Tive a impressão de que do meio para o final, o filme começa a desandar. O fim é meio doido, não entendi o que foi aquilo! Totalmente desnecessário (?).
Esse filme se parece muito com a proposta da trilogia do diretor Richard Linklaker ("Antes do amanhecer" / "Antes do pôr do sol" / "Antes da meia-noite"), em que o centro são as conversas entre os personagens. Apesar da nota baixa, quero ver, pois gosto de acompanhar os trabalhos do Wim Wenders.
Apesar de o ritmo do filme ser lento e às vezes cansativo, gostei do fato de a Ann (a diva Isabelle Huppert) não ser retratada como "coitadinha" nem "histérica" - como muitas vezes as mulheres traídas são retratadas no cinema e na TV. O mais interessante do filme, para mim, foi a aparente frieza com que Ann resolveu a situação com o marido, sem choro nem drama, embora provavelmente estivesse desmoronando por dentro. Gostei muito da atitude dela, de se desligar de tudo e buscar um tempo e um lugar distante para conseguir se recompor e viver uma outra vida possível, já que o marido não era leal nem digno de confiança (quem trai uma vez, provavelmente vai trair novamente, então, imagino, ela preferiu parar com a palhaçada por ali). Alguns cortes abruptos, assim como o final abrupto, me incomodaram um pouco - talvez tudo tenha sido proposital, mas não gostei de como foi feito.
Comecei a ver a série depois de ter lido o livro "O ano em que disse sim", da Shonda Rhimes, a roteirista. Entre outras milhares de coisas, no livro, ela comenta um pouco sobre essa série, que, parece, fez muito sucesso, e fiquei curiosa para ver. A personagem preferida da Shonda é a Cristina Yang, que ainda não me cativou por ter um comportamento muito racional e competitivo (e muitas vezes frio em relação aos pacientes ou familiares de pacientes), mas vamos ver... acho que, como todo ser humano, como todos nós, ela está aprendendo com as experiências - apesar de tudo, gosto da sinceridade dela, ela fala tudo que tem que falar na cara das pessoas. Senti empatia pela Izzie; ela parece se colocar na pele dos pacientes, o que deve ser doloroso e desgastante às vezes, mas se sente realizada quando consegue ajudar, acho bonito isso nela.
Estou gostando do misto de humor e drama da série; só o romancinho entre Meredith e o dr. Sheperd me entedia. E concordo com a Maria, que escreveu abaixo que as vidas dos pacientes poderiam ser melhor exploradas, porque são interessantes... embora talvez a série saísse do foco inicial (explorar a vida dos internos no hospital). Enfim, vou continuar vendo.
Adoro filmes com temática de comida e adorei esse! Fiquei inspirada pela força de vontade e entusiasmo da Juana. É muito legal o fato de ela estar aberta a aprender sobre novas culturas e suas culinárias. Deu até vontade de aprender a fazer sushi! E tacos também! :)
O documentário é bastante inspirador, pois mostra que hoje, com a internet, é possível fazer nossa própria "revolução", que podem existir outras formas de se ganhar dinheiro e se sustentar fora dos moldes que a maioria concorda ser o "melhor" (ter um emprego fixo, com um salário todo mês ou, a melhor opção para alguns, ter um emprego público para "ganhar muito sem fazer muita coisa"). Senti falta de uma introdução, falando sobre o início do crowdfunding e o quanto essa ideia se espalhou pelo mundo. Sou fã de crowdfunding porque consigo patrocinar principalmente projetos de HQs autorais incríveis de artistas que dificilmente teriam espaço em uma editora comercial comum.
Gostei desse documentário sobre os "matadores de ratos" em Mumbai, Índia. No entanto, é bizarro pensar que a contratação de matadores de ratos é só uma medida paliativa para resolver o problema. Deveriam fazer uma campanha de conscientização para a população não deixar lixo na rua e restos de comida em casa, em qualquer lugar. Só assim o problema diminuiria. Contratar mais e mais matadores nunca será a solução.
Primeiro li o livro e depois fui ver o filme. Achei o filme um pouco melhor. Fiquei curiosa em saber como iam retratar tantos personagens (homens, mulheres e filhos adolescentes) na versão para o cinema e gostei de como as histórias de cada um foram tecidas, ficou bastante fiel ao livro, com ligeiras modificações no final. O problema em se ter muitos personagens em um livro ou filme, a meu ver, é que não é possível aprofundar muito em suas vidas e sentimentos. Apesar disso, gostei do "instantâneo" feito nessa obra: os personagens são retratados em seus momentos de fragilidade, insegurança, indecisão, confusão, e precisam lidar com isso (assim como na vida real).
"Dos mesmos produtores de 'O Sexto Sentido'"... isso engana bastante e faz as pessoas (como eu) criarem certas expectativas. Filminho para passar o tempo, não me convenceu.
Apesar de ter lido críticas negativas, estava ansiosa para ver esse filme, pois ele retrata um recorte da vida de um (pelo que li) excelente editor de livros. Isso me interessa, pois trabalho com livros há uns oito anos e quero me tornar uma boa editora no futuro.
Gostei do filme, pois retrata algumas das dificuldades reais enfrentadas por editores - por exemplo, lidar com autores egocêntricos, "estrelinhas", sem noção ou que são muito bons, mas enfrentam dramas pessoais, além da dificuldade de equilibrar vida profissional e pessoal, uma vez que algumas obras e autores podem exigir muito tempo.
O filme também me deixou meio triste porque "quero ser Max Perkins", mas sei que não há mais espaço para editores como ele no mercado atual - editores que acompanham de perto os autores, sugerem alterações, cortes, que fazem com que os autores reflitam sobre a própria obra, tudo para que o livro seja publicado da melhor forma possível para os leitores.
De qualquer forma, o livro me estimulou a continuar a leitura do livro homônimo.
Fui ver esse filme porque ganhei ingresso grátis e, talvez por não esperar nada, não achei tão ruim. E confesso que fiquei torcendo pelos protagonistas.
Me lembrou bastante "Bem me quer, mal me quer", com a Audrey Tautou. Gosto de filmes que envolvem doenças psicológicas (algumas são inacreditáveis), então gostei desse.
O filme não é ruim, mas também não é tão bom. O livro é bem melhor. Se puderem ler, indico muito. É que o filme não dá tanta ideia da densidade da obra.
Achei o filme bem arrastado, pensei em desistir no meio, mas já que tinha começado, fui até o fim (vai que melhorava?). Bem ruim, viu? Não recomendo a perda de tempo.
Talvez por ter criado muitas expectativas em relação ao filme, não gostei tanto. A minha sensação foi que o filme é muito lento no começo e acelera muito no final. Fiquei com vontade de saber um pouco mais sobre a Gloria - não sei se a omissão de fatos sobre a vida dela foi mal trabalhada ou intencional (com qual intenção, não sei).
Não gostei de partes inverossímeis, como, por exemplo,
Stella tem 11 ou 12 anos, mora em Paris e está tendo problemas de adaptação na nova escola. A história de Stella, personagem que dá nome ao filme de Sylvie Verheyde, ambientado no fim dos anos 1970 e lançado em 2008, é bem clichê, mas a delicadeza com que é contada me cativou.
Esse filme me fez lembrar do livro "Les armoires vides" [Armários vazios], da autora francesa Annie Ernaux, que eu e colegas lemos na faculdade, pois o tema do livro é parecido com o do filme: uma garota precisa lidar com o fato de conviver com uma família meio pobre material e culturalmente e frequentar um colégio de crianças mais ricas. Coincidentemente, os pais das duas personagens têm um bar e trabalham nele.
Acuada por se sentir "inferior" aos colegas, que a esnobam e provavelmente a consideram "burra" pelas sucessivas notas baixas, além de ser humilhada por vários professores, Stella se retrai e não consegue ou não quer fazer amizade com ninguém - até Gladys puxar papo com ela. De repente, não está mais só e se sente sortuda por alguém como Gladys se aproximar dela.
Gladys é a melhor aluna da sala e representante da turma. Depois de um tempo, ela conta a Stella que é judia e que sua família veio da Argentina. Stella finge entender algumas coisas que Gladys fala e começa a se dar conta de que a amiga tem muito mais conhecimento de mundo que ela. Quando Stella visita o apartamento de Gladys, cujos pais são intelectuais, ela se dá conta de que o ambiente familiar da amiga é mesmo muito diferente do seu. Interpretei a cena em que Stella observa Paris da varanda do apartamento de Gladys e tem uma visão panorâmica muito bonita como uma metáfora da ampliação de sua visão de mundo que acontecerá ao longo do filme.
Em uma conversa trivial, Gladys pergunta o que Stella faz quando não está na escola. Stella responde que não faz nada, e devolve a pergunta à Gladys, que lhe diz que gosta de ouvir música, ler e alguma outra coisa. A partir disso, Stella se interessa por música e livros e começa a ler escritores franceses; ela aparece lendo Jean Cocteau, Balzac e Marguerite Duras.
É emocionante quando Stella vai a uma livraria, escolhe um livro na prateleira e, depois de pagar, volta correndo para casa para ler, como se a vida, a partir dali, tomasse um novo impulso. O livro que ela escolhe é "Les enfants terribles" [Crianças terríveis], de Jean Cocteau.
Enquanto continua a conviver com os pais negligentes e uma série de vagabundos que frequentam o bar dos pais e moram em quartos alugados sobre esse bar, Stella lê, é tocada pelo que lê e seu mundo aos poucos se amplia. Mais tarde, com a amizade de Gladys e as leituras, ela concluirá que precisa aproveitar as boas oportunidades que a vida oferece pois, de forma consciente ou não, deseja uma vida diferente da vida de seus pais. No fim, ela agradece Gladys com sinceridade e de forma tocante. Sem a amiga, Stella poderia ter tomado um rumo diferente - como a mãe disse a ela num momento de fúria: "Não vou te obrigar a estudar; para ser garçonete não precisa estudar".
Para finalizar, outra cena que achei genial é quando um professor chama Stella para escrever a palavra "signifient" ("significam", em francês) na lousa. Ela tenta escrever várias vezes a palavra de forma correta, segundo as normas ortográficas, Gladys tenta ajudá-la soprando a resposta, mesmo assim não consegue. Por fim, Stella escreve "cynniphien", algo como "cinificam", remetendo à "cinismo", provavelmente para demonstrar a forma com que encarava as normas escolares e as normas estabelecidas pelos professores e pela sociedade em geral: com um certo cinismo, escárnio e desprezo.
Como o Vanz comentou abaixo, o tema dos grafites é pouco explorado no cinema (não consigo lembrar de ter visto outro filme com grafiteiros) e, só por isso, interessante. Além disso, para mim, o filme trata de crescimento, essa travessia quase sempre difícil entre a adolescência e a vida adulta.
Achei ótima a cena em que o protagonista, Chériff, descobre o esconderijo do "Vandal" com as latas de sprays e vários grafites incríveis nas paredes. São grafites que, para mim, mostram uma vontade de libertação, assim como o protagonista também estava tentando se libertar de algumas amarras para crescer, viver sua própria vida, encontrar seu lugar no mundo. Imagino que no momento em que encontrou esses grafites, Chériff se deu conta de que Vandal era um garoto como ele, que tinha um potencial incrível e sensível para a arte... e que, de certa forma, ele havia destruído.
Trata-se de uma animação autobiográfica de Jung, um quadrinista coreano adotado por uma família belga quando tinha cinco anos; os desenhos foram feitos pelo próprio Jung. Dirigida pelo francês Laurent Boileau, a animação mescla algumas imagens filmadas por um tio adotivo de Jung com uma Super 8 e cenas de quando ele viajou para a Coreia, para gravar um documentário que acabou resultando nessa animação.
A animação foi baseada na HQ "Couleur de peau : Miel" (Cor de pele: Mel), que Jung já tinha lançado; o título da animação em português não tem nada a ver com o original porque foi baseado no título em inglês.
Procurei pela HQ e ela ainda não foi lançada no Brasil. São três volumes publicados respectivamente em 2007, 2008 e 2013 pela editora belga Quadrants.
Depois do fim da Guerra da Coreia (1950-1953), estima-se que 200 mil crianças ficaram órfãs - porque os pais morreram ou porque forram abandonadas.
Jung foi encontrado por um policial nas ruas de Seul em 1970 (?), quando tinha cinco anos e foi levado a um orfanato. Essa parte ficou um pouco confusa, mas, pelo que entendi, esse orfanato tinha contato com orfanatos na Europa e nos Estados Unidos e, depois de uma avaliação médica, Jung e milhares de outras crianças eram "aprovadas para adoção" (o responsável atestava isso na ficha da criança) e elas seguiam para outros orfanatos em países estrangeiros, onde eram adotadas por famílias locais.
Jung foi adotado por um casal que já tinha outros quatro filhos, todos loiros. Destaco isso, porque o fato de Jung ter uma aparência inegavelmente asiática era motivo de zombaria e preconceito entre seus colegas da escola.
Depois de um tempo, o casal adotou uma menina coreana de 11 meses. Jung não gostava dela talvez por ela ter roubado seu lugar de "filho asiático" na família ou por ela lembrá-lo da origem de ambos, ou por motivos que nem ele sabia explicar.
Jung é uma criança "problema", sempre se mete em confusões, apronta muito (necessidade de chamar atenção? carência?), é castigado pelos pais, mas continua aprontando.
Ele teve uma fase bem engraçada de adoração ao Japão. Nessa época, queria ser japonês e não coreano, praticava artes marciais e ouvia música japonesa bem alto, o que irritava os irmãos.
Apesar de aprontar muito e não gostar de estudar, gostava muito de desenhar.
É comovente, porque, com o desenho, ele tenta contar a si mesmo a história dos pais e sua própria história. E quando ele desenha ou deixa a imaginação correr solta, muitas vezes está buscando a mãe biológica e explicações - os traços dessas cenas são diferentes das demais, são meio borradas, oníricas. Apesar disso, ele, enquanto narrador, enfatiza que não sente mágoas dela.
Aos poucos, ele vai se tornando um jovem tímido e com poucos amigos. Sente-se confortável apenas com uma amiga coreana (também adotiva), que estudava no mesmo colégio que ele e gostava de seus desenhos.
Com cerca de 17 anos, vai morar em um abrigo da igreja para refletir melhor, pois estava se sentindo estranho dentro da própria família e consigo mesmo. Nesse período meio curto (parece durar algumas semanas), come muito arroz com pimenta Tabasco, o que lhe causa sérios problemas de estômago. O padre que o estava ajudando liga para os pais de Jung, e a mãe vai buscá-lo para levá-lo ao hospital.
Ele fica internado, mas se recupera e volta para casa. E conta que, por sorte, se salvou, diferentemente do que aconteceu com outras pessoas coreanas adotivas que ele conhecia - vários tentaram suicídio (e eu que pensava ingenuamente que bastava adotar, cuidar, amar e orientar crianças sem pais biológicos que tudo daria certo no final... a realidade é muito mais complexa; é bom que eu tenha desistido da ideia porque não teria suporte emocional para vivenciar certas coisas). Sua irmã Valerie, que tinha um nome em coreano antes de ser "Valerie", morreu em um estranho acidente de carro aos 25 anos, sugerindo que ela quis morrer.
O fim é um pouco abrupto. Quando ele volta do hospital, a mãe que, segundo ele, não era boa em demonstrar sentimentos, acaba lhe contando que seu primeiro filho biológico morreu e Jung ocupou o lugar desse filho no coração dela. Entendi que, por meio dessa conversa, a mãe conseguiu comunicar que ela o considerava um filho "de verdade" e, mesmo sem dizer diretamente, que ela o amava. A cena final dá a entender que ele, por fim, se reconcilia consigo mesmo e com a família.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KTive a impressão de que do meio para o final, o filme começa a desandar. O fim é meio doido, não entendi o que foi aquilo! Totalmente desnecessário (?).
Os Belos Dias de Aranjuez
2.5 17 Assista AgoraEsse filme se parece muito com a proposta da trilogia do diretor Richard Linklaker ("Antes do amanhecer" / "Antes do pôr do sol" / "Antes da meia-noite"), em que o centro são as conversas entre os personagens.
Apesar da nota baixa, quero ver, pois gosto de acompanhar os trabalhos do Wim Wenders.
Villa Amalia
3.5 10Apesar de o ritmo do filme ser lento e às vezes cansativo, gostei do fato de a Ann (a diva Isabelle Huppert) não ser retratada como "coitadinha" nem "histérica" - como muitas vezes as mulheres traídas são retratadas no cinema e na TV.
O mais interessante do filme, para mim, foi a aparente frieza com que Ann resolveu a situação com o marido, sem choro nem drama, embora provavelmente estivesse desmoronando por dentro. Gostei muito da atitude dela, de se desligar de tudo e buscar um tempo e um lugar distante para conseguir se recompor e viver uma outra vida possível, já que o marido não era leal nem digno de confiança (quem trai uma vez, provavelmente vai trair novamente, então, imagino, ela preferiu parar com a palhaçada por ali).
Alguns cortes abruptos, assim como o final abrupto, me incomodaram um pouco - talvez tudo tenha sido proposital, mas não gostei de como foi feito.
A Anatomia de Grey (1ª Temporada)
4.5 501 Assista AgoraComecei a ver a série depois de ter lido o livro "O ano em que disse sim", da Shonda Rhimes, a roteirista. Entre outras milhares de coisas, no livro, ela comenta um pouco sobre essa série, que, parece, fez muito sucesso, e fiquei curiosa para ver. A personagem preferida da Shonda é a Cristina Yang, que ainda não me cativou por ter um comportamento muito racional e competitivo (e muitas vezes frio em relação aos pacientes ou familiares de pacientes), mas vamos ver... acho que, como todo ser humano, como todos nós, ela está aprendendo com as experiências - apesar de tudo, gosto da sinceridade dela, ela fala tudo que tem que falar na cara das pessoas. Senti empatia pela Izzie; ela parece se colocar na pele dos pacientes, o que deve ser doloroso e desgastante às vezes, mas se sente realizada quando consegue ajudar, acho bonito isso nela.
Estou gostando do misto de humor e drama da série; só o romancinho entre Meredith e o dr. Sheperd me entedia. E concordo com a Maria, que escreveu abaixo que as vidas dos pacientes poderiam ser melhor exploradas, porque são interessantes... embora talvez a série saísse do foco inicial (explorar a vida dos internos no hospital).
Enfim, vou continuar vendo.
Notas de Amor
3.5 8Estou esperando a segunda temporada, será que vai rolar?
Biblia Koshodou no Jiken Techou
4.0 2Vi dois episódios e estou ansiosa para ver a série até o fim!
East Side Sushi
3.6 16Adoro filmes com temática de comida e adorei esse!
Fiquei inspirada pela força de vontade e entusiasmo da Juana. É muito legal o fato de ela estar aberta a aprender sobre novas culturas e suas culinárias. Deu até vontade de aprender a fazer sushi! E tacos também! :)
Capital C
3.9 4O documentário é bastante inspirador, pois mostra que hoje, com a internet, é possível fazer nossa própria "revolução", que podem existir outras formas de se ganhar dinheiro e se sustentar fora dos moldes que a maioria concorda ser o "melhor" (ter um emprego fixo, com um salário todo mês ou, a melhor opção para alguns, ter um emprego público para "ganhar muito sem fazer muita coisa").
Senti falta de uma introdução, falando sobre o início do crowdfunding e o quanto essa ideia se espalhou pelo mundo.
Sou fã de crowdfunding porque consigo patrocinar principalmente projetos de HQs autorais incríveis de artistas que dificilmente teriam espaço em uma editora comercial comum.
The Rat Race
3.5 3Gostei desse documentário sobre os "matadores de ratos" em Mumbai, Índia.
No entanto, é bizarro pensar que a contratação de matadores de ratos é só uma medida paliativa para resolver o problema. Deveriam fazer uma campanha de conscientização para a população não deixar lixo na rua e restos de comida em casa, em qualquer lugar. Só assim o problema diminuiria. Contratar mais e mais matadores nunca será a solução.
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraPrimeiro li o livro e depois fui ver o filme. Achei o filme um pouco melhor.
Fiquei curiosa em saber como iam retratar tantos personagens (homens, mulheres e filhos adolescentes) na versão para o cinema e gostei de como as histórias de cada um foram tecidas, ficou bastante fiel ao livro, com ligeiras modificações no final.
O problema em se ter muitos personagens em um livro ou filme, a meu ver, é que não é possível aprofundar muito em suas vidas e sentimentos. Apesar disso, gostei do "instantâneo" feito nessa obra: os personagens são retratados em seus momentos de fragilidade, insegurança, indecisão, confusão, e precisam lidar com isso (assim como na vida real).
O Invisível
3.5 595"Dos mesmos produtores de 'O Sexto Sentido'"... isso engana bastante e faz as pessoas (como eu) criarem certas expectativas.
Filminho para passar o tempo, não me convenceu.
O Mestre dos Gênios
3.5 95 Assista AgoraApesar de ter lido críticas negativas, estava ansiosa para ver esse filme, pois ele retrata um recorte da vida de um (pelo que li) excelente editor de livros. Isso me interessa, pois trabalho com livros há uns oito anos e quero me tornar uma boa editora no futuro.
Gostei do filme, pois retrata algumas das dificuldades reais enfrentadas por editores - por exemplo, lidar com autores egocêntricos, "estrelinhas", sem noção ou que são muito bons, mas enfrentam dramas pessoais, além da dificuldade de equilibrar vida profissional e pessoal, uma vez que algumas obras e autores podem exigir muito tempo.
O filme também me deixou meio triste porque "quero ser Max Perkins", mas sei que não há mais espaço para editores como ele no mercado atual - editores que acompanham de perto os autores, sugerem alterações, cortes, que fazem com que os autores reflitam sobre a própria obra, tudo para que o livro seja publicado da melhor forma possível para os leitores.
De qualquer forma, o livro me estimulou a continuar a leitura do livro homônimo.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraFui ver esse filme porque ganhei ingresso grátis e, talvez por não esperar nada, não achei tão ruim. E confesso que fiquei torcendo pelos protagonistas.
Presença de Ellena
2.5 10Me lembrou bastante "Bem me quer, mal me quer", com a Audrey Tautou. Gosto de filmes que envolvem doenças psicológicas (algumas são inacreditáveis), então gostei desse.
O Filho Eterno
3.3 87 Assista AgoraO filme não é ruim, mas também não é tão bom. O livro é bem melhor. Se puderem ler, indico muito. É que o filme não dá tanta ideia da densidade da obra.
O Filho Eterno
3.3 87 Assista AgoraAdorei o livro homônimo do Cristóvão Tezza e quero muito ver!
A Girl Like Her
3.5 112O filme é bem didático, né?
Não sei dizer até que ponto o fim é verossímil,
se as pessoas conseguem perceber tão rápido como seus atos são devastadores.
Pensei que é um ótimo filme para se passar em sala de aula para depois ser discutido.
O Último Capítulo
2.0 340 Assista AgoraAchei o filme bem arrastado, pensei em desistir no meio, mas já que tinha começado, fui até o fim (vai que melhorava?). Bem ruim, viu? Não recomendo a perda de tempo.
O Sentido da Vida
3.2 5Bom filme no estilo "Sessão da Tarde" para se ver com a família. Traz bons exemplos sobre superação, amizade e aproveitar o tempo.
A Sorte em Suas Mãos
2.8 24 Assista AgoraTalvez por ter criado muitas expectativas em relação ao filme, não gostei tanto. A minha sensação foi que o filme é muito lento no começo e acelera muito no final. Fiquei com vontade de saber um pouco mais sobre a Gloria - não sei se a omissão de fatos sobre a vida dela foi mal trabalhada ou intencional (com qual intenção, não sei).
Não gostei de partes inverossímeis, como, por exemplo,
o filho de Uriel ter começado a aprender a tocar violão e já ser convidado a tocar no palco com o grupo de judeus
Poderia ser melhor, mas para passar o tempo, ok.
Stella
3.9 108Stella tem 11 ou 12 anos, mora em Paris e está tendo problemas de adaptação na nova escola. A história de Stella, personagem que dá nome ao filme de Sylvie Verheyde, ambientado no fim dos anos 1970 e lançado em 2008, é bem clichê, mas a delicadeza com que é contada me cativou.
Esse filme me fez lembrar do livro "Les armoires vides" [Armários vazios], da autora francesa Annie Ernaux, que eu e colegas lemos na faculdade, pois o tema do livro é parecido com o do filme: uma garota precisa lidar com o fato de conviver com uma família meio pobre material e culturalmente e frequentar um colégio de crianças mais ricas. Coincidentemente, os pais das duas personagens têm um bar e trabalham nele.
Acuada por se sentir "inferior" aos colegas, que a esnobam e provavelmente a consideram "burra" pelas sucessivas notas baixas, além de ser humilhada por vários professores, Stella se retrai e não consegue ou não quer fazer amizade com ninguém - até Gladys puxar papo com ela. De repente, não está mais só e se sente sortuda por alguém como Gladys se aproximar dela.
Gladys é a melhor aluna da sala e representante da turma. Depois de um tempo, ela conta a Stella que é judia e que sua família veio da Argentina. Stella finge entender algumas coisas que Gladys fala e começa a se dar conta de que a amiga tem muito mais conhecimento de mundo que ela. Quando Stella visita o apartamento de Gladys, cujos pais são intelectuais, ela se dá conta de que o ambiente familiar da amiga é mesmo muito diferente do seu. Interpretei a cena em que Stella observa Paris da varanda do apartamento de Gladys e tem uma visão panorâmica muito bonita como uma metáfora da ampliação de sua visão de mundo que acontecerá ao longo do filme.
Em uma conversa trivial, Gladys pergunta o que Stella faz quando não está na escola. Stella responde que não faz nada, e devolve a pergunta à Gladys, que lhe diz que gosta de ouvir música, ler e alguma outra coisa. A partir disso, Stella se interessa por música e livros e começa a ler escritores franceses; ela aparece lendo Jean Cocteau, Balzac e Marguerite Duras.
É emocionante quando Stella vai a uma livraria, escolhe um livro na prateleira e, depois de pagar, volta correndo para casa para ler, como se a vida, a partir dali, tomasse um novo impulso. O livro que ela escolhe é "Les enfants terribles" [Crianças terríveis], de Jean Cocteau.
Enquanto continua a conviver com os pais negligentes e uma série de vagabundos que frequentam o bar dos pais e moram em quartos alugados sobre esse bar, Stella lê, é tocada pelo que lê e seu mundo aos poucos se amplia. Mais tarde, com a amizade de Gladys e as leituras, ela concluirá que precisa aproveitar as boas oportunidades que a vida oferece pois, de forma consciente ou não, deseja uma vida diferente da vida de seus pais. No fim, ela agradece Gladys com sinceridade e de forma tocante. Sem a amiga, Stella poderia ter tomado um rumo diferente - como a mãe disse a ela num momento de fúria: "Não vou te obrigar a estudar; para ser garçonete não precisa estudar".
Para finalizar, outra cena que achei genial é quando um professor chama Stella para escrever a palavra "signifient" ("significam", em francês) na lousa. Ela tenta escrever várias vezes a palavra de forma correta, segundo as normas ortográficas, Gladys tenta ajudá-la soprando a resposta, mesmo assim não consegue. Por fim, Stella escreve "cynniphien", algo como "cinificam", remetendo à "cinismo", provavelmente para demonstrar a forma com que encarava as normas escolares e as normas estabelecidas pelos professores e pela sociedade em geral: com um certo cinismo, escárnio e desprezo.
Casamento Grego 2
3.3 206 Assista AgoraEu adoro essa família! (2)
Vandal
3.4 5Como o Vanz comentou abaixo, o tema dos grafites é pouco explorado no cinema (não consigo lembrar de ter visto outro filme com grafiteiros) e, só por isso, interessante. Além disso, para mim, o filme trata de crescimento, essa travessia quase sempre difícil entre a adolescência e a vida adulta.
Achei ótima a cena em que o protagonista, Chériff, descobre o esconderijo do "Vandal" com as latas de sprays e vários grafites incríveis nas paredes. São grafites que, para mim, mostram uma vontade de libertação, assim como o protagonista também estava tentando se libertar de algumas amarras para crescer, viver sua própria vida, encontrar seu lugar no mundo. Imagino que no momento em que encontrou esses grafites, Chériff se deu conta de que Vandal era um garoto como ele, que tinha um potencial incrível e sensível para a arte... e que, de certa forma, ele havia destruído.
Aprovado para Adoção
4.2 28Trata-se de uma animação autobiográfica de Jung, um quadrinista coreano adotado por uma família belga quando tinha cinco anos; os desenhos foram feitos pelo próprio Jung. Dirigida pelo francês Laurent Boileau, a animação mescla algumas imagens filmadas por um tio adotivo de Jung com uma Super 8 e cenas de quando ele viajou para a Coreia, para gravar um documentário que acabou resultando nessa animação.
A animação foi baseada na HQ "Couleur de peau : Miel" (Cor de pele: Mel), que Jung já tinha lançado; o título da animação em português não tem nada a ver com o original porque foi baseado no título em inglês.
Procurei pela HQ e ela ainda não foi lançada no Brasil. São três volumes publicados respectivamente em 2007, 2008 e 2013 pela editora belga Quadrants.
Depois do fim da Guerra da Coreia (1950-1953), estima-se que 200 mil crianças ficaram órfãs - porque os pais morreram ou porque forram abandonadas.
Jung foi encontrado por um policial nas ruas de Seul em 1970 (?), quando tinha cinco anos e foi levado a um orfanato. Essa parte ficou um pouco confusa, mas, pelo que entendi, esse orfanato tinha contato com orfanatos na Europa e nos Estados Unidos e, depois de uma avaliação médica, Jung e milhares de outras crianças eram "aprovadas para adoção" (o responsável atestava isso na ficha da criança) e elas seguiam para outros orfanatos em países estrangeiros, onde eram adotadas por famílias locais.
Jung foi adotado por um casal que já tinha outros quatro filhos, todos loiros. Destaco isso, porque o fato de Jung ter uma aparência inegavelmente asiática era motivo de zombaria e preconceito entre seus colegas da escola.
Depois de um tempo, o casal adotou uma menina coreana de 11 meses. Jung não gostava dela talvez por ela ter roubado seu lugar de "filho asiático" na família ou por ela lembrá-lo da origem de ambos, ou por motivos que nem ele sabia explicar.
Jung é uma criança "problema", sempre se mete em confusões, apronta muito (necessidade de chamar atenção? carência?), é castigado pelos pais, mas continua aprontando.
Ele teve uma fase bem engraçada de adoração ao Japão. Nessa época, queria ser japonês e não coreano, praticava artes marciais e ouvia música japonesa bem alto, o que irritava os irmãos.
Apesar de aprontar muito e não gostar de estudar, gostava muito de desenhar.
É comovente, porque, com o desenho, ele tenta contar a si mesmo a história dos pais e sua própria história. E quando ele desenha ou deixa a imaginação correr solta, muitas vezes está buscando a mãe biológica e explicações - os traços dessas cenas são diferentes das demais, são meio borradas, oníricas. Apesar disso, ele, enquanto narrador, enfatiza que não sente mágoas dela.
Aos poucos, ele vai se tornando um jovem tímido e com poucos amigos. Sente-se confortável apenas com uma amiga coreana (também adotiva), que estudava no mesmo colégio que ele e gostava de seus desenhos.
Com cerca de 17 anos, vai morar em um abrigo da igreja para refletir melhor, pois estava se sentindo estranho dentro da própria família e consigo mesmo. Nesse período meio curto (parece durar algumas semanas), come muito arroz com pimenta Tabasco, o que lhe causa sérios problemas de estômago. O padre que o estava ajudando liga para os pais de Jung, e a mãe vai buscá-lo para levá-lo ao hospital.
Ele fica internado, mas se recupera e volta para casa. E conta que, por sorte, se salvou, diferentemente do que aconteceu com outras pessoas coreanas adotivas que ele conhecia - vários tentaram suicídio (e eu que pensava ingenuamente que bastava adotar, cuidar, amar e orientar crianças sem pais biológicos que tudo daria certo no final... a realidade é muito mais complexa; é bom que eu tenha desistido da ideia porque não teria suporte emocional para vivenciar certas coisas). Sua irmã Valerie, que tinha um nome em coreano antes de ser "Valerie", morreu em um estranho acidente de carro aos 25 anos, sugerindo que ela quis morrer.
O fim é um pouco abrupto. Quando ele volta do hospital, a mãe que, segundo ele, não era boa em demonstrar sentimentos, acaba lhe contando que seu primeiro filho biológico morreu e Jung ocupou o lugar desse filho no coração dela. Entendi que, por meio dessa conversa, a mãe conseguiu comunicar que ela o considerava um filho "de verdade" e, mesmo sem dizer diretamente, que ela o amava. A cena final dá a entender que ele, por fim, se reconcilia consigo mesmo e com a família.