O super-herói em sua versão mais detetivesca. Um personagem que se move e respira apenas para tentar proteger uma cidade contaminada em todos os níveis, que talvez não tenha mais escapatória.
Sujeira e escuridão. Destinos são traçados por debaixo dos panos, através de acordos escusos e vingativos planos mirabolantes. Líderes, políticos e policiais estão comprometidos com forças que eles não podem lidar. Seguidores cegos não possuem limite para provocar o máximo de caos.
As máscaras escondem graves feridas. Feridas que transformam para sempre e inevitavelmente provocam consequências. Como fazer a diferença? O resultado dessa tentativa nem sempre é positivo.
Convicções e relações caem a todo momento, mas a esperança num futuro melhor continua e continuará sendo o motivo que não permite que se jogue a toalha.
Pattinson entrega um Batman bastante particular, profundamente afetado por seu passado e pelo peso de sua responsabilidade. O grande elenco também funciona muito bem. Paul Dano é um belo vilão e Zoë Kravitz se destaca o suficiente para nunca ser ofuscada pelo protagonista.
Bastante eficiente trabalho de ambientação. Outra ótima obra de Matt Reeves.
Crescimento e libertação. A criação familiar e as tradições de gerações que sufocam e dificultam muito a possibilidade de você ser quem quer ser. A bonita amizade feminina adolescente está entre os maiores destaques, sem a mesma o sofrimento seria imenso e o amadurecimento impossível.
Não se melhora apenas olhando para si. Amar também é mudar seu olhar e permitir a felicidade de quem você mais ama. Uma jornada sobre abraçar com coragem seus maiores medos, segredos e sua personalidade por inteiro.
Apesar de não ser original, trata-se de um longa de crescente força e fácil/competente diálogo com diferentes idades. Os elementos mágicos nos fazem lembrar do Studio Ghibli, mas o enorme coração é tão Pixar como qualquer outro belo filme do estúdio.
Viver pela vingança. Sangue e mortes numa jornada já determinada, que é maior que a própria existência. O mais novo trabalho do jovem cineasta equilibra muito bem o realismo físico e brutal com o lado fantasioso e místico de seu filme. A dimensão impressionante e o detalhismo do mundo criado fascinam.
Competente transição dos chamados 'filmes de arte' para um longa de grande estúdio, claramente mais acessível à maioria. "A Bruxa" e "O Farol" são mais sólidos(melhores, sendo mais direto), mas "O Homem do Norte" também consegue mostrar o talento super autoral e a capacidade de criar obras poderosas do diretor.
Delicioso ver este grande elenco reunido. Um destaque? Nicole Kidman. Há uma cena deveras memorável da atriz(todos saberão de qual se trata quando assisti-la), certamente está entre as mais potentes de sua rica carreira.
O desconforto e a impressão de reprovação coletiva estão presentes durante toda a ocasião. A sede de liberdade e a vontade de traçar seu próprio caminho se chocam com os valores tradicionais e mentes pouco abertas dos que a cercam. As ações de Danielle, a protagonista, e o desenrolar de revelações provocam contradições e culpa em relação aos próprios princípios e, ao mesmo tempo, os fortalece.
Sexo, sexualidade, religião e intrometidos questionamentos sobre o futuro num dia de grande vergonha em família. Um rolé de enorme estresse e crescente caos.
Montagem, roteiro e direção de alto nível. O uso do som também se destaca. Tensa e deliciosa comédia. Não dá para chegar a vida adulta sem pagar bons micos.
Trauma, controle e autodestruição. Figuras marcadas por passados dolorosos e perdas se juntam de forma improvável, tornam-se uma deveras inusitada família. Os personagens enclausurados em suas próprias limitações humanas, tão presos em suas rotinas, se comportam(uns mais, outros menos) como máquinas e sobreviventes solitários.
O rigor formal do filme casa perfeitamente com esse modo de viver do protagonista, que dá passos diários sempre se privando de emoções - para o bem e para o mal. Contudo, fica a pergunta: até quando isso é possível? A fuga da letargia desperta o melhor e o pior do jogador.
Filmes otimistas não combinam muito com a filmografia de Paul Schrader(e não é totalmente o caso desse), mas quem diria que veríamos uma bem-vinda pintada de romance como cereja do bolo de uma obra tão sóbria como essa.
Oscar Isaac(atuação maravilhosa!) e Tiffany Haddish formam, muito provavelmente, o melhor casal de seu ano.
Santa ou possuída pelo demônio? Iluminada ou louca? Os milagres existem ou não? Os personagens e a Igreja buscam a verdade ou agem/julgam em benefício próprio? Um longa abundante em perguntas, mas que não está interessado em respostas.
O novo que afronta. O sexo visto como o maior dos pecados. O desejo que gera imensos pesadelos. Uma história sobre mistérios e jogos de interesses.
Obra muito rica em leituras, livre de pudor e sem medo de escandalizar o espectador. "Benedetta" parece pertencer a outra época. Apenas o cineasta holandês seria capaz de realizar hoje em dia um filme como esse.
Outro grande trabalho do excelente Paul Verhoeven.
O amor que viaja pelo tempo. O entender o outro através de um olhar único. Passado, presente e futuro se tocam e complementam. A mágica amizade ajuda a interpretar o que se perdeu pelo caminho, o silêncio e as dores de hoje. Céline Sciamma conduz com muita segurança uma história na qual o real e o sobrenatural andam de mãos dadas.
A rara sensibilidade e a ingenuidade infantil contaminam a obra do início ao fim. A diretora do brilhante "Retrato de uma Jovem em Chamas" volta a nos impressionar e encantar.
As músicas podem não ser memoráveis, porém não faltam sentimento nelas. "Cyrano" comove com a dor do amor proibido e escondido que permeia durante toda sua duração. O engano dos olhos e a força das palavras num grande balé trágico. O amor sem tempo para vencer o destino. Ver Peter Dinklage é sempre um prazer.
Um longa que mergulha de cabeça nas possibilidades de sua história. O mundo virtual respira uma inesperada vida; A vida real não consegue desligar do mundo virtual. Visualmente é fascinante, muito inventivo. Há altos e baixos e uma queda de nível no final, mas sem dúvida essa obra figura como uma das mais divertidas de seu ano.
Tenta funcionar como filme de drama e de crime, mas não convence e envolve em nada que se propõe. O tom confuso reflete a incapacidade de construir uma obra sólida e interessante. Decepcionante.
Filme de humor particular e atmosfera atraente. Emma Stone e Emma Thompson se divertem horrores, entregam performances deliciosas. O longa diverte, mas claramente seria melhor se tivesse um roteiro um pouco mais redondinho e menos momentos genéricos.
Reencontrar o passado, se surpreender consigo e ter liberdade para ser você mesma(o). História eficiente com complicadas e dolorosas questões familiares. Diverte, a ação é bonita de se ver e visualmente mostra-se bem atraente. Um acerto da Marvel.
Drama intenso que alterna bastante entre alguns momentos emocionantes convincentes e outros tantos bem clichês e pouco inspirados. A luta contra as drogas afetando ferozmente a relação entre uma mãe e sua filha; elas se afastam e se aproximam(mesmo com uma enorme bagagem de dores envolvidas). Glenn Close e Mila Kunis entregam boas performances. Eu não lembrava que a segunda era uma boa atriz.
Um evento imenso. Um acontecimento poderoso, inesquecível e transformador escondido pela história por muito tempo. "Summer of Soul (...ou, Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)" é um banho de cultura, uma aula de história sobre o espírito de uma época da comunidade negra. A música transmite com todo o vigor e riqueza possível o que há de mais belo na arte, as ideias, os sonhos e a vontade de transformar o mundo através de uma conexão especialíssima entre incríveis artistas e o gigantesco público.
Filme maravilhosamente bem montado e dirigido. Não sentimos o tempo passar, eu poderia assistir umas 10 horas dessa obra sem cansar.
Muito provavelmente o melhor documentário de seu ano. E não só isso, coloco o longa também entre os 3 melhores filmes do ano de 2021. "Summer of Soul" me envolveu e fascinou como poucos documentários. Absolutamente imperdível.
Documentário de formato super tradicional e simples, "Attica" confia tudo na força de seu material. A boa contextualização potencializa o contundente debate racial, mostra o quanto o próprio é atemporal e universal. A lembrança da barbaridade do passado alerta para que não se repita os mesmos erros, nos faz refletir sobre o presente.
Nada contundente e muito óbvio ao criticar o capitalismo na China. E falho ao acabar exaltando(querendo ou não) essa mesma modernização que busca criticar. Argumentação limitada. Funcionaria muito melhor se fosse todo na pegada do clássico Koyaanisqatsi.
O papel das mulheres e a difícil vida em sociedade na Índia. A rotina dessas mulheres em sua profissão é super desgastante, possui enormes adversidades e julgamentos. Privar da própria liberdade, felicidade e vocação por sua segurança e família ou não?
Vemos o uso das mídias sociais sendo usadas para o bem(no jornalismo) e para o mal(na política, por exemplo) e acompanhamos a crueldade justificada por comportamentos cegos e religião. A luta contra a o sistema não é fácil.
Os esforços inúmeras vezes não mudam o estado das coisas, mas seguir em frente por um bem maior e com esperança combina mais com essas fascinantes personagens. Os passos podem ser lentos, porém o jornalismo que denuncia com coragem melhora vidas.
A trama é praticamente a mesma do filme dos anos 80, criatividade zero. O humor não funciona nadinha, dá para contar nos dedos de uma mão o número de cenas que esboçam algum mínimo sorriso em nossos rostos. Grande desperdício de tempo.
As diferenças e rachaduras da convivência. Os potentes laços familiares e a união que gera milagres. "Encanto" não foge de fórmulas conhecidas e falta boa dose ousadia, mas trata-se de um longa competente sobre o desejo de ser valorizado e se sentir parte de uma família sendo você mesmo. Filme de empolgantes cores, alguns belos momentos musicais e bonitas sequências donas de muita fantasia e imaginação.
Uma fascinante Itália abriga a esperança de carismáticas figuras, que lidam com o medo e preconceito da sociedade e sonham com o impossível ao lado de improváveis amizades. Filme simples e bonito sobre a vontade de romper fronteiras, abraçar e ser abraçado pelo mundo. Emoção é com a Pixar.
A arte como companheira e refúgio da solidão. O amor que reconcilia e une agindo contra o fim do mundo. Temas como a grande dependência tecnológica e o distanciamento que a mesma provoca no mundo atual são interessantes e bem aproveitados(mais na primeira metade). O apuro visual impressiona, mas o excesso de maneirismos incomoda um pouco.
Vemos duas tramas que andam paralelamente e nelas nada se destaca mais do que a comovente relação entre uma filha e seu pai, que se desentendem constantemente, porém finalmente conseguem se enxergar ao recordarem afetos e olharem o todo através de seus corações.
A aventura dividida em fases é também uma caminhada de autoperdão, uma difícil jornada de crescente união coletiva que precisa lidar constantemente com as grandes desconfianças, diferenças e medos. O otimismo e o confiar no outro como chaves para o sonho de construção de um novo(velho) mundo. Filme de personagens carismáticos e visual deslumbrante. O final belíssimo consegue tocar qualquer pessoa.
Grandes poderes, grandes responsabilidades e muita nostalgia.
Uma enorme celebração que homenageia duas décadas de um personagem e universo que marcaram incontáveis pessoas no cinema - e foi mais que fundamental para consolidar o subgênero de super-heróis nas telonas. "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" soa desengonçado e bobo até certa altura(ainda sim sempre diverte), mas se encontra de vez através da enriquecedora divisão de experiências que nasce na reunião irresistível dos protagonistas dessa saga.
A parte final possui peso e coração dignos dos vários bons momentos que acompanhamos ao longo de 19 anos. Um filme sobre as falhas que cobram preços altos e perdas. Uma obra que fala de sacrifícios que valem a pena, cura, crescimento e otimismo.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraMáscaras e cicatrizes.
O super-herói em sua versão mais detetivesca. Um personagem que se move e respira apenas para tentar proteger uma cidade contaminada em todos os níveis, que talvez não tenha mais escapatória.
Sujeira e escuridão. Destinos são traçados por debaixo dos panos, através de acordos escusos e vingativos planos mirabolantes. Líderes, políticos e policiais estão comprometidos com forças que eles não podem lidar. Seguidores cegos não possuem limite para provocar o máximo de caos.
As máscaras escondem graves feridas. Feridas que transformam para sempre e inevitavelmente provocam consequências. Como fazer a diferença? O resultado dessa tentativa nem sempre é positivo.
Convicções e relações caem a todo momento, mas a esperança num futuro melhor continua e continuará sendo o motivo que não permite que se jogue a toalha.
Pattinson entrega um Batman bastante particular, profundamente afetado por seu passado e pelo peso de sua responsabilidade.
O grande elenco também funciona muito bem. Paul Dano é um belo vilão e Zoë Kravitz se destaca o suficiente para nunca ser ofuscada pelo protagonista.
Bastante eficiente trabalho de ambientação. Outra ótima obra de Matt Reeves.
.
Muito Bom.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 555 Assista AgoraAceitando seus monstros.
Crescimento e libertação. A criação familiar e as tradições de gerações que sufocam e dificultam muito a possibilidade de você ser quem quer ser.
A bonita amizade feminina adolescente está entre os maiores destaques, sem a mesma o sofrimento seria imenso e o amadurecimento impossível.
Não se melhora apenas olhando para si. Amar também é mudar seu olhar e permitir a felicidade de quem você mais ama.
Uma jornada sobre abraçar com coragem seus maiores medos, segredos e sua personalidade por inteiro.
Apesar de não ser original, trata-se de um longa de crescente força e fácil/competente diálogo com diferentes idades.
Os elementos mágicos nos fazem lembrar do Studio Ghibli, mas o enorme coração é tão Pixar como qualquer outro belo filme do estúdio.
.
Muito Bom.
O Homem do Norte
3.7 952 Assista AgoraO inevitável destino.
Viver pela vingança. Sangue e mortes numa jornada já determinada, que é maior que a própria existência.
O mais novo trabalho do jovem cineasta equilibra muito bem o realismo físico e brutal com o lado fantasioso e místico de seu filme. A dimensão impressionante e o detalhismo do mundo criado fascinam.
Competente transição dos chamados 'filmes de arte' para um longa de grande estúdio, claramente mais acessível à maioria. "A Bruxa" e "O Farol" são mais sólidos(melhores, sendo mais direto), mas "O Homem do Norte" também consegue mostrar o talento super autoral e a capacidade de criar obras poderosas do diretor.
Delicioso ver este grande elenco reunido. Um destaque? Nicole Kidman. Há uma cena deveras memorável da atriz(todos saberão de qual se trata quando assisti-la), certamente está entre as mais potentes de sua rica carreira.
Eggers acertou novamente.
.
Muito Bom.
Shiva Baby
3.8 261 Assista AgoraA reunião do constrangimento.
O desconforto e a impressão de reprovação coletiva estão presentes durante toda a ocasião.
A sede de liberdade e a vontade de traçar seu próprio caminho se chocam com os valores tradicionais e mentes pouco abertas dos que a cercam.
As ações de Danielle, a protagonista, e o desenrolar de revelações provocam contradições e culpa em relação aos próprios princípios e, ao mesmo tempo, os fortalece.
Sexo, sexualidade, religião e intrometidos questionamentos sobre o futuro num dia de grande vergonha em família. Um rolé de enorme estresse e crescente caos.
Montagem, roteiro e direção de alto nível. O uso do som também se destaca.
Tensa e deliciosa comédia. Não dá para chegar a vida adulta sem pagar bons micos.
.
Excelente.
Memória
3.5 64 Assista Agora"Memórias, não são só memórias
São fantasmas que me sopram aos ouvidos
Coisas que eu..."
^^ Pitty > Apichatpong Weerasethakul.
Desinteressante durante quase todo o tempo, melhora apenas nos 20, 25 minutos finais.
Palmas apenas para a Tilda pela bonita atuação.
O Joe só conseguiu me agradar(e muuito) na primeira década deste século, não tem jeito.
.
Fraco.
O Contador de Cartas
3.1 83 Assista AgoraOs riscos necessários.
Trauma, controle e autodestruição. Figuras marcadas por passados dolorosos e perdas se juntam de forma improvável, tornam-se uma deveras inusitada família.
Os personagens enclausurados em suas próprias limitações humanas, tão presos em suas rotinas, se comportam(uns mais, outros menos) como máquinas e sobreviventes solitários.
O rigor formal do filme casa perfeitamente com esse modo de viver do protagonista, que dá passos diários sempre se privando de emoções - para o bem e para o mal. Contudo, fica a pergunta: até quando isso é possível? A fuga da letargia desperta o melhor e o pior do jogador.
Filmes otimistas não combinam muito com a filmografia de Paul Schrader(e não é totalmente o caso desse), mas quem diria que veríamos uma bem-vinda pintada de romance como cereja do bolo de uma obra tão sóbria como essa.
Oscar Isaac(atuação maravilhosa!) e Tiffany Haddish formam, muito provavelmente, o melhor casal de seu ano.
.
Excelente.
Benedetta
3.5 199 Assista Agora*Comentário com possíveis spoilers abaixo!"
Poder e hipocrisia.
Santa ou possuída pelo demônio? Iluminada ou louca? Os milagres existem ou não?
Os personagens e a Igreja buscam a verdade ou agem/julgam em benefício próprio?
Um longa abundante em perguntas, mas que não está interessado em respostas.
O novo que afronta. O sexo visto como o maior dos pecados. O desejo que gera imensos pesadelos. Uma história sobre mistérios e jogos de interesses.
Obra muito rica em leituras, livre de pudor e sem medo de escandalizar o espectador. "Benedetta" parece pertencer a outra época. Apenas o cineasta holandês seria capaz de realizar hoje em dia um filme como esse.
Outro grande trabalho do excelente Paul Verhoeven.
.
Excelente.
Pequena Mamãe
3.8 87Reconciliação e despedida.
O amor que viaja pelo tempo. O entender o outro através de um olhar único. Passado, presente e futuro se tocam e complementam.
A mágica amizade ajuda a interpretar o que se perdeu pelo caminho, o silêncio e as dores de hoje.
Céline Sciamma conduz com muita segurança uma história na qual o real e o sobrenatural andam de mãos dadas.
A rara sensibilidade e a ingenuidade infantil contaminam a obra do início ao fim.
A diretora do brilhante "Retrato de uma Jovem em Chamas" volta a nos impressionar e encantar.
.
Excelente.
Cyrano
3.3 65Os desencontros de amor.
As músicas podem não ser memoráveis, porém não faltam sentimento nelas. "Cyrano" comove com a dor do amor proibido e escondido que permeia durante toda sua duração. O engano dos olhos e a força das palavras num grande balé trágico. O amor sem tempo para vencer o destino.
Ver Peter Dinklage é sempre um prazer.
.
Bom.
Free Guy: Assumindo o Controle
3.5 579 Assista AgoraO jogo da vida.
Um longa que mergulha de cabeça nas possibilidades de sua história. O mundo virtual respira uma inesperada vida; A vida real não consegue desligar do mundo virtual. Visualmente é fascinante, muito inventivo.
Há altos e baixos e uma queda de nível no final, mas sem dúvida essa obra figura como uma das mais divertidas de seu ano.
.
Bom.
Casa Gucci
3.2 708 Assista AgoraFamília, nome e poder.
Tenta funcionar como filme de drama e de crime, mas não convence e envolve em nada que se propõe.
O tom confuso reflete a incapacidade de construir uma obra sólida e interessante. Decepcionante.
.
Fraco.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraA Cinderela gótica anarquista.
Filme de humor particular e atmosfera atraente. Emma Stone e Emma Thompson se divertem horrores, entregam performances deliciosas.
O longa diverte, mas claramente seria melhor se tivesse um roteiro um pouco mais redondinho e menos momentos genéricos.
.
Simpático.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 893 Assista AgoraO chamado transformador.
Reencontrar o passado, se surpreender consigo e ter liberdade para ser você mesma(o).
História eficiente com complicadas e dolorosas questões familiares.
Diverte, a ação é bonita de se ver e visualmente mostra-se bem atraente. Um acerto da Marvel.
.
Bom.
Quatro Dias com Ela
3.3 75 Assista AgoraEntre a constante decepção e a esperança.
Drama intenso que alterna bastante entre alguns momentos emocionantes convincentes e outros tantos bem clichês e pouco inspirados. A luta contra as drogas afetando ferozmente a relação entre uma mãe e sua filha; elas se afastam e se aproximam(mesmo com uma enorme bagagem de dores envolvidas).
Glenn Close e Mila Kunis entregam boas performances. Eu não lembrava que a segunda era uma boa atriz.
.
Regular.
Summer of Soul (...ou, Quando A Revolução Não Pôde Ser …
4.3 61 Assista AgoraUma apaixonante e hipnotizante viagem ao passado.
Um evento imenso. Um acontecimento poderoso, inesquecível e transformador escondido pela história por muito tempo. "Summer of Soul (...ou, Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)" é um banho de cultura, uma aula de história sobre o espírito de uma época da comunidade negra.
A música transmite com todo o vigor e riqueza possível o que há de mais belo na arte, as ideias, os sonhos e a vontade de transformar o mundo através de uma conexão especialíssima entre incríveis artistas e o gigantesco público.
Filme maravilhosamente bem montado e dirigido. Não sentimos o tempo passar, eu poderia assistir umas 10 horas dessa obra sem cansar.
Muito provavelmente o melhor documentário de seu ano. E não só isso, coloco o longa também entre os 3 melhores filmes do ano de 2021.
"Summer of Soul" me envolveu e fascinou como poucos documentários. Absolutamente imperdível.
.
Excelente.
Attica
3.5 23Um massacre histórico.
Documentário de formato super tradicional e simples, "Attica" confia tudo na força de seu material. A boa contextualização potencializa o contundente debate racial, mostra o quanto o próprio é atemporal e universal.
A lembrança da barbaridade do passado alerta para que não se repita os mesmos erros, nos faz refletir sobre o presente.
.
Bom.
Ascensão
3.3 34 Assista AgoraUm olhar frágil sobre a China atual.
Nada contundente e muito óbvio ao criticar o capitalismo na China. E falho ao acabar exaltando(querendo ou não) essa mesma modernização que busca criticar.
Argumentação limitada. Funcionaria muito melhor se fosse todo na pegada do clássico Koyaanisqatsi.
.
Fraco.
Escrevendo com Fogo
3.8 23 Assista AgoraO heroico jornalismo feminino.
O papel das mulheres e a difícil vida em sociedade na Índia. A rotina dessas mulheres em sua profissão é super desgastante, possui enormes adversidades e julgamentos.
Privar da própria liberdade, felicidade e vocação por sua segurança e família ou não?
Vemos o uso das mídias sociais sendo usadas para o bem(no jornalismo) e para o mal(na política, por exemplo) e acompanhamos a crueldade justificada por comportamentos cegos e religião. A luta contra a o sistema não é fácil.
Os esforços inúmeras vezes não mudam o estado das coisas, mas seguir em frente por um bem maior e com esperança combina mais com essas fascinantes personagens.
Os passos podem ser lentos, porém o jornalismo que denuncia com coragem melhora vidas.
.
Muito Bom.
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 460 Assista AgoraA trama é praticamente a mesma do filme dos anos 80, criatividade zero.
O humor não funciona nadinha, dá para contar nos dedos de uma mão o número de cenas que esboçam algum mínimo sorriso em nossos rostos.
Grande desperdício de tempo.
.
Ruim.
Encanto
3.8 805A magia de cada um.
As diferenças e rachaduras da convivência. Os potentes laços familiares e a união que gera milagres. "Encanto" não foge de fórmulas conhecidas e falta boa dose ousadia, mas trata-se de um longa competente sobre o desejo de ser valorizado e se sentir parte de uma família sendo você mesmo.
Filme de empolgantes cores, alguns belos momentos musicais e bonitas sequências donas de muita fantasia e imaginação.
.
Bom.
Luca
4.1 770O nado dos excluídos.
Uma fascinante Itália abriga a esperança de carismáticas figuras, que lidam com o medo e preconceito da sociedade e sonham com o impossível ao lado de improváveis amizades.
Filme simples e bonito sobre a vontade de romper fronteiras, abraçar e ser abraçado pelo mundo. Emoção é com a Pixar.
.
Bom.
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
4.0 494Os desajustados do apocalipse.
A arte como companheira e refúgio da solidão. O amor que reconcilia e une agindo contra o fim do mundo.
Temas como a grande dependência tecnológica e o distanciamento que a mesma provoca no mundo atual são interessantes e bem aproveitados(mais na primeira metade).
O apuro visual impressiona, mas o excesso de maneirismos incomoda um pouco.
Vemos duas tramas que andam paralelamente e nelas nada se destaca mais do que a comovente relação entre uma filha e seu pai, que se desentendem constantemente, porém finalmente conseguem se enxergar ao recordarem afetos e olharem o todo através de seus corações.
.
Bom.
Raya e o Último Dragão
4.0 646 Assista AgoraA magia adormecida transformadora.
A aventura dividida em fases é também uma caminhada de autoperdão, uma difícil jornada de crescente união coletiva que precisa lidar constantemente com as grandes desconfianças, diferenças e medos. O otimismo e o confiar no outro como chaves para o sonho de construção de um novo(velho) mundo.
Filme de personagens carismáticos e visual deslumbrante. O final belíssimo consegue tocar qualquer pessoa.
.
Muito Bom.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraGrandes poderes, grandes responsabilidades e muita nostalgia.
Uma enorme celebração que homenageia duas décadas de um personagem e universo que marcaram incontáveis pessoas no cinema - e foi mais que fundamental para consolidar o subgênero de super-heróis nas telonas.
"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" soa desengonçado e bobo até certa altura(ainda sim sempre diverte), mas se encontra de vez através da enriquecedora divisão de experiências que nasce na reunião irresistível dos protagonistas dessa saga.
A parte final possui peso e coração dignos dos vários bons momentos que acompanhamos ao longo de 19 anos.
Um filme sobre as falhas que cobram preços altos e perdas. Uma obra que fala de sacrifícios que valem a pena, cura, crescimento e otimismo.
Willem Dafoe: você é incrível!
.
Muito Bom.