Confesso que posterguei conferir o filme ao máximo, justamente por achar um absurdo que se fizesse uma refilmagem do clássico, ainda mais ignorando os acontecimentos dos filmes anteriores. Pois bem, eu ainda acho um erro essa escolha de ignorar fatos anteriores, e as pontas dos atores só escancaram o óbvio. Mas, para a minha surpresa, as novas caça-fantasmas são muito divertidas. Uma ou outra piada soa destoada, mas a química das atrizes fazem com que a maior parte funcione. Terminei querendo assistir uma continuação, mas devido a péssima recepção do público masculino, isso não acontecerá, uma pena!
A parte da moradora da Ceilândia, que dizem ser a única real, tem muitas dúvidas pairando. Procurei e não achei nada que comprovasse documentalmente a existência dessa campanha "a cidade é uma só" muito menos que crianças circularam a cidade cantando uma música levando a campanha para todos os cantos, e o filme não faz questão que comprovar essa parte!
Quanto a parte do Dildu, fantástica! A cena dele cruzando com a caravana da Dilma é emblemática sobre como a estrutura e as chances dele são próximas a zero!
Em outros casos eu acusaria o filme de ser bastante chapa-branca, mas o Antônio Pitanga é uma pessoa tão solar, tão querida por uma diversidade de pessoas e com um papel tão crucial no cinema e nas artes em geral, que talvez ele seja só um cara que colecionou ao longo da vida muito mais admiradores do que detratores. É algo estampado em todas as conversas. E isso não é tão fácil de se angariar num mundo como o nosso. Acho que o certo é celebrar os grandes nomes ainda vivos mesmo.
Quem, assim como eu, tiver a experiência de assistir a esse filme sem antes ver trailer ou ler sinopse (principalmente essa spoilerenta aqui do filmow) com certeza se deparará com algo que foge das expectativas iniciais. Surpreendente no desenlace da jornada de cada um dos seus personagens, sempre em situação limite.
Como eu sou um cara acostumado a produções estilo Dogma 95, não fiquei nem um pouco incomodado com a fotografia e realismo, mas quem está mais acostumado unicamente a cinemão comercial pode ficar incomodado. Mas aí, fera, cabe também começar a ampliar a bagagem cinematográfica, né? Quer tudo na boquinha? Ah, dá um tempo!
Agora, convenhamos, a Silvia Lourenço, com 30 anos na cara, fazendo papel de adolescente é muito engraçado! Com aqueles trejeitos de Boça imitando malandro "cê é louco, meu"! Hahahahaha
Há uma passagem específica que eu gostaria de destacar , por achar a rima com a conclusão bastante interessante, ainda que eu já tenha visto declarações do diretor confirmando que os diálogos foram todos improvisados pelo elenco.
Trata-se da cena em que a Claudia vai ao açougue. Ela pede galinha ao molho pardo, mas o açougueiro diz que só é possível preparar esse prato ao matar uma galinha na hora, e ensina a dona de casa como deveria ser feito, com a utilização da faca no pescoço. Pois bem, no final a Claudia só morre porque dá uma facada no abdômen, dando possibilidade do Teodoro reagir. Caso ela tivesse feito com ele o mesmo que o açougueiro ensinara no caso da galinha, atingido o pescoço, ela sairia com vida. Curioso.
O Ciro um mala! Quem é que decora a casa com uma mesa de boteco! O fato da Marcela, uma mulher bonita, inteligente, sonhadora, se interessar por ele é algo que me encuca! Não tem justificativa razoável. Mas é ficção, né? A gente é obrigado a embarcar!
Um documentário-ficção-road movie onde qualquer tentativa do espectador de tentar reconhecer quando os integrantes estão estrapolando ou quando estão sendo eles mesmos mostra-se inútil. No entanto torço para que pelo menos aquela parte da crítica em relação ao Caco Ciocler trabalhar na Globo entre na conta das "liberdades", porque é claramente um discurso de pós-adolescente recém-ingressado em CA de faculdade.
Há uma desigualdade óbvia entre os embates protagonizados pela Georgette e o Léo. Ele é sempre o coadjuvante, o levantador para ela "cortar" com reflexões. Então adiciona-se aí uma dificuldade para saber se é limitação da narrativa a que o filme se propõe ou se é limitação de bagagem cultural e social do ator-empresário. Embora, frise-se, o comportamento do bolsonarista médio da realidade assemelha-se com aquilo mesmo, só que muito mais bélico.
Mas é o discurso do Vasco Pimentel (o cara do som) que é o mais me chamou a atenção. Roubou a cena. Empresa extrativista de Portugal. Aqui não era para ser um país mesmo. Trata-se de um acidente.
Ao final fica aquele gosto de poder rever essa turma analisando o governo Bolsonaro pós pandemia. Porque se ao final de 2018 eles estavam com medo, vixi.. como será encarar algo que foi (e está sendo) 1000x pior do que as piores expectativas?
E eu deixo registrado a minha indignação: como pode um filme que têm o clímax num discurso em espanhol não possuir legendas? Revoltante! Eu tenho agora que fazer curso de espanhol no Instituto Cervantes para assistir filme brasileiro? Era só o que me faltava!
Já é muito difícil segurar uma história onde se tem duas fases e dois elencos para os mesmos personagens, que dirá 3 fases e 3 elencos. E entremeados com flashbacks das relações familiares. Parabenizo a diretora Cláudia Pinheiro por conseguir segurar o interesse do espectador, com a devida calma para que conheçamos a personalidade de cada irmão.
O mais velho, Mauro, que criou todos os outros, e o problema no estômago parece simbolizar a carga de responsabilidade. O segundo mais velho, Cicinho, sem a mesma força do Mauro para guiar os outros irmãos, transparece impotência na tentativa de relação com as filhas e o álcool. O Zeca que é o que mais sente saudades do pai, e isso impacta num muro de arrogância que o impede de fixar uma família, uma esposa. O João, psicólogo, o mais afastado de todos justamente por não conseguir resolver os próprios problemas psicológicos. E o caçula Cacau, que por não ter tido uma relação traumática com a partida do pai, é o mais sensível e bem resolvido.
Conheço os atores adultos de diversos outros trabalhos (Johnny Bala, Rufino, hahaha), mas o entrosamento é tão bem construído que realmente parece uma família real, palpável. O filme é coberto de discussões sobre o que seria masculinidade no século XXI. Um diretor homem talvez trouxesse uma carga maior de propriedade, mas é justamente o fato de ser uma diretora que imprime a carga de sensibilidade que torna O Novelo uma das grandes obras dos últimos anos.
Revisitei depois de muitos anos. Na primeira vez que assisti, achei muito festivo. Vendo agora, cresceu muito! Personagens interessantíssimos.. Ficou uma coisa Spike Lee (guardadas as devidas proporções) de história passada durante um dia num bairro pobre, com alegrias e tristezas. Faltando apenas um escape de revolta da população, que acabou absorvida numa festa de carnaval, mas aqui é Brasil, e faz muito sentido.
Uma pena a fotografia e o timing dos diálogos serem tão televisivos, tanto que é praticamente impossível dissociar da série de tv que passava na TV Globo.
E a Emanuelle Araújo! Que mulher bonita!
Enfim, fiquei muito feliz em saber que haverá Ó Paí, Ó 2, e essa galeria de personagens voltará em breve!
Segue a mesma diretriz do filme Durval Discos, também da diretora Anna Muylaert, no relativo a lado A e lado B de tramas, tal qual um LP, o que faz sentido já que a música também marca presença de várias maneiras nesse longa.
A galera que assiste o filme reclama muito do comportamento do Max em relação a Baby, mas ele consegue a redenção quando dá uma baita prova de amor ao final, mas isso ninguém quer falar, né?
É divertido em alguns momentos, mas como eu já havia assistido JCVD e Jean-Claude Van Johnson, esse humor que parodia a própria carreira do ator acabou me soando preguiçoso. Sem falar nas cenas de ação onde era perceptível ver o dublê. Bola fora da direção!
É legal, mas quando se tem um personagem tão rico como Lampião, e a obra escolhe centrar a atenção no Benjamin Abrahão, acaba inevitavelmente gerando frustração.
O Jeferson De conseguiu resumir de forma bastante satisfatória a trajetória do Luis Gama. Os diálogos são bastante didáticos e não há nenhuma inovação em termos cinematográficos, então isso pode incomodar os cinéfilos, mas é preciso se ter em conta que o objetivo do diretor é tornar a figura mais conhecida entre as massas.
Todos nós sabemos sobre a péssima situação da educação brasileira, então nada sobre esse período que fuja da Princesa Isabel é ensinado aos brasileiros. Ou seja, o povo sabe pouco e sabe mal. E um povo que não conhece a sua história, está fadado a repeti-la, vide a situação atual do país nas esferas políticas e sociais.
Gostei muito da parte do julgamento, e a atuação do César Mello é a melhor coisa do filme. Inclusive, acho que funcionaria melhor (inclusive servindo aos propósitos de popularização) se fosse uma minissérie da TV Globo.
Eu sou um grande fã do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza, mas não vou tapar os olhos, Berenice Procura é o seu livro mais fraco, portanto eu fui assistir a esse filme com expectativa de que o diretor Allan Fiterman ao menos consertasse muitos dos erros. Bem, consertou alguns, piorou outros.
A trama policial foi posta em segundo plano, o que temos aqui é um drama LGBT. No livro, a personagem Valéria (Isabelle, no filme) não tem história, passado, família, nada. Esse ponto mostra que o diretor tinha boas intenções ao humanizar a vítima, mas gasta-se tanto tempo na história dela, ainda mais tendo em vista que a atriz é fraquíssima, que a investigação da Berenice surge de forma abrupta e tosca.
E aí que entra o maior problema do filme. Haja suspensão de descrença para engolir que toda a família da Berenice estava de alguma forma ligada a vida da Isabelle. O que foi a escolha do assassino ser o Domingos? Pura preguiça (ou incapacidade) do roteiro. Há cenas anteriores (necrotério, reportagem e janta familiar) em que o Domingos não mostra nenhum tipo de reação especial ao caso. Quando o pai estoura e vai tirar satisfações com o filho por querer saber o motivo dele estar envolvido com uma transexual, transparece realmente a surpresa com aquilo, e sem qualquer conhecimento anterior. O Eduardo Moscovis e a Claudia Abreu são grandes atores, mas eles não operam milagres.
O diretor optou pela escolha mais fácil e caricatural: a do machista que na verdade é enrustido. Nem mesmo o Garcia Roza se atreveu a escolher esse caminho na obra literária.
Tens personagens interessantes, mas o diretor fica com uma história truncada, sem saber para onde ir. Há uma cena de ação que é totalmente gratuita e desperdiçada por causa de cortes errados e escuridão.
Esse Cebolinha do filme (aliás todo o elenco) é muito leite com pera! A galera deve fazer um esforço hercúleo de suspensão de descrença para acreditar que essa galerinha ovomaltine são representações da turminha dos quadrinhos. Sinceramente, eu não sinto a menor vontade de assistir um filme onde a Isabelle Drummond interpreta a Tina. A galera escala o elenco baseado em talentos artísticos ou em popularidade do Instagram? Que tempos, feras, que tempos esses que nós vivemos!
Eu fui todo empolgado para assistir o novo filme do Van Damme na Netflix quando, surpreendentemente, vejo que as legendas em português não estão disponíveis na tela. A gente seleciona, mas ela não aparece. Um absurdo. Tu pagas por um serviço e ele é entregue de forma porca. Eu não sou obrigado a cursar a Aliança Francesa para assistir um filme. Quando a Netflix consertar essa confusão, eu assistirei!
Assisti por causa do Joel McHale (alô, galera de Community), mas o roteiro poderia ser mais criativo nos conflitos e nas piadas. Tem uns diálogos que não se enquadram no tipo "filme família", e isso é muito bom, mas o restante... até o Robin Williams parece estar no automático.
Tô muito sem vontade de assistir esse filme. Gostei do primeiro, mas não tenho a menor predisposição de assistir algo "moderno", "estilizado" e que joga o 2D original para escanteio. Pelo que eu li nas críticas, a Turma do Pernalonga tem o foco reduzido diante de "referências descoladas" de outros produtos na Warner. O que já era bastante perceptível nos trailer.
Sem falar que LeBron James? Quem é esse cara? Michael Jordan eu conhecia mesmo não sendo fã de basquete, esse mané aí é um desses atletas inventados.
É muito provável que eu espere passar na Tela de Sucessos ou no Cine Espetacular do SBT.
Um documentário que consegue resumir de forma interessante a história do festival através dos diversos nomes que figuraram e que tiveram passagens marcantes. Desde os clássicos do cinema novo até as novas gerações que despontaram no cenário brasiliense.
Só fico triste que um festival de cinema não tenha se preocupado, durante a sua trajetória, em registrar integralmente todas as cerimônias de abertura e premiação em imagens, visto que muita coisa é apenas verbalmente exposta.
Assistia muito na HBO. Uma divertida comédia romântica. Uma pena que a Alicia Silverstone não soube se encontrar na indústria do cinema depois dos anos 90.
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraConfesso que posterguei conferir o filme ao máximo, justamente por achar um absurdo que se fizesse uma refilmagem do clássico, ainda mais ignorando os acontecimentos dos filmes anteriores. Pois bem, eu ainda acho um erro essa escolha de ignorar fatos anteriores, e as pontas dos atores só escancaram o óbvio. Mas, para a minha surpresa, as novas caça-fantasmas são muito divertidas. Uma ou outra piada soa destoada, mas a química das atrizes fazem com que a maior parte funcione. Terminei querendo assistir uma continuação, mas devido a péssima recepção do público masculino, isso não acontecerá, uma pena!
A Cidade é uma Só
3.9 27A parte da moradora da Ceilândia, que dizem ser a única real, tem muitas dúvidas pairando. Procurei e não achei nada que comprovasse documentalmente a existência dessa campanha "a cidade é uma só" muito menos que crianças circularam a cidade cantando uma música levando a campanha para todos os cantos, e o filme não faz questão que comprovar essa parte!
Quanto a parte do Dildu, fantástica! A cena dele cruzando com a caravana da Dilma é emblemática sobre como a estrutura e as chances dele são próximas a zero!
Pitanga
4.3 24Em outros casos eu acusaria o filme de ser bastante chapa-branca, mas o Antônio Pitanga é uma pessoa tão solar, tão querida por uma diversidade de pessoas e com um papel tão crucial no cinema e nas artes em geral, que talvez ele seja só um cara que colecionou ao longo da vida muito mais admiradores do que detratores. É algo estampado em todas as conversas. E isso não é tão fácil de se angariar num mundo como o nosso. Acho que o certo é celebrar os grandes nomes ainda vivos mesmo.
Contra Todos
3.4 88Quem, assim como eu, tiver a experiência de assistir a esse filme sem antes ver trailer ou ler sinopse (principalmente essa spoilerenta aqui do filmow) com certeza se deparará com algo que foge das expectativas iniciais. Surpreendente no desenlace da jornada de cada um dos seus personagens, sempre em situação limite.
Como eu sou um cara acostumado a produções estilo Dogma 95, não fiquei nem um pouco incomodado com a fotografia e realismo, mas quem está mais acostumado unicamente a cinemão comercial pode ficar incomodado. Mas aí, fera, cabe também começar a ampliar a bagagem cinematográfica, né? Quer tudo na boquinha? Ah, dá um tempo!
Agora, convenhamos, a Silvia Lourenço, com 30 anos na cara, fazendo papel de adolescente é muito engraçado! Com aqueles trejeitos de Boça imitando malandro "cê é louco, meu"! Hahahahaha
Há uma passagem específica que eu gostaria de destacar , por achar a rima com a conclusão bastante interessante, ainda que eu já tenha visto declarações do diretor confirmando que os diálogos foram todos improvisados pelo elenco.
Trata-se da cena em que a Claudia vai ao açougue. Ela pede galinha ao molho pardo, mas o açougueiro diz que só é possível preparar esse prato ao matar uma galinha na hora, e ensina a dona de casa como deveria ser feito, com a utilização da faca no pescoço. Pois bem, no final a Claudia só morre porque dá uma facada no abdômen, dando possibilidade do Teodoro reagir. Caso ela tivesse feito com ele o mesmo que o açougueiro ensinara no caso da galinha, atingido o pescoço, ela sairia com vida. Curioso.
Cão Sem Dono
3.4 87O Ciro um mala! Quem é que decora a casa com uma mesa de boteco! O fato da Marcela, uma mulher bonita, inteligente, sonhadora, se interessar por ele é algo que me encuca! Não tem justificativa razoável. Mas é ficção, né? A gente é obrigado a embarcar!
Duran Duran: There's Something You Should Know
4.2 3Um resumão da carreira da banda com entrevistas e trechos das músicas. Quebra o galho!
Partida
3.6 10Um documentário-ficção-road movie onde qualquer tentativa do espectador de tentar reconhecer quando os integrantes estão estrapolando ou quando estão sendo eles mesmos mostra-se inútil. No entanto torço para que pelo menos aquela parte da crítica em relação ao Caco Ciocler trabalhar na Globo entre na conta das "liberdades", porque é claramente um discurso de pós-adolescente recém-ingressado em CA de faculdade.
Há uma desigualdade óbvia entre os embates protagonizados pela Georgette e o Léo. Ele é sempre o coadjuvante, o levantador para ela "cortar" com reflexões. Então adiciona-se aí uma dificuldade para saber se é limitação da narrativa a que o filme se propõe ou se é limitação de bagagem cultural e social do ator-empresário. Embora, frise-se, o comportamento do bolsonarista médio da realidade assemelha-se com aquilo mesmo, só que muito mais bélico.
Mas é o discurso do Vasco Pimentel (o cara do som) que é o mais me chamou a atenção. Roubou a cena. Empresa extrativista de Portugal. Aqui não era para ser um país mesmo. Trata-se de um acidente.
Ao final fica aquele gosto de poder rever essa turma analisando o governo Bolsonaro pós pandemia. Porque se ao final de 2018 eles estavam com medo, vixi.. como será encarar algo que foi (e está sendo) 1000x pior do que as piores expectativas?
E eu deixo registrado a minha indignação: como pode um filme que têm o clímax num discurso em espanhol não possuir legendas? Revoltante! Eu tenho agora que fazer curso de espanhol no Instituto Cervantes para assistir filme brasileiro? Era só o que me faltava!
O Novelo
3.6 10 Assista AgoraJá é muito difícil segurar uma história onde se tem duas fases e dois elencos para os mesmos personagens, que dirá 3 fases e 3 elencos. E entremeados com flashbacks das relações familiares. Parabenizo a diretora Cláudia Pinheiro por conseguir segurar o interesse do espectador, com a devida calma para que conheçamos a personalidade de cada irmão.
O mais velho, Mauro, que criou todos os outros, e o problema no estômago parece simbolizar a carga de responsabilidade. O segundo mais velho, Cicinho, sem a mesma força do Mauro para guiar os outros irmãos, transparece impotência na tentativa de relação com as filhas e o álcool. O Zeca que é o que mais sente saudades do pai, e isso impacta num muro de arrogância que o impede de fixar uma família, uma esposa. O João, psicólogo, o mais afastado de todos justamente por não conseguir resolver os próprios problemas psicológicos. E o caçula Cacau, que por não ter tido uma relação traumática com a partida do pai, é o mais sensível e bem resolvido.
Conheço os atores adultos de diversos outros trabalhos (Johnny Bala, Rufino, hahaha), mas o entrosamento é tão bem construído que realmente parece uma família real, palpável. O filme é coberto de discussões sobre o que seria masculinidade no século XXI. Um diretor homem talvez trouxesse uma carga maior de propriedade, mas é justamente o fato de ser uma diretora que imprime a carga de sensibilidade que torna O Novelo uma das grandes obras dos últimos anos.
#FestivaldeGramado
Ó Paí, Ó
3.2 476Revisitei depois de muitos anos. Na primeira vez que assisti, achei muito festivo. Vendo agora, cresceu muito! Personagens interessantíssimos.. Ficou uma coisa Spike Lee (guardadas as devidas proporções) de história passada durante um dia num bairro pobre, com alegrias e tristezas. Faltando apenas um escape de revolta da população, que acabou absorvida numa festa de carnaval, mas aqui é Brasil, e faz muito sentido.
Uma pena a fotografia e o timing dos diálogos serem tão televisivos, tanto que é praticamente impossível dissociar da série de tv que passava na TV Globo.
E a Emanuelle Araújo! Que mulher bonita!
Enfim, fiquei muito feliz em saber que haverá Ó Paí, Ó 2, e essa galeria de personagens voltará em breve!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraLourenço Mutarelli interpretando Lourenço Mutarelli.
É Proibido Fumar
3.1 256Segue a mesma diretriz do filme Durval Discos, também da diretora Anna Muylaert, no relativo a lado A e lado B de tramas, tal qual um LP, o que faz sentido já que a música também marca presença de várias maneiras nesse longa.
A galera que assiste o filme reclama muito do comportamento do Max em relação a Baby, mas ele consegue a redenção quando dá uma baita prova de amor ao final, mas isso ninguém quer falar, né?
O Último Mercenário
2.6 74É divertido em alguns momentos, mas como eu já havia assistido JCVD e Jean-Claude Van Johnson, esse humor que parodia a própria carreira do ator acabou me soando preguiçoso. Sem falar nas cenas de ação onde era perceptível ver o dublê. Bola fora da direção!
Baile Perfumado
3.6 77É legal, mas quando se tem um personagem tão rico como Lampião, e a obra escolhe centrar a atenção no Benjamin Abrahão, acaba inevitavelmente gerando frustração.
Doutor Gama
3.6 53 Assista AgoraO Jeferson De conseguiu resumir de forma bastante satisfatória a trajetória do Luis Gama. Os diálogos são bastante didáticos e não há nenhuma inovação em termos cinematográficos, então isso pode incomodar os cinéfilos, mas é preciso se ter em conta que o objetivo do diretor é tornar a figura mais conhecida entre as massas.
Todos nós sabemos sobre a péssima situação da educação brasileira, então nada sobre esse período que fuja da Princesa Isabel é ensinado aos brasileiros. Ou seja, o povo sabe pouco e sabe mal. E um povo que não conhece a sua história, está fadado a repeti-la, vide a situação atual do país nas esferas políticas e sociais.
Gostei muito da parte do julgamento, e a atuação do César Mello é a melhor coisa do filme. Inclusive, acho que funcionaria melhor (inclusive servindo aos propósitos de popularização) se fosse uma minissérie da TV Globo.
Berenice Procura
3.2 43Eu sou um grande fã do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza, mas não vou tapar os olhos, Berenice Procura é o seu livro mais fraco, portanto eu fui assistir a esse filme com expectativa de que o diretor Allan Fiterman ao menos consertasse muitos dos erros. Bem, consertou alguns, piorou outros.
A trama policial foi posta em segundo plano, o que temos aqui é um drama LGBT. No livro, a personagem Valéria (Isabelle, no filme) não tem história, passado, família, nada. Esse ponto mostra que o diretor tinha boas intenções ao humanizar a vítima, mas gasta-se tanto tempo na história dela, ainda mais tendo em vista que a atriz é fraquíssima, que a investigação da Berenice surge de forma abrupta e tosca.
E aí que entra o maior problema do filme. Haja suspensão de descrença para engolir que toda a família da Berenice estava de alguma forma ligada a vida da Isabelle. O que foi a escolha do assassino ser o Domingos? Pura preguiça (ou incapacidade) do roteiro. Há cenas anteriores (necrotério, reportagem e janta familiar) em que o Domingos não mostra nenhum tipo de reação especial ao caso. Quando o pai estoura e vai tirar satisfações com o filho por querer saber o motivo dele estar envolvido com uma transexual, transparece realmente a surpresa com aquilo, e sem qualquer conhecimento anterior. O Eduardo Moscovis e a Claudia Abreu são grandes atores, mas eles não operam milagres.
O diretor optou pela escolha mais fácil e caricatural: a do machista que na verdade é enrustido. Nem mesmo o Garcia Roza se atreveu a escolher esse caminho na obra literária.
Se Nada Mais Der Certo
3.6 114 Assista AgoraTens personagens interessantes, mas o diretor fica com uma história truncada, sem saber para onde ir. Há uma cena de ação que é totalmente gratuita e desperdiçada por causa de cortes errados e escuridão.
Tempo
3.1 1,1K Assista Agora"Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio"
Turma da Mônica: Lições
3.9 273 Assista AgoraEsse Cebolinha do filme (aliás todo o elenco) é muito leite com pera! A galera deve fazer um esforço hercúleo de suspensão de descrença para acreditar que essa galerinha ovomaltine são representações da turminha dos quadrinhos. Sinceramente, eu não sinto a menor vontade de assistir um filme onde a Isabelle Drummond interpreta a Tina. A galera escala o elenco baseado em talentos artísticos ou em popularidade do Instagram? Que tempos, feras, que tempos esses que nós vivemos!
O Último Mercenário
2.6 74Eu fui todo empolgado para assistir o novo filme do Van Damme na Netflix quando, surpreendentemente, vejo que as legendas em português não estão disponíveis na tela. A gente seleciona, mas ela não aparece. Um absurdo. Tu pagas por um serviço e ele é entregue de forma porca. Eu não sou obrigado a cursar a Aliança Francesa para assistir um filme. Quando a Netflix consertar essa confusão, eu assistirei!
Maldito Feliz Natal
2.7 47 Assista AgoraAssisti por causa do Joel McHale (alô, galera de Community), mas o roteiro poderia ser mais criativo nos conflitos e nas piadas. Tem uns diálogos que não se enquadram no tipo "filme família", e isso é muito bom, mas o restante... até o Robin Williams parece estar no automático.
Space Jam: Um Novo Legado
2.9 350 Assista AgoraTô muito sem vontade de assistir esse filme. Gostei do primeiro, mas não tenho a menor predisposição de assistir algo "moderno", "estilizado" e que joga o 2D original para escanteio. Pelo que eu li nas críticas, a Turma do Pernalonga tem o foco reduzido diante de "referências descoladas" de outros produtos na Warner. O que já era bastante perceptível nos trailer.
Sem falar que LeBron James? Quem é esse cara? Michael Jordan eu conhecia mesmo não sendo fã de basquete, esse mané aí é um desses atletas inventados.
É muito provável que eu espere passar na Tela de Sucessos ou no Cine Espetacular do SBT.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista AgoraUm Lugar Silencioso - Parte III sem a direção de John Krasinski é golpe, então prefiro que nem saia!
Candango: Memórias do Festival
3.9 3Um documentário que consegue resumir de forma interessante a história do festival através dos diversos nomes que figuraram e que tiveram passagens marcantes. Desde os clássicos do cinema novo até as novas gerações que despontaram no cenário brasiliense.
Só fico triste que um festival de cinema não tenha se preocupado, durante a sua trajetória, em registrar integralmente todas as cerimônias de abertura e premiação em imagens, visto que muita coisa é apenas verbalmente exposta.
Excesso de Bagagem
2.7 64 Assista AgoraAssistia muito na HBO. Uma divertida comédia romântica. Uma pena que a Alicia Silverstone não soube se encontrar na indústria do cinema depois dos anos 90.