A aceitação da própria finitude é algo difícil, ainda mais quando a morte se apresenta como uma possibilidade extremamente provável – como é o caso de Lucky. Dito isso, senti que a produção fez um ótimo trabalho em retratar essa jornada vivida pela personagem; não caiu em um viés romantizado da velhice ou atrelar a espiritualidade à religião, o que pra mim já foi um ponto que valorizei demais.
Me lembrou de uma matéria da Vice (que não tô conseguindo postar porque o filmow acusa spam rs), pra quem quiser procurar, o título é: "Meu pai tentou domar um lobo"
(1) Gostei bastante dos enquadramentos, como bem destaca a Natália Bridi, do Omelete, na crítica que fez sobre o filme, "a delicadeza dos enquadramentos e dos movimentos de câmera de Krebitz atribuem beleza até aos momentos mas escatológicos" e é exatamente a mesma impressão que tive assistindo o filme
A ideia era esperar para assistir no cinema, mas quando vi a qualidade do áudio e vídeo dos arquivos que saíram, não resisti. hehe ainda assim, quero reassistir quando estrear. O filme é bom. A protagonista, Lady Bird, é extremamente carismática e autônoma em relação as decisões sobre a própria vida, o que de certa maneira me fez ter uma identificação de quando vivi (em outros contextos e outros acontecimentos) a mesma fase da minha vida, embora acredite que ficou mais no âmbito da idealização do que da prática.
A cena inicial, dela se jogar do carro durante a discussão com a mãe, além de ser extremamente engraçada, é uma das apresentações de personagem que mais lembro de ter gostado dos últimos filmes que vi. Daquela cena deu pra tirar muito do que esperar da Lady Bird (e do que não esperar, dada a total inesperabilidade)
Às vezes sinto que ao assistir os filmes do Wes Anderson tenho um sentimento de safisfação parecido com o de assistir vídeos de foodporn (https://www.youtube.com/watch?v=PZ4pctQMdg4)
Embora seja um longo filme, ele se desenvolve muito bem em dois atos bem marcados e com uma transição extremamente natural – o que por si só já é uma qualidade difícil de encontrarmos no cinema hoje, repleto de ínterins que chegam a ser jocosos de tao forçados. A Carrie Coon tá maravilhosa nesse filme.
Sobre o pôster, enquanto estudava sobre o papel da psicologia na inclusão educacional, acabei lendo um texto sobre a temática. Ele discutia os preconceitos, esteriótipos e estigmas como sendo a maneira pela qual a imagem do deficiente é transfigurada socialmente, essas sendo "crocodilos".
O contato, da sociedade, com esse indivíduo se dá pela mesma forma como alguém olha para os crocodilos no fundo do poço que rodeia um castelo: "tenho visualizado uma ponte movediça que possibilita o trânsito entre a cidade e o castelo, permitindo, ao mesmo tempo, escapar dos ferozes animais e conhecê-los a uma distância segura (...) Estes [os mitos/crocodilos] acabam por configurar um leque bastante grande de opções para a leitura tendenciosa da diferença física significativa/deficiência". A sexualidade dessas pessoas tem tudo haver com essa discussão, como o próprio Antonio pontua em diversos momentos do filme.
Por fim, achei que o filme possui uma temática atual e socialmente relevante, além de ótimos diálogos entre Antonio e Pepe. Porém, achei um pouco cansativo, apesar de só ter 81 minutos.
A melhor cena foi a da 'rebelião' no presídio e, de forma completamente inesperada, começa uma discussão bizarra sobre George R. R. Martin e a produção de "As Crônicas de Gelo e Fogo" hahaha
O que mais me impressionou foi a forma como a autoridade do pai foi retratada. Ela derivava não de uma agressividade e/ou violência, mas sim de um aspecto afetivo e racional - como podemos ver na cena em que eles estão no restaurante e ela começa a falar de conhecidos ligados a religião, sendo repreendida pelo pai que, através de indagações, desarmou a postura da garota. Posteriormente ela faz o mesmo com um rapaz em um bar, pois fazia piadas com os cristãos. Claramente conseguimos ver ali o ideal que o pai é, mas não é como se ele, explicitamente, "doutrinasse" (por falta de palavra melhor) a garota. Beirou a sutileza na minha opinião. Através de uma postura de quem entende, controlava através dos sentimentos (como na cena onde ela liga e confessa que consumiu álcool).
É muito bom ver o Lanthimos ganhando cada vez mais prestígio internacional. Não sei qual foi o orçamento desse filme, mas só pelo elenco estrelado e por ser uma produção norte-americana, já imagino que tenha sido maior - isso sempre foi uma questão na obra do próprio Yorgos, que em diversas entrevistas já afirmou a questão da pouca verba nas gregas. Imagino que desse filme em diante a tendência seja ter mais dinheiro, quero ver como ele se desenrola daqui pra frente com menores limitações. Não é o melhor filme do diretor, mas com certeza é um bom filme. Sempre fiz pra mim a associação suas produções cinematográficas com o realismo mágico - no mesmo sentido que permeia os livros do Gabriel García Márquez: acontecimentos inusitados no cotidiano e reações/consequências igualmente peculiares. Em "O Sacrifício do Cervo Sagrado" fiquei com essa mesma impressão. Vale assistir.
Abel Rosenberg (David Carradine) foi um dos protagonistas mais fracos que já vi em filmes do Bergman. No geral não é um filme extraordinário, mas para vale a pena ser assistido pela forma como a ascensão do nazismo é retratada. No início, mais implícita, logo torna-se escancarada.
Os filmes da cena grega de cinema nessa última década, em reflexo à crise, têm sido um soco no estômago em proporções inimagináveis. Vale a pena ser visitado.
O filme é bom e a maneira como a sustentação do suspense é dada em cima da fé, ao menos pra mim, inova um pouco a fórmula do que vinha sendo apresentado por outros filmes. A nota poderia ser maior, mas certas coisas não me desceram ao longo do filme.
Dentro dos meus gostos pessoais, eu prefiro muito mais um suspense e/ou um terror realistas - como, por exemplo, a utilização de terror/suspense psicológico, onde após assistir, sempre fico com o pensamento de isso 'poderia acontecer com qualquer um'. "A Bruxa", na minha opinião pessoal, poderia ter sido melhor desenvolvido sem elementos clássicos como o diabo propriamente dito. Pensei que eventualmente o filme pudesse ter sido posto de maneira à parecer uma alucinação da Thomasin, mas acredito que não... talvez se a história tivesse centrado ainda mais na família, excluindo as aparições da bruxa e outros elementos místicos, focando mais na crise de fé das personagens frente aos acontecimentos, o final poderia ter sido menos clichê. De qualquer maneira, isso não anula a qualidade do filme no geral.
Achei o filme por acaso e calhou do Chet Baker ser um dos meus instrumentistas preferidos. Na minha cabeça o filme podia ter continuado por pelo menos mais 20 minutos com tomadas do Chet velho sendo interpretado pelo Willem Dafoe hahaha
Ótimo filme. É legal notar o desenvolvimento da personagem interpretada pelo Al Pacino (1). Fora isso temos um Al Pacino mais galã impossível - e estiloso pra caralho.
(1): Por exemplo o começo de sua carreira onde era bem dividido o âmbito profissional e o âmbito pessoal. Com o passar do tempo, depois de inúmeras transferências em busca de um lugar não corrupto - sem sucesso, Frank vai se tornando uma pessoa nervosa, destrutiva. Não há mais barreiras entre a vida pessoal e a profissional, ambas em decadência devido ao ódio à corrupção estrutural que toma conta dele. Ao não aceitar a corrupção e não conseguir combatê-la, Frank, por fim derrotado, some. Diferente da história contada em dado ponto da narrativa, não bebeu a água envenenada do poço.
Apesar de eu gostar bastante da estética que Dolan traz em seus filmes e também a maneira como se utiliza das músicas em certas cenas, achei a temática bastante batida e clichê. Gostei do Niels Schneider ter tido um papel maior nesse filme, sempre achei que ele poderia ter sido melhor utilizado no Eu Matei Minha Mãe.
É impressionante como o Bergman se impõe em tela independente da categoria do filme. Ao imaginar, logo após descobrir que era um filme de comédia, tive resultados bem parecidos com os encontrados aqui: a centralidade do diálogo, as temáticas mundanas e espirituais, etc. É um ótimo filme.
Match Point é um ótimo filme do diretor, arrisco a dizer que o melhor dos poucos que vi. Enquanto assistia tive uma relação ambivalente em relação à atuação do Jonathan Rhys, o Chris; em alguns momentos gostei, mas em outros achei que deixou a desejar, embora isso não estrague o filme.
Como entretenimento é um filme legal, mas senti que ele foi pouco desenvolvido. Pouquíssimo conhecemos sobre o casamento de Davis e Julia ou da relação entre ele e Phil. Ou entre Davis e qualquer personagem. Afeta, mas não cativa.
Além de tratar de inúmeros assuntos pertinentes à humanidade o diretor buscou explicitar no final o objetivo do filme. Possui algumas críticas bastante ácidas e que infelizmente são bastante pertinentes hoje em dia também.
Apesar de ser um bom filme e ter boas sacadas, ele trás alguns pontos que eu achei bem problemáticos - o que é um problema a partir do momento em que eles surgem no filme de maneira naturalizada.
Em um nível ilustrativo podemos ver, por exemplo, um homem de 42 anos que namora uma garota de 17 anos. Além do fato em si ser um absurdo, elementos como a Tracy ser uma das mais maduras e coerentes do filme fazem-na soar 'mais adulta' ajudam a naturalizar tudo isso. É difícil.
Esse filme é um dos melhores que já assisti do Woody Allen. Uma coisa interessante que pensei enquanto assistia foi que nunca havia parado pra pensar que em uma época onde não existia a televisão e o rádio era extremamente popular, haveria uma estrutura social similar à que existe hoje com a empresa cinematográfica - seja em questão de fofoca, fama, etc.
Quando pensamos a respeito desse filme, é preciso trazer conjunto à discussão o fato de ser o primeiro filme do Kubrick e ele possuía 24 anos quando ocorreu a produção. Apesar de ser uma obra fraca, já conseguimos ver elementos que, em um posterior amadurecimento do diretor, são pilares essenciais, como a postura anti-guerra.
Artista do Desastre
3.8 555 Assista AgoraO que dá uma otimizada no filme é a cena final (não sei se configura um spoiler já que é pressuposto de ser baseado na produção do filme, mas)
mostrando a comparação entre ele e o original
Dá até uma vontade de assistir "The Room", o que eventualmente farei
Lucky
4.1 193 Assista AgoraA aceitação da própria finitude é algo difícil, ainda mais quando a morte se apresenta como uma possibilidade extremamente provável – como é o caso de Lucky.
Dito isso, senti que a produção fez um ótimo trabalho em retratar essa jornada vivida pela personagem; não caiu em um viés romantizado da velhice ou atrelar a espiritualidade à religião, o que pra mim já foi um ponto que valorizei demais.
Wild
3.1 6Me lembrou de uma matéria da Vice (que não tô conseguindo postar porque o filmow acusa spam rs), pra quem quiser procurar, o título é: "Meu pai tentou domar um lobo"
notas c/ spoiler
(1) Gostei bastante dos enquadramentos, como bem destaca a Natália Bridi, do Omelete, na crítica que fez sobre o filme, "a delicadeza dos enquadramentos e dos movimentos de câmera de Krebitz atribuem beleza até aos momentos mas escatológicos" e é exatamente a mesma impressão que tive assistindo o filme
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraA ideia era esperar para assistir no cinema, mas quando vi a qualidade do áudio e vídeo dos arquivos que saíram, não resisti. hehe ainda assim, quero reassistir quando estrear.
O filme é bom. A protagonista, Lady Bird, é extremamente carismática e autônoma em relação as decisões sobre a própria vida, o que de certa maneira me fez ter uma identificação de quando vivi (em outros contextos e outros acontecimentos) a mesma fase da minha vida, embora acredite que ficou mais no âmbito da idealização do que da prática.
A cena inicial, dela se jogar do carro durante a discussão com a mãe, além de ser extremamente engraçada, é uma das apresentações de personagem que mais lembro de ter gostado dos últimos filmes que vi. Daquela cena deu pra tirar muito do que esperar da Lady Bird (e do que não esperar, dada a total inesperabilidade)
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraÀs vezes sinto que ao assistir os filmes do Wes Anderson tenho um sentimento de safisfação parecido com o de assistir vídeos de foodporn (https://www.youtube.com/watch?v=PZ4pctQMdg4)
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraEmbora seja um longo filme, ele se desenvolve muito bem em dois atos bem marcados e com uma transição extremamente natural – o que por si só já é uma qualidade difícil de encontrarmos no cinema hoje, repleto de ínterins que chegam a ser jocosos de tao forçados. A Carrie Coon tá maravilhosa nesse filme.
Viver e Outras Ficções
3.3 2Sobre o pôster, enquanto estudava sobre o papel da psicologia na inclusão educacional, acabei lendo um texto sobre a temática. Ele discutia os preconceitos, esteriótipos e estigmas como sendo a maneira pela qual a imagem do deficiente é transfigurada socialmente, essas sendo "crocodilos".
O contato, da sociedade, com esse indivíduo se dá pela mesma forma como alguém olha para os crocodilos no fundo do poço que rodeia um castelo: "tenho visualizado uma ponte movediça que possibilita o trânsito entre a cidade e o castelo, permitindo, ao mesmo tempo, escapar dos ferozes animais e conhecê-los a uma distância segura (...) Estes [os mitos/crocodilos] acabam por configurar um leque bastante grande de opções para a leitura tendenciosa da diferença física significativa/deficiência". A sexualidade dessas pessoas tem tudo haver com essa discussão, como o próprio Antonio pontua em diversos momentos do filme.
Por fim, achei que o filme possui uma temática atual e socialmente relevante, além de ótimos diálogos entre Antonio e Pepe. Porém, achei um pouco cansativo, apesar de só ter 81 minutos.
Logan Lucky: Roubo em Família
3.4 254 Assista AgoraDivertido, mas nada muito além disso. Vale a pena ver se estiver de bobeira.
A melhor cena foi a da 'rebelião' no presídio e, de forma completamente inesperada, começa uma discussão bizarra sobre George R. R. Martin e a produção de "As Crônicas de Gelo e Fogo" hahaha
Thelma
3.5 342 Assista AgoraBom filme.
O que mais me impressionou foi a forma como a autoridade do pai foi retratada.
Ela derivava não de uma agressividade e/ou violência, mas sim de um aspecto afetivo e racional - como podemos ver na cena em que eles estão no restaurante e ela começa a falar de conhecidos ligados a religião, sendo repreendida pelo pai que, através de indagações, desarmou a postura da garota.
Posteriormente ela faz o mesmo com um rapaz em um bar, pois fazia piadas com os cristãos. Claramente conseguimos ver ali o ideal que o pai é, mas não é como se ele, explicitamente, "doutrinasse" (por falta de palavra melhor) a garota. Beirou a sutileza na minha opinião. Através de uma postura de quem entende, controlava através dos sentimentos (como na cena onde ela liga e confessa que consumiu álcool).
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraÉ muito bom ver o Lanthimos ganhando cada vez mais prestígio internacional. Não sei qual foi o orçamento desse filme, mas só pelo elenco estrelado e por ser uma produção norte-americana, já imagino que tenha sido maior - isso sempre foi uma questão na obra do próprio Yorgos, que em diversas entrevistas já afirmou a questão da pouca verba nas gregas. Imagino que desse filme em diante a tendência seja ter mais dinheiro, quero ver como ele se desenrola daqui pra frente com menores limitações.
Não é o melhor filme do diretor, mas com certeza é um bom filme. Sempre fiz pra mim a associação suas produções cinematográficas com o realismo mágico - no mesmo sentido que permeia os livros do Gabriel García Márquez: acontecimentos inusitados no cotidiano e reações/consequências igualmente peculiares. Em "O Sacrifício do Cervo Sagrado" fiquei com essa mesma impressão. Vale assistir.
O Ovo da Serpente
4.0 131Abel Rosenberg (David Carradine) foi um dos protagonistas mais fracos que já vi em filmes do Bergman. No geral não é um filme extraordinário, mas para vale a pena ser assistido pela forma como a ascensão do nazismo é retratada. No início, mais implícita, logo torna-se escancarada.
O Garoto que Come Alpiste
3.5 50 Assista AgoraOs filmes da cena grega de cinema nessa última década, em reflexo à crise, têm sido um soco no estômago em proporções inimagináveis. Vale a pena ser visitado.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraO filme é bom e a maneira como a sustentação do suspense é dada em cima da fé, ao menos pra mim, inova um pouco a fórmula do que vinha sendo apresentado por outros filmes. A nota poderia ser maior, mas certas coisas não me desceram ao longo do filme.
Dentro dos meus gostos pessoais, eu prefiro muito mais um suspense e/ou um terror realistas - como, por exemplo, a utilização de terror/suspense psicológico, onde após assistir, sempre fico com o pensamento de isso 'poderia acontecer com qualquer um'. "A Bruxa", na minha opinião pessoal, poderia ter sido melhor desenvolvido sem elementos clássicos como o diabo propriamente dito. Pensei que eventualmente o filme pudesse ter sido posto de maneira à parecer uma alucinação da Thomasin, mas acredito que não... talvez se a história tivesse centrado ainda mais na família, excluindo as aparições da bruxa e outros elementos místicos, focando mais na crise de fé das personagens frente aos acontecimentos, o final poderia ter sido menos clichê. De qualquer maneira, isso não anula a qualidade do filme no geral.
Chet Baker: A Lenda do Jazz
3.6 58 Assista AgoraAchei o filme por acaso e calhou do Chet Baker ser um dos meus instrumentistas preferidos. Na minha cabeça o filme podia ter continuado por pelo menos mais 20 minutos com tomadas do Chet velho sendo interpretado pelo Willem Dafoe hahaha
Serpico
4.1 276 Assista AgoraÓtimo filme. É legal notar o desenvolvimento da personagem interpretada pelo Al Pacino (1). Fora isso temos um Al Pacino mais galã impossível - e estiloso pra caralho.
(1): Por exemplo o começo de sua carreira onde era bem dividido o âmbito profissional e o âmbito pessoal. Com o passar do tempo, depois de inúmeras transferências em busca de um lugar não corrupto - sem sucesso, Frank vai se tornando uma pessoa nervosa, destrutiva. Não há mais barreiras entre a vida pessoal e a profissional, ambas em decadência devido ao ódio à corrupção estrutural que toma conta dele.
Ao não aceitar a corrupção e não conseguir combatê-la, Frank, por fim derrotado, some. Diferente da história contada em dado ponto da narrativa, não bebeu a água envenenada do poço.
Amores Imaginários
3.8 1,5KApesar de eu gostar bastante da estética que Dolan traz em seus filmes e também a maneira como se utiliza das músicas em certas cenas, achei a temática bastante batida e clichê. Gostei do Niels Schneider ter tido um papel maior nesse filme, sempre achei que ele poderia ter sido melhor utilizado no Eu Matei Minha Mãe.
O Olho do Diabo
4.3 90É impressionante como o Bergman se impõe em tela independente da categoria do filme. Ao imaginar, logo após descobrir que era um filme de comédia, tive resultados bem parecidos com os encontrados aqui: a centralidade do diálogo, as temáticas mundanas e espirituais, etc. É um ótimo filme.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraMatch Point é um ótimo filme do diretor, arrisco a dizer que o melhor dos poucos que vi. Enquanto assistia tive uma relação ambivalente em relação à atuação do Jonathan Rhys, o Chris; em alguns momentos gostei, mas em outros achei que deixou a desejar, embora isso não estrague o filme.
Gostei de um comentário que li aqui fazendo uma comparação à Crime e Castigo - como o próprio filme aponta, a diferença de final se deu pela sorte.
Demolição
3.8 448 Assista AgoraComo entretenimento é um filme legal, mas senti que ele foi pouco desenvolvido. Pouquíssimo conhecemos sobre o casamento de Davis e Julia ou da relação entre ele e Phil. Ou entre Davis e qualquer personagem. Afeta, mas não cativa.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraO filme é muito bom e muito bem feito, mas eu esperava um final oposto.
A Montanha Sagrada
4.3 467 Assista AgoraAlém de tratar de inúmeros assuntos pertinentes à humanidade o diretor buscou explicitar no final o objetivo do filme. Possui algumas críticas bastante ácidas e que infelizmente são bastante pertinentes hoje em dia também.
Como o humano do planeta que produz obras de arte com bundas
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraApesar de ser um bom filme e ter boas sacadas, ele trás alguns pontos que eu achei bem problemáticos - o que é um problema a partir do momento em que eles surgem no filme de maneira naturalizada.
NOTAS
Em um nível ilustrativo podemos ver, por exemplo, um homem de 42 anos que namora uma garota de 17 anos. Além do fato em si ser um absurdo, elementos como a Tracy ser uma das mais maduras e coerentes do filme fazem-na soar 'mais adulta' ajudam a naturalizar tudo isso. É difícil.
A Era do Rádio
4.0 234 Assista AgoraEsse filme é um dos melhores que já assisti do Woody Allen. Uma coisa interessante que pensei enquanto assistia foi que nunca havia parado pra pensar que em uma época onde não existia a televisão e o rádio era extremamente popular, haveria uma estrutura social similar à que existe hoje com a empresa cinematográfica - seja em questão de fofoca, fama, etc.
Medo e Desejo
2.9 93 Assista AgoraQuando pensamos a respeito desse filme, é preciso trazer conjunto à discussão o fato de ser o primeiro filme do Kubrick e ele possuía 24 anos quando ocorreu a produção. Apesar de ser uma obra fraca, já conseguimos ver elementos que, em um posterior amadurecimento do diretor, são pilares essenciais, como a postura anti-guerra.