A dura jornada para se viver do que se ama. A música como relato da inspiração que não se explica, do mais íntimo da alma e da própria história. Homenagem super pessoal e apaixonada de Lin-Manuel Miranda. Entrega notável de Andrew Garfield, excelente atuação.
Esperança e sonhos de todas as idades. O canto dos desfavorecidos e a vibração do espírito de comunidade. A dança contagiante é ditada pelo coração caliente latino. Direto, contestador, tocante e inspirador. Musical moderno de caráter universal.
O desconforto constante, a inadequação e o cansaço são deveras palpáveis. Kristen Stewart encanta, bela atuação. O espectador se comove com seu momento e sente em suas expressões e respirações o quanto a personagem luta para encontrar sua paz interna. Somos como sombras que acompanham bem de perto sua busca por razões para seguir em frente.
A excepcional e muito participativa trilha sonora e a direção vigorosa e grandiosa se destacam bastante.
Obra dura, porém dona de muito carinho por sua protagonista. Um dos mais potentes e atmosféricos filmes de seu ano.
Questionar ou buscar o caminho de maior aceitação? O longa aborda com inteligência as contradições do racismo existente na sociedade. Obra de sentimentos ocultos e sofrimentos silenciosos. A felicidade(duradoura ou não) existe quando se é livre para ser si mesma.
A atração pelo que a transformou e se virou define e desloca da sociedade. Meio Cronenberg e algo de Jean-Pierre Jeunet(sem o bom humor e otimismo). Nem tudo flui tão bem, mas o cinema super autoral e imprevisível de Ducornau desperta curiosidade do início ao fim.
Os fortes laços com a terra e os sacrifícios que separam corações e gerações.
Branagh não vai fundo na atmosfera de terror de uma guerra civil e também não deslumbra com a doçura das relações cotidianas, mas extrai o suficiente de ambos para criar um drama nostálgico e competente.
Das caricaturas às reverências pouco elegantes. O filme demora bastante a construir uma trama própria que funcione. O plot que envolve o personagem de Leslie Odom Jr. é interessante, mas ainda assim soa deslocado. Decepcionante. Sopranos merecia um longa digno(da mesma forma que as gigantes Breaking Bad e Deadwood ganharam nos últimos anos).
Olhares e ações repletos de julgamentos. A masculinidade bruta e a sensibilidade, uma estranha relação com misteriosas intenções. Marcas deixadas afetam destinos. A força está presente no silêncio.
Grandíssimo trabalho de direção de uma talentosa veterana. Ver Jane Campion, cineasta do poderoso O Piano, aparecendo novamente com excelente destaque é algo que me deixa feliz.
Benedict Cumberbatch, Kodi Smit-McPhee, Kirsten Dunst e Jesse Plemons entregam sólidas e marcantes interpretações. Os dois primeiros são os meus favoritos, me impressionaram. A excelente atuação de Cumberbatch, muito provavelmente, é a maior de sua carreira.
"Ataque dos Cães" faz jus ao título de filme mais elogiado de sua temporada.
O plot nada original funciona razoavelmente bem, o filme abraça sua breguice sem medo de ser feliz. Infelizmente, algumas partes bem ruins e o final fraco prejudicam o todo. Kristen Wiig e Pedro Pascal estão ótimos, se divertem horrores.
Um road movie deveras humano sobre o fio de esperança, que se sustenta como a única possibilidade de mudança de vida de diferentes e humildes gerações. A bonita relação entre tio e sobrinho torna a jornada bem especial. A passagem de bastão carrega a esperança de que o futuro será diferente, um futuro no qual o talento poderá viver e desabrochar na estrada sem ser vencido pela auto-sabotagem e pelas armadilhas do destino.
"Honkytonk Man" deveria ser muito mais lembrado, certamente essa obra figura entre as melhores e mais bonitas da grandíssima carreira de Clint Eastwood como diretor - e também como ator. O cinema sensível e clássico do cineasta merece sempre ser reverenciado.
O último filme da era Daniel Craig não é tão empolgante e envolvente quanto os belos "Cassino Royale" e "Skyfall", mas caminha entre o clássico e o novo com segurança.
Daniel Craig é o meu ator favorito a interpretar o agente mais famoso do mundo(ao lado de Sean Connery). O Bond do ator fez eu gostar da saga, sempre terei enorme carinho por essa personificação. "Cassino Royale" não "apenas" é o meu filme favorito da franquia como também está entre os meus prediletos de ação.
Adorei ver a lindíssima Ana de Armas e meu amor Léa Seydoux novamente. E, claro, Lashana Lynch foi uma boa surpresa.
Um desfecho que enriquece uma marcante jornada. O mais humano 007.
A impressionante escala épica, frequentemente buscada por Snyder, proporciona sequências memoráveis. As quatro horas permitem que todos os super-heróis tenham espaço para brilhar e conquistar o público, mas também geram longos momentos descartáveis(toda a última parte, por exemplo). No geral, trata-se de um convincente filme de ação.
"Duna" equilibra maravilhosamente bem ação e contemplação. O filme confere peso a sua mitologia e as jornadas de maneira fascinante, constrói seus personagens em seu próprio tempo; sem pressa, porém nunca soando cansativo. O olhar visa o futuro, mas o presente encanta.
Sinto que o longa não fará tanto sucesso. Trata-se de um universo bastante particular, muito detalhista e cheio de possibilidades. A cara complexa e filosófica somada ao "ritmo lento"(para o padrão da maioria) vão acabar não animando a maior parte do público. Espero estar enganado, mesmo.
O grande elenco não decepciona, a direção é de alto nível e visualmente o filme entrega tudo e mais um pouco. Deslumbrante obra.
Um alter ego que reflete de forma honesta sobre sua trajetória enquanto entende a importância de abraçar o que lhe faz sentir vivo. Obra de incontáveis citações a grandes diretores(e autores em geral) e homenagens a clássicos filmes. Pura zona de conforto, mas diverte muito.
Adorei ver as obras-primas Cidadão Kane, Jules e Jim, Acossado, Persona, O Sétimo Selo, Morangos Silvestres, O Anjo Exterminador e Oito e Meio sendo maravilhosamente homenageadas.
Apenas para eu não esquecer:
- Outros grandes/importantes filmes mencionados: A Felicidade Não Se Compra, Levada da Breca, Quanto Mais Quente Melhor, Um Homem, Uma Mulher, Kagemusha, Ano Passado em Marienbad, O Deserto Vermelho, O Joelho de Claire, Os Vingadores(Hiroshi Inagaki).
- Super diretores mencionados: Fellini, Bergman, Buñuel, Truffaut, Godard, Kurosawa, John Ford, Frank Capra, Howard Hawks, Chaplin, Pasolini, Bertolucci.
O cinéfilo Woody Allen apareceu como nunca em um longa seu.
Poderosos jovens presos em seus traumas num filme de gênero interessante. Na maior parte do tempo, o longa trabalha bem seus personagens tão marcados por suas culpas e pela impossibilidade de serem inteiramente livres.
Poderia ser muito melhor(mais minutos ajudaria), mas é digno.
P.S.: Adorei o elenco. Foi bem bacana ver Anya Taylor-Joy e Alice Braga atuando ao lado de Arya Stark e Jonathan Byers.
Isolamento, sonho e medo. O pesadelo em encarar o pior de si. O medo de se perder e não mais se reconhecer como antes. Os papéis que representamos como verdadeiros escudos que mantém nossa sanidade, só assim se pode ir adiante.
Alma e Elisabeth mergulham numa jornada que transcende limites. A poderosa conexão arrebata mentalmente e emocionalmente. A ligação entre ambas atravessa e afeta consciência e inconsciência. Alma se abre e adentra profundamente na realidade da atriz; Elisabeth, já fechada em sua própria armadura, apenas se anima ao ver a enfermeira como um de seus personagens, uma figura digna de estudo e fascinante em sua honestidade reveladora. De uma maneira ou de outra, quando ambas se aproximam de fato, fatalmente o pior de seus íntimos aparece e tudo se torna aterrorizante. Filme de duras verdades e imensos sentimentos.
Bergman cria imagens deveras hipnotizantes, belas, intensas e riquíssimas de significados. Algumas delas são quase indecifráveis - algo que, também, as tornam inesquecíveis.
"Persona" é um filme de profunda conexão de almas, mentes e pesadelos. Rostos se fundem e corpos se tocam em imagens de infinita força e beleza. Bibi Andersson e Liv Ullmann atuam em estado de graça. Simplesmente não dá para desassociar ambas, química maior do que essa vista aqui não há.
O melhor trabalho de Bergman e um dos maiores filmes do cinema.
A magia escapista contida numa imaginação infantil que precisa lidar com um cotidiano difícil e sombrio. A mente desvenda mistérios e não consegue se desvencilhar de diferentes fantasmas. A realidade e o inexplicável unidos numa trama deveras particular sobre mudanças, família, memória e dores.
"Fanny e Alexander" demora razoavelmente a engrenar e não é tão impressionante quanto alguns dos melhores filmes de seu realizador, mas sem dúvida alguma merece ser visto como um dos longas obrigatórios do gênio sueco.
Medo, culpa, depressão, alívio, felicidade e dúvida. Bergman explora diferentes sentimentos deveras humanos e particulares de mulheres prestes a se tornarem mães. A coragem na qual a obra mergulha na alma das personagens e revela desejos conflitantes complexos nos marca.
O cenário do hospital repleto de figuras femininas, de prometidas futuras mães, que conversam sobre suas inseguranças enquanto esperam é dos mais cheios de vida própria da carreira do diretor sueco. Deveras comovente e bonito ver a cumplicidade e apoio mútuo que nasce entre as personagens.
A pureza de uma época de sentimentos e momentos que marcam uma vida: no presente e para sempre. As imagens do passado esbanjam frescor e beleza. A contagiante alegria e descoberta de sensações dão um brilho diferente a vida, fazem nascer a esperança de que o passar dos dias e o futuro serão felizes.
A indignação com Deus e com o destino são inevitáveis - e aqui mencionadas com duras palavras. Barreiras internas são criadas para se tentar evitar novos impactos do coração e sofrimentos.
Apesar de ser um Bergman, há otimismo. E na paixão que sempre esteve presente o mesmo se encontra. A felicidade está mais perto dos olhos e do coração do que se pensa, por vezes esquecemos disso.
Belo filme do início da carreira do genial diretor.
Uma reflexão sobre a figura masculina no gênero. Uma história que revisita temas conhecidos e dialoga muito com as melhores obras de Eastwood - e com sua própria jornada e legado no cinema.
O sentido se encontra nas companhias que trazem a calmaria para um cansado coração. A possibilidade de uma existência e recomeço longe do conhecido é a maior das liberdades.
"Cry Macho" possui, no geral, menos qualidades impressionantes do que os recentes "A Mula" e "O Caso Richard Jewell"(basta olharmos para as atuações, por exemplo), porém novamente estamos diante de uma obra com a enorme sensibilidade de seu diretor.
Road movie construído com tocante simplicidade. Obrigado por seguir trabalhando, Clintão.
A jornada de predestinação maldita. Um universo de morte profetizado por palavras de promessas venenosas sedutoras, movido por ações cruéis e passos sujos de infinita lama e sangue. A mente não suporta o inferno interno. O corpo não resiste a espada profética. Polanski construiu um filme de imagens absurdamente fortes e sombrias. Incomparável.
O fato da obra ter sido a primeira após a morte de Sharon Tate certamente teve peso para que existisse essa atmosfera pesadíssima. A dor da perda pessoal foi refletida na tela.
Pensando nas obras baseadas em Shakespeare, essa passou a ser uma das minhas favoritas junto com Hamlet, do Olivier, e Trono Manchado de Sangue. Trio imperdível.
"A Tragédia de Macbeth" sem dúvida alguma é um dos melhores trabalhos de Polanski. Tornou-se um dos meus 5 favoritos do cineasta. Filme incrível.
Os personagens testam seus limites e os dos outros. Cada ação é também uma provocação - e convite a uma reação. "Armadilha do Destino" respira uma deliciosa imprevisibilidade. Os acontecimentos divertem por nos deixar sem saber o que esperar. A coragem e a loucura andam juntas: cuidado com o que se pede! Não se pode fugir de seus instintos para sempre.
Fiquei impressionado com a beleza de Françoise Dorléac(que eu já conhecia graças a obra-prima Duas Garotas Românticas). Descobri apenas agora que ela era irmã da Catherine Deneuve e que morreu super jovem. Teríamos duas irmãs com várias obras marcantes na família Deneuve. Que perda. Coincidência triste as mortes prematuras da atriz e de Sharon Tate, ambas trabalharam com Polanski e tinham grandes carreiras pela frente.
A ditadura e seus males irremediáveis e consequências eternas. A busca pela verdade como resposta a brutalidade cruel. Passados hoje em dia ocultados tentam esconder feridas e escolhas morais, dão um ar de normalidade e aceitação numa sociedade injusta. Tratando-se de um filme do diretor polonês poderíamos esperar uma história que fosse ainda mais longe em suas consequências, porém o final não desagrada.
Competente e forte performance de Sigourney Weaver. Infelizmente sinto que essa importante atriz foi muito mal aproveitada nas últimas décadas, não se vê tantas atrizes com tamanha presença em cena como a mesma(especialmente atualmente). Ben Kingsley dá vida a um personagem misterioso que nos deixa sempre na dúvida sobre quem ele é de verdade. Bela performance. Belo ator.
tick, tick... BOOM!
3.8 451O tempo do talento.
A dura jornada para se viver do que se ama. A música como relato da inspiração que não se explica, do mais íntimo da alma e da própria história.
Homenagem super pessoal e apaixonada de Lin-Manuel Miranda. Entrega notável de Andrew Garfield, excelente atuação.
.
Muito Bom.
Em um Bairro de Nova York
3.6 125 Assista AgoraNo ritmo dos sonhadores.
Esperança e sonhos de todas as idades.
O canto dos desfavorecidos e a vibração do espírito de comunidade. A dança contagiante é ditada pelo coração caliente latino.
Direto, contestador, tocante e inspirador. Musical moderno de caráter universal.
.
Muito Bom.
Spencer
3.7 569 Assista AgoraO pesadelo sufocante de Diana.
O desconforto constante, a inadequação e o cansaço são deveras palpáveis.
Kristen Stewart encanta, bela atuação. O espectador se comove com seu momento e sente em suas expressões e respirações o quanto a personagem luta para encontrar sua paz interna. Somos como sombras que acompanham bem de perto sua busca por razões para seguir em frente.
A excepcional e muito participativa trilha sonora e a direção vigorosa e grandiosa se destacam bastante.
Obra dura, porém dona de muito carinho por sua protagonista. Um dos mais potentes e atmosféricos filmes de seu ano.
.
Excelente.
Identidade
3.4 102 Assista AgoraO desejo pela vida da outra.
Questionar ou buscar o caminho de maior aceitação?
O longa aborda com inteligência as contradições do racismo existente na sociedade.
Obra de sentimentos ocultos e sofrimentos silenciosos. A felicidade(duradoura ou não) existe quando se é livre para ser si mesma.
.
Bom.
Titane
3.5 391 Assista AgoraO conforto e sentido que não se explicam.
A atração pelo que a transformou e se virou define e desloca da sociedade.
Meio Cronenberg e algo de Jean-Pierre Jeunet(sem o bom humor e otimismo). Nem tudo flui tão bem, mas o cinema super autoral e imprevisível de Ducornau desperta curiosidade do início ao fim.
.
Muito Bom.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraOs fortes laços com a terra e os sacrifícios que separam corações e gerações.
Branagh não vai fundo na atmosfera de terror de uma guerra civil e também não deslumbra com a doçura das relações cotidianas, mas extrai o suficiente de ambos para criar um drama nostálgico e competente.
A cara do Oscar.
.
Bom.
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraDesnecessária revisita.
Das caricaturas às reverências pouco elegantes. O filme demora bastante a construir uma trama própria que funcione. O plot que envolve o personagem de Leslie Odom Jr. é interessante, mas ainda assim soa deslocado.
Decepcionante. Sopranos merecia um longa digno(da mesma forma que as gigantes Breaking Bad e Deadwood ganharam nos últimos anos).
.
Regular.
Ataque dos Cães
3.7 933O que as aparências escondem.
Olhares e ações repletos de julgamentos. A masculinidade bruta e a sensibilidade, uma estranha relação com misteriosas intenções. Marcas deixadas afetam destinos. A força está presente no silêncio.
Grandíssimo trabalho de direção de uma talentosa veterana. Ver Jane Campion, cineasta do poderoso O Piano, aparecendo novamente com excelente destaque é algo que me deixa feliz.
Benedict Cumberbatch, Kodi Smit-McPhee, Kirsten Dunst e Jesse Plemons entregam sólidas e marcantes interpretações. Os dois primeiros são os meus favoritos, me impressionaram. A excelente atuação de Cumberbatch, muito provavelmente, é a maior de sua carreira.
"Ataque dos Cães" faz jus ao título de filme mais elogiado de sua temporada.
.
Excelente.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraExagerado, constrangedor e divertido.
O plot nada original funciona razoavelmente bem, o filme abraça sua breguice sem medo de ser feliz. Infelizmente, algumas partes bem ruins e o final fraco prejudicam o todo.
Kristen Wiig e Pedro Pascal estão ótimos, se divertem horrores.
Sequência esquecível.
.
Regular.
Honkytonk Man: A Última Canção
3.7 28 Assista AgoraA voz de um sonho.
Um road movie deveras humano sobre o fio de esperança, que se sustenta como a única possibilidade de mudança de vida de diferentes e humildes gerações.
A bonita relação entre tio e sobrinho torna a jornada bem especial. A passagem de bastão carrega a esperança de que o futuro será diferente, um futuro no qual o talento poderá viver e desabrochar na estrada sem ser vencido pela auto-sabotagem e pelas armadilhas do destino.
"Honkytonk Man" deveria ser muito mais lembrado, certamente essa obra figura entre as melhores e mais bonitas da grandíssima carreira de Clint Eastwood como diretor - e também como ator.
O cinema sensível e clássico do cineasta merece sempre ser reverenciado.
.
Excelente.
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 566 Assista AgoraA emocionante despedida de um grande James Bond.
O último filme da era Daniel Craig não é tão empolgante e envolvente quanto os belos "Cassino Royale" e "Skyfall", mas caminha entre o clássico e o novo com segurança.
Daniel Craig é o meu ator favorito a interpretar o agente mais famoso do mundo(ao lado de Sean Connery). O Bond do ator fez eu gostar da saga, sempre terei enorme carinho por essa personificação. "Cassino Royale" não "apenas" é o meu filme favorito da franquia como também está entre os meus prediletos de ação.
Adorei ver a lindíssima Ana de Armas e meu amor Léa Seydoux novamente. E, claro, Lashana Lynch foi uma boa surpresa.
Um desfecho que enriquece uma marcante jornada. O mais humano 007.
.
Bom.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KMaior, melhor e com um novo corte.
A impressionante escala épica, frequentemente buscada por Snyder, proporciona sequências memoráveis. As quatro horas permitem que todos os super-heróis tenham espaço para brilhar e conquistar o público, mas também geram longos momentos descartáveis(toda a última parte, por exemplo). No geral, trata-se de um convincente filme de ação.
.
Bom.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraA chegada do inevitável futuro.
"Duna" equilibra maravilhosamente bem ação e contemplação. O filme confere peso a sua mitologia e as jornadas de maneira fascinante, constrói seus personagens em seu próprio tempo; sem pressa, porém nunca soando cansativo.
O olhar visa o futuro, mas o presente encanta.
Sinto que o longa não fará tanto sucesso. Trata-se de um universo bastante particular, muito detalhista e cheio de possibilidades. A cara complexa e filosófica somada ao "ritmo lento"(para o padrão da maioria) vão acabar não animando a maior parte do público. Espero estar enganado, mesmo.
O grande elenco não decepciona, a direção é de alto nível e visualmente o filme entrega tudo e mais um pouco. Deslumbrante obra.
.
Excelente.
O Festival do Amor
3.3 45 Assista AgoraO cinema como resposta.
Um alter ego que reflete de forma honesta sobre sua trajetória enquanto entende a importância de abraçar o que lhe faz sentir vivo. Obra de incontáveis citações a grandes diretores(e autores em geral) e homenagens a clássicos filmes. Pura zona de conforto, mas diverte muito.
Adorei ver as obras-primas Cidadão Kane, Jules e Jim, Acossado, Persona, O Sétimo Selo, Morangos Silvestres, O Anjo Exterminador e Oito e Meio sendo maravilhosamente homenageadas.
Apenas para eu não esquecer:
- Outros grandes/importantes filmes mencionados:
A Felicidade Não Se Compra, Levada da Breca, Quanto Mais Quente Melhor, Um Homem, Uma Mulher, Kagemusha, Ano Passado em Marienbad, O Deserto Vermelho, O Joelho de Claire, Os Vingadores(Hiroshi Inagaki).
- Super diretores mencionados:
Fellini, Bergman, Buñuel, Truffaut, Godard, Kurosawa, John Ford, Frank Capra, Howard Hawks, Chaplin, Pasolini, Bertolucci.
O cinéfilo Woody Allen apareceu como nunca em um longa seu.
.
Bom.
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraSobre medos e monstros.
Poderosos jovens presos em seus traumas num filme de gênero interessante. Na maior parte do tempo, o longa trabalha bem seus personagens tão marcados por suas culpas e pela impossibilidade de serem inteiramente livres.
Poderia ser muito melhor(mais minutos ajudaria), mas é digno.
P.S.: Adorei o elenco. Foi bem bacana ver Anya Taylor-Joy e Alice Braga atuando ao lado de Arya Stark e Jonathan Byers.
.
Simpático.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraDesconstrução.
Fuga.
Projeção.
Culpa.
Isolamento, sonho e medo. O pesadelo em encarar o pior de si. O medo de se perder e não mais se reconhecer como antes.
Os papéis que representamos como verdadeiros escudos que mantém nossa sanidade, só assim se pode ir adiante.
Alma e Elisabeth mergulham numa jornada que transcende limites. A poderosa conexão arrebata mentalmente e emocionalmente. A ligação entre ambas atravessa e afeta consciência e inconsciência.
Alma se abre e adentra profundamente na realidade da atriz; Elisabeth, já fechada em sua própria armadura, apenas se anima ao ver a enfermeira como um de seus personagens, uma figura digna de estudo e fascinante em sua honestidade reveladora. De uma maneira ou de outra, quando ambas se aproximam de fato, fatalmente o pior de seus íntimos aparece e tudo se torna aterrorizante. Filme de duras verdades e imensos sentimentos.
Bergman cria imagens deveras hipnotizantes, belas, intensas e riquíssimas de significados. Algumas delas são quase indecifráveis - algo que, também, as tornam inesquecíveis.
"Persona" é um filme de profunda conexão de almas, mentes e pesadelos. Rostos se fundem e corpos se tocam em imagens de infinita força e beleza.
Bibi Andersson e Liv Ullmann atuam em estado de graça. Simplesmente não dá para desassociar ambas, química maior do que essa vista aqui não há.
O melhor trabalho de Bergman e um dos maiores filmes do cinema.
.
Obra-prima.
Fanny e Alexander
4.3 215A magia escapista contida numa imaginação infantil que precisa lidar com um cotidiano difícil e sombrio.
A mente desvenda mistérios e não consegue se desvencilhar de diferentes fantasmas.
A realidade e o inexplicável unidos numa trama deveras particular sobre mudanças, família, memória e dores.
"Fanny e Alexander" demora razoavelmente a engrenar e não é tão impressionante quanto alguns dos melhores filmes de seu realizador, mas sem dúvida alguma merece ser visto como um dos longas obrigatórios do gênio sueco.
Difícil esquecer do olhar marcante de Alexander.
Clássico épico de Ingmar Bergman.
.
Excelente.
No Limiar Da Vida
4.1 42 Assista AgoraAs dores da maternidade.
Medo, culpa, depressão, alívio, felicidade e dúvida. Bergman explora diferentes sentimentos deveras humanos e particulares de mulheres prestes a se tornarem mães.
A coragem na qual a obra mergulha na alma das personagens e revela desejos conflitantes complexos nos marca.
O cenário do hospital repleto de figuras femininas, de prometidas futuras mães, que conversam sobre suas inseguranças enquanto esperam é dos mais cheios de vida própria da carreira do diretor sueco. Deveras comovente e bonito ver a cumplicidade e apoio mútuo que nasce entre as personagens.
Bela e forte obra dos anos 50 de Ingmar Bergman.
.
Muito Bom.
Juventude
4.2 82 Assista AgoraMemórias de um amor.
A pureza de uma época de sentimentos e momentos que marcam uma vida: no presente e para sempre. As imagens do passado esbanjam frescor e beleza. A contagiante alegria e descoberta de sensações dão um brilho diferente a vida, fazem nascer a esperança de que o passar dos dias e o futuro serão felizes.
A indignação com Deus e com o destino são inevitáveis - e aqui mencionadas com duras palavras. Barreiras internas são criadas para se tentar evitar novos impactos do coração e sofrimentos.
Apesar de ser um Bergman, há otimismo. E na paixão que sempre esteve presente o mesmo se encontra. A felicidade está mais perto dos olhos e do coração do que se pensa, por vezes esquecemos disso.
Belo filme do início da carreira do genial diretor.
.
Muito Bom.
Cry Macho: O Caminho para Redenção
3.0 179 Assista AgoraO último cowboy.
Uma reflexão sobre a figura masculina no gênero. Uma história que revisita temas conhecidos e dialoga muito com as melhores obras de Eastwood - e com sua própria jornada e legado no cinema.
O sentido se encontra nas companhias que trazem a calmaria para um cansado coração.
A possibilidade de uma existência e recomeço longe do conhecido é a maior das liberdades.
"Cry Macho" possui, no geral, menos qualidades impressionantes do que os recentes "A Mula" e "O Caso Richard Jewell"(basta olharmos para as atuações, por exemplo), porém novamente estamos diante de uma obra com a enorme sensibilidade de seu diretor.
Road movie construído com tocante simplicidade. Obrigado por seguir trabalhando, Clintão.
.
Muito Bom.
Macbeth
3.9 51P.S.: Sou fã de Game of Thrones, mas vendo essa maravilha setentista podemos imaginar o que seria da série da HBO nas mãos de alguém tão talentoso.
Macbeth
3.9 51Ambição, delírio e queda.
A jornada de predestinação maldita. Um universo de morte profetizado por palavras de promessas venenosas sedutoras, movido por ações cruéis e passos sujos de infinita lama e sangue.
A mente não suporta o inferno interno. O corpo não resiste a espada profética. Polanski construiu um filme de imagens absurdamente fortes e sombrias. Incomparável.
O fato da obra ter sido a primeira após a morte de Sharon Tate certamente teve peso para que existisse essa atmosfera pesadíssima. A dor da perda pessoal foi refletida na tela.
Pensando nas obras baseadas em Shakespeare, essa passou a ser uma das minhas favoritas junto com Hamlet, do Olivier, e Trono Manchado de Sangue. Trio imperdível.
"A Tragédia de Macbeth" sem dúvida alguma é um dos melhores trabalhos de Polanski. Tornou-se um dos meus 5 favoritos do cineasta. Filme incrível.
.
Obra-prima.
Armadilha do Destino
3.7 28Sobre limites e acasos.
Os personagens testam seus limites e os dos outros. Cada ação é também uma provocação - e convite a uma reação.
"Armadilha do Destino" respira uma deliciosa imprevisibilidade. Os acontecimentos divertem por nos deixar sem saber o que esperar. A coragem e a loucura andam juntas: cuidado com o que se pede! Não se pode fugir de seus instintos para sempre.
Fiquei impressionado com a beleza de Françoise Dorléac(que eu já conhecia graças a obra-prima Duas Garotas Românticas). Descobri apenas agora que ela era irmã da Catherine Deneuve e que morreu super jovem. Teríamos duas irmãs com várias obras marcantes na família Deneuve. Que perda.
Coincidência triste as mortes prematuras da atriz e de Sharon Tate, ambas trabalharam com Polanski e tinham grandes carreiras pela frente.
Uma das primeiras belas obras de Polanski.
.
Muito Bom.
A Morte e a Donzela
3.6 73A vingança impossível.
A ditadura e seus males irremediáveis e consequências eternas. A busca pela verdade como resposta a brutalidade cruel.
Passados hoje em dia ocultados tentam esconder feridas e escolhas morais, dão um ar de normalidade e aceitação numa sociedade injusta. Tratando-se de um filme do diretor polonês poderíamos esperar uma história que fosse ainda mais longe em suas consequências, porém o final não desagrada.
Competente e forte performance de Sigourney Weaver. Infelizmente sinto que essa importante atriz foi muito mal aproveitada nas últimas décadas, não se vê tantas atrizes com tamanha presença em cena como a mesma(especialmente atualmente).
Ben Kingsley dá vida a um personagem misterioso que nos deixa sempre na dúvida sobre quem ele é de verdade. Bela performance. Belo ator.
Esquecida e interessante obra de Polanski.
.
Bom.