Fascinante, mostra através da história das gueixas, o quanto uma fachada submissa, pode esconder uma forma feminina de manipulação, com inteligência e ao mesmo tempo delicadeza.
Comecei a assistir Fúria de Titãs 2, curiosa para saber qual epopéia, encaixariam nesta franquia. E de começo fiquei admirada ao compreender que era uma história inventada, com foco em um dos “domínios” Hades: Tártaro, o inferno do paganismo, o mais comparado a imagem do inferno Cristão, em algumas versões aprisionava as piores almas e em outras apenas deuses inferiores e titãs. Basta se compreender, que o Concílio de Nicéia, ilustrou, inventou, uma imagem de Jesus indo fazer um acordo com Hades, para libertar todas as almas, obviamente essa alegoria criada, tinha por objetivo, não só matar os antigos deuses e principalmente as deusas, mas também, “passar o cajado” de controlador do céu e inferno, para o pobre e já morto Jesus. Qual seria mesmo o símbolo do cristianismo? Ahh, o peixe! Hélio, filho de Perseu, ao final da história, segurando sua pequena faca de madeira, em forma de cruz, diz: Não é tão ruim assim ser um pescador… Percebam que as divindades antigas, não possuiam um cunho maniqueísta, sendo assim, Zeus era capaz de uma atrocidade e atos motivados por desejos de vingança, assim como Hades era capaz de um ato de bondade. Então, com meus argumentos acima, peço que percebam no filme, um forte questionamento, de o quanto a morte desses deuses (lógico que falo da morte simbólica), enfraqueceu a natureza humana, pois estes seres mitológicos, eram espelhos complexos, ricos e positivos para as civilizações gregas e romanas. A nossa grande sorte, é que por mais que essas imagens tenham sido sufocadas durante os últimos séculos, os engendros de nossa mente as aprisionaram no melhor sentido possível, e nos nossos sonhos, nas nossas ações inconscientes, essas forças nos tomam o poder para agirmos como heróis em epopéia, pois pobre de nós se dependêssemos apenas das prisões morais das figuras cristãs. Meus aplausos para os criadores desses filmes, e até para os idealizadores de games, que ajudam, até dentro do silêncio de lares cristãos, a riqueza arquetípica do paganismo (escrevo aqui tranquilamente, na certeza de que os pais cristãos não vão compreender e ainda vão comprar God of War para os seus filhos jogarem em quanto eles estão na missa). Eu deixo aqui meu repúdio, pelo fato de que nenhuma dessas epopéias feitas até hoje, assumiu as temáticas femininas, o que me leva a crer, que o Concílio de Nicéia, conseguiu cumprir seu papel de sufocar todas as deusas que existiam e suas riquezas de personalidade, na única e submissa imagem de Maria. Admirei a boa intenção subliminar dos criadores do filme, lançando um ACORDAAA, para os expectadores, que infelizmente em sua maioria, não vão enxergar essas sutilezas…Mas vou aguardar sentada, histórias sobre Deméter, Perséfone, Atenas, Hera, ou até sobre ninfas…como Eco (nessa as mulheres atuais poderiam se reconhecer)… Fiquem com Zeus!
Cotidiano de uma menina francesa, típica menina nascida na década de 70. O filme vai a mostrando como uma menina tão culta, que passa a ser burra na própria escola.
O filme aborda de forma bastante poética, a intensidade com que as "diferenças" de crianças sob o rótulo das doenças, são um diferencial, que pode vir a ser um benefício social, como no caso da Phoebe, personagem central do filme. A "deficiência" dela confere aos seus convívios, uma atividade emocional de maior intensidade, que o "normal".
Não é um blockbuster, por que? Provavelmente, nossa sociedade de filhos perfeitos, não se preocupe com o mal que não bate a sua porta. Por isso pretendo listar mais a frente uma série destes filmes que podem elucidar dificuldades infantis. Bom, a história se passa em meados da década de 60, e me pergunto, se ainda hoje, os educadores, estão preparados para julgar as diferenças e dificuldades cujo problema não está estampado no rosto da criança, pois só compreendemos o que damos nomes, e só damos nomes ao que vemos com nossos olhos. Na escola, era julgado como burro, não conseguia ler e estava desistindo dos estudos, ao conhecer Anya, uma senhora cega fascinada por identificar sinos, ao ver a dificuldade de leitura do menino, o ensina a ler em braile, resultado: Ele lia perfeitamente. Sendo assim Anya o encaminhou para um centro de auxílio a disléxicos, e nessa história real, ele tem a possibilidade de ter um futuro brilhante. Para se pensar: Hoje ainda, quantas crianças com dificuldades ainda não “rotuladas”, tem seu futuro desviado pela nossa ignorância. Nesse mesmo estilo não percam “A menina no país das maravilhas”, que desvenda a “Síndrome de Tourette”.
As ordens dadas pelo fauno ou Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Residia em grutas e vagava pelos valFes e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
Personagens
Forças auxiliares: Mercedes: Mercedes é a mulher já em sua totalidade, paralelamente à provas apresentadas a Ofélia, o filme vai demonstrando que Mercedes já é possuidora das ferramentas, cujas provas vão entregando para Ofélia: A chave e o punhal. O médico: O personagem do médico ligado a segunda prova de Ofélia , simboliza a razão, as decisões pensadas que Ofélia deveria tomar, antes de morrer, ele fala para o ditador: “Apenas pessoas como você seguem regras sem questioná-las.” (frase ligada ao momento em que Ofélia PARECE ter perdido a segunda prova, quando não segue uma negativa do fauno, e come as uvas). Usa o remédio na hora certa.
Força negativa: A mãe: A mãe biológica de Ofélia, representa a mulher fraca e sem forças, a psique feminina adoecida e dependente. Praticamente a figueira adoecida. A mangrágora (a planta que queria ser gente) fornece forças para salvar a mãe, cedendo a ela, e não à criança, uma força da natureza que ela não continha. O leite e o sangue tornam a planta um misto de mãe, ser vivo e planta. Quando ela se queima, a mãe pari, porém morre.
O Padrasto: Representa todo o mal do mundo, suas maldades e seu papel de ditador representam todas as forças predadoras de nossa mente, praticamente o sapo por debaixo da Figueira.
- A PRIMEIRA TAREFA: “… os animais, os homens e as criaturas mágicas dormiam juntos embaixo da sombra de uma enorme árvore (Figueira) que cresce na colina perto do moinho, mas agora a árvore está morrendo, seus ramos estão secos e seu tronco preto e torcido. Debaixo de suas raízes há um enorme sapo albino que retira a força da árvore…” Nesta primeira prova, Ofélia tem que entrar na Figueira que estava quase morta, em suas raízes havia um grande sapo que tem que comer três pedras para que este libere uma chave e também liberte a árvore. Quando o sapo engole as pedras, ele vomita uma gosma e junto a chave. Figueira=igreja Sapo= parasita, guerra, idéias do mal (a guerra minando as idéias cristãs) Três pedras: pai, filho e espírito santo Dentro da figueira residiam o homem, o animal e os seres mágicos Chave= a primeira libertação, a chave para a próxima prova, coragem.
- A SEGUNDA TAREFA: Entrar no mundo do devorador, usar a chave para pegar uma faca/punhal, não tocar de forma alguma na farta mesa de comida, não comer nem beber nada. Teria que cumprir esta tarefa em tempo determinado, caso contrário a passagem se fecharia. É dito para Ofélia, que ela deve seguir regras, mas ela não segue. Fadas: Auxílio da intuição, da luz. Conviver e entrar no mal, e pegar apenas o conhecimento necessário. Comer a uvas: pode ser considerado o usufruto do pecado, mas na arte cristã, muitas vezes as uvas representam o sangue de Cristo. Punhal: Força de defesa. (Mercedes paralelamente a essa prova, fere o ditador com um punhal, anunciando a ele, que o fato dela ser mulher, o fez acreditar em sua fraqueza-inocência, quando ela na verdade, mesmo não seguidora de regras, aliás, o fato dela não seguir regras é o que a mantém viva). O monstro com os olhos nas mãos: A maldade no sentido mais amplo, a única visão está nas mãos, no pode ser pego, na matéria. Ser totalmente subtraído de espírito, só acredita na existência do material. Ele fica inerte, a não ser que se toque no seu “alimento”.
- A TERCEIRA TAREFA: A terceira e última prova é também a mais difícil. Ofélia tem que levar o irmão recém nascido ao centro do labirinto quando a lua estivesse cheia, para regressarem ao reino. Na verdade Ofélia tem que não derramar sangue de inocente. A imagem da morte simboliza uma situação arquetípica da mais alta numinosidade. É quando o inconsciente invade a vida e nos arrasta de tal maneira que nós não conseguimos nos subtrair ao seu poder. Normalmente, as imagens de morte em sonhos, fazem alusão à morte iniciática que nada mais é do que morrer para um estilo de vida profano, acompanhado de um renascimento espiritual. Completude do Self. Monstro da segunda prova criado por Hans Ruedi Giger (H.R.Giger), realista fantástico com influências do surrealismo, incluindo Bosch, e Dali, Giger também trabalhou em produções cinematrográficas, é também projetista do Alien. Outras Referências contemporâneas: Zdzis?aw Beksi?ski Rob Gonsalves
Pois é, a “oferta” desta crítica é para as mulheres, no dia internacional da mulher, nada melhor que o Labirinto do Fauno, para a nossa mulher atual, que acima de procurar por um príncipe, pensa em ser completa, independente do que isso possa significar para ela. Fiquei assistindo hoje pela televisão, algumas pessoas traduzindo o que seria para si, uma “mulher poderosa”, cerca de 50$ interligou esse poder à imagem de uma mulher com sucesso financeiro, sim o sucesso financeiro é importante, mas como “ponto final” ou como vírgulas, de uma vida que tem que ser acima de tudo, prazerosa…o que é prazer¿ Cada mulher que tenha também o seu conceito de prazer bem delineado. Eu particularmente, não concordo em permear esse conceito de poder, ao dinheiro, pois em muitos momentos na vida, podemos passar por dificuldades financeiras, em função ou de não conseguir, ou não priorizar isso no momento, e isso não faz com que uma mulher seja menos poderosa, me preocupo que as mulheres se adequem a esses conceitos, que foram criados justamente pelo homem. O meu conceito de mulher poderosa é de uma mulher que aproveita o diferencial feminino: Seus instintos mais fortes, sua intuição, seu poder de influenciar os filhos, o seu carinho…pois paremos para pensar, esses tais conceitos masculinos montaram esse mundo sem sentido, à caminho do fim. A mulher pode trazer de volta a índia, e vários outros personagens em extinção, segue minha poesia para todas as mulheres atuais:
Desculpem queridos, mas me libertei! Descobri que não vim das suas costelas. Não quero carregar o pecado original, muito menos quero esperar o guerreiro voltar, tecendo um enorme tapete que não termina nunca.
Entendi que todos nós carregamos grilhões invisíveis, e cerramos os olhos todas as vezes em que um filho nasce e consentimos que esses grilhões até se multipliquem.
Entrei em um estado, em que eu compreendi que 95% do que falo, não vem de mim, vem dos meus pobres antepassados, que lutam dentro de mim para que eu possa libertá-los. E conhece-te a ti mesmo, falou claramente o nosso profeta, cujos forças foram massacradas por aqueles, que tiveram a falta de decência de ilustrar Jesus matando Hades, e libertando a todos do inferno, mostrando que sempre temos apenas 2 saídas e 2 forças opostas, duas torres a serem bombardeadas. Eu tenho, como a todos vocês, um vasto universo interior, disposto ao um novo Big Ben para separar todos os meus independentes fragmentos que foram forçadamente acorrentados uns aos outros.
Além de não ter vindo da costela, não vou permitir que Atenas me puna, e faça com que a essência dos meus olhares, transforme os homens em pedra. Tenho dentro de mim todas as guerreiras, todas as deusas da mitologia, todas as prostitutas de Pompéia, Oshóssi e Yansã, Santa Barbara e Santa Clara, Maria e Madalena, minha avó e minha mãe…todas que morreram decapitadas, degoladas ou esquartejadas. Elas estão aqui e não querem mais se calar. As que apanharam, as que se prostituiram, datilógrafas, professoras e além da Joana, vou tirar a vocês todas da minha fogueira.
A fogueira abrandada mais ainda existente… a fogueira mais competente por se fazer de invisível, não me coloco mais a disposição para o segundo plano.
Sim, eu posso estar enlouquecendo, pois na fervura das minhas idéias, expulso de mim todos os personagens ruins que me inflluenciam, tudo que me faz andar sentindo um enorme peso nas pernas. Descobri que o nosso protótipo teste, tinha asas, que foram podadas vagarosamente em cada passagem da história, a omissão deste fato, faz de mim uma réptil, uma cobra, e se isso acontecer, eu volto, e encorajo novamente a nova Eva comer a maçã, esclarecendo que está ainda dentro dela, o paraíso.
Em 1973, época da produção do filme, falávamos de “normalidade e loucura” de forma excessivamente simplista: Taxi driver mostra “ O LOUCO”, pior, um estrangeiro louco dentro dos Estados Unidos.
Esse tipo exposição é por demais perigosa, lembrando que a criação de mitos é um organismo vivo. Ex: Provavelmente depois de Taxi Driver, os indivíduos passaram a olhar uns aos outros simplesmente como seres do bem ou do mal (na verdade isso vem de mais longe). E, baseados nessa crença, produzimos centenas de Taxis Drivers…
Na tentativa de “reparar” esse erro, a sociedade, principalmente a sociedade médica, têm segmentado, classificado essas loucuras, dando nomes a “conjuntos comportamentais estranhos”, ou seja, o remendo ficou pior que a encomenda, pois na verdade, a maioria dos nomes dados, não passam de semântica para definir um “diagnóstico”.
Chegando nesse ponto, as expectativas sobre o ser humano em geral se tornou mais pesada: antes desses “enquadramentos” quando nossos filhos nasciam, temíamos pelo seu futuro, apenas se víssemos algum distúrbio óbvio na compleição desse ser humano, como por exemplo, uma síndrome de down. Hoje, sabemos que distúrbios mentais, nem sempre nascem carimbados em nossa fisionomia…amplificando mais ainda esse fenômeno: se formos considerar e classificar todos os tipos de comportamentos humanos, poucos ou quase nenhum, seria classificado como são.
Precisamos nos atentar que essas classificações não são úteis, não resolvem o problema deste “doente”, e ainda cria guetos e uma sociedade intolerante, onde só aqueles que passam pelo crivo da normalidade, são aptos à sobrevivência e ao mercado. Sendo assim, cada vez menos temos a possibilidade de uma sociedade igualitária, pois uma sociedade é igualitária na verdade, quando temos o DIREITO de sermos diferentes.
Creio que os diretores atuais, já se atentaram para o poder que tem em suas mãos, e acreditemos que toda vez que for contada a história de “um louco”, se tenha a humanidade de analisar, que quanto menos oportunidades de sociabilidade os diferentes tiverem, mais “desculpas” vão ter para se tornarem assassinos. A receita é não generalizar um indivíduo como louco e muito menos o classificar como uma nova espécie de ser humano, mas sim, compreender as raízes de nossas loucuras coletivas para apartir dela, conseguirmos imunizá-la.
A primeira vez que assisti era criança (que loucura), a lembrança que eu tinha, era de ser um filme deprimente…reassisti, e não deixa de ser. Taciturno: Que fala pouco; calado, silencioso. Triste, tristonho…Assim estourou o primeiro personagem de De Niro, como vários protagonistas de Scorcese, um ser amoral, faz as coisas erradas e por pura sorte dá tudo certo. Neurótico, talvez Taxi Driver seja o pai de diversos filmes sobre neuróticos, como Psicopata Americano, Um dia de Fúria, Atentado a Columbine (ops, isso foi real), pessoas a beira de ataque de nervos em função de suas frustrações. Assistir filmes da década de 80 para trás, Taxi Driver é de 73, é sempre um espetáculo, imagino um jovem de uns 20 anos assistindo e sendo consumido por vazios tecnológicos que obviamente não compõem esses filmes: escritórios com carpetes cinzas, máquinas de escrever e apontador de mesa são o must. Não tenho poder de incentivar, mas vale a pena, voltar no tempo através dessas produções, dar gargalhadas pelos recursos que eles não tinham, e chorar pelo que perdemos.
Voltado ao “isso foi real”, neste filme você começa a observar que os diretores foram assumindo uma certa ética, eles sabem em que influenciaram…os preconceitos eram citados de forma nua, crua e incentivadora, é consolador assistir Taxi Driver e ver que isso melhorou um pouco.
” Nos rimos da igreja, que até hoje faz propaganda do celibato. Mas…somos nós, religiosos, hereges ou ateus, os maiores celibatários da natureza. Enganando-nos uns aos outros, para massacrar nossa natureza cruelmente taxada de “vil”. Acreditamos que conservar família é sinônimo de reprimir desejo. É sinônimo de ter a posse, ria-se: da genitália alheia. ”
A Pele é um filme protagonizado por Nicole Kidman, formando um estranho par com robert downey jr(Diane Arbus nascida 14 de março de 1923, em New York, suicidou-se 26 de Julho de 1971,foi uma fotógrafa americana, célebre por seus retratos.Diane Arbus começou a fotografar com Allan, seu marido. Depois de se separar, aprendeu com Alexey Brodovitch e Richard Avedon.Fonte Wikipédia) Bom, mas vamos para a licença poética da película: Recatada e reprimida dona de casa, ajudava ao seu primeiro marido a montar os cenários e fotografar típicas imagens de consumo, de donas de casa americanas. A interpretação de Nicole nessa sequência, antes de sua “tranformação”, exala recato, impulsos reprimidos e infelicidade, a infelicidade de todos aqueles que não enxergam a possibilidade de cumprir seus desejos, desejos…aquelas moedas que pagam nosso passaporte para o inferno…humpf… Alerto aos meus queridos leitores, que quanto mais aprisionamos esses tais “personagens desejos”, maior é a força a qual o transforma. Sendo nossa própria mente a prisão deste inocente (o desejo), essa roteirista inconsciente (a mente) é mais eficaz que qualquer indivíduo com todas as suas peças orgânicas em questionável funcionamento, incapaz de ser criativo em sua total potencialidade. Pois se nossa consciência atravanca e censura a criação de um certo universo particular, nossas entranhas cerebrais ignoram a moral e os bons costumes, e louvado seja… Então, essa pacata dona de casa, mais magra e comportada que uma pin up, percebe o seu suor e tremor a exortar sua trancafiada sensualidade…para quem não sabe o que é “exortar”…é estimular, animar, excitar…E essa fisiologia fora do controle se manifesta no momento em que ele vê pela sua janela, um monstro (literal), tudo bem que debaixo de todo aquele pelo estava Robert Downey Jr…mas bolas..poderia ser Woody Allen… Diane perde completamente seu controle, chegando a invadir a casa do belo monstro, em uma das cenas mais belas-bizarras, passeia pelo corredor de sua casa com inúmeras fotos de aberrações, as quais ela se sente completamente atraída. A convivência de Diane com “o monstro”, cria uma paixão, e pasmem, de caráter sensível e romântico. Essa paixão, transforma completamente Diane em uma pessoa “com vida”, passando literalmente a vestir a pele desse seu amor passageiro. O marido? O marido espera…espera de uma forma que mais uma vez o amor é caracterizado em sua real plenitude, como aquela velha metáfora: deixa a porta da gaiola aberta que o pássaro volta. O amplo dessa história, é raciocinar quais as bizarrices que aprisionamos, quais somos capazes de cumprir, digo, de maneira segura e obviamente sem transgredir às claras, a ordem social. Como um casal pode se manter sadio sem aceitar ou explorar esses aspectos transgressores que irremediavelmente fazem parte da nossa natureza.Como transformar isso em uma brincadeira…pois eu já vi diversos transformarem isso, em uma tragédia grega. Bizarro é simplesmente se tornar um animal louco, por crer que reprimir instintos, é o remédio para nos tornarmos seres civilizados. Me pergunto se é neste órgão entre as pernas, tão rejeitado, escondido, desejado…que se encontram nossos conceitos de crescimento humano, intelectual, social, afetivo…Bizarro realmente, pois pensamos, agimos, criamos regras sociais em função de sentir vergonha da parte que nos permitiu simplesmente, existir. Terminando com Fernando Pessoa: “A beleza de um corpo nu só a sentem as raças vestidas. O pudor vale sobretudo para a sensibilidade como o obstáculo para a energia”
O tempo é opressor ou dadivoso? Isso o filme Mr. Nobody nos leva a refletir, quando nos aponta que todas as nossas escolhas, são feitas através desse senhor relativo tempo. Pois só sabemos o que ele significa por que nossa natureza conhece nascimento e morte, começo e fim, juventude e velhice e assim por diante. Sob as pressões sociais de cada etapa da vida, tomamos decisões compulsórias, que quase nunca casam com os nossos desejos.
O livre arbítrio faz de nossas vidas, enormes árvores, de milhares de galhos de sonhos não realizados, pois estamos sempre em um só um galho de uma multidão de nossas possíveis escolhas.
Os “se” da vida…”se eu tivesse superado”, “se eu tivesse desculpado”, “se eu tivesse tido coragem”…vão se transformando em realidades paralelas, quem sabe até, fantasias vividas com mais intensidade que a própria realidade, e no fim das contas, talvez não importe os fatos reais: somos um conjunto bizarro do que realizamos e dos sonhos que abandonamos.
Mr. Nobody sou eu, você ou qualquer um que assistir a essa história, se dando por conta de o quão fugaz é a vida.
É um momento para pensar não simplesmente no nosso cotidiano, mas no milagre da vida e do universo, o desconhecido universo, cuja existência por ser um simples sonho de uma criança de 9 anos, que o seu acordar, pode modificar tudo.
Das vezes em que estive frente a frente à uma obra de arte, não tive fôlego para refletir sobre suas nuances, técnicas, fórmulas ou sequer detalhes…a sensação me tomou, em seguida, as reflexões geradas por essas sensações.
Ao assistir filme “Os Indomáveis”, eu me senti em paz, senti que os meus valores de “ heroísmo e banditismo”, “bondade e e maldade”, não andam por aí solitários, e há quem enxergue que no ser humano, essas forças se misturam e sendo assim, podemos encontrar no maior dos mercenários alguma dignidade, assim como em um pai de família é digno de ter seus momentos de fraqueza e isso não faz com que ele perca a chance de ser um herói.
Pensei muito nos meus dois filhos, e o quanto eu gostaria que eles pudessem enxergar o que eu contenho de bravura, e que, eles a tomassem como exemplo. O pavor dos pais, creio eu, é ter filhos indignos, ao menos deveria ser… Mas, a dignidade não é medida em uma balança, e existe o contra-peso “fraqueza”, que sempre, infelizmente, é levado mais em consideração, e sempre soterra inescrupulosamente o orgulho dos indivíduos, principalmente dos homens.
Quais são nossos valores¿ Ah sim…nossos valores Cristãos sempre vão ter o seu merecimento… haveria de ter merecimento também, todas às vezes que avaliássemos o comportamento humano, mesmo que, do aparentemente, mais miserável dos homens, pois nele certamente alguma centelha de honra também haverá de existir.
Não vou falar dos detalhes do filme, ou de seus personagens, precisamos aprender a nos calar em determinadas horas e parar de medir, mensurar, avaliar, catologar…simplesmente contemplar e refletir já faz a diferença.
O filme mostra diversas tribos que foram se desenvolvendo quase simultaneamente, e através delas podemos compreender a evolução subsequente à conquista do fogo, como a criação das armas, formação de rituais, condução do comportamento sexual…
Engraçado que nesses últimos dias, conversando com Bruno Costa (colunista e marido), sobre a utilidade dos “contos de fadas” e de alguns outros tipos de histórias, como de super heróis, falávamos sobre “a ligação dos personagens fictícios com as nossas próprias personas”. E para explicar o que é persona, o filme “Clube da Luta”, me pareceu bastante plausível, como vocês verão mais a frente. Comentamos que esses personagens fictícios, quando encontramos com ele, uma ligação com uma de nossas “Personas”, a história exerce em nossa mente, sem que tenhamos o domínio dessa consciência: a movimentação de nossas forças psíquicas, sendo mais clara, através de nosso inconsciente, e movimentado pelos nossos sonhos.
Toda história que ouvimos tem duas interpretações: a da “realidade social, ou externa”, e o que chamei de “Observatório psíquico, ou realidade interna”.
Vocês podem pensar neste momento: Mas os autores então, tem o total controle desses dois universos quando criam através de uma história, um “verdadeiro universo”. A minha resposta, sempre intuitiva: Uns sim, outros não, mas…mesmo os autores que não planejaram a comparação desses dois mundos, devemos nos lembrar que o inconsciente, age de forma muito mais poderosa que o consciente. Exemplificando: Tolkien tinha conhecimento dos símbolos, J. K. Rowling não apresenta um currículo da mesma altura, porém sua intuição (ligação do inconsciente com a realidade), promove milagres.
Falar tudo isso para falar de “Clube da luta”, assisti faz uns anos atrás, quando na verdade, eu acha que ainda era um pouco retardada…e não achei nada demais…revendo hoje, achei uma das mais sensacionais obras já vistas. A princípio, tudo parece ser uma simples crítica a sociedade de consumo, e aqueles mesmos que possivelmente, patrocinaram o próprio filme e não tiveram a capacidade de perceber o deboche a sociedade americana, por que no final das contas, tudo não passa de um grande delírio, de um homem, que…ao perder o vínculo com a sociedade de consumo, se tornou um louco, um psicopata, como se o único caminho para nos separarmos dessa realidade, fosse o caminho extremo: o da loucura. “Caso vocês pensem em não ser como são, cuidado, irão para o lado extremo”.
Mas não, a história é brilhante e embute uma trama psicológica, assista o filme e pense nele de duas formas: como sendo uma realidade externa e interna, ao pensar na realidade interna, você compreenderá cada personagem, como uma faceta da sua própria mente, ou seja, cada uma de suas personas.
Os homens tem uma força feminina em sua mente, que chamamos de “ânima”, é a “mulher” da mente masculina, sim, ela existe…é um conjunto de forças femininas costuradas pelos exemplos vistos, mãe, namoradas etc…(assim como mulheres são comandadas por forças masculinas, o “ânimus). A ânima no Clube da Luta está representada pela Marla, o Tyler Durden, pode ser comparado ao ego, que descontrolado começa a fazer escolhas erradas, levando o indivíduo a uma parte mental negativa (que pode ser simbolizada por uma casa velha) e nesta parte encontramos nossas “sombras”, que são nossos “personagens renegados”.
Quando sonhamos, simplificamos tudo a: um ambiente específico (local da mente) e personagens (personas ou forças psíquicas), sendo o nosso sonho e até o pesadelo, ações psíquicas curativas para nossas mente, bom, daqui para frente, se tiver um pesadelo, lembre de “Clube da Luta”, se da outra vez que vi, não compreendi, dessa vez pra mim ficou claro: nossa mente é o cenário real desta história.
O filme conta a vida de George Bailey , um personagem admirável, e o filme tem uma essência atualmente morta, pois fala de valores. O filme é de 1946, e provavelmente foi um dos, ou “o” primeiro a utilizar a temática “olha o que seria desse mundo sem você”, acho que não sou a mesma crítica depois que o assisti, pois vou olhar todos os filmes deste estilo como “filhotes” de George Bailey. Esse filme tentou alertar aos Estados Unidos, que o consumismo e os valores superficiais estavam chegando, talvez 90% da população americana que assistir hoje em dia vai dizer: “George Bailey é um idiota que desistiu dos seus sonhos e sucesso, pois o que conta é atingir sua meta”. O mundo seria realmente diferente com George Bailey, seria excelente ressucitá-lo. Me identifiquei totalmente com o filme, não que eu seja tão resignada a ajudar como George, mas sim..todos os possíveis planos que tentei fazer durante meu caminho, entrei em cruzamentos que me desviaram desses planos. Pois é disso que o filme fala, desse adversário invisível chamado “Imprevisto”, aquele que nossos pais não costumam explicar quando falam de sucesso . Eu peço que assistam, e que mostrem para todas as crianças com as quais vocês leitores, convivem, pois nossos pais também não aprenderam,e por isso não podem nos ensinar que felicidade não se compra.
Pai, filho e espírito santo? É o que as entrelinhas do filme “Árvore da Vida” mostra?
É possível viver o mundo da natureza e o mundo da graça?
É impressionante observar a quantidade de filmes filosóficos que estão surgindo, questionando a quase instituição “morte”, como “Árvore da vida” e “Melancolia”.
Num tempo em que a ciência está desvendando a todas as criações, qual mérito será atribuído a “Deus”?
O mundo está se dirigindo para um destino óbvio, onde para nos mantermos vivos precisamos nos agarrar a releituras de nossos próprios cultos e crenças, e o cinema é apenas uma das artes que está “lendo”, ilustrando essa mudança de pensamentos.
O cinema tem mostrado a obviedade dos nossos medos, principalmente o da morte. Num mundo imediatista, o consumo é tanto que sequer temos tempo para pensar de onde viemos, e que a morte , como meu irmão citou brilhantemente em sua crítica do filme Melancolia:
“E se fores filósofo não sentireis nem um pingo a mais de terror no coração, sentado num escaler baleeiro, que diante de vosso fogo noturno, com um atiçador e não com um arpão ao voso lado.”
Estamos finalmente concluindo que a morte não é comparável a uma baleia, esta podemos evitar, a morte é nossa única certeza, sendo assim, a vida tem que fluir. Sem atiçador ou arpão. A ignorância nos faz personificar a morte, como se ela fosse um personagem que podemos combater. Não podemos, só nos resta largar as armas, e torná-la nossa amiga, aquela que não queremos em nossa casa, mas que vamos distraí-la enquanto ela não entra.
Essa “amiga morte”, também tem que cumprir o papel de nos mostrar que somos animais. Ela diz que não precisamos saber absolutamente nada sobre ela: os animais não sabem e a encontra da mesma forma. Todos os seres que por este planeta passaram, tiveram que obrigatoriamente ceder passagem a ela. Um “pai” deveria aplacar nossos medos? Ou deveria nos mostrar que temos mais irmãos do que concebemos ou acreditamos?
Por que temos mais irmãos, animados ou inanimados. Somos todos criação, criaturas, tenha ou não uma “mente inteligente” por traz desse milagre que é o Universo, é e sempre será assim.
Testemunhar que nossa origem pode não ter sido como os religiosos nos mostraram, não desqualifica “Deus”, essa provável mente que nos criou assim como o todo resto. Pode ser que não tenhamos sido criados ou surgidos para ser “o topo da cadeia alimentar”. Pode ser que ele nos tenha criado simplesmente para testemunharmos as suas criações, contemplá-las, e sendo sua imagem e semelhança, conservá-las. É isso que estamos fazendo?
Não! O que estamos fazendo é jogar para dentro de nós mesmo, todo esse universo de forças esdrúxulas que nós mesmos criamos: Somos o pai prepotente, a mãe omissa e submissa, o filho consumista e egoísta, o espírito que hipocritamente, se vê santo.
Ouçamos a nós mesmos nesse momento. Quebremos nossos milenares paradigmas. Aceitemos o que não sabemos AINDA explicar. Mas principalmente aceitemos o óbvio: Cumpramos o destino de fazer parte de uma grande família, que enquanto não sai de viagem, precisa arrumar a casa, mesmo tendo medo de não voltar dessa viagem.
O filme é de 1966, e eu fico pensando no impacto que este filme teve sob o público de sua época: provavelmente foi o terror da moral e dos bons costumes e deve ter servido de “influência maligna” para as desquitadas e solteiras assanhadas.
Com uma narração que vai se aprofundando em cada personagem de forma quase surreal, esse filme usa a linguagem solta semelhante a técnica de literatura da própria Virgínia.
O filme mostra um casal, que nos dias de hoje talvez ainda fosse considerado moderno…mulheres mandonas, maridos aproveitadores, simbioses nas relações matrimoniais.
O peso da fantasia no sustento das relações, a ambiguidade do ser humano mostrada de forma teatral, metafórica em ambiente completamente intimista.
Esse filme criou escola: Se percebe claramente em filmes como “Carnage”, a influência desta obra.
Prender o público com 4 personagens não é pra qualquer um, poucos tiveram essa coragem e dos poucos, quase nada restou de valor.
O filme é um marco, e certamente representou um marco da libertação feminina, com toda a liberdade e sensualidade encarnadas por Elisabeth Taylor, inclusive no momento “insinuante e escandaloso”, em que ela aparece na sala vestindo uma subversiva calça jeans.
A música “Quem tem medo de Virgínia Wolf” criando um clima no filme, que deveria ser perpetuado…Quem tem medo de Virgínia Wolf? Uma das primeiras mulheres que teve a ousadia de ser ela mesma e findou seus planos em pedras afundando seu corpo em um lago e imortalizou sua alma a libertando nos livros.
Mulheres, assistam esse, “As Horas”, e leiam seus livros iniciando de preferência por “Contos Completos” e “Mrs. Dalloway”.
Depois de ter devorado “Sonhos” pela quinta vez na vida, tive a pretensão de tentar interpretar os contos, os decifrando como sonhos reais. Impossível! Se já é difícil desvendarmos o universo particular de cada um de nós, ocidentais, que dirá tentarmos decifrar o universo simbólico do oriente.
Em alguns dos contos de sonhos, essa moeda apresenta seu lado reverso e os orientais nos mostram a sua visão sobre o ocidente.
Logo no primeiro conto: “Um raio de sol através da chuva”, um menino desobediente e induzido pela própria mãe a cometer harakiri, após desobedecê-la e ir para o meio da floresta assistir o casamento das raposas…que se dane qualquer mensagem: Entrem na dança da marcha das raposas e se deixem levar pela beleza dessa misancene de movimentos ritmados pela música, quase transe.
No “Horto dos Pêssegos”, um menino é atormentado pelos espíritos das árvores, que pretendem o condenar pelos erros destrutivos dos seus pais, o espetáculo neste conto é a própria ilustração da natureza através dos “espíritos das árvores”, assim como a breve inserção no início do conto no universo das “Maikos”, que são as aprendizes de gueixas.
Em “A nevasca”, sintamos como o silêncio, o branco total, o vento e seus sons, podem traduzir o esforço humano pelo seu instinto de sobrevivência. A mente do líder transformando a catástrofe em ideais de motivação.
“Corvos”, é o link do oriental com o ocidental, ilustrado por Van Gogh, que realmente iniciou seus estudos baseado na arte japonesa, inclusive muitas de suas pinturas de árvores, se assemelham ao “universo do Salgueiro”, que nada mais é que o o “Karyukai” ou “Universo Flutuante” das gueixas. Esse conto é um espetáculo e tenta absorver as pinturas de Van Gogh trafegando com o próprio pelas suas paisagens, o conto termina de dando de presente a sensação de ter caminhado atrás do pintor.
Em “O túnel”, um oficial sente o peso de sua responsabilidade conversando com os soldados mortos e sendo perseguido por um cão cujos latidos são bombardeios, o clima da morte pode invadir o nosso próximo pesadelo, e a próxima entrada em um túnel físico, será uma experiência.
“Monte Fuji em Vermelho” parece uma previsão óbvia do que realmente já houve: o terremoto do Japão explodindo usinas, a destruição científica substituindo as criações positivas, males tanto do ocidente quanto do oriente.
O “Demônio Chorão”, sinta o mal do mundo e a degradação humana, as diferenças humanas representadas pelo canibalismo das bestas, que são classificadas pela quantidade de chifres que apresentam.
“Povoado dos moinhos” nos mostra a simplicidade de um mundo ideal, através do respeito aos idosos, a natureza e aos mortos.
Nenhuma das histórias de “Sonhos”, foram feitas para serem dissecadas, mas para serem sentidas em sons, climas, cores, como estar em um imenso inconsciente coletivo…o filme existe para nos passar mensagens que são óbvias e nossos nós cegos não nos permitem sentir.
Holy Motors
3.9 652A mensagem é fantástica, quando refletida sob o nível da psicologia.
Gattaca, uma Experiência Genética
3.9 649 Assista AgoraPra mim, o último filme excelente do tema ficção científico. A exposição de um futuro onde a "qualidade genética", é o que mais importa.
Órfãos da Guerra
4.0 57Lindíssimo e retrata o caso real, de um inglês que salva uma pequena comunidade de crianças chinesas.
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraFascinante, mostra através da história das gueixas, o quanto uma fachada submissa, pode esconder uma forma feminina de manipulação, com inteligência e ao mesmo tempo delicadeza.
Fúria de Titãs 2
3.0 1,7K Assista AgoraComecei a assistir Fúria de Titãs 2, curiosa para saber qual epopéia, encaixariam nesta franquia. E de começo fiquei admirada ao compreender que era uma história inventada, com foco em um dos “domínios” Hades: Tártaro, o inferno do paganismo, o mais comparado a imagem do inferno Cristão, em algumas versões aprisionava as piores almas e em outras apenas deuses inferiores e titãs.
Basta se compreender, que o Concílio de Nicéia, ilustrou, inventou, uma imagem de Jesus indo fazer um acordo com Hades, para libertar todas as almas, obviamente essa alegoria criada, tinha por objetivo, não só matar os antigos deuses e principalmente as deusas, mas também, “passar o cajado” de controlador do céu e inferno, para o pobre e já morto Jesus.
Qual seria mesmo o símbolo do cristianismo? Ahh, o peixe! Hélio, filho de Perseu, ao final da história, segurando sua pequena faca de madeira, em forma de cruz, diz: Não é tão ruim assim ser um pescador…
Percebam que as divindades antigas, não possuiam um cunho maniqueísta, sendo assim, Zeus era capaz de uma atrocidade e atos motivados por desejos de vingança, assim como Hades era capaz de um ato de bondade.
Então, com meus argumentos acima, peço que percebam no filme, um forte questionamento, de o quanto a morte desses deuses (lógico que falo da morte simbólica), enfraqueceu a natureza humana, pois estes seres mitológicos, eram espelhos complexos, ricos e positivos para as civilizações gregas e romanas.
A nossa grande sorte, é que por mais que essas imagens tenham sido sufocadas durante os últimos séculos, os engendros de nossa mente as aprisionaram no melhor sentido possível, e nos nossos sonhos, nas nossas ações inconscientes, essas forças nos tomam o poder para agirmos como heróis em epopéia, pois pobre de nós se dependêssemos apenas das prisões morais das figuras cristãs.
Meus aplausos para os criadores desses filmes, e até para os idealizadores de games, que ajudam, até dentro do silêncio de lares cristãos, a riqueza arquetípica do paganismo (escrevo aqui tranquilamente, na certeza de que os pais cristãos não vão compreender e ainda vão comprar God of War para os seus filhos jogarem em quanto eles estão na missa).
Eu deixo aqui meu repúdio, pelo fato de que nenhuma dessas epopéias feitas até hoje, assumiu as temáticas femininas, o que me leva a crer, que o Concílio de Nicéia, conseguiu cumprir seu papel de sufocar todas as deusas que existiam e suas riquezas de personalidade, na única e submissa imagem de Maria.
Admirei a boa intenção subliminar dos criadores do filme, lançando um ACORDAAA, para os expectadores, que infelizmente em sua maioria, não vão enxergar essas sutilezas…Mas vou aguardar sentada, histórias sobre Deméter, Perséfone, Atenas, Hera, ou até sobre ninfas…como Eco (nessa as mulheres atuais poderiam se reconhecer)…
Fiquem com Zeus!
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KAcho o filme excelente, mas pra mim, é uma tentativa do Woody, de ser Almodóvar...
O Mágico
4.1 320Emocionante, pra mim o filme fala da própria história do cinema, através da figura do mágico.
Stella
3.9 108Cotidiano de uma menina francesa, típica menina nascida na década de 70. O filme vai a mostrando como uma menina tão culta, que passa a ser burra na própria escola.
A Menina no País das Maravilhas
4.1 405O filme aborda de forma bastante poética, a intensidade com que as "diferenças" de crianças sob o rótulo das doenças, são um diferencial, que pode vir a ser um benefício social, como no caso da Phoebe, personagem central do filme. A "deficiência" dela confere aos seus convívios, uma atividade emocional de maior intensidade, que o "normal".
Os Sinos de Anya
4.4 40Não é um blockbuster, por que? Provavelmente, nossa sociedade de filhos perfeitos, não se preocupe com o mal que não bate a sua porta. Por isso pretendo listar mais a frente uma série destes filmes que podem elucidar dificuldades infantis.
Bom, a história se passa em meados da década de 60, e me pergunto, se ainda hoje, os educadores, estão preparados para julgar as diferenças e dificuldades cujo problema não está estampado no rosto da criança, pois só compreendemos o que damos nomes, e só damos nomes ao que vemos com nossos olhos.
Na escola, era julgado como burro, não conseguia ler e estava desistindo dos estudos, ao conhecer Anya, uma senhora cega fascinada por identificar sinos, ao ver a dificuldade de leitura do menino, o ensina a ler em braile, resultado: Ele lia perfeitamente. Sendo assim Anya o encaminhou para um centro de auxílio a disléxicos, e nessa história real, ele tem a possibilidade de ter um futuro brilhante.
Para se pensar: Hoje ainda, quantas crianças com dificuldades ainda não “rotuladas”, tem seu futuro desviado pela nossa ignorância. Nesse mesmo estilo não percam “A menina no país das maravilhas”, que desvenda a “Síndrome de Tourette”.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KAs ordens dadas pelo fauno ou Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Residia em grutas e vagava pelos valFes e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
Personagens
Forças auxiliares:
Mercedes:
Mercedes é a mulher já em sua totalidade, paralelamente à provas apresentadas a Ofélia, o filme vai demonstrando que Mercedes já é possuidora das ferramentas, cujas provas vão entregando para Ofélia: A chave e o punhal.
O médico:
O personagem do médico ligado a segunda prova de Ofélia , simboliza a razão, as decisões pensadas que Ofélia deveria tomar, antes de morrer, ele fala para o ditador: “Apenas pessoas como você seguem regras sem questioná-las.” (frase ligada ao momento em que Ofélia PARECE ter perdido a segunda prova, quando não segue uma negativa do fauno, e come as uvas). Usa o remédio na hora certa.
Força negativa:
A mãe:
A mãe biológica de Ofélia, representa a mulher fraca e sem forças, a psique feminina adoecida e dependente. Praticamente a figueira adoecida. A mangrágora (a planta que queria ser gente) fornece forças para salvar a mãe, cedendo a ela, e não à criança, uma força da natureza que ela não continha. O leite e o sangue tornam a planta um misto de mãe, ser vivo e planta. Quando ela se queima, a mãe pari, porém morre.
O Padrasto:
Representa todo o mal do mundo, suas maldades e seu papel de ditador representam todas as forças predadoras de nossa mente, praticamente o sapo por debaixo da Figueira.
- A PRIMEIRA TAREFA: “… os animais, os homens e as criaturas mágicas dormiam juntos embaixo da sombra de uma enorme árvore (Figueira) que cresce na colina perto do moinho, mas agora a árvore está morrendo, seus ramos estão secos e seu tronco preto e torcido. Debaixo de suas raízes há um enorme sapo albino que retira a força da árvore…”
Nesta primeira prova, Ofélia tem que entrar na Figueira que estava quase morta, em suas raízes havia um grande sapo que tem que comer três pedras para que este libere uma chave e também liberte a árvore. Quando o sapo engole as pedras, ele vomita uma gosma e junto a chave.
Figueira=igreja
Sapo= parasita, guerra, idéias do mal (a guerra minando as idéias cristãs)
Três pedras: pai, filho e espírito santo
Dentro da figueira residiam o homem, o animal e os seres mágicos
Chave= a primeira libertação, a chave para a próxima prova, coragem.
- A SEGUNDA TAREFA: Entrar no mundo do devorador, usar a chave para pegar uma faca/punhal, não tocar de forma alguma na farta mesa de comida, não comer nem beber nada. Teria que cumprir esta tarefa em tempo determinado, caso contrário a passagem se fecharia.
É dito para Ofélia, que ela deve seguir regras, mas ela não segue.
Fadas: Auxílio da intuição, da luz.
Conviver e entrar no mal, e pegar apenas o conhecimento necessário.
Comer a uvas: pode ser considerado o usufruto do pecado, mas na arte cristã, muitas vezes as uvas representam o sangue de Cristo.
Punhal: Força de defesa. (Mercedes paralelamente a essa prova, fere o ditador com um punhal, anunciando a ele, que o fato dela ser mulher, o fez acreditar em sua fraqueza-inocência, quando ela na verdade, mesmo não seguidora de regras, aliás, o fato dela não seguir regras é o que a mantém viva).
O monstro com os olhos nas mãos: A maldade no sentido mais amplo, a única visão está nas mãos, no pode ser pego, na matéria. Ser totalmente subtraído de espírito, só acredita na existência do material. Ele fica inerte, a não ser que se toque no seu “alimento”.
- A TERCEIRA TAREFA: A terceira e última prova é também a mais difícil. Ofélia tem que levar o irmão recém nascido ao centro do labirinto quando a lua estivesse cheia, para regressarem ao reino.
Na verdade Ofélia tem que não derramar sangue de inocente.
A imagem da morte simboliza uma situação arquetípica da mais alta numinosidade. É quando o inconsciente invade a vida e nos arrasta de tal maneira que nós não conseguimos nos subtrair ao seu poder. Normalmente, as imagens de morte em sonhos, fazem alusão à morte iniciática que nada mais é do que morrer para um estilo de vida profano, acompanhado de um renascimento espiritual. Completude do Self.
Monstro da segunda prova criado por Hans Ruedi Giger (H.R.Giger), realista fantástico com influências do surrealismo, incluindo Bosch, e Dali, Giger também trabalhou em produções cinematrográficas, é também projetista do Alien.
Outras Referências contemporâneas:
Zdzis?aw Beksi?ski
Rob Gonsalves
Pois é, a “oferta” desta crítica é para as mulheres, no dia internacional da mulher, nada melhor que o Labirinto do Fauno, para a nossa mulher atual, que acima de procurar por um príncipe, pensa em ser completa, independente do que isso possa significar para ela.
Fiquei assistindo hoje pela televisão, algumas pessoas traduzindo o que seria para si, uma “mulher poderosa”, cerca de 50$ interligou esse poder à imagem de uma mulher com sucesso financeiro, sim o sucesso financeiro é importante, mas como “ponto final” ou como vírgulas, de uma vida que tem que ser acima de tudo, prazerosa…o que é prazer¿ Cada mulher que tenha também o seu conceito de prazer bem delineado.
Eu particularmente, não concordo em permear esse conceito de poder, ao dinheiro, pois em muitos momentos na vida, podemos passar por dificuldades financeiras, em função ou de não conseguir, ou não priorizar isso no momento, e isso não faz com que uma mulher seja menos poderosa, me preocupo que as mulheres se adequem a esses conceitos, que foram criados justamente pelo homem.
O meu conceito de mulher poderosa é de uma mulher que aproveita o diferencial feminino: Seus instintos mais fortes, sua intuição, seu poder de influenciar os filhos, o seu carinho…pois paremos para pensar, esses tais conceitos masculinos montaram esse mundo sem sentido, à caminho do fim.
A mulher pode trazer de volta a índia, e vários outros personagens em extinção, segue minha poesia para todas as mulheres atuais:
Desculpem queridos, mas me libertei! Descobri que não vim das suas costelas. Não quero carregar o pecado original, muito menos quero esperar o guerreiro voltar, tecendo um enorme tapete que não termina nunca.
Entendi que todos nós carregamos grilhões invisíveis, e cerramos os olhos todas as vezes em que um filho nasce e consentimos que esses grilhões até se multipliquem.
Entrei em um estado, em que eu compreendi que 95% do que falo, não vem de mim, vem dos meus pobres antepassados, que lutam dentro de mim para que eu possa libertá-los. E conhece-te a ti mesmo, falou claramente o nosso profeta, cujos forças foram massacradas por aqueles, que tiveram a falta de decência de ilustrar Jesus matando Hades, e libertando a todos do inferno, mostrando que sempre temos apenas 2 saídas e 2 forças opostas, duas torres a serem bombardeadas. Eu tenho, como a todos vocês, um vasto universo interior, disposto ao um novo Big Ben para separar todos os meus independentes fragmentos que foram forçadamente acorrentados uns aos outros.
Além de não ter vindo da costela, não vou permitir que Atenas me puna, e faça com que a essência dos meus olhares, transforme os homens em pedra. Tenho dentro de mim todas as guerreiras, todas as deusas da mitologia, todas as prostitutas de Pompéia, Oshóssi e Yansã, Santa Barbara e Santa Clara, Maria e Madalena, minha avó e minha mãe…todas que morreram decapitadas, degoladas ou esquartejadas. Elas estão aqui e não querem mais se calar. As que apanharam, as que se prostituiram, datilógrafas, professoras e além da Joana, vou tirar a vocês todas da minha fogueira.
A fogueira abrandada mais ainda existente… a fogueira mais competente por se fazer de invisível, não me coloco mais a disposição para o segundo plano.
Sim, eu posso estar enlouquecendo, pois na fervura das minhas idéias, expulso de mim todos os personagens ruins que me inflluenciam, tudo que me faz andar sentindo um enorme peso nas pernas. Descobri que o nosso protótipo teste, tinha asas, que foram podadas vagarosamente em cada passagem da história, a omissão deste fato, faz de mim uma réptil, uma cobra, e se isso acontecer, eu volto, e encorajo novamente a nova Eva comer a maçã, esclarecendo que está ainda dentro dela, o paraíso.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista AgoraEm 1973, época da produção do filme, falávamos de “normalidade e loucura” de forma excessivamente simplista: Taxi driver mostra “ O LOUCO”, pior, um estrangeiro louco dentro dos Estados Unidos.
Esse tipo exposição é por demais perigosa, lembrando que a criação de mitos é um organismo vivo. Ex: Provavelmente depois de Taxi Driver, os indivíduos passaram a olhar uns aos outros simplesmente como seres do bem ou do mal (na verdade isso vem de mais longe). E, baseados nessa crença, produzimos centenas de Taxis Drivers…
Na tentativa de “reparar” esse erro, a sociedade, principalmente a sociedade médica, têm segmentado, classificado essas loucuras, dando nomes a “conjuntos comportamentais estranhos”, ou seja, o remendo ficou pior que a encomenda, pois na verdade, a maioria dos nomes dados, não passam de semântica para definir um “diagnóstico”.
Chegando nesse ponto, as expectativas sobre o ser humano em geral se tornou mais pesada: antes desses “enquadramentos” quando nossos filhos nasciam, temíamos pelo seu futuro, apenas se víssemos algum distúrbio óbvio na compleição desse ser humano, como por exemplo, uma síndrome de down. Hoje, sabemos que distúrbios mentais, nem sempre nascem carimbados em nossa fisionomia…amplificando mais ainda esse fenômeno: se formos considerar e classificar todos os tipos de comportamentos humanos, poucos ou quase nenhum, seria classificado como são.
Precisamos nos atentar que essas classificações não são úteis, não resolvem o problema deste “doente”, e ainda cria guetos e uma sociedade intolerante, onde só aqueles que passam pelo crivo da normalidade, são aptos à sobrevivência e ao mercado. Sendo assim, cada vez menos temos a possibilidade de uma sociedade igualitária, pois uma sociedade é igualitária na verdade, quando temos o DIREITO de sermos diferentes.
Creio que os diretores atuais, já se atentaram para o poder que tem em suas mãos, e acreditemos que toda vez que for contada a história de “um louco”, se tenha a humanidade de analisar, que quanto menos oportunidades de sociabilidade os diferentes tiverem, mais “desculpas” vão ter para se tornarem assassinos. A receita é não generalizar um indivíduo como louco e muito menos o classificar como uma nova espécie de ser humano, mas sim, compreender as raízes de nossas loucuras coletivas para apartir dela, conseguirmos imunizá-la.
A primeira vez que assisti era criança (que loucura), a lembrança que eu tinha, era de ser um filme deprimente…reassisti, e não deixa de ser. Taciturno: Que fala pouco; calado, silencioso. Triste, tristonho…Assim estourou o primeiro personagem de De Niro, como vários protagonistas de Scorcese, um ser amoral, faz as coisas erradas e por pura sorte dá tudo certo. Neurótico, talvez Taxi Driver seja o pai de diversos filmes sobre neuróticos, como Psicopata Americano, Um dia de Fúria, Atentado a Columbine (ops, isso foi real), pessoas a beira de ataque de nervos em função de suas frustrações. Assistir filmes da década de 80 para trás, Taxi Driver é de 73, é sempre um espetáculo, imagino um jovem de uns 20 anos assistindo e sendo consumido por vazios tecnológicos que obviamente não compõem esses filmes: escritórios com carpetes cinzas, máquinas de escrever e apontador de mesa são o must. Não tenho poder de incentivar, mas vale a pena, voltar no tempo através dessas produções, dar gargalhadas pelos recursos que eles não tinham, e chorar pelo que perdemos.
Voltado ao “isso foi real”, neste filme você começa a observar que os diretores foram assumindo uma certa ética, eles sabem em que influenciaram…os preconceitos eram citados de forma nua, crua e incentivadora, é consolador assistir Taxi Driver e ver que isso melhorou um pouco.
A Pele
3.6 264” Nos rimos da igreja, que até hoje faz propaganda do celibato. Mas…somos nós, religiosos, hereges ou ateus, os maiores celibatários da natureza. Enganando-nos uns aos outros, para massacrar nossa natureza cruelmente taxada de “vil”. Acreditamos que conservar família é sinônimo de reprimir desejo. É sinônimo de ter a posse, ria-se: da genitália alheia. ”
A Pele é um filme protagonizado por Nicole Kidman, formando um estranho par com robert downey jr(Diane Arbus nascida 14 de março de 1923, em New York, suicidou-se 26 de Julho de 1971,foi uma fotógrafa americana, célebre por seus retratos.Diane Arbus começou a fotografar com Allan, seu marido.
Depois de se separar, aprendeu com Alexey Brodovitch e Richard Avedon.Fonte Wikipédia) Bom, mas vamos para a licença poética da película:
Recatada e reprimida dona de casa, ajudava ao seu primeiro marido a montar os cenários e fotografar típicas imagens de consumo, de donas de casa americanas. A interpretação de Nicole nessa sequência, antes de sua “tranformação”, exala recato, impulsos reprimidos e infelicidade, a infelicidade de todos aqueles que não enxergam a possibilidade de cumprir seus desejos, desejos…aquelas moedas que pagam nosso passaporte para o inferno…humpf…
Alerto aos meus queridos leitores, que quanto mais aprisionamos esses tais “personagens desejos”, maior é a força a qual o transforma.
Sendo nossa própria mente a prisão deste inocente (o desejo), essa roteirista inconsciente (a mente) é mais eficaz que qualquer indivíduo com todas as suas peças orgânicas em questionável funcionamento, incapaz de ser criativo em sua total potencialidade. Pois se nossa consciência atravanca e censura a criação de um certo universo particular, nossas entranhas cerebrais ignoram a moral e os bons costumes, e louvado seja…
Então, essa pacata dona de casa, mais magra e comportada que uma pin up, percebe o seu suor e tremor a exortar sua trancafiada sensualidade…para quem não sabe o que é “exortar”…é estimular, animar, excitar…E essa fisiologia fora do controle se manifesta no momento em que ele vê pela sua janela, um monstro (literal), tudo bem que debaixo de todo aquele pelo estava Robert Downey Jr…mas bolas..poderia ser Woody Allen…
Diane perde completamente seu controle, chegando a invadir a casa do belo monstro, em uma das cenas mais belas-bizarras, passeia pelo corredor de sua casa com inúmeras fotos de aberrações, as quais ela se sente completamente atraída.
A convivência de Diane com “o monstro”, cria uma paixão, e pasmem, de caráter sensível e romântico. Essa paixão, transforma completamente Diane em uma pessoa “com vida”, passando literalmente a vestir a pele desse seu amor passageiro.
O marido? O marido espera…espera de uma forma que mais uma vez o amor é caracterizado em sua real plenitude, como aquela velha metáfora: deixa a porta da gaiola aberta que o pássaro volta.
O amplo dessa história, é raciocinar quais as bizarrices que aprisionamos, quais somos capazes de cumprir, digo, de maneira segura e obviamente sem transgredir às claras, a ordem social.
Como um casal pode se manter sadio sem aceitar ou explorar esses aspectos transgressores que irremediavelmente fazem parte da nossa natureza.Como transformar isso em uma brincadeira…pois eu já vi diversos transformarem isso, em uma tragédia grega.
Bizarro é simplesmente se tornar um animal louco, por crer que reprimir instintos, é o remédio para nos tornarmos seres civilizados. Me pergunto se é neste órgão entre as pernas, tão rejeitado, escondido, desejado…que se encontram nossos conceitos de crescimento humano, intelectual, social, afetivo…Bizarro realmente, pois pensamos, agimos, criamos regras sociais em função de sentir vergonha da parte que nos permitiu simplesmente, existir.
Terminando com Fernando Pessoa:
“A beleza de um corpo nu só a sentem as raças vestidas. O pudor vale sobretudo para a sensibilidade como o obstáculo para a energia”
Sr. Ninguém
4.3 2,7KO tempo é opressor ou dadivoso? Isso o filme Mr. Nobody nos leva a refletir, quando nos aponta que todas as nossas escolhas, são feitas através desse senhor relativo tempo. Pois só sabemos o que ele significa por que nossa natureza conhece nascimento e morte, começo e fim, juventude e velhice e assim por diante. Sob as pressões sociais de cada etapa da vida, tomamos decisões compulsórias, que quase nunca casam com os nossos desejos.
O livre arbítrio faz de nossas vidas, enormes árvores, de milhares de galhos de sonhos não realizados, pois estamos sempre em um só um galho de uma multidão de nossas possíveis escolhas.
Os “se” da vida…”se eu tivesse superado”, “se eu tivesse desculpado”, “se eu tivesse tido coragem”…vão se transformando em realidades paralelas, quem sabe até, fantasias vividas com mais intensidade que a própria realidade, e no fim das contas, talvez não importe os fatos reais: somos um conjunto bizarro do que realizamos e dos sonhos que abandonamos.
Mr. Nobody sou eu, você ou qualquer um que assistir a essa história, se dando por conta de o quão fugaz é a vida.
É um momento para pensar não simplesmente no nosso cotidiano, mas no milagre da vida e do universo, o desconhecido universo, cuja existência por ser um simples sonho de uma criança de 9 anos, que o seu acordar, pode modificar tudo.
Os Indomáveis
3.9 459Das vezes em que estive frente a frente à uma obra de arte, não tive fôlego para refletir sobre suas nuances, técnicas, fórmulas ou sequer detalhes…a sensação me tomou, em seguida, as reflexões geradas por essas sensações.
Ao assistir filme “Os Indomáveis”, eu me senti em paz, senti que os meus valores de “ heroísmo e banditismo”, “bondade e e maldade”, não andam por aí solitários, e há quem enxergue que no ser humano, essas forças se misturam e sendo assim, podemos encontrar no maior dos mercenários alguma dignidade, assim como em um pai de família é digno de ter seus momentos de fraqueza e isso não faz com que ele perca a chance de ser um herói.
Pensei muito nos meus dois filhos, e o quanto eu gostaria que eles pudessem enxergar o que eu contenho de bravura, e que, eles a tomassem como exemplo. O pavor dos pais, creio eu, é ter filhos indignos, ao menos deveria ser…
Mas, a dignidade não é medida em uma balança, e existe o contra-peso “fraqueza”, que sempre, infelizmente, é levado mais em consideração, e sempre soterra inescrupulosamente o orgulho dos indivíduos, principalmente dos homens.
Quais são nossos valores¿ Ah sim…nossos valores Cristãos sempre vão ter o seu merecimento… haveria de ter merecimento também, todas às vezes que avaliássemos o comportamento humano, mesmo que, do aparentemente, mais miserável dos homens, pois nele certamente alguma centelha de honra também haverá de existir.
Não vou falar dos detalhes do filme, ou de seus personagens, precisamos aprender a nos calar em determinadas horas e parar de medir, mensurar, avaliar, catologar…simplesmente contemplar e refletir já faz a diferença.
A Guerra do Fogo
3.6 352O filme mostra diversas tribos que foram se desenvolvendo quase simultaneamente, e através delas podemos compreender a evolução subsequente à conquista do fogo, como a criação das armas, formação de rituais, condução do comportamento sexual…
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraEngraçado que nesses últimos dias, conversando com Bruno Costa (colunista e marido), sobre a utilidade dos “contos de fadas” e de alguns outros tipos de histórias, como de super heróis, falávamos sobre “a ligação dos personagens fictícios com as nossas próprias personas”. E para explicar o que é persona, o filme “Clube da Luta”, me pareceu bastante plausível, como vocês verão mais a frente. Comentamos que esses personagens fictícios, quando encontramos com ele, uma ligação com uma de nossas “Personas”, a história exerce em nossa mente, sem que tenhamos o domínio dessa consciência: a movimentação de nossas forças psíquicas, sendo mais clara, através de nosso inconsciente, e movimentado pelos nossos sonhos.
Toda história que ouvimos tem duas interpretações: a da “realidade social, ou externa”, e o que chamei de “Observatório psíquico, ou realidade interna”.
Vocês podem pensar neste momento: Mas os autores então, tem o total controle desses dois universos quando criam através de uma história, um “verdadeiro universo”. A minha resposta, sempre intuitiva: Uns sim, outros não, mas…mesmo os autores que não planejaram a comparação desses dois mundos, devemos nos lembrar que o inconsciente, age de forma muito mais poderosa que o consciente. Exemplificando: Tolkien tinha conhecimento dos símbolos, J. K. Rowling não apresenta um currículo da mesma altura, porém sua intuição (ligação do inconsciente com a realidade), promove milagres.
Falar tudo isso para falar de “Clube da luta”, assisti faz uns anos atrás, quando na verdade, eu acha que ainda era um pouco retardada…e não achei nada demais…revendo hoje, achei uma das mais sensacionais obras já vistas.
A princípio, tudo parece ser uma simples crítica a sociedade de consumo, e aqueles mesmos que possivelmente, patrocinaram o próprio filme e não tiveram a capacidade de perceber o deboche a sociedade americana, por que no final das contas, tudo não passa de um grande delírio, de um homem, que…ao perder o vínculo com a sociedade de consumo, se tornou um louco, um psicopata, como se o único caminho para nos separarmos dessa realidade, fosse o caminho extremo: o da loucura. “Caso vocês pensem em não ser como são, cuidado, irão para o lado extremo”.
Mas não, a história é brilhante e embute uma trama psicológica, assista o filme e pense nele de duas formas: como sendo uma realidade externa e interna, ao pensar na realidade interna, você compreenderá cada personagem, como uma faceta da sua própria mente, ou seja, cada uma de suas personas.
Os homens tem uma força feminina em sua mente, que chamamos de “ânima”, é a “mulher” da mente masculina, sim, ela existe…é um conjunto de forças femininas costuradas pelos exemplos vistos, mãe, namoradas etc…(assim como mulheres são comandadas por forças masculinas, o “ânimus). A ânima no Clube da Luta está representada pela Marla, o Tyler Durden, pode ser comparado ao ego, que descontrolado começa a fazer escolhas erradas, levando o indivíduo a uma parte mental negativa (que pode ser simbolizada por uma casa velha) e nesta parte encontramos nossas “sombras”, que são nossos “personagens renegados”.
Quando sonhamos, simplificamos tudo a: um ambiente específico (local da mente) e personagens (personas ou forças psíquicas), sendo o nosso sonho e até o pesadelo, ações psíquicas curativas para nossas mente, bom, daqui para frente, se tiver um pesadelo, lembre de “Clube da Luta”, se da outra vez que vi, não compreendi, dessa vez pra mim ficou claro: nossa mente é o cenário real desta história.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraO filme conta a vida de George Bailey , um personagem admirável, e o filme tem uma essência atualmente morta, pois fala de valores.
O filme é de 1946, e provavelmente foi um dos, ou “o” primeiro a utilizar a temática “olha o que seria desse mundo sem você”, acho que não sou a mesma crítica depois que o assisti, pois vou olhar todos os filmes deste estilo como “filhotes” de George Bailey.
Esse filme tentou alertar aos Estados Unidos, que o consumismo e os valores superficiais estavam chegando, talvez 90% da população americana que assistir hoje em dia vai dizer: “George Bailey é um idiota que desistiu dos seus sonhos e sucesso, pois o que conta é atingir sua meta”. O mundo seria realmente diferente com George Bailey, seria excelente ressucitá-lo.
Me identifiquei totalmente com o filme, não que eu seja tão resignada a ajudar como George, mas sim..todos os possíveis planos que tentei fazer durante meu caminho, entrei em cruzamentos que me desviaram desses planos.
Pois é disso que o filme fala, desse adversário invisível chamado “Imprevisto”, aquele que nossos pais não costumam explicar quando falam de sucesso .
Eu peço que assistam, e que mostrem para todas as crianças com as quais vocês leitores, convivem, pois nossos pais também não aprenderam,e por isso não podem nos ensinar que felicidade não se compra.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraPai, filho e espírito santo? É o que as entrelinhas do filme “Árvore da Vida” mostra?
É possível viver o mundo da natureza e o mundo da graça?
É impressionante observar a quantidade de filmes filosóficos que estão surgindo, questionando a quase instituição “morte”, como “Árvore da vida” e “Melancolia”.
Num tempo em que a ciência está desvendando a todas as criações, qual mérito será atribuído a “Deus”?
O mundo está se dirigindo para um destino óbvio, onde para nos mantermos vivos precisamos nos agarrar a releituras de nossos próprios cultos e crenças, e o cinema é apenas uma das artes que está “lendo”, ilustrando essa mudança de pensamentos.
O cinema tem mostrado a obviedade dos nossos medos, principalmente o da morte. Num mundo imediatista, o consumo é tanto que sequer temos tempo para pensar de onde viemos, e que a morte , como meu irmão citou brilhantemente em sua crítica do filme Melancolia:
“E se fores filósofo não sentireis nem um pingo a mais de terror no coração, sentado num escaler baleeiro, que diante de vosso fogo noturno, com um atiçador e não com um arpão ao voso lado.”
Estamos finalmente concluindo que a morte não é comparável a uma baleia, esta podemos evitar, a morte é nossa única certeza, sendo assim, a vida tem que fluir. Sem atiçador ou arpão. A ignorância nos faz personificar a morte, como se ela fosse um personagem que podemos combater. Não podemos, só nos resta largar as armas, e torná-la nossa amiga, aquela que não queremos em nossa casa, mas que vamos distraí-la enquanto ela não entra.
Essa “amiga morte”, também tem que cumprir o papel de nos mostrar que somos animais. Ela diz que não precisamos saber absolutamente nada sobre ela: os animais não sabem e a encontra da mesma forma. Todos os seres que por este planeta passaram, tiveram que obrigatoriamente ceder passagem a ela. Um “pai” deveria aplacar nossos medos? Ou deveria nos mostrar que temos mais irmãos do que concebemos ou acreditamos?
Por que temos mais irmãos, animados ou inanimados. Somos todos criação, criaturas, tenha ou não uma “mente inteligente” por traz desse milagre que é o Universo, é e sempre será assim.
Testemunhar que nossa origem pode não ter sido como os religiosos nos mostraram, não desqualifica “Deus”, essa provável mente que nos criou assim como o todo resto. Pode ser que não tenhamos sido criados ou surgidos para ser “o topo da cadeia alimentar”. Pode ser que ele nos tenha criado simplesmente para testemunharmos as suas criações, contemplá-las, e sendo sua imagem e semelhança, conservá-las. É isso que estamos fazendo?
Não! O que estamos fazendo é jogar para dentro de nós mesmo, todo esse universo de forças esdrúxulas que nós mesmos criamos: Somos o pai prepotente, a mãe omissa e submissa, o filho consumista e egoísta, o espírito que hipocritamente, se vê santo.
Ouçamos a nós mesmos nesse momento. Quebremos nossos milenares paradigmas. Aceitemos o que não sabemos AINDA explicar. Mas principalmente aceitemos o óbvio: Cumpramos o destino de fazer parte de uma grande família, que enquanto não sai de viagem, precisa arrumar a casa, mesmo tendo medo de não voltar dessa viagem.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraO filme é de 1966, e eu fico pensando no impacto que este filme teve sob o público de sua época: provavelmente foi o terror da moral e dos bons costumes e deve ter servido de “influência maligna” para as desquitadas e solteiras assanhadas.
Com uma narração que vai se aprofundando em cada personagem de forma quase surreal, esse filme usa a linguagem solta semelhante a técnica de literatura da própria Virgínia.
O filme mostra um casal, que nos dias de hoje talvez ainda fosse considerado moderno…mulheres mandonas, maridos aproveitadores, simbioses nas relações matrimoniais.
O peso da fantasia no sustento das relações, a ambiguidade do ser humano mostrada de forma teatral, metafórica em ambiente completamente intimista.
Esse filme criou escola: Se percebe claramente em filmes como “Carnage”, a influência desta obra.
Prender o público com 4 personagens não é pra qualquer um, poucos tiveram essa coragem e dos poucos, quase nada restou de valor.
O filme é um marco, e certamente representou um marco da libertação feminina, com toda a liberdade e sensualidade encarnadas por Elisabeth Taylor, inclusive no momento “insinuante e escandaloso”, em que ela aparece na sala vestindo uma subversiva calça jeans.
A música “Quem tem medo de Virgínia Wolf” criando um clima no filme, que deveria ser perpetuado…Quem tem medo de Virgínia Wolf? Uma das primeiras mulheres que teve a ousadia de ser ela mesma e findou seus planos em pedras afundando seu corpo em um lago e imortalizou sua alma a libertando nos livros.
Mulheres, assistam esse, “As Horas”, e leiam seus livros iniciando de preferência por “Contos Completos” e “Mrs. Dalloway”.
Sonhos
4.4 380 Assista AgoraDepois de ter devorado “Sonhos” pela quinta vez na vida, tive a pretensão de tentar interpretar os contos, os decifrando como sonhos reais. Impossível! Se já é difícil desvendarmos o universo particular de cada um de nós, ocidentais, que dirá tentarmos decifrar o universo simbólico do oriente.
Em alguns dos contos de sonhos, essa moeda apresenta seu lado reverso e os orientais nos mostram a sua visão sobre o ocidente.
Logo no primeiro conto: “Um raio de sol através da chuva”, um menino desobediente e induzido pela própria mãe a cometer harakiri, após desobedecê-la e ir para o meio da floresta assistir o casamento das raposas…que se dane qualquer mensagem: Entrem na dança da marcha das raposas e se deixem levar pela beleza dessa misancene de movimentos ritmados pela música, quase transe.
No “Horto dos Pêssegos”, um menino é atormentado pelos espíritos das árvores, que pretendem o condenar pelos erros destrutivos dos seus pais, o espetáculo neste conto é a própria ilustração da natureza através dos “espíritos das árvores”, assim como a breve inserção no início do conto no universo das “Maikos”, que são as aprendizes de gueixas.
Em “A nevasca”, sintamos como o silêncio, o branco total, o vento e seus sons, podem traduzir o esforço humano pelo seu instinto de sobrevivência. A mente do líder transformando a catástrofe em ideais de motivação.
“Corvos”, é o link do oriental com o ocidental, ilustrado por Van Gogh, que realmente iniciou seus estudos baseado na arte japonesa, inclusive muitas de suas pinturas de árvores, se assemelham ao “universo do Salgueiro”, que nada mais é que o o “Karyukai” ou “Universo Flutuante” das gueixas. Esse conto é um espetáculo e tenta absorver as pinturas de Van Gogh trafegando com o próprio pelas suas paisagens, o conto termina de dando de presente a sensação de ter caminhado atrás do pintor.
Em “O túnel”, um oficial sente o peso de sua responsabilidade conversando com os soldados mortos e sendo perseguido por um cão cujos latidos são bombardeios, o clima da morte pode invadir o nosso próximo pesadelo, e a próxima entrada em um túnel físico, será uma experiência.
“Monte Fuji em Vermelho” parece uma previsão óbvia do que realmente já houve: o terremoto do Japão explodindo usinas, a destruição científica substituindo as criações positivas, males tanto do ocidente quanto do oriente.
O “Demônio Chorão”, sinta o mal do mundo e a degradação humana, as diferenças humanas representadas pelo canibalismo das bestas, que são classificadas pela quantidade de chifres que apresentam.
“Povoado dos moinhos” nos mostra a simplicidade de um mundo ideal, através do respeito aos idosos, a natureza e aos mortos.
Nenhuma das histórias de “Sonhos”, foram feitas para serem dissecadas, mas para serem sentidas em sons, climas, cores, como estar em um imenso inconsciente coletivo…o filme existe para nos passar mensagens que são óbvias e nossos nós cegos não nos permitem sentir.
Zuzu Angel
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