Pouco mais de 2h de filme que não deixam aquela sensação de "que tédio, acaba logo!", o que já é um ponto positivo. Figurino e maquiagem IMPECÁVEIS, principalmente a "the future" numa vibe super Lady Gaga em The Fame hahahah. Obviamente algumas coisas só são toleráveis se você lembrar que é a adaptação de uma animação, portanto coisas absurdas farão parte do enredo. Concordo com quem comentou que tem uma pegada meio O Diabo Veste Padra misturado com Oito Mulheres e um Segredo rs. Ah, e o melhor personagem é o Artie ♥
Meu segundo preferido da trilogia. Fui assistir com a expectativa beeeem baixa por conta de alguns comentários aqui, o que foi bom porque acabei me surpreendendo. Como a maioria já comentou, a trilha sonora é um dos pontos mais altos e as referências a outros filmes de terror também. Ficou um pouco chatinho quando
tentam matar a Sam para revivê-la a todo custo, mas se o casal fosse desfeito seria bem decepcionante porque tem toda uma questão de representatividade LGBTQIA+
Meu menos preferido dentre os três, mas ainda assim gostei bastante. Como fiquei teorizando com minha namorada depois de assistir aos dois primeiros filmes, não houve muita novidade pra mim porque eu já esperava que
a Sarah Fier fosse a vítima e não a vilã, e que a maldição tivesse a ver com Sunnyvale e Shadyside. Teve o plot do delegado no meio disso tudo
, algo que eu realmente não imaginava e foi uma boa sacada, a meu ver... Mas esse formato de duas partes num filme só me deixou com a sensação que a continuação de 1994 ficou um pouco corrida e o fim forçado,
pois tudo deu certo de uma hora pra outra e Shadyside virou um paraíso. Quando vi que deixaram o livro pra trás, logo pensei: alguém vai pegar essa m*rda... Mas confesso que já tô pronta pra assistir a todos os filmes que fizerem com Sam e Deena <3
Meu preferido da trilogia. Neste filme há muito mais matança justamente pelo contexto: um acampamento de verão com mais de 50 crianças e adolescentes. Vilões que aparecem no primeiro filme têm suas origens explicadas, como Ruby Lane e o cara do machado, o que nos auxilia a entender melhor a maldição que atormenta Shadyside. A competitividade entre Shadyside e Sunnyvale também é mais evidente por conta da guerra das cores. O comportamento violento de quem mora em Sunnyvale dá algumas pistas de que a maldição tem a ver com a fortuna de uma cidade e a miséria de outra, até porque as protagonistas enfatizam bastante como Shadyside é um local sem salvação e fadado à desgraça.
A primeira é quando Lana e Brandon ficam juntos pela primeira vez, já a segunda é a cena em que Brandon é vítima de abuso sexual.
Esta última cena, em específico, é aquela que fica na cabeça mesmo depois de ter assistido ao filme há alguns dias. Dói, é apavorante e, pior ainda, previsível. É previsível tanto no contexto do filme quanto nos dias atuais, o que torna a experiência de assistir a "Meninos Não Choram" mais triste ainda. Espero, profundamente, que consigamos avançar para dias melhores, de mais respeito, empatia e afeto. Que esse filme, futuramente, seja apenas a dolorosa lembrança de uma época em que não sabíamos amar ao próximo.
Mesmo levando em conta que há, de fato, pessoas judias com comportamentos semelhantes aos retratados aqui, acredito que o tipo de crítica feita neste filme é mais embasada e cuidadosa quando feita por pessoas da própria comunidade judaica (como é o que ocorre em "Nada Ortodoxa", "Shtisel" e "One Of Us", por exemplo). Quando são pessoas de fora dessa comunidade, a crítica pode facilmente ser confundida com chacota, o que acaba caindo numa contradição: criticar uma pessoa preconceituosa utilizando discursos e imagens preconceituosos também. Levando isso em conta, a mãe e a avó me pareceram personagens extremamente estereotipadas, quase beirando o antissemitismo. Esse aspecto do filme já é ruim por si só, mas, além disso, as tentativas de humor, para mim, foram falhas. Tudo bem forçado e sem graça, especialmente os diálogos entre Lisa e Rafi.
Excelente! É muito menos sobre as crianças e mais sobre a reação de adultos. Um tema que aflora emoções, mas, como qualquer crime, quem deve investigar e punir são as instituições responsáveis por isso, não a sociedade. Muito bom para refletir sobre isso.
logo de cara os responsáveis pelo crime são revelados
, fugindo ao formato norte-americano em que um crime acontece, há uma investigação e, nos minutos finais, descobrimos quem é o culpado. Essa quebra de expectativa, por si só, já gera um estranhamento. O fato é que assisti há mais de um mês e ainda não sei exatamente o que achei, mas gostei bastante. Há várias camadas exploradas e críticas implícitas, o que faz com que não seja "só" um suspense que tematiza a vingança.
Bem inferior ao primeiro, a ação demora a acontecer e, quando acontece, são cenas rápidas — a maior foi a do trailer, mas também foi a mais chata. Parece que tentaram reconstituir o laço afetivo entre as crianças e os pesquisadores do primeiro filme usando a história de Ian com sua filha e sua namorada, mas não deu certo...
Fantástico! A começar pelo título, que muito sabiamente estabelece uma intertextualidade com a canção de Chico (que eu não conhecia, aliás, e simplesmente adorei). Muito bom para (re)pensar as relações de trabalho e os impactos da industrialização no cotidiano, especialmente em cidades interioranas como Toritama, ainda mais a partir da perspectiva de quem viveu os períodos pré e pós indústria do jeans na cidade. É nítido que "ser o próprio patrão" e "fazer os próprios horários" são falácias: entrar às 7h, sair às 22h e ter férias somente durante os 7 dias de carnaval, sem férias remuneradas, FGTS, INSS... Quais são, de fato, os benefícios? Mais uma vez, o diálogo com a música que dá nome ao filme faz todo sentido: "eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar". Será que, como Leo, só viveremos nossa alegria no carnaval?
Temos acesso à narrativa de Lída, o que faz com que a visão de Goebbels seja romantizada e isso é bastante incômodo, afinal, o braço direito de Hitler é retratado como um baixinho apaixonado galanteador — ele ficava com as atrizes da época porque era garanhão ou porque as coagia? Além disso, quando a prisão da atriz é retratada, o tom dramático leva a uma comparação entre nazistas e comunistas, como se fossem dois lados da mesma moeda (a clássica teoria da ferradura) e as coisas não são bem assim, não é mesmo? Por fim, tanto no filme como na vida real, Lída não demonstrou ter se arrependido de seu envolvimento com Goebbels.... Como assim você continua achando o cara que estava por trás da propaganda nazista inteligente e engraçado? Por fim, se considerarmos que ela conseguiu papéis na Itália fascista e quando Mussolini foi morto ela precisou fugir do país, parece que rolava, no mínimo, uma simpatia com regimes autoritaristas...
Acredito que a experiência de assistir ao filme seja muito melhor para quem gosta e acompanha a banda, o que não é meu caso. Ainda assim, a forma como o contexto social exerce influências em nós é muito bem abordada. Além disso, a metáfora do muro é f*da!
O filme trata de uma temática extremamente importante? Sem dúvidas! No entanto, minhas expectativas foram frustradas, principalmente porque tive a impressão de que mulheres foram mais culpabilizadas do que homens.
Nos minutos iniciais fica aquela impressão de que ela assassina os caras escrotos, até você descobrir que, na verdade, rolava uma conversa e um puxão de orelha. Porém, com Madison e a diretora da universidade, Cassie teve muito menos paciência e optou por colocar ambas no lugar de vítimas de abuso. Mas, pera aí... então a didática, a conversa e a paciência rola com homens, mas as mulheres precisam ser quase submetidas ao trauma de um abuso para "aprenderem a lição"? Se Cassie tivesse aplicado o mesmo castigo aos homens escrotos, o filme seria bem melhor, a meu ver. No fim, a bela vingança — mas nem tão vingativa assim — foi arquitetar a própria morte para que o abusador de sua amiga fosse preso (aparentemente, somente por assassinato, não por estupro). Nesse sentido, a mensagem é bem desesperançosa: vítimas de abuso terão suas vidas destruídas, enquanto o abusador viverá feliz para sempre, a não ser que cometa algo considerado pior pelo aparato policial e judicial. Sim, eu sei que é o que ocorre na maioria dos casos — vide o caso de Mariana Ferrer e a sentença esdrúxula de "estupro culposo" — porém, no âmbito da ficção, as coisas poderiam ser um pouco mais otimistas, não?
Talvez um pouco de "rompompompom man down" faria jus à tradução do filme. Enfim, lição aprendida: vingança é com os sul-coreanos!
Em casa, na escola, no trabalho, no transporte público — em todos os lugares, mulheres se sentem acuadas e sofrem com a desigualdade de gênero. Para além do aborto, o filme aborda microagressões diárias e, como mulher, é impossível não sentir um grande incômodo e desconforto. A situação consegue ser menos pior por retratar um local em que o aborto é legal e seguro, aí você imagina o que meninas-mulheres enfrentam num país como o nosso, cujo direito ao aborto até em casos de abuso sexual é visto com maus olhos. Concordo com quem diz que faltou um maior aprofundamento na relação das protagonistas, mas, mesmo assim, a empatia, o acolhimento (enfim, a famosa sororidade) foram muito bem construídos e abordados. Fica a mensagem para, enquanto mulheres, nos ajudarmos e apoiarmos. Nós por nós!
Muito ruim, a ponto de não conseguir terminar de assistir (e olha que não desisto fácil). Um filme da segunda década dos anos 2000 com a mentalidade lá nos anos 90 ainda. Os povos africanos são ridicularizados e sexualizados. O auge do auge foi a pretendente do filho de Akeem se apresentando com uma música totalmente machista, aí não deu mais pra engolir.
Eu, particularmente, não gosto muito da forma caricata como Hitler foi retratado aqui. Acredito que essa abordagem minimiza um pouco o fato de que o regime nazista era organizado, pensado e pautado numa lógica de perseguição, extermínio e tortura. Me lembra muito aquela frase "não confunda sadismo com loucura", algo que acontece bastante no Brasil contemporâneo. No entanto, entendo a crítica em forma de humor e acho que o filme cumpre o que promete: evidenciar os argumentos bizarros utilizados por regimes autoritaristas. Além de críticas mais nítidas à lavagem cerebral feita especialmente em crianças e jovens, há a abordagem sutil de como a própria população colaborou para a execução de quem era contra o nazismo. Nesse sentido,
FIL-MA-ÇO! Tiro, porrada e bomba com roteiro de qualidade e crítica ao contexto político dos EUA. Linda Hamilton entregou TUDO. A saga não é somente sobre John Connor, mas sobre a resistência humana às máquinas. Nesse sentido, souberam criar uma história muito boa a partir do que aconteceu no início do filme.
Caramba, já tá ficando chato o pessoal (lê-se homens) reclamando de "ideologia feminista" em produções contemporâneas. Só evidencia que não sabem o que é feminismo de fato, porque neste filme não há nada disso - no máximo umas frases de efeito vazias. O real problema aqui foi o roteiro e as resoluções extremamente simplistas. Por exemplo,
era sempre a mesma médica que fornecia os laudos, o mesmo juiz que julgava os casos, a mesma pessoa escolhida para ser a curadora. É óbvio que uma pessoa minimamente inteligente desconfiaria de um golpe, não é mesmo? Além disso, mafiosos extremamente patéticos que resolvem "sequestrar" (porque, em termos legais, era isso) uma idosa EM PLENA LUZ DO DIA e que nem souberam forjar um acidente. Para completar, em que país uma pessoa é dada como indigente após menos de 24 horas? Se o cara era o f*dão da máfia e super procurado, haveria registros dele no sistema policial.
A junção disso tudo culminou para o final que não chegou a ser tão ruim, porém decepcionante já que a expectativa era que alguém se dessem mal. Apesar dos pesares, entendi a crítica e achei a proposta interessante, mas o problema foi a execução.
Atuações sofridamente sofríveis e transições com imagens de árvores e de um lago a cada 10 minutos de filme. Eu só queria ter visto a nota aqui no Filmow antes de assistir a essa porcaria, mas fica aqui a dica de que o "Top 10" da Netflix é escolhido de maneira totalmente arbitrária com o objetivo de empurrar determinados filmes goela abaixo.
Era fã quando criança e decidi rever (com aquele medo de estragar uma memória boa, mas aceitei o risco). É um filmaço, principalmente considerando a época! Os efeitos especiais conseguem ser melhores que muitos utilizados em filmes mais recentes da franquia, basta comparar o boneco de Schwarzenegger utilizado neste filme com a CGI dele no filme de 2009 e você percebe que a produção dos anos 80 dá de dez a zero! Em relação à viagem no tempo, o paradoxo de bootstrap foi extremamente bem trabalhado (só eu lembrei de Dark?) e, mais uma vez, lembremos que isso foi nos anos 80 num filme direcionado ao "povão"! Felizmente reassistindo eu só consegui gostar mais e mais.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraPouco mais de 2h de filme que não deixam aquela sensação de "que tédio, acaba logo!", o que já é um ponto positivo. Figurino e maquiagem IMPECÁVEIS, principalmente a "the future" numa vibe super Lady Gaga em The Fame hahahah. Obviamente algumas coisas só são toleráveis se você lembrar que é a adaptação de uma animação, portanto coisas absurdas farão parte do enredo. Concordo com quem comentou que tem uma pegada meio O Diabo Veste Padra misturado com Oito Mulheres e um Segredo rs. Ah, e o melhor personagem é o Artie ♥
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraMeu segundo preferido da trilogia. Fui assistir com a expectativa beeeem baixa por conta de alguns comentários aqui, o que foi bom porque acabei me surpreendendo. Como a maioria já comentou, a trilha sonora é um dos pontos mais altos e as referências a outros filmes de terror também. Ficou um pouco chatinho quando
tentam matar a Sam para revivê-la a todo custo, mas se o casal fosse desfeito seria bem decepcionante porque tem toda uma questão de representatividade LGBTQIA+
Rua do Medo: 1666 - Parte 3
3.5 513 Assista AgoraMeu menos preferido dentre os três, mas ainda assim gostei bastante. Como fiquei teorizando com minha namorada depois de assistir aos dois primeiros filmes, não houve muita novidade pra mim porque eu já esperava que
a Sarah Fier fosse a vítima e não a vilã, e que a maldição tivesse a ver com Sunnyvale e Shadyside. Teve o plot do delegado no meio disso tudo
pois tudo deu certo de uma hora pra outra e Shadyside virou um paraíso. Quando vi que deixaram o livro pra trás, logo pensei: alguém vai pegar essa m*rda... Mas confesso que já tô pronta pra assistir a todos os filmes que fizerem com Sam e Deena <3
Rua do Medo: 1978 - Parte 2
3.5 549 Assista AgoraMeu preferido da trilogia. Neste filme há muito mais matança justamente pelo contexto: um acampamento de verão com mais de 50 crianças e adolescentes. Vilões que aparecem no primeiro filme têm suas origens explicadas, como Ruby Lane e o cara do machado, o que nos auxilia a entender melhor a maldição que atormenta Shadyside. A competitividade entre Shadyside e Sunnyvale também é mais evidente por conta da guerra das cores. O comportamento violento de quem mora em Sunnyvale dá algumas pistas de que a maldição tem a ver com a fortuna de uma cidade e a miséria de outra, até porque as protagonistas enfatizam bastante como Shadyside é um local sem salvação e fadado à desgraça.
Acho que houve uma tentativa de plot twist com o fato de C. Berman ser, na verdade, a Ziggy, mas não é algo muito difícil de desconfiar.
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraEsse filme tem duas cenas inesquecíveis: uma que é belíssima e outra, sufocante.
A primeira é quando Lana e Brandon ficam juntos pela primeira vez, já a segunda é a cena em que Brandon é vítima de abuso sexual.
Terapia do Amor
3.1 348 Assista AgoraMesmo levando em conta que há, de fato, pessoas judias com comportamentos semelhantes aos retratados aqui, acredito que o tipo de crítica feita neste filme é mais embasada e cuidadosa quando feita por pessoas da própria comunidade judaica (como é o que ocorre em "Nada Ortodoxa", "Shtisel" e "One Of Us", por exemplo). Quando são pessoas de fora dessa comunidade, a crítica pode facilmente ser confundida com chacota, o que acaba caindo numa contradição: criticar uma pessoa preconceituosa utilizando discursos e imagens preconceituosos também. Levando isso em conta, a mãe e a avó me pareceram personagens extremamente estereotipadas, quase beirando o antissemitismo. Esse aspecto do filme já é ruim por si só, mas, além disso, as tentativas de humor, para mim, foram falhas. Tudo bem forçado e sem graça, especialmente os diálogos entre Lisa e Rafi.
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraOscar MUITO merecido pela atuação de Charlize. Dói pensar que foi baseado numa história real :/
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraExcelente! É muito menos sobre as crianças e mais sobre a reação de adultos. Um tema que aflora emoções, mas, como qualquer crime, quem deve investigar e punir são as instituições responsáveis por isso, não a sociedade. Muito bom para refletir sobre isso.
Confissões
4.2 855É uma experiência bem diferente, a começar pelo fato de que
logo de cara os responsáveis pelo crime são revelados
O Mundo Perdido: Jurassic Park
3.5 612 Assista AgoraBem inferior ao primeiro, a ação demora a acontecer e, quando acontece, são cenas rápidas — a maior foi a do trailer, mas também foi a mais chata. Parece que tentaram reconstituir o laço afetivo entre as crianças e os pesquisadores do primeiro filme usando a história de Ian com sua filha e sua namorada, mas não deu certo...
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraNão é meu tipo de filme, mas é inegável que envelheceu muito bem.
Guava Island
4.0 248A performance de "This is America" é simplesmente INCRÍVEL e GENIAL.
É um filme que retrata muito bem a frase "transformar o luto em luta". A dor e o ódio são também sentimentos revolucionários!
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209Fantástico! A começar pelo título, que muito sabiamente estabelece uma intertextualidade com a canção de Chico (que eu não conhecia, aliás, e simplesmente adorei). Muito bom para (re)pensar as relações de trabalho e os impactos da industrialização no cotidiano, especialmente em cidades interioranas como Toritama, ainda mais a partir da perspectiva de quem viveu os períodos pré e pós indústria do jeans na cidade. É nítido que "ser o próprio patrão" e "fazer os próprios horários" são falácias: entrar às 7h, sair às 22h e ter férias somente durante os 7 dias de carnaval, sem férias remuneradas, FGTS, INSS... Quais são, de fato, os benefícios? Mais uma vez, o diálogo com a música que dá nome ao filme faz todo sentido: "eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar". Será que, como Leo, só viveremos nossa alegria no carnaval?
Lída Baarová
3.5 36Temos acesso à narrativa de Lída, o que faz com que a visão de Goebbels seja romantizada e isso é bastante incômodo, afinal, o braço direito de Hitler é retratado como um baixinho apaixonado galanteador — ele ficava com as atrizes da época porque era garanhão ou porque as coagia? Além disso, quando a prisão da atriz é retratada, o tom dramático leva a uma comparação entre nazistas e comunistas, como se fossem dois lados da mesma moeda (a clássica teoria da ferradura) e as coisas não são bem assim, não é mesmo? Por fim, tanto no filme como na vida real, Lída não demonstrou ter se arrependido de seu envolvimento com Goebbels.... Como assim você continua achando o cara que estava por trás da propaganda nazista inteligente e engraçado? Por fim, se considerarmos que ela conseguiu papéis na Itália fascista e quando Mussolini foi morto ela precisou fugir do país, parece que rolava, no mínimo, uma simpatia com regimes autoritaristas...
Pink Floyd - The Wall
4.4 702Acredito que a experiência de assistir ao filme seja muito melhor para quem gosta e acompanha a banda, o que não é meu caso. Ainda assim, a forma como o contexto social exerce influências em nós é muito bem abordada. Além disso, a metáfora do muro é f*da!
A Noviça Rebelde
4.2 801 Assista AgoraAcho que a duração dos atos poderia ter sido distribuída com mais equilíbrio.
Depois do casamento, tudo acontece muito rápido
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraO filme trata de uma temática extremamente importante? Sem dúvidas! No entanto, minhas expectativas foram frustradas, principalmente porque tive a impressão de que mulheres foram mais culpabilizadas do que homens.
Nos minutos iniciais fica aquela impressão de que ela assassina os caras escrotos, até você descobrir que, na verdade, rolava uma conversa e um puxão de orelha. Porém, com Madison e a diretora da universidade, Cassie teve muito menos paciência e optou por colocar ambas no lugar de vítimas de abuso. Mas, pera aí... então a didática, a conversa e a paciência rola com homens, mas as mulheres precisam ser quase submetidas ao trauma de um abuso para "aprenderem a lição"? Se Cassie tivesse aplicado o mesmo castigo aos homens escrotos, o filme seria bem melhor, a meu ver.
No fim, a bela vingança — mas nem tão vingativa assim — foi arquitetar a própria morte para que o abusador de sua amiga fosse preso (aparentemente, somente por assassinato, não por estupro). Nesse sentido, a mensagem é bem desesperançosa: vítimas de abuso terão suas vidas destruídas, enquanto o abusador viverá feliz para sempre, a não ser que cometa algo considerado pior pelo aparato policial e judicial. Sim, eu sei que é o que ocorre na maioria dos casos — vide o caso de Mariana Ferrer e a sentença esdrúxula de "estupro culposo" — porém, no âmbito da ficção, as coisas poderiam ser um pouco mais otimistas, não?
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 215 Assista AgoraEm casa, na escola, no trabalho, no transporte público — em todos os lugares, mulheres se sentem acuadas e sofrem com a desigualdade de gênero. Para além do aborto, o filme aborda microagressões diárias e, como mulher, é impossível não sentir um grande incômodo e desconforto. A situação consegue ser menos pior por retratar um local em que o aborto é legal e seguro, aí você imagina o que meninas-mulheres enfrentam num país como o nosso, cujo direito ao aborto até em casos de abuso sexual é visto com maus olhos.
Concordo com quem diz que faltou um maior aprofundamento na relação das protagonistas, mas, mesmo assim, a empatia, o acolhimento (enfim, a famosa sororidade) foram muito bem construídos e abordados. Fica a mensagem para, enquanto mulheres, nos ajudarmos e apoiarmos. Nós por nós!
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 460 Assista AgoraMuito ruim, a ponto de não conseguir terminar de assistir (e olha que não desisto fácil). Um filme da segunda década dos anos 2000 com a mentalidade lá nos anos 90 ainda. Os povos africanos são ridicularizados e sexualizados. O auge do auge foi a pretendente do filho de Akeem se apresentando com uma música totalmente machista, aí não deu mais pra engolir.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraEu, particularmente, não gosto muito da forma caricata como Hitler foi retratado aqui. Acredito que essa abordagem minimiza um pouco o fato de que o regime nazista era organizado, pensado e pautado numa lógica de perseguição, extermínio e tortura. Me lembra muito aquela frase "não confunda sadismo com loucura", algo que acontece bastante no Brasil contemporâneo. No entanto, entendo a crítica em forma de humor e acho que o filme cumpre o que promete: evidenciar os argumentos bizarros utilizados por regimes autoritaristas. Além de críticas mais nítidas à lavagem cerebral feita especialmente em crianças e jovens, há a abordagem sutil de como a própria população colaborou para a execução de quem era contra o nazismo. Nesse sentido,
a cena em que Jojo se depara com sua mãe morta, em que as casas têm formato de rostos,
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 725 Assista AgoraFIL-MA-ÇO! Tiro, porrada e bomba com roteiro de qualidade e crítica ao contexto político dos EUA. Linda Hamilton entregou TUDO. A saga não é somente sobre John Connor, mas sobre a resistência humana às máquinas. Nesse sentido, souberam criar uma história muito boa a partir do que aconteceu no início do filme.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraCaramba, já tá ficando chato o pessoal (lê-se homens) reclamando de "ideologia feminista" em produções contemporâneas. Só evidencia que não sabem o que é feminismo de fato, porque neste filme não há nada disso - no máximo umas frases de efeito vazias. O real problema aqui foi o roteiro e as resoluções extremamente simplistas. Por exemplo,
era sempre a mesma médica que fornecia os laudos, o mesmo juiz que julgava os casos, a mesma pessoa escolhida para ser a curadora. É óbvio que uma pessoa minimamente inteligente desconfiaria de um golpe, não é mesmo? Além disso, mafiosos extremamente patéticos que resolvem "sequestrar" (porque, em termos legais, era isso) uma idosa EM PLENA LUZ DO DIA e que nem souberam forjar um acidente. Para completar, em que país uma pessoa é dada como indigente após menos de 24 horas? Se o cara era o f*dão da máfia e super procurado, haveria registros dele no sistema policial.
Por Trás da Inocência
1.8 203Atuações sofridamente sofríveis e transições com imagens de árvores e de um lago a cada 10 minutos de filme. Eu só queria ter visto a nota aqui no Filmow antes de assistir a essa porcaria, mas fica aqui a dica de que o "Top 10" da Netflix é escolhido de maneira totalmente arbitrária com o objetivo de empurrar determinados filmes goela abaixo.
O Exterminador do Futuro
3.8 899 Assista AgoraEra fã quando criança e decidi rever (com aquele medo de estragar uma memória boa, mas aceitei o risco). É um filmaço, principalmente considerando a época! Os efeitos especiais conseguem ser melhores que muitos utilizados em filmes mais recentes da franquia, basta comparar o boneco de Schwarzenegger utilizado neste filme com a CGI dele no filme de 2009 e você percebe que a produção dos anos 80 dá de dez a zero!
Em relação à viagem no tempo, o paradoxo de bootstrap foi extremamente bem trabalhado (só eu lembrei de Dark?) e, mais uma vez, lembremos que isso foi nos anos 80 num filme direcionado ao "povão"!
Felizmente reassistindo eu só consegui gostar mais e mais.