A ideia principal do roteiro é curiosa: um adolescente humilhado por seus colegas e ignorado pela garota a quem ama se mata e retorna para se vingar de todos os que o fizeram sofrer. Ocorre que sua vingança escapa do óbvio em certos momentos, o que faz este filme algo mais original do que a média do gênero terror adolescente.
Reconheça-se a engenhosidade do roteiro e a amoralidade dos protagonistas. Contudo, fica uma impressão desagradável ao final, e não é nada relacionada ao desfecho. E sim a todo o conjunto. Será que ser emocionalmente cru é cinematograficamente válido o tempo todo? "Violência Gratuita" vale mais pela sua coragem em lidar com tipos humanos tão repulsivos, afinal.
Em certos momentos, renderia um ótimo drama. Em especial quanto à trama envolvendo Israel e seu pai. Porém, ora a mão do diretor pesa demais, ora mostra-se fraca. No meio do caminho, enfim.
Competente refilmagem do retrato zumbizístico de George A. Romero "Despertar dos Mortos". Em comum, o uso do shopping center enquanto metáfora de uma crítica ao capitalismo. Bons intérpretes, algum humor e um desfecho cruel junto aos créditos finais. Válido.
O vasto e ótimo elenco justificaria assistir a "Nixon". Mas a precária caracterização, somada à atuação mediana, de Anthony Hopkins interpretando um dos presidentes mais odiados da história dos EUA, quase coloca o filme a perder. Sem contar a tentativa de praticamente canonizá-lo, minimizando os males causados por seu comportamento paranoico enquanto esteve na Presidência. Arrisque. Mas só se tiver muito tempo, que o filme é longo...
A cobiça é boa, o dinheiro fala, e tal. Gordon Gekko é um dos personagens mais emblemáticos da modernidade. E se não fosse por alguns momentos indigestos do jeito Oliver Stone de filmar, poderia ser um clássico. A destacar Charlie Sheen, quando ainda tinha disposição para atuar de verdade, em vez de interpretar a si próprio.
Talvez fossem as altas expectativas, por se tratar de um filme de Howard Hawks. Ou por Cary Grant não estar tão engraçado quanto em outras comédias. Por essas e outras, o filme fica na média. A presença de Marilyn Monroe puxa o filme pra cima, pelo menos.
Compensa assistir mais pela câmera frenética de Michael Mann e por algumas atuações, dentre as quais a de Jon Voight. Lamento, Will, mas você ficou tão convincente enquanto Ali feito Anthony Hopkins em "Nixon". Tanto trabalho para tão pouco resultado...
Uma ou outra gag, mais pela cara de fim de mundo de Leslie Nielsen do que pelas piadas em si, e é isso que vale o filme. De resto, nem se compara às suas comédias mais célebres.
Ficção científica emblemática, cujo final é daqueles que justifica esganar quem contá-lo a quem ainda não assistiu ao filme. Ainda que seja dos mais citados e imitados desde então. Destaque para Edward G. Robinson, cativante em seu último papel.
Típica história de ficção científica dos anos 50, mesmo sem considerar que se trata de um remake de um filme desta época. A competência típica de John Carpenter para criar histórias assombrosas e climas de opressão. Na medida.
Subvertendo o gênero de filmes de zumbi, "Todo Mundo Quase Morto" (que titulozinho...) consegue ter personalidade própria. Contudo, em alguns momentos, acaba não resistindo aos clichês do gênero. Afinal, não se pode ser genial o tempo todo. Destaque para o momento em que os sobreviventes se fingem de zumbis para atravessar a multidão de mortos-vivos. Serve de ensaio para o ótimo "Chumbo Grosso".
Confesso que este filme é um "guilty pleasure" para mim. Do tipo que eu jamais iria ver no cinema, mas que arrisco seguir até o final se passar na televisão, de tão grotesco e histriônico. Dito isso, fora o excepcional trabalho de maquiagem em Eddie Murphy, "Norbit" tem mais contras do que pós. Difícil imaginar o que Thandie Newton está fazendo aqui. Já o Cuba Gooding Jr., considerando seu dedo podre para escolher papeis no cinema desde há muito... Em suma, é mais um prego no caixão da carreira de Eddie Murphy. Não me chamem pro enterro.
Os longas de Chaplin, grosso modo, são clássicos por si só. "Luzes da Cidade", na contramão do então modismo do cinema falado, faz bom uso da pantomima para demonstrar as relações entre o amor e a visão. Sem pseudoerudições ou pedantismo. Apenas Carlitos, com seu humanismo inquebrantável e a servir de espelho, com seu amor incondicional por uma florista cega, a todos os que um dia já se apaixonaram por alguém que não soube enxergar tal sentimento. Vale rever.
Pessoas que não admitem filmes que não apresentem personagens bem delimitados ou que não apreciam sutilezas cruas dificilmente irão apreciar "Cópia Fiel". Idem os que desistiram ou nem tentaram se aproximar do cinema de Kiarostami. Para os demais, fica a possibilidade de apreciar um filme onde o perfil dos seus protagonistas não se define nunca. E onde questões feito a originalidade na arte, casamento e amor ganham um olhar insólito, acentuado por discretas expressões visuais tão belas quanto simples. Talvez meu juízo sobre este filme mude quando eu ficar mais velho, parafraseando o que diz uma senhora italiana à protagonista sobre as relações entre o homem e a mulher. Por ora, apesar de não considerar este filme uma obra-prima, pelo menos é instigante e imbuído do senso de risco. Artigos em falta no cinema de hoje.
Apesar do tema promissor, a relação entre irmãos órfãos e de trajetórias diametralmente opostas, este filme não consegue estar à altura de seus bons diálogos. As atuações são ótimas. Porém, fica a impressão de que este filme poderia ser melhor. E o uso da música de Bach, em vez de abrilhantar o filme, soa deslocado. No meio do caminho.
Duvido que conseguirão um elenco tão perfeito para tão macabra família. As cenas de Vandinha e Feioso no acampamento são impagáveis, ressaltando o abismo comportamental e moral entre os "caretas" e os adoráveis Adams. A presença de Joan Cusack também é digna de ser mencionada. "A Família Adams 2", além de ser uma continuação digna, é a prova de que filmes para a toda família não precisam ser idiotizantes.
Simpática comédia, ideal para dias ociosos, quando não se deseja ver nada muito denso, mas tampouco se quer perder tempo com filmes acéfalos. A cena em que Harvey Keitel canta "Suspicious Minds" é a melhor coisa desta produção assumidamente modesta. Assistível.
Aos detratores de Robin Williams, este filme poderá reabilitá-lo enquanto o notável ator que é, apesar de certos rumos profissionais equivocados. Em "Segredos na Noite, sua atuação é contida, num papel que foge das suas escolhas óbvias (ora o otimista incorrigível e meio parvo, ora o psicopata insuspeito). Robin interpreta um escritor e radialista em crise profissional e pessoal. Uma esperança de revitalizar sua carreira surge quando lida com o caso de um garoto cujo precoce livro de memórias relata os abusos sofridos durante toda a sua infância. A amizade entre o veterano escritor e o garoto, doente terminal, é turvada pela desconfiança quando o ex-namorado do escritor (Bobby Carnavale), ao ouvir a tutora do rapaz (Toni Collette) ao telefone no viva-voz, suspeita que as vozes são muito parecidas. Eis o início do mistério, aprofundado pela atuação excepcional de Toni Collette, num papel genuinamente assombroso. Injustamente subestimado.
Um ótimo elenco jovem, com destaque para Rory Culkin e Josh Peck, numa trama trágica, onde o curso do rio simboliza um ambiente turvo e sufocante. Poderia ser apenas um filme de vingança. Porém, evita fazer apologia da lei de Talião, no que é um grande acerto. A merecer mais atenção.
Muito confete pra pouco carnaval. É bem típico de diretores de videoclipes, ao se arriscarem no cinema, apelarem para concepções visuais excêntricas, esquecendo-se de que um filme necessita mais elementos para valer o esforço do espectador. "Spun" pode até obter credibilidade quanto à pretensão de reproduzir os efeitos do consumo de drogas pesadas. Porém, "Trainspotting" fez isso com muito mais propriedade, além de ser um filme bem superior. Estiloso, porém oco.
Sem as qualidades de "Madrugada Muito Louca" e com defeitos imperdoáveis, "Uma Viagem Muito Louca" parte de uma premissa irresistível, ao fazer Harold e Kumar irem para a prisão de Guantánamo, para uma comédia desastrosa. As piadas escatológicas do primeiro filme chegam a ser inocentes perto da baixaria que se vê em dados momentos desta continuação. Nem mesmo o retorno de Neil Patrick Harris interpretando ele mesmo (ou uma versão do que muitos pensam ser ele mesmo) vale o esforço. Pra piorar, o agente racista (Rob Corddry), ao disparar preconceitos a granel somados a uma inacreditável incompetência, consegue mais constranger do que rir. Era para ser uma comédia. Porém, exceto por um ou outro lampejo de graça, está mais para tragédia.
Distúrbio: O Terror Tem Uma Nova Face
2.0 198A ideia principal do roteiro é curiosa: um adolescente humilhado por seus colegas e ignorado pela garota a quem ama se mata e retorna para se vingar de todos os que o fizeram sofrer.
Ocorre que sua vingança escapa do óbvio em certos momentos, o que faz este filme algo mais original do que a média do gênero terror adolescente.
Violência Gratuita
3.8 739 Assista AgoraReconheça-se a engenhosidade do roteiro e a amoralidade dos protagonistas. Contudo, fica uma impressão desagradável ao final, e não é nada relacionada ao desfecho. E sim a todo o conjunto. Será que ser emocionalmente cru é cinematograficamente válido o tempo todo? "Violência Gratuita" vale mais pela sua coragem em lidar com tipos humanos tão repulsivos, afinal.
Azul Escuro Quase Preto
3.7 84Em certos momentos, renderia um ótimo drama. Em especial quanto à trama envolvendo Israel e seu pai. Porém, ora a mão do diretor pesa demais, ora mostra-se fraca. No meio do caminho, enfim.
Blade II: O Caçador de Vampiros
3.1 295 Assista AgoraUma realização competente do imaginativo Guilhermo del Toro, com Wesley Snipes e Ron Perlman à vontade em seus papeis. Compensa ver.
Madrugada dos Mortos
3.5 1,4K Assista AgoraCompetente refilmagem do retrato zumbizístico de George A. Romero "Despertar dos Mortos". Em comum, o uso do shopping center enquanto metáfora de uma crítica ao capitalismo. Bons intérpretes, algum humor e um desfecho cruel junto aos créditos finais. Válido.
Nixon
3.4 38 Assista AgoraO vasto e ótimo elenco justificaria assistir a "Nixon".
Mas a precária caracterização, somada à atuação mediana, de Anthony Hopkins interpretando um dos presidentes mais odiados da história dos EUA, quase coloca o filme a perder.
Sem contar a tentativa de praticamente canonizá-lo, minimizando os males causados por seu comportamento paranoico enquanto esteve na Presidência.
Arrisque. Mas só se tiver muito tempo, que o filme é longo...
Wall Street: Poder e Cobiça
3.7 246 Assista AgoraA cobiça é boa, o dinheiro fala, e tal.
Gordon Gekko é um dos personagens mais emblemáticos da modernidade.
E se não fosse por alguns momentos indigestos do jeito Oliver Stone de filmar, poderia ser um clássico.
A destacar Charlie Sheen, quando ainda tinha disposição para atuar de verdade, em vez de interpretar a si próprio.
O Inventor da Mocidade
3.7 71 Assista AgoraTalvez fossem as altas expectativas, por se tratar de um filme de Howard Hawks.
Ou por Cary Grant não estar tão engraçado quanto em outras comédias.
Por essas e outras, o filme fica na média. A presença de Marilyn Monroe puxa o filme pra cima, pelo menos.
Ali
3.6 173 Assista AgoraCompensa assistir mais pela câmera frenética de Michael Mann e por algumas atuações, dentre as quais a de Jon Voight.
Lamento, Will, mas você ficou tão convincente enquanto Ali feito Anthony Hopkins em "Nixon".
Tanto trabalho para tão pouco resultado...
2000.1: Um Maluco Perdido no Espaço
2.5 41 Assista AgoraUma ou outra gag, mais pela cara de fim de mundo de Leslie Nielsen do que pelas piadas em si, e é isso que vale o filme.
De resto, nem se compara às suas comédias mais célebres.
No Mundo de 2020
3.6 154 Assista AgoraFicção científica emblemática, cujo final é daqueles que justifica esganar quem contá-lo a quem ainda não assistiu ao filme. Ainda que seja dos mais citados e imitados desde então.
Destaque para Edward G. Robinson, cativante em seu último papel.
A Cidade dos Amaldiçoados
3.1 352Típica história de ficção científica dos anos 50, mesmo sem considerar que se trata de um remake de um filme desta época. A competência típica de John Carpenter para criar histórias assombrosas e climas de opressão. Na medida.
Cocoon
3.4 232 Assista AgoraO elenco veterano é o grande motivo para assistir a este filme, uma produção agradável e competente. Bom entretenimento.
Todo Mundo Quase Morto
3.7 978 Assista AgoraSubvertendo o gênero de filmes de zumbi, "Todo Mundo Quase Morto" (que titulozinho...) consegue ter personalidade própria. Contudo, em alguns momentos, acaba não resistindo aos clichês do gênero. Afinal, não se pode ser genial o tempo todo. Destaque para o momento em que os sobreviventes se fingem de zumbis para atravessar a multidão de mortos-vivos. Serve de ensaio para o ótimo "Chumbo Grosso".
Norbit
2.4 1,1K Assista AgoraConfesso que este filme é um "guilty pleasure" para mim.
Do tipo que eu jamais iria ver no cinema, mas que arrisco seguir até o final se passar na televisão, de tão grotesco e histriônico.
Dito isso, fora o excepcional trabalho de maquiagem em Eddie Murphy, "Norbit" tem mais contras do que pós.
Difícil imaginar o que Thandie Newton está fazendo aqui. Já o Cuba Gooding Jr., considerando seu dedo podre para escolher papeis no cinema desde há muito...
Em suma, é mais um prego no caixão da carreira de Eddie Murphy.
Não me chamem pro enterro.
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraOs longas de Chaplin, grosso modo, são clássicos por si só. "Luzes da Cidade", na contramão do então modismo do cinema falado, faz bom uso da pantomima para demonstrar as relações entre o amor e a visão. Sem pseudoerudições ou pedantismo. Apenas Carlitos, com seu humanismo inquebrantável e a servir de espelho, com seu amor incondicional por uma florista cega, a todos os que um dia já se apaixonaram por alguém que não soube enxergar tal sentimento.
Vale rever.
Cópia Fiel
3.9 452 Assista AgoraPessoas que não admitem filmes que não apresentem personagens bem delimitados ou que não apreciam sutilezas cruas dificilmente irão apreciar "Cópia Fiel". Idem os que desistiram ou nem tentaram se aproximar do cinema de Kiarostami.
Para os demais, fica a possibilidade de apreciar um filme onde o perfil dos seus protagonistas não se define nunca.
E onde questões feito a originalidade na arte, casamento e amor ganham um olhar insólito, acentuado por discretas expressões visuais tão belas quanto simples.
Talvez meu juízo sobre este filme mude quando eu ficar mais velho, parafraseando o que diz uma senhora italiana à protagonista sobre as relações entre o homem e a mulher.
Por ora, apesar de não considerar este filme uma obra-prima, pelo menos é instigante e imbuído do senso de risco. Artigos em falta no cinema de hoje.
Conte Comigo
3.6 67 Assista AgoraApesar do tema promissor, a relação entre irmãos órfãos e de trajetórias diametralmente opostas, este filme não consegue estar à altura de seus bons diálogos.
As atuações são ótimas. Porém, fica a impressão de que este filme poderia ser melhor. E o uso da música de Bach, em vez de abrilhantar o filme, soa deslocado. No meio do caminho.
A Família Addams 2
3.5 382 Assista AgoraDuvido que conseguirão um elenco tão perfeito para tão macabra família.
As cenas de Vandinha e Feioso no acampamento são impagáveis, ressaltando o abismo comportamental e moral entre os "caretas" e os adoráveis Adams.
A presença de Joan Cusack também é digna de ser mencionada.
"A Família Adams 2", além de ser uma continuação digna, é a prova de que filmes para a toda família não precisam ser idiotizantes.
Um Estranho Chamado Elvis
3.5 22Simpática comédia, ideal para dias ociosos, quando não se deseja ver nada muito denso, mas tampouco se quer perder tempo com filmes acéfalos.
A cena em que Harvey Keitel canta "Suspicious Minds" é a melhor coisa desta produção assumidamente modesta.
Assistível.
Segredos na Noite
2.8 53Aos detratores de Robin Williams, este filme poderá reabilitá-lo enquanto o notável ator que é, apesar de certos rumos profissionais equivocados.
Em "Segredos na Noite, sua atuação é contida, num papel que foge das suas escolhas óbvias (ora o otimista incorrigível e meio parvo, ora o psicopata insuspeito).
Robin interpreta um escritor e radialista em crise profissional e pessoal. Uma esperança de revitalizar sua carreira surge quando lida com o caso de um garoto cujo precoce livro de memórias relata os abusos sofridos durante toda a sua infância. A amizade entre o veterano escritor e o garoto, doente terminal, é turvada pela desconfiança quando o ex-namorado do escritor (Bobby Carnavale), ao ouvir a tutora do rapaz (Toni Collette) ao telefone no viva-voz, suspeita que as vozes são muito parecidas. Eis o início do mistério, aprofundado pela atuação excepcional de Toni Collette, num papel genuinamente assombroso.
Injustamente subestimado.
Quase um Segredo
3.7 143Um ótimo elenco jovem, com destaque para Rory Culkin e Josh Peck, numa trama trágica, onde o curso do rio simboliza um ambiente turvo e sufocante. Poderia ser apenas um filme de vingança. Porém, evita fazer apologia da lei de Talião, no que é um grande acerto. A merecer mais atenção.
Spun - Sem Limites
3.4 117 Assista AgoraMuito confete pra pouco carnaval.
É bem típico de diretores de videoclipes, ao se arriscarem no cinema, apelarem para concepções visuais excêntricas, esquecendo-se de que um filme necessita mais elementos para valer o esforço do espectador.
"Spun" pode até obter credibilidade quanto à pretensão de reproduzir os efeitos do consumo de drogas pesadas. Porém, "Trainspotting" fez isso com muito mais propriedade, além de ser um filme bem superior.
Estiloso, porém oco.
Madrugada Muito Louca 2
3.2 140 Assista AgoraSem as qualidades de "Madrugada Muito Louca" e com defeitos imperdoáveis, "Uma Viagem Muito Louca" parte de uma premissa irresistível, ao fazer Harold e Kumar irem para a prisão de Guantánamo, para uma comédia desastrosa.
As piadas escatológicas do primeiro filme chegam a ser inocentes perto da baixaria que se vê em dados momentos desta continuação.
Nem mesmo o retorno de Neil Patrick Harris interpretando ele mesmo (ou uma versão do que muitos pensam ser ele mesmo) vale o esforço.
Pra piorar, o agente racista (Rob Corddry), ao disparar preconceitos a granel somados a uma inacreditável incompetência, consegue mais constranger do que rir.
Era para ser uma comédia. Porém, exceto por um ou outro lampejo de graça, está mais para tragédia.