Uau, o futuro chegou. Pena que não foi exatamente como Zemeckis, Spielberg e Gale imaginaram. Mas é curioso notar as expectativas que alguém, no final dos anos 80, projetava para um futuro nem tão distante, ao mesmo tempo em que se faz tantas referências à cultura Pop daquele momento. Foi divertido notar que Max Headroom, uma das minhas séries preferidas, foi lembrada numa insana ideia futurista de atendentes virtuais, na lanchonete.
Tive a oportunidade de rever, pela segunda vez no cinema nesse ano, esse clássico. Tê-lo visto nos Clássicos Cinemark, há alguns meses foi sensacional; mas revê-lo em um cinema antigo como o Cine Odeon (RJ), na exata data em que Marty McFly chega ao futuro, é uma experiência sem comparações. Apesar dos problemas envolvendo a organização do evento, o fato é que o mais importante não foi afetado: a projeção do filme.
Foi a união perfeita: Cinema Clássico + Filmes Clássicos (exibiram os dois primeiros da trilogia). Logo após, rolou ainda o Baile Encanto Submarino, em um Night Club próximo ao Odeon. Ok que a expectativa para ornamentação estava muito maior do que a realidade, resumida à uma pequena reprodução do palco visto no filme, mas a banda escolhida, The Screaners, compensou a "aventura" de atravessar a Lapa deserta e com pouco policiamento em plena madrugada de quinta feira e me fazer chegar em casa apenas para tirar um cochilo e ir trabalhar.
O futuro que Marty McFly experimentou pode não ter sido exatamente o que vivenciamos, mas celebrar essa data em alto estilo foi, sem dúvida, um bom acalento! ahaha
Diferente de muitos, eu não vou pagar de "cult" e esconder a grande verdade: sim, sou fanboy confesso de produções hollywoodianas e sou feliz assim. Mas isso não significa dizer que eu não consigo admirar o cinema nacional, quando ele produz algo que eu considere relevante. Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (sim, é com Z no filme, apesar de todos os sites colocarem na grafia correta em nossa língua) foi o primeiro que passei a admirar (porque os da Xuxa e os dos Trapalhões não contam muito, certo? haha). Mostrar a história de Carlota Joaquina e de uma parcela do passado de nosso país, de uma forma satírica foi sensacional. Como comédia, esse filme obviamente não tem o compromisso da exatidão histórica (o que aliás, muitos filmes "sérios" também não tem), mas parte de fatos reais para construir uma trama divertida e envolvente. É praticamente impossível não rir das reações exageradas de Carlota, vivida pela talentosa Marieta Severo, ou do caricato Dom João, de Marco Nanini. Apesar de ter sido uma produção de baixo orçamento para a época (600 mil Reais) e de distribuição independente (realizada pela própria diretora), o filme chama a atenção pela bela fotografia e pelo figurino e cenografia de alta qualidade, que em nada deixa a dever se comparado à outros filmes do gênero, produzidos no exterior. Carla Camurati foi bastante pretensiosa na decisão de rodar o filme com pouquíssimas falas em português brasileiro, o que eu considero uma sábia decisão, pois deu à produção maior autenticidade e personalidade. Com isso, apesar de nacional, trata-se de um filme legendado, com trechos narrados em inglês, além de longos diálogos em espanhol (Carlota Joaquina e outros) na maior parte do filme, além dos diálogos em português de Portugal (Dom João e outros). Na TV aberta, posso estar equivocado, mas lembro de tê-lo visto dublado, apesar desta versão não estar presente nem mesmo no DVD. Revi o filme há três dias, no cinema, na sessão Clássicos Cinemark e fiquei impressionado - negativamente falando. Quando a sessão iniciou, na sala do Cinemark Downtown (RJ), haviam apenas DUAS pessoas (incluindo eu). Ainda nos primeiros minutos, surgiram mais 8 pessoas e só. Fiquei constrangido pelo cinema nacional e imagino que nem tão cedo (ou nunca mais) o Cinemark irá abrir espaço para que um filme nacional retorne às salas de cinema neste espaço. Uma pena, se considerarmos que Carlota Joaquina - Princesa do Brazil foi um marco da retomada do cinema nacional, que praticamente foi extinto durante o período em que Fernando Collor governou o país. Torço para que em outras praças o filme tenha feito mais sucesso e assim seja possível viabilizar o retorno de outras produções marcantes de nosso cinema, como Central do Brasil, O Quatrilho e Cidade de Deus.
Apesar de ser bastante previsível, o filme tem uma pegada bem divertida e conseguiu sobreviver ao tempo, ao menos para mim. Vi pela primeira vez em 2001, ainda em VHS, época em que achei divertidíssimo. Revendo, 14 anos depois, ainda consegui identificar os motivos que me fizeram curtir esse filme: trilha sonora impecável, atuações convincentes e um retrato de época atípico. Para mim, o grande diferencial do filme está justamente na ideia de se produzir um épico medieval sem a carga dramática e a seriedade que este gênero habitualmente pede, se apoiando em um roteiro permissivo e bem humorado, sem se tornar um daqueles filmes cujo enredo só parece divertir crianças de até 12 anos. Vale a pena ser conferido, mas não analisado sob olhar crítico de quem assiste à um épico medieval. Tome como um momento de diversão e certamente irá entrar no ritmo desse filme!
Fiquei impressionado com esse filme. De cara ele me gerou curiosidade, afinal estava recebendo excelentes críticas internacionais, além de ter vencido o premio de Melhor Atriz no Sundance Festival. Confesso que ainda sou bastante preconceituoso em relação ao cinema nacional, especialmente quando vejo atores globais no elenco, além da globo filmes na produção. Entretanto, "Que Horas ela Volta" foge de todo e qualquer esteriótipo de produções da Globo Filmes.
O filme apresenta um roteiro coerente e realista, mesclando na medida certa drama e humor. Regina Casé esbanja talento no papel de Val, construindo uma personagem que transcende a ideia caricata de empregada doméstica, amplamente propagada pela TV. Ao seu lado, a personagem Jessica, vivida pela talentosa Camila Márdila, constrói uma personagem autêntica às origens e que é responsável por boa parte das cenas em que se evidencia o debate sobre a discriminação entre classes sociais.
Karine Teles, no papel de Bárbara, a patroa, também merece destaque pela atuação como coadjuvante. Sua personagem serve de estopim para as discussões de falso moralismo e falsa compaixão por aqueles que não estão em seu mesmo nível social.
Minha crítica vai apenas para o plot desenvolvido no filme para o personagem de Lourenço Mutarelli, (Carlos, o patrão). Apesar de entender a necessidade de incluírem esse tipo de temática no filme, já que se trata de algo bem cotidiano, acho que ela acabou ficando como uma peça solta na história e que nada influenciou no desenvolvimento da trama e tampouco nos destinos das personagens principais.
Acho que confundiram o título do filme. Ele deveria se chamar: "O Resgate de Júpiter". Sério, não me lembro de recentemente ter visto em algum filme uma personagem tão propensa a situações e que precisasse tanto de um cara alto e sarado para salvá-la o tempo todo de enrascadas, como nesse filme!
O Destino de Jupiter é basicamente uma releitura de Matrix. Observamos na trama os mesmos elementos que fizeram os irmãos Wachowski ascenderem ao sucesso com Matrix sem, entretanto, o mesmo potencial da produção de 1999. A única coisa que realmente merece destaque este filme são os alucinantes e psicodélicos efeitos especiais, já que o roteiro resolver passar longe da fila da criatividade.
Recomendo que assistam quando não estiverem com sono, pois o desenvolvimento da história é bastante lento e muitas vezes chato. Entretanto, consegue divertir. Um filme para ser encarado como mero passatempo e não como reflexão.
É impossível falar sobre esse filme sem pensar em rasgar elogios, tanto para Spielberg, em seu primeiro filme maduro, quanto para o elenco, incluindo a então estreante Whoopi Goldberg.
A Cor Púrpura é um filme emocionante, daqueles que é impossível terminar de ver sem ficar com os olhos marejados em algum momento. Steven Spielberg transporta o livro de Alice Walker para as telas de forma madura e delicada, aplicando certa sutileza em alguns momentos (como na cena da relação homossexual) e muita emoção, afinal, o filme é cercado de cenas fortes e impactantes, que aguçam o sentimento de revolta do espectador contra as situações vividas pela personagem de Whoopi Goldberg, muitas das quais permanecem bem atuais, apesar do lapso temporal que separa o tempo do filme (1906) e os dias atuais.
É um retrato bastante fiel da sociedade americana das primeiras décadas do Século XX, marcado pela figura submissa da mulher, diante do machismo predominante, além do grande preconceito racial. "Você é negra, pobre, feia e mulher", frase proferida por Albert, personagem de Danny Glover, resume bem a mentalidade predominante no período mostrado no filme.
A trilha sonora, de Quincy Jones, predominantemente marcada pelo ritmo do Blues, é um personagem à parte e merece todo o destaque, especialmente a canção "Miss Celie's Blues (Sister)".
E pensar que o Oscar esnobou esse clássico, que com 11 indicações, não levou nenhuma estatueta. Pior, Spielberg SEQUER foi indicado pela direção. Sem querer desmerecer seus concorrentes, vencedores à época (dentre os quais: Entre Dois Amores, O Beijo da Mulher Aranha e A Honra do Poderoso Prizzi), mas em muitas das categorias em que perdeu, sua vitória era muito mais merecida, especialmente nas de 'Melhor Filme', 'Melhor Atriz' (Goldberg) e 'Melhor Roteiro Adaptado'. Acredito que os temas de A Cor Púrpura eram tabu demais para a mentalidade dos críticos do Oscar daquele tempo, indicando-o apenas para que não fossem acusados de discriminar este filme potencialmente polêmico, que evidentemente se tornou sucesso de público, mas não de crítica.
Clássico que é clássico nunca perde a majestade. Este é o caso de 'A Hora do Espanto', produção de 1986, já com alguns efeitos datados, mas que ainda assim consegue manter intacto o seu clima obscuro, garantindo a ambientação perfeita para quem gosta de filmes do gênero.
Só destaco um trecho que me sempre me incomodou neste filme: o momento em que um vampiro simplesmente se transforma em lobo. OI? Juro que, hoje revendo, tive um dejavu "crepuscular" nessa cena, haha. Mas claro, nada que manchasse a imagem de um filme que vi e revi tantas vezes na adolescência que perdi as contas. Para mim, continua tendo o mesmo efeito e empatia que tive no passado.
Enfim, ótimas personagens, vampiros de verdade, clima de tensão, momentos macabros e humor na medida certa são ítens garantidos neste clássico oitentista.
Ter a oportunidade de ver Top Gun nos cinemas é algo impressionante. Ok que o filme não pode ser lembrado exatamente por seu roteiro, que não é nada espetacular, muito menos pelas atuações marcantes, afinal, todas as (hoje) estrelas nele presentes careciam de experiência profissional. Entretanto, este filme foi o percursor de um formato que se tornou padrão em produções de ação posteriores, um culto à velocidade, além de servir de propulsão para as carreiras de Tom Cruise, Meg Ryan, Tim Robins e Val Kilmer
O filme perde ritmo apenas no trecho dramático, onde um Tom Cruise ainda cru, tenta convencer os espectadores de seu trauma e sofrimento pela perda de um amigo com olhares lacrimosos, que no final das contas não produzem nenhum resultado, a não ser claro, deixar esse trecho do longa bastante cansativo. Mas, após o momento "drama queen", o filme entra nos eixos novamente e a ação ganha destaque novamente.
Agora, convenhamos, afirmar que Top Gun é "brega" e "fraco", é não apenas enfadonho, como tão pouco convincente e raso quanto a atuação de Meg Ryan e as cenas dramáticas de Tom Cruise neste filme.
Não adianta analisar um filme produzido na década de 80 tomando como comparativo filmes de ação contemporâneos, pois essa mentalidade tende a levar pessoas a redigirem críticas absurdas e pouco relevantes, como a que Ricardo Calil escreveu para a Folha ontem (08/08/15), afirmando que rever Top Gun é "um belo antídoto contra a nostalgia", além, claro, de confirmar a crítica de Pauline Kael, que em 86, classificou o filme como uma "ode ao homoerotismo", mesmo que de gay nada tenha o filme, restando na verdade apenas o desejo (oculto ou não) destes espectadores de possuir (ou ser possuído) pelo dono de um daqueles corpos considerados à época, padrão de beleza.
Top Gun é, na verdade, uma Ode à Testosterona, celebrada em cada cena de ação e de de disputa entre aqueles que são considerados os melhores pilotos da Marinha americana. O romance e o desfile de caras sem camisa são o complemento necessário, para atrair casais e mulheres como expectadores, tudo embalado pelo melhor do pop-rock dos anos 80!
É uma ótima adaptação. O roteiro conseguiu captar todo enredo básico do livro e transportá-lo para o cinema de forma bem dinâmica. Entretanto, confesso que o filme não conseguiu me passar as mesmas sensações obtidas pelo livro.
Faltou o suspense sobre o destino de Margo, que no filme é uma certeza, enquanto no livro é uma dúvida. Acho que por isso mesmo achei estranho terem incluído na adaptação o momento em que Q e Margo, ainda crianças, encontram um corpo, cena chave para desenvolver as dúvidas que a trama literária promove, ausente no filme.
Tirando alguns detalhes, o filme cumpre ao que se propõe e consegue ser fiel inclusive em seu final, que foge do trivial de outros filmes juvenis e por isso mesmo não vem agradando muito aos espectadores, ansiosos pelos tradicionais finais "água com açúcar".
O elenco conseguiu me surpreender. No início, não havia visto com bons olhos as escolhas dos atores que viveriam Ben e Radar, mas no final, eles conseguiram desempenhar bem seus papéis. Nat Wolff está sensacional no papel de Quentin, sendo bastante fiel ao que o livro passar à respeito do personagem. Já a escolha de Cara Delevingne para o papel de Margo pode não ter sido a mais acertada, mas não chega a ser prejudicial para o desenvolvimento da trama a superficialidade de sua atuação, que consegue ser até convincente, na medida do possível.
Uau! Fiquei impressionado com a versatilidade deste filme. É uma produção que consegue entreter o público infantil, plantando no subconsciente valores, ao mesmo tempo em que dá um tapa cara do público adulto.
O enredo está repleto de críticas ao estilo de vida preguiçoso que levamos, onde se busca cada vez mais reduzir esforços através de facilidades tecnológicas. Fora, claro, a crítica evidente sobre as consequências do consumo desmedido dos nossos recursos naturais, mal uso do lixo e os malefícios do uso descontrolado dos meios de comunicação virtuais.
É também, sem dúvida, um dos desenhos mais emocionalmente densos que já tive oportunidade de assistir. As cenas de Wall-E, sozinho ou com EVA, são extremamente tocantes e de uma profundidade que facilmente será notada por um adulto, mas nem tão evidente para as crianças, que comumente as consideram "fofinhas".
Uma deliciosa ousadia. Assim posso definir "Bonequinha de Luxo", clássico de 1961 que eternizou a imagem de Audrey Hepburn na mulher de vestido preto, colar de pérolas e uma comprida piteira.
O que achei mais interessante no filme foi a abordagem delicada de um tema que parece ser bastante pesado e desconfortável para a época em que foi produzido. Basicamente, Holly, personagem de Hepburn, é uma prostituta de luxo. Entretanto, esta condição não é mostrada de forma evidente, mas sim a ideia de que Holly é uma aproveitadora. Na trama cinematográfica, ela se apaixona por seu vizinho, Paul, um escritor decadente que, por sua vez, vive uma situação bem parecida com a dela: é um gigolô, amante de uma mulher mais velha e infeliz no casamento.
A ousadia de tratar de temas como esses, em um filme produzido na década de 60, foi certamente um desafio para Blake Edwards, ao qual ele desempenhou muito bem. Direção e elenco impecáveis!
Agora fica a vontade de ler o livro homônimo de , que inspirou o filme, de Truman Capote. Pelo que li, a condição de Holly e Paul é bem mais evidente na versão literária, além do final ser diferente do visto na versão cinematográfica.
Mais uma belíssima obra de Charlie Chaplin. Um filme igualmente tocante e divertido, onde Chaplin demonstra nas telas o que há de melhor na natureza humana. É seu último filme sem diálogos falados, e o primeiro a utilizar efeitos sonoros sincronizados com a ação do filme. Chaplin foi brilhante ao se utilizar desses artifícios num momento em que o público clamava por filmes falados, após o lançamento do primeiro filme no formato produzido por, "The Jazz Singer", A cena final é uma das sequências mais emocionantes e belas da carreira de Chaplin.
Uma bela homenagem aos Tokusatsus. Para quem viveu uma infância nos anos 80 e 90, é fácil identificar as referências e sentir aquela nostalgia gostosa. O roteiro em si não traz nada de original. A fotografia, por vezes, deixa o filme ligeiramente confuso, tamanha a poluição visual de certas cenas, especialmente as ambientadas naquele espécie de hangar dos Jaegers.
O elenco não é lá dos melhores, mas dá pro gasto. Confesso que estava torcendo para que os personagens
de Charlie Hunnam e Robert Kazinsky formassem a dupla no Jaeger, ao invés da decepcionante e insossa personagem de Rinko Kikuchi
. A construção dos personagens é bem rasa, como é de se esperar em filmes do gênero, no entanto é um filme que cumpre o seu papel como blockbuster, que é o de entreter. As cenas de ação são espetaculares e compensam muito bem a fragilidade do roteiro.
Destaque especial deve ser dado a atriz mirim Mana Ashida, que desempenha o papel dramático mais convincente de todo o filme e consegue emocionar mais do que o drama clichê do personagem de Charlie Hunnam. Pena que sua versão adulta foi tão descartável e mal desempenhada por Rinko Kikuchi.
Tinha tudo para ser a homenagem perfeita à clássica série dos anos 60/70, mas não foi. Não se pode culpar apenas o roteiro, que possui até uma abordagem interessante no que se refere a série de tv. No entanto, a escolha de Will Ferrell para o papel de Jack Wyatt / Darrin Stephens pôs tudo a perder. O cara é caricato e exagerado demais. Suas caras e bocas são irritantes e conseguem estragar qualquer prazer que se poderia ter ao ver esse filme.
Nicole Kidman (Samantha) e Shirley MacLaine (Endora) foram as escolhas mais acertadas da produção e até teriam conseguido salvar o filme, se o roteiro não tivesse sido tão mal executado por Nora Ephron, resultando numa comédia (?) boba, caricata e totalmente sem graça.
Não é o filme mais surpreendente de suspense que já vi, mas certamente é um dos mais bem executados.
Tudo em 'A Mão que Balança o Berço' parece se encaixar, pelo bem da boa execução do filme. A começar pelo título, que por si, já desperta a curiosidade do espectador. As atuações de Annabella Sciorra, Hernie Hudson, uma promissora Julianne Moore, e Madeline Zima (1 ano antes de estrelar The Nanny) merecem grande destaque.
Mas é sem dúvida a beleza angelical e o talento de Rebecca De Mornay quem faz toda a diferença nesse filme. A atriz esbanja carisma, criando aquele tipo de vilã que amamos odiar. A serenidade que ela transmite à personagem enquanto arquiteta suas artimanhas é o contraponto perfeito para os momentos em que a mesma transfigura a louca descontrolada, criando uma atmosfera tensa e assustadora em cada passo calculado.
Minha única crítica ao filme é quanto ao ultimo ato.
A forma como Claire desvenda a verdade sobre Peyton parece pouco crível. As peças que ela junta são, ao meu ver, fracas demais para justificar sua reação agressiva subsequente, bem como o convencimento do marido
. Mas a falha é bem compensada pelas cenas finais, dotadas de muita tensão.
Ter a oportunidade de rever esse clássico do final dos anos 90 no cinema me fez relembrar os inúmeros motivos pelos quais considero esse, o meu filme de guerra preferido.
Deixando de lado a questão do patriotismo exagerado, a produção é impecável, não apenas nos quesitos técnicos e visuais, mas também em seu roteiro, construção de personagens e atuações. Além disso, é praticamente impossível não se apegar a cada personagem que nos é apresentado durante as quase 3 hs de filme.
A cena de abertura, uma reprodução do desembarque dos soldados americanos na Praia de Omaha, no dia D, é espetacular. São os 27 minutos de batalha mais intensos que já vi em um filme do gênero.
Pode ser o mais infantilizado de toda a série, mas ainda é o meu favorito. A atuação de Tina Turner é excelente, considerando sua falta de experiência no ramo. Mel Gibson, impecável como sempre no papel título. Visualmente, é o mais bem produzido filme da saga clássica. A perseguição final é espetacular.
Bom, eu não sou um grande fã de filmes de ação. Acho que todos eles se perdem nos mesmos clichês e chegam sempre ao mesmo final, tornando, para mim, uma experiência cansativa e nada interessante.
Mas então, descubro, em 2009, que um novo Mad Max iria ser produzido. Os anos foram se passando e eu continuei acompanhando noticias para saber se ele de fato iria ser lançado ou não. Mas enfim, ele foi e, na boa, que filme animal!
Não é exagero algum o que todos vem apontando nos comentários: Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de ação já produzido nos últimos anos. Ouvi uma garota, na poltrona ao lado, comentar com os amigos: "Nossa, não via um filme de ação assim tão bom desde Matrix". Todos foram saindo e eu permaneci ali, sentado na poltrona, observando os créditos subirem, pensando no que ela havia dito e cada vez mais, concordando: há muito tempo que não via um filme de ação surpreendente. Matrix talvez tenha sido o mais recente.
Senti falta, claro, de ver Mel Gibson no papel título dessa sequência. No entanto, o Tom Hardy desenvolve um personagem duro e seco tão bom quanto o original de Mel Gibson. O curioso foi o fato de Max ter ficado boa parte do filme na função de coadjuvante da Imperatriz Furiosa, vivida pela estonteante e sensacional Charlize Theron. A personagem rouba a cena na primeira parte do filme, sendo praticamente um espelho do velho Max. Nunca o Girl Power foi tão bem representado nas telas como nesse filme.
Um grande destaque deve ser dado também a Nicholas Hoult, que viveu, em toda plenitude, a insanidade de seu personagem! Que atuação foda! Testemunhei! haha
Para quem é fã dos anteriores, certamente será fácil identificar as diversas referências aos filmes originais, incluídas até mesmo na trilha sonora. A fotografia é espetacular, assim como as cenas de ação e o design Dieselpunk sensacional dos veículos. E o que dizer da trilha sonora? É muito rock na veia, atuando na cadência das cenas de ação! Vi diversas vezes o diretor comentar que ele estava produzindo uma 'ópera rock" e definitivamente, ele o fez. A presença daquele carro, com aquela bateria e o incansável guitarrista insano é a concretização dessa ideia.
Mad Max: Estrada da Fúria é um filme eletrizante e tenso, do início ao fim. Cumpre o prometido pelo diretor, que nos entrega um filmaço de ação, cruel e insano, com apenas os diálogos necessários, sem muita perda de tempo com explicações.
Sei que agora virão os haters dar "deslike" também nesse comentário à favor dessa superprodução! Minha resposta, para vcs, é: "Oh que dia, que dia lindo!".
Filmaço. O que quebrou um pouco pra mim foi o clichê q envolve a situação de Kirk, no final do filme, que já tinha sacado qual seria a solução desde o começo da cena. rs
Meu suspense policial preferido. Um filme q não costuma figurar na lista de favoritos de muitos e é até bem desconhecido, mas que surpreende bastante. Como em todo e qualquer filme do gênero, a produção está impregnada de clichês. Entretanto nada disso influencia negativamente para o clima tenso e mórbido em que o filme se desenvolve. Grandes atores, com grandes atuações. Destaque especial para o veterano Nick Nolte e para Ewan McGregor, ainda no começo de carreira.
O cinema surgiu de um princípio básico: fornecer ao espectador um bom entretenimento. Com o passar dos anos, novos conceitos e tendencias foram desenvolvidas para o cinema, abrindo um leque de opções para os amantes da sétima arte, que abrangem desde blockbusters explosivos até filmes de arte que te proporcionam longas horas de reflexão sobre o sentido da vida.
'Os Vingadores' entra justamente na categoria 'Blockbuster', um filme repleto de cenas de ação e clichês com mensagens positivistas. É um filme ruim? CLARO QUE NÃO! É um filme sensacional, entretenimento puro e garantia de diversão para quem aprecia o gênero. No entanto, se vc é um cinéfilo, que só assiste filmes europeus e acha que o cinema americano que conta é apenas o que David Lynch e Stanley Kubrick produziram, bem, esse filme NÃO É PARA VC!
Eu, mesmo não tendo nenhum apreço por histórias em quadrinhos, achei esse filme sensacional, o melhor que já tive oportunidade de ver do gênero 'super-heróis'. Até mesmo personagens que não curto, como Hulk, Thor e Homem de Ferro, incluídos na composição geral, fizeram desta uma grande produção. Loki foi um grande destaque, uma verdadeira DIVA, hahaha. Curti muito a cena do Hulk dando uma boa lição no fdp! Filmaço que vi no cinema e revi a pouco tempo, como aquecimento para o segundo.
A paixão de David Lynch pelo bizarro e desfuncional encontra seu melhor momento nessa produção. Para mim é, até o presente momento, o melhor filme dele que ja tive oportunidade de assistir.
Lynch conseguiu contar a dramática história real de Joseph "John" Merrick sem apelar para o dramalhão comercial. O filme emociona de forma natural. A produção, realizada em preto e branco, deu um charme especial ao filme, que, além de tudo, é marcado por grandes atuações.
Este filme é, acima de tudo, uma grande lição de vida!
Esse é um daqueles filmes que sempre ouvi falar, mas nunca havia tido oportunidade de ver... até agora.
Sempre ouvi meus amigos dizendo que Pennywise era a figura mais assustadora que eles já haviam visto em um filme e hoje entendo o motivo. Realmente, o palhaço, vivido pelo sempre fantástico Tim Cury é assustador, especialmente se quem estiver vendo esse filme sofrer de Coulrofobia (medo de palhaços). No entanto, a parte assustadora do filme é apenas essa.
Não espere ver nesse filme algo de fato assustador. Essa produção, na verdade uma minissérie em dois episódios, produzida em 1990, não consegue alcançar metade do que a obra de Stephen King proporciona no que diz respeito à terror. O livro é, de fato, assustador, mas o filme deixa a desejar por ser brando demais. As mortes não são mostradas, sempre substituídas pela imagem dos dentes afiados de Pennywise, diferentemente do livro, que é bem detalhista nessa parte, diga-se de passagem.
O texto também foi abrandando, deixando de fora o palavriado chulo, muitas vezes usado pelos pré-adolescentes na versão literária. Além disso, a cena de sexo protagonizada por dois personagens no núcleo infantil também ficou de fora (nesse caso, decisão mais do que correta).
O elenco infantil é impecável, marcado por ótimas atuações. Os atores mirins realmente fizeram jus aos personagens do livro de Stephen King, inclusive no que diz respeito à personalidade de cada um. Entretanto, o mesmo elogio não é extensivo ao elenco adulto, marcado por atuações que beiram o amadorismo em diversos momentos (com destaque especial para as cenas "dramáticas" da, até então, nada talentosa Annette O'Toole). John Ritter e Tim Reid foram os melhores em cena, na minha opinião.
Boa parte dos efeitos especiais são datados e, em alguns momentos, parecem bizarros (especialmente nas cenas finais), mas há que se lembrar que esta é uma produção de 1990 para a tv, logo, além dos recursos para a época serem bem limitados, o orçamento certamente não era alto para que fossem produzidos grandes efeitos.
It - A Obra Prima do Medo é um filme para se apreciar sem compromisso e sem grandes expectativas. Serve como um ótimo entretenimento, especialmente para quem já leu o livro e quer ver como algumas coisas do livro funcionariam na tela. Só consegue ser assustador talvez para crianças, mas não possui o mesmo efeito em adultos (exceto, claro, se vc sofrer de Coulrofobia).
Sempre tive certa resistência ao cinema de Stanley Kubrick. Dois de seus mais aclamados filmes são títulos que prefiro passar bem longe e mudar de canal sem nenhuma cerimônia, caso tope com um deles em exibição; são eles: 2001 - Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado. Desgosto de cada um por motivos específicos e que não cabem aqui comentar.
Há alguns anos, o SBT exibiu um festival do diretor, reprisando alguns de seus filmes. Um deles foi esse, 'Nascido para Matar'. Assisti apenas a última meia hora de filme na ocasião e achei interessante. Hoje, finalmente, vi o filme completo.
Bom, se quem for assistir esse filme, buscar uma grande produção sobre a Guerra do Vietnã, informo esta não é a produção mais indicada. Outros filmes foram infinitamente melhor executados e concebidos, para retratar os eventos dessa disputa, como Platoon e Apocalipse Now.
Nascido para Matar é um filme que usa como enredo a Guerra do Vietnã, mas não é sobre isso que ela efetivamente trata. Tudo no roteiro desse filme, no que tange a propaganda de guerra e a vergonha que ela representou para os EUA, é clichê, temas diversas vezes discutidos em outras produções. No entanto, o que Kubrick realizou aqui é um grande épico, sobre a natureza humana em uma situação de extrema pressão, que é a guerra.
A primeira parte do filme mostra o processo de transformação, com o homem normal, passando pela mais nítida tortura psicológica em prol de um amadurecimento e embrutecimento forçados. Tudo aqui é tratado com boas doses de humor, para quebrar na tela o clima produzido pela brutalidade. A segunda parte, por muitos considerada cansativa, é onde vermos o resultado dessa transformação. Sei que muitos esperavam que a parte do combate em campo fosse mais enérgica e eletrizante, mas Kubrick preferiu surpreender e apoiá-la mais no drama do que na brutalidade e na carnificina, que tantos outros filmes já cansaram de expor.
Ao invés de fazer o mais do mesmo, o diretor, de forma brilhante, preferiu colocar em pauta o debate sobre os efeitos da transformação forçada e suas consequências em uma situação extrema. O treinamento teria sido eficaz, em produzir máquinas de guerra ou ainda restou algum pingo de humanidade dentro deste homens embrutecidos por um treinamento e transtornados pela realidade nua e crua de um campo de guerra? Essas são questões observadas e respondidas por Kubrick neste filme, o primeiro do diretor que assisti e posso dizer, com toda certeza, que gostei de verdade!
De Volta Para o Futuro 2
4.2 884 Assista AgoraUau, o futuro chegou. Pena que não foi exatamente como Zemeckis, Spielberg e Gale imaginaram. Mas é curioso notar as expectativas que alguém, no final dos anos 80, projetava para um futuro nem tão distante, ao mesmo tempo em que se faz tantas referências à cultura Pop daquele momento. Foi divertido notar que Max Headroom, uma das minhas séries preferidas, foi lembrada numa insana ideia futurista de atendentes virtuais, na lanchonete.
Tive a oportunidade de rever, pela segunda vez no cinema nesse ano, esse clássico. Tê-lo visto nos Clássicos Cinemark, há alguns meses foi sensacional; mas revê-lo em um cinema antigo como o Cine Odeon (RJ), na exata data em que Marty McFly chega ao futuro, é uma experiência sem comparações. Apesar dos problemas envolvendo a organização do evento, o fato é que o mais importante não foi afetado: a projeção do filme.
Foi a união perfeita: Cinema Clássico + Filmes Clássicos (exibiram os dois primeiros da trilogia). Logo após, rolou ainda o Baile Encanto Submarino, em um Night Club próximo ao Odeon. Ok que a expectativa para ornamentação estava muito maior do que a realidade, resumida à uma pequena reprodução do palco visto no filme, mas a banda escolhida, The Screaners, compensou a "aventura" de atravessar a Lapa deserta e com pouco policiamento em plena madrugada de quinta feira e me fazer chegar em casa apenas para tirar um cochilo e ir trabalhar.
O futuro que Marty McFly experimentou pode não ter sido exatamente o que vivenciamos, mas celebrar essa data em alto estilo foi, sem dúvida, um bom acalento! ahaha
Carlota Joaquina, Princesa do Brasil
3.1 240Diferente de muitos, eu não vou pagar de "cult" e esconder a grande verdade: sim, sou fanboy confesso de produções hollywoodianas e sou feliz assim. Mas isso não significa dizer que eu não consigo admirar o cinema nacional, quando ele produz algo que eu considere relevante. Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (sim, é com Z no filme, apesar de todos os sites colocarem na grafia correta em nossa língua) foi o primeiro que passei a admirar (porque os da Xuxa e os dos Trapalhões não contam muito, certo? haha). Mostrar a história de Carlota Joaquina e de uma parcela do passado de nosso país, de uma forma satírica foi sensacional. Como comédia, esse filme obviamente não tem o compromisso da exatidão histórica (o que aliás, muitos filmes "sérios" também não tem), mas parte de fatos reais para construir uma trama divertida e envolvente. É praticamente impossível não rir das reações exageradas de Carlota, vivida pela talentosa Marieta Severo, ou do caricato Dom João, de Marco Nanini.
Apesar de ter sido uma produção de baixo orçamento para a época (600 mil Reais) e de distribuição independente (realizada pela própria diretora), o filme chama a atenção pela bela fotografia e pelo figurino e cenografia de alta qualidade, que em nada deixa a dever se comparado à outros filmes do gênero, produzidos no exterior.
Carla Camurati foi bastante pretensiosa na decisão de rodar o filme com pouquíssimas falas em português brasileiro, o que eu considero uma sábia decisão, pois deu à produção maior autenticidade e personalidade. Com isso, apesar de nacional, trata-se de um filme legendado, com trechos narrados em inglês, além de longos diálogos em espanhol (Carlota Joaquina e outros) na maior parte do filme, além dos diálogos em português de Portugal (Dom João e outros). Na TV aberta, posso estar equivocado, mas lembro de tê-lo visto dublado, apesar desta versão não estar presente nem mesmo no DVD.
Revi o filme há três dias, no cinema, na sessão Clássicos Cinemark e fiquei impressionado - negativamente falando. Quando a sessão iniciou, na sala do Cinemark Downtown (RJ), haviam apenas DUAS pessoas (incluindo eu). Ainda nos primeiros minutos, surgiram mais 8 pessoas e só. Fiquei constrangido pelo cinema nacional e imagino que nem tão cedo (ou nunca mais) o Cinemark irá abrir espaço para que um filme nacional retorne às salas de cinema neste espaço. Uma pena, se considerarmos que Carlota Joaquina - Princesa do Brazil foi um marco da retomada do cinema nacional, que praticamente foi extinto durante o período em que Fernando Collor governou o país. Torço para que em outras praças o filme tenha feito mais sucesso e assim seja possível viabilizar o retorno de outras produções marcantes de nosso cinema, como Central do Brasil, O Quatrilho e Cidade de Deus.
Coração de Cavaleiro
3.7 609Apesar de ser bastante previsível, o filme tem uma pegada bem divertida e conseguiu sobreviver ao tempo, ao menos para mim. Vi pela primeira vez em 2001, ainda em VHS, época em que achei divertidíssimo. Revendo, 14 anos depois, ainda consegui identificar os motivos que me fizeram curtir esse filme: trilha sonora impecável, atuações convincentes e um retrato de época atípico.
Para mim, o grande diferencial do filme está justamente na ideia de se produzir um épico medieval sem a carga dramática e a seriedade que este gênero habitualmente pede, se apoiando em um roteiro permissivo e bem humorado, sem se tornar um daqueles filmes cujo enredo só parece divertir crianças de até 12 anos.
Vale a pena ser conferido, mas não analisado sob olhar crítico de quem assiste à um épico medieval. Tome como um momento de diversão e certamente irá entrar no ritmo desse filme!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraFiquei impressionado com esse filme. De cara ele me gerou curiosidade, afinal estava recebendo excelentes críticas internacionais, além de ter vencido o premio de Melhor Atriz no Sundance Festival. Confesso que ainda sou bastante preconceituoso em relação ao cinema nacional, especialmente quando vejo atores globais no elenco, além da globo filmes na produção. Entretanto, "Que Horas ela Volta" foge de todo e qualquer esteriótipo de produções da Globo Filmes.
O filme apresenta um roteiro coerente e realista, mesclando na medida certa drama e humor. Regina Casé esbanja talento no papel de Val, construindo uma personagem que transcende a ideia caricata de empregada doméstica, amplamente propagada pela TV. Ao seu lado, a personagem Jessica, vivida pela talentosa Camila Márdila, constrói uma personagem autêntica às origens e que é responsável por boa parte das cenas em que se evidencia o debate sobre a discriminação entre classes sociais.
Karine Teles, no papel de Bárbara, a patroa, também merece destaque pela atuação como coadjuvante. Sua personagem serve de estopim para as discussões de falso moralismo e falsa compaixão por aqueles que não estão em seu mesmo nível social.
Minha crítica vai apenas para o plot desenvolvido no filme para o personagem de Lourenço Mutarelli, (Carlos, o patrão). Apesar de entender a necessidade de incluírem esse tipo de temática no filme, já que se trata de algo bem cotidiano, acho que ela acabou ficando como uma peça solta na história e que nada influenciou no desenvolvimento da trama e tampouco nos destinos das personagens principais.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraAcho que confundiram o título do filme. Ele deveria se chamar: "O Resgate de Júpiter". Sério, não me lembro de recentemente ter visto em algum filme uma personagem tão propensa a situações e que precisasse tanto de um cara alto e sarado para salvá-la o tempo todo de enrascadas, como nesse filme!
O Destino de Jupiter é basicamente uma releitura de Matrix. Observamos na trama os mesmos elementos que fizeram os irmãos Wachowski ascenderem ao sucesso com Matrix sem, entretanto, o mesmo potencial da produção de 1999. A única coisa que realmente merece destaque este filme são os alucinantes e psicodélicos efeitos especiais, já que o roteiro resolver passar longe da fila da criatividade.
Recomendo que assistam quando não estiverem com sono, pois o desenvolvimento da história é bastante lento e muitas vezes chato. Entretanto, consegue divertir. Um filme para ser encarado como mero passatempo e não como reflexão.
A Cor Púrpura
4.4 1,4K Assista AgoraÉ impossível falar sobre esse filme sem pensar em rasgar elogios, tanto para Spielberg, em seu primeiro filme maduro, quanto para o elenco, incluindo a então estreante Whoopi Goldberg.
A Cor Púrpura é um filme emocionante, daqueles que é impossível terminar de ver sem ficar com os olhos marejados em algum momento. Steven Spielberg transporta o livro de Alice Walker para as telas de forma madura e delicada, aplicando certa sutileza em alguns momentos (como na cena da relação homossexual) e muita emoção, afinal, o filme é cercado de cenas fortes e impactantes, que aguçam o sentimento de revolta do espectador contra as situações vividas pela personagem de Whoopi Goldberg, muitas das quais permanecem bem atuais, apesar do lapso temporal que separa o tempo do filme (1906) e os dias atuais.
É um retrato bastante fiel da sociedade americana das primeiras décadas do Século XX, marcado pela figura submissa da mulher, diante do machismo predominante, além do grande preconceito racial. "Você é negra, pobre, feia e mulher", frase proferida por Albert, personagem de Danny Glover, resume bem a mentalidade predominante no período mostrado no filme.
A trilha sonora, de Quincy Jones, predominantemente marcada pelo ritmo do Blues, é um personagem à parte e merece todo o destaque, especialmente a canção "Miss Celie's Blues (Sister)".
E pensar que o Oscar esnobou esse clássico, que com 11 indicações, não levou nenhuma estatueta. Pior, Spielberg SEQUER foi indicado pela direção. Sem querer desmerecer seus concorrentes, vencedores à época (dentre os quais: Entre Dois Amores, O Beijo da Mulher Aranha e A Honra do Poderoso Prizzi), mas em muitas das categorias em que perdeu, sua vitória era muito mais merecida, especialmente nas de 'Melhor Filme', 'Melhor Atriz' (Goldberg) e 'Melhor Roteiro Adaptado'. Acredito que os temas de A Cor Púrpura eram tabu demais para a mentalidade dos críticos do Oscar daquele tempo, indicando-o apenas para que não fossem acusados de discriminar este filme potencialmente polêmico, que evidentemente se tornou sucesso de público, mas não de crítica.
A Hora do Espanto
3.6 588 Assista AgoraClássico que é clássico nunca perde a majestade. Este é o caso de 'A Hora do Espanto', produção de 1986, já com alguns efeitos datados, mas que ainda assim consegue manter intacto o seu clima obscuro, garantindo a ambientação perfeita para quem gosta de filmes do gênero.
Só destaco um trecho que me sempre me incomodou neste filme: o momento em que um vampiro simplesmente se transforma em lobo. OI? Juro que, hoje revendo, tive um dejavu "crepuscular" nessa cena, haha. Mas claro, nada que manchasse a imagem de um filme que vi e revi tantas vezes na adolescência que perdi as contas. Para mim, continua tendo o mesmo efeito e empatia que tive no passado.
Enfim, ótimas personagens, vampiros de verdade, clima de tensão, momentos macabros e humor na medida certa são ítens garantidos neste clássico oitentista.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraTer a oportunidade de ver Top Gun nos cinemas é algo impressionante. Ok que o filme não pode ser lembrado exatamente por seu roteiro, que não é nada espetacular, muito menos pelas atuações marcantes, afinal, todas as (hoje) estrelas nele presentes careciam de experiência profissional. Entretanto, este filme foi o percursor de um formato que se tornou padrão em produções de ação posteriores, um culto à velocidade, além de servir de propulsão para as carreiras de Tom Cruise, Meg Ryan, Tim Robins e Val Kilmer
O filme perde ritmo apenas no trecho dramático, onde um Tom Cruise ainda cru, tenta convencer os espectadores de seu trauma e sofrimento pela perda de um amigo com olhares lacrimosos, que no final das contas não produzem nenhum resultado, a não ser claro, deixar esse trecho do longa bastante cansativo. Mas, após o momento "drama queen", o filme entra nos eixos novamente e a ação ganha destaque novamente.
Agora, convenhamos, afirmar que Top Gun é "brega" e "fraco", é não apenas enfadonho, como tão pouco convincente e raso quanto a atuação de Meg Ryan e as cenas dramáticas de Tom Cruise neste filme.
Não adianta analisar um filme produzido na década de 80 tomando como comparativo filmes de ação contemporâneos, pois essa mentalidade tende a levar pessoas a redigirem críticas absurdas e pouco relevantes, como a que Ricardo Calil escreveu para a Folha ontem (08/08/15), afirmando que rever Top Gun é "um belo antídoto contra a nostalgia", além, claro, de confirmar a crítica de Pauline Kael, que em 86, classificou o filme como uma "ode ao homoerotismo", mesmo que de gay nada tenha o filme, restando na verdade apenas o desejo (oculto ou não) destes espectadores de possuir (ou ser possuído) pelo dono de um daqueles corpos considerados à época, padrão de beleza.
Top Gun é, na verdade, uma Ode à Testosterona, celebrada em cada cena de ação e de de disputa entre aqueles que são considerados os melhores pilotos da Marinha americana. O romance e o desfile de caras sem camisa são o complemento necessário, para atrair casais e mulheres como expectadores, tudo embalado pelo melhor do pop-rock dos anos 80!
Cidades de Papel
3.0 1,3K Assista AgoraÉ uma ótima adaptação. O roteiro conseguiu captar todo enredo básico do livro e transportá-lo para o cinema de forma bem dinâmica. Entretanto, confesso que o filme não conseguiu me passar as mesmas sensações obtidas pelo livro.
Faltou o suspense sobre o destino de Margo, que no filme é uma certeza, enquanto no livro é uma dúvida. Acho que por isso mesmo achei estranho terem incluído na adaptação o momento em que Q e Margo, ainda crianças, encontram um corpo, cena chave para desenvolver as dúvidas que a trama literária promove, ausente no filme.
Tirando alguns detalhes, o filme cumpre ao que se propõe e consegue ser fiel inclusive em seu final, que foge do trivial de outros filmes juvenis e por isso mesmo não vem agradando muito aos espectadores, ansiosos pelos tradicionais finais "água com açúcar".
O elenco conseguiu me surpreender. No início, não havia visto com bons olhos as escolhas dos atores que viveriam Ben e Radar, mas no final, eles conseguiram desempenhar bem seus papéis. Nat Wolff está sensacional no papel de Quentin, sendo bastante fiel ao que o livro passar à respeito do personagem. Já a escolha de Cara Delevingne para o papel de Margo pode não ter sido a mais acertada, mas não chega a ser prejudicial para o desenvolvimento da trama a superficialidade de sua atuação, que consegue ser até convincente, na medida do possível.
WALL·E
4.3 2,8K Assista AgoraUau! Fiquei impressionado com a versatilidade deste filme. É uma produção que consegue entreter o público infantil, plantando no subconsciente valores, ao mesmo tempo em que dá um tapa cara do público adulto.
O enredo está repleto de críticas ao estilo de vida preguiçoso que levamos, onde se busca cada vez mais reduzir esforços através de facilidades tecnológicas. Fora, claro, a crítica evidente sobre as consequências do consumo desmedido dos nossos recursos naturais, mal uso do lixo e os malefícios do uso descontrolado dos meios de comunicação virtuais.
É também, sem dúvida, um dos desenhos mais emocionalmente densos que já tive oportunidade de assistir. As cenas de Wall-E, sozinho ou com EVA, são extremamente tocantes e de uma profundidade que facilmente será notada por um adulto, mas nem tão evidente para as crianças, que comumente as consideram "fofinhas".
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraUma deliciosa ousadia. Assim posso definir "Bonequinha de Luxo", clássico de 1961 que eternizou a imagem de Audrey Hepburn na mulher de vestido preto, colar de pérolas e uma comprida piteira.
O que achei mais interessante no filme foi a abordagem delicada de um tema que parece ser bastante pesado e desconfortável para a época em que foi produzido. Basicamente, Holly, personagem de Hepburn, é uma prostituta de luxo. Entretanto, esta condição não é mostrada de forma evidente, mas sim a ideia de que Holly é uma aproveitadora. Na trama cinematográfica, ela se apaixona por seu vizinho, Paul, um escritor decadente que, por sua vez, vive uma situação bem parecida com a dela: é um gigolô, amante de uma mulher mais velha e infeliz no casamento.
A ousadia de tratar de temas como esses, em um filme produzido na década de 60, foi certamente um desafio para Blake Edwards, ao qual ele desempenhou muito bem. Direção e elenco impecáveis!
Agora fica a vontade de ler o livro homônimo de , que inspirou o filme, de Truman Capote. Pelo que li, a condição de Holly e Paul é bem mais evidente na versão literária, além do final ser diferente do visto na versão cinematográfica.
Luzes da Cidade
4.6 624 Assista AgoraMais uma belíssima obra de Charlie Chaplin. Um filme igualmente tocante e divertido, onde Chaplin demonstra nas telas o que há de melhor na natureza humana. É seu último filme sem diálogos falados, e o primeiro a utilizar efeitos sonoros sincronizados com a ação do filme. Chaplin foi brilhante ao se utilizar desses artifícios num momento em que o público clamava por filmes falados, após o lançamento do primeiro filme no formato produzido por, "The Jazz Singer",
A cena final é uma das sequências mais emocionantes e belas da carreira de Chaplin.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraUma bela homenagem aos Tokusatsus. Para quem viveu uma infância nos anos 80 e 90, é fácil identificar as referências e sentir aquela nostalgia gostosa. O roteiro em si não traz nada de original. A fotografia, por vezes, deixa o filme ligeiramente confuso, tamanha a poluição visual de certas cenas, especialmente as ambientadas naquele espécie de hangar dos Jaegers.
O elenco não é lá dos melhores, mas dá pro gasto. Confesso que estava torcendo para que os personagens
de Charlie Hunnam e Robert Kazinsky formassem a dupla no Jaeger, ao invés da decepcionante e insossa personagem de Rinko Kikuchi
Destaque especial deve ser dado a atriz mirim Mana Ashida, que desempenha o papel dramático mais convincente de todo o filme e consegue emocionar mais do que o drama clichê do personagem de Charlie Hunnam. Pena que sua versão adulta foi tão descartável e mal desempenhada por Rinko Kikuchi.
A Feiticeira
2.5 523 Assista AgoraTinha tudo para ser a homenagem perfeita à clássica série dos anos 60/70, mas não foi. Não se pode culpar apenas o roteiro, que possui até uma abordagem interessante no que se refere a série de tv. No entanto, a escolha de Will Ferrell para o papel de Jack Wyatt / Darrin Stephens pôs tudo a perder. O cara é caricato e exagerado demais. Suas caras e bocas são irritantes e conseguem estragar qualquer prazer que se poderia ter ao ver esse filme.
Nicole Kidman (Samantha) e Shirley MacLaine (Endora) foram as escolhas mais acertadas da produção e até teriam conseguido salvar o filme, se o roteiro não tivesse sido tão mal executado por Nora Ephron, resultando numa comédia (?) boba, caricata e totalmente sem graça.
A Mão que Balança o Berço
3.7 899 Assista AgoraNão é o filme mais surpreendente de suspense que já vi, mas certamente é um dos mais bem executados.
Tudo em 'A Mão que Balança o Berço' parece se encaixar, pelo bem da boa execução do filme. A começar pelo título, que por si, já desperta a curiosidade do espectador. As atuações de Annabella Sciorra, Hernie Hudson, uma promissora Julianne Moore, e Madeline Zima (1 ano antes de estrelar The Nanny) merecem grande destaque.
Mas é sem dúvida a beleza angelical e o talento de Rebecca De Mornay quem faz toda a diferença nesse filme. A atriz esbanja carisma, criando aquele tipo de vilã que amamos odiar. A serenidade que ela transmite à personagem enquanto arquiteta suas artimanhas é o contraponto perfeito para os momentos em que a mesma transfigura a louca descontrolada, criando uma atmosfera tensa e assustadora em cada passo calculado.
Minha única crítica ao filme é quanto ao ultimo ato.
A forma como Claire desvenda a verdade sobre Peyton parece pouco crível. As peças que ela junta são, ao meu ver, fracas demais para justificar sua reação agressiva subsequente, bem como o convencimento do marido
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraTer a oportunidade de rever esse clássico do final dos anos 90 no cinema me fez relembrar os inúmeros motivos pelos quais considero esse, o meu filme de guerra preferido.
Deixando de lado a questão do patriotismo exagerado, a produção é impecável, não apenas nos quesitos técnicos e visuais, mas também em seu roteiro, construção de personagens e atuações. Além disso, é praticamente impossível não se apegar a cada personagem que nos é apresentado durante as quase 3 hs de filme.
A cena de abertura, uma reprodução do desembarque dos soldados americanos na Praia de Omaha, no dia D, é espetacular. São os 27 minutos de batalha mais intensos que já vi em um filme do gênero.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 485 Assista AgoraPode ser o mais infantilizado de toda a série, mas ainda é o meu favorito. A atuação de Tina Turner é excelente, considerando sua falta de experiência no ramo. Mel Gibson, impecável como sempre no papel título. Visualmente, é o mais bem produzido filme da saga clássica. A perseguição final é espetacular.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraBom, eu não sou um grande fã de filmes de ação. Acho que todos eles se perdem nos mesmos clichês e chegam sempre ao mesmo final, tornando, para mim, uma experiência cansativa e nada interessante.
Mas então, descubro, em 2009, que um novo Mad Max iria ser produzido. Os anos foram se passando e eu continuei acompanhando noticias para saber se ele de fato iria ser lançado ou não. Mas enfim, ele foi e, na boa, que filme animal!
Não é exagero algum o que todos vem apontando nos comentários: Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de ação já produzido nos últimos anos. Ouvi uma garota, na poltrona ao lado, comentar com os amigos: "Nossa, não via um filme de ação assim tão bom desde Matrix". Todos foram saindo e eu permaneci ali, sentado na poltrona, observando os créditos subirem, pensando no que ela havia dito e cada vez mais, concordando: há muito tempo que não via um filme de ação surpreendente. Matrix talvez tenha sido o mais recente.
Senti falta, claro, de ver Mel Gibson no papel título dessa sequência. No entanto, o Tom Hardy desenvolve um personagem duro e seco tão bom quanto o original de Mel Gibson. O curioso foi o fato de Max ter ficado boa parte do filme na função de coadjuvante da Imperatriz Furiosa, vivida pela estonteante e sensacional Charlize Theron. A personagem rouba a cena na primeira parte do filme, sendo praticamente um espelho do velho Max. Nunca o Girl Power foi tão bem representado nas telas como nesse filme.
Um grande destaque deve ser dado também a Nicholas Hoult, que viveu, em toda plenitude, a insanidade de seu personagem! Que atuação foda! Testemunhei! haha
Para quem é fã dos anteriores, certamente será fácil identificar as diversas referências aos filmes originais, incluídas até mesmo na trilha sonora. A fotografia é espetacular, assim como as cenas de ação e o design Dieselpunk sensacional dos veículos. E o que dizer da trilha sonora? É muito rock na veia, atuando na cadência das cenas de ação! Vi diversas vezes o diretor comentar que ele estava produzindo uma 'ópera rock" e definitivamente, ele o fez. A presença daquele carro, com aquela bateria e o incansável guitarrista insano é a concretização dessa ideia.
Mad Max: Estrada da Fúria é um filme eletrizante e tenso, do início ao fim. Cumpre o prometido pelo diretor, que nos entrega um filmaço de ação, cruel e insano, com apenas os diálogos necessários, sem muita perda de tempo com explicações.
Sei que agora virão os haters dar "deslike" também nesse comentário à favor dessa superprodução! Minha resposta, para vcs, é: "Oh que dia, que dia lindo!".
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraFilmaço. O que quebrou um pouco pra mim foi o clichê q envolve a situação de Kirk, no final do filme, que já tinha sacado qual seria a solução desde o começo da cena. rs
O Principal Suspeito
3.4 94Meu suspense policial preferido. Um filme q não costuma figurar na lista de favoritos de muitos e é até bem desconhecido, mas que surpreende bastante.
Como em todo e qualquer filme do gênero, a produção está impregnada de clichês. Entretanto nada disso influencia negativamente para o clima tenso e mórbido em que o filme se desenvolve.
Grandes atores, com grandes atuações. Destaque especial para o veterano Nick Nolte e para Ewan McGregor, ainda no começo de carreira.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraO cinema surgiu de um princípio básico: fornecer ao espectador um bom entretenimento. Com o passar dos anos, novos conceitos e tendencias foram desenvolvidas para o cinema, abrindo um leque de opções para os amantes da sétima arte, que abrangem desde blockbusters explosivos até filmes de arte que te proporcionam longas horas de reflexão sobre o sentido da vida.
'Os Vingadores' entra justamente na categoria 'Blockbuster', um filme repleto de cenas de ação e clichês com mensagens positivistas. É um filme ruim? CLARO QUE NÃO! É um filme sensacional, entretenimento puro e garantia de diversão para quem aprecia o gênero. No entanto, se vc é um cinéfilo, que só assiste filmes europeus e acha que o cinema americano que conta é apenas o que David Lynch e Stanley Kubrick produziram, bem, esse filme NÃO É PARA VC!
Eu, mesmo não tendo nenhum apreço por histórias em quadrinhos, achei esse filme sensacional, o melhor que já tive oportunidade de ver do gênero 'super-heróis'. Até mesmo personagens que não curto, como Hulk, Thor e Homem de Ferro, incluídos na composição geral, fizeram desta uma grande produção. Loki foi um grande destaque, uma verdadeira DIVA, hahaha. Curti muito a cena do Hulk dando uma boa lição no fdp! Filmaço que vi no cinema e revi a pouco tempo, como aquecimento para o segundo.
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraA paixão de David Lynch pelo bizarro e desfuncional encontra seu melhor momento nessa produção. Para mim é, até o presente momento, o melhor filme dele que ja tive oportunidade de assistir.
Lynch conseguiu contar a dramática história real de Joseph "John" Merrick sem apelar para o dramalhão comercial. O filme emociona de forma natural. A produção, realizada em preto e branco, deu um charme especial ao filme, que, além de tudo, é marcado por grandes atuações.
Este filme é, acima de tudo, uma grande lição de vida!
It: Uma Obra Prima do Medo
3.5 1,3KEsse é um daqueles filmes que sempre ouvi falar, mas nunca havia tido oportunidade de ver... até agora.
Sempre ouvi meus amigos dizendo que Pennywise era a figura mais assustadora que eles já haviam visto em um filme e hoje entendo o motivo. Realmente, o palhaço, vivido pelo sempre fantástico Tim Cury é assustador, especialmente se quem estiver vendo esse filme sofrer de Coulrofobia (medo de palhaços). No entanto, a parte assustadora do filme é apenas essa.
Não espere ver nesse filme algo de fato assustador. Essa produção, na verdade uma minissérie em dois episódios, produzida em 1990, não consegue alcançar metade do que a obra de Stephen King proporciona no que diz respeito à terror. O livro é, de fato, assustador, mas o filme deixa a desejar por ser brando demais. As mortes não são mostradas, sempre substituídas pela imagem dos dentes afiados de Pennywise, diferentemente do livro, que é bem detalhista nessa parte, diga-se de passagem.
O texto também foi abrandando, deixando de fora o palavriado chulo, muitas vezes usado pelos pré-adolescentes na versão literária. Além disso, a cena de sexo protagonizada por dois personagens no núcleo infantil também ficou de fora (nesse caso, decisão mais do que correta).
O elenco infantil é impecável, marcado por ótimas atuações. Os atores mirins realmente fizeram jus aos personagens do livro de Stephen King, inclusive no que diz respeito à personalidade de cada um. Entretanto, o mesmo elogio não é extensivo ao elenco adulto, marcado por atuações que beiram o amadorismo em diversos momentos (com destaque especial para as cenas "dramáticas" da, até então, nada talentosa Annette O'Toole). John Ritter e Tim Reid foram os melhores em cena, na minha opinião.
Boa parte dos efeitos especiais são datados e, em alguns momentos, parecem bizarros (especialmente nas cenas finais), mas há que se lembrar que esta é uma produção de 1990 para a tv, logo, além dos recursos para a época serem bem limitados, o orçamento certamente não era alto para que fossem produzidos grandes efeitos.
It - A Obra Prima do Medo é um filme para se apreciar sem compromisso e sem grandes expectativas. Serve como um ótimo entretenimento, especialmente para quem já leu o livro e quer ver como algumas coisas do livro funcionariam na tela. Só consegue ser assustador talvez para crianças, mas não possui o mesmo efeito em adultos (exceto, claro, se vc sofrer de Coulrofobia).
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraSempre tive certa resistência ao cinema de Stanley Kubrick. Dois de seus mais aclamados filmes são títulos que prefiro passar bem longe e mudar de canal sem nenhuma cerimônia, caso tope com um deles em exibição; são eles: 2001 - Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado. Desgosto de cada um por motivos específicos e que não cabem aqui comentar.
Há alguns anos, o SBT exibiu um festival do diretor, reprisando alguns de seus filmes. Um deles foi esse, 'Nascido para Matar'. Assisti apenas a última meia hora de filme na ocasião e achei interessante. Hoje, finalmente, vi o filme completo.
Bom, se quem for assistir esse filme, buscar uma grande produção sobre a Guerra do Vietnã, informo esta não é a produção mais indicada. Outros filmes foram infinitamente melhor executados e concebidos, para retratar os eventos dessa disputa, como Platoon e Apocalipse Now.
Nascido para Matar é um filme que usa como enredo a Guerra do Vietnã, mas não é sobre isso que ela efetivamente trata. Tudo no roteiro desse filme, no que tange a propaganda de guerra e a vergonha que ela representou para os EUA, é clichê, temas diversas vezes discutidos em outras produções. No entanto, o que Kubrick realizou aqui é um grande épico, sobre a natureza humana em uma situação de extrema pressão, que é a guerra.
A primeira parte do filme mostra o processo de transformação, com o homem normal, passando pela mais nítida tortura psicológica em prol de um amadurecimento e embrutecimento forçados. Tudo aqui é tratado com boas doses de humor, para quebrar na tela o clima produzido pela brutalidade. A segunda parte, por muitos considerada cansativa, é onde vermos o resultado dessa transformação. Sei que muitos esperavam que a parte do combate em campo fosse mais enérgica e eletrizante, mas Kubrick preferiu surpreender e apoiá-la mais no drama do que na brutalidade e na carnificina, que tantos outros filmes já cansaram de expor.
Ao invés de fazer o mais do mesmo, o diretor, de forma brilhante, preferiu colocar em pauta o debate sobre os efeitos da transformação forçada e suas consequências em uma situação extrema. O treinamento teria sido eficaz, em produzir máquinas de guerra ou ainda restou algum pingo de humanidade dentro deste homens embrutecidos por um treinamento e transtornados pela realidade nua e crua de um campo de guerra? Essas são questões observadas e respondidas por Kubrick neste filme, o primeiro do diretor que assisti e posso dizer, com toda certeza, que gostei de verdade!