Mais de 20 anos se passaram desde sua produção e esse filme continua extremamente atual. O diretor Todd Solondz é eficiente ao retratar a adolescência sem firulas, sem o vício da "vida perfeita e feliz" que a maioria dos filmes sobre o tema tentam transparecer. É um filme cru e realista, encabeçado pela talentosíssima Heather Matarazzo, em seu primeiro trabalho no cinema, encarando de cara uma personagem com grande profundidade e complexidade, uma menina carente de atenção, negligenciada pela família e pelos professores. Sem dúvida o toque de humor negro fez toda a diferença na narrativa. Um dos melhores filmes juvenis que já assisti.
Uau, que filme! Que atuações! Gosto muito do gênero 'drama', não por acaso um dos mais comuns em nosso cinema, ao lado das comédias. Entretanto, "Pequeno Segredo" não se parece com nada que tenha visto antes em nosso cinema. A trama não é exatamente inovadora (até mesmo por se tratar de uma história real, não há que se falar em previsibilidade, não é mesmo?), mas é conduzida com uma sensibilidade admirável.
Julia Lemmertz está sensacional no papel de Heloísa Schurmann. Ela preenche as cenas, ao lado da igualmente talentosa Mariana Goulart. E o que falar de Fionnula Flanagan, no papel de Bárbara? Sua personagem reflete a forma como muitos estrangeiros enxergavam o Brasil no início dos anos 90, época em que nosso país não possuía nenhuma projeção internacional. Ótima sacada!
O filme apresenta três linhas narrativas que, a princípio, não parecem se relacionar. Para alguns pode ter parecido confuso, acredito, mas quando as peças se encaixam, o filme flui muito bem. É uma história densa, que resulta em um filme pesado, um drama bem acima da média de outros nacionais que há tive oportunidade de ver (igualmente bons, claro). Do ponto de vista técnico, o filme não deixa nada a dever se comparado à outros do mesmo gênero, produzidas na Europa e EUA. A qualidade técnica, ao meu ver, é impecável!
David Schurmann conseguiu contar uma parte dramática da história de sua família de forma bastante sensível, sem torná-la apelativa. Alguns acusam o filme de ser água com açúcar, mas discordo. Sem dúvidas, é uma das nossas maiores chances de finalmente voltar à lista de indicados ao Oscar de Filme Estrangeiro, afinal, é uma trama que possui todos os predicados que costumam chamar a atenção da comissão do Oscar.
Belíssimo filme! Para quem leu o livro, é fácil notar as partes que faltam, mas como adaptação, é um filme próximo do perfeito. Tudo de essencial para história se fez presente na tela, mesmo sentindo falta de um pouco mais de emoção. Mas ao mesmo tempo, reconheço que forçar mais o drama no filme o transformaria em algo apelativo e piegas, especialmente se considerarmos que o plot da trama não é nada essencialmente original. Por isso, no fim das contas, acho que colocaram tudo na medida certa para a linguagem de cinema. Alicia Vikander esbanja talento no papel de Isabel e podemos perceber a evolução e desconstrução de sua personagem cena após cena. Michael Fassbender não fica atrás. E a personagem Hanna não poderia ser vivida por outra atriz que não Rachel Weisz. Incrível como a atriz conseguiu emprestar personalidade tão fiel à sua versão criada no romance de M.L. Stedman. Uma pena ter havido tão pouco tempo para que ela fosse desenvolvida. Mais acréscimos certamente teriam deixando o filme mais longo do que deveria, mas por incrível que pareça, as 2h10min de duração parecem ter sido poucas para explorar todo o potencial dramático do livro e das reviravoltas impostas no terceiro ato. É um filme sobre o amor, em todos os sentidos e intensidades que se pode imaginar.
É um filme que acabou envelhecendo mal, com efeitos datados e soando hoje bastante cafona e tosco, um trash musical. É relativamente curto, mas se arrasta em sua pouco mais de uma hora e meia de duração.
Não sei se falta um pouco de sensibilidade da minha parte, mas tive a impressão que fizeram um grande videoclipe e não um filme de verdade. A história é tão sem pé nem cabeça, que fica difícil avaliar alguma coisa. O texto parece servir apenas para costurar as apresentações musicais - algumas excessivamente cansativas, inclusive.
Os personagens, de um modo geral, são rasos. Um romance onde há zero química entre os atores. E o Gene Kelly? Coitado, que fim de carreira triste, rs. A parte boa do filme se resume à algumas canções (nem todas, frise-se), que são bem a cara dos anos 80. Mas tirando isso, é um filme dispensável.
No começo o filme me causou estranheza, com aquela abertura, ao som de "What a Wonderful World" e o corte seco para inicio, que mais me pareceu a abertura de uma série de tv americana do que um filme, efetivamente. Achei que a trama demorou a acontecer e até mais ou menos a metade do filme, poucas piadas parecem fazer alguma graça. É uma comédia romântica mediana, que não deixa nada a dever em comparação à outras produções do gênero, nacionais ou estrangeiras.
Ingrid Guimarães é, obviamente, o grande destaque cômico e carrega o filme todo nas costas. Caco Ciocler, em muitos momentos, parecia remeter ao seu 'Miguel' de "O Quinto dos Infernos", com caras, bocas e atitudes. Domingos Montagner interpreta Corvo, que, por uma mórbida coincidência, lembra (propositalmente, acredito) o personagem 'Eric', interpretado por Brandon Lee no filme O Corvo, onde o ator perdeu a vida, baleado em uma cena.
Avaliar questões técnicas e de roteiro em um filme que é puro entretenimento é perda de tempo. Não é uma obra prima, que merece análises, mas um filme para se desligar e se divertir. Nesse aspecto, ele cumpre exatamente o que se espera dele!
Assisti a esse filme cercado de expectativas. Como muitos, também esperava que ele fosse uma homenagem ao cinema, algo parecido com Cinema Paradiso. No entanto, esse não é o enredo do filme. O Último Cine Drive-in é um filme sobre relações familiares e perdas, tudo ambientando num charmoso, porém decadente, Drive-in.
O filme é um grata surpresa, com um ótimo roteiro e um elenco bem conduzido.
Não sou lá um grande apreciador de comédias, mas 'Saneamento Básico: O Filme' é daquelas comédias inteligentes, regada de críticas sociais e políticas. Temos um ótimo elenco, aliado a um roteiro esperto e bem costurado, que presta uma divertida homenagem à arte (e dificuldade) de se produzir cinema no Brasil. Os personagens de Fernanda Torres e Wagner Moura experimentam o que há de melhor e de pior quando decidem, de forma amadora, roteirizar e dirigir um filme, servindo bons exemplos para quem quer se aventurar na carreira do cinema. Divertidíssimo!
Mais uma vez o cinema nacional não me decepciona. Aquarius possui um diferencial gritante na tela, fruto de um bom investimento, notado já no primeiro ato, diante da reconstrução de época perfeita - do figurino à cenografia, passando pelo roteiro.
Elenco bem afiado, com destaque mais que merecido para Sônia Braga, que está espetacular no papel de Clara. Consegui, inclusive, me identificar com a personagem em muitos aspectos, principalmente a paixão pela mídia física, em especial o LP. Alias, falando em música, que trilha espetacular! Temos Queen e clássicos da MPB desfilando na tela. À todo momento também é possível notar alguma boa música, sempre de fundo, fazendo alguma figuração.
Por outro lado, não acho que Aquarius seja uma boa opção para nos representar no Oscar. O motivo está na conclusão do filme, que, infelizmente deixa a desejar. O corte, na cena final, parece destoar do ritmo do filme, marcado por momentos bem pautados e explícitos, mas que encerra cercado de incertezas, apesar de podermos, de certa forma, pressupor o que aconteceria depois. Mas ainda assim, acho prejudicial para o ritmo do filme. Faltou uma cena chave, mais marcante, para corroborar com o que podemos pressupor.
Um bom elenco, ótima fotografia e uma estética envolvente. Só faltou ter um roteiro melhor. O filme é uma fábula romântica, baseada no livro homônimo de Mark Helprin, um romance de pouco mais de 700 páginas e, consideravelmente grande para ser adaptado para um filme de quase 2 horas. O resultado é uma história confusa, que deixa o espectador perdido em vários momentos.
O plot é interessante e o filme começa até bem, mas do segundo ato em diante (especialmente na reta final), o filme parece se perder e, por mais que estejamos diante de uma história de fantasia, a ambientação em um cenário real acaba por provocar uma sensação de que está faltando algo na história. As passagens de tempo geram situações que se tornam pouco críveis e a ausência de respostas para as motivações dos personagens centrais fazem a história ser pouco interessante. Quando o filme chega ao climax, o desenrolar é tão monótono e arrastado que chega a causar sono.
Talvez essa seja uma daquelas histórias que só funcionam bem mesmo na sua plataforma de origem, a literatura, porque como filme, achei decepcionante.
Vale muito pela nostalgia. Vi esse filme muitas vezes no Cinema em Casa, talvez o primeiro que tenha visto, baseado em alguma obra de Stephen King. É um trash daquele tipo que vc desliga o cérebro e aproveita as cenas, sem pensar muito em questionar roteiro e atuações. E vale a diversão, pois tem cenas espetaculares de Christine "tocando o terror".
Eu sempre gostei de filmes de Slashers, por mais clichês que eles sejam. Mas 'Venom' era um que eu desconhecia. Me chamou a atenção ser um filme produzido pelo Kevin Williamson e dirigido pelo Jim Gillespie, então decidi dar uma chance mas, infelizmente, diferente dos outros trabalhos deles, esse é daqueles esquecíveis.
O filme é uma coleção de clichês e gags. Não que as franquias 'Pânico' e 'Eu Sei o que vcs Fizeram no verão passado' sejam diferentes nesse aspecto, mas ao menos tinham um elenco mais carismático e menos amador do que o visto aqui. 'Venom' consegue até criar alguns momentos de leve tensão, mas passa longe de conseguir assustar.
Vale pelo entretenimento proposto para o gênero e por curiosidade, afinal, há que se dar um crédito ao filme: o enredo ao menos é bem original. Mal executado e mal aproveitado, mas ainda assim bastante original.
Revendo como forma de aquecimento para o segundo filme, pude reviver essa viagem sombria que é a visão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carrol. A obra, que foi publicada há 150 anos, transmite simultaneamente complexidade e simplicidade. Para uma criança, tirando a linguagem bastante rebuscada para os dias de hoje, o livro representa uma viagem ao mundo da imaginação, com personagens e aventuras fantásticas. Para os adultos, o buraco da toca do coelho é bem mais profundo, diante das reflexões e questionamentos complexos que Alice apresenta ao longo de sua jornada, tudo amarrado com elementos da matemática e da psicologia.
O filme de Tim Burton deixa a desejar bastante no aspecto crítico da história, até mesmo porque a brilhante obra de Lewis Carrol serve apenas de pano de fundo para desenvolvimento do roteiro, que apresenta ma Alice mais madura (e não uma criança), retornando ao País das Maravilhas, que ela julgava se tratar de um sonho infantil. Como era de de esperar, Tim Burton apresenta uma visão bem mais sombria que o texto original e, por mais que não haja fidelidade na trama, as referências foram mantidas, inclusive na ordem em que surgem na história. A trama engloba elementos dos dois livros: "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Através do Espelho e o que Alice encontrou por Lá", e transporta para as telas uma estética espetacular e bastante peculiar, tal qual o original, de uma forma que somente Tim Burton poderia conceber.
É um filme com sensibilidade ímpar, um pouco raso se comparado à complexidade da obra de Carrol, mas ainda assim uma das melhores versões que o clássico literário recebeu para os cinemas. Helena Bonham Carter está perfeita no papel da Rainha Vermelha (uma reunião de duas personagens das obras de Carrol), traduzindo de forma impecável o histerismo que conhecemos da personagem literária. Johnny Depp cria um chapeleiro maluco dotado de toda a excentricidade que se esperada do personagem; E Mia Wasikowska nos apresenta uma Alice madura, que cresce a cada momento na trama, até finalmente se libertar da incredulidade e enxergar Wonderland com os olhos de uma criança, tal qual todo e qualquer espectador deveria interpretar esse filme.
Alice no País das Maravilhas não é um filme para céticos e para pessoas que não consigam abrir suas mentes para o universo maravilhoso do imaginário infantil. É um filme para aqueles que, apesar de crescidos, ainda mantém dentro de si acesa a chama de sua alma infantil.
Depois de tanto tempo, finalmente tomei coragem e vi Pixels. As minhas expectativas eram baixas, quase zero, afinal um filme com Adam Sandler no elenco não pode ser levado muito a sério e a probabilidade maior era que eu passaria a me questionar se me autoflagelar seria mais divertido do que assistir ao filme. Bem, eu estava errado. Finalmente posso dizer: assisti a um filme com Adam Sandler sem ter uma repentina vontade de arrancar meus olhos.
Pixels basicamente cumpre o que se espera: é um filme divertido (na medida do possível) e nostálgico. Tem ótimo efeito para quem é fã de games clássicos e é cheio de referências geek e à cultura pop. Não diria que se tornou um dos meus filmes preferidos, mas certamente é um que eu veria novamente.
Só não entendo o motivo de tantas críticas. Sério, o que as pessoas estavam esperando de um filme dirigido pelo inconsistente Chris Columbus? Uma produção enigmática, seguindo os passos do cinema de David Lynch? Ou um filme inteligente e reflexivo, com um quê de Kubrick? Por favor né?! Pixels é entretenimento e é para isso que ele serve. Desapegue de coerência, de roteiro e de qualquer correlação com cinema arte, porque isso é apenas um blockbuster. Se vc é capaz de ignorar isso assistindo à filmes de ação, de super-heróis ou romances açucarados, também pode fazê-lo aqui. Mas se vc não gosta de filmes desses seguimentos, então vc simplesmente parou para ver o filme errado.
O talento passa longe do elenco em tela (e sim, isso inclui o Peter Dinklage), mas também o roteiro não exige muito de nenhum dos atores. Temos Adam Sandler fazendo suas caras e bocas irritantes, mas até que desempenha bem o seu papel. O pior desempenho para mim foi mesmo de Matthew Lintz, que vive o Matty. Os demais, apenas dão conta do recado.
O roteiro é lotado de piadas clichê e sem graça, no mesmo nível daquelas vistas nos filmes da Marvel. Algumas até funcionam, mas a maioria é tão insignificante que vc acaba ignorando por conta do verdadeiro desfile pixelado de personagens clássicos do videogame e da cultura Pop. Destaque especial para a participação de Max Headroom, novamente dublado por Matt Frewer. Se o filme todo tivesse sido decepcionante (o que pra mim não foi), só essa participação já valeria o filme todo, haha.
É um filme que merece ser visto sem uma visão crítica. Apenas como diversão e por nostalgia geek. E se vc também se sente incomodado com o Adam Sandler, pense por esse lado: poderia ser pior. imagina se tivesse o Will Ferrell no elenco? haha
Sempre ouvi falar muito bem desse filme e, com isso, acabei criando uma certa expectativa, que acabou não sendo atingida. Gostei das atuações, trilha sonora, enredo e da fotografia, mas acabei ficando incomodado com certas semelhanças que notei com "O Auto da Compadecida", considerando alguns elementos do enredo desse filme também estão presentes na adaptação da obra de Ariano Suassuna, dirigida pelo mesmo Guel Arraes, o qual revi recentemente.
Vi muito do Chicó de Selton Mello também em Leléu, desde trejeitos até a personalidade do personagem. O mesmo pode ser replicado sobre o cangaceiro Severino e o matador Frederico Evandro, ambos vividos por Marco Nanini em Auto da Compadecida e nesse filme, respectivamente. Já Bruno Garcia faz um personagem diferente do visto anteriormente em O Auto da Compadecida, deixando o falso machão (Vincentão) de lado para compor um homem evidentemente mais frouxo (Douglas) e com um sotaque carioca exagerado que ficou divertidíssimo!
Débora Fallabela está excelente no papel de Lisbela. Gostei muito da personagem apaixonada pelo cinema e que enxerga a vida como se ela desenrolasse como um filme. Curti muito a dupla formada por Lívia Falcão (Francisquinha) e Tadeu Mello (Cabo Citonho), cuja noite de amor sempre é interrompida, haha.
Não posso também deixar de destacar as cenas do seriado visto por Lisbela no cinema, uma homenagem ao clássico enlatado romântico hollywoodiano, tão comum nos filmes antigos,
Entretanto, não posso negar que fiquei ainda com a impressão de que Lisbela e o Prisioneiro é uma versão de Auto da Compadecida, com o acréscimo de novos elementos, ambientação e personagens, além de uma trilha sonora mais caprichada. Minha opinião, claro, esta bastante viciada pelo fato de ter visto o Auto recentemente. Filme legal, mas que está longe de ser, para mim, um exemplo de originalidade.
Sou um grande fã do trabalho de Spielberg e tenho um especial carinho pelos filmes dramáticos que ele dirigiu (principalmente A Cor Púrpura e Império do Sol). "Além da Eternidade" foi um dos filmes dele que assisti quando adolescente e, após o término, tive a certeza de que aquele seria um dos filmes que eu não teria vontade de rever, por ser um filme desinteressante. Dito e feito.
Muitos anos se passaram (pelo menos uns 10) e, recentemente, pesquisando sobre o trabalho de Audrey Hepburn, descobri que este tinha sido seu último filme. A chama da curiosidade acendeu em mim e corri atrás de um DVD do filme para, quem sabe, mudar minha opinião pouco confiável obtida qdo adolescente — considerando que nessa fase nosso gosto não costuma ser sempre muito apurado.
A verdade é que, mesmo com um gosto cinematográfico mais amadurecido, terminei de rever "Além da Eternidade" e fiquei com aquela sensação de dejavu, por motivos óbivios; os anos se passaram e a minha opinião sobre o filme permaneceu a mesma: legalzinho, divertido em alguns momentos, mas que no final das contas não me conquistou ou acrescentou nada.
A história em si acho até interessante, mas o que percebo durante as 2 hs de filme é que não sinto nenhuma conexão, empatia ou preocupação com o destino de nenhum personagem. Não temos atuações memoráveis e tampouco cenas inesquecíveis ou que remexam sentimentos. Não acho que tenha faltado talento ao elenco, mas sim profundidade e química entre os atores, o que evidentemente influencia no resultado final do longa.
Ao final, o filme vale pela atuação da inesquecível Audrey Hepburn e pela deliciosa trilha sonora. Nada além disso.
Bom, está longe de ser uma produção de destaque do gênero fantasia, mas também não é de todo ruim. Tem ótimos efeitos e atuações que não deixam a desejar, Entretanto, é o tipo de filme para se assistir descompromissadamente, sem a cobrança de ser algo além de um par de horas de entretenimento. Para esse quesito, o filme funciona muito bem. Para quem curte RPG, o filme é um prato cheio. Já para os fãs dos livros, parafraseando a pensadora contemporânea Glória Pires, "não sou capaz de opinar", afinal não os li, rs.
Sabe aquela piada engraçada, que vc se escangalha de rir quando ouve pela primeira vez? Então, na segunda ela ainda te faz rir bastante, mas não na mesma intensidade, certo?. Na terceira vez, vc pode até achar engraçado, mas já começa a demonstrar insatisfação e espera por algo novo. Na quarta vez, a piada já não tem mais graça nenhuma. Bem, é basicamente como me senti vendo Loucademia de Policia 4: algo totalmente sem graça, sem nexo, a verdadeira vergonha alheia.
O filme repete as mesmas fórmulas dos três antecessores, reciclando piadas que soam exatamente como as já vistas e isso não tem graça alguma. Steve Guttemberg parece perdido com seu personagem imerso em piadas sem nexo e forçadas. E o que falar de Zed (Bobcat Goldthwait), que passa o filme inteiro repetindo as mesmas gags usadas nos três filmes anteriores, sem tirar nem por. E a já batida cena da boate Ostra Azul?.
No final vc fica se perguntando: qual dos personagens conseguiu ser mais sem graça nessa sequência? O filme todo parece uma coleção de figurinhas repetidas que, como todos sabem, não completam álbum.
É um bom filme, mas fraco se comparado com o desempenho de Invocação do Mal. Acho que decepcionou a maioria das pessoas foi a expectativa de ver a boneca Annabelle "virada no Chucky", o que acaba não acontecendo, pois ela é basicamente um elemento de tensão na história; tem sua importância, claro, mas o que efetivamente exerce influência na história é o ocultismo e o sobrenatural.
De um modo geral é um ótimo filme, com um bom elenco, mas que deve ser apreciado sem o peso da comparação com seu antecessor e tampouco com grandes expectativas no desempenho da boneca dentro da trama.
É o primeiro filme de Domingos que Oliveira que tenho a oportunidade de assistir e, preciso dizer, fiquei impressionado. Um roteiro regado de diálogos brilhantes e de uma realidade ímpar, muito bem realçados por uma fotografia que reproduz a filmagem em handcam e que, no começo, chega a causar confusão, se estamos diante de um vídeo caseiro ou um filme, efetivamente. Trabalho excepcional, com tomadas bem originais e personagens de fácil identificação com a vida real.
Um bom fIlme. Marcelo Serrado está mto bem no papel. É legal ver a evolução do personagem, saindo de solteirão convicto à apaixonado ciumento passional. Não curti muito a atuação da Fernanda de Freitas. Parece faltar algo na personagem, mas não sei definir muito bem o que, exatamente. O final não deixa a desejar, apesar de que, de certa forma, já imaginava que seria algo do tipo.
Um ótimo filme, com um final que foge ao convencional. Sam Raimi nos apresenta um filme de terror com os mesmos elementos que o tornaram famoso com 'Evil Dead': a união de um enredo sobrenatural somado à cenas trash carregadas de gore.
Não se pode dizer que é um filme assustador, mas consegue proporcionar certa agonia ao espectador, além de um ou outro susto. O grande espetáculo está nas cenas nojentas, que conseguem causar repulsa ao espectador, característica bem explorada por Raimi em outros trabalhos e que, novamente, funciona muito bem aqui.
Demorei um certo tempo para finalmente vê-lo, em parte por já estar um pouco saturado de produções distópicas; no entanto, Maze Runner não decepciona. É um filme frenético, com ação do início ao fim, boas atuações.
A história foge um pouco do já clássico formato de distopias e sagas adolescentes, pois aqui não temos (ao menos ainda) uma sociedade dividida em grupos segregados e nem um regime ditatorial à ser derrubado. A velha premissa, de colocar jovens em situações de perigo, tomando decisões de vida ou morte se faz presente, mas bem encaixada em uma trama que não chega a ser previsível, apesar de podermos antever algumas situações com certa tranquilidade.
Não tenho como avaliar a adaptação, pois não li o livro de James Dashner, mas fica pro futuro. O primeiro livro, já está na fila aqui na estante, ahaha.
Bem-Vindo à Casa de Bonecas
3.9 228Mais de 20 anos se passaram desde sua produção e esse filme continua extremamente atual. O diretor Todd Solondz é eficiente ao retratar a adolescência sem firulas, sem o vício da "vida perfeita e feliz" que a maioria dos filmes sobre o tema tentam transparecer. É um filme cru e realista, encabeçado pela talentosíssima Heather Matarazzo, em seu primeiro trabalho no cinema, encarando de cara uma personagem com grande profundidade e complexidade, uma menina carente de atenção, negligenciada pela família e pelos professores. Sem dúvida o toque de humor negro fez toda a diferença na narrativa. Um dos melhores filmes juvenis que já assisti.
Pequeno Segredo
3.3 118 Assista AgoraUau, que filme! Que atuações! Gosto muito do gênero 'drama', não por acaso um dos mais comuns em nosso cinema, ao lado das comédias. Entretanto, "Pequeno Segredo" não se parece com nada que tenha visto antes em nosso cinema. A trama não é exatamente inovadora (até mesmo por se tratar de uma história real, não há que se falar em previsibilidade, não é mesmo?), mas é conduzida com uma sensibilidade admirável.
Julia Lemmertz está sensacional no papel de Heloísa Schurmann. Ela preenche as cenas, ao lado da igualmente talentosa Mariana Goulart. E o que falar de Fionnula Flanagan, no papel de Bárbara? Sua personagem reflete a forma como muitos estrangeiros enxergavam o Brasil no início dos anos 90, época em que nosso país não possuía nenhuma projeção internacional. Ótima sacada!
O filme apresenta três linhas narrativas que, a princípio, não parecem se relacionar. Para alguns pode ter parecido confuso, acredito, mas quando as peças se encaixam, o filme flui muito bem. É uma história densa, que resulta em um filme pesado, um drama bem acima da média de outros nacionais que há tive oportunidade de ver (igualmente bons, claro). Do ponto de vista técnico, o filme não deixa nada a dever se comparado à outros do mesmo gênero, produzidas na Europa e EUA. A qualidade técnica, ao meu ver, é impecável!
David Schurmann conseguiu contar uma parte dramática da história de sua família de forma bastante sensível, sem torná-la apelativa. Alguns acusam o filme de ser água com açúcar, mas discordo. Sem dúvidas, é uma das nossas maiores chances de finalmente voltar à lista de indicados ao Oscar de Filme Estrangeiro, afinal, é uma trama que possui todos os predicados que costumam chamar a atenção da comissão do Oscar.
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraBelíssimo filme! Para quem leu o livro, é fácil notar as partes que faltam, mas como adaptação, é um filme próximo do perfeito. Tudo de essencial para história se fez presente na tela, mesmo sentindo falta de um pouco mais de emoção. Mas ao mesmo tempo, reconheço que forçar mais o drama no filme o transformaria em algo apelativo e piegas, especialmente se considerarmos que o plot da trama não é nada essencialmente original. Por isso, no fim das contas, acho que colocaram tudo na medida certa para a linguagem de cinema.
Alicia Vikander esbanja talento no papel de Isabel e podemos perceber a evolução e desconstrução de sua personagem cena após cena. Michael Fassbender não fica atrás. E a personagem Hanna não poderia ser vivida por outra atriz que não Rachel Weisz. Incrível como a atriz conseguiu emprestar personalidade tão fiel à sua versão criada no romance de M.L. Stedman. Uma pena ter havido tão pouco tempo para que ela fosse desenvolvida. Mais acréscimos certamente teriam deixando o filme mais longo do que deveria, mas por incrível que pareça, as 2h10min de duração parecem ter sido poucas para explorar todo o potencial dramático do livro e das reviravoltas impostas no terceiro ato.
É um filme sobre o amor, em todos os sentidos e intensidades que se pode imaginar.
Xanadu
2.9 172 Assista AgoraÉ um filme que acabou envelhecendo mal, com efeitos datados e soando hoje bastante cafona e tosco, um trash musical. É relativamente curto, mas se arrasta em sua pouco mais de uma hora e meia de duração.
Não sei se falta um pouco de sensibilidade da minha parte, mas tive a impressão que fizeram um grande videoclipe e não um filme de verdade. A história é tão sem pé nem cabeça, que fica difícil avaliar alguma coisa. O texto parece servir apenas para costurar as apresentações musicais - algumas excessivamente cansativas, inclusive.
Os personagens, de um modo geral, são rasos. Um romance onde há zero química entre os atores. E o Gene Kelly? Coitado, que fim de carreira triste, rs. A parte boa do filme se resume à algumas canções (nem todas, frise-se), que são bem a cara dos anos 80. Mas tirando isso, é um filme dispensável.
Um Namorado Para Minha Mulher
3.1 163No começo o filme me causou estranheza, com aquela abertura, ao som de "What a Wonderful World" e o corte seco para inicio, que mais me pareceu a abertura de uma série de tv americana do que um filme, efetivamente. Achei que a trama demorou a acontecer e até mais ou menos a metade do filme, poucas piadas parecem fazer alguma graça. É uma comédia romântica mediana, que não deixa nada a dever em comparação à outras produções do gênero, nacionais ou estrangeiras.
Ingrid Guimarães é, obviamente, o grande destaque cômico e carrega o filme todo nas costas. Caco Ciocler, em muitos momentos, parecia remeter ao seu 'Miguel' de "O Quinto dos Infernos", com caras, bocas e atitudes. Domingos Montagner interpreta Corvo, que, por uma mórbida coincidência, lembra (propositalmente, acredito) o personagem 'Eric', interpretado por Brandon Lee no filme O Corvo, onde o ator perdeu a vida, baleado em uma cena.
Avaliar questões técnicas e de roteiro em um filme que é puro entretenimento é perda de tempo. Não é uma obra prima, que merece análises, mas um filme para se desligar e se divertir. Nesse aspecto, ele cumpre exatamente o que se espera dele!
O Último Cine Drive-in
3.5 69Assisti a esse filme cercado de expectativas. Como muitos, também esperava que ele fosse uma homenagem ao cinema, algo parecido com Cinema Paradiso. No entanto, esse não é o enredo do filme. O Último Cine Drive-in é um filme sobre relações familiares e perdas, tudo ambientando num charmoso, porém decadente, Drive-in.
O filme é um grata surpresa, com um ótimo roteiro e um elenco bem conduzido.
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraNão sou lá um grande apreciador de comédias, mas 'Saneamento Básico: O Filme' é daquelas comédias inteligentes, regada de críticas sociais e políticas. Temos um ótimo elenco, aliado a um roteiro esperto e bem costurado, que presta uma divertida homenagem à arte (e dificuldade) de se produzir cinema no Brasil. Os personagens de Fernanda Torres e Wagner Moura experimentam o que há de melhor e de pior quando decidem, de forma amadora, roteirizar e dirigir um filme, servindo bons exemplos para quem quer se aventurar na carreira do cinema. Divertidíssimo!
A Série Divergente: Ascendente
3.2 35Esse filme foi cancelado pela Lionsgate. A saga não vai ter conclusão nos cinemas.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraMais uma vez o cinema nacional não me decepciona. Aquarius possui um diferencial gritante na tela, fruto de um bom investimento, notado já no primeiro ato, diante da reconstrução de época perfeita - do figurino à cenografia, passando pelo roteiro.
Elenco bem afiado, com destaque mais que merecido para Sônia Braga, que está espetacular no papel de Clara. Consegui, inclusive, me identificar com a personagem em muitos aspectos, principalmente a paixão pela mídia física, em especial o LP. Alias, falando em música, que trilha espetacular! Temos Queen e clássicos da MPB desfilando na tela. À todo momento também é possível notar alguma boa música, sempre de fundo, fazendo alguma figuração.
Por outro lado, não acho que Aquarius seja uma boa opção para nos representar no Oscar. O motivo está na conclusão do filme, que, infelizmente deixa a desejar. O corte, na cena final, parece destoar do ritmo do filme, marcado por momentos bem pautados e explícitos, mas que encerra cercado de incertezas, apesar de podermos, de certa forma, pressupor o que aconteceria depois. Mas ainda assim, acho prejudicial para o ritmo do filme. Faltou uma cena chave, mais marcante, para corroborar com o que podemos pressupor.
Um Conto do Destino
3.1 234 Assista AgoraUm bom elenco, ótima fotografia e uma estética envolvente. Só faltou ter um roteiro melhor. O filme é uma fábula romântica, baseada no livro homônimo de Mark Helprin, um romance de pouco mais de 700 páginas e, consideravelmente grande para ser adaptado para um filme de quase 2 horas. O resultado é uma história confusa, que deixa o espectador perdido em vários momentos.
O plot é interessante e o filme começa até bem, mas do segundo ato em diante (especialmente na reta final), o filme parece se perder e, por mais que estejamos diante de uma história de fantasia, a ambientação em um cenário real acaba por provocar uma sensação de que está faltando algo na história. As passagens de tempo geram situações que se tornam pouco críveis e a ausência de respostas para as motivações dos personagens centrais fazem a história ser pouco interessante. Quando o filme chega ao climax, o desenrolar é tão monótono e arrastado que chega a causar sono.
Talvez essa seja uma daquelas histórias que só funcionam bem mesmo na sua plataforma de origem, a literatura, porque como filme, achei decepcionante.
Christine, O Carro Assassino
3.3 669 Assista AgoraVale muito pela nostalgia. Vi esse filme muitas vezes no Cinema em Casa, talvez o primeiro que tenha visto, baseado em alguma obra de Stephen King. É um trash daquele tipo que vc desliga o cérebro e aproveita as cenas, sem pensar muito em questionar roteiro e atuações. E vale a diversão, pois tem cenas espetaculares de Christine "tocando o terror".
Venom
2.7 163Eu sempre gostei de filmes de Slashers, por mais clichês que eles sejam. Mas 'Venom' era um que eu desconhecia. Me chamou a atenção ser um filme produzido pelo Kevin Williamson e dirigido pelo Jim Gillespie, então decidi dar uma chance mas, infelizmente, diferente dos outros trabalhos deles, esse é daqueles esquecíveis.
O filme é uma coleção de clichês e gags. Não que as franquias 'Pânico' e 'Eu Sei o que vcs Fizeram no verão passado' sejam diferentes nesse aspecto, mas ao menos tinham um elenco mais carismático e menos amador do que o visto aqui. 'Venom' consegue até criar alguns momentos de leve tensão, mas passa longe de conseguir assustar.
Vale pelo entretenimento proposto para o gênero e por curiosidade, afinal, há que se dar um crédito ao filme: o enredo ao menos é bem original. Mal executado e mal aproveitado, mas ainda assim bastante original.
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraRevendo como forma de aquecimento para o segundo filme, pude reviver essa viagem sombria que é a visão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carrol. A obra, que foi publicada há 150 anos, transmite simultaneamente complexidade e simplicidade. Para uma criança, tirando a linguagem bastante rebuscada para os dias de hoje, o livro representa uma viagem ao mundo da imaginação, com personagens e aventuras fantásticas. Para os adultos, o buraco da toca do coelho é bem mais profundo, diante das reflexões e questionamentos complexos que Alice apresenta ao longo de sua jornada, tudo amarrado com elementos da matemática e da psicologia.
O filme de Tim Burton deixa a desejar bastante no aspecto crítico da história, até mesmo porque a brilhante obra de Lewis Carrol serve apenas de pano de fundo para desenvolvimento do roteiro, que apresenta ma Alice mais madura (e não uma criança), retornando ao País das Maravilhas, que ela julgava se tratar de um sonho infantil. Como era de de esperar, Tim Burton apresenta uma visão bem mais sombria que o texto original e, por mais que não haja fidelidade na trama, as referências foram mantidas, inclusive na ordem em que surgem na história. A trama engloba elementos dos dois livros: "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Através do Espelho e o que Alice encontrou por Lá", e transporta para as telas uma estética espetacular e bastante peculiar, tal qual o original, de uma forma que somente Tim Burton poderia conceber.
É um filme com sensibilidade ímpar, um pouco raso se comparado à complexidade da obra de Carrol, mas ainda assim uma das melhores versões que o clássico literário recebeu para os cinemas. Helena Bonham Carter está perfeita no papel da Rainha Vermelha (uma reunião de duas personagens das obras de Carrol), traduzindo de forma impecável o histerismo que conhecemos da personagem literária. Johnny Depp cria um chapeleiro maluco dotado de toda a excentricidade que se esperada do personagem; E Mia Wasikowska nos apresenta uma Alice madura, que cresce a cada momento na trama, até finalmente se libertar da incredulidade e enxergar Wonderland com os olhos de uma criança, tal qual todo e qualquer espectador deveria interpretar esse filme.
Alice no País das Maravilhas não é um filme para céticos e para pessoas que não consigam abrir suas mentes para o universo maravilhoso do imaginário infantil. É um filme para aqueles que, apesar de crescidos, ainda mantém dentro de si acesa a chama de sua alma infantil.
Pixels: O Filme
2.8 1,0K Assista AgoraDepois de tanto tempo, finalmente tomei coragem e vi Pixels. As minhas expectativas eram baixas, quase zero, afinal um filme com Adam Sandler no elenco não pode ser levado muito a sério e a probabilidade maior era que eu passaria a me questionar se me autoflagelar seria mais divertido do que assistir ao filme. Bem, eu estava errado. Finalmente posso dizer: assisti a um filme com Adam Sandler sem ter uma repentina vontade de arrancar meus olhos.
Pixels basicamente cumpre o que se espera: é um filme divertido (na medida do possível) e nostálgico. Tem ótimo efeito para quem é fã de games clássicos e é cheio de referências geek e à cultura pop. Não diria que se tornou um dos meus filmes preferidos, mas certamente é um que eu veria novamente.
Só não entendo o motivo de tantas críticas. Sério, o que as pessoas estavam esperando de um filme dirigido pelo inconsistente Chris Columbus? Uma produção enigmática, seguindo os passos do cinema de David Lynch? Ou um filme inteligente e reflexivo, com um quê de Kubrick? Por favor né?! Pixels é entretenimento e é para isso que ele serve. Desapegue de coerência, de roteiro e de qualquer correlação com cinema arte, porque isso é apenas um blockbuster. Se vc é capaz de ignorar isso assistindo à filmes de ação, de super-heróis ou romances açucarados, também pode fazê-lo aqui. Mas se vc não gosta de filmes desses seguimentos, então vc simplesmente parou para ver o filme errado.
O talento passa longe do elenco em tela (e sim, isso inclui o Peter Dinklage), mas também o roteiro não exige muito de nenhum dos atores. Temos Adam Sandler fazendo suas caras e bocas irritantes, mas até que desempenha bem o seu papel. O pior desempenho para mim foi mesmo de Matthew Lintz, que vive o Matty. Os demais, apenas dão conta do recado.
O roteiro é lotado de piadas clichê e sem graça, no mesmo nível daquelas vistas nos filmes da Marvel. Algumas até funcionam, mas a maioria é tão insignificante que vc acaba ignorando por conta do verdadeiro desfile pixelado de personagens clássicos do videogame e da cultura Pop. Destaque especial para a participação de Max Headroom, novamente dublado por Matt Frewer. Se o filme todo tivesse sido decepcionante (o que pra mim não foi), só essa participação já valeria o filme todo, haha.
É um filme que merece ser visto sem uma visão crítica. Apenas como diversão e por nostalgia geek. E se vc também se sente incomodado com o Adam Sandler, pense por esse lado: poderia ser pior. imagina se tivesse o Will Ferrell no elenco? haha
Lisbela e o Prisioneiro
3.8 1,2KSempre ouvi falar muito bem desse filme e, com isso, acabei criando uma certa expectativa, que acabou não sendo atingida. Gostei das atuações, trilha sonora, enredo e da fotografia, mas acabei ficando incomodado com certas semelhanças que notei com "O Auto da Compadecida", considerando alguns elementos do enredo desse filme também estão presentes na adaptação da obra de Ariano Suassuna, dirigida pelo mesmo Guel Arraes, o qual revi recentemente.
Vi muito do Chicó de Selton Mello também em Leléu, desde trejeitos até a personalidade do personagem. O mesmo pode ser replicado sobre o cangaceiro Severino e o matador Frederico Evandro, ambos vividos por Marco Nanini em Auto da Compadecida e nesse filme, respectivamente. Já Bruno Garcia faz um personagem diferente do visto anteriormente em O Auto da Compadecida, deixando o falso machão (Vincentão) de lado para compor um homem evidentemente mais frouxo (Douglas) e com um sotaque carioca exagerado que ficou divertidíssimo!
Débora Fallabela está excelente no papel de Lisbela. Gostei muito da personagem apaixonada pelo cinema e que enxerga a vida como se ela desenrolasse como um filme. Curti muito a dupla formada por Lívia Falcão (Francisquinha) e Tadeu Mello (Cabo Citonho), cuja noite de amor sempre é interrompida, haha.
Não posso também deixar de destacar as cenas do seriado visto por Lisbela no cinema, uma homenagem ao clássico enlatado romântico hollywoodiano, tão comum nos filmes antigos,
Entretanto, não posso negar que fiquei ainda com a impressão de que Lisbela e o Prisioneiro é uma versão de Auto da Compadecida, com o acréscimo de novos elementos, ambientação e personagens, além de uma trilha sonora mais caprichada. Minha opinião, claro, esta bastante viciada pelo fato de ter visto o Auto recentemente. Filme legal, mas que está longe de ser, para mim, um exemplo de originalidade.
Além da Eternidade
3.5 125Sou um grande fã do trabalho de Spielberg e tenho um especial carinho pelos filmes dramáticos que ele dirigiu (principalmente A Cor Púrpura e Império do Sol). "Além da Eternidade" foi um dos filmes dele que assisti quando adolescente e, após o término, tive a certeza de que aquele seria um dos filmes que eu não teria vontade de rever, por ser um filme desinteressante. Dito e feito.
Muitos anos se passaram (pelo menos uns 10) e, recentemente, pesquisando sobre o trabalho de Audrey Hepburn, descobri que este tinha sido seu último filme. A chama da curiosidade acendeu em mim e corri atrás de um DVD do filme para, quem sabe, mudar minha opinião pouco confiável obtida qdo adolescente — considerando que nessa fase nosso gosto não costuma ser sempre muito apurado.
A verdade é que, mesmo com um gosto cinematográfico mais amadurecido, terminei de rever "Além da Eternidade" e fiquei com aquela sensação de dejavu, por motivos óbivios; os anos se passaram e a minha opinião sobre o filme permaneceu a mesma: legalzinho, divertido em alguns momentos, mas que no final das contas não me conquistou ou acrescentou nada.
A história em si acho até interessante, mas o que percebo durante as 2 hs de filme é que não sinto nenhuma conexão, empatia ou preocupação com o destino de nenhum personagem. Não temos atuações memoráveis e tampouco cenas inesquecíveis ou que remexam sentimentos. Não acho que tenha faltado talento ao elenco, mas sim profundidade e química entre os atores, o que evidentemente influencia no resultado final do longa.
Ao final, o filme vale pela atuação da inesquecível Audrey Hepburn e pela deliciosa trilha sonora. Nada além disso.
O Sétimo Filho
2.5 721 Assista AgoraBom, está longe de ser uma produção de destaque do gênero fantasia, mas também não é de todo ruim. Tem ótimos efeitos e atuações que não deixam a desejar, Entretanto, é o tipo de filme para se assistir descompromissadamente, sem a cobrança de ser algo além de um par de horas de entretenimento. Para esse quesito, o filme funciona muito bem. Para quem curte RPG, o filme é um prato cheio. Já para os fãs dos livros, parafraseando a pensadora contemporânea Glória Pires, "não sou capaz de opinar", afinal não os li, rs.
Circo dos Horrores: Aprendiz de Vampiro
2.8 491 Assista AgoraUm ótimo sessão da tarde. Nada demais.
Loucademia de Polícia 4: O Cidadão se Defende
3.1 97 Assista AgoraSabe aquela piada engraçada, que vc se escangalha de rir quando ouve pela primeira vez? Então, na segunda ela ainda te faz rir bastante, mas não na mesma intensidade, certo?. Na terceira vez, vc pode até achar engraçado, mas já começa a demonstrar insatisfação e espera por algo novo. Na quarta vez, a piada já não tem mais graça nenhuma. Bem, é basicamente como me senti vendo Loucademia de Policia 4: algo totalmente sem graça, sem nexo, a verdadeira vergonha alheia.
O filme repete as mesmas fórmulas dos três antecessores, reciclando piadas que soam exatamente como as já vistas e isso não tem graça alguma. Steve Guttemberg parece perdido com seu personagem imerso em piadas sem nexo e forçadas. E o que falar de Zed (Bobcat Goldthwait), que passa o filme inteiro repetindo as mesmas gags usadas nos três filmes anteriores, sem tirar nem por. E a já batida cena da boate Ostra Azul?.
No final vc fica se perguntando: qual dos personagens conseguiu ser mais sem graça nessa sequência? O filme todo parece uma coleção de figurinhas repetidas que, como todos sabem, não completam álbum.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraÉ um bom filme, mas fraco se comparado com o desempenho de Invocação do Mal. Acho que decepcionou a maioria das pessoas foi a expectativa de ver a boneca Annabelle "virada no Chucky", o que acaba não acontecendo, pois ela é basicamente um elemento de tensão na história; tem sua importância, claro, mas o que efetivamente exerce influência na história é o ocultismo e o sobrenatural.
De um modo geral é um ótimo filme, com um bom elenco, mas que deve ser apreciado sem o peso da comparação com seu antecessor e tampouco com grandes expectativas no desempenho da boneca dentro da trama.
Separações
3.7 15É o primeiro filme de Domingos que Oliveira que tenho a oportunidade de assistir e, preciso dizer, fiquei impressionado. Um roteiro regado de diálogos brilhantes e de uma realidade ímpar, muito bem realçados por uma fotografia que reproduz a filmagem em handcam e que, no começo, chega a causar confusão, se estamos diante de um vídeo caseiro ou um filme, efetivamente.
Trabalho excepcional, com tomadas bem originais e personagens de fácil identificação com a vida real.
Malu de Bicicleta
2.9 218Um bom fIlme. Marcelo Serrado está mto bem no papel. É legal ver a evolução do personagem, saindo de solteirão convicto à apaixonado ciumento passional. Não curti muito a atuação da Fernanda de Freitas. Parece faltar algo na personagem, mas não sei definir muito bem o que, exatamente.
O final não deixa a desejar, apesar de que, de certa forma, já imaginava que seria algo do tipo.
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8K Assista AgoraUm ótimo filme, com um final que foge ao convencional. Sam Raimi nos apresenta um filme de terror com os mesmos elementos que o tornaram famoso com 'Evil Dead': a união de um enredo sobrenatural somado à cenas trash carregadas de gore.
Não se pode dizer que é um filme assustador, mas consegue proporcionar certa agonia ao espectador, além de um ou outro susto. O grande espetáculo está nas cenas nojentas, que conseguem causar repulsa ao espectador, característica bem explorada por Raimi em outros trabalhos e que, novamente, funciona muito bem aqui.
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraDemorei um certo tempo para finalmente vê-lo, em parte por já estar um pouco saturado de produções distópicas; no entanto, Maze Runner não decepciona. É um filme frenético, com ação do início ao fim, boas atuações.
A história foge um pouco do já clássico formato de distopias e sagas adolescentes, pois aqui não temos (ao menos ainda) uma sociedade dividida em grupos segregados e nem um regime ditatorial à ser derrubado. A velha premissa, de colocar jovens em situações de perigo, tomando decisões de vida ou morte se faz presente, mas bem encaixada em uma trama que não chega a ser previsível, apesar de podermos antever algumas situações com certa tranquilidade.
Não tenho como avaliar a adaptação, pois não li o livro de James Dashner, mas fica pro futuro. O primeiro livro, já está na fila aqui na estante, ahaha.