"? É tipo isso. É uma cor que não é encontrada na natureza que imprega o solo e o o ar aonde vivem os personagens, dando um ar onírico.
Os monstros são lindos e obviamente inspirados em Enigma do Outro Mundo, obra cinematográfica mais conhecida como inspirada por Lovecraft (tem momentos obviamente copiados. Se vocẽ gostou desses monstros, é mais um motivo para assistir!). Os efeitos especiais são competentes. Os caras souberam escolher aonde colocar um CGI caprichado em um monstro legal e quando ecomizar naquele CGI do gatinho que veio do Cemitério Maldito. Há momentos que a cor toma vida e vira um "tentáculo". O CGI é obviamente destacado nestas cenas, mas não atrapalha a crença na realidade do espectador porque remete muito aos filmes do Stewart Gordon e de outros filmes de terror dos anos 80. Então dá aquele calorzinho no coração de nostalgia.
Os atores são bem dirigidos, principalmente a protagonista que é um talento. Todos estão bem menos o... Nicolas... Cage...? É complicado falar de Nicolas Cage neste filme, porque ele interpreta um pai de família preocupado com sua esposa, filhos e suas alpacas (tipo lhama) com a seriedade devida de um ator ganhador do Oscar. Aí quando o filme engrena na bizarrice, ele surta e ilumina a escuridão de nossas existências com uma daquelas interpretações que nenhum ator shakespeariano seria capaz de fazer...
Meet the Feebles
3.9 62Realmente Meet the Feebles pode ser resumido como "Muppets com drogas" (literalmente). Mas seria reduzir demais este filme, ele vai além do oportunismo de fazer humor escatalógico com personagens fofos. Os modelos dos puppets, a caracterização e o modo como se movem emulam bastante o estilo do Jim Henson, e melhor, como nos Muppets os personagens são bem definidos e caracterizados com seus próprios desejos . Quanto ao seu tema, o filme brilhantemente usa a ideia dos Muppets como representantes de um universo lúdico de um show de variedades para desconstruir a ilusão do glamour da fama para expor um submundo de abusos psicológicos, sexuais, vício em drogas e sexo como moeda de troca. Esses abusos são mostrados de forma muito exageradas em Meet the Feebles, como é em toda paródia, mas não quer dizer que essas denúncias sejam menos verdadeiras. Isso, aliado a personagens tão expressivos e carismáticos, desperta o interesse em seus arcos de história, se tornando quase um drama involuntário. Filmaço.
Hellraiser: Revelações
1.4 201 Assista AgoraPois bem, comecei a assistir este filme com extrema boa vontade. Este Hellraiser distingue-se dos anteriores (Inferno, Caçador do Inferno e Hellworld) por tentar (e apenas tentar) retomar a sua própria identidade. "Revelações" volta a trama ao núcleo familiar e os pecados cometidos pelo sangue com muitas referências ao filme original. A produção é bem barata e a composição pouco criativa das cenas em nada ajuda a valorizar o dinheiro que foi pago. O pior é o vilão. Já que estamos comparando ao filme original, enquanto o Frank é um sujeito sem muitas explicações, apenas um canalha que queria tocar o p*teiro e se ferrou quando arrumou uma treta muito maior do que podia aguentar; o vilão desse Hellraiser é só um garoto muito revoltado porque tem casa e comida. O filme tem só 1hr e 15 min. e não suportei assistir esta m* até o final