O filme tinha tudo para ser o melhor filme de terror dos últimos 10 anos mas pecou justamente no seu final. Porém vou destacar aqui os méritos do filme mais do que as falhas... a começar pela trilha sonora e mixagem de som que foram muito bem encaixadas, não chega a ser marcante como em Tubarão e Haloween, mas o trabalho de som aqui é muito competente e muito controlado. A atuação do elenco toda é muito boa mas os atores principais Essie Davis (Amelia) e Noah Wiseman (Samuel) são de tirar o chapéu. Individualmente ambos conseguem passar todos os sentimentos do filme: medo, raiva, alegria, solidão, nostalgia, depressão, rejeição, saudade, mas é juntos que se tornam ainda melhores a química mãe e filho em todas as difíceis relações e momentos são todas muito críveis. O roteiro e a direção são muito seguros e colocam o medo de forma imaginativa, muito mais na sugestão do que quando resolve "aparecer". Aliás quando aparece o Babadook é que eu achei que o filme caiu de qualidade, pegou alguns clichês, forçou algumas situações, usou efeitos especiais toscos e finalizou com uma metáfora que na minha opinião não ficou fechadinha como o filme vinha se mantendo nas duas primeiras partes. Aliás um destaque para edição que foi muito competente e que formou "diálogos" com a televisão usando comerciais, chamadas de programas, notícias e até cenas de filmes... simplesmente espetacular. Jennifer Kent só perdeu a chance de fazer o filme memorável que tinha quando escolheu um final bonzinho com uma mudança de perfil de Amelia de modo pouco convincente. Babadook mantém a dúvida se tudo aquilo é obra de um fantasma, da imaginação, de uma doença psiquiátrica, um trauma mal resolvido ou um verdadeiro demônio até seus créditos finais. Vale a pena conferir.
Um traço muito original, uma história convencional, uma animação linda, um filme triste, um resultado que encanta os olhos e aperta o coração. Eu achava q Wall E era magnânimo com poucos diálogos, mas esse aqui é perfeito sem qualquer fala!
Um filme seguro, sabe o que quer e entrega algo honesto e muito caprichado. O forte está nos diálogos; muito bem elaborados, criativos, recheados de referências matemáticas, da computação, filosofia e com boas metáforas. As interpretações estão excelentes, nenhuma memorável o suficiente para premiações ou para marcar época, mas todas elas muito competentes e verossímeis. Os efeitos especiais nem precisariam existir e tudo ainda seria muito crível, porém aparecem de modo muito marcante, eficiente e dão um tom mais sci-fi ao filme. Por fim, temos um roteiro bem encaixado, traz um filme de ritmo denso e calmo que para muitos parecer enfadonho e pouco inspirado mas a ideia é ser um thriller mais psicológico que usa e abusa do tom melancólico e claustrofóbico, a ideia do surgimento da inteligência artificial bem como de consciência em máquinas não é algo novo mas o desafio que se propõem aqui é de certo modo inovador. O possível romance entre homem e máquina fui muito bem realizado em HER e neste filme podemos ver mais do que isso e ele está mais para empatia do que propriamente romance, sem entregar qualquer spoiler posso dizer que o desenvolvimento de todos os personagens é sensacional e o filme só não se tornou perfeito pq no final ele segue por um terreno mais seguro, previsível muito embora muito bem executado. O filme propôs um plot-twist no meio da película que teria sido perfeito como final, mas acabou sendo usado como uma muleta para colocar em xeque a sanidade de um dos personagens o que ficou muito bem também. Ao final é um filme que vale muito a pena ser visto e que entrega a melhor ficção científica de pelo menos os últimos 2 anos. Um roteirista consagrado mostrando que consegue fazer bonito na batuta das câmeras e da arte.
Se Blomkamp tivesse feito Chappie, Elysium e Distrito 9 exatamente nessa ordem apostaria que seu próximo filme era ganhador de prêmios importantes CERTO. O problema é que a ordem é inversa então vemos uma carreira decadente muito parecida com a de Shyamalan que prometeu muito em seu primeiro filme e pouco a pouco foi caindo até se tornar nada de relevante. Este filme é uma sucessão de erros que entrega um filme pipoca com efeitos especiais de primeiríssima, mas que junto traz um vazio de conteúdo que se torna vergonhoso até mesmo para Michael Bay que pelo menos te prende a respiração com muita ação gravada de forma magistral e com um enredo simples porém nada pretensioso e bastante funcional. Chappie se enrola a cada minuto trazendo uma série de temas que são abordados de forma totalmente irregular, apressada e superficial. As soluções para os conflitos são péssimas, a ficção só está nos efeitos especiais, e o que dizer dos personagens... nenhum se salva! Com um elenco no mínimo interessante vc fica abismado como a sucessão de erros em torno deles o q os torna patéticos e desprezíveis inclusive o personagem principal. Todos são: extremamente mal apresentados, possuem falas risíveis e caricatas, motivações mal exploradas e completamente imparciais, suas construções são grotescas e para piorar a resolução de cada personagem é péssima e previsivel (quem quiser entender meu ponto de vista e já viu o filme ou não tem interesse em vê-lo leia o spoiler que deixarei abaixo). Por fim o que eleva a nota do filme para o público geral são três grandes méritos: 1º Direção de Arte>>> ela usou locações, figurinos, objetos e maquiagens do universo cyber-punk e uniu ao universo já consagrado do diretor o que deixou o filme com uma cara futurista mas ainda assim familiar, além de parecer que é logo ali na frente e com ela ainda usou figuras de robôs já conhecidas e consagradas (robocop, wall-e e um pouco de mangá) para contar sua história. A direção de arte foi muito competente em deixar o filme com um aspecto original, com uma roupagem de sci-fi popular e geek ao mesmo tempo. 2º Efeitos especiais>>> é sempre o mínimo que espero de filmes que vão utilizar em sua película o tempo inteiro algumas máquinas, explosões e armas bombásticas que os efeitos usados contribuam ou que pelo menos não comprometam o filme. Este aqui foi excelente e até o tornou a obra em questão mais palatável. 3º Edição>>> tendo visto que o roteiro é uma bomba e com tão pouco a explorar dos personagens (mesmo o principal) a edição foi esperta em colocar ação atrás de ação para vc nem pensar muito sobre a história que está sendo contada e dos absurdos de escolhas e pensamentos de cada personagem.
Chapie deveria ter feito já no início um backup da internet absorvendo senão toda pelo menos uma boa parte do conhecimento humano, não precisaria assim aprender como um bebê cada coisa como vimos. Outro problema é que mesmo depois de ter feito isso ainda falava como criança e acreditava em cada imbecilidade que dava raiva. Por fim o lance dele não morrer e transferirem a sua "consciência" para outro robô da forma como foi - através do capacete de comando do robô motherfucker foi constrangedor! Só não foi pior porque eles fizeram o mesmo com seu criador humano que passou a ser uma maquina com sua consciência WTF?! Bom já que a solução colou com um melhor que cole com todos pensou o diretor e fez o mesmo com a bandida que tratava Chappie como um bebê, mas que queria assaltar e esculachar no início do filme (que mudança de personalidade hein?). E o que dizer do cara mais malvado do filme que do nada resolve entregar sua vida pela do robô e ainda assim não é morto! Para piorar Hugh Jackman faz um cara que resolve colocar a cidade em pânico só para testar sua máquina. e a dona da empresa que não tem visão alguma? Como alguém conduz uma indústria de tecnologia bélica, mas não vê dinheiro e nem mercado numa inteligência artificial completamente nova? Para piorar resolve deixar um robô monstro funcionar sem nunca ter sido testado?
Só posso ficar decepcionado mesmo com esse filme e desconfio que se Blomkamp um dia foi quase excepcional é porque Peter Jackson estava bem pertinho dele assessorando a coisa.
Ano passado (2014) fui a uma exposição em Porto Alegre cujo o nome era Gênesis, fiquei encantado, não sabia do que iria tratar, nem quem era o renomado fotógrafo e tão pouco que importância tinha aquele artista que para meu espanto era brasileiro. Então fiquei sabendo que o Brasil concorria ao Oscar por um documentário baseado num fotógrafo social chamado Sebastião Salgado. Fui conferir sem jamais ligar os pontinhos e para minha surpresa no final do filme lá estava sua obra que já era encantadora agora tendo uma história, contando um ciclo de um artista e que ciclo lindo possuiu e que forma bela e profunda de contar essa história! Salgado e sua obra vieram nos mostrar o que há de mais belo no mundo: a luta em favor do bem! Este artista e esse filme nos dão um golpe duro no estômago, esmagam nossa alma e a comprimem fazendo doer nossa consciência no momento que expõem toda nossa ignorância, descaso e complacência com os males do mundo para que depois num carinho suave e redentor nos mostre que podemos auxiliar na mudança que salvará a terra e a humanidade de sua destruição. Aprendemos aqui que um gesto simples como plantar uma árvore é nossa maior herança para vida, mesmo que você nem pense numa causa ecológica. Sinto dizer, mas o Brasil nunca esteve tão perto de um Oscar como dessa vez, apesar de não ter visto CITIZENFOUR acho difícil que ele seja maior que este filme, em seu favor está um tema menos relevante porém mais bombástico e midiático, além de ter projeção mundial por destacar a Casa Branca vigiando o mundo. Alimenta-se a paranoia é verdade, mas não deleita o coração como O SAL DA TERRA.
Para quem não é fã do diretor é um filme difícil, vc vive uma relação de amor e ódio com o diretor e principalmente com o o filme do início ao fim. Tudo pq enquanto o diretor te enche os olhos a obra vai te esvaziando o coração. Criatividade, direção de arte, maquiagem, efeitos especiais, fotografia e trilha sonora são maravilhosos, mas todo o resto parece uma catástrofe. Nos dramas, romances e até nos momentos mais corriqueiros sempre há muita comédia e uma bizarrice sendo esfregada na sua cara o que faz com que o filme não funcione. A direção (que pelo que comentam retratou com perfeição o livro ao qual originou o filme) traz para os cinéfilos não conhecedores da obra original um filme chato, sonolento, uma comédia sem graça e que não deixa qualquer outro sentimento funcionar no filme. As atuações de um time formado somente por estrelas é tão caricata e enfadonha que tive que assistir o filme em três prestações para concluí-lo. Eai algo que eu já tinha ouvido sobre este filme ficou claro: OU VC O AMA OU VC O ODEIA. Acho que não fiquei nem com um e nem com o outro, mas reconheço que os defeitos são maiores que os méritos e se for para ir para um dos extremos infelizmente eu opto por nunca mais vê-lo!!! Sim é inegável que há uma forma poética única neste filme, mas ele é tão alegórico que sua estética em altíssimo nível faz com que vc espere o mesmo nível de expressão de sentimentos e maturidade dos diálogos... algo que não acontece para minha decepção.
A atuação do protagonista Mr Nobody (em várias épocas diferentes da sua vida e por isso com múltiplos atores - maior destaque para Jared Leto), a edição, os efeitos especiais, a maquiagem e o drama são excepcionais, o tema é muito original e inteligente, mas acho que perdeu a mão e deu umas derrapadas na abordagem e na apresentação de alguns pontos desse tema (os erros são leves, mas o suficiente para não deixar o filme memorável, mas com tantos acertos ainda assim é muito bom) não me agrada algumas pausas professorais. Tem ainda o problema dos coadjuvantes que poderiam ser mais bem apresentados e aprofundados de modo a criar maior empatia do telespectador e tornariam assim os romances mais funcionais e coesos. Ainda assim o filme é altamente recomendável e com um final muito bonito e interessante.
acredito que Mr Nobody foi agraciado em viver todas as dimensões/possibilidades possíveis devido ao fato de ter sido esquecido de receber a marca dos anjos. Nós vivemos três dimensões espaciais e uma temporal e essa relação nos permite caminhar apenas numa única direção, já que uma vez que se faz uma escolha não se pode voltar atrás. Para exemplificar podemos pensar em dois caminhos (esquerda e direita) se vc for pela esquerda viverá uma coisa e se for pela direita viverá outra. Mesmo que vc retorne de um dos caminhos para seguir o outro vc jamais viverá exatamente o mesmo que viveria se estivesse escolhido primeiramente o caminho que tomou depois. Mr Nobody pode viver todos os caminhos graças a sua onisciência das várias dimensões. No final, após ter escolhido todos os caminhos possíveis de se viver no dilema de ter permanecido com o pai e de ter fugido com a mãe, Mr Nobody não pode mais escolher os caminhos e parte para uma nova possibilidade o caminho do meio no qual não fica com nenhum deles. Sua risada no final é porque agora irão iniciar novas possibilidades e mais uma vez seu fim será adiado e aquele futuro no qual se encontrava com o entrevistador na maior possibilidade de vida possível (118 anos) passa a não existir mais e poderá haver outra ainda maior. Quem sabe?!?
Se vc fizer de conta que está assistindo um filme comum não baseado em nada vc irá achar o seguinte: efeitos especiais medíocres (mesmo para a época), maquiagem preguiçosa e falha, história batida cheia de pieguices e clichês, cenas de luta medianas, protagonista que não funciona e nem traz carisma ou empatia, coadjuvantes descartáveis e com péssimas atuações, elenco sem qualquer estrela, trilha sonora porca, edição atabalhoada e por fim uma história sem qualquer novidade. Ai você pensa como adaptação de desenho/anime, e os problemas mais comuns nesse tipo de trabalho são: figurino e caracterização de personagens problemáticos, trazer para algo mais contemporâneo e real algo que é datado e imaginativo, adaptar anos e episódios em algumas horas, trazer os principais elementos sem tirar a emoção da história e tão pouco atropelar tudo e por fim, manter fidelidade máxima a obra original. DRAGONBALL EVOLUTION consegue trazer todos os problemas citados no primeiro parágrafo da minha análise e mais todos os problemas comuns nesse tipo de adaptação que citei no segundo parágrafo resultado um filme péssimo que não serve para nada a não ser manchar a carreira de roteirista, diretor, elenco e produtor.
Que cagada.... apesar de não ter visto o filme to imaginando algo tipo o Noé de Darren Aronofsky pelos comentários dos que viram o filme. Por que filmam uma história religiosa e transformam em algo que só traz polêmica, pouca qualidade e deturpa o credo alheio? Do ponto de vista artístico é o mesmo que readaptar um livro e não seguir sua história principal e ainda nem se quer informar ao seu público que isso será uma releitura. Por que fazer então? Do ponto de vista criativo porque não fazer um outro filme e uma história do zero? Do ponto de vista religioso e de credo popular me pergunto o porque querer agradar o público "ateu" com um conto bíblico? Se vc é ateu encare a história como ficcional e assista... não acredito no demônio e nos dogmas católicos mas adoro o filme "Exorcista". Isso é um exemplo de que é possível desenvolver algo legal sem deturpar a história original, sem ofender credos e ainda assim demonstrar grande qualidade. Por fim, acredito que o filme não seja bom mesmo, pois ninguém criticaria um filme se ele fosse muito bem feito independente de seguir a risca ou não a obra original. Como exemplo cito o filme "V de vingança" que supera e muito o HQ. Termino dizendo que essa é minha opinião sem ver o filme (UMA IMPRESSÃO) e que por isso não dei nota e não causo influência alguma nesta obra aqui no filmow.
A moral do filme e a compreensão da história não são assim tão difíceis de sacar, porém há alguns enigmas e simbologias mais complexos que acredito não darem um novo sentido a história, mas tão pouco acredito que eles são irrelevantes. Por este motivo a obra CIDADE DOS SONHOS tem seu conteúdo completo quase que inacessível ao público, mas não considero isso genial, pelo contrário conhecendo o diretor LYNCH acho prepotente e até arrogante o modo como conduz o arco para torná-lo o mais complexo possível. Já vi filmes mais elaborados terem maiores méritos e outros mais simples se tornarem obras primas, então concordo com aqueles que ficam com um pé atrás com todo esse intelectualismo e genialidade que ganha o desconhecido deste diretor. Para além disso acho que o filme possui dois grandes problemas: atores e atuações somente medianas e edição e direção pouco inspirada. Roteiro ótimo!!! Lynch poderia ser escritor mais que diretor na minha opinião, não executa tão bem com uma câmera o que suas boas ideias demonstram no papel.
A ideia do filme surge em alguns diálogos nele mesmo (não são literais o que trago aqui, mas trazem em si a essência do que o filme aborda e do que os atores falam):
1º Se existir alguém com esse poder (que controla tudo) ele sempre continuará nesse poder 2º Se eles realmente estão nesse poder "eles" deixaram algumas coisas "escaparem" vez ou outra exatamente por vontade própria (afinal como arrecadam mais poderosos para sua tribo e como afastam os curiosos) a resposta é uma só... informação (mentirosa ou verdadeira) 3º Por fim, a mensagem final é bem direta só se aproxime se fizer parte do grupo se for de fora vai se machucar
A mão do diretor está muito correta e para quem curti teorias de conspiração o final é um aviso e filme não deixa de ser revelador ainda que ao seu modo!!!!
Exatamente igual ao anterior com os mesmos defeitos e qualidades... A atriz principal é ótima, o desenvolvimento de sua personagem e do rapaz que a acompanha ok, os efeitos especiais bons, as cenas de luta e ação convincentes e bem coreografadas, as motivações dos heróis e vilões simples, mas realistas. Os problemas ficam no enredo que é sempre longo (mais de duas horas) com a primeira metade lenta quase enfadonha e a segunda acelerada, mas nenhuma das partes conseguindo ser brilhante apenas competente com falhas simples de serem corrigidas a maior parte com uma boa edição. Os personagens secundários, principalmente os do cenário de combate são sempre simples, caricatos e com motivações estereotipadas, o universo continua sendo mal apresentado e coisas paradoxais saltam a vista.... vide como a incrível e avançada tecnologia na capital junto com a abundância de riquezas e alimentos contrastam com figurinos, casas e aparatos medievais dos distritos que ainda passam fome. A pergunta que fica é... como a capital se sustenta? Quem cria a comida da capital? Quem extrai as riquezas? O que aconteceu que gerou a guerra? Pq todos ainda lembram mas ninguém fala disso? è por osmose que se mantém as lembranças? Antes que alguém fale que não li o livro.... NÃO EU NÃO LI E NEM PRECISO PQ ESTOU VENDO UM FILME QUE DEVERIA FAZER ISSO POR MIM SENÃO EU LEIO O LIVRO E NÃO OLHO O FILME!!!!! Para mim uma série pouco convincente, previsível (descobri tudo na metade do filme e não sou gênio), com problemas não corrigidos e de sucesso comercial superestimado, ou inflamado pela obra literária o que não lhe dá mérito algum mesmo assim. Se fosse para dar uma nota para o primeiro filme seria 6,5 e 6,9 para este aqui. Aceito variações de 0,5 ponto para mais ou 1 ponto para menos, divergente disso ou é muito hater ou é muito fã e ambos estão cegos, o primeiro pelo ódio e o segundo pela paixão!!!! Não se preocupem jovens isso dá e passa.
Vc sabe que Hollywood está na obra quando vê as intromissões dela no estilo do diretor. Só isso explica Blomkamp incluindo elementos no argumento que não tem o menor sentido no desenrolar do filme e principalmente nada acrescentam na película. Na minha opinião o final "bonzinho", a relação do casal principal e o medo de matar o antagonista no meio do filme tiraram a originalidade e imprevisibilidade do filme. Mas as execuções técnicas são espetaculares (som, efeitos sonoros, efeitos especiais, figurino, maquiagem, edição e locações) e os atores estão todos corretos a exceção para Wagner Moura e Sharlto Copley que colocaram brilho em personagens totalmente secundários mas não menos importantes para a trama e Alice Braga prejudicada pelo tempo na película e fragilidade do roteiro no que diz respeito a relação amorosa.
Percebi que muitos ficam fascinados diante da novidade que Pina e na verdade o diretor traz neste filme, ele propõem uma experiência encantadora, nova e principalmente diferente. Porém há um problema que muitos se justificam acreditando não estar a altura do filme e tão pouco a dança de Pina. Eu digo com coragem e sem frescura.... pretensioso demais e inacessível. odeio didatismo e tão pouco o lugar comum me encanta, mas esse filme complica todo aquele que não é da dança e advirto que mesmo aquele apaixonado pode ficar com uma pulga atrás da orelha. A nota alta mascara a vergonha, medo e ignorância de muitos que não se arriscam a enfrentá-lo e dizerem o gosto é por vezes amargo. Tinha muito o que explorar e se apaixonar, é verdade! Mas de que adianta tanta técnica, qualidade e invencionice se o público (o destino final de qualquer arte) fica com um sabor amargo de incompetência, incapacidade e desconhecimento para adorá-lo? Não é ruim, bem longe disso, mas também não é casual e tão pouco de fácil deglutição. Ainda assim vale a pena ser visto principalmente porque com todos esses poréns ele ainda consegue encantar os olhos e despertar a alma.
Execuções técnicas exuberantes e todas melhoradas (acabamento dos cenários, caracterização dos personagens, armaduras e golpes, coreografias de luta, efeitos visuais e sonoros, além da dublagem original da série). Porém no que diz respeito ao principal (enredo) deixou muito a desejar. Resumiu demais e deixou tudo corrido e fácil, a apresentação da história principal é aceitável mas a dos cavaleiros de bronze é superficial demais, retiraram das batalhas 4 das lutas favoritas dos fãs e ainda investiram muito CG e tempo num mestre do santuário completamente aberrante e sem sentido. A mudança de opinião dos cavaleiros de ouro é tão volúvel quanto a de uma criança de 5 anos e não torna nem carismático e nem crível qualquer dos personagens de ouro. No final é uma obra dispensável com uma recapagem bonita que poderia ter sido muito feliz... pena!!!!!
A ideia é vc ficar com as mesmas duvidas da personagem principal, mas acima de tudo que independente dessa resposta (do garoto ser ou não a reencarnação do marido) há várias vidas acontecendo e por tanto uma história ocorrendo. O entendimento final será completamente baseado na percepção do telespectador com base na sua crença aqui fora - no mundo real, e não no que aparece ali dentro- no filme. Outra pergunta intrigante do filme é como vc vive a sua vida após uma tragédia e como a vivemos após uma possível dádiva? A melancolia, sofrimento, drama e solidão estão muito consistentes e a direção é impecável. Diria que o mais impressionante é a atuação do menino e como o tema do diretor é original e humano. Parabéns ao filme e acho uma pena tantas pessoas não terem apreciado a obra... acredito que alguns pelo convencional hábito de querer respostas dentro do filme, outros por ficarem confusos mesmo a narrativa densa e um pouco complexa e uma parte pelo preconceito de achar tudo que é levemente diferente abstrato demais para ser curtido a não ser por intelectuais e fingidores "cult".
HER é o tipo de filme que usa a ciência, a tecnologia e o sci-fi para falar de tudo que é humano, sensível e emocional. A sacada de mestre de Spike Jonze foi usar e costurar elementos diversos como: o talento de Joaquin Phoenix, a bela e sensual voz de Scarlett Johansson, a construção magnânima e inovadora de seu próprio roteiro e principalmente o uso de diálogos verossímeis, sensíveis, poéticos e muito criativos também assinados pelo próprio diretor e escritor. Não há falhas no filme e tão pouco quem saia dele sem acreditar na proposta. O filme apresenta mais do que somente a discussão do que o amor é capaz e de como pode chegar a ser o futuro da tecnologia, o filme é profundo em discutir as relações (independentemente de serem humanas), o sentido da vida, o valor dos sonhos, a capacidade de se descobrir e se reinventar e principalmente o que é felicidade e do que precisamos para atingi-la? Impossível não parabenizar a qualidade técnica e sensível da poesia e profundidade das imagens, a montagem competente e caprichosa, a diversidade dos planos e cores explorados pela câmera de Spike, o uso suave e dramático do set list musical de uma trilha sonora impecável e por fim o figurino simples mas seguro que se apresentam nesse futuro fictício. Obra prima moderna que junto com NEBRASKA são as mostras geniais da simplicidade que toca em pleno 2014. É o cinema se reencontrando!
Atuações muito boas mas nenhuma com potencial para marcar algum personagem na galeria do cinema ou pelo menos que seja digna de alguma premiação anual. os personagens tem um problema de construção grave que é minimizado pelo talento dos artistas, notem que é impossível simpatizar ou torcer por algum personagem do filme! O figurino é o grande trunfo do filme, porém o roteiro é problemático, a ideia do argumento é legal, mas o filme carrega no drama que não consegue ser nem emocionante e nem empolgante, ainda que dê profundidade aos personagens é pouco funcional para a história que conta e fica uma miscelânea insossa e confusa de que resultado O. Russell esperava alcançar... seria um melodrama com fundo policial? A montagem lenta não combinou para este filme que necessitava de agilidade, mais destaque para o enredo (por consequência menos para os personagens), cortes profundos do tempo de película e por fim, destacar com maior ênfase e surpresa o plot twist final. A trilha sonora tão elogiada é também explorada com dificuldade ainda que o setlist seja de altíssima qualidade. É quase uma afronta ou pelo menos um tremendo exagero indicarem essa obra aos prêmios de: melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem além do estupendo erro de colocar David O. Russell como concorrente a melhor diretor.
O filme não é sucesso por três simples motivos: 1º Cumpre bem sua função de entreter e até empolga, porém está longe de ser brilhante não passando apenas de uma pipoca bacana. 2º Este tipo de cinema só faz sucesso na América Latina e EUA como o filme faz uma crítica muito forte a nação estadunidense e seu modelo(estilo) de vida: sua arrogância, supremacia, amor bélico, sensacionalismo e imperialismo mundial obviamente não teria boa crítica e público na terrinha. 3º Por fim, não é um filme bom para estrear a carreira internacional embora Padilha tenha sido competente e o elenco não deixe nada a desejar. Além de ser um remake que é algo muito repudiado por crítica e cinéfilos, concorre no circuito mundial com outras famigeradas porcarias guardadas para esse período de férias de inverno/verão dependendo do lado do mundo que se está.
Tudo foi melhorado: roteiro, atores, atuações, direção, diálogos, efeitos especiais, dramaticidade, critica e orçamento...porém isso alçou a produção do filme de médio para bonzinho ou se tivesse que dar nota de 6,5 (do melhor filme da antiga produção) para 7,7 o atual. Falhou na trilha sonora e isso para um filme de ação é importantíssimo. Não deve nada aos famigerados filmes da Marvel e DC (excluindo-se a trilogia Batman, o primeiro Iron man, o último Hulk e o Capitão América). Vale o ingresso!
Três coisas definem esse filme SIMPLICIDADE, SENSIBILIDADE e ORIGINALIDADE, ninguém deveria morrer sem assistir esse filme!!!! Um show de atuações e fotografia, uma verdadeira viagem pela descoberta de si e do outro. Um show que admito ter me tirado lágrimas de felicidade, melancolia e admiração.
Fazer um remake de uma pérola é algo complicado! Fui não esperando muito porque superar o filme coreano seria tarefa para ganhar críticos, público e prêmios e como já visto não foi este o resultado final. A obra por si só é sólida, competente e bem roteirizada, a primeira metade apresenta mais do personagem principal que o filme original e também é superior em demonstrar mais de sua personalidade antes e durante o cativeiro, porém todo o resto é inferior (inclusive a segunda metade). Spike Lee traz pequenas alterações no roteiro que tentam tornar esse filme mais universal e menos oriental, porém suas escolhas na maioria são mastigadinhas, apressadas e menos viscerais. Além disso, embora as alterações tragam um final levemente diferente todo o tempo vc assisti o filme imaginando cada coisa que está acontecendo e já montando o possível final algo que pode ser que aconteça porque já vi seu antecessor, mas tive a sensação que ele deixa muitas pistas... e eis aqui parte ingrata do filme pois se queria surpreender o telespectador "novo" bastava repetir o filme e seu final, mas se queria surpreender quem já assistiu o primeiro e os demais precisava fazer mais! O que ficou foi o gosto insosso de final "bonzinho". A pergunta do motivo de fazer esse remake ficou sem resposta. As desvantagens estão na falta de crueza, raiva e inteligência do personagem principal tanto quanto nas mudanças de roteiro que felizmente são poucas, no péssimo personagem do inimigo principal (completamente afetado e bobo que é assim parte por culpa da interpretação de Sharlito Copley e parte pelas escolhas do roteiro), a trilha sonora é pobre e a escolha de retirar o principal elemento construtor da história de Park Chan-Wook citado em meu spoiler foi triste. Como vantagem ficou a melhor coreografia de luta (com exceção da memorável cena do martelo original), a boa fotografia externa, a ideia final do filme (não superior ao antecessor, mas criativa também) e a interpretação de Elizabeth Olsen.
Não queriam usar a hipnose em Joe para fazer escolhas e para o final? OK, poderiam ter usado a desculpa de usar sessões de terapia psicológica e comportamental avançada de modo a não alterar o final. O fato do personagem principal ter que escolher ficar com a filha maritalmente é tão surpreendente quanto chocante e faz do Oldboy original um filme muito perturbador e ao mesmo tempo com uma escolha tão feliz quanto doentia e isso é simplesmente profundo e aterrorizante. Penso q o inimigo amar sua própria irmã a ponto de terem uma relação incestuosa é também mais impactante. Porém alterar para a relação entre pai e filha poderia render um bom desfecho. Por exemplo, poderiam ter feito a escolha do irmão não saber da relação entre os pais e achar que tudo não passou de uma fofoca que terminou com a fuga desesperada do pai e da família visando preservarem sua imagem e abalado o chefe de família acaba batendo o carro matando todos deixando apenas o filho vivo marcado com aquela cicatriz horrível e terrivelmente indignado e sofrido por ter a família ceifada pela fofoca de um garoto idiota. Afinal, quem ama o PAI após sofrer atos sexuais do mesmo e ter sua irmã também vítima disso? Ou como amar o pai que mata a própria família? Joe (o personagem principal) vive ambos problemas visando se redimir para sua filha achando que ela jamais iria amá-lo por estes erros, porque os mesmos problemas fizeram q o vilão ame tanto o próprio pai e odeie Joe?
Assisti e achei uma decepção. A história tinha potencial, mas faltou mãos competentes no roteiro, na construção dos diálogos e principalmente na direção. A fotografia, os efeitos especiais, o figurino e ALGUMAS coreografias de luta são o ponto alto do filme mas todo o resto é um desastre. Os personagens são todos muito clichês, mal apresentados, com pouco tempo na película e portadores de diálogos e intenções infantis. A interpretação da mocinha em perigo Kou Shibasaki, do herói principal Keanu Reeves e da vilã feiticeira Rinko Kikuchi é bastante comprometedora. Não há coerência nas decisões dos personagens senhores feudais e do Shogun (que deveriam ser sábios na arte de diplomacia e mestres do conhecimento das tradições antigas) se safam em apenas duas decisões que envolvem a honra do clã sendo uma delas a do final que salvo o filme de ser uma verdadeira bomba. Por fim, é uma aventura sem qualquer alma ou empatia do seu telespectador. Uma bela lenda de honra e bravura transformada num fracasso como contação de história e como projeto comercial cinematográfico.
O Babadook
3.5 2,0KO filme tinha tudo para ser o melhor filme de terror dos últimos 10 anos mas pecou justamente no seu final. Porém vou destacar aqui os méritos do filme mais do que as falhas... a começar pela trilha sonora e mixagem de som que foram muito bem encaixadas, não chega a ser marcante como em Tubarão e Haloween, mas o trabalho de som aqui é muito competente e muito controlado. A atuação do elenco toda é muito boa mas os atores principais Essie Davis (Amelia) e Noah Wiseman (Samuel) são de tirar o chapéu. Individualmente ambos conseguem passar todos os sentimentos do filme: medo, raiva, alegria, solidão, nostalgia, depressão, rejeição, saudade, mas é juntos que se tornam ainda melhores a química mãe e filho em todas as difíceis relações e momentos são todas muito críveis. O roteiro e a direção são muito seguros e colocam o medo de forma imaginativa, muito mais na sugestão do que quando resolve "aparecer". Aliás quando aparece o Babadook é que eu achei que o filme caiu de qualidade, pegou alguns clichês, forçou algumas situações, usou efeitos especiais toscos e finalizou com uma metáfora que na minha opinião não ficou fechadinha como o filme vinha se mantendo nas duas primeiras partes. Aliás um destaque para edição que foi muito competente e que formou "diálogos" com a televisão usando comerciais, chamadas de programas, notícias e até cenas de filmes... simplesmente espetacular. Jennifer Kent só perdeu a chance de fazer o filme memorável que tinha quando escolheu um final bonzinho com uma mudança de perfil de Amelia de modo pouco convincente. Babadook mantém a dúvida se tudo aquilo é obra de um fantasma, da imaginação, de uma doença psiquiátrica, um trauma mal resolvido ou um verdadeiro demônio até seus créditos finais. Vale a pena conferir.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraUm traço muito original, uma história convencional, uma animação linda, um filme triste, um resultado que encanta os olhos e aperta o coração. Eu achava q Wall E era magnânimo com poucos diálogos, mas esse aqui é perfeito sem qualquer fala!
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraUm filme seguro, sabe o que quer e entrega algo honesto e muito caprichado. O forte está nos diálogos; muito bem elaborados, criativos, recheados de referências matemáticas, da computação, filosofia e com boas metáforas. As interpretações estão excelentes, nenhuma memorável o suficiente para premiações ou para marcar época, mas todas elas muito competentes e verossímeis. Os efeitos especiais nem precisariam existir e tudo ainda seria muito crível, porém aparecem de modo muito marcante, eficiente e dão um tom mais sci-fi ao filme. Por fim, temos um roteiro bem encaixado, traz um filme de ritmo denso e calmo que para muitos parecer enfadonho e pouco inspirado mas a ideia é ser um thriller mais psicológico que usa e abusa do tom melancólico e claustrofóbico, a ideia do surgimento da inteligência artificial bem como de consciência em máquinas não é algo novo mas o desafio que se propõem aqui é de certo modo inovador. O possível romance entre homem e máquina fui muito bem realizado em HER e neste filme podemos ver mais do que isso e ele está mais para empatia do que propriamente romance, sem entregar qualquer spoiler posso dizer que o desenvolvimento de todos os personagens é sensacional e o filme só não se tornou perfeito pq no final ele segue por um terreno mais seguro, previsível muito embora muito bem executado. O filme propôs um plot-twist no meio da película que teria sido perfeito como final, mas acabou sendo usado como uma muleta para colocar em xeque a sanidade de um dos personagens o que ficou muito bem também. Ao final é um filme que vale muito a pena ser visto e que entrega a melhor ficção científica de pelo menos os últimos 2 anos. Um roteirista consagrado mostrando que consegue fazer bonito na batuta das câmeras e da arte.
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraSe Blomkamp tivesse feito Chappie, Elysium e Distrito 9 exatamente nessa ordem apostaria que seu próximo filme era ganhador de prêmios importantes CERTO. O problema é que a ordem é inversa então vemos uma carreira decadente muito parecida com a de Shyamalan que prometeu muito em seu primeiro filme e pouco a pouco foi caindo até se tornar nada de relevante.
Este filme é uma sucessão de erros que entrega um filme pipoca com efeitos especiais de primeiríssima, mas que junto traz um vazio de conteúdo que se torna vergonhoso até mesmo para Michael Bay que pelo menos te prende a respiração com muita ação gravada de forma magistral e com um enredo simples porém nada pretensioso e bastante funcional.
Chappie se enrola a cada minuto trazendo uma série de temas que são abordados de forma totalmente irregular, apressada e superficial. As soluções para os conflitos são péssimas, a ficção só está nos efeitos especiais, e o que dizer dos personagens... nenhum se salva! Com um elenco no mínimo interessante vc fica abismado como a sucessão de erros em torno deles o q os torna patéticos e desprezíveis inclusive o personagem principal. Todos são: extremamente mal apresentados, possuem falas risíveis e caricatas, motivações mal exploradas e completamente imparciais, suas construções são grotescas e para piorar a resolução de cada personagem é péssima e previsivel (quem quiser entender meu ponto de vista e já viu o filme ou não tem interesse em vê-lo leia o spoiler que deixarei abaixo).
Por fim o que eleva a nota do filme para o público geral são três grandes méritos:
1º Direção de Arte>>> ela usou locações, figurinos, objetos e maquiagens do universo cyber-punk e uniu ao universo já consagrado do diretor o que deixou o filme com uma cara futurista mas ainda assim familiar, além de parecer que é logo ali na frente e com ela ainda usou figuras de robôs já conhecidas e consagradas (robocop, wall-e e um pouco de mangá) para contar sua história. A direção de arte foi muito competente em deixar o filme com um aspecto original, com uma roupagem de sci-fi popular e geek ao mesmo tempo.
2º Efeitos especiais>>> é sempre o mínimo que espero de filmes que vão utilizar em sua película o tempo inteiro algumas máquinas, explosões e armas bombásticas que os efeitos usados contribuam ou que pelo menos não comprometam o filme. Este aqui foi excelente e até o tornou a obra em questão mais palatável.
3º Edição>>> tendo visto que o roteiro é uma bomba e com tão pouco a explorar dos personagens (mesmo o principal) a edição foi esperta em colocar ação atrás de ação para vc nem pensar muito sobre a história que está sendo contada e dos absurdos de escolhas e pensamentos de cada personagem.
Chapie deveria ter feito já no início um backup da internet absorvendo senão toda pelo menos uma boa parte do conhecimento humano, não precisaria assim aprender como um bebê cada coisa como vimos. Outro problema é que mesmo depois de ter feito isso ainda falava como criança e acreditava em cada imbecilidade que dava raiva. Por fim o lance dele não morrer e transferirem a sua "consciência" para outro robô da forma como foi - através do capacete de comando do robô motherfucker foi constrangedor! Só não foi pior porque eles fizeram o mesmo com seu criador humano que passou a ser uma maquina com sua consciência WTF?! Bom já que a solução colou com um melhor que cole com todos pensou o diretor e fez o mesmo com a bandida que tratava Chappie como um bebê, mas que queria assaltar e esculachar no início do filme (que mudança de personalidade hein?). E o que dizer do cara mais malvado do filme que do nada resolve entregar sua vida pela do robô e ainda assim não é morto! Para piorar Hugh Jackman faz um cara que resolve colocar a cidade em pânico só para testar sua máquina. e a dona da empresa que não tem visão alguma? Como alguém conduz uma indústria de tecnologia bélica, mas não vê dinheiro e nem mercado numa inteligência artificial completamente nova? Para piorar resolve deixar um robô monstro funcionar sem nunca ter sido testado?
Só posso ficar decepcionado mesmo com esse filme e desconfio que se Blomkamp um dia foi quase excepcional é porque Peter Jackson estava bem pertinho dele assessorando a coisa.
O Sal da Terra
4.6 450 Assista AgoraAno passado (2014) fui a uma exposição em Porto Alegre cujo o nome era Gênesis, fiquei encantado, não sabia do que iria tratar, nem quem era o renomado fotógrafo e tão pouco que importância tinha aquele artista que para meu espanto era brasileiro. Então fiquei sabendo que o Brasil concorria ao Oscar por um documentário baseado num fotógrafo social chamado Sebastião Salgado. Fui conferir sem jamais ligar os pontinhos e para minha surpresa no final do filme lá estava sua obra que já era encantadora agora tendo uma história, contando um ciclo de um artista e que ciclo lindo possuiu e que forma bela e profunda de contar essa história! Salgado e sua obra vieram nos mostrar o que há de mais belo no mundo: a luta em favor do bem! Este artista e esse filme nos dão um golpe duro no estômago, esmagam nossa alma e a comprimem fazendo doer nossa consciência no momento que expõem toda nossa ignorância, descaso e complacência com os males do mundo para que depois num carinho suave e redentor nos mostre que podemos auxiliar na mudança que salvará a terra e a humanidade de sua destruição. Aprendemos aqui que um gesto simples como plantar uma árvore é nossa maior herança para vida, mesmo que você nem pense numa causa ecológica.
Sinto dizer, mas o Brasil nunca esteve tão perto de um Oscar como dessa vez, apesar de não ter visto CITIZENFOUR acho difícil que ele seja maior que este filme, em seu favor está um tema menos relevante porém mais bombástico e midiático, além de ter projeção mundial por destacar a Casa Branca vigiando o mundo. Alimenta-se a paranoia é verdade, mas não deleita o coração como O SAL DA TERRA.
A Espuma dos Dias
3.7 479 Assista AgoraPara quem não é fã do diretor é um filme difícil, vc vive uma relação de amor e ódio com o diretor e principalmente com o o filme do início ao fim. Tudo pq enquanto o diretor te enche os olhos a obra vai te esvaziando o coração. Criatividade, direção de arte, maquiagem, efeitos especiais, fotografia e trilha sonora são maravilhosos, mas todo o resto parece uma catástrofe. Nos dramas, romances e até nos momentos mais corriqueiros sempre há muita comédia e uma bizarrice sendo esfregada na sua cara o que faz com que o filme não funcione. A direção (que pelo que comentam retratou com perfeição o livro ao qual originou o filme) traz para os cinéfilos não conhecedores da obra original um filme chato, sonolento, uma comédia sem graça e que não deixa qualquer outro sentimento funcionar no filme. As atuações de um time formado somente por estrelas é tão caricata e enfadonha que tive que assistir o filme em três prestações para concluí-lo. Eai algo que eu já tinha ouvido sobre este filme ficou claro: OU VC O AMA OU VC O ODEIA. Acho que não fiquei nem com um e nem com o outro, mas reconheço que os defeitos são maiores que os méritos e se for para ir para um dos extremos infelizmente eu opto por nunca mais vê-lo!!! Sim é inegável que há uma forma poética única neste filme, mas ele é tão alegórico que sua estética em altíssimo nível faz com que vc espere o mesmo nível de expressão de sentimentos e maturidade dos diálogos... algo que não acontece para minha decepção.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KA atuação do protagonista Mr Nobody (em várias épocas diferentes da sua vida e por isso com múltiplos atores - maior destaque para Jared Leto), a edição, os efeitos especiais, a maquiagem e o drama são excepcionais, o tema é muito original e inteligente, mas acho que perdeu a mão e deu umas derrapadas na abordagem e na apresentação de alguns pontos desse tema (os erros são leves, mas o suficiente para não deixar o filme memorável, mas com tantos acertos ainda assim é muito bom) não me agrada algumas pausas professorais. Tem ainda o problema dos coadjuvantes que poderiam ser mais bem apresentados e aprofundados de modo a criar maior empatia do telespectador e tornariam assim os romances mais funcionais e coesos. Ainda assim o filme é altamente recomendável e com um final muito bonito e interessante.
acredito que Mr Nobody foi agraciado em viver todas as dimensões/possibilidades possíveis devido ao fato de ter sido esquecido de receber a marca dos anjos. Nós vivemos três dimensões espaciais e uma temporal e essa relação nos permite caminhar apenas numa única direção, já que uma vez que se faz uma escolha não se pode voltar atrás. Para exemplificar podemos pensar em dois caminhos (esquerda e direita) se vc for pela esquerda viverá uma coisa e se for pela direita viverá outra. Mesmo que vc retorne de um dos caminhos para seguir o outro vc jamais viverá exatamente o mesmo que viveria se estivesse escolhido primeiramente o caminho que tomou depois. Mr Nobody pode viver todos os caminhos graças a sua onisciência das várias dimensões. No final, após ter escolhido todos os caminhos possíveis de se viver no dilema de ter permanecido com o pai e de ter fugido com a mãe, Mr Nobody não pode mais escolher os caminhos e parte para uma nova possibilidade o caminho do meio no qual não fica com nenhum deles. Sua risada no final é porque agora irão iniciar novas possibilidades e mais uma vez seu fim será adiado e aquele futuro no qual se encontrava com o entrevistador na maior possibilidade de vida possível (118 anos) passa a não existir mais e poderá haver outra ainda maior. Quem sabe?!?
Dragonball Evolution
1.2 1,6K Assista AgoraSe vc fizer de conta que está assistindo um filme comum não baseado em nada vc irá achar o seguinte: efeitos especiais medíocres (mesmo para a época), maquiagem preguiçosa e falha, história batida cheia de pieguices e clichês, cenas de luta medianas, protagonista que não funciona e nem traz carisma ou empatia, coadjuvantes descartáveis e com péssimas atuações, elenco sem qualquer estrela, trilha sonora porca, edição atabalhoada e por fim uma história sem qualquer novidade.
Ai você pensa como adaptação de desenho/anime, e os problemas mais comuns nesse tipo de trabalho são: figurino e caracterização de personagens problemáticos, trazer para algo mais contemporâneo e real algo que é datado e imaginativo, adaptar anos e episódios em algumas horas, trazer os principais elementos sem tirar a emoção da história e tão pouco atropelar tudo e por fim, manter fidelidade máxima a obra original.
DRAGONBALL EVOLUTION consegue trazer todos os problemas citados no primeiro parágrafo da minha análise e mais todos os problemas comuns nesse tipo de adaptação que citei no segundo parágrafo resultado um filme péssimo que não serve para nada a não ser manchar a carreira de roteirista, diretor, elenco e produtor.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraQue cagada.... apesar de não ter visto o filme to imaginando algo tipo o Noé de Darren Aronofsky pelos comentários dos que viram o filme. Por que filmam uma história religiosa e transformam em algo que só traz polêmica, pouca qualidade e deturpa o credo alheio? Do ponto de vista artístico é o mesmo que readaptar um livro e não seguir sua história principal e ainda nem se quer informar ao seu público que isso será uma releitura. Por que fazer então? Do ponto de vista criativo porque não fazer um outro filme e uma história do zero? Do ponto de vista religioso e de credo popular me pergunto o porque querer agradar o público "ateu" com um conto bíblico? Se vc é ateu encare a história como ficcional e assista... não acredito no demônio e nos dogmas católicos mas adoro o filme "Exorcista". Isso é um exemplo de que é possível desenvolver algo legal sem deturpar a história original, sem ofender credos e ainda assim demonstrar grande qualidade. Por fim, acredito que o filme não seja bom mesmo, pois ninguém criticaria um filme se ele fosse muito bem feito independente de seguir a risca ou não a obra original. Como exemplo cito o filme "V de vingança" que supera e muito o HQ. Termino dizendo que essa é minha opinião sem ver o filme (UMA IMPRESSÃO) e que por isso não dei nota e não causo influência alguma nesta obra aqui no filmow.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraA moral do filme e a compreensão da história não são assim tão difíceis de sacar, porém há alguns enigmas e simbologias mais complexos que acredito não darem um novo sentido a história, mas tão pouco acredito que eles são irrelevantes. Por este motivo a obra CIDADE DOS SONHOS tem seu conteúdo completo quase que inacessível ao público, mas não considero isso genial, pelo contrário conhecendo o diretor LYNCH acho prepotente e até arrogante o modo como conduz o arco para torná-lo o mais complexo possível. Já vi filmes mais elaborados terem maiores méritos e outros mais simples se tornarem obras primas, então concordo com aqueles que ficam com um pé atrás com todo esse intelectualismo e genialidade que ganha o desconhecido deste diretor. Para além disso acho que o filme possui dois grandes problemas: atores e atuações somente medianas e edição e direção pouco inspirada. Roteiro ótimo!!! Lynch poderia ser escritor mais que diretor na minha opinião, não executa tão bem com uma câmera o que suas boas ideias demonstram no papel.
A Conspiração
3.2 66A ideia do filme surge em alguns diálogos nele mesmo (não são literais o que trago aqui, mas trazem em si a essência do que o filme aborda e do que os atores falam):
1º Se existir alguém com esse poder (que controla tudo) ele sempre continuará nesse poder
2º Se eles realmente estão nesse poder "eles" deixaram algumas coisas "escaparem" vez ou outra exatamente por vontade própria (afinal como arrecadam mais poderosos para sua tribo e como afastam os curiosos) a resposta é uma só... informação (mentirosa ou verdadeira)
3º Por fim, a mensagem final é bem direta só se aproxime se fizer parte do grupo se for de fora vai se machucar
A mão do diretor está muito correta e para quem curti teorias de conspiração o final é um aviso e filme não deixa de ser revelador ainda que ao seu modo!!!!
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraExatamente igual ao anterior com os mesmos defeitos e qualidades...
A atriz principal é ótima, o desenvolvimento de sua personagem e do rapaz que a acompanha ok, os efeitos especiais bons, as cenas de luta e ação convincentes e bem coreografadas, as motivações dos heróis e vilões simples, mas realistas.
Os problemas ficam no enredo que é sempre longo (mais de duas horas) com a primeira metade lenta quase enfadonha e a segunda acelerada, mas nenhuma das partes conseguindo ser brilhante apenas competente com falhas simples de serem corrigidas a maior parte com uma boa edição. Os personagens secundários, principalmente os do cenário de combate são sempre simples, caricatos e com motivações estereotipadas, o universo continua sendo mal apresentado e coisas paradoxais saltam a vista.... vide como a incrível e avançada tecnologia na capital junto com a abundância de riquezas e alimentos contrastam com figurinos, casas e aparatos medievais dos distritos que ainda passam fome. A pergunta que fica é... como a capital se sustenta? Quem cria a comida da capital? Quem extrai as riquezas? O que aconteceu que gerou a guerra? Pq todos ainda lembram mas ninguém fala disso? è por osmose que se mantém as lembranças? Antes que alguém fale que não li o livro.... NÃO EU NÃO LI E NEM PRECISO PQ ESTOU VENDO UM FILME QUE DEVERIA FAZER ISSO POR MIM SENÃO EU LEIO O LIVRO E NÃO OLHO O FILME!!!!!
Para mim uma série pouco convincente, previsível (descobri tudo na metade do filme e não sou gênio), com problemas não corrigidos e de sucesso comercial superestimado, ou inflamado pela obra literária o que não lhe dá mérito algum mesmo assim. Se fosse para dar uma nota para o primeiro filme seria 6,5 e 6,9 para este aqui. Aceito variações de 0,5 ponto para mais ou 1 ponto para menos, divergente disso ou é muito hater ou é muito fã e ambos estão cegos, o primeiro pelo ódio e o segundo pela paixão!!!!
Não se preocupem jovens isso dá e passa.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraVc sabe que Hollywood está na obra quando vê as intromissões dela no estilo do diretor. Só isso explica Blomkamp incluindo elementos no argumento que não tem o menor sentido no desenrolar do filme e principalmente nada acrescentam na película. Na minha opinião o final "bonzinho", a relação do casal principal e o medo de matar o antagonista no meio do filme tiraram a originalidade e imprevisibilidade do filme. Mas as execuções técnicas são espetaculares (som, efeitos sonoros, efeitos especiais, figurino, maquiagem, edição e locações) e os atores estão todos corretos a exceção para Wagner Moura e Sharlto Copley que colocaram brilho em personagens totalmente secundários mas não menos importantes para a trama e Alice Braga prejudicada pelo tempo na película e fragilidade do roteiro no que diz respeito a relação amorosa.
Pina
4.4 408Percebi que muitos ficam fascinados diante da novidade que Pina e na verdade o diretor traz neste filme, ele propõem uma experiência encantadora, nova e principalmente diferente. Porém há um problema que muitos se justificam acreditando não estar a altura do filme e tão pouco a dança de Pina. Eu digo com coragem e sem frescura.... pretensioso demais e inacessível. odeio didatismo e tão pouco o lugar comum me encanta, mas esse filme complica todo aquele que não é da dança e advirto que mesmo aquele apaixonado pode ficar com uma pulga atrás da orelha. A nota alta mascara a vergonha, medo e ignorância de muitos que não se arriscam a enfrentá-lo e dizerem o gosto é por vezes amargo. Tinha muito o que explorar e se apaixonar, é verdade! Mas de que adianta tanta técnica, qualidade e invencionice se o público (o destino final de qualquer arte) fica com um sabor amargo de incompetência, incapacidade e desconhecimento para adorá-lo? Não é ruim, bem longe disso, mas também não é casual e tão pouco de fácil deglutição. Ainda assim vale a pena ser visto principalmente porque com todos esses poréns ele ainda consegue encantar os olhos e despertar a alma.
Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário
2.5 810 Assista AgoraExecuções técnicas exuberantes e todas melhoradas (acabamento dos cenários, caracterização dos personagens, armaduras e golpes, coreografias de luta, efeitos visuais e sonoros, além da dublagem original da série). Porém no que diz respeito ao principal (enredo) deixou muito a desejar. Resumiu demais e deixou tudo corrido e fácil, a apresentação da história principal é aceitável mas a dos cavaleiros de bronze é superficial demais, retiraram das batalhas 4 das lutas favoritas dos fãs e ainda investiram muito CG e tempo num mestre do santuário completamente aberrante e sem sentido. A mudança de opinião dos cavaleiros de ouro é tão volúvel quanto a de uma criança de 5 anos e não torna nem carismático e nem crível qualquer dos personagens de ouro. No final é uma obra dispensável com uma recapagem bonita que poderia ter sido muito feliz... pena!!!!!
V de Vingança
4.3 3,0K Assista AgoraUm dos poucos exemplares em que a obra original (HQ) é superada e muito pela obra adaptada (filme).
Dá Para Fazer
4.4 70Se alguém quer entender o que é reinserção psicossocial eis o exemplo!!!!
Reencarnação
2.4 386A ideia é vc ficar com as mesmas duvidas da personagem principal, mas acima de tudo que independente dessa resposta (do garoto ser ou não a reencarnação do marido) há várias vidas acontecendo e por tanto uma história ocorrendo. O entendimento final será completamente baseado na percepção do telespectador com base na sua crença aqui fora - no mundo real, e não no que aparece ali dentro- no filme. Outra pergunta intrigante do filme é como vc vive a sua vida após uma tragédia e como a vivemos após uma possível dádiva?
A melancolia, sofrimento, drama e solidão estão muito consistentes e a direção é impecável. Diria que o mais impressionante é a atuação do menino e como o tema do diretor é original e humano.
Parabéns ao filme e acho uma pena tantas pessoas não terem apreciado a obra... acredito que alguns pelo convencional hábito de querer respostas dentro do filme, outros por ficarem confusos mesmo a narrativa densa e um pouco complexa e uma parte pelo preconceito de achar tudo que é levemente diferente abstrato demais para ser curtido a não ser por intelectuais e fingidores "cult".
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraHER é o tipo de filme que usa a ciência, a tecnologia e o sci-fi para falar de tudo que é humano, sensível e emocional. A sacada de mestre de Spike Jonze foi usar e costurar elementos diversos como: o talento de Joaquin Phoenix, a bela e sensual voz de Scarlett Johansson, a construção magnânima e inovadora de seu próprio roteiro e principalmente o uso de diálogos verossímeis, sensíveis, poéticos e muito criativos também assinados pelo próprio diretor e escritor. Não há falhas no filme e tão pouco quem saia dele sem acreditar na proposta. O filme apresenta mais do que somente a discussão do que o amor é capaz e de como pode chegar a ser o futuro da tecnologia, o filme é profundo em discutir as relações (independentemente de serem humanas), o sentido da vida, o valor dos sonhos, a capacidade de se descobrir e se reinventar e principalmente o que é felicidade e do que precisamos para atingi-la? Impossível não parabenizar a qualidade técnica e sensível da poesia e profundidade das imagens, a montagem competente e caprichosa, a diversidade dos planos e cores explorados pela câmera de Spike, o uso suave e dramático do set list musical de uma trilha sonora impecável e por fim o figurino simples mas seguro que se apresentam nesse futuro fictício. Obra prima moderna que junto com NEBRASKA são as mostras geniais da simplicidade que toca em pleno 2014. É o cinema se reencontrando!
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraAtuações muito boas mas nenhuma com potencial para marcar algum personagem na galeria do cinema ou pelo menos que seja digna de alguma premiação anual. os personagens tem um problema de construção grave que é minimizado pelo talento dos artistas, notem que é impossível simpatizar ou torcer por algum personagem do filme! O figurino é o grande trunfo do filme, porém o roteiro é problemático, a ideia do argumento é legal, mas o filme carrega no drama que não consegue ser nem emocionante e nem empolgante, ainda que dê profundidade aos personagens é pouco funcional para a história que conta e fica uma miscelânea insossa e confusa de que resultado O. Russell esperava alcançar... seria um melodrama com fundo policial? A montagem lenta não combinou para este filme que necessitava de agilidade, mais destaque para o enredo (por consequência menos para os personagens), cortes profundos do tempo de película e por fim, destacar com maior ênfase e surpresa o plot twist final. A trilha sonora tão elogiada é também explorada com dificuldade ainda que o setlist seja de altíssima qualidade. É quase uma afronta ou pelo menos um tremendo exagero indicarem essa obra aos prêmios de: melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem além do estupendo erro de colocar David O. Russell como concorrente a melhor diretor.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraO filme não é sucesso por três simples motivos:
1º Cumpre bem sua função de entreter e até empolga, porém está longe de ser brilhante não passando apenas de uma pipoca bacana.
2º Este tipo de cinema só faz sucesso na América Latina e EUA como o filme faz uma crítica muito forte a nação estadunidense e seu modelo(estilo) de vida: sua arrogância, supremacia, amor bélico, sensacionalismo e imperialismo mundial obviamente não teria boa crítica e público na terrinha.
3º Por fim, não é um filme bom para estrear a carreira internacional embora Padilha tenha sido competente e o elenco não deixe nada a desejar. Além de ser um remake que é algo muito repudiado por crítica e cinéfilos, concorre no circuito mundial com outras famigeradas porcarias guardadas para esse período de férias de inverno/verão dependendo do lado do mundo que se está.
Tudo foi melhorado: roteiro, atores, atuações, direção, diálogos, efeitos especiais, dramaticidade, critica e orçamento...porém isso alçou a produção do filme de médio para bonzinho ou se tivesse que dar nota de 6,5 (do melhor filme da antiga produção) para 7,7 o atual. Falhou na trilha sonora e isso para um filme de ação é importantíssimo. Não deve nada aos famigerados filmes da Marvel e DC (excluindo-se a trilogia Batman, o primeiro Iron man, o último Hulk e o Capitão América). Vale o ingresso!
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraTrês coisas definem esse filme SIMPLICIDADE, SENSIBILIDADE e ORIGINALIDADE, ninguém deveria morrer sem assistir esse filme!!!! Um show de atuações e fotografia, uma verdadeira viagem pela descoberta de si e do outro. Um show que admito ter me tirado lágrimas de felicidade, melancolia e admiração.
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraFazer um remake de uma pérola é algo complicado! Fui não esperando muito porque superar o filme coreano seria tarefa para ganhar críticos, público e prêmios e como já visto não foi este o resultado final. A obra por si só é sólida, competente e bem roteirizada, a primeira metade apresenta mais do personagem principal que o filme original e também é superior em demonstrar mais de sua personalidade antes e durante o cativeiro, porém todo o resto é inferior (inclusive a segunda metade). Spike Lee traz pequenas alterações no roteiro que tentam tornar esse filme mais universal e menos oriental, porém suas escolhas na maioria são mastigadinhas, apressadas e menos viscerais. Além disso, embora as alterações tragam um final levemente diferente todo o tempo vc assisti o filme imaginando cada coisa que está acontecendo e já montando o possível final algo que pode ser que aconteça porque já vi seu antecessor, mas tive a sensação que ele deixa muitas pistas... e eis aqui parte ingrata do filme pois se queria surpreender o telespectador "novo" bastava repetir o filme e seu final, mas se queria surpreender quem já assistiu o primeiro e os demais precisava fazer mais! O que ficou foi o gosto insosso de final "bonzinho". A pergunta do motivo de fazer esse remake ficou sem resposta. As desvantagens estão na falta de crueza, raiva e inteligência do personagem principal tanto quanto nas mudanças de roteiro que felizmente são poucas, no péssimo personagem do inimigo principal (completamente afetado e bobo que é assim parte por culpa da interpretação de Sharlito Copley e parte pelas escolhas do roteiro), a trilha sonora é pobre e a escolha de retirar o principal elemento construtor da história de Park Chan-Wook citado em meu spoiler foi triste. Como vantagem ficou a melhor coreografia de luta (com exceção da memorável cena do martelo original), a boa fotografia externa, a ideia final do filme (não superior ao antecessor, mas criativa também) e a interpretação de Elizabeth Olsen.
Não queriam usar a hipnose em Joe para fazer escolhas e para o final? OK, poderiam ter usado a desculpa de usar sessões de terapia psicológica e comportamental avançada de modo a não alterar o final. O fato do personagem principal ter que escolher ficar com a filha maritalmente é tão surpreendente quanto chocante e faz do Oldboy original um filme muito perturbador e ao mesmo tempo com uma escolha tão feliz quanto doentia e isso é simplesmente profundo e aterrorizante. Penso q o inimigo amar sua própria irmã a ponto de terem uma relação incestuosa é também mais impactante. Porém alterar para a relação entre pai e filha poderia render um bom desfecho. Por exemplo, poderiam ter feito a escolha do irmão não saber da relação entre os pais e achar que tudo não passou de uma fofoca que terminou com a fuga desesperada do pai e da família visando preservarem sua imagem e abalado o chefe de família acaba batendo o carro matando todos deixando apenas o filho vivo marcado com aquela cicatriz horrível e terrivelmente indignado e sofrido por ter a família ceifada pela fofoca de um garoto idiota. Afinal, quem ama o PAI após sofrer atos sexuais do mesmo e ter sua irmã também vítima disso? Ou como amar o pai que mata a própria família? Joe (o personagem principal) vive ambos problemas visando se redimir para sua filha achando que ela jamais iria amá-lo por estes erros, porque os mesmos problemas fizeram q o vilão ame tanto o próprio pai e odeie Joe?
47 Ronins
3.2 1,1K Assista AgoraAssisti e achei uma decepção. A história tinha potencial, mas faltou mãos competentes no roteiro, na construção dos diálogos e principalmente na direção. A fotografia, os efeitos especiais, o figurino e ALGUMAS coreografias de luta são o ponto alto do filme mas todo o resto é um desastre. Os personagens são todos muito clichês, mal apresentados, com pouco tempo na película e portadores de diálogos e intenções infantis. A interpretação da mocinha em perigo Kou Shibasaki, do herói principal Keanu Reeves e da vilã feiticeira Rinko Kikuchi é bastante comprometedora. Não há coerência nas decisões dos personagens senhores feudais e do Shogun (que deveriam ser sábios na arte de diplomacia e mestres do conhecimento das tradições antigas) se safam em apenas duas decisões que envolvem a honra do clã sendo uma delas a do final que salvo o filme de ser uma verdadeira bomba. Por fim, é uma aventura sem qualquer alma ou empatia do seu telespectador. Uma bela lenda de honra e bravura transformada num fracasso como contação de história e como projeto comercial cinematográfico.