Vou falar algo sincero e que irá provocar a ira de muitos e a ojeriza dos fãs de Park Chan-Wook. Com grande esforço, paciência, sensibilidade, aceitação da comédia oriental e respeitando a biografia do diretor você até consegue ver o filme até o fim, mas chegando lá o que fica é um gosto amargo de será que o cara viajou muito ou eu que não peguei a essência? Sinceramente muita gente vai ter medo de dizer que o filme é ruim por usar todos os elementos que citei, ou pela vergonha de não querer ser burro ou ainda ser linchado no site mas o diretor aqui comete um erro após o outro e só não faz dessa película uma porcaria porque muitos dos elementos autorais de sua obra salvam o filme de um estupendo fracasso. Argumento aqui meu ponto de vista para deixar claro os pontos positivos e negativos do filme que acabei de assistir. PONTOS POSITIVOS: os enquadramentos de câmera, o uso de cores de fundo, iluminação e tomadas de filmagem são poéticos falam muito do estado de espírito dos personagens/pacientes, bem como representam bem o onírico nos momentos de imaginação dos mesmos. A atuação do ator principal é interessante e seu canto extremamente afinado. o argumento embora confuso em grande parte da sua montagem é simples em sua mensagem: "vou fazer um filme de comédia romântica que se passa no manicômio e mostra uma mulher que se considera cyborg se envolvendo com um rapaz antissocial e o quanto o amor deles pode ser colaborativo para a melhora física e psicológica um do outro e o quanto eles são lúcidos quando comparados com os profissionais que os tratam." os efeitos especiais são leves e simples e diria até funcionais, por fim a apresentação dos devaneios de alguns pacientes e a construção de alguns personagens é bem diferente e em alguns casos muito legais destaque para a mitomaníaca, o que anda sempre de costas e o roubador de poderes. PONTOS NEGATIVOS: Embora o argumento seja bom o roteiro tem problemas e se alonga muito em banalidades e trivialidades, não tem problema usar um pouco disso para reafirmar que estamos falando de loucos e suas insanidades, mas em certo momento parece uma verdadeira loucura do diretor o filme todo. Os diálogos cometem o mesmo erro e as conversas sem pé nem cabeça dominam os 105 minutos de filme fazendo você perder a sensibilidade de alguns relatos muito profundos. A criatividade está lá porém ela escapa em meio a tanta abstração. A atriz principal faz um papel caricato e a maquiagem é bem bizarrinha. A edição e a montagem tem pequenos problemas que me pareceram intencional visando causar uma certa bagunça ao telespectador de modo a "convidá-lo a entrar nessa loucura" que é o hospício e o filme, o problema é que com todos os exageros dos elementos citados anteriormente você já entrou na loucura do filme há horas e tudo que busca é um pouquinho de coerência e simplicidade para digerir tanta insanidade (fato incomum para nós seres "normais"). Por momentos me senti já enredando viajando num exagero ao meu ver dispensável. Por fim, achei o a comédia forçada porque respeitando as diferenças culturais acho péssimo o modo como eles tentam fazer o público rir. CONCLUO QUE não era um filme para Park roterizar sozinho e também não acho que foi tão brilhante na direção da comédia/romântica como foi na ação/mistério/violência da triade da vingança. Em resumo poderia ter sido melhor se não fosse tanta megalomania e experimentalismo, ficou sua marca porque ele sabe fazer cinema autoral, mas o resultado foi uma maluquice que extrapola o saudável de minha mente e do cinema. Não me venha com o papo de sair do lugar comum há sim erros e exageros no filme e ainda que eu possa estar deslocado e sendo injusto com uma avaliação de valor baixo o muito lá em cima me causa desconfiança principalmente pelos fatos que expus no início de minha resenha.
Bom fazia tempo que não via um filme para chamar de sublime. Lento, lentíssimo e isso que é um defeito pra muitos para mim foi despercebido! Acostumado a esse tipo de produção me entristece muito a época que vivemos onde longos filmes não são mais produzidos por apelo comercial (exceção a Peter Jackson que por vezes me parece megalomaníaco). Eis uma época onde o desejo de se fazer uma obra autoral e sincera estava acima de qualquer desejo de produtora e a qualidade não era atingida pelo bem do $$$$. Também só é possível gostar desse tipo de filme por ter na direção e no roteiro um gênio daqueles que nasce um por século então qualquer comparação seria covardia. Mas vamos ao filme sensacional que assisti contente. A começar pelo argumento do filme que para mim é um dos mais originais do cinema: um homem capaz de transitar na área secreta e super bem protegida onde caiu um possível meteorito ganha a alcunha de STALKER, porém o rapaz ganha seu sustento levando pessoas até o local desconhecido. Há rumores que este local tem um espaço chamado de "quarto" onde qualquer desejo pedido é realizado. Um escritor de grande sucesso que não acredita em fábulas e mistérios está afim de "pagar" para ver o tal "quarto" e de quebra escrever sobre a experiência como uma forma de inspiração em sua obra, ou ainda desmascarar o tal local que para ele parece mais uma superstição. Outro homem que tem a profissão de físico e professor está mais inclinado a desvendar os mistérios do tal local e instigado a saber o que se passa por lá. Sua contratação pelo stalker é para chegar no local e tirar a limpo se os boatos são verdadeiros e se de fato não há ali contato ou influência alienígena e assim quem sabe ter sua notoriedade no mundo das ciências, ou ainda se os boatos forem verdadeiros realizar seu desejo confidencial. Fazer um filme de ficção científica citando poemas, apresentando dilemas filosóficos e humanos, dialogando discussões religiosas e artísticas, sem fazer uso de efeitos especiais e ainda por cima sem a "aparição" de uma figura sequer do universo Sci-Fi foi sacada de mestre. Somente um roteiro bem amarrado e a formatação de diálogos muito profundos seriam capazes de tal resultado. O filme consegue tudo isso de modo impecável e de bônus nos traz interpretações magníficas dos três personagens principais. Também preciso destacar a cenografia extremamente simples e bonita em locações naturais (planícies, florestas e cachoeiras) e ambientes cavernosos e abandonados muito interessantes. Os planos e edições concisos e poéticos a inteligentíssima ideia de rodar o filme em preto e branco e no "local mágico" a película tornar-se colorida tornam o filme um memorável clássico. Um final surpreendente e arrebatador consagra a cereja do bolo. PERFEITO e nada menos poderia defini-lo.
Simplesmente encantado, esperava muito da película e não me decepcionei! A fotografia do filme seria simples se não fosse a câmera de Esmir Filho. Tudo ficou mais poético e intenso, o uso das cores como quem pinta um quadro é divino. O incrível é que esse quadro é melancólico, soturno e muito pesado, as cores frias preponderantes assim como a vegetação sempre em planos amplos e distantes transmitem um bonito e tocante prazer de lidar com o este filme que no fundo faz o mesmo com o tema adolescência e morte (mais especificamente o suicídio), as imagens em câmera lenta, ora rápida, por alguns momentos com um jogo de enquadramento, luz e foco de uma qualidade e profundidade que toca a alma e que são muito exclusivos! Por momentos o silêncio longo e a conversa "infantil" parecem chatos, mas só ilustram o quanto a vida do adolescente Mr. Tamborine Man é vazia e sem atrativos onde o que havia de mais interessante e prazeroso estava "vivo" num mundo digital e ainda por cima preso ao passado de lembranças cinematográficas, fotográficas e sonoras arquivados no PC. A única pessoa que ele amou, admirou e entendeu....(seria reciproco?)...já não mais existia no mundo em que vivia e se nem a internet lhe dava o conforto desejado o que sobraria? "Depois da ponte não há mais nada!" "Estar perto não é físico." "longe é o lugar onde se vive de verdade" e por fim "Naquela cidade, cada um sonhava em segredo. O menino sem nome conheceu a garota sem pernas. Ela não tinha pernas, mas mesmo assim não precisava de ninguém para ir embora. E eles tentaram. A garota sem pernas mostrou a ele o mundo como conhecia. Ele, que não tinha nome, embarcou. Como quem nunca mais quer voltar. Por um tempo, olharam para a mesma direção. Ela nunca lhe deu nome, ele nunca lhe trouxe as pernas. O que para um era sina, para o outro era um mistério. Eles poderiam andar juntos sobre o mesmo trilho... Mas nunca seriam esmagados pelo mesmo trem." demonstram o quão profundo este filme inspirado num livro de título homônimo é. Para finalizar a cereja do bolo está na trilha sonora simplesmente perfeita que coroa essa pequena obra prima do cinema brasileiro.
Fizeram com este filme a injustiça feita a anos no Oscar não dar ao melhor filme estrangeiro a estatueta de melhor filme também, pq precisam dar esta última a uma produção americana dai você assisti aquela produção meia boca do guerra ao terror até o UP ou bastardos inglórios mereciam mais....contou o poder e o $$$$
Fazia tempo que não via uma comédia romântica respeitável, acredito que por não ir esperando muito desse filme foi uma grata surpresa para mim e para muitos aqui. O argumento é difícil de ser comprado pelo espectador já que se trata da história de um jovem que descobre que pertence a uma família cuja a linhagem de homens consegue viajar no tempo e o personagem principal (Tim/ Gleeson) pode usar esse poder agora que possui 21 anos. Ainda que um tanto quanto ingênuo e fantasioso demais o argumento o filme se centra numa história de um jovem crescendo e descobrindo o valor do amor em suas mais variadas formas (fraterno, familiar, marido e mulher, paterno e até mesmo platônico). Também há mérito na levada tranquila, divertida e até comovente do diretor Curtis fazendo com que você esqueça o absurdo que é alguém fazendo viagem no tempo controlada. O casal principal está muito bem, a apresentação das personagens não é apressada com desenvolvimento claro, simples e seguro, os diálogos são leves e engraçados, algumas vezes as cenas e os diálogos são dramáticos sem ser melosos e há química nas cenas de sexo entre o casal. Os coadjuvantes nunca foram tão bem aproveitados mesmo com aparições tão curtas, destaque para o pai de Tim o ator Bil Nighy em atuação perfeita. O ponto alto do filme é usar a dose certa de humor e dramaticidade sem perder o controle de nenhum deles. O roteiro que explora de leve o efeito borboleta típico das viagens no tempo (causa e consequência de mudar algo no tempo) e que não cai no clichê do paradoxo/tempo (o fato de viajar pro passado já estar na linha de tempo "normal" e por isso estar prevista) merece destaque. Outro grande mérito do roteiro é permitir brilhar as relações humanas mais do que as possibilidades do destino e sua amarração com o tempo... ah e em nenhum momento há uso de efeitos especiais para aguçar nosso interesse!
INFELIZMENTE ESPERAVA MUITO MAIS e olha que as expectativas não era muito altas. O argumento do filme é excelente fazer refletir sobre como a tecnologia cada vez mais nos aprisiona e serve de controle de massa não é nenhuma novidade mas como ela é aqui apresentada é um tanto quanto inovador. É através dela que os fetiches sexuais tanto quanto os desejos de ação e animação acontecem, a evolução dos reality shows somada a sensação de controle dos video games elevada a décima potência pelo controle das mentes é o ápice de uma sociedade completamente alienada, vazia de valores, exígua de contato humano e horrivelmente voyerista! Mas dai pra frente o filme é uma sinuosa curva de altos e baixos que no fim não consegue funcionar. DESTAQUES POSITIVOS: os atores principais foram bem escolhidos e suas atuações são convincentes, o argumento é inovador, os efeitos especiais funcionais e a montagem de imagens extremamente competente para as cenas de luta e de uso dos jogos virtuais, trilha sonora ideal para a plateia que busca>>>moderna, rockeira e popular. DESTAQUES NEGATIVOS: furos gigantes no roteiro e soluções muito fantásticas para situações de conflito, personagens que vem e vão sem qualquer preocupação de aprofundá-los e dar-lhes valor (inclusive a sua vida), clichês se empilhando a cada falta de resposta original para uma situação inicialmente interessante, final feliz totalmente inverossímil e pra piorar explicações tecnológicas totalmente fora de uma realidade paralela de 20 milhões de anos luz a nossa frente.
Primeiro que papo é esse de usar nano tecnologia que destroem o cérebro e substituem o mesmo por suas réplicas para fazer controle? As "minimáquinas" tiram material da onde pra se replicar em tantos bilhões? E com o cérebro de gelatina (sem nenhum neurônio) continua mantendo suas funções? Segundo com toda essa tecnologia de controle da mente e não usam máquinas que simulam humanos? Seria mais plausível e menos anti ético. Terceiro aquele papo do cara controlar todo mundo e na hora "H" o mocinho lutar contra a mente do vilão é ridículo, no jogo ele esteve prestes a morrer e não conseguiu se virar de costas no final consegue até dar facada no chão e depois no seu escravizador....ai não né?! Quarto colocar vodka no carro e sair dirigindo é palhaçada né?! Carro a álcool não funciona com gasolina e os caras me colocam uma merda dessas? Pq ele não pediu uma garrafa de gasolina era mais simples não? Acho que o rendimento aumenta porque com uma cuspida ele fez uns 15 km. Quinto porque que toda vez que querem matar pessoas usam presidiários em pena de morte? Já está clichê e pra esse filme tinham apenados demais no corredor da morte não? Ah o cara disse que tinha gente que não era condenado de morte....sério e ninguém percebeu isso? A sociedade votou em favor disso? de boa nem se fizessem uma votação do que fazer com os socialistas em terra americana na época da guerra fria esse resultado aconteceria. Por fim a filha do cara ser adotada pelo dono do jogo e depois vê-lo morrer e logo após abraçar o pai verdadeiro como se nada tivesse acontecido é ruim de aceitar nem o mais ingênuo telespectador acha isso crível.
Com tanta escolha esdrúxula no enredo do filme impossível achar isso um filme bom, sinto pelos colegas que lhe deram mais do que 3 estrelas devem estar meio parecidos com os cidadãos do filme altamente hipnotizados e alienados pela tecnologia!
excelente atuação do de Niro e um cinema cru e objetivo de Scorcese....no entanto acho um pouco superestimado esse filme. Ainda assim muito bom, embora as coreografias de luta sejam ruins (mesmo para a época)!!!
DICAS: Jamais assista o dois e só assista o "zero" se vc já assistiu esse. Um enredo bem elaborado, inovador e inteligente seguido de atuações muito verossímeis embora sem estrelas no elenco e sem nenhuma atuação marcante, efeitos especiais simples, extremamente funcionais e objetivos (como deve ser), no fim a impressão de que tudo está na medida certa e que ninguém faria melhor com as limitações que possui (atores fracos e desconhecidos, pouco dinheiro e recursos limitados). Destaque para tudo se passando num único cenário....ESPETACULAR o filme mais inovador e carismático da mistura ficção científica e suspense. Se alguém for ver nos dias de hoje talvez já tenha visto algo semelhante ou não se surpreenda tanto mas na época que assisti fiquei abismado!!!!
A tentativa de mudar o roteiro é sempre algo surpreendente tanto quanto perigoso. Um filme baseado em livro sempre faz escolhas do que colocar na película o que na maioria das vezes desagrada os apreciadores da obra original, mas elas são necessárias e em boa parte justificáveis. Um remake normalmente faz o mesmo porque senão mudar algo nem precisa ser refilmado correto? Ser o remake de uma obra de livro cria uma possibilidade ímpar de se fazer escolhas erradas e eis o que temos aqui. Não o filme não faz só escolhas erradas, gostei de Moore no papel da mãe e a jovem Chloe que faz Carrie me conquistou mais pela estranheza de "ser" do que do "parecer" (não é a beleza o ponto aqui mas os hábitos e a inocência dela que a tornam estranha e isso se aproxima mais do livro do que o clássico de Brian de Palma). Porém a menina ter consciência de seu poder é uma escolha ao meu ver ruim e que desconstrói a moral toda da história. Outro problema está no pouco desenvolvimento dos personagens secundários, erro já cometido no seu antecessor mas que agora não é corrigido. Pra piorar Moore aparece muito pouco (quase nada) no filme o que é um desperdício visto que é a melhor atuação disparada da película. Ainda que muito abaixo das antecessoras a relação mãe e filha aqui é verossímil embora menos fanática, amorosa e enfática. Os conceitos religiosos são pouco explorados. De bom mesmo ficam os efeitos especiais (algumas vezes exagerados, mas inegavelmente superiores aos antecessores) e a tentativa de criar algumas escolhas modernas e atuais para os problemas na escola. O final infelizmente é breve e muito pouco elaborado com escolhas ao meu ver mais uma vez ruins tanto na festa quanto na casa de Carrie. Pra finalizar a cereja do bolo estragado uma cena idiota no cemitério que consegue piorar o resultado de algo que já não foi lá muito satisfatório, o editor desse filme deveria ser multado na minha opinião! Poderia ser pior? Sim poderia...mas ainda assim fica sempre a sensação de que haverá um dia que o remake será algo respeitável...ainda não foi dessa vez!
A critica com humor rememora os velhos tempos, porém com humor menos ácido e mais discreto (em alguns momentos não) e com um drama menos consistente que os últimos filmes, mas não menos profundo, só acho que Blanchett foi o destaque do filme nem o argumento e nem o roteiro foram tão brilhantes.
Espetacular a primeira metade deste filme, diálogos geniais (curtos, simples, realistas e em alguns momentos profundos), interpretações impecáveis (ora emocionantes ora desesperadas) e roteiro muito bem amarrado, embora envolva uma série gigante de eventos catastróficos (principalmente no segundo ato). Não considero uma perda de qualidade a segunda metade que leva a história até o seu final, mas permeado pela ação o ritmo fica mais frenético e menos dramático ainda que traga sempre a aflição de morte eminente a película acaba perdendo um pouquinho da sensibilidade do telespectador. Sandra Bullock finalmente merece uma indicação justa ao prêmio da academia superando em muito o papel premiado outrora. Clooney faz o papel do capitão mais lúcido, experiente, corajoso e realista que o cinema já ofereceu a alguém num período tão curto. Os efeitos especiais são de encantar os olhos e o efeito 3D sensacional. Direção primorosa com um final que tira da obra a chance de ganhar 5 estrelinhas na minha concepção ,mas que nem de longe é ruim. O título é na verdade tudo que a tripulação busca encontrar e não tem, o vácuo se torna o maior inimigo principalmente por não oferecer nem oxigênio nem movimento ou pelo menos a resistência dele. Vale muito o ingresso!!!
Asas, a primeira vista mais uma palavra das muitas que completam nosso vocábulo oral e de sentidos nos auxiliando a nomear e compreender o mundo a nossa volta, mas assim como a descrição de vários sentimentos (saudade, amor, dor, alegria, orgulho, etc) o significado extrapola em si o sentido, simbolismo, significados e expressão que sozinha possui. Este filme faz você refletir sobre asas: asas que dão liberdade, asas que dão imaginação, asas que dão voo, asas que dão medo, asas que dão aconchego, asas que dão amparo, asas que te dão velocidade e por fim asas que dão amor! Duas das 20 cenas mais belas que já vi no cinema estão neste filme; a primeira é Cage abraçado a Modine no chão do sanatório dizendo que não vai abandoná-lo e a segunda é Birdy (Mdine) na posição imortalizada na capa deste filme onde as sombras formam suas asas ainda recluso na "gaiola" do sanatório que prende sua liberdade, mas não sua imaginação. Um belo filme com sensibilidade incomum. Pela primeira vez uma alteração de tradução de titulo fez muito sentido. 5 estrelas com todo o brilho!!!!
Um diretor irregular com direções risíveis (grande maioria) e outras bem boas (raras), o que seria deste filme? Infelizmente o seu lado ruim pois ele está no período caça níquel, só que sem qualquer inspiração, pois existem blockbusters legais, não foi o caso deste. Nicolas Cage cheira sempre a produções decepcionante e mais uma vez cumpriu sua função com louvor. Nicole Kidman que a horas não emplaca algo bom não salva nem com sua beleza, e este é o resultado de atores falidos atrás de qualquer papel por dinheiro e produtores atrás de famosidades e não de qualidades tudo pra tentar vender mais $$$. O que fechou com chave de latão foi o roteiro cheio de absurdos e plot twists inverossímeis e completamente idiotas, destaque para os ladrões mais burros, loucos, incompetentes e atrapalhados que já trabalharam no cinema desde esqueceram de mim (só que nessa comédia os caras são divertidos). E dele framboesa de ouro!!!!
Quem me conhece sabe que sou avesso a comédias românticas, mas esse filme realmente me surpreendeu....diria que é a melhor comédia romântica já feita! Com um enredo envolvente e bem amarrado, com diálogos inteligentes e honestos, e com uma construção de personagens e de relações pra lá de interessantes este filme conquista seu telespectador num processo agradavelmente sorrateiro. O ponto alto está nas excelentes interpretações de todos os atores (Nicholson, Keaton, Peet e até mesmo Reeves está correto) e numa mistura de dramas concisos e divertidos de pessoas com personalidades e idades completamente diferentes, fazendo com que seu público se envolva ou se identifique com pelo menos um dos personagens (senão com todos um pouquinho). O final não traz novidade alguma e chega a ser até previsível, mas pela primeira vez esse tipo de conclusão me agrada e faz total sentido.
O filme realmente não apresenta qualquer novidade, mas nem por isso é ruim. O enredo é recheado de clichês cinematográficos do gênero, mas colocados na medida certa sem abuso dos sustos. Inicia muito verossímil no entanto, termina com um cheirinho de "é difícil acreditar" o que pra mim foi um pouco decepcionante (já que no início comunica aos telespectadores que é baseado em fatos reais). Há um excesso de romantismo entre os dois protagonistas, mas que não atrapalha só que também não contribui. Um bom filme na medida correta e que vale o ingresso, mas não mais do que isso e garanto que logo será esquecido sem qualquer remorso ou esforço!
Eu Sou um Cyborg, e Daí?
3.9 186Vou falar algo sincero e que irá provocar a ira de muitos e a ojeriza dos fãs de Park Chan-Wook. Com grande esforço, paciência, sensibilidade, aceitação da comédia oriental e respeitando a biografia do diretor você até consegue ver o filme até o fim, mas chegando lá o que fica é um gosto amargo de será que o cara viajou muito ou eu que não peguei a essência? Sinceramente muita gente vai ter medo de dizer que o filme é ruim por usar todos os elementos que citei, ou pela vergonha de não querer ser burro ou ainda ser linchado no site mas o diretor aqui comete um erro após o outro e só não faz dessa película uma porcaria porque muitos dos elementos autorais de sua obra salvam o filme de um estupendo fracasso. Argumento aqui meu ponto de vista para deixar claro os pontos positivos e negativos do filme que acabei de assistir.
PONTOS POSITIVOS: os enquadramentos de câmera, o uso de cores de fundo, iluminação e tomadas de filmagem são poéticos falam muito do estado de espírito dos personagens/pacientes, bem como representam bem o onírico nos momentos de imaginação dos mesmos. A atuação do ator principal é interessante e seu canto extremamente afinado. o argumento embora confuso em grande parte da sua montagem é simples em sua mensagem: "vou fazer um filme de comédia romântica que se passa no manicômio e mostra uma mulher que se considera cyborg se envolvendo com um rapaz antissocial e o quanto o amor deles pode ser colaborativo para a melhora física e psicológica um do outro e o quanto eles são lúcidos quando comparados com os profissionais que os tratam." os efeitos especiais são leves e simples e diria até funcionais, por fim a apresentação dos devaneios de alguns pacientes e a construção de alguns personagens é bem diferente e em alguns casos muito legais destaque para a mitomaníaca, o que anda sempre de costas e o roubador de poderes.
PONTOS NEGATIVOS: Embora o argumento seja bom o roteiro tem problemas e se alonga muito em banalidades e trivialidades, não tem problema usar um pouco disso para reafirmar que estamos falando de loucos e suas insanidades, mas em certo momento parece uma verdadeira loucura do diretor o filme todo. Os diálogos cometem o mesmo erro e as conversas sem pé nem cabeça dominam os 105 minutos de filme fazendo você perder a sensibilidade de alguns relatos muito profundos. A criatividade está lá porém ela escapa em meio a tanta abstração. A atriz principal faz um papel caricato e a maquiagem é bem bizarrinha. A edição e a montagem tem pequenos problemas que me pareceram intencional visando causar uma certa bagunça ao telespectador de modo a "convidá-lo a entrar nessa loucura" que é o hospício e o filme, o problema é que com todos os exageros dos elementos citados anteriormente você já entrou na loucura do filme há horas e tudo que busca é um pouquinho de coerência e simplicidade para digerir tanta insanidade (fato incomum para nós seres "normais"). Por momentos me senti já enredando viajando num exagero ao meu ver dispensável. Por fim, achei o a comédia forçada porque respeitando as diferenças culturais acho péssimo o modo como eles tentam fazer o público rir.
CONCLUO QUE não era um filme para Park roterizar sozinho e também não acho que foi tão brilhante na direção da comédia/romântica como foi na ação/mistério/violência da triade da vingança. Em resumo poderia ter sido melhor se não fosse tanta megalomania e experimentalismo, ficou sua marca porque ele sabe fazer cinema autoral, mas o resultado foi uma maluquice que extrapola o saudável de minha mente e do cinema. Não me venha com o papo de sair do lugar comum há sim erros e exageros no filme e ainda que eu possa estar deslocado e sendo injusto com uma avaliação de valor baixo o muito lá em cima me causa desconfiança principalmente pelos fatos que expus no início de minha resenha.
Um Show de Verão
1.6 252Não basta atuar mal é preciso cantar horrivelmente!
Stalker
4.3 503 Assista AgoraBom fazia tempo que não via um filme para chamar de sublime. Lento, lentíssimo e isso que é um defeito pra muitos para mim foi despercebido! Acostumado a esse tipo de produção me entristece muito a época que vivemos onde longos filmes não são mais produzidos por apelo comercial (exceção a Peter Jackson que por vezes me parece megalomaníaco). Eis uma época onde o desejo de se fazer uma obra autoral e sincera estava acima de qualquer desejo de produtora e a qualidade não era atingida pelo bem do $$$$. Também só é possível gostar desse tipo de filme por ter na direção e no roteiro um gênio daqueles que nasce um por século então qualquer comparação seria covardia. Mas vamos ao filme sensacional que assisti contente. A começar pelo argumento do filme que para mim é um dos mais originais do cinema: um homem capaz de transitar na área secreta e super bem protegida onde caiu um possível meteorito ganha a alcunha de STALKER, porém o rapaz ganha seu sustento levando pessoas até o local desconhecido. Há rumores que este local tem um espaço chamado de "quarto" onde qualquer desejo pedido é realizado. Um escritor de grande sucesso que não acredita em fábulas e mistérios está afim de "pagar" para ver o tal "quarto" e de quebra escrever sobre a experiência como uma forma de inspiração em sua obra, ou ainda desmascarar o tal local que para ele parece mais uma superstição. Outro homem que tem a profissão de físico e professor está mais inclinado a desvendar os mistérios do tal local e instigado a saber o que se passa por lá. Sua contratação pelo stalker é para chegar no local e tirar a limpo se os boatos são verdadeiros e se de fato não há ali contato ou influência alienígena e assim quem sabe ter sua notoriedade no mundo das ciências, ou ainda se os boatos forem verdadeiros realizar seu desejo confidencial. Fazer um filme de ficção científica citando poemas, apresentando dilemas filosóficos e humanos, dialogando discussões religiosas e artísticas, sem fazer uso de efeitos especiais e ainda por cima sem a "aparição" de uma figura sequer do universo Sci-Fi foi sacada de mestre. Somente um roteiro bem amarrado e a formatação de diálogos muito profundos seriam capazes de tal resultado. O filme consegue tudo isso de modo impecável e de bônus nos traz interpretações magníficas dos três personagens principais. Também preciso destacar a cenografia extremamente simples e bonita em locações naturais (planícies, florestas e cachoeiras) e ambientes cavernosos e abandonados muito interessantes. Os planos e edições concisos e poéticos a inteligentíssima ideia de rodar o filme em preto e branco e no "local mágico" a película tornar-se colorida tornam o filme um memorável clássico. Um final surpreendente e arrebatador consagra a cereja do bolo. PERFEITO e nada menos poderia defini-lo.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraSimplesmente encantado, esperava muito da película e não me decepcionei! A fotografia do filme seria simples se não fosse a câmera de Esmir Filho. Tudo ficou mais poético e intenso, o uso das cores como quem pinta um quadro é divino. O incrível é que esse quadro é melancólico, soturno e muito pesado, as cores frias preponderantes assim como a vegetação sempre em planos amplos e distantes transmitem um bonito e tocante prazer de lidar com o este filme que no fundo faz o mesmo com o tema adolescência e morte (mais especificamente o suicídio), as imagens em câmera lenta, ora rápida, por alguns momentos com um jogo de enquadramento, luz e foco de uma qualidade e profundidade que toca a alma e que são muito exclusivos! Por momentos o silêncio longo e a conversa "infantil" parecem chatos, mas só ilustram o quanto a vida do adolescente Mr. Tamborine Man é vazia e sem atrativos onde o que havia de mais interessante e prazeroso estava "vivo" num mundo digital e ainda por cima preso ao passado de lembranças cinematográficas, fotográficas e sonoras arquivados no PC. A única pessoa que ele amou, admirou e entendeu....(seria reciproco?)...já não mais existia no mundo em que vivia e se nem a internet lhe dava o conforto desejado o que sobraria? "Depois da ponte não há mais nada!" "Estar perto não é físico." "longe é o lugar onde se vive de verdade" e por fim "Naquela cidade, cada um sonhava em segredo. O menino sem nome conheceu a garota sem pernas. Ela não tinha pernas, mas mesmo assim não precisava de ninguém para ir embora. E eles tentaram. A garota sem pernas mostrou a ele o mundo como conhecia. Ele, que não tinha nome, embarcou. Como quem nunca mais quer voltar. Por um tempo, olharam para a mesma direção. Ela nunca lhe deu nome, ele nunca lhe trouxe as pernas. O que para um era sina, para o outro era um mistério. Eles poderiam andar juntos sobre o mesmo trilho... Mas nunca seriam esmagados pelo mesmo trem." demonstram o quão profundo este filme inspirado num livro de título homônimo é. Para finalizar a cereja do bolo está na trilha sonora simplesmente perfeita que coroa essa pequena obra prima do cinema brasileiro.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraFizeram com este filme a injustiça feita a anos no Oscar não dar ao melhor filme estrangeiro a estatueta de melhor filme também, pq precisam dar esta última a uma produção americana dai você assisti aquela produção meia boca do guerra ao terror até o UP ou bastardos inglórios mereciam mais....contou o poder e o $$$$
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraFazia tempo que não via uma comédia romântica respeitável, acredito que por não ir esperando muito desse filme foi uma grata surpresa para mim e para muitos aqui. O argumento é difícil de ser comprado pelo espectador já que se trata da história de um jovem que descobre que pertence a uma família cuja a linhagem de homens consegue viajar no tempo e o personagem principal (Tim/ Gleeson) pode usar esse poder agora que possui 21 anos. Ainda que um tanto quanto ingênuo e fantasioso demais o argumento o filme se centra numa história de um jovem crescendo e descobrindo o valor do amor em suas mais variadas formas (fraterno, familiar, marido e mulher, paterno e até mesmo platônico). Também há mérito na levada tranquila, divertida e até comovente do diretor Curtis fazendo com que você esqueça o absurdo que é alguém fazendo viagem no tempo controlada. O casal principal está muito bem, a apresentação das personagens não é apressada com desenvolvimento claro, simples e seguro, os diálogos são leves e engraçados, algumas vezes as cenas e os diálogos são dramáticos sem ser melosos e há química nas cenas de sexo entre o casal. Os coadjuvantes nunca foram tão bem aproveitados mesmo com aparições tão curtas, destaque para o pai de Tim o ator Bil Nighy em atuação perfeita. O ponto alto do filme é usar a dose certa de humor e dramaticidade sem perder o controle de nenhum deles. O roteiro que explora de leve o efeito borboleta típico das viagens no tempo (causa e consequência de mudar algo no tempo) e que não cai no clichê do paradoxo/tempo (o fato de viajar pro passado já estar na linha de tempo "normal" e por isso estar prevista) merece destaque. Outro grande mérito do roteiro é permitir brilhar as relações humanas mais do que as possibilidades do destino e sua amarração com o tempo... ah e em nenhum momento há uso de efeitos especiais para aguçar nosso interesse!
Gamer
3.0 863 Assista AgoraINFELIZMENTE ESPERAVA MUITO MAIS e olha que as expectativas não era muito altas.
O argumento do filme é excelente fazer refletir sobre como a tecnologia cada vez mais nos aprisiona e serve de controle de massa não é nenhuma novidade mas como ela é aqui apresentada é um tanto quanto inovador. É através dela que os fetiches sexuais tanto quanto os desejos de ação e animação acontecem, a evolução dos reality shows somada a sensação de controle dos video games elevada a décima potência pelo controle das mentes é o ápice de uma sociedade completamente alienada, vazia de valores, exígua de contato humano e horrivelmente voyerista! Mas dai pra frente o filme é uma sinuosa curva de altos e baixos que no fim não consegue funcionar.
DESTAQUES POSITIVOS: os atores principais foram bem escolhidos e suas atuações são convincentes, o argumento é inovador, os efeitos especiais funcionais e a montagem de imagens extremamente competente para as cenas de luta e de uso dos jogos virtuais, trilha sonora ideal para a plateia que busca>>>moderna, rockeira e popular.
DESTAQUES NEGATIVOS: furos gigantes no roteiro e soluções muito fantásticas para situações de conflito, personagens que vem e vão sem qualquer preocupação de aprofundá-los e dar-lhes valor (inclusive a sua vida), clichês se empilhando a cada falta de resposta original para uma situação inicialmente interessante, final feliz totalmente inverossímil e pra piorar explicações tecnológicas totalmente fora de uma realidade paralela de 20 milhões de anos luz a nossa frente.
Primeiro que papo é esse de usar nano tecnologia que destroem o cérebro e substituem o mesmo por suas réplicas para fazer controle? As "minimáquinas" tiram material da onde pra se replicar em tantos bilhões? E com o cérebro de gelatina (sem nenhum neurônio) continua mantendo suas funções? Segundo com toda essa tecnologia de controle da mente e não usam máquinas que simulam humanos? Seria mais plausível e menos anti ético. Terceiro aquele papo do cara controlar todo mundo e na hora "H" o mocinho lutar contra a mente do vilão é ridículo, no jogo ele esteve prestes a morrer e não conseguiu se virar de costas no final consegue até dar facada no chão e depois no seu escravizador....ai não né?! Quarto colocar vodka no carro e sair dirigindo é palhaçada né?! Carro a álcool não funciona com gasolina e os caras me colocam uma merda dessas? Pq ele não pediu uma garrafa de gasolina era mais simples não? Acho que o rendimento aumenta porque com uma cuspida ele fez uns 15 km. Quinto porque que toda vez que querem matar pessoas usam presidiários em pena de morte? Já está clichê e pra esse filme tinham apenados demais no corredor da morte não? Ah o cara disse que tinha gente que não era condenado de morte....sério e ninguém percebeu isso? A sociedade votou em favor disso? de boa nem se fizessem uma votação do que fazer com os socialistas em terra americana na época da guerra fria esse resultado aconteceria. Por fim a filha do cara ser adotada pelo dono do jogo e depois vê-lo morrer e logo após abraçar o pai verdadeiro como se nada tivesse acontecido é ruim de aceitar nem o mais ingênuo telespectador acha isso crível.
Touro Indomável
4.2 708 Assista Agoraexcelente atuação do de Niro e um cinema cru e objetivo de Scorcese....no entanto acho um pouco superestimado esse filme. Ainda assim muito bom, embora as coreografias de luta sejam ruins (mesmo para a época)!!!
Cubo
3.3 879 Assista AgoraDICAS: Jamais assista o dois e só assista o "zero" se vc já assistiu esse.
Um enredo bem elaborado, inovador e inteligente seguido de atuações muito verossímeis embora sem estrelas no elenco e sem nenhuma atuação marcante, efeitos especiais simples, extremamente funcionais e objetivos (como deve ser), no fim a impressão de que tudo está na medida certa e que ninguém faria melhor com as limitações que possui (atores fracos e desconhecidos, pouco dinheiro e recursos limitados). Destaque para tudo se passando num único cenário....ESPETACULAR o filme mais inovador e carismático da mistura ficção científica e suspense. Se alguém for ver nos dias de hoje talvez já tenha visto algo semelhante ou não se surpreenda tanto mas na época que assisti fiquei abismado!!!!
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraA tentativa de mudar o roteiro é sempre algo surpreendente tanto quanto perigoso. Um filme baseado em livro sempre faz escolhas do que colocar na película o que na maioria das vezes desagrada os apreciadores da obra original, mas elas são necessárias e em boa parte justificáveis. Um remake normalmente faz o mesmo porque senão mudar algo nem precisa ser refilmado correto? Ser o remake de uma obra de livro cria uma possibilidade ímpar de se fazer escolhas erradas e eis o que temos aqui. Não o filme não faz só escolhas erradas, gostei de Moore no papel da mãe e a jovem Chloe que faz Carrie me conquistou mais pela estranheza de "ser" do que do "parecer" (não é a beleza o ponto aqui mas os hábitos e a inocência dela que a tornam estranha e isso se aproxima mais do livro do que o clássico de Brian de Palma). Porém a menina ter consciência de seu poder é uma escolha ao meu ver ruim e que desconstrói a moral toda da história. Outro problema está no pouco desenvolvimento dos personagens secundários, erro já cometido no seu antecessor mas que agora não é corrigido. Pra piorar Moore aparece muito pouco (quase nada) no filme o que é um desperdício visto que é a melhor atuação disparada da película. Ainda que muito abaixo das antecessoras a relação mãe e filha aqui é verossímil embora menos fanática, amorosa e enfática. Os conceitos religiosos são pouco explorados. De bom mesmo ficam os efeitos especiais (algumas vezes exagerados, mas inegavelmente superiores aos antecessores) e a tentativa de criar algumas escolhas modernas e atuais para os problemas na escola. O final infelizmente é breve e muito pouco elaborado com escolhas ao meu ver mais uma vez ruins tanto na festa quanto na casa de Carrie. Pra finalizar a cereja do bolo estragado uma cena idiota no cemitério que consegue piorar o resultado de algo que já não foi lá muito satisfatório, o editor desse filme deveria ser multado na minha opinião! Poderia ser pior? Sim poderia...mas ainda assim fica sempre a sensação de que haverá um dia que o remake será algo respeitável...ainda não foi dessa vez!
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraA critica com humor rememora os velhos tempos, porém com humor menos ácido e mais discreto (em alguns momentos não) e com um drama menos consistente que os últimos filmes, mas não menos profundo, só acho que Blanchett foi o destaque do filme nem o argumento e nem o roteiro foram tão brilhantes.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraEspetacular a primeira metade deste filme, diálogos geniais (curtos, simples, realistas e em alguns momentos profundos), interpretações impecáveis (ora emocionantes ora desesperadas) e roteiro muito bem amarrado, embora envolva uma série gigante de eventos catastróficos (principalmente no segundo ato). Não considero uma perda de qualidade a segunda metade que leva a história até o seu final, mas permeado pela ação o ritmo fica mais frenético e menos dramático ainda que traga sempre a aflição de morte eminente a película acaba perdendo um pouquinho da sensibilidade do telespectador. Sandra Bullock finalmente merece uma indicação justa ao prêmio da academia superando em muito o papel premiado outrora. Clooney faz o papel do capitão mais lúcido, experiente, corajoso e realista que o cinema já ofereceu a alguém num período tão curto. Os efeitos especiais são de encantar os olhos e o efeito 3D sensacional. Direção primorosa com um final que tira da obra a chance de ganhar 5 estrelinhas na minha concepção ,mas que nem de longe é ruim. O título é na verdade tudo que a tripulação busca encontrar e não tem, o vácuo se torna o maior inimigo principalmente por não oferecer nem oxigênio nem movimento ou pelo menos a resistência dele. Vale muito o ingresso!!!
Asas da Liberdade
3.9 106 Assista AgoraAsas, a primeira vista mais uma palavra das muitas que completam nosso vocábulo oral e de sentidos nos auxiliando a nomear e compreender o mundo a nossa volta, mas assim como a descrição de vários sentimentos (saudade, amor, dor, alegria, orgulho, etc) o significado extrapola em si o sentido, simbolismo, significados e expressão que sozinha possui. Este filme faz você refletir sobre asas: asas que dão liberdade, asas que dão imaginação, asas que dão voo, asas que dão medo, asas que dão aconchego, asas que dão amparo, asas que te dão velocidade e por fim asas que dão amor! Duas das 20 cenas mais belas que já vi no cinema estão neste filme; a primeira é Cage abraçado a Modine no chão do sanatório dizendo que não vai abandoná-lo e a segunda é Birdy (Mdine) na posição imortalizada na capa deste filme onde as sombras formam suas asas ainda recluso na "gaiola" do sanatório que prende sua liberdade, mas não sua imaginação. Um belo filme com sensibilidade incomum. Pela primeira vez uma alteração de tradução de titulo fez muito sentido. 5 estrelas com todo o brilho!!!!
Reféns
2.6 870Um diretor irregular com direções risíveis (grande maioria) e outras bem boas (raras), o que seria deste filme? Infelizmente o seu lado ruim pois ele está no período caça níquel, só que sem qualquer inspiração, pois existem blockbusters legais, não foi o caso deste. Nicolas Cage cheira sempre a produções decepcionante e mais uma vez cumpriu sua função com louvor. Nicole Kidman que a horas não emplaca algo bom não salva nem com sua beleza, e este é o resultado de atores falidos atrás de qualquer papel por dinheiro e produtores atrás de famosidades e não de qualidades tudo pra tentar vender mais $$$. O que fechou com chave de latão foi o roteiro cheio de absurdos e plot twists inverossímeis e completamente idiotas, destaque para os ladrões mais burros, loucos, incompetentes e atrapalhados que já trabalharam no cinema desde esqueceram de mim (só que nessa comédia os caras são divertidos). E dele framboesa de ouro!!!!
Alguém Tem Que Ceder
3.4 474 Assista AgoraQuem me conhece sabe que sou avesso a comédias românticas, mas esse filme realmente me surpreendeu....diria que é a melhor comédia romântica já feita! Com um enredo envolvente e bem amarrado, com diálogos inteligentes e honestos, e com uma construção de personagens e de relações pra lá de interessantes este filme conquista seu telespectador num processo agradavelmente sorrateiro. O ponto alto está nas excelentes interpretações de todos os atores (Nicholson, Keaton, Peet e até mesmo Reeves está correto) e numa mistura de dramas concisos e divertidos de pessoas com personalidades e idades completamente diferentes, fazendo com que seu público se envolva ou se identifique com pelo menos um dos personagens (senão com todos um pouquinho). O final não traz novidade alguma e chega a ser até previsível, mas pela primeira vez esse tipo de conclusão me agrada e faz total sentido.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraO filme realmente não apresenta qualquer novidade, mas nem por isso é ruim. O enredo é recheado de clichês cinematográficos do gênero, mas colocados na medida certa sem abuso dos sustos. Inicia muito verossímil no entanto, termina com um cheirinho de "é difícil acreditar" o que pra mim foi um pouco decepcionante (já que no início comunica aos telespectadores que é baseado em fatos reais). Há um excesso de romantismo entre os dois protagonistas, mas que não atrapalha só que também não contribui. Um bom filme na medida correta e que vale o ingresso, mas não mais do que isso e garanto que logo será esquecido sem qualquer remorso ou esforço!