Começando com uma opinião que pode ser impopular: não entendi as comparações com Parasita. Ambos os filmes possuem patrões filhos da p***, mas os personagens serviçais são BEM diferentes. A comparação é só por se tratarem de dois filmes asiáticos? A metáfora do galinheiro é muito boa e, infelizmente, real. O retrato de como a classe trabalhadora internaliza que gosta de servir e vive em conflito com esse sentimento é muito fidedigno. "Há somente duas maneiras de se chegar ao topo, o crime ou a política" quem nunca ouviu essa frase ao menos uma vez vivendo no Brasil?! Não por acaso Balram comenta várias vezes sobre como a "maior democracia do mundo" falhou. Onde seus patrões "bonzinhos" estudaram mesmo? Para onde queriam voltar? Justamente a "maior democracia", que, convenhamos, não é muito diferente do que é retratado ao longo do filme em termos de embates de classe. Cabe, então, o questionamento: para quem essa aparente democracia deu certo? E lembremos que a nossa vai de mal a pior... Se o final fosse mais elaborado, a nota poderia ser maior... Mas é um ótimo filme!
Os primeiros 40 minutos são bem ruins. Tipo.... muito mesmo (precisei acelerar porque não aguentava mais). Mas depois fica surpreendentemente bom. Se colocassem esse filme no lugar do Proerd, o combate às drogas seria muito mais eficaz hahahah
Prefiro fingir que os últimos 30 minutos não aconteceram e que o título do filme é puramente metafórico, porque realmente não tinha necessidade daquela história toda.
Muito interessante refletir sobre a premissa do filme: a necessidade de pintar um retrato para que um casamento ocorra. Em tempos de Tinder, com a possibilidade de simplesmente upar algumas fotos, pensar sobre a dinâmica de outros tempos é curioso. Sem mencionar que a pintura era em si um privilégio de pessoas mais ricas — quem não podia pagar não tinha seu rosto eternizado em um quadro. Reflexões à parte, a fotografia é realmente belíssima.
Depois de refletir bastante e ler opiniões contrárias às minhas (com as quais também concordo em partes), acho que um dos grandes problemas foi a forma como o filme foi anunciado: uma comédia romântica fofinha e clichê.
Na verdade, a história é principalmente sobre a dor de estar no armário, e é uma dor sentida por ambas as partes de um relacionamento (quem já esteve nessa situação sabe bem). O Natal é um pano de fundo, mas poderia muito bem ser qualquer outra celebração, ou simplesmente um jantar. Nesse sentido, criaram o hype errado em torno do filme, o que acabou quebrando as expectativas de muita gente. Outro ponto é que temos acesso à perspectiva de Abby, quando, na verdade, o destaque deveria ser equilibrado entre as duas partes do casal. Como a personagem de Harper é mal desenvolvida, há a impressão de que ela está super confortável em ainda estar no armário, como se fingir uma atração pelo ex-namorado não a incomodasse também. Acompanhamos de perto a dor de Abby ao ser deixada de lado, humilhada, escondida, enquanto Harper é quase colocada num lugar de vilã (se existe algum vilão no filme, com certeza é a família e o entorno preconceituoso, não a pessoa que está lutando para viver sua identidade — e eu não estou passando pano para a Harper, concordo que ela teve atitudes extremamente problemáticas que me deram muita raiva).
Por fim, não posso deixar de mencionar alguns comentários que li sobre a atuação de Kristen. Acho que quem ainda reclama e a compara com a época de Crepúsculo faz isso por pura birra. Ela entregou a sapatão de terninho que todo mundo queria ver e foi muito boa. Ponto. Enfim, é óbvio que devemos ter um olhar crítico ao filme, mas dou 5 estrelas pela representatividade que a diretora e o elenco entregaram. E que sirva de motivação para que mais produções LGBTQ+ sejam financiadas <3
Atuações sofríveis, principalmente a do protagonista. Achei a trilha sonora super nada a ver com o enredo, tanto que chega a ser engraçado. O que salva são algumas cenas de pancadaria e só, mas nada que valha uma hora e meia.
Você sabe que o filme é bom quando dá play antes de dormir, já com sono e fica totalmente desperta depois de 05 minutos! Tensão e suspense muito bem construídos ao longo da narrativa, tudo indica que há algo de estranho na atmosfera e, mesmo assim, é difícil identificar exatamente o quê.
É um bom filme. Assisti quando criança e me borrei de medo hahaah revi depois de anos e achei muito bom se for levar em consideração a época em que foi produzido — até dá para relevar o papel estereotipado do casal transudo e as obviedades. Meia hora a menos poderia tornar o filme melhor ainda... Ainda assim, recomendo.
É um filme que se propõe a ser sério — e talvez até fosse na época em que foi produzido — mas acaba funcionando como uma espécie de comédia por conta da infantilidade das personagens. Fica mais engraçado ainda por mostrar que a vertente feminista retratada no filme continua com a mesma abordagem um tanto superficial e pouco prática.
Falo com tranquilidade: este é um dos melhores filmes sáficos. Tem comédia, crítica e com aquele final que deixa o coração quentinho <3 Para quem quiser assistir atualmente, baixem o app Stremio (tem para PC e celular).
Como dizem por aí, há atores e há quem leia as falas. A cena do casamento demonstrou bem isso. Infelizmente, o discurso de Juliano não emocionou nem um pouco — e olha que o filme gira em torno desse acontecimento. Por mais que seja uma comédia, o clímax estava todo ali, em uma cena mais dramática, e foi mal aproveitado.
Muito bacanas as análises mais simbólicas e que levam em consideração o tema da intensidade... Mas, se o foco realmente fosse esse, por que não um casal hétero como protagonista? Pra mim, soou como a junção de diversos estereótipos sobre mulheres e lésbicas, principalmente estes: 1. Lésbicas também são professoras, atendentes, médicas, advogadas, vendedoras, cabeleireiras, apresentadoras... Mas, como sempre, precisa ser um casal de artistas, né? E nunca artistas bem-sucedidas... Já tá aí um estereótipo que me irrita profundamente. 2. Lésbicas transam o dia todo. Na moral, qual a necessidade de transar a cada 1h? Essa ideia soou o apito "DIRIGIDO POR UM HOMEM", porque foi totalmente fetichista e irreal (xerecas são sensíveis, tá bem?). 3. Lésbicas tem mommy issues e, de alguma forma, transpõem isso para seus relacionamentos. Como se mães narcisistas ou problemáticas de alguma maneira contribuíssem para que a filha seja lésbica (e uma lésbica filha da p*ta) que busca a aprovação materna que não teve durante a infância em seus relacionamentos.
Será que é tão difícil produzir um filme em que personagens sejam lésbicas e PONTO FINAL? Todos os filmes protagonizados por lésbicas precisam ser sobre relacionamentos (e relacionamentos estranhos, problemáticos, tóxicos)? Sinceramente, já estou exausta disso.
Sobre o filme em si: não gostei das atuações. Nima não é honesta demais, é sem educação, e sempre com aquela cara de quem comeu e não gostou. A intérprete de Sergio nitidamente estava ali pra ser um rostinho bonito: atuação fraquíssima (só fazia duas expressões faciais). A proposta do filme, aparentemente, é se aprofundar em relações, mas achei tudo bem raso: "Hey, vamos transar loucamente e conversar sobre coisas aleatórias porque precisamos provar algo para nós mesmas".
"A Coca-Cola é socialista?" HAHAHAHAHHAH No fim, entendi que todas as mentiras tinham mais a ver com o Alex que com sua mãe. Obviamente a motivação foi o estado de saúde dela, mas, aos poucos, quem realmente queria evitar a verdade era ele. E, ao menos em seu entorno, Alex buscou recriar os acontecimentos históricos à sua maneira.
Como já comentaram aqui no Filmow, esse filme acabou criando uma "guerra" entre os cults e os não-cults. De um lado, estes dizem "que filme horrível, chato, não entendi o hype"; os cults, por sua vez, argumentam "como assim você não gostou desse filme? senta aqui que vou explicar". São dois tipos de personalidades impositivas e, sinceramente, chatas. Mas o fato é que o filme me fez pensar sobre isso: tá tudo bem não entender um filme assim que ele acaba. Esse é o tipo de filme que você precisa refletir, e você não é burra por isso. Acho que nos acostumamos tanto com filmes autoexplicativos que, se não entendemos o que está acontecendo após meia hora, ficamos impacientes, nos sentimos burras... E, muitas vezes, nos recusamos a buscar por alguma interpretação porque isso irá ferir nosso orgulho cinéfilo. Enfim, eu não entendi o filme. Precisei, sim, procurar por outras interpretações. E tá tudo bem. E, gente, os diálogos são extremamente densos e com diversas referências literárias, às artes visuais... Acho que cabe a quem quiser se aprofundar um pouco no filme também pesquisar sobre. Assistir a um filme também envolve sair da zona de conforto, pesquisar... E tá tudo bem. Não somos burras por isso.
O que mais me choca quando assisto a produções que retratam comunidades ultraortodoxas é observar como crianças são tidas como propriedades da comunidade, mais especificamente dos homens. O papel da mulher é reduzido totalmente ao ato de gestar e cuidar de um ser que ela deve entregar (às vezes simbólica, às vezes literalmente, como ocorre no documentário) a outrem. E, no Brasil, dias após a repercussão gigantesca de uma criança de 10 anos que precisou realizar um aborto por conta de um abuso sexual, observamos exatamente a mesmíssima lógica em uma sociedade teoricamente mais democrática e laica. Pessoas argumentando contra o aborto neste caso que mencionei por enxergarem que o bebê, fruto do estupro, pertence ao Estado, à comunidade. É doentia essa perspectiva de que mulheres devem ser obrigadas a passar por todo um processo de gestação porque seu filho/sua filha é uma propriedade pertencente à comunidade externa. Diante disso tudo, me pergunto: somos realmente tão 'superiores' assim? Me parece que vivemos sob um regime fundamentalista ainda pior, pois ainda nem fazemos ideia disso... Nem mesmo o primeiro passo, ou seja, a tomada de consciência, demos ainda.
Vi há quatro dias e ainda não consegui parar de escutar compulsivamente à música "Quizás, Quizás, Quizás". Os figurinos são elegantérrimos e a trilha sonora, composta por somente duas músicas, foi muito bem utilizada. Achei o ritmo um pouquinho arrastado e isso me desagradou, porém não seria possível o filme ser mais curto, a meu ver. É engraçado notar como os parceiros de Su e Chow os traem quase que descaradamente, enquanto os dois precisam se vigiar e manter em segredo o tempo todo.
Atuações im-pe-cá-veis, principalmente dos atores mirins! É extremamente importante lembrarmos que a cor vermelha simboliza a paixão e, etimologicamente, paixão significa sofrimento. Desse modo, a cor vermelha foi utilizada com extrema precisão em cada cena, principalmente naquelas que envolviam Kevin e sua mãe. O que me desagrada bastante em relação ao filme é a explicação psicanalítica que algumas pessoas utilizam a fim de entender o comportamento de Kevin. Observo muitas pessoas argumentando que a psicopatia de Kevin foi uma consequência da falta de afeto por parte de Eva, bem como o fato de a gravidez ter sido indesejada pela mãe. Essa justificativa, por mais que seja embasada teoricamente pelos trabalhos de Melanie Klein, culpabiliza somente a mulher pelos cuidados com a prole. Vemos, ao longo de todo o filme, uma relação construída de maneira extremamente superficial entre Kevin e seu pai. Então, pergunto: por que a figura paterna não é considerada também como um fator de influência na psique de Kevin? Prefiro analisar o filme sob a ótica da depressão pós-parto e responsabilização da figura materna. Afinal, o pai também falhou, e muito, ao achar que passar algumas horinhas brincando o filho seria o suficiente. Com essa postura, o personagem deixou de se atentar não somente a seu filho, mas também à esposa.
Estranhei os flashbacks com os atores velhos e, a princípio, achei que foi desleixo da produção. Depois, comecei a entender que o objetivo era o de demonstrar que a guerra não se tratava apenas de uma recordação, mas de algo que ainda não havia acabado para todos aqueles homens. A trilha sonora é simplesmente sensacional, e as referências a importantes personalidades negras da música, das artes, entre outros âmbitos, enriqueceram muito o filme. Não acho que houve uma rivalidade alimentada entre os negros e os vietnamitas, mas que um dos propósitos foi o de demonstrar como ambas as populações foram alvo da política de guerra norte-americana. Um ponto negativo, para mim, foi a duração do filme — acabou ficando cansativo por ser longo demais. Além disso, a abordagem do TEPT por meio da narrativa de Paul foi um tanto problemática. Por ser um assunto delicado, acho que uma abordagem mais profunda deveria ter sido empreendia, em vez de retratar uma personalidade surtada de maneira caricata.
Tive a sensação de não ter entendido algumas situações, principalmente piadas, por desconhecimento da cultura italiana — assisti pela primeira vez, há alguns anos, em uma sessão promovida pela associação italiana de minha cidade e notei que os ragazzos e ragazzas riram de uma maneira diferente em algumas cenas, como se tivesse algo subentendido. Mesmo assim, achei um bom filme e ri bastante. As atuações são um pouco caricatas e foi justamente essa característica que me fez rir, porém algumas pessoas podem não gostar por acharem um humor "forçado".
O Tigre Branco
3.8 403 Assista AgoraComeçando com uma opinião que pode ser impopular: não entendi as comparações com Parasita. Ambos os filmes possuem patrões filhos da p***, mas os personagens serviçais são BEM diferentes. A comparação é só por se tratarem de dois filmes asiáticos?
A metáfora do galinheiro é muito boa e, infelizmente, real. O retrato de como a classe trabalhadora internaliza que gosta de servir e vive em conflito com esse sentimento é muito fidedigno.
"Há somente duas maneiras de se chegar ao topo, o crime ou a política" quem nunca ouviu essa frase ao menos uma vez vivendo no Brasil?!
Não por acaso Balram comenta várias vezes sobre como a "maior democracia do mundo" falhou. Onde seus patrões "bonzinhos" estudaram mesmo? Para onde queriam voltar? Justamente a "maior democracia", que, convenhamos, não é muito diferente do que é retratado ao longo do filme em termos de embates de classe. Cabe, então, o questionamento: para quem essa aparente democracia deu certo? E lembremos que a nossa vai de mal a pior...
Se o final fosse mais elaborado, a nota poderia ser maior... Mas é um ótimo filme!
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraOs primeiros 40 minutos são bem ruins. Tipo.... muito mesmo (precisei acelerar porque não aguentava mais). Mas depois fica surpreendentemente bom.
Se colocassem esse filme no lugar do Proerd, o combate às drogas seria muito mais eficaz hahahah
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraPrefiro fingir que os últimos 30 minutos não aconteceram e que o título do filme é puramente metafórico, porque realmente não tinha necessidade daquela história toda.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraMuito interessante refletir sobre a premissa do filme: a necessidade de pintar um retrato para que um casamento ocorra. Em tempos de Tinder, com a possibilidade de simplesmente upar algumas fotos, pensar sobre a dinâmica de outros tempos é curioso. Sem mencionar que a pintura era em si um privilégio de pessoas mais ricas — quem não podia pagar não tinha seu rosto eternizado em um quadro.
Reflexões à parte, a fotografia é realmente belíssima.
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraDepois de refletir bastante e ler opiniões contrárias às minhas (com as quais também concordo em partes), acho que um dos grandes problemas foi a forma como o filme foi anunciado: uma comédia romântica fofinha e clichê.
Na verdade, a história é principalmente sobre a dor de estar no armário, e é uma dor sentida por ambas as partes de um relacionamento (quem já esteve nessa situação sabe bem). O Natal é um pano de fundo, mas poderia muito bem ser qualquer outra celebração, ou simplesmente um jantar. Nesse sentido, criaram o hype errado em torno do filme, o que acabou quebrando as expectativas de muita gente.
Outro ponto é que temos acesso à perspectiva de Abby, quando, na verdade, o destaque deveria ser equilibrado entre as duas partes do casal. Como a personagem de Harper é mal desenvolvida, há a impressão de que ela está super confortável em ainda estar no armário, como se fingir uma atração pelo ex-namorado não a incomodasse também. Acompanhamos de perto a dor de Abby ao ser deixada de lado, humilhada, escondida, enquanto Harper é quase colocada num lugar de vilã (se existe algum vilão no filme, com certeza é a família e o entorno preconceituoso, não a pessoa que está lutando para viver sua identidade — e eu não estou passando pano para a Harper, concordo que ela teve atitudes extremamente problemáticas que me deram muita raiva).
Por fim, não posso deixar de mencionar alguns comentários que li sobre a atuação de Kristen. Acho que quem ainda reclama e a compara com a época de Crepúsculo faz isso por pura birra. Ela entregou a sapatão de terninho que todo mundo queria ver e foi muito boa. Ponto.
Enfim, é óbvio que devemos ter um olhar crítico ao filme, mas dou 5 estrelas pela representatividade que a diretora e o elenco entregaram. E que sirva de motivação para que mais produções LGBTQ+ sejam financiadas <3
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraSAPATONAS ATRÁS DA LEGENDA: BAIXEI AQUI https:// brokensilenze. one / movies / happiest - season/
Só tirar os espaços da url
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraAtuações sofríveis, principalmente a do protagonista. Achei a trilha sonora super nada a ver com o enredo, tanto que chega a ser engraçado. O que salva são algumas cenas de pancadaria e só, mas nada que valha uma hora e meia.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraVocê sabe que o filme é bom quando dá play antes de dormir, já com sono e fica totalmente desperta depois de 05 minutos! Tensão e suspense muito bem construídos ao longo da narrativa, tudo indica que há algo de estranho na atmosfera e, mesmo assim, é difícil identificar exatamente o quê.
Plot dos últimos minutos muuuito bom!
Atenção especial às atuações de Lupita e Elisabeth! Duas atrizes F*ODA!
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraTão ansiosa por esse filme quanto pela vacina da COVID. Clea Duvall, não ouse me decepcionar! ♥
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraÉ um bom filme. Assisti quando criança e me borrei de medo hahaah revi depois de anos e achei muito bom se for levar em consideração a época em que foi produzido — até dá para relevar o papel estereotipado do casal transudo e as obviedades. Meia hora a menos poderia tornar o filme melhor ainda... Ainda assim, recomendo.
A Turminha das Sapinhas de Tetinhas Pequeninas
3.1 35É um filme que se propõe a ser sério — e talvez até fosse na época em que foi produzido — mas acaba funcionando como uma espécie de comédia por conta da infantilidade das personagens. Fica mais engraçado ainda por mostrar que a vertente feminista retratada no filme continua com a mesma abordagem um tanto superficial e pouco prática.
Nunca Fui Santa
3.7 296Falo com tranquilidade: este é um dos melhores filmes sáficos. Tem comédia, crítica e com aquele final que deixa o coração quentinho <3
Para quem quiser assistir atualmente, baixem o app Stremio (tem para PC e celular).
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 807O melhor da trilogia
Minha Mãe é uma Peça 3
3.7 571Como dizem por aí, há atores e há quem leia as falas. A cena do casamento demonstrou bem isso. Infelizmente, o discurso de Juliano não emocionou nem um pouco — e olha que o filme gira em torno desse acontecimento. Por mais que seja uma comédia, o clímax estava todo ali, em uma cena mais dramática, e foi mal aproveitado.
Mulheres Perfeitas
3.0 479 Assista AgoraNão consegui passar de 30 minutos, apesar de a sinopse ser interessante...
Duck Butter
2.8 145Muito bacanas as análises mais simbólicas e que levam em consideração o tema da intensidade... Mas, se o foco realmente fosse esse, por que não um casal hétero como protagonista? Pra mim, soou como a junção de diversos estereótipos sobre mulheres e lésbicas, principalmente estes:
1. Lésbicas também são professoras, atendentes, médicas, advogadas, vendedoras, cabeleireiras, apresentadoras... Mas, como sempre, precisa ser um casal de artistas, né? E nunca artistas bem-sucedidas... Já tá aí um estereótipo que me irrita profundamente.
2. Lésbicas transam o dia todo. Na moral, qual a necessidade de transar a cada 1h? Essa ideia soou o apito "DIRIGIDO POR UM HOMEM", porque foi totalmente fetichista e irreal (xerecas são sensíveis, tá bem?).
3. Lésbicas tem mommy issues e, de alguma forma, transpõem isso para seus relacionamentos. Como se mães narcisistas ou problemáticas de alguma maneira contribuíssem para que a filha seja lésbica (e uma lésbica filha da p*ta) que busca a aprovação materna que não teve durante a infância em seus relacionamentos.
Será que é tão difícil produzir um filme em que personagens sejam lésbicas e PONTO FINAL? Todos os filmes protagonizados por lésbicas precisam ser sobre relacionamentos (e relacionamentos estranhos, problemáticos, tóxicos)? Sinceramente, já estou exausta disso.
Sobre o filme em si: não gostei das atuações. Nima não é honesta demais, é sem educação, e sempre com aquela cara de quem comeu e não gostou. A intérprete de Sergio nitidamente estava ali pra ser um rostinho bonito: atuação fraquíssima (só fazia duas expressões faciais). A proposta do filme, aparentemente, é se aprofundar em relações, mas achei tudo bem raso: "Hey, vamos transar loucamente e conversar sobre coisas aleatórias porque precisamos provar algo para nós mesmas".
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista Agora"A Coca-Cola é socialista?" HAHAHAHAHHAH
No fim, entendi que todas as mentiras tinham mais a ver com o Alex que com sua mãe. Obviamente a motivação foi o estado de saúde dela, mas, aos poucos, quem realmente queria evitar a verdade era ele. E, ao menos em seu entorno, Alex buscou recriar os acontecimentos históricos à sua maneira.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraComo já comentaram aqui no Filmow, esse filme acabou criando uma "guerra" entre os cults e os não-cults. De um lado, estes dizem "que filme horrível, chato, não entendi o hype"; os cults, por sua vez, argumentam "como assim você não gostou desse filme? senta aqui que vou explicar". São dois tipos de personalidades impositivas e, sinceramente, chatas. Mas o fato é que o filme me fez pensar sobre isso: tá tudo bem não entender um filme assim que ele acaba. Esse é o tipo de filme que você precisa refletir, e você não é burra por isso. Acho que nos acostumamos tanto com filmes autoexplicativos que, se não entendemos o que está acontecendo após meia hora, ficamos impacientes, nos sentimos burras... E, muitas vezes, nos recusamos a buscar por alguma interpretação porque isso irá ferir nosso orgulho cinéfilo. Enfim, eu não entendi o filme. Precisei, sim, procurar por outras interpretações. E tá tudo bem.
E, gente, os diálogos são extremamente densos e com diversas referências literárias, às artes visuais... Acho que cabe a quem quiser se aprofundar um pouco no filme também pesquisar sobre. Assistir a um filme também envolve sair da zona de conforto, pesquisar... E tá tudo bem. Não somos burras por isso.
One of Us
3.8 39O que mais me choca quando assisto a produções que retratam comunidades ultraortodoxas é observar como crianças são tidas como propriedades da comunidade, mais especificamente dos homens. O papel da mulher é reduzido totalmente ao ato de gestar e cuidar de um ser que ela deve entregar (às vezes simbólica, às vezes literalmente, como ocorre no documentário) a outrem. E, no Brasil, dias após a repercussão gigantesca de uma criança de 10 anos que precisou realizar um aborto por conta de um abuso sexual, observamos exatamente a mesmíssima lógica em uma sociedade teoricamente mais democrática e laica. Pessoas argumentando contra o aborto neste caso que mencionei por enxergarem que o bebê, fruto do estupro, pertence ao Estado, à comunidade. É doentia essa perspectiva de que mulheres devem ser obrigadas a passar por todo um processo de gestação porque seu filho/sua filha é uma propriedade pertencente à comunidade externa. Diante disso tudo, me pergunto: somos realmente tão 'superiores' assim? Me parece que vivemos sob um regime fundamentalista ainda pior, pois ainda nem fazemos ideia disso... Nem mesmo o primeiro passo, ou seja, a tomada de consciência, demos ainda.
A Bela Junie
3.7 826Como eu tinha paciência pra assistir a isso quando era mais nova??! E ainda gostava rs
Amor à Flor da Pele
4.3 501 Assista AgoraVi há quatro dias e ainda não consegui parar de escutar compulsivamente à música "Quizás, Quizás, Quizás".
Os figurinos são elegantérrimos e a trilha sonora, composta por somente duas músicas, foi muito bem utilizada. Achei o ritmo um pouquinho arrastado e isso me desagradou, porém não seria possível o filme ser mais curto, a meu ver.
É engraçado notar como os parceiros de Su e Chow os traem quase que descaradamente, enquanto os dois precisam se vigiar e manter em segredo o tempo todo.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraAtuações im-pe-cá-veis, principalmente dos atores mirins! É extremamente importante lembrarmos que a cor vermelha simboliza a paixão e, etimologicamente, paixão significa sofrimento. Desse modo, a cor vermelha foi utilizada com extrema precisão em cada cena, principalmente naquelas que envolviam Kevin e sua mãe.
O que me desagrada bastante em relação ao filme é a explicação psicanalítica que algumas pessoas utilizam a fim de entender o comportamento de Kevin. Observo muitas pessoas argumentando que a psicopatia de Kevin foi uma consequência da falta de afeto por parte de Eva, bem como o fato de a gravidez ter sido indesejada pela mãe. Essa justificativa, por mais que seja embasada teoricamente pelos trabalhos de Melanie Klein, culpabiliza somente a mulher pelos cuidados com a prole. Vemos, ao longo de todo o filme, uma relação construída de maneira extremamente superficial entre Kevin e seu pai. Então, pergunto: por que a figura paterna não é considerada também como um fator de influência na psique de Kevin?
Prefiro analisar o filme sob a ótica da depressão pós-parto e responsabilização da figura materna. Afinal, o pai também falhou, e muito, ao achar que passar algumas horinhas brincando o filho seria o suficiente. Com essa postura, o personagem deixou de se atentar não somente a seu filho, mas também à esposa.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraEstranhei os flashbacks com os atores velhos e, a princípio, achei que foi desleixo da produção. Depois, comecei a entender que o objetivo era o de demonstrar que a guerra não se tratava apenas de uma recordação, mas de algo que ainda não havia acabado para todos aqueles homens.
A trilha sonora é simplesmente sensacional, e as referências a importantes personalidades negras da música, das artes, entre outros âmbitos, enriqueceram muito o filme. Não acho que houve uma rivalidade alimentada entre os negros e os vietnamitas, mas que um dos propósitos foi o de demonstrar como ambas as populações foram alvo da política de guerra norte-americana.
Um ponto negativo, para mim, foi a duração do filme — acabou ficando cansativo por ser longo demais. Além disso, a abordagem do TEPT por meio da narrativa de Paul foi um tanto problemática. Por ser um assunto delicado, acho que uma abordagem mais profunda deveria ter sido empreendia, em vez de retratar uma personalidade surtada de maneira caricata.
Presidente da República
3.4 6Tive a sensação de não ter entendido algumas situações, principalmente piadas, por desconhecimento da cultura italiana — assisti pela primeira vez, há alguns anos, em uma sessão promovida pela associação italiana de minha cidade e notei que os ragazzos e ragazzas riram de uma maneira diferente em algumas cenas, como se tivesse algo subentendido.
Mesmo assim, achei um bom filme e ri bastante. As atuações são um pouco caricatas e foi justamente essa característica que me fez rir, porém algumas pessoas podem não gostar por acharem um humor "forçado".