De fato, desde a primeira cena sabemos que somente a Malorie será capaz de percorrer o rio até sabe-se lá onde, o que pode incomodar algumas pessoas que acreditam que o mistério do filme é quebrado, pois de antemão sabemos qual será o fim dos demais personagens. Além disso, há também diversas críticas sobre o final não explicativo — afinal, quais eram as temíveis criaturas que invadiram a terra? Quais eram seus objetivos? Por que despertavam nos humanos a vontade de cometer suicídio? Realmente, são vários os questionamentos acerca desses alienígenas, mas acredito que a ausência de explicação deve-se ao fato de sermos colocados na mesma posição da protagonista: ela não tem conhecimento de nada disso e, assim como nós, possui todas essas perguntas. No entanto, mais do que respostas, ela se preocupa em salvar sua vida e também a das crianças. Dessa maneira, o filme consiste em um thriller muito bem construído, cujo objetivo é o de deixar seu espectador curioso e tenso — o que ocorreu comigo. Devido à falta de explicações sobre as criaturas alienígenas, surgiram diversas interpretações psicológicas e filosóficas, relacionadas principalmente a depressão pós-parto, fornecendo um novo sentido, mais metafórico e menos literal, ao filme. Eu, particularmente, prefiro interpretá-lo somente como o retrato de uma invasão alienígena em nosso planeta, apesar de também achar interessante outras perspectivas. O filme também é interessante por proporcionar uma reflexão quanto à visão: até que ponto precisamos ser guiados por esse sentido? E se precisássemos nos adaptar a outras condições, como ocorre no filme?
É extremamente interessante pensar nas relações LGBT+ — no caso deste filme, especialmente as relações lésbicas — há algumas décadas. Neste sentido, a cenografia, o figurino das personagens e até mesmo o estilo vintage da fotografia nos transportam para os anos 50. Possuo apenas comentários positivos em relação à atuação, trilha sonora, ao roteiro e desenvolvimento do filme.
Ao construir a personagem principal como uma lésbica confusa, vários estereótipos problemáticos são reforçados: em primeiro lugar, o de que uma mulher é lésbica até encontrar o "homem certo". Há ainda a questão do apagamento da bissexualidade (ora, se Simone sente-se atraída física e romanticamente por homens e mulheres, ela não é uma lésbica mal resolvida e/ou confusa, e sim uma mulher bissexual). Esse tratamento à sexualidade da protagonista também corrobora a ideia de que a sexualidade é uma espécie de caixa, tornando-se necessário viver para sempre na caixinha da heterossexualidade ou da homossexualidade (já que a bissexualidade não é ao menos considerada no universo do filme). Enfim, são várias as problemáticas em relação ao roteiro e ao desenvolvimento da história...
Acredito que o filme poderia ser muito bom, principalmente por lidar com questões de sexualidade e também de religião, saindo da crítica comum ao cristianismo ao abordar outras religiões e a temática da homo/bissexualidade e de relações interraciais. Infelizmente, cagaram com a coisa toda.
Acredito que eu estaria exagerando ao classificar o filme como ruim. O roteiro é simples e o desenrolar dos acontecimentos também, mas o filme é agradável e não chega a ser enfadonho. Eu, particularmente, gosto da mistura de gêneros, e os cortes com estilo mais documental (quando as personagens comentam sobre suas primeiras experiências sexuais) se encaixaram no filme de uma maneira interessante, aproximando-nos à trama e ao tema abordados - o orgasmo (especialmente o feminino). A melhor palavra para definir este filme, na minha opinião, realmente é "simples". Pelo fato de tratar de uma questão que até os dias de hoje é vista como um tabu, Jenée LaMarque deve ser parabenizada por sua direção e seu roteiro. Com exceção da personagem totalmente estereotipada, Helen, as atuações são boas e as personagens que compõem o casal principal conseguiram transmitir uma boa química entre ambas.
A crítica que o filme traz é pertinente, mas, de maneira geral, achei a execução um pouco fraca. Não que os atores sejam ruins, mas nesse filme a questão da atuação deixou a desejar: em toda cena de estresse, todo personagem se levanta da mesa com um tapa estrondoso, uma ação extremamente forçada. Os choros, os gritos, as brigas... Tudo tem um quê de exagero que acaba sendo incômodo.
Além disso, há a tentativa de acrescentar um elemento místico, com toda a história do eclipse de sangue, que, na minha opinião, não deu muito certo... Talvez, se esse elemento fosse mais explorado, daria mais certo, mas a impressão causada foi a de que isso só foi adicionado para que o final fosse mais fechado e, de certo modo, feliz e satisfatório. O fato de nada daquilo ter acontecido e de Eva ter retornado à mesa sorrindo, feliz causou a sensação de que é preferível viver de aparências em vez de descobrir uma verdade catastrófica, como ocorreria com a exposição dos casos de traição, homossexualidade, desemprego, etc. que foram revelados ao longo da trama. Talvez um final desastroso fosse melhor para manter o criticismo que o filme impõe com a brincadeira dos celulares.
De todo modo, é um bom filme para passar o tempo e pensar um pouco sobre nossa relação com a tecnologia e os segredos que podem surgir disso.
Quem já teve problemas relacionados à própria imagem, principalmente por conta dos cabelos, vai se identificar muito com esse filme, reconhecer alguns comportamentos da personagem e até mesmo repensar algumas coisas. Incrível, incrível e incrível! É um filme simples e muito didático sobre a dificuldade que pessoas que não têm o cabelo liso enfrentam diariamente. Talvez por conta dessa simplicidade algumas pessoas achem o filme "bobo", mas essa é uma coisa que com certeza o filme não é. Realmente o roteiro poderia ser um pouco melhor, mas acredito que, nesse caso, a mensagem transmitida é o mais importante.
Adorei o modo como abordaram questões relacionadas à física utilizando um assunto que nos rodeia tanto: o amor. Vale pesquisar sobre alguns conceitos da termodinâmica antes, para que seja mais fácil de entender algumas coisas. A proposta de misturar os gêneros documentário e romance/drama me agradou muito, resultou em um filme divertido e didático. Ao final do filme, fiquei com o seguinte pensamento: por que não aprendemos física com coisas mais simples e cotidianas assim?
Achei o personagem não muito bem desenvolvido, talvez por sua construção ser baseada em um clichê: um escritor que, para sua idade, é aparentemente um garanhão. Frustrado com sua escrita, precisa basear suas estórias na vida de quem os cerca... Até aí, nada de muito surpreendente no mundo cinematográfico.
A proposta de entrecruzar histórias de pessoas totalmente desconhecidas me lembrou bastante o filme Magnólia. A que mais me agradou em particular foi a protagonizada por James Franco (que, pela primeira vez, me surpreendeu positivamente com sua atuação) e Mila Kunis. As outras duas, para mim, deixaram um pouco a desejar. Principalmente o caso envolvendo a cigana Monica e o estrangeiro Sean... Faltou algo que amarrasse as personagens, que desse mais sentido ao envolvimento tão repentino entre ambos. Contudo, a narrativa entre os dois tem plot twists muito bons e uma das cenas mais lindas do filme é protagonizada por ambos: a montagem da cena em que os dois se beijam na cama do hotel é esteticamente incrível. Por ter um desenvolvimento um pouco lento, às vezes torna-se cansativo continuar assistindo o filme, mas, ainda com seus contrapontos, eu o recomendaria. O final, para mim, compensou alguns pontos negativos...
Ainda estou tentando entender se interpretei da maneira correta, mas me parece que as outras duas histórias não passam de uma ficção criada por Michael, que tenta reinventar um acidente que aconteceu com seu filho através de diferentes personagens (o elo que liga a história de todos é uma negligencia com filhos...). A única dúvida que não me restou é que o Michael, além de um escritor pedante, é um tremendo canalha com sua esposa e sua amante hahah
Conseguiram hackear o jogo com muita facilidade, tudo deu certo muito rápido e todos ficaram felizes em um passo de mágica.... Um desfecho forçadíssimo e previsível. Quanto ao resto da trama, não é nada demais, um típico filme com problemas de adolescentes brancos e americanos.
Repetindo: não é ruim, o problema abordado e a mensagem que o filme tenta passar são relevantes, mas a execução poderia ter sido mais elaborada.
Um típico coming of age que foca bastante na relação entre mãe e filha, o que não quer dizer que o filme é ruim, apenas não faz jus à repercussão toda que algumas pessoas causaram em torno da obra. Eu gostei da história, a Lady Bird pode ser irritante em muitas vezes, mas ela é uma adolescente passando por problemas típicos dessa fase que, no momento, transmitem a sensação de "ai meu deus, eu vou morrer". O filme me causou uma nostalgia gostosa e me lembrei bastante de algumas situações dos meu 15-17 anos. Em suma, gostei bastante do filme.
Um filme americano que retrata personagens da Somália utilizando a língua falada no país e com atores negros, fugindo da ideia comumente difundida de que em todos os lugares do mundo as pessoas falam inglês e são brancas. Na minha opinião, essa representação mais realística é um ponto extremamente positivo e deve ser evidenciado. Gostei muito das atuações, do enredo e do desenrolar da trama.
O filme aborda a chegada de extraterrestres a partir de uma perspectiva diferenciada: o foco concentra-se na comunicação, a princípio, e não no extermínio imediato do desconhecido. Além disso, a representação dos seres intergalácticos diferencia-se do usual homenzinho verde e cabeçudo com antenas, algo que também é inusitado.
Acredito que a questão envolvendo a linguagem poderia ter sido melhor explorada a partir de meados do filme, ao invés de o foco recair sobre a Dra. Louise e sua filha. Nesse sentido, devo concordar com alguns comentários afirmando que o sci-fi tornou-se um drama sobre maternidade — o que, em minha opinião, não tornou o filme ruim, mas mudou seu foco.
A obra proporciona reflexões interessantes sobre a linguagem e, principalmente, sua relação com o modo como percebemos e interpretamos o mundo. É um bom filme para aqueles que se interessam por questões que envolvem comunicação e instiga a curiosidade sobre esse tema!
Gostei muito da escolha do elenco. Assisti a outros filmes — majoritariamente romances e dramas — com os protagonistas e me surpreendi positivamente com a atuação de todos. Em minha opinião, a obra consegue transmitir uma sensação constante de incômodo e gera reflexões diversificadas sobre as relações de poder.
Após assistir ao filme, fiquei com a sensação de perda de tempo. Depois, ao procurar resenhas críticas e ler outras opiniões, mudei minha visão da obra. O que ocorre é que, apesar de o tema canibalismo ser abordado, este não é o foco. Em minha opinião, trata-se de um filme que acompanha o desenvolvimento da personagem, a passagem da adolescência para a fase adulta — o ingresso na universidade, o afloramento sexual, a tomada de decisões próprias, enfim, etapas experienciadas pela protagonista. Em termos literários, assemelha-se a um romance de formação. O canibalismo seria então uma alegoria — sobre o quê? Eu sinceramente ainda estou pensando sobre isso. Não chega a ser um filme de terror, mas sim um drama com recursos de terror psicológico. Acho importante ressaltar a beleza de determinadas cenas e o sentimento de curiosidade e repulsa que o filme consegue despertar.
Um filme que explora relações verdadeiras e reais, além da passagem do tempo, a durabilidade e a complexidade do amor, família... O questionamento que fica é: por que não assisti essa trilogia antes?!
Em suma: um filme sobre solidão. Ler sobre a relação entre os filmes "Her" e "Lost in Translation" mudou minha visão quanto às duas produções. Recomendo a pesquisa para quem tiver curiosidade.
Gostei do filme, acredito que conseguiram explorar a temática da superpopulação de um jeito não clichê. Impossível não comparar o trabalho de Noomi Rapace com o de Tatiana Maslany em Orphan Black. A princípio, a atuação de Noomi me pareceu pouco convincente, como se a atriz não desse conta de interpretar sete personagens diferentes, porém, no fim do filme, concluí que a construção das personagens atrapalhou o desenvolvimento da atriz. Optaram por figuras arquetípicas — a irmã loira, sensual; a nerd; a centrada; a revoltada, etc. — o que, a meu ver, não permitiu a atriz atingir seu melhor desempenho. No entanto, Noomi ainda deve ser prestigiada por sua interpretação. Gostei do enredo e do modo como este foi desenvolvido até certo ponto, mas o final não atendeu às minhas expectativas. Achei um pouco apelativo à ideia de "família". Senti que o motivo desencadeador da trama foi desconsiderado para dar um toque de "final feliz" ao filme.
A premissa do filme é interessante, mas foi mal desenvolvida. Fiquei com a sensação de "perdi meu tempo" quando o filme acabou. Pelo visto, é um caso de 8 ou 80, ou você acha magnífico, ou detesta.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraApós o enorme hype criado em torno desse filme, o público ficou dividido entre amá-lo ou odiá-lo. Nem 8, nem 80, é simplesmente um bom filme.
De fato, desde a primeira cena sabemos que somente a Malorie será capaz de percorrer o rio até sabe-se lá onde, o que pode incomodar algumas pessoas que acreditam que o mistério do filme é quebrado, pois de antemão sabemos qual será o fim dos demais personagens. Além disso, há também diversas críticas sobre o final não explicativo — afinal, quais eram as temíveis criaturas que invadiram a terra? Quais eram seus objetivos? Por que despertavam nos humanos a vontade de cometer suicídio? Realmente, são vários os questionamentos acerca desses alienígenas, mas acredito que a ausência de explicação deve-se ao fato de sermos colocados na mesma posição da protagonista: ela não tem conhecimento de nada disso e, assim como nós, possui todas essas perguntas. No entanto, mais do que respostas, ela se preocupa em salvar sua vida e também a das crianças. Dessa maneira, o filme consiste em um thriller muito bem construído, cujo objetivo é o de deixar seu espectador curioso e tenso — o que ocorreu comigo.
Devido à falta de explicações sobre as criaturas alienígenas, surgiram diversas interpretações psicológicas e filosóficas, relacionadas principalmente a depressão pós-parto, fornecendo um novo sentido, mais metafórico e menos literal, ao filme.
Eu, particularmente, prefiro interpretá-lo somente como o retrato de uma invasão alienígena em nosso planeta, apesar de também achar interessante outras perspectivas.
O filme também é interessante por proporcionar uma reflexão quanto à visão: até que ponto precisamos ser guiados por esse sentido? E se precisássemos nos adaptar a outras condições, como ocorre no filme?
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraÉ extremamente interessante pensar nas relações LGBT+ — no caso deste filme, especialmente as relações lésbicas — há algumas décadas. Neste sentido, a cenografia, o figurino das personagens e até mesmo o estilo vintage da fotografia nos transportam para os anos 50. Possuo apenas comentários positivos em relação à atuação, trilha sonora, ao roteiro e desenvolvimento do filme.
Um comentário final: FINALMENTE UM FILME EM QUE O CASAL LÉSBICO CONSEGUE FICAR JUNTO NO FIM!
Gostos e Cores
2.5 83 Assista AgoraO filme seria mais interessante caso abordasse a bissexualidade e o poliamor de modo mais evidente e com seriedade.
Ao construir a personagem principal como uma lésbica confusa, vários estereótipos problemáticos são reforçados: em primeiro lugar, o de que uma mulher é lésbica até encontrar o "homem certo". Há ainda a questão do apagamento da bissexualidade (ora, se Simone sente-se atraída física e romanticamente por homens e mulheres, ela não é uma lésbica mal resolvida e/ou confusa, e sim uma mulher bissexual). Esse tratamento à sexualidade da protagonista também corrobora a ideia de que a sexualidade é uma espécie de caixa, tornando-se necessário viver para sempre na caixinha da heterossexualidade ou da homossexualidade (já que a bissexualidade não é ao menos considerada no universo do filme). Enfim, são várias as problemáticas em relação ao roteiro e ao desenvolvimento da história...
Acredito que o filme poderia ser muito bom, principalmente por lidar com questões de sexualidade e também de religião, saindo da crítica comum ao cristianismo ao abordar outras religiões e a temática da homo/bissexualidade e de relações interraciais. Infelizmente, cagaram com a coisa toda.
The Feels
3.0 58Acredito que eu estaria exagerando ao classificar o filme como ruim. O roteiro é simples e o desenrolar dos acontecimentos também, mas o filme é agradável e não chega a ser enfadonho.
Eu, particularmente, gosto da mistura de gêneros, e os cortes com estilo mais documental (quando as personagens comentam sobre suas primeiras experiências sexuais) se encaixaram no filme de uma maneira interessante, aproximando-nos à trama e ao tema abordados - o orgasmo (especialmente o feminino).
A melhor palavra para definir este filme, na minha opinião, realmente é "simples". Pelo fato de tratar de uma questão que até os dias de hoje é vista como um tabu, Jenée LaMarque deve ser parabenizada por sua direção e seu roteiro.
Com exceção da personagem totalmente estereotipada, Helen, as atuações são boas e as personagens que compõem o casal principal conseguiram transmitir uma boa química entre ambas.
Perfeitos Desconhecidos
3.4 193A crítica que o filme traz é pertinente, mas, de maneira geral, achei a execução um pouco fraca. Não que os atores sejam ruins, mas nesse filme a questão da atuação deixou a desejar: em toda cena de estresse, todo personagem se levanta da mesa com um tapa estrondoso, uma ação extremamente forçada. Os choros, os gritos, as brigas... Tudo tem um quê de exagero que acaba sendo incômodo.
Além disso, há a tentativa de acrescentar um elemento místico, com toda a história do eclipse de sangue, que, na minha opinião, não deu muito certo... Talvez, se esse elemento fosse mais explorado, daria mais certo, mas a impressão causada foi a de que isso só foi adicionado para que o final fosse mais fechado e, de certo modo, feliz e satisfatório. O fato de nada daquilo ter acontecido e de Eva ter retornado à mesa sorrindo, feliz causou a sensação de que é preferível viver de aparências em vez de descobrir uma verdade catastrófica, como ocorreria com a exposição dos casos de traição, homossexualidade, desemprego, etc. que foram revelados ao longo da trama. Talvez um final desastroso fosse melhor para manter o criticismo que o filme impõe com a brincadeira dos celulares.
Felicidade Por Um Fio
3.8 465 Assista AgoraQuem já teve problemas relacionados à própria imagem, principalmente por conta dos cabelos, vai se identificar muito com esse filme, reconhecer alguns comportamentos da personagem e até mesmo repensar algumas coisas. Incrível, incrível e incrível! É um filme simples e muito didático sobre a dificuldade que pessoas que não têm o cabelo liso enfrentam diariamente. Talvez por conta dessa simplicidade algumas pessoas achem o filme "bobo", mas essa é uma coisa que com certeza o filme não é. Realmente o roteiro poderia ser um pouco melhor, mas acredito que, nesse caso, a mensagem transmitida é o mais importante.
As Leis da Termodinâmica
3.2 56 Assista AgoraAdorei o modo como abordaram questões relacionadas à física utilizando um assunto que nos rodeia tanto: o amor. Vale pesquisar sobre alguns conceitos da termodinâmica antes, para que seja mais fácil de entender algumas coisas.
A proposta de misturar os gêneros documentário e romance/drama me agradou muito, resultou em um filme divertido e didático. Ao final do filme, fiquei com o seguinte pensamento: por que não aprendemos física com coisas mais simples e cotidianas assim?
Terceira Pessoa
3.3 200 Assista AgoraComecei a assistir o filme pela presença de Liam Neeson no elenco, pois nunca havia visto o ator em filmes que não fossem de ação-pancadaria.
Achei o personagem não muito bem desenvolvido, talvez por sua construção ser baseada em um clichê: um escritor que, para sua idade, é aparentemente um garanhão. Frustrado com sua escrita, precisa basear suas estórias na vida de quem os cerca... Até aí, nada de muito surpreendente no mundo cinematográfico.
A proposta de entrecruzar histórias de pessoas totalmente desconhecidas me lembrou bastante o filme Magnólia. A que mais me agradou em particular foi a protagonizada por James Franco (que, pela primeira vez, me surpreendeu positivamente com sua atuação) e Mila Kunis. As outras duas, para mim, deixaram um pouco a desejar. Principalmente o caso envolvendo a cigana Monica e o estrangeiro Sean... Faltou algo que amarrasse as personagens, que desse mais sentido ao envolvimento tão repentino entre ambos. Contudo, a narrativa entre os dois tem plot twists muito bons e uma das cenas mais lindas do filme é protagonizada por ambos: a montagem da cena em que os dois se beijam na cama do hotel é esteticamente incrível.
Por ter um desenvolvimento um pouco lento, às vezes torna-se cansativo continuar assistindo o filme, mas, ainda com seus contrapontos, eu o recomendaria.
O final, para mim, compensou alguns pontos negativos...
Ainda estou tentando entender se interpretei da maneira correta, mas me parece que as outras duas histórias não passam de uma ficção criada por Michael, que tenta reinventar um acidente que aconteceu com seu filho através de diferentes personagens (o elo que liga a história de todos é uma negligencia com filhos...). A única dúvida que não me restou é que o Michael, além de um escritor pedante, é um tremendo canalha com sua esposa e sua amante hahah
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraO filme não é ruim, mas o final deixa a desejar (e muito, na minha opinião).
Conseguiram hackear o jogo com muita facilidade, tudo deu certo muito rápido e todos ficaram felizes em um passo de mágica.... Um desfecho forçadíssimo e previsível. Quanto ao resto da trama, não é nada demais, um típico filme com problemas de adolescentes brancos e americanos.
Repetindo: não é ruim, o problema abordado e a mensagem que o filme tenta passar são relevantes, mas a execução poderia ter sido mais elaborada.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraUm típico coming of age que foca bastante na relação entre mãe e filha, o que não quer dizer que o filme é ruim, apenas não faz jus à repercussão toda que algumas pessoas causaram em torno da obra.
Eu gostei da história, a Lady Bird pode ser irritante em muitas vezes, mas ela é uma adolescente passando por problemas típicos dessa fase que, no momento, transmitem a sensação de "ai meu deus, eu vou morrer". O filme me causou uma nostalgia gostosa e me lembrei bastante de algumas situações dos meu 15-17 anos. Em suma, gostei bastante do filme.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraUm filme americano que retrata personagens da Somália utilizando a língua falada no país e com atores negros, fugindo da ideia comumente difundida de que em todos os lugares do mundo as pessoas falam inglês e são brancas. Na minha opinião, essa representação mais realística é um ponto extremamente positivo e deve ser evidenciado. Gostei muito das atuações, do enredo e do desenrolar da trama.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraO filme aborda a chegada de extraterrestres a partir de uma perspectiva diferenciada: o foco concentra-se na comunicação, a princípio, e não no extermínio imediato do desconhecido. Além disso, a representação dos seres intergalácticos diferencia-se do usual homenzinho verde e cabeçudo com antenas, algo que também é inusitado.
Acredito que a questão envolvendo a linguagem poderia ter sido melhor explorada a partir de meados do filme, ao invés de o foco recair sobre a Dra. Louise e sua filha. Nesse sentido, devo concordar com alguns comentários afirmando que o sci-fi tornou-se um drama sobre maternidade — o que, em minha opinião, não tornou o filme ruim, mas mudou seu foco.
A obra proporciona reflexões interessantes sobre a linguagem e, principalmente, sua relação com o modo como percebemos e interpretamos o mundo. É um bom filme para aqueles que se interessam por questões que envolvem comunicação e instiga a curiosidade sobre esse tema!
O Experimento de Aprisionamento de Stanford
3.8 332 Assista AgoraGostei muito da escolha do elenco. Assisti a outros filmes — majoritariamente romances e dramas — com os protagonistas e me surpreendi positivamente com a atuação de todos.
Em minha opinião, a obra consegue transmitir uma sensação constante de incômodo e gera reflexões diversificadas sobre as relações de poder.
Grave
3.4 1,1KApós assistir ao filme, fiquei com a sensação de perda de tempo. Depois, ao procurar resenhas críticas e ler outras opiniões, mudei minha visão da obra. O que ocorre é que, apesar de o tema canibalismo ser abordado, este não é o foco.
Em minha opinião, trata-se de um filme que acompanha o desenvolvimento da personagem, a passagem da adolescência para a fase adulta — o ingresso na universidade, o afloramento sexual, a tomada de decisões próprias, enfim, etapas experienciadas pela protagonista. Em termos literários, assemelha-se a um romance de formação. O canibalismo seria então uma alegoria — sobre o quê? Eu sinceramente ainda estou pensando sobre isso. Não chega a ser um filme de terror, mas sim um drama com recursos de terror psicológico.
Acho importante ressaltar a beleza de determinadas cenas e o sentimento de curiosidade e repulsa que o filme consegue despertar.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraUm filme que explora relações verdadeiras e reais, além da passagem do tempo, a durabilidade e a complexidade do amor, família...
O questionamento que fica é: por que não assisti essa trilogia antes?!
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraDiálogos incríveis, os atores são excelentes e transmitem muito bem o amadurecimento das personagens. Filme lindo!
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraEm suma: um filme sobre solidão.
Ler sobre a relação entre os filmes "Her" e "Lost in Translation" mudou minha visão quanto às duas produções. Recomendo a pesquisa para quem tiver curiosidade.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraGostei do filme, acredito que conseguiram explorar a temática da superpopulação de um jeito não clichê. Impossível não comparar o trabalho de Noomi Rapace com o de Tatiana Maslany em Orphan Black. A princípio, a atuação de Noomi me pareceu pouco convincente, como se a atriz não desse conta de interpretar sete personagens diferentes, porém, no fim do filme, concluí que a construção das personagens atrapalhou o desenvolvimento da atriz. Optaram por figuras arquetípicas — a irmã loira, sensual; a nerd; a centrada; a revoltada, etc. — o que, a meu ver, não permitiu a atriz atingir seu melhor desempenho. No entanto, Noomi ainda deve ser prestigiada por sua interpretação.
Gostei do enredo e do modo como este foi desenvolvido até certo ponto, mas o final não atendeu às minhas expectativas. Achei um pouco apelativo à ideia de "família". Senti que o motivo desencadeador da trama foi desconsiderado para dar um toque de "final feliz" ao filme.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraA premissa do filme é interessante, mas foi mal desenvolvida. Fiquei com a sensação de "perdi meu tempo" quando o filme acabou. Pelo visto, é um caso de 8 ou 80, ou você acha magnífico, ou detesta.