As grandes atuações de DiCaprio e Hardy, além de altos valores artísticos fazem com que as mais de duas horas do filme não sejam perda de tempo, embora não faça jus às expectativas.
A história real de Hugh Glass, ou os fatos que os historiadores conseguiram separar do folclore, é tão interessante que os "enfeites" do roteiro acabam sendo um demérito.
Hugh Glass, de fato, foi atacado pelo urso, abandonado pelos companheiros e conseguiu viver contra todas as probabilidades; mas mulher indígena, o filho mestiço e até o tenente que matou sua mulher foram todos inventados para deixar o enredo mais "interessante".
Na vida real, a jornada de vingança de Hugh Glass termina
com ele encontrando e perdoando os traidores que o abandonaram. Imagino que este final, fora do padrão dos "filmes de vingança" teria sido melhor que o anticlimático encerramento de "O Regresso".
Mais uma tentativa frustrada de fazer uma versão assustadora de um conto de fadas.
Sim, o título não é mero chamariz, o filme de fato se propunha a fazer uma versão terror de "A Bela Adormecida".
Este filme mistura herança de parente desconhecido (um clichê que tão antigo que já até caiu em desuso), monstro que persegue nos sonhos tipo "Freddy Krueger" e até manequins assombrados.
A idéia original não é tão ruim, mas o protagonista ruim, ritmo arrastado e a "surpresa final" meia boca não colaboraram.
Em um futuro (próximo) onde o aquecimento global atingiu níveis alarmantes, as pessoas andam seminuas na rua e em casa ficam sob múltiplos ventiladores. Em uma condição tão incômoda, que inovações pode a tecnologia ofercer para melhorar a vida romântica dos cidadãos?
Difícil atribuir nota a uma obra de menos de três minutos, mas aprecio a idéia de fazer um alerta contra o aquecimento global de forma bem humorada, ao invés de tentar assustar as pessoas com dramas e tragédias.
As pessoas feias e suadas causam uma sensação nauseante, mas a idéia parece mesmo ter sido causar desconforto. Foi uma decisão criativa, mas o visual desagradável acaba se tornando uma barreira para a apreciação do público e, consequentemente, para a passagem da mensagem.
Max Klein é uma pessoa comum, cheia de medos e conflitos, que durante a queda do avião em que se encontra tem uma reação inesperada: ao invés de se desesperar, encontra uma inexplicável sensação de invencibilidade.
O filme, que começa com a aeronave já em destroços, acompanha sua trajetória após o desastre e os efeitos que esta recém adquirida "coragem" traz para sua vida e seus relacionamentos com a família, demais sobreviventes e a sociedade.
Uma obra que nos faz questionar nossos próprios medos, culpas e a fragilidade de nossa vida. Altamente recomendado.
Destaque para a comovente atuação de Rosie Perez no papel de uma mãe atormentada pela perda do filho de dois anos durante o acidente.
Creio que a nota abaixo da média desta produção (no Filmow) reflita a expectativa criada pelo título nacional.
As pessoas esperam um filme que as faça morrer de tanto rir (uma Grande Comédia), mas na verdade o Grande Filme (do título original) é o projeto do personagem de Kevin Bacon, estudante de Cinema que vence um concurso e tem a chance de realizar sua primeira produção.
O jovem fica deslumbrado pelo universo em que entra, mas aos poucos vai abrindo mão de sua integridade artística ao ser forçado a concordar com alterações para tornar o filme 'mais atrativo', ao mesmo tempo que a (expectativa da) fama lhe sobe a cabeça e afeta seus relacionamentos com a mulher e os amigos.
O filme satiriza (daí ser comédia) Hollywood, a indústria do cinema como um todo e as figuras recorrentes do meio; além de questionar os efeitos da fama.
Me pergunto o quanto do filme veio da cabeça de Christopher Guest e quanto veio de coisas que ele realmente viu ou vivenciou em sua carreira.
Um trio de ladrões embarca no 'trabalho fácil' de roubar U$ 300.000 de um veterano cego e solitário, só que descobrem que o idoso não é a pessoa indefesa que imaginavam.
Teria sido uma premissa perfeita, tivesse sido este um filme sem heróis, uma disputa entre o capiroto e o coisa ruim, onde qualquer coisa poderia acontecer.
Infelizmente Fede Álvarez opta por manter o maniqueísmo em sua produção, apenas invertendo os papéis: ele mostra um dos ladrões como romântico apaixonado na friendzone, e a outra como jovem que precisa de dinheiro para uma vida nova com sua irmã, ao mesmo tempo em que revela o lado sádico do velho.
O problema é que precisa ser mau, muito mau mesmo para querer roubar tudo o que resta de um senhor que, além de ter perdido a visão na guerra, ainda teve a única filha atropelada por uma riquinha mimada.
Se o diretor queria que os jovens fossem heróis que desse a eles outro motivo para estar na casa, não cola fazer os personagens realizarem atos deploráveis e depois pintá-los como bonzinhos, independente da vítima não ser flor que se cheire.
A própria menina cativa, alvo das torturas do homem cego, não é santa. Ela se safou - por ser rica - de matar a filha do personagem de Stephen Lang. Se era para vilanizá-lo, por que não fazê-lo abusar de uma pessoa realmente inocente?
Afora a bizarrice da inseminação artificial, é até bastante compreensível um pai querer o assassino(a) da própria filha à sua disposição para exercer sua vingança. Isso não o torna maligno propriamente, mas perturbado ou insano.
Afora estes dilemas, o filme tem boas sequências de suspense e ação, embora eu ache que exagere as capacidades do cego, quase o equiparando ao Demolidor da Marvel, só que bem mais velho.
O elenco, de forma geral, é competente. Stephen Lang está ótimo no papel, um velho realmente sinistro, aparentemente ele envelheceu melhor que Stallone e Schwarzenegger.
Meio ridícula a cena do noticiário no final. A polícia creditou a ele a morte dos invasores, mas pelo visto não encontrou evidências da terceira invasora ou do cativeiro.
Mais uma daquelas comédias estilo "Feitiço do Tempo".
Neste caso trata-se de um estudante ansioso para iniciar a sua vida sexual, que está prestes a terminar o dia na cama da colega gostosona da escola, mas no momento que vai ejacular acorda em sua própria cama, no mesmo dia que já passou e ante a mesma situação vexatória diante da mãe.
A partir daí todos os eventos do dia se repetem e ele precisa descobrir, com a ajuda dos amigos Gabrielle e Stanley, como quebrar o ciclo e retomar a vida.
Um filme legalzinho, com alguns personagens interessantes
A premissa é "clássica": Pessoa pobre precisa cumprir tarefa ingrata para receber herança de parente. Na verdade apenas uma desculpa para colocar a frentista Selminha nas situações inusitadas que geram a graça do filme.
A atriz Samantha Schumutz, assim como maior parte do elenco, é muito talentosa e natural na interpretação do personagem. O episódio da eleição, sozinho, consegue ser melhor que "O Candidato Honesto" do Leandro Hassum.
O chato do filme é a personagem da melhor amiga - que deveria servir de âncora moral, lembrando a protagonista quem ela é e de onde veio - mas só serve para ficar lamentando a saudade de seu ex abusivo.
advogados malignos, acabaram sendo vilões muito forçados. Também não gostei de a doença oportuna "redimir" o ex abusivo e fazer a Selminha parecer errada ao tentar proteger a amiga.
Mas estes problemas não evitam que o filme seja divertido.
Para quem conhece filmes de assalto a banco, existe toda uma série de clichês a que você está acostumado. Tanto do ataque, como das negociações e do fim do assalto.
Como este filme não segue estes clichês, cria um clima de confusão que te deixa até o fim tentando entender quem são os mocinhos e os bandidos, e se perguntando quais as suas motivações.
Quando você, que está acompanhando tudo pelo ponto de vista do detetive Frazier, acha que está começando a entender, os ladrões fazem algo fora da curva e mantém o mistério.
No fim, tudo é explicado, e todas as pontas se ligam, fazendo com que seja uma experiência satisfatória. Contribuem para esta satisfação a direção e o elenco estelar.
Estranho rever Tom Hanks e Daryl Hannah antes dos 30. Lembra como o tempo passa sem a gente perceber.
Eu não lembrava que Eugene Levy era o "vilão" deste filme, personagem que inspirou o Professor Crocker de "Os Padrinhos Mágicos". O mundo certamente dá muitas voltas.
O filme meio que segue a receita de bolo das comédias românticas, mas é muito bem feito. Madison, como dito pelo personagem de Tom Hanks, não era nome feminino, mas o sucesso do filme foi tanto que hoje em dia é um nome relativamente comum.
Algumas pessoas disseram que, se lançado hoje, não teria agradado. No século de "Crepúsculo" e "Meu namorado é um Zumbi" eu considero isso um elogio.
Eu sempre desconfio de filmes que se dizem "baseados em fatos reais". A maioria deles têm bem pouco de real (menos de 10%), mas o público acredita (ou quer acreditar) que são o retrato fidedigno da verdade.
O Mundo de Andy (que eu assisti na Sky como "Homem na Lua") é diferente. Todas as cenas de esquetes e apresentações são remontagens fiéis dos originais, inclusive existem comparações lado a lado no Youtube e realmente a atenção aos detalhes é primorosa.
Para as cenas da vida privada, o filme contou com a consultoria de Bob Zmuda (vivido no filme por Paul Giamatti), melhor amigo de Kaufman. Sua participação é um pouco controversa (ele até hoje diz que Andy não morreu), mas o resultado é bom de qualquer forma.
A interpretação de Jim Carrey é muito boa, valeu um Golden Globe e algumas histórias engraçadas (durante a produção ele exigia ser chamado de Andy). Apesar disso ainda dá para ver muito das caras e gestos de Carrey, a neutralidade tanto da expressão facial quanto corporal eram parte importante do humor de Kaufman.
Recomendo a todos, especialmente a quem já conhecia o trabalho do comediante americano.
É triste ver uma das séries de terror mais queridas do Século XX terminar de forma tão melancólica (foi feito um sétimo filme, mas fora dessa cronologia).
"Pesadelo Final" descarta o enredo anterior (em torno de Alice e Jacob) e tenta fazer a conexão entre a concepção de Freedy (mostrada no filme anterior) e o assassino sobrenatural que ele viria a se tornar mostrando sua juventude, os abusos que sofreu e sua vida familiar como marido e pai.
O problema é que todas estas "revelações" soam extremamente forçadas. A impressão não é que você esteja aprendendo mais sobre o passado do vilão, mas que os roteiristas não tinham mais o que contar e inventaram uma série de personagens e conflitos importantes (mas antes jamais mencionados) e enxertaram na história só para conseguir argumento suficiente para parir mais um filme.
Além disso os personagens são mais fracos que nunca. As "kills" além de poucas são as mais fracas da série, a do videogame provavelmente é a pior de todos os tempos. Os destaques positivos são as participações especiais de Alice Cooper e Johnny Depp, ainda bem jovem levando em consideração que foi vítima de Freddy em "A Hora do Pesadelo 1".
Não assisti a série, então não posso comparar, mas foi o pior filme do Leandro Hassum que assisti.
As piadas foram bobas, algumas de causar vergonha de ver, especialmente as dos ninjas. A "reviravolta surpresa" foi extremamente óbvia e as piadas de português e chinês podem ser consideradas bem ofensivas para os padrões atuais.
Esta é uma aventura estilo Caça ao Tesouro (Indiana Jones/Tomb Rider) que fez grande sucesso na China. É baseado em uma série de livros chinesa e sequência de outro filme com os mesmos personagens.
O filme tem um ritmo "diferente" e certos maneirismos, certamente típicos dos chineses, causam uma certa estranhesa. Deve ser por isso que os americanos preferem refilmar os filmes orientais a lançar os originais.
Os efeitos são bem feitos e as cenas são bem legais, o romance e o melodrama é que destoam um pouco e afetam a qualidade, mas não chegam a estragar o filme.
À medida o mercado chinês vai abrindo mais e mais as portas ao Cinema internacional, mais seus filmes caminham para encaixar no "padrão hollywoodiano" a que estamos acostumados.
DOIS irmãos se uniram para matar a família. É compreensível que, em meio a uma família normal, surja um filho psicopata que esteja disposto a matar os pais e irmãos por dinheiro, até aí tudo bem. Estranho é uma família normal ter dois filhos psicopatas capazes de matar os pais e irmãos, e tenham total confiança entre si que não vão se trair. Isso já força um pouco demais a suspensão de descrença.
Quem curte o subgênero não terá o tempo desperdiçado.
Eu sempre gostei destas adaptações dos quadrinhos para longas de animação, tanto da DC quanto da Marvel. Elas facilitam o acesso às melhores sagas em HQ, e frequentemente representam melhor o mundo dos super heróis que os filmes de Cinema (Esquadrão Suicida que o diga).
Esta aqui não é tão fiel assim ao material original, vários personagens foram "trocados" e eventos alterados, talvez para usar personagens que no momento são mais interessantes comercialmente.
O grande problema de "O Filho do Batman" está no filho: Damian não só tem uma personalidade irritante, como também é uma grandíssima "Mary Sue": Ele é infalível demais, proficiente demais para uma criança da idade dele. Tudo bem o trinamento torná-lo capaz de atropelar capangas e brutamontes, mas os confrontos contra alguns persongens com background semelhante e muito mais experiência (além de serem adultos) são irreais demais para poder apreciar.
Uma boa diversão para quem está conhecendo os super heróis através dos universos cinemáticos, mas quem tiver interesse e puder ler os quarinhos, fique com esses.
Embora eu lembre vagamente de ter visto estes desenhos nos anos 90, só conheci mesmo a dupla Sam & Max através dos jogos "point and click" da Telltale games.
Para quem é fã dos personagens, o desenho é um prato cheio do humor absurdo da dupla, sendo até mais engraçado que o dos jogos.
Para quem não estiver familiarizado com a dupla, o quanto vai gostar da série vai depender se aprecia, ou não, o tipo de humor. Embora tenha passado na televisão, o desenho é voltado para o público adulto. Em um episódio que se passa em um presídio, Max se abaixa para pegar um sabonete na área dos chuveiros, em seu traseiro tem uma placa que diz "Não abra até o Natal".
Uma grande pena terem sido produzidos tão poucos episódios. Ainda pretendo obter os quadrinhos, mídia de origem da Freelance Police.
Os fãs da série de JRPGs encontrarão uma boa quantidade de referências, como o Diamond Weapon e o inimigo Ultros. A quem não conhece fica uma história de intrigas políticas com alianças, heroismo e traições, mas o final pode desapontar.
A história não é ruim, mas é inferior ao padrão da série, os personagens também não são tão carismáticos. Destaque para Lena Headey e Sean Bean de Game of Thrones fazendo as vozes dos personagens principais.
Recomendo aos fãs de Final Fantasy, especialmente quem já jogou FF XV.
O mais curioso do filme é reunir a "namoradinha da América" do passado (Elisabeth Shue) àquela que viria ser a atual (Jennifer Lawrence).
Infelizmente o interesse para aí. O filme apresenta a mesma mãe preocupada de sempre, além da mesma filha rebelde, o mesmo galã sem sal, o mesmo policial bonzinho e, principalmente, os mesmos valentões de todo e qualquer filme do tipo.
Tem um final surpresa, outra marca registrada do gênero, inesperado mas nada impressionante, talvez por
Como (bem) dito por alguns comentários anteriores, "Pizza Man" possui todos os clichês característicos de super heróis. Coisas que se vê em qualquer filme semelhante, e só incomodam quem não curte o gênero.
O problema aqui não é o que Pizza Man tem igual a estes filmes, mas o que lhe falta para ser considerado um dos bons entre eles.
O enredo é bobo, imitação infantil de homem aranha. As atuações são bem fracas, propositadamente ou não. A ação é ruim, nível de novela da Globo. Os personagens são desinteressantes, os melhores filmes de heróis são aqueles com os vilões mais memoráveis.
Não sei como esta produção de baixíssimo orçamento conseguiu participações especiais de Stan Lee, Adam West, Roddy Piper e alguns atores de Heroes. É um dos poucos pontos positivos.
O filme não chega a ser péssimo, serve como passatempo descompromissado. Só não espere nada grandioso ou muito emocionante.
Assisti esperando que fosse muito pior do que realmente foi, pois tinha ouvido péssimas críticas.
No fim achei interessante o clima de nonsense, onde você nunca tem certeza se os relatos do diretor Miguel são realidade ou não e se Rodrigo está ficando louco ou é o único são e todos a sua volta perderam o juízo.
Esta sensação de desconforto é sim pertinente ao gênero, muito embora maior parte do público meça a qualidade da comédia pelo número de risadas.
As boas interpretações e a "cara de pau" do elenco trazem qualidade e justificam o sucesso do canal do Youtube.
Os filmes de possessão estão na moda, mas desta vez fizeram questão de incluir cada um dos clichês do gênero: tem a mãe crédula, o pai cético, a filha aborrecente e o filho autista. Até o título não poderia ter sido mais genérico.
A própria evolução da história parece seguir uma receita de bolo, de forma que o tempo todo você sabe o que vai acontecer e quando. Dá até a impressão que você já assistiu o filme antes.
Kevin Bacon e Radha Mitchell são amplamente desperdiçados nos papéis dos pais, e os papéis dos filhos teriam se beneficiado de atores mais novos. Eu entendo que o menino é autista (embora mesmo assim preferisse um artista de menos idade); mas é triste ver Lucy Fry, na época com 24 anos, representando uma "adolescente" que faz birra como se fosse uma menina mimada de 9 anos.
os elementos sobrenaturais, tivessem sido interessantes, poderiam ter salvo o enredo. Infelizmente os clichês deste filme são bem menos interessantes que os de todos os outros que ele imita.
Não recomendo e não vale a pena nem ver até o fim para saber como termina.
Um filme didícil de avaliar, por ser tão único e não se adaptar aos parâmetros.
A nudez vai desagradar os moralistas, cada vez mais numerosos hoje, mas é "inocente" demais para os fãs de filmes eróticos.
O erotismo acabou sendo o principal motivo do sucesso de sua "trilogia da vida", o que deixou o diretor desgostoso e motivou a "trilogia da morte".
As interpretações são muito fracas e amadoras, eu sei que foi escolha do diretor, mas não deixa de incomodar. Algumas são tão ruins que estão (mal) dublados em italiano mesmo.
As locações são exóticas: Irã, Iêmem, Índia, Etiópia e Nepal. ´
Não é um filme para todos, mas de certa forma é um filme obrigatório. Os subplots ajudam a manter vivo o interesse até a conclusão da jornada de Nur Ed Din em busca de sua amada Zumurrud.
A princípio a idéia é simples: A produção seguiu um grupo de primatas por alguns dias e, a partir de suas interações reais, criou um "roteiro" que conta as aventuras da macaquinha Maya lutando para sobreviver e criar seu filho Kip.
Olhando mais profundamente, é assombroso perceber o quanto a sociedade deles se assemelha à nossa, inclusive em seus defeitos, e o quanto nosso próprio comportamento social lembra o de nossos primos, por mais que nos consideremos "superiores".
"O Reino dos Primatas" é bom não só por mostrar o dia a dia na vida dos bichinhos, mas por ensinar um pouco sobre nós mesmos.
Recomendo a todos e pretendo assistir os demais filmes do selo Disneynature.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraAs grandes atuações de DiCaprio e Hardy, além de altos valores artísticos fazem com que as mais de duas horas do filme não sejam perda de tempo, embora não faça jus às expectativas.
A história real de Hugh Glass, ou os fatos que os historiadores conseguiram separar do folclore, é tão interessante que os "enfeites" do roteiro acabam sendo um demérito.
Hugh Glass, de fato, foi atacado pelo urso, abandonado pelos companheiros e conseguiu viver contra todas as probabilidades; mas mulher indígena, o filho mestiço e até o tenente que matou sua mulher foram todos inventados para deixar o enredo mais "interessante".
Na vida real, a jornada de vingança de Hugh Glass termina
com ele encontrando e perdoando os traidores que o abandonaram. Imagino que este final, fora do padrão dos "filmes de vingança" teria sido melhor que o anticlimático encerramento de "O Regresso".
Recomendo pelo elenco e pelo urso.
A Maldição da Bela Adormecida
2.1 59Mais uma tentativa frustrada de fazer uma versão assustadora de um conto de fadas.
Sim, o título não é mero chamariz, o filme de fato se propunha a fazer uma versão terror de "A Bela Adormecida".
Este filme mistura herança de parente desconhecido (um clichê que tão antigo que já até caiu em desuso), monstro que persegue nos sonhos tipo "Freddy Krueger" e até manequins assombrados.
A idéia original não é tão ruim, mas o protagonista ruim, ritmo arrastado e a "surpresa final" meia boca não colaboraram.
Hot & Bothered
3.0 1Em um futuro (próximo) onde o aquecimento global atingiu níveis alarmantes, as pessoas andam seminuas na rua e em casa ficam sob múltiplos ventiladores. Em uma condição tão incômoda, que inovações pode a tecnologia ofercer para melhorar a vida romântica dos cidadãos?
Difícil atribuir nota a uma obra de menos de três minutos, mas aprecio a idéia de fazer um alerta contra o aquecimento global de forma bem humorada, ao invés de tentar assustar as pessoas com dramas e tragédias.
As pessoas feias e suadas causam uma sensação nauseante, mas a idéia parece mesmo ter sido causar desconforto. Foi uma decisão criativa, mas o visual desagradável acaba se tornando uma barreira para a apreciação do público e, consequentemente, para a passagem da mensagem.
Sem Medo de Viver
3.6 53 Assista AgoraMax Klein é uma pessoa comum, cheia de medos e conflitos, que durante a queda do avião em que se encontra tem uma reação inesperada: ao invés de se desesperar, encontra uma inexplicável sensação de invencibilidade.
O filme, que começa com a aeronave já em destroços, acompanha sua trajetória após o desastre e os efeitos que esta recém adquirida "coragem" traz para sua vida e seus relacionamentos com a família, demais sobreviventes e a sociedade.
Uma obra que nos faz questionar nossos próprios medos, culpas e a fragilidade de nossa vida. Altamente recomendado.
Destaque para a comovente atuação de Rosie Perez no papel de uma mãe atormentada pela perda do filho de dois anos durante o acidente.
A Grande Comédia
2.7 7 Assista AgoraCreio que a nota abaixo da média desta produção (no Filmow) reflita a expectativa criada pelo título nacional.
As pessoas esperam um filme que as faça morrer de tanto rir (uma Grande Comédia), mas na verdade o Grande Filme (do título original) é o projeto do personagem de Kevin Bacon, estudante de Cinema que vence um concurso e tem a chance de realizar sua primeira produção.
O jovem fica deslumbrado pelo universo em que entra, mas aos poucos vai abrindo mão de sua integridade artística ao ser forçado a concordar com alterações para tornar o filme 'mais atrativo', ao mesmo tempo que a (expectativa da) fama lhe sobe a cabeça e afeta seus relacionamentos com a mulher e os amigos.
O filme satiriza (daí ser comédia) Hollywood, a indústria do cinema como um todo e as figuras recorrentes do meio; além de questionar os efeitos da fama.
Me pergunto o quanto do filme veio da cabeça de Christopher Guest e quanto veio de coisas que ele realmente viu ou vivenciou em sua carreira.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraUm trio de ladrões embarca no 'trabalho fácil' de roubar U$ 300.000 de um veterano cego e solitário, só que descobrem que o idoso não é a pessoa indefesa que imaginavam.
Teria sido uma premissa perfeita, tivesse sido este um filme sem heróis, uma disputa entre o capiroto e o coisa ruim, onde qualquer coisa poderia acontecer.
Infelizmente Fede Álvarez opta por manter o maniqueísmo em sua produção, apenas invertendo os papéis: ele mostra um dos ladrões como romântico apaixonado na friendzone, e a outra como jovem que precisa de dinheiro para uma vida nova com sua irmã, ao mesmo tempo em que revela o lado sádico do velho.
O problema é que precisa ser mau, muito mau mesmo para querer roubar tudo o que resta de um senhor que, além de ter perdido a visão na guerra, ainda teve a única filha atropelada por uma riquinha mimada.
Se o diretor queria que os jovens fossem heróis que desse a eles outro motivo para estar na casa, não cola fazer os personagens realizarem atos deploráveis e depois pintá-los como bonzinhos, independente da vítima não ser flor que se cheire.
A própria menina cativa, alvo das torturas do homem cego, não é santa. Ela se safou - por ser rica - de matar a filha do personagem de Stephen Lang. Se era para vilanizá-lo, por que não fazê-lo abusar de uma pessoa realmente inocente?
Afora a bizarrice da inseminação artificial, é até bastante compreensível um pai querer o assassino(a) da própria filha à sua disposição para exercer sua vingança. Isso não o torna maligno propriamente, mas perturbado ou insano.
Afora estes dilemas, o filme tem boas sequências de suspense e ação, embora eu ache que exagere as capacidades do cego, quase o equiparando ao Demolidor da Marvel, só que bem mais velho.
O elenco, de forma geral, é competente. Stephen Lang está ótimo no papel, um velho realmente sinistro, aparentemente ele envelheceu melhor que Stallone e Schwarzenegger.
Meio ridícula a cena do noticiário no final. A polícia creditou a ele a morte dos invasores, mas pelo visto não encontrou evidências da terceira invasora ou do cativeiro.
Precoce
2.7 72Mais uma daquelas comédias estilo "Feitiço do Tempo".
Neste caso trata-se de um estudante ansioso para iniciar a sua vida sexual, que está prestes a terminar o dia na cama da colega gostosona da escola, mas no momento que vai ejacular acorda em sua própria cama, no mesmo dia que já passou e ante a mesma situação vexatória diante da mãe.
A partir daí todos os eventos do dia se repetem e ele precisa descobrir, com a ajuda dos amigos Gabrielle e Stanley, como quebrar o ciclo e retomar a vida.
Um filme legalzinho, com alguns personagens interessantes
(o pai que tenta tudo para o filho ir para a melhor faculdade, o entrevistador viúvo chorão, o colega mandachuva)
Tô Ryca!
3.0 287 Assista AgoraA premissa é "clássica": Pessoa pobre precisa cumprir tarefa ingrata para receber herança de parente. Na verdade apenas uma desculpa para colocar a frentista Selminha nas situações inusitadas que geram a graça do filme.
A atriz Samantha Schumutz, assim como maior parte do elenco, é muito talentosa e natural na interpretação do personagem. O episódio da eleição, sozinho, consegue ser melhor que "O Candidato Honesto" do Leandro Hassum.
O chato do filme é a personagem da melhor amiga - que deveria servir de âncora moral, lembrando a protagonista quem ela é e de onde veio - mas só serve para ficar lamentando a saudade de seu ex abusivo.
Achei forçada a trama dos
advogados malignos, acabaram sendo vilões muito forçados. Também não gostei de a doença oportuna "redimir" o ex abusivo e fazer a Selminha parecer errada ao tentar proteger a amiga.
O Plano Perfeito
3.8 658 Assista AgoraPara quem conhece filmes de assalto a banco, existe toda uma série de clichês a que você está acostumado. Tanto do ataque, como das negociações e do fim do assalto.
Como este filme não segue estes clichês, cria um clima de confusão que te deixa até o fim tentando entender quem são os mocinhos e os bandidos, e se perguntando quais as suas motivações.
Quando você, que está acompanhando tudo pelo ponto de vista do detetive Frazier, acha que está começando a entender, os ladrões fazem algo fora da curva e mantém o mistério.
No fim, tudo é explicado, e todas as pontas se ligam, fazendo com que seja uma experiência satisfatória. Contribuem para esta satisfação a direção e o elenco estelar.
Splash: Uma Sereia em Minha Vida
2.8 338 Assista AgoraEstranho rever Tom Hanks e Daryl Hannah antes dos 30. Lembra como o tempo passa sem a gente perceber.
Eu não lembrava que Eugene Levy era o "vilão" deste filme, personagem que inspirou o Professor Crocker de "Os Padrinhos Mágicos". O mundo certamente dá muitas voltas.
O filme meio que segue a receita de bolo das comédias românticas, mas é muito bem feito. Madison, como dito pelo personagem de Tom Hanks, não era nome feminino, mas o sucesso do filme foi tanto que hoje em dia é um nome relativamente comum.
Algumas pessoas disseram que, se lançado hoje, não teria agradado. No século de "Crepúsculo" e "Meu namorado é um Zumbi" eu considero isso um elogio.
O Mundo de Andy
3.9 357Eu sempre desconfio de filmes que se dizem "baseados em fatos reais". A maioria deles têm bem pouco de real (menos de 10%), mas o público acredita (ou quer acreditar) que são o retrato fidedigno da verdade.
O Mundo de Andy (que eu assisti na Sky como "Homem na Lua") é diferente. Todas as cenas de esquetes e apresentações são remontagens fiéis dos originais, inclusive existem comparações lado a lado no Youtube e realmente a atenção aos detalhes é primorosa.
Para as cenas da vida privada, o filme contou com a consultoria de Bob Zmuda (vivido no filme por Paul Giamatti), melhor amigo de Kaufman. Sua participação é um pouco controversa (ele até hoje diz que Andy não morreu), mas o resultado é bom de qualquer forma.
A interpretação de Jim Carrey é muito boa, valeu um Golden Globe e algumas histórias engraçadas (durante a produção ele exigia ser chamado de Andy). Apesar disso ainda dá para ver muito das caras e gestos de Carrey, a neutralidade tanto da expressão facial quanto corporal eram parte importante do humor de Kaufman.
Recomendo a todos, especialmente a quem já conhecia o trabalho do comediante americano.
A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final, A Morte de …
3.0 376 Assista AgoraÉ triste ver uma das séries de terror mais queridas do Século XX terminar de forma tão melancólica (foi feito um sétimo filme, mas fora dessa cronologia).
"Pesadelo Final" descarta o enredo anterior (em torno de Alice e Jacob) e tenta fazer a conexão entre a concepção de Freedy (mostrada no filme anterior) e o assassino sobrenatural que ele viria a se tornar mostrando sua juventude, os abusos que sofreu e sua vida familiar como marido e pai.
O problema é que todas estas "revelações" soam extremamente forçadas. A impressão não é que você esteja aprendendo mais sobre o passado do vilão, mas que os roteiristas não tinham mais o que contar e inventaram uma série de personagens e conflitos importantes (mas antes jamais mencionados) e enxertaram na história só para conseguir argumento suficiente para parir mais um filme.
Além disso os personagens são mais fracos que nunca. As "kills" além de poucas são as mais fracas da série, a do videogame provavelmente é a pior de todos os tempos. Os destaques positivos são as participações especiais de Alice Cooper e Johnny Depp, ainda bem jovem levando em consideração que foi vítima de Freddy em "A Hora do Pesadelo 1".
Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel
2.0 175Não assisti a série, então não posso comparar, mas foi o pior filme do Leandro Hassum que assisti.
As piadas foram bobas, algumas de causar vergonha de ver, especialmente as dos ninjas. A "reviravolta surpresa" foi extremamente óbvia e as piadas de português e chinês podem ser consideradas bem ofensivas para os padrões atuais.
Recomendo apenas para menores de cinco anos.
Mojin: A Lenda Perdida
2.8 17Esta é uma aventura estilo Caça ao Tesouro (Indiana Jones/Tomb Rider) que fez grande sucesso na China. É baseado em uma série de livros chinesa e sequência de outro filme com os mesmos personagens.
O filme tem um ritmo "diferente" e certos maneirismos, certamente típicos dos chineses, causam uma certa estranhesa. Deve ser por isso que os americanos preferem refilmar os filmes orientais a lançar os originais.
Os efeitos são bem feitos e as cenas são bem legais, o romance e o melodrama é que destoam um pouco e afetam a qualidade, mas não chegam a estragar o filme.
À medida o mercado chinês vai abrindo mais e mais as portas ao Cinema internacional, mais seus filmes caminham para encaixar no "padrão hollywoodiano" a que estamos acostumados.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraTípico filme de um grupo de pessoas que vão sendo eliminadas uma a uma, com um "final surpresa" previsível.
O que eu achei um pouco incoerente foi que
DOIS irmãos se uniram para matar a família.
É compreensível que, em meio a uma família normal, surja um filho psicopata que esteja disposto a matar os pais e irmãos por dinheiro, até aí tudo bem.
Estranho é uma família normal ter dois filhos psicopatas capazes de matar os pais e irmãos, e tenham total confiança entre si que não vão se trair. Isso já força um pouco demais a suspensão de descrença.
Quem curte o subgênero não terá o tempo desperdiçado.
O Filho do Batman
3.5 144 Assista AgoraEu sempre gostei destas adaptações dos quadrinhos para longas de animação, tanto da DC quanto da Marvel. Elas facilitam o acesso às melhores sagas em HQ, e frequentemente representam melhor o mundo dos super heróis que os filmes de Cinema (Esquadrão Suicida que o diga).
Esta aqui não é tão fiel assim ao material original, vários personagens foram "trocados" e eventos alterados, talvez para usar personagens que no momento são mais interessantes comercialmente.
O grande problema de "O Filho do Batman" está no filho: Damian não só tem uma personalidade irritante, como também é uma grandíssima "Mary Sue": Ele é infalível demais, proficiente demais para uma criança da idade dele. Tudo bem o trinamento torná-lo capaz de atropelar capangas e brutamontes, mas os confrontos contra alguns persongens com background semelhante e muito mais experiência (além de serem adultos) são irreais demais para poder apreciar.
Uma boa diversão para quem está conhecendo os super heróis através dos universos cinemáticos, mas quem tiver interesse e puder ler os quarinhos, fique com esses.
The Adventures of Sam & Max: Freelance Police (1ª Temporada)
3.5 2Embora eu lembre vagamente de ter visto estes desenhos nos anos 90, só conheci mesmo a dupla Sam & Max através dos jogos "point and click" da Telltale games.
Para quem é fã dos personagens, o desenho é um prato cheio do humor absurdo da dupla, sendo até mais engraçado que o dos jogos.
Para quem não estiver familiarizado com a dupla, o quanto vai gostar da série vai depender se aprecia, ou não, o tipo de humor. Embora tenha passado na televisão, o desenho é voltado para o público adulto. Em um episódio que se passa em um presídio, Max se abaixa para pegar um sabonete na área dos chuveiros, em seu traseiro tem uma placa que diz "Não abra até o Natal".
Uma grande pena terem sido produzidos tão poucos episódios. Ainda pretendo obter os quadrinhos, mídia de origem da Freelance Police.
Kingsglaive: Final Fantasy XV
3.7 85 Assista AgoraLançado meses antes de Final Fantasy XV, Kingsglaive contribui para o entendimento do universo do jogo ao contar a história
da queda do Reino de Lucis
Os fãs da série de JRPGs encontrarão uma boa quantidade de referências, como o Diamond Weapon e o inimigo Ultros. A quem não conhece fica uma história de intrigas políticas com alianças, heroismo e traições, mas o final pode desapontar.
A história não é ruim, mas é inferior ao padrão da série, os personagens também não são tão carismáticos. Destaque para Lena Headey e Sean Bean de Game of Thrones fazendo as vozes dos personagens principais.
Recomendo aos fãs de Final Fantasy, especialmente quem já jogou FF XV.
A Última Casa da Rua
3.0 1,6K Assista AgoraO mais curioso do filme é reunir a "namoradinha da América" do passado (Elisabeth Shue) àquela que viria ser a atual (Jennifer Lawrence).
Infelizmente o interesse para aí. O filme apresenta a mesma mãe preocupada de sempre, além da mesma filha rebelde, o mesmo galã sem sal, o mesmo policial bonzinho e, principalmente, os mesmos valentões de todo e qualquer filme do tipo.
Tem um final surpresa, outra marca registrada do gênero, inesperado mas nada impressionante, talvez por
lembrar muito "Psicose" (para quem não conhece talvez tenha mais efeito).
Recomendado apenas a quem quiser ver Jennifer Lawrence antes da fama ou saber por onde anda Elisabeth Shue.
Pizza Man
1.7 14 Assista AgoraComo (bem) dito por alguns comentários anteriores, "Pizza Man" possui todos os clichês característicos de super heróis. Coisas que se vê em qualquer filme semelhante, e só incomodam quem não curte o gênero.
O problema aqui não é o que Pizza Man tem igual a estes filmes, mas o que lhe falta para ser considerado um dos bons entre eles.
O enredo é bobo, imitação infantil de homem aranha. As atuações são bem fracas, propositadamente ou não. A ação é ruim, nível de novela da Globo. Os personagens são desinteressantes, os melhores filmes de heróis são aqueles com os vilões mais memoráveis.
Não sei como esta produção de baixíssimo orçamento conseguiu participações especiais de Stan Lee, Adam West, Roddy Piper e alguns atores de Heroes. É um dos poucos pontos positivos.
O filme não chega a ser péssimo, serve como passatempo descompromissado. Só não espere nada grandioso ou muito emocionante.
Porta dos Fundos - Contrato Vitalício
2.0 352 Assista AgoraAssisti esperando que fosse muito pior do que realmente foi, pois tinha ouvido péssimas críticas.
No fim achei interessante o clima de nonsense, onde você nunca tem certeza se os relatos do diretor Miguel são realidade ou não e se Rodrigo está ficando louco ou é o único são e todos a sua volta perderam o juízo.
Esta sensação de desconforto é sim pertinente ao gênero, muito embora maior parte do público meça a qualidade da comédia pelo número de risadas.
As boas interpretações e a "cara de pau" do elenco trazem qualidade e justificam o sucesso do canal do Youtube.
PS:
Achei estranha a participação da dupla Azaghal e Jovem Nerd. Eles aparecem na versão completa do filme sem ter nunca aparecido durante as gravações.
A Escuridão
2.0 193 Assista AgoraOs filmes de possessão estão na moda, mas desta vez fizeram questão de incluir cada um dos clichês do gênero: tem a mãe crédula, o pai cético, a filha aborrecente e o filho autista. Até o título não poderia ter sido mais genérico.
A própria evolução da história parece seguir uma receita de bolo, de forma que o tempo todo você sabe o que vai acontecer e quando. Dá até a impressão que você já assistiu o filme antes.
Kevin Bacon e Radha Mitchell são amplamente desperdiçados nos papéis dos pais, e os papéis dos filhos teriam se beneficiado de atores mais novos. Eu entendo que o menino é autista (embora mesmo assim preferisse um artista de menos idade); mas é triste ver Lucy Fry, na época com 24 anos, representando uma "adolescente" que faz birra como se fosse uma menina mimada de 9 anos.
os elementos sobrenaturais, tivessem sido interessantes, poderiam ter salvo o enredo. Infelizmente os clichês deste filme são bem menos interessantes que os de todos os outros que ele imita.
Não recomendo e não vale a pena nem ver até o fim para saber como termina.
As Mil e Uma Noites
3.8 48Um filme didícil de avaliar, por ser tão único e não se adaptar aos parâmetros.
A nudez vai desagradar os moralistas, cada vez mais numerosos hoje, mas é "inocente" demais para os fãs de filmes eróticos.
O erotismo acabou sendo o principal motivo do sucesso de sua "trilogia da vida", o que deixou o diretor desgostoso e motivou a "trilogia da morte".
As interpretações são muito fracas e amadoras, eu sei que foi escolha do diretor, mas não deixa de incomodar. Algumas são tão ruins que estão (mal) dublados em italiano mesmo.
As locações são exóticas: Irã, Iêmem, Índia, Etiópia e Nepal. ´
Não é um filme para todos, mas de certa forma é um filme obrigatório. Os subplots ajudam a manter vivo o interesse até a conclusão da jornada de Nur Ed Din em busca de sua amada Zumurrud.
O Reino dos Primatas
4.0 18 Assista AgoraA princípio a idéia é simples: A produção seguiu um grupo de primatas por alguns dias e, a partir de suas interações reais, criou um "roteiro" que conta as aventuras da macaquinha Maya lutando para sobreviver e criar seu filho Kip.
Olhando mais profundamente, é assombroso perceber o quanto a sociedade deles se assemelha à nossa, inclusive em seus defeitos, e o quanto nosso próprio comportamento social lembra o de nossos primos, por mais que nos consideremos "superiores".
"O Reino dos Primatas" é bom não só por mostrar o dia a dia na vida dos bichinhos, mas por ensinar um pouco sobre nós mesmos.
Recomendo a todos e pretendo assistir os demais filmes do selo Disneynature.