Acho Dias de Trovão muito bacana, mas ele é tipo "Velozes e Furiosos" e "Caçadores de Emoção: plágio de outro filme.
Nada me afasta a impressão de que Tony Scott, Don Simpson e Jerry Bruckheimer pegaram o roteiro de Top Gun, assinado por Jim Cash e Jack Epps Jr. , deram nas mãos do Robert Towne e falaram: "reescreve aí, mas tenta não fazer igual". O que ele fez foi substituir os caças F-14 por Stock Cars e pronto, nasceu Dias de Trovão. Não se deram nem ao trabalho de disfarçar, colocando outro ator no papel principal: tinha que ser o mesmo Tom Cruise!
Sério, assistam os dois filmes em sequência. É impossível não notar as semelhanças, porque a estrutura é basicamente a mesma, inclusive enredo, conflitos e algumas cenas, praticamente plagiadas de um filme para outro. Acho que situação só não ficou muito feia porque ambos foram produzidos e dirigidos pelos mesmos caras! O final então, é absurdamente copiado! haha
Que clichezinho gostoso de assistir! Achei mto bacana esse filme propor uma trama a partir de uma organização real, as "Secretárias de Julieta" em Verona. Ainda que previsivelmente já saibamos que Cartas de Julieta alcançará o lugar comum dos filmes de seu gênero, a jornada desses personagens consegue ser envolvente e cativante. Vale muito a pena assistir!
Levei dezesseis anos para finalmente decidir assistir Brigada 49. O filme tem uma desenvolvimento particularmente lento, mas gostei do ritmo dele. Achei ele visualmente melhor do que outras produções (inclusive para a TV), por apostar em uma estética menos higienizada da profissão, emprestando aos personagens um aspecto realista, inclusive no figurino e cenários adotados.
Senti porém que apesar de interessante, faltou dosagem na carga emocional, algum elemento que realmente mexesse com o íntimo do espectador. A falha parece ter sido em conjunto: roteiro, direção e elenco. Apesar do bom desempenho de Joaquim Phoenix, falta alguma coisa na atmosfera desse filme para torná-lo realmente emocionante, pois na forma como a proposta foi desenvolvida, acabou beirando o melodrama.
O grande acerto de Brigada 49 foi sem dúvida ter apostado numa conclusão que escapa da previsibilidade que cerca outras produções do gênero, tornando a realidade desses profissionais aqui retratada mais autêntica e humanizada. Não é o meu filme de 'bombeiros' preferido, mas valeu a pena ter assistido!
Para quem curte histórias natalinas que falem de temas como amor, perdão e fé, esse filme é um prato cheio. É um filme simples, despretensioso, mas carregado de belas menagens, que enchem o espectador de esperança na humanidade. Possui densidade e humor muito bem dosados, como se espera de boas produções desse gênero.
Minha única crítica fica ao enredo sub-aproveitado de Jules, que possui pouca presença em cena (se comparado as linhas narrativas de Paul Walker e Susan Sarandon), deixando a impressão de deslocamento do personagem em meio à trama.
Mas, de qq forma, é um filme lindo, que vale a pena ser conferido!
Gosta de filmes de assalto, envolvendo carros possantes fazendo malabarismos no trânsito? Então nem perca tempo lendo as avaliações negativas: assista!
Pode-se dizer que "No Limite" é um primo pobre da segunda fase da franquia Velozes e Furiosos. Não tem a perspicácia de "Uma Saída de Mestre", mas apresenta uma proposta semelhante e consegue entreter o espectador durante sua hora e meia de duração.
Falta um pouquinho de carisma e química entre os personagens, mas nada que impacte diretamente naquilo que ele se propõe. Tem lá seus momentos empolgantes e assisti-lo certamente não será uma total perda de tempo para quem gosta do gênero.
Curiosamente Scott Eastwood, um dos protagonistas, posteriormente se juntaria a trupe de Velozes e Furiosos, no nono filme da franquia.
Ad Astra expõe a jornada de um homem que na solidão do espaço, finalmente encontra aquilo que ele sempre buscou, ainda que não seja exatamente o que ele imaginava. É belíssima a forma como a produção retrata a evolução psicológica do homem mergulhado na mais profunda solidão. A lentidão da narrativa, perfeitamente associada à melancólica fotografia, criam a ambientação perfeita para o espectador ser envolvido pelo clima denso e reflexivo proporcionado por esse filme. Se entregar à essa narrativa é uma baita experiência cinematográfica.
Filme excepcional e talvez um dos mais importantes da carreira de Brad Pitt. Por se tratar de uma produção de ficção científica, é natural que apresente um desenvolvimento lento. Reclamar disso, entrega que o espectador não é adequado ao filme e não sinônimo de falha da produção. É sempre bom ter em mente que Ficção Científica é diferente de Filme de Aventura Espacial. Repitam esse mantra e sejam felizes!
13º Distrito é o tradicional filme descerebrado que privilegia a ação e exala testosterona a cada cena. Sua estrutura lembra bastante o estilo do cinema de ação dos anos 90, hoje pouco disseminado. Estão lá os personagens estereotipados e caricatos, mulheres hiper sexualizadas e as situações de tensão que beiram o ridículo, sendo o auge, atingido numa cena de pancadaria enquanto a cidade está à poucos minutos de ser pulverizada por uma arma nuclear, afinal o que são milhares de vidas, perto da necessidade de dois machões resolverem suas diferenças no braço, né não? Hilário!
Fica claro que o filme passa longe de ser pretensioso e recicla sem titubear todos os clichês que o gênero pode oferecer em seu roteiro. É o tipo ideal para quem quer apenas sentar e relaxar assistindo pouco blá blá blá e mais adrenalina, com pouco tempo para respirar. Garanto que diverte!
Quando se fala em Tolkien, é natural que pensemos automaticamente em Senhor dos Anéis e outras obras ligadas ao universo da Terra Média. Referências. Mas por trás dela existiu um homem, um ser humano, com uma vida, sonhos e experiências.
Esse filme pode não ter perfeito (não é, de fato), mas cumpre a importante função de humanizar o grande referencial de fantasia na literatura. Ainda que de forma relativamente rasa e omissa, Tolkien é uma ótima introdução para conhecermos um pouco sobre quem ele foi e como as experiências e amizades foram fundamentais para a criação do universo que, como ele e os amigos pactuaram no passado, influenciou e se tornou a mais alta referência no universo da literatura fantástica mundial.
Alguns filmes de fantasia infanto-juvenil, quando não foram uma referência na infância do espectador adulto, se tornam absolutamente cansativos. É o caso de Labirinto: a Magia do Tempo, para mim.
É estranho, pq cresci assistindo à clássicos do gênero, como História sem Fim, Pagemaster, Willow e Mary Poppins, mas Labirinto provavelmente passou despercebido na minha já distante infância e assisti-lo hoje não despertou nenhuma sensação que não o tédio. Realmente esse filme não é pra mim. Duas estrelas e meia, pela criatividade na construção do universo, pela atuação carismática de Jennifer Conelly e pelo esforço de David Bowie.
Contagem Regressiva pode até não ser um filme excepcional, mas é onde encontrei, até agora, a melhor atuação da carreira de Paul Walker. A produção explora o isolamento e o gradativo desgaste físico e psicológico do personagem, em um esforço sobre-humano para manter sua filha viva.
O filme sem dúvida poderia ter sido bem melhor se a direção soubesse explorar a tensão que cerca essa história, mas ao menos acerta no ritmo com que conduz a trama e mantém o espectador interessado do início ao fim.
Depois de ter finalmente assistido Veículo 19, finalmente compreendi o motivo de tanta gente falar mal dele. De fato, esse filme deve soar extremamente decepcionante para espectador ávido por uma produção de ação, pois ele está totalmente fora da curva desse gênero, onde se valorizam as sequências de intensa agitação em detrimento do aprofundamento psicológico dos personagens. Porém, não é o que o espectador irá encontrar aqui.
Para mim, o grande problema desse filme está no direcionamento do público alvo. Tendo um protagonista estrelado por Paul Walker, ator com grande identificação profissional com o gênero Ação, aliado a um trailer que que se prioriza as cenas de velocidade e perseguição policial, ficou clara a estratégia de alcançar o público da franquia Velozes e Furiosos e fãs de filmes de ação. E aí vem o banho de água fria: Veículo 19 foca nos dilemas e conflitos psicológicos do protagonista Michael Woods, uma das poucas oportunidades aliás, em que Paul Walker pôde explorar seu potencial dramático no cinema.
Veículo 19 é na verdade um thriller psicológico, com cenas de ação pontuais e adequadas ao seu verdadeiro gênero. É sim um ótimo filme, com trama envolvente e relativamente crível, cuja história está alicerçada na exploração do psicológico de seu protagonista, que experimenta uma situação de extrema pressão e desespero. Assistam apenas se não estiverem esperando um filme de ação!
Linha do Tempo apresenta uma ótima proposta, mas não consegue empolgar. É divertido, especialmente para quem curte o tema "viagem no tempo", mas realmente falta um certo tempero nesse filme. Tb não é uma produção para ser avaliada com visão crítica aguçada, afinal é puro entretenimento e nesse aspecto, cumpre muito bem seu papel.
O terror B/Trash tem um charme particular porque as coisas nele são toscas e mal feitas por não haver investimento para se fazer melhor, obrigando seus realizadores a buscar soluções baratas para cumprir aquilo que está sendo proposto. Porém não é o que vemos nesse filme!
É evidente que Planeta Terror teve um considerável orçamento para ser realizado e optou por adotar uma estética trash como forma de homenagear o subgênero. Só que o resultado, para mim, foi uma produção forçada e cansativa, que em nenhum momento conseguiu empolgar, pelo contrário. Definitivamente esse não é o tipo de filme pra mim!
Revendo, dps de aproximadamente uns 15 anos e ainda me soa um filme bacana, bem diferente do que a franquia se tornaria, ao longo dos anos. Sinto que na tentativa de perpetuar a saga, acabaram se perdendo e apostando em cenas de ação cada vez mais fora da realidade, se aproximando muito do estilo de filmes como 007. Os carros ainda estão lá, mas não tem essa atmosfera do primeiro filme.
Temos nesse primeiro filme um roteiro interessante, que abre espaço para o desenvolvimento e estabelecimento dos personagens, algo que normalmente não é prioridade em produções de ação.
Aqui nascem dois personagens que se tornaram referência na cultura pop: Dom e Brian. A química entre os dois fica evidente a cada cena, uma parceria perfeita, infelizmente encerrada abruptamente em 2017. O carisma de Paul Walker sem dúvida faz parte uma grande diferença nos filmes dessa franquia.
Velozes e Furiosos não é o eu filme de carros preferido, pois esse posto ainda pertence ao meu xodó, 60 Segundos, mas sem dúvida é um dos grandes filmes do gênero.
O Filme da Minha Vida é uma produção esteticamente perfeita, porém é enfraquecida por um roteiro ligeiramente previsível. O espectador minimamente observador, consegue facilmente juntar as peças e descobrir a conexão motivacional que existe no pretenso mistério da debandada do pai do protagonista, especialmente quando este se faz presente novamente.
O filme apresenta um retrato bastante sensível sobre as relações familiares e na reta final se cerca de ares notavelmente machistas, algo porém tolerável, afinal estamos falando de uma produção de época (década de 1960), um período em que essas noções hoje não mais socialmente aceitas (graças a Deus!), eram absolutamente comuns: a visão patriarcal era o centro da base familiar. Daí a admiração nutrida pelo rapaz e sua busca por respostas ser facilmente compreendida, assim como a atitude da mãe. A aceitação desses conceitos é ainda mais reforçado pela região em que a trama se desenrola: as serras gaúchas. Dessa forma, este não é o tipo de filme sobre o qual se pode esperar conceitos panfletários contemporâneos.
Johnny Massaro tem um desemprenho até regular nesse papel dramático, ainda que seu personagem não seja nada cativante, mas seu trabalho é notável, especialmente porque só o costumamos ver atuando com personagens idiotizados. Selton Mello no entanto, parece estar fora do tom em alguns momentos de seu Paco. A reflexão filosófica do personagem sobre a diferença entre um homem e um porco é um ótimo exemplo, fala totalmente inverossímil atribuída a um homem do campo, visivelmente rústico no comportamento e no pensar.
De um modo geral é um bom filme, que vale a pena ser conferido.
O documentário relata com certa verossimilhança a trajetória da redemocratização do nosso país, tomando como fio condutor a trajetória de Lula e a fundação do PT, lançando sobre eles, além de Dilma, todos os holofotes. O filme chega a constatações óbvias para quem tem uma visão menos estreita da política: que Dilma foi vitima de um boicote político articulado pela direita, que se valendo da insatisfação popular que já era evidente desde as eleições de 2014, promoveu um processo de impeachment sem fundamentos. Mas o óbvio parece não alcançar o brasileiro médio, que se torna massa de manobra, convenhamos, dos dois espectros políticos.
Os pontos fracos do documentário são a narrativa em off da diretora, num tom queixoso que em dado momento se tornou cansativo para mim, além da ausência de uma crítica ao processo enfrentado por Lula, tendenciosamente tratado como vítima do poder judiciário, algo em que particularmente, não acredito. Dilma sim, foi a grande vítima nesse processo de derrocada do PT, que mesmo democraticamente eleita, foi deposta do poder, num ato articulado pelos poderosos e endossado por boa parte da população.
Não é um filme para se levar a sério e muito menos para ser avaliado com uma visão criteriosa. É um ótimo entretenimento, adequado para toda a família e que de certa forma, consegue tocar os mais nostálgicos, que assim como eu, cresceram lendo os quadrinhos da Turma da Mônica.
Sabe aquele ditado: nada é ruim demais que não possa piorar? Então, é esse filme!
Quem leu Deixe a Neve Cair, de Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle já se deparou com um livro que não é lá essas coisas, valendo a leitura apenas pelo conto assinado por Johnson, O Expresso Jubileu, pois a narrativa que é carro chefe da obra, "O Milagre da Torcida de Natal", escrito pelo então mega-popular John Green, é tenebroso de ruim. Nunca achei que esse livro algum dia seria adaptado, considerando que para extrair dele algo que se sustentasse como filme razoavelmente bom, seria um verdadeiro milagre de Natal.
Pois bem, eis que a dona Netflix teve essa coragem e adaptou o abacaxi literário. A esperança, quando fui assistir, era de que eles tivessem mantido intacto (na medida do possível) o conto de abertura (Expresso Jubileu) e dado um jeito de ao menos melhorar a cagada do John Green e o texto insosso da Lauren Myracle (Santo Milagreiro dos Porcos).
Quando o filme começou, já ficou claro que o único texto que prestava no livro tinha sido substancialmente modificado e conforme os outros personagens/plots foram apresentados, tive a certeza de que do livro, o roteiro do filme só resgatou alguns personagens (nem todos estão no filme) e uma leve ideia de cada história. Jubileu agora é Julie (nome que a personagem costumava usar no livro para que não questionassem seu verdadeiro nome), que assim como a original, tem sua viagem de trem interrompida pela nevasca; Tobin ainda é o adolescente que quer ver líderes de torcida; e Addie continua sendo a garotinha mimada que só pensa no próprio umbigo. Mas de resto, tudo o que o filme apresentou, foi criado pelos roteiristas!
Considerando que o livro é bem ruim, mudar tudo na adaptação poderia até ter sido uma boa estratégia para salvar algo essa história, mas parece que a incompetência dos autores do original foi magicamente transmitida para os roteiristas do filme, porque a emenda saiu pior que o soneto! Julie deixou de ser Jubileu pra se tornar uma personagem chata e que tem uma mãe que está supostamente doente, mas cujo mal não é explicitado no filme. Tobin vive um triangulo amoroso com Duke e JP, que não apenas não funciona na tela, como também não tem argumento algum. Cheguei inclusive a cogitar que o JP do filme era gay, mas não... era uma tentativa muito mal sucedida de triangulo amoroso, que em nenhum momento convence o espectador. E por fim, Addie, que além de entojada, mimada e egocêntrica, ainda por cima incorpora também a namorada abusiva e controladora que bem precisava de algumas horas de terapia para descobrir o amor próprio e superar a obsessão. Mas ao invés disso, a "mulher alumínio", personagem subaproveitada de Joan Cusack, cumpre esse papel, num dos plots mais mal conduzidos do filme.
Fora isso, a produção ainda acrescentou duas outras linhas narrativas: a de Keon, personagem com zero projeção no romance e que ganha um plot absolutamente descartável e o de Dorrie, amiga de Addie, que está em um dilema amoroso ao se deparar com a garota que ela está apaixonada, mas que aparentemente a está ignorando, sendo este o único plot de todo filme que realmente vale a pena receber alguma atenção. De resto, consegue se sair pior que o livro que o originou.
O filme acaba pecando no mesmo quesito do livro: excesso de personagens sem desenvolvimento, com a vantagem que no livro, ao menos os principais tinham um plot, ainda que ruim, convence na leitura, diferentemente do imenso vazio que assola o desenvolvimento de quase todas as suas respectivas versões cinematográficas.
E que finalzinho mequetrefe deram pro filme ein? haha
Assisti esse filme sem nenhuma expectativa, e, ainda assim, achei ruim de doer! Tudo nele soa forçado: as situações, a burrice dos personagens e o absurdo que cerca essa história.
O que chama atenção aqui é o Cauã Raymond, um ator que considero acima da qualidade mediana, no elenco desse filme, afinal ver Tatá Werneck se prestando a atuar papéis ridículos em produções medíocres não é exatamente uma novidade na carreira dela, mas Cauã, que já encarou personagens bem mais exigentes, soa bastante estranho.
O conjunto da obra aqui é bem ruim, essencialmente desinteressante e cheia daquelas piadas ordinárias e esquecíveis, tão esquecíveis quanto o filme por um todo. A palavra que melhor define "Uma quase dupla" é constrangedor, afinal ele desperta vergonha alheia cena após cena.
Dei uma estrela e meia apenas pela canção "Mas você não vem", versão de As Marcianas para o sucesso Take My Breath Away, que até então não conhecia.
Ótimo documentário. Conseguiu condensar bem os acontecimentos de 1998 e fazer a linha do tempo, mostrando a jornada das vítimas até hoje, tentando receber suas indenizações, mais de 20 anos depois. Minha crítica fica só pela ausência das imagens daqueles que perderam a vida na tragédia. Os oito mortos foram relacionados ao fim, mas seus rostos não foram expostos ao longo do documentário ou mesmo no final .
Fui assistir sem nenhuma expectativa (especialmente porque sou fã da franquia original) e sinceramente, gostei muito!
Não cabe aqui cotejar esse remake com o original pois são essencialmente diferentes. O novo Chucky (eita boneco feio!!!) é um brinquedo moderno. Não colaria em pleno 2019 um boneco virar febre "apenas" pq repete frases bobinhas, né? O novo boneco é um robô, dotado de inteligência artificial, que se conecta na internet e interage com seu dono.
A atualização acabou afastando a atmosfera sobrenatural vista no original, substituindo um boneco possuído pelo espírito de um serial killer por um outro que após ter tido sua programação alterada propositadamente na fábrica, aprende de forma intuitiva (e até obsessiva) a matar para agradar seu dono, deixando a trama bem mais crível do que a original.
O filme começa meio bobinho, mas vai crescendo conforme a história se desenvolvei, deixando pouco a pouco para trás o tom bem humorado que marca principalmente o primeiro ato, para ganhar contornos gore que não vemos na versão original.
Para fãs da franquia original, cabe observar também as referências que o filme apresenta, que não se resumem apenas ao Brinquedo Assassino original, mas também ao cinema contemporâneo ao clássico cult.
Não é um filme espetacular, afinal como qq produção do gênero tem lá suas falhas de roteiro, mas de um modo geral possui um bom elenco e apresenta uma história que funciona bem na tela e consegue divertir, dentro daquilo que se propõe. Vale muito a pena conferir!
Achei visualmente impecável! Jesuíta Barbosa brilha em cada cena, com sua sempre versátil atuação. Isis Valverde executa bem o papel, ainda que engessada nos mesmos moldes de sempre. O filme tinha tudo para agradar, mas simplesmente não consegui me conectar com a história. Em alguns momentos achei até enfadonho, dando a impressão que o filme é mto mais longo do que seus 107 minutos. Uma pena.
Tinha tudo para ser um bom filme, mas no final das contas acabou sendo um grande desastre. Imputar a culpa desse fiasco apenas à Will Ferrell é ignorar a mediocridade do roteiro assinado por Delia Ephron e pela diretora Nora Ephron, explicitamente inconsistente e desinteressante. A história até começa bem, pois ainda que diferente do original, fica clara a intenção de fazer desse filme uma homenagem, reverenciando a memória da série clássica. Inserir o conteúdo repaginado da serie sessentista num contexto de um remake sendo produzido foi sem dúvida o principal acerto desse filme. O problema é que conforme a trama se desenvolve, o desastre vai ganhando forma.
Nicole Kidman parece ter captado a essência da Samantha, ao mesmo tempo em que construiu uma Isabel bem moldada ao estilo da personagem clássica. Mas fazer dupla com Will Ferrell foi o desastre completo. A falta de química entre os dois e as atuações exageradas e constrangedoras de Will Ferrel representam a última pá de cal sob esse fracasso retumbante, que só não é totalmente esquecível, devido a presença de Kidman em cena.
Quando esse filme esteve em cartaz no cinema, vi dezenas de pessoas lançando os mais altos elogios à produção, atribuindo a ele um novo patamar em filmes de ação. Por isso, agora que a hype já ficou para trás, finalmente tive oportunidade de assisti-lo e bem... não achei essa coca-cola toda.
É bem verdade que o filme tem estilo. Reúne um ótimo elenco, tem cenas bem bacanas e uma trilha sonora bem interessante. No entanto, não vi nada nessa produção que eu já não tenha sido dezenas de vezes revisitado em filmes semelhantes, como 60 Segundos, Uma Saída de Mestre e Velozes e Furiosos, por exemplo.
Em Ritmo de Fuga é só mais um filme de ação de protagonizado por ladrões relativamente carismáticos (logo, despertam empatia e identidade com o espectador), repleto de cenas de perseguição e fuga em meio ao perímetro urbano e com a já esperada pitada de romance bandido; ou seja, nada de novo sob o sol!
Ao final, fiquei até com a sensação de ter visto um filme longo demais para o que se propunha. Mas ao que pese esse final um tantinho decepcionante, Em Ritmo de Fuga é uma ótima opção de entretenimento para espectadores que curtam filmes com cenas de fuga automotivas de tirar o fôlego.
Dias de Trovão
3.1 129 Assista AgoraAcho Dias de Trovão muito bacana, mas ele é tipo "Velozes e Furiosos" e "Caçadores de Emoção: plágio de outro filme.
Nada me afasta a impressão de que Tony Scott, Don Simpson e Jerry Bruckheimer pegaram o roteiro de Top Gun, assinado por Jim Cash e Jack Epps Jr. , deram nas mãos do Robert Towne e falaram: "reescreve aí, mas tenta não fazer igual". O que ele fez foi substituir os caças F-14 por Stock Cars e pronto, nasceu Dias de Trovão. Não se deram nem ao trabalho de disfarçar, colocando outro ator no papel principal: tinha que ser o mesmo Tom Cruise!
Sério, assistam os dois filmes em sequência. É impossível não notar as semelhanças, porque a estrutura é basicamente a mesma, inclusive enredo, conflitos e algumas cenas, praticamente plagiadas de um filme para outro. Acho que situação só não ficou muito feia porque ambos foram produzidos e dirigidos pelos mesmos caras! O final então, é absurdamente copiado! haha
Cartas Para Julieta
3.5 2,4K Assista AgoraQue clichezinho gostoso de assistir! Achei mto bacana esse filme propor uma trama a partir de uma organização real, as "Secretárias de Julieta" em Verona. Ainda que previsivelmente já saibamos que Cartas de Julieta alcançará o lugar comum dos filmes de seu gênero, a jornada desses personagens consegue ser envolvente e cativante. Vale muito a pena assistir!
Brigada 49
3.6 214Levei dezesseis anos para finalmente decidir assistir Brigada 49. O filme tem uma desenvolvimento particularmente lento, mas gostei do ritmo dele. Achei ele visualmente melhor do que outras produções (inclusive para a TV), por apostar em uma estética menos higienizada da profissão, emprestando aos personagens um aspecto realista, inclusive no figurino e cenários adotados.
Senti porém que apesar de interessante, faltou dosagem na carga emocional, algum elemento que realmente mexesse com o íntimo do espectador. A falha parece ter sido em conjunto: roteiro, direção e elenco. Apesar do bom desempenho de Joaquim Phoenix, falta alguma coisa na atmosfera desse filme para torná-lo realmente emocionante, pois na forma como a proposta foi desenvolvida, acabou beirando o melodrama.
O grande acerto de Brigada 49 foi sem dúvida ter apostado numa conclusão que escapa da previsibilidade que cerca outras produções do gênero, tornando a realidade desses profissionais aqui retratada mais autêntica e humanizada. Não é o meu filme de 'bombeiros' preferido, mas valeu a pena ter assistido!
Anjo de Vidro
3.4 223Para quem curte histórias natalinas que falem de temas como amor, perdão e fé, esse filme é um prato cheio. É um filme simples, despretensioso, mas carregado de belas menagens, que enchem o espectador de esperança na humanidade. Possui densidade e humor muito bem dosados, como se espera de boas produções desse gênero.
Minha única crítica fica ao enredo sub-aproveitado de Jules, que possui pouca presença em cena (se comparado as linhas narrativas de Paul Walker e Susan Sarandon), deixando a impressão de deslocamento do personagem em meio à trama.
Mas, de qq forma, é um filme lindo, que vale a pena ser conferido!
No Limite
2.8 50 Assista AgoraGosta de filmes de assalto, envolvendo carros possantes fazendo malabarismos no trânsito? Então nem perca tempo lendo as avaliações negativas: assista!
Pode-se dizer que "No Limite" é um primo pobre da segunda fase da franquia Velozes e Furiosos. Não tem a perspicácia de "Uma Saída de Mestre", mas apresenta uma proposta semelhante e consegue entreter o espectador durante sua hora e meia de duração.
Falta um pouquinho de carisma e química entre os personagens, mas nada que impacte diretamente naquilo que ele se propõe. Tem lá seus momentos empolgantes e assisti-lo certamente não será uma total perda de tempo para quem gosta do gênero.
Curiosamente Scott Eastwood, um dos protagonistas, posteriormente se juntaria a trupe de Velozes e Furiosos, no nono filme da franquia.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 849 Assista AgoraAd Astra expõe a jornada de um homem que na solidão do espaço, finalmente encontra aquilo que ele sempre buscou, ainda que não seja exatamente o que ele imaginava. É belíssima a forma como a produção retrata a evolução psicológica do homem mergulhado na mais profunda solidão. A lentidão da narrativa, perfeitamente associada à melancólica fotografia, criam a ambientação perfeita para o espectador ser envolvido pelo clima denso e reflexivo proporcionado por esse filme. Se entregar à essa narrativa é uma baita experiência cinematográfica.
Filme excepcional e talvez um dos mais importantes da carreira de Brad Pitt. Por se tratar de uma produção de ficção científica, é natural que apresente um desenvolvimento lento. Reclamar disso, entrega que o espectador não é adequado ao filme e não sinônimo de falha da produção. É sempre bom ter em mente que Ficção Científica é diferente de Filme de Aventura Espacial. Repitam esse mantra e sejam felizes!
13º Distrito
3.0 242 Assista Agora13º Distrito é o tradicional filme descerebrado que privilegia a ação e exala testosterona a cada cena. Sua estrutura lembra bastante o estilo do cinema de ação dos anos 90, hoje pouco disseminado. Estão lá os personagens estereotipados e caricatos, mulheres hiper sexualizadas e as situações de tensão que beiram o ridículo, sendo o auge, atingido numa cena de pancadaria enquanto a cidade está à poucos minutos de ser pulverizada por uma arma nuclear, afinal o que são milhares de vidas, perto da necessidade de dois machões resolverem suas diferenças no braço, né não? Hilário!
Fica claro que o filme passa longe de ser pretensioso e recicla sem titubear todos os clichês que o gênero pode oferecer em seu roteiro. É o tipo ideal para quem quer apenas sentar e relaxar assistindo pouco blá blá blá e mais adrenalina, com pouco tempo para respirar. Garanto que diverte!
Tolkien
3.5 162 Assista AgoraQuando se fala em Tolkien, é natural que pensemos automaticamente em Senhor dos Anéis e outras obras ligadas ao universo da Terra Média. Referências. Mas por trás dela existiu um homem, um ser humano, com uma vida, sonhos e experiências.
Esse filme pode não ter perfeito (não é, de fato), mas cumpre a importante função de humanizar o grande referencial de fantasia na literatura. Ainda que de forma relativamente rasa e omissa, Tolkien é uma ótima introdução para conhecermos um pouco sobre quem ele foi e como as experiências e amizades foram fundamentais para a criação do universo que, como ele e os amigos pactuaram no passado, influenciou e se tornou a mais alta referência no universo da literatura fantástica mundial.
Quando apareceu ele escrevendo a frase de abertura de "O Hobbit", confesso que chorei! haha
Labirinto: A Magia do Tempo
3.9 609Alguns filmes de fantasia infanto-juvenil, quando não foram uma referência na infância do espectador adulto, se tornam absolutamente cansativos. É o caso de Labirinto: a Magia do Tempo, para mim.
É estranho, pq cresci assistindo à clássicos do gênero, como História sem Fim, Pagemaster, Willow e Mary Poppins, mas Labirinto provavelmente passou despercebido na minha já distante infância e assisti-lo hoje não despertou nenhuma sensação que não o tédio. Realmente esse filme não é pra mim. Duas estrelas e meia, pela criatividade na construção do universo, pela atuação carismática de Jennifer Conelly e pelo esforço de David Bowie.
Contagem Regressiva
3.4 234 Assista AgoraContagem Regressiva pode até não ser um filme excepcional, mas é onde encontrei, até agora, a melhor atuação da carreira de Paul Walker. A produção explora o isolamento e o gradativo desgaste físico e psicológico do personagem, em um esforço sobre-humano para manter sua filha viva.
O filme sem dúvida poderia ter sido bem melhor se a direção soubesse explorar a tensão que cerca essa história, mas ao menos acerta no ritmo com que conduz a trama e mantém o espectador interessado do início ao fim.
Veículo 19
2.6 128Depois de ter finalmente assistido Veículo 19, finalmente compreendi o motivo de tanta gente falar mal dele. De fato, esse filme deve soar extremamente decepcionante para espectador ávido por uma produção de ação, pois ele está totalmente fora da curva desse gênero, onde se valorizam as sequências de intensa agitação em detrimento do aprofundamento psicológico dos personagens. Porém, não é o que o espectador irá encontrar aqui.
Para mim, o grande problema desse filme está no direcionamento do público alvo. Tendo um protagonista estrelado por Paul Walker, ator com grande identificação profissional com o gênero Ação, aliado a um trailer que que se prioriza as cenas de velocidade e perseguição policial, ficou clara a estratégia de alcançar o público da franquia Velozes e Furiosos e fãs de filmes de ação. E aí vem o banho de água fria: Veículo 19 foca nos dilemas e conflitos psicológicos do protagonista Michael Woods, uma das poucas oportunidades aliás, em que Paul Walker pôde explorar seu potencial dramático no cinema.
Veículo 19 é na verdade um thriller psicológico, com cenas de ação pontuais e adequadas ao seu verdadeiro gênero. É sim um ótimo filme, com trama envolvente e relativamente crível, cuja história está alicerçada na exploração do psicológico de seu protagonista, que experimenta uma situação de extrema pressão e desespero. Assistam apenas se não estiverem esperando um filme de ação!
Linha do Tempo
3.0 133 Assista AgoraLinha do Tempo apresenta uma ótima proposta, mas não consegue empolgar. É divertido, especialmente para quem curte o tema "viagem no tempo", mas realmente falta um certo tempero nesse filme. Tb não é uma produção para ser avaliada com visão crítica aguçada, afinal é puro entretenimento e nesse aspecto, cumpre muito bem seu papel.
Planeta Terror
3.7 1,1KO terror B/Trash tem um charme particular porque as coisas nele são toscas e mal feitas por não haver investimento para se fazer melhor, obrigando seus realizadores a buscar soluções baratas para cumprir aquilo que está sendo proposto. Porém não é o que vemos nesse filme!
É evidente que Planeta Terror teve um considerável orçamento para ser realizado e optou por adotar uma estética trash como forma de homenagear o subgênero. Só que o resultado, para mim, foi uma produção forçada e cansativa, que em nenhum momento conseguiu empolgar, pelo contrário. Definitivamente esse não é o tipo de filme pra mim!
Velozes e Furiosos
3.4 625 Assista AgoraRevendo, dps de aproximadamente uns 15 anos e ainda me soa um filme bacana, bem diferente do que a franquia se tornaria, ao longo dos anos. Sinto que na tentativa de perpetuar a saga, acabaram se perdendo e apostando em cenas de ação cada vez mais fora da realidade, se aproximando muito do estilo de filmes como 007. Os carros ainda estão lá, mas não tem essa atmosfera do primeiro filme.
Temos nesse primeiro filme um roteiro interessante, que abre espaço para o desenvolvimento e estabelecimento dos personagens, algo que normalmente não é prioridade em produções de ação.
Aqui nascem dois personagens que se tornaram referência na cultura pop: Dom e Brian. A química entre os dois fica evidente a cada cena, uma parceria perfeita, infelizmente encerrada abruptamente em 2017. O carisma de Paul Walker sem dúvida faz parte uma grande diferença nos filmes dessa franquia.
Velozes e Furiosos não é o eu filme de carros preferido, pois esse posto ainda pertence ao meu xodó, 60 Segundos, mas sem dúvida é um dos grandes filmes do gênero.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraO Filme da Minha Vida é uma produção esteticamente perfeita, porém é enfraquecida por um roteiro ligeiramente previsível. O espectador minimamente observador, consegue facilmente juntar as peças e descobrir a conexão motivacional que existe no pretenso mistério da debandada do pai do protagonista, especialmente quando este se faz presente novamente.
O filme apresenta um retrato bastante sensível sobre as relações familiares e na reta final se cerca de ares notavelmente machistas, algo porém tolerável, afinal estamos falando de uma produção de época (década de 1960), um período em que essas noções hoje não mais socialmente aceitas (graças a Deus!), eram absolutamente comuns: a visão patriarcal era o centro da base familiar. Daí a admiração nutrida pelo rapaz e sua busca por respostas ser facilmente compreendida, assim como a atitude da mãe. A aceitação desses conceitos é ainda mais reforçado pela região em que a trama se desenrola: as serras gaúchas. Dessa forma, este não é o tipo de filme sobre o qual se pode esperar conceitos panfletários contemporâneos.
Johnny Massaro tem um desemprenho até regular nesse papel dramático, ainda que seu personagem não seja nada cativante, mas seu trabalho é notável, especialmente porque só o costumamos ver atuando com personagens idiotizados. Selton Mello no entanto, parece estar fora do tom em alguns momentos de seu Paco. A reflexão filosófica do personagem sobre a diferença entre um homem e um porco é um ótimo exemplo, fala totalmente inverossímil atribuída a um homem do campo, visivelmente rústico no comportamento e no pensar.
De um modo geral é um bom filme, que vale a pena ser conferido.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KO documentário relata com certa verossimilhança a trajetória da redemocratização do nosso país, tomando como fio condutor a trajetória de Lula e a fundação do PT, lançando sobre eles, além de Dilma, todos os holofotes. O filme chega a constatações óbvias para quem tem uma visão menos estreita da política: que Dilma foi vitima de um boicote político articulado pela direita, que se valendo da insatisfação popular que já era evidente desde as eleições de 2014, promoveu um processo de impeachment sem fundamentos. Mas o óbvio parece não alcançar o brasileiro médio, que se torna massa de manobra, convenhamos, dos dois espectros políticos.
Os pontos fracos do documentário são a narrativa em off da diretora, num tom queixoso que em dado momento se tornou cansativo para mim, além da ausência de uma crítica ao processo enfrentado por Lula, tendenciosamente tratado como vítima do poder judiciário, algo em que particularmente, não acredito. Dilma sim, foi a grande vítima nesse processo de derrocada do PT, que mesmo democraticamente eleita, foi deposta do poder, num ato articulado pelos poderosos e endossado por boa parte da população.
Turma da Mônica: Laços
3.6 605 Assista AgoraNão é um filme para se levar a sério e muito menos para ser avaliado com uma visão criteriosa. É um ótimo entretenimento, adequado para toda a família e que de certa forma, consegue tocar os mais nostálgicos, que assim como eu, cresceram lendo os quadrinhos da Turma da Mônica.
Deixe a Neve Cair
2.8 275 Assista AgoraSabe aquele ditado: nada é ruim demais que não possa piorar? Então, é esse filme!
Quem leu Deixe a Neve Cair, de Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle já se deparou com um livro que não é lá essas coisas, valendo a leitura apenas pelo conto assinado por Johnson, O Expresso Jubileu, pois a narrativa que é carro chefe da obra, "O Milagre da Torcida de Natal", escrito pelo então mega-popular John Green, é tenebroso de ruim. Nunca achei que esse livro algum dia seria adaptado, considerando que para extrair dele algo que se sustentasse como filme razoavelmente bom, seria um verdadeiro milagre de Natal.
Pois bem, eis que a dona Netflix teve essa coragem e adaptou o abacaxi literário. A esperança, quando fui assistir, era de que eles tivessem mantido intacto (na medida do possível) o conto de abertura (Expresso Jubileu) e dado um jeito de ao menos melhorar a cagada do John Green e o texto insosso da Lauren Myracle (Santo Milagreiro dos Porcos).
Quando o filme começou, já ficou claro que o único texto que prestava no livro tinha sido substancialmente modificado e conforme os outros personagens/plots foram apresentados, tive a certeza de que do livro, o roteiro do filme só resgatou alguns personagens (nem todos estão no filme) e uma leve ideia de cada história. Jubileu agora é Julie (nome que a personagem costumava usar no livro para que não questionassem seu verdadeiro nome), que assim como a original, tem sua viagem de trem interrompida pela nevasca; Tobin ainda é o adolescente que quer ver líderes de torcida; e Addie continua sendo a garotinha mimada que só pensa no próprio umbigo. Mas de resto, tudo o que o filme apresentou, foi criado pelos roteiristas!
Considerando que o livro é bem ruim, mudar tudo na adaptação poderia até ter sido uma boa estratégia para salvar algo essa história, mas parece que a incompetência dos autores do original foi magicamente transmitida para os roteiristas do filme, porque a emenda saiu pior que o soneto! Julie deixou de ser Jubileu pra se tornar uma personagem chata e que tem uma mãe que está supostamente doente, mas cujo mal não é explicitado no filme. Tobin vive um triangulo amoroso com Duke e JP, que não apenas não funciona na tela, como também não tem argumento algum. Cheguei inclusive a cogitar que o JP do filme era gay, mas não... era uma tentativa muito mal sucedida de triangulo amoroso, que em nenhum momento convence o espectador. E por fim, Addie, que além de entojada, mimada e egocêntrica, ainda por cima incorpora também a namorada abusiva e controladora que bem precisava de algumas horas de terapia para descobrir o amor próprio e superar a obsessão. Mas ao invés disso, a "mulher alumínio", personagem subaproveitada de Joan Cusack, cumpre esse papel, num dos plots mais mal conduzidos do filme.
Fora isso, a produção ainda acrescentou duas outras linhas narrativas: a de Keon, personagem com zero projeção no romance e que ganha um plot absolutamente descartável e o de Dorrie, amiga de Addie, que está em um dilema amoroso ao se deparar com a garota que ela está apaixonada, mas que aparentemente a está ignorando, sendo este o único plot de todo filme que realmente vale a pena receber alguma atenção. De resto, consegue se sair pior que o livro que o originou.
O filme acaba pecando no mesmo quesito do livro: excesso de personagens sem desenvolvimento, com a vantagem que no livro, ao menos os principais tinham um plot, ainda que ruim, convence na leitura, diferentemente do imenso vazio que assola o desenvolvimento de quase todas as suas respectivas versões cinematográficas.
E que finalzinho mequetrefe deram pro filme ein? haha
Uma Quase Dupla
2.5 156Assisti esse filme sem nenhuma expectativa, e, ainda assim, achei ruim de doer! Tudo nele soa forçado: as situações, a burrice dos personagens e o absurdo que cerca essa história.
O que chama atenção aqui é o Cauã Raymond, um ator que considero acima da qualidade mediana, no elenco desse filme, afinal ver Tatá Werneck se prestando a atuar papéis ridículos em produções medíocres não é exatamente uma novidade na carreira dela, mas Cauã, que já encarou personagens bem mais exigentes, soa bastante estranho.
O conjunto da obra aqui é bem ruim, essencialmente desinteressante e cheia daquelas piadas ordinárias e esquecíveis, tão esquecíveis quanto o filme por um todo. A palavra que melhor define "Uma quase dupla" é constrangedor, afinal ele desperta vergonha alheia cena após cena.
Dei uma estrela e meia apenas pela canção "Mas você não vem", versão de As Marcianas para o sucesso Take My Breath Away, que até então não conhecia.
Palace II, 3 quartos com vista para o mar
3.3 6Ótimo documentário. Conseguiu condensar bem os acontecimentos de 1998 e fazer a linha do tempo, mostrando a jornada das vítimas até hoje, tentando receber suas indenizações, mais de 20 anos depois.
Minha crítica fica só pela ausência das imagens daqueles que perderam a vida na tragédia. Os oito mortos foram relacionados ao fim, mas seus rostos não foram expostos ao longo do documentário ou mesmo no final .
Brinquedo Assassino
2.7 612 Assista AgoraFui assistir sem nenhuma expectativa (especialmente porque sou fã da franquia original) e sinceramente, gostei muito!
Não cabe aqui cotejar esse remake com o original pois são essencialmente diferentes. O novo Chucky (eita boneco feio!!!) é um brinquedo moderno. Não colaria em pleno 2019 um boneco virar febre "apenas" pq repete frases bobinhas, né? O novo boneco é um robô, dotado de inteligência artificial, que se conecta na internet e interage com seu dono.
A atualização acabou afastando a atmosfera sobrenatural vista no original, substituindo um boneco possuído pelo espírito de um serial killer por um outro que após ter tido sua programação alterada propositadamente na fábrica, aprende de forma intuitiva (e até obsessiva) a matar para agradar seu dono, deixando a trama bem mais crível do que a original.
O filme começa meio bobinho, mas vai crescendo conforme a história se desenvolvei, deixando pouco a pouco para trás o tom bem humorado que marca principalmente o primeiro ato, para ganhar contornos gore que não vemos na versão original.
Para fãs da franquia original, cabe observar também as referências que o filme apresenta, que não se resumem apenas ao Brinquedo Assassino original, mas também ao cinema contemporâneo ao clássico cult.
Não é um filme espetacular, afinal como qq produção do gênero tem lá suas falhas de roteiro, mas de um modo geral possui um bom elenco e apresenta uma história que funciona bem na tela e consegue divertir, dentro daquilo que se propõe. Vale muito a pena conferir!
Malasartes e o Duelo com a Morte
3.2 103Achei visualmente impecável! Jesuíta Barbosa brilha em cada cena, com sua sempre versátil atuação. Isis Valverde executa bem o papel, ainda que engessada nos mesmos moldes de sempre.
O filme tinha tudo para agradar, mas simplesmente não consegui me conectar com a história. Em alguns momentos achei até enfadonho, dando a impressão que o filme é mto mais longo do que seus 107 minutos. Uma pena.
A Feiticeira
2.5 523 Assista AgoraTinha tudo para ser um bom filme, mas no final das contas acabou sendo um grande desastre. Imputar a culpa desse fiasco apenas à Will Ferrell é ignorar a mediocridade do roteiro assinado por Delia Ephron e pela diretora Nora Ephron, explicitamente inconsistente e desinteressante. A história até começa bem, pois ainda que diferente do original, fica clara a intenção de fazer desse filme uma homenagem, reverenciando a memória da série clássica. Inserir o conteúdo repaginado da serie sessentista num contexto de um remake sendo produzido foi sem dúvida o principal acerto desse filme. O problema é que conforme a trama se desenvolve, o desastre vai ganhando forma.
Nicole Kidman parece ter captado a essência da Samantha, ao mesmo tempo em que construiu uma Isabel bem moldada ao estilo da personagem clássica. Mas fazer dupla com Will Ferrell foi o desastre completo. A falta de química entre os dois e as atuações exageradas e constrangedoras de Will Ferrel representam a última pá de cal sob esse fracasso retumbante, que só não é totalmente esquecível, devido a presença de Kidman em cena.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraQuando esse filme esteve em cartaz no cinema, vi dezenas de pessoas lançando os mais altos elogios à produção, atribuindo a ele um novo patamar em filmes de ação. Por isso, agora que a hype já ficou para trás, finalmente tive oportunidade de assisti-lo e bem... não achei essa coca-cola toda.
É bem verdade que o filme tem estilo. Reúne um ótimo elenco, tem cenas bem bacanas e uma trilha sonora bem interessante. No entanto, não vi nada nessa produção que eu já não tenha sido dezenas de vezes revisitado em filmes semelhantes, como 60 Segundos, Uma Saída de Mestre e Velozes e Furiosos, por exemplo.
Em Ritmo de Fuga é só mais um filme de ação de protagonizado por ladrões relativamente carismáticos (logo, despertam empatia e identidade com o espectador), repleto de cenas de perseguição e fuga em meio ao perímetro urbano e com a já esperada pitada de romance bandido; ou seja, nada de novo sob o sol!
Ao final, fiquei até com a sensação de ter visto um filme longo demais para o que se propunha. Mas ao que pese esse final um tantinho decepcionante, Em Ritmo de Fuga é uma ótima opção de entretenimento para espectadores que curtam filmes com cenas de fuga automotivas de tirar o fôlego.