Wild é um filme que previamente tive a impressão de ser uma história que seguisse para uma linha próxima ao renomado "Into the Wild", mas não foi o que encontrei ao assistí-lo. A narrativa segue próxima da vida da Cheryl, interpretado pela Reese Witherspoon, mas o foco não está na viagem propriamente dita - o que resulta em uma fotografia não tão esplêndida como esperava, mas também não deixa a desejar, mas sim no significado que a trilha tem para a protagonista. A trilha é sua vida, mas além disso, também é sua metamorfose. Podemos observar em alguns momentos uma analogia entre esses dois momentos bem definidos da vida da personagem - antes das drogas e durante a trilha, como no momento em que
a mãe morre e há uma jogada de cenas mostrando logo em seguida, a filha perdendo uma das botas e arremessando a outra em direção ao abismo. Ela perdeu parte de sua sustentação, mas teve que prosseguir, tanto com a vida, quanto com a trilha
.
Afinal, não sei o que me chamou mais a atenção no filme, talvez nunca saiba, mas após começar a assisti-lo em comparação ao primeiro, é provável que não tenha tido uma impressão tão boa quanto gostaria.Talvez tenha sentido falta de um desfecho melhor, mas os discursos da personagens frente aos homens que encontrou no filme equivaleram essa falta. E o que foi essa trilha sonora com Portishead?
O filme retrata o mundo de uma cadeia americana onde há muitas transsexuais. Tive a impressão de ser uma reprodução um pouco caricata dessa vida carcerária, um pouco pelo modelo estrutural do lugar - de um ponto de vista social, e pela forma como os funcionários do local agem. Talvez essa caricatura seja justamente pra explorar uma personificação do policial corrupto no vice-xerife Johnson, interpretado por DB Sweeney;
Achei que ficou meio vago o enredo em alguns pontos, como a não explicação do que o produtor Raymond Saxx Jr., interpretado por Goran Visnjic, foi parar especificamente naquela cadeia. A confusão pra mim foi devido à flashbacks tidos pela personagem, enquanto telefonava, e relembrava de quando estava sendo preso. A pergunta "Homossexual?" me fez pensar que era uma cadeia específica para eles, o que parece meio improvável, mas enfim.
Um bom filme, espero reassiti-lo um dia com uma legenda melhor.
Você não pode assistir um filme como esse com as lentes de quem assiste algo criado por Begman. Sharknado por sharknado aqui temos uma obra-prima (mesmo que seja do trash). Espero a sequência.
Composto por várias partes diferentes sem relação direta entre si, o filme parece seguir com uma temática próxima de retaliação. Normalmente não gosto de um filme que de certa forma é um conjunto de "mini-filmes", mas esse mostrou-se divertidíssimo. Cada um das seis histórias abordadas tiveram uma carga muito grande de humor e de tensão, mas sem perder as estribeiras. Os meus favoritos foram primeiramente o do casamento, seguido pelo do estrelado por Darín.
Apesar disso, uma coisa que me despertou bastante interesse no filme, não foi nenhum desses dois, mas sim a do
rapaz que atropela e foge. Comentei com meus amigos enquanto assistíamos, acho que nunca vi algo com essa temática, o pós-atropelamento do ponto de vista das famílias
O mais marcante pra mim foi o início do filme, mostrando a mobilização da população iraniana frente às fraudes presidenciais. Emocionou-me conseguir fazer uma clara ligação daquelas cenas ao que vemos diariamente acontecendo também no Brasil - nas devidas proporções. Não sei até onde há uma veracidade, tendo em visto que é um filme norte-americano retratando a realidade do Irã, mas se for dessa forma, genial.
Não gostei muito da tradução do título, o que de certa forma claramente configura um spoiler (tive essa impressão até antes mesmo de começar a assistir, quando comecei, ficou bem claro). Ótima atuação do Gael.
Numa clara releitura do filme "A Montanha dos Sete Abutres" (1951) do Billy Wilder, o filme novamente trata do obscuro mundo jornalístico. Quais são os limites da ética profissional? Eu não estou por dentro desse meio, mas tenho certeza que Lou Bloom quebrou todos eles. Ótima atuação do Jake Gyllenhaal.
Um dos novos filmes que vem abordando os bastidores da guerra, dessa vez trazendo a história verídica do matemático Alan Turing. Um filme bom, mas diria que é morno. Fiquei com a impressão de que a maior parte do filme consiste naquela preparatório para um grande clímax que não vem. Não há um ponto alto na história, algo que faça o espectador prender a respiração, por exemplo - pelo menos falando por mim.
No final fiquei triste pela condição que foi imposta ao Alan e às outras 49 mil pessoas - apenas na Inglaterra. Pelo menos o mundo vem mudando em relação a como o homossexual é tratado e visto, mesmo que ainda haja uma minoria barulhenta.
Possuo um fraco por histórias com narradores, então já assisti o filme com um olhar mais brando. De qualquer maneira, mesmo sendo mais abrasador, encontramos aqui uma película bastante agradável. Com cores vivas, uma fotografia bela e um plantel de atores conhecidos - inclusive é uma das críticas que eu tiro, afinal, Adrien Brody é um dos meus atores preferidos, achei que ele foi subutilizado e poderia ter tido seu núcleo mais desenvolvido. A história em certos momentos me lembrou a história de Maus, mas apenas por uma assimilação minha mesmo. Valeu a indicação de melhor filme, mas não acho que tenha cacife para vencê-la, arrisco dizer que talvez leve a estatueta de melhor roteiro e/ou de melhor figurino.
Um filme triste, mas bonito. Da mesma forma que Stephen Hawking em certo momento estuda sobre os limites do universo, somos levados a estudar no filme os limites do amor de Jane. E a conclusão que chegamos é que se o universo não possui fronteiras, o mesmo amor chega perto disso. Não importa o desfecho dele, porque aqui o que importa foi o como viveu: bonito e puro.
Menção honrosa à atuação do Eddie Redmayne. Em alguns momentos, até acreditei que o ator tivesse a doença motora degenerativa.
Um retrato de como um sonho se torna uma obsessão. E as vezes obsessões se tornam perigosas, como pudemos ver. Um filme mediano pra bom, nada mais.
Seu maior mérito consiste nos últimos trinta minutos: uma sequência inusitada de plot twists, o que de certa maneira foi o que deu o tempero final ao filme.
Um filme cheio de referências onde o que se destaca, para mim, foi toda a crítica à sociedade do espetáculo que vivemos.
O importante não é existir e sim se destacar, ato que todos no filme parecem buscar. Ao tentar ir contra isso, negando Hollywood e se dedicando à Broadway, Riggan encontra vários obstáculos, seja na forma da crítica Sylvia Thomson ou como sua própria consciência, na forma do Homem Pássaro. O ponto em comum nisso é a representação do Riggan como uma celebridade, não como um ator - crítica ferrenha ao molde de cinema que temos.
Outra coisa que eu achei bacana no filme foi o personagem interpretado pelo Edward Norton, o Mike Shine. O cara é a representação do que os atores são. O mesmo afirma que só é verdadeiro dentro do palco. Isso se afirma também quando o mesmo
tem uma ereção no palco, diante de 800 pessoas. Podemos convencionar a ereção como sinônimo de excitação, coisa que pelo visto não o tem na vida pessoal, já que discute com a outra atriz, por não ter ereções durante muitos meses.
.
No fim acaba por ser um filme bem legal, destacando-se da maioria, mas não sendo por isso uma obra que se diferencia tanto a ponto de ser um marco.
Depois de uma sequência muito boa de filmes nacionais, resolvi assistir esse tão premiado filme. O que encontramos aqui é uma bonita história do garoto Leonardo, que nasceu cego, e tudo que envolve sua vida. Família, amigos, escola; tudo é retratado aqui de uma forma bem simples através de uma bela fotografia. O Ghilherme Lobo conseguiu interpretar bem o papel de uma pessoa sem visão.
Quanto ao personagem, apesar de sua deficiência visual, o que mais me chama a atenção é a deficiência emocional das pessoas que o cercam. A mãe e a melhor amiga pautam todo o sentimento que sentem e o que fazem em um apego inseguro. A primeira limitando completamente a vida do filho. A segunda abandonando o rapaz a cada ação que contraria suas expectativas. Quem é o verdadeiro deficiente da história?
No mais o filme é lindo, a forma como o amor do Gabriel e do Leonardo se desenvolve e se revela é mais bonito ainda. Não vejo como alguém "se transformaria em gay" por assistir essa história, não passando assim de um papo furado dessa galera que gosta de ser extremista no conservadorismo.
Com a obrigação de assisti-lo para realizar um trabalho da faculdade, peguei-me assistindo-o com um forte senso de obrigação. Também houve um outro filtro pelo qual acabei focando durante a sessão, que não permitiu com que apreciasse tanto assim a história, passando a maior parte do tempo assimilando os acontecimentos com a psicologia vygotskyana.
Então, sem mais nem menos, acredito ser um filme cru. Não cru em um sentido propriamente ruim, mas não há uma discussão filosófica mais profunda. Trata-se de gêmeas que passaram a maior parte da vida sendo negligenciadas pelos pais e os efeitos disso. E não é por isso que perde sua beleza.
Gosto bastante quando encontro algumas joias no cinema brasileiro, como foi com esse filme. Antes de o ver na biblioteca de filmes de um amigo, nunca havia ouvido falar dele, mas logo o assisti. E dele, tiveram algumas coisas que eu gostaria de ressaltar, que pra mim, se destacaram na história.
Mais uma vez a Ana Lúcia Torre teve uma atuação digníssima, fiquei impressionado pela forma como ela se expressa ao longo do filme, só que
talvez tenha sido um pouco forçado a forma como ela de uma hora pra outra transformou sua conivência com a mudança do marido pra matá-lo sem mais nem menos. Sei que descobrir a traição foi um catalizador pra isso, mas foi muito repentino
me incomodou um pouco. Achei-o um pouco mal desenvolvido, servindo apenas para atormentar a protagonista, nada mais. Não gostei também da atuação do Aramis Trindade ao interpretar o Fuinha. Achei que foi um pouco mais caricato do que o aceitável.
Ótima participação do Selton Mello também, mesmo que não de uma maneira material. Gostei tanto do papel interpretado por ele, como o da Scarlett Johansson em Her (2013), nas devidas proporções logicamente.
Não sei se foi porque assisti, mas por ter jogado o jogo, fiquei com a impressão do filme ter seguido na mesma dinâmica, não em questão da história - porque foi fiel nisso, mas em questão de imagem, a impressão visual mesmo.
No mais, o que me impressionou também foi como o filme, é que diferente do costumeiro, foi representado pelas mulheres em primeiro plano. As duas protagonistas são o maior exemplo disso, mas sem entrar em detalhes, ao assistir, perceberá outras mulheres tendo um papel muito importante no filme. O núcleo que envolve os homens poderia ser facilmente retirado que não faria diferença no filme, eles andam, andam, andam e não saem do lugar enquanto as coisas se desenrolam em Silent Hill.
Não assisti o primeiro antes de vê-lo, mas não foi algo que senti falta. Fui contextualizado por um amigo e imagino que deve ter sido bem melhor que o primeiro mesmo, já que nesse há o clichê da família dentro de uma casa com pessoas tentando entrar.
No geral achei um filme divertido, não senti uma carga tão grande de terror ou de suspense como foi proposto, mas ainda assim, gostei. Não busquei algo crítico ao assistir, mas achei inusitado as críticas contidas no filme, pena que ficaram em segundo plano. Ignorando algumas coisas absurdas de roteiros desse tipo de filme, é bem divertido.
Se não fosse a própria sinopse nos informar, creio que haveria muito a dúvida em relação a sanidade do personagem interpretado por Bruce Willis - James Cole. Gostei muito do filme e em especial a atuação do Brad que foi divertidíssima no final das contas.
A explicação dada de como a psiquiatra tinha informação sobre o exército dos 12 macacos foi sensacional, ótimo retrato de um surto paranoico delirante.
Ao longo do filme, em vários momentos tive a impressão de que muitas lacunas ficariam ao final da história. Felizmente ou não, essas foram preenchidas com o término. A explicação foi boa? Pra mim, não. Esperava mais do filme.
Gente, por favor, vamos atentar aí aos spoilers. Dar informações diretas do filme não é legal. :-)
Tenho amigos fanáticos pelo filme, mas mesmo assim nunca tive vontade de assisti-lo. O fiz mais por um desencargo de consciência. Não nego que ele seja bom, o que ele é, só acredito que ele seja superestimado.
Até da pra considerar as cenas onde tem as "viagens" dos personagens como um terror psicológico.
Gostei do que fica implícito no filme. Achei genial a associação que o Boyle faz ao mostrar os quartos dos personagens sem vida e, ao usar as drogas, o ambiente acaba ficando avermelhado, como se fosse o inferno. Não creio que o filme seja algo antidrogas, mas mesmo assim a sacada é genial.
Até que ponto vai a ganância do ser humano? Eu acho que o filme consegue retratar isso de uma forma deveras cativante.
Fiquei com a impressão de que a violência neste filme não foi em si tão violenta, apesar das mortes, elas eram encaradas de uma maneira apática. Ninguém na história parece se surpreender frente a nenhuma das atrocidades acometidas.
Que filme sensacional. Ainda tô meio sem o que pensar sobre o final, mas a maneira como o enredo se desenrolou para chegar até isso foi sublime, embora em algumas horas a previsibilidade foi mais forte - o que não muda em nada a nota e a impressão causada. Demais!
Em uma aula de psicanálise a professora disse que todo preconceito é infundado e subjetivo. Se você pedir para alguém com um especificar o porque desse julgamento, sempre ouviremos um motivo como “eu não gosto”, “porque ele é negro”, coisas genéricas assim. É o que observamos em situações como a proposta pelo filme.
Um ódio infundado por gerações e gerações que, quando posto frente-a-frente, mostra-se completamente falso e insustentável. Esse ódio funciona como o alicerce pra que essa guerra ocorra. Quem será beneficiado de verdade? No final a guerra atinge todos nós.
Não vi nenhum outro filme indicado ao Oscar de melhor filme estranheiro, mas Tangerine já é o meu favorito ao prêmio.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraWild é um filme que previamente tive a impressão de ser uma história que seguisse para uma linha próxima ao renomado "Into the Wild", mas não foi o que encontrei ao assistí-lo. A narrativa segue próxima da vida da Cheryl, interpretado pela Reese Witherspoon, mas o foco não está na viagem propriamente dita - o que resulta em uma fotografia não tão esplêndida como esperava, mas também não deixa a desejar, mas sim no significado que a trilha tem para a protagonista. A trilha é sua vida, mas além disso, também é sua metamorfose. Podemos observar em alguns momentos uma analogia entre esses dois momentos bem definidos da vida da personagem - antes das drogas e durante a trilha, como no momento em que
a mãe morre e há uma jogada de cenas mostrando logo em seguida, a filha perdendo uma das botas e arremessando a outra em direção ao abismo. Ela perdeu parte de sua sustentação, mas teve que prosseguir, tanto com a vida, quanto com a trilha
Afinal, não sei o que me chamou mais a atenção no filme, talvez nunca saiba, mas após começar a assisti-lo em comparação ao primeiro, é provável que não tenha tido uma impressão tão boa quanto gostaria.Talvez tenha sentido falta de um desfecho melhor, mas os discursos da personagens frente aos homens que encontrou no filme equivaleram essa falta. E o que foi essa trilha sonora com Portishead?
K-11
3.0 44 Assista AgoraO filme retrata o mundo de uma cadeia americana onde há muitas transsexuais. Tive a impressão de ser uma reprodução um pouco caricata dessa vida carcerária, um pouco pelo modelo estrutural do lugar - de um ponto de vista social, e pela forma como os funcionários do local agem. Talvez essa caricatura seja justamente pra explorar uma personificação do policial corrupto no vice-xerife Johnson, interpretado por DB Sweeney;
Achei que ficou meio vago o enredo em alguns pontos, como a não explicação do que o produtor Raymond Saxx Jr., interpretado por Goran Visnjic, foi parar especificamente naquela cadeia. A confusão pra mim foi devido à flashbacks tidos pela personagem, enquanto telefonava, e relembrava de quando estava sendo preso. A pergunta "Homossexual?" me fez pensar que era uma cadeia específica para eles, o que parece meio improvável, mas enfim.
Um bom filme, espero reassiti-lo um dia com uma legenda melhor.
Sharknado 2: A Segunda Onda
2.4 221 Assista AgoraVocê não pode assistir um filme como esse com as lentes de quem assiste algo criado por Begman. Sharknado por sharknado aqui temos uma obra-prima (mesmo que seja do trash). Espero a sequência.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraComposto por várias partes diferentes sem relação direta entre si, o filme parece seguir com uma temática próxima de retaliação. Normalmente não gosto de um filme que de certa forma é um conjunto de "mini-filmes", mas esse mostrou-se divertidíssimo. Cada um das seis histórias abordadas tiveram uma carga muito grande de humor e de tensão, mas sem perder as estribeiras. Os meus favoritos foram primeiramente o do casamento, seguido pelo do estrelado por Darín.
Apesar disso, uma coisa que me despertou bastante interesse no filme, não foi nenhum desses dois, mas sim a do
rapaz que atropela e foge. Comentei com meus amigos enquanto assistíamos, acho que nunca vi algo com essa temática, o pós-atropelamento do ponto de vista das famílias
118 Dias
3.5 79 Assista AgoraO mais marcante pra mim foi o início do filme, mostrando a mobilização da população iraniana frente às fraudes presidenciais. Emocionou-me conseguir fazer uma clara ligação daquelas cenas ao que vemos diariamente acontecendo também no Brasil - nas devidas proporções. Não sei até onde há uma veracidade, tendo em visto que é um filme norte-americano retratando a realidade do Irã, mas se for dessa forma, genial.
Não gostei muito da tradução do título, o que de certa forma claramente configura um spoiler (tive essa impressão até antes mesmo de começar a assistir, quando comecei, ficou bem claro). Ótima atuação do Gael.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraNuma clara releitura do filme "A Montanha dos Sete Abutres" (1951) do Billy Wilder, o filme novamente trata do obscuro mundo jornalístico. Quais são os limites da ética profissional? Eu não estou por dentro desse meio, mas tenho certeza que Lou Bloom quebrou todos eles. Ótima atuação do Jake Gyllenhaal.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraUm dos novos filmes que vem abordando os bastidores da guerra, dessa vez trazendo a história verídica do matemático Alan Turing. Um filme bom, mas diria que é morno. Fiquei com a impressão de que a maior parte do filme consiste naquela preparatório para um grande clímax que não vem. Não há um ponto alto na história, algo que faça o espectador prender a respiração, por exemplo - pelo menos falando por mim.
No final fiquei triste pela condição que foi imposta ao Alan e às outras 49 mil pessoas - apenas na Inglaterra. Pelo menos o mundo vem mudando em relação a como o homossexual é tratado e visto, mesmo que ainda haja uma minoria barulhenta.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KPossuo um fraco por histórias com narradores, então já assisti o filme com um olhar mais brando. De qualquer maneira, mesmo sendo mais abrasador, encontramos aqui uma película bastante agradável. Com cores vivas, uma fotografia bela e um plantel de atores conhecidos - inclusive é uma das críticas que eu tiro, afinal, Adrien Brody é um dos meus atores preferidos, achei que ele foi subutilizado e poderia ter tido seu núcleo mais desenvolvido. A história em certos momentos me lembrou a história de Maus, mas apenas por uma assimilação minha mesmo. Valeu a indicação de melhor filme, mas não acho que tenha cacife para vencê-la, arrisco dizer que talvez leve a estatueta de melhor roteiro e/ou de melhor figurino.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraUm filme triste, mas bonito. Da mesma forma que Stephen Hawking em certo momento estuda sobre os limites do universo, somos levados a estudar no filme os limites do amor de Jane. E a conclusão que chegamos é que se o universo não possui fronteiras, o mesmo amor chega perto disso. Não importa o desfecho dele, porque aqui o que importa foi o como viveu: bonito e puro.
Menção honrosa à atuação do Eddie Redmayne. Em alguns momentos, até acreditei que o ator tivesse a doença motora degenerativa.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraUm retrato de como um sonho se torna uma obsessão. E as vezes obsessões se tornam perigosas, como pudemos ver. Um filme mediano pra bom, nada mais.
Seu maior mérito consiste nos últimos trinta minutos: uma sequência inusitada de plot twists, o que de certa maneira foi o que deu o tempero final ao filme.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraUm filme cheio de referências onde o que se destaca, para mim, foi toda a crítica à sociedade do espetáculo que vivemos.
O importante não é existir e sim se destacar, ato que todos no filme parecem buscar. Ao tentar ir contra isso, negando Hollywood e se dedicando à Broadway, Riggan encontra vários obstáculos, seja na forma da crítica Sylvia Thomson ou como sua própria consciência, na forma do Homem Pássaro. O ponto em comum nisso é a representação do Riggan como uma celebridade, não como um ator - crítica ferrenha ao molde de cinema que temos.
Outra coisa que eu achei bacana no filme foi o personagem interpretado pelo Edward Norton, o Mike Shine. O cara é a representação do que os atores são. O mesmo afirma que só é verdadeiro dentro do palco. Isso se afirma também quando o mesmo
tem uma ereção no palco, diante de 800 pessoas. Podemos convencionar a ereção como sinônimo de excitação, coisa que pelo visto não o tem na vida pessoal, já que discute com a outra atriz, por não ter ereções durante muitos meses.
No fim acaba por ser um filme bem legal, destacando-se da maioria, mas não sendo por isso uma obra que se diferencia tanto a ponto de ser um marco.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraDepois de uma sequência muito boa de filmes nacionais, resolvi assistir esse tão premiado filme. O que encontramos aqui é uma bonita história do garoto Leonardo, que nasceu cego, e tudo que envolve sua vida. Família, amigos, escola; tudo é retratado aqui de uma forma bem simples através de uma bela fotografia. O Ghilherme Lobo conseguiu interpretar bem o papel de uma pessoa sem visão.
Quanto ao personagem, apesar de sua deficiência visual, o que mais me chama a atenção é a deficiência emocional das pessoas que o cercam. A mãe e a melhor amiga pautam todo o sentimento que sentem e o que fazem em um apego inseguro. A primeira limitando completamente a vida do filho. A segunda abandonando o rapaz a cada ação que contraria suas expectativas. Quem é o verdadeiro deficiente da história?
No mais o filme é lindo, a forma como o amor do Gabriel e do Leonardo se desenvolve e se revela é mais bonito ainda. Não vejo como alguém "se transformaria em gay" por assistir essa história, não passando assim de um papo furado dessa galera que gosta de ser extremista no conservadorismo.
A Maçã
3.9 101Com a obrigação de assisti-lo para realizar um trabalho da faculdade, peguei-me assistindo-o com um forte senso de obrigação. Também houve um outro filtro pelo qual acabei focando durante a sessão, que não permitiu com que apreciasse tanto assim a história, passando a maior parte do tempo assimilando os acontecimentos com a psicologia vygotskyana.
Então, sem mais nem menos, acredito ser um filme cru. Não cru em um sentido propriamente ruim, mas não há uma discussão filosófica mais profunda. Trata-se de gêmeas que passaram a maior parte da vida sendo negligenciadas pelos pais e os efeitos disso. E não é por isso que perde sua beleza.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraGosto bastante quando encontro algumas joias no cinema brasileiro, como foi com esse filme. Antes de o ver na biblioteca de filmes de um amigo, nunca havia ouvido falar dele, mas logo o assisti. E dele, tiveram algumas coisas que eu gostaria de ressaltar, que pra mim, se destacaram na história.
Mais uma vez a Ana Lúcia Torre teve uma atuação digníssima, fiquei impressionado pela forma como ela se expressa ao longo do filme, só que
talvez tenha sido um pouco forçado a forma como ela de uma hora pra outra transformou sua conivência com a mudança do marido pra matá-lo sem mais nem menos. Sei que descobrir a traição foi um catalizador pra isso, mas foi muito repentino
Sobre o outro núcleo da história
- o do inquérito policial -
Ótima participação do Selton Mello também, mesmo que não de uma maneira material. Gostei tanto do papel interpretado por ele, como o da Scarlett Johansson em Her (2013), nas devidas proporções logicamente.
Terror em Silent Hill
3.5 1,5K Assista AgoraNão sei se foi porque assisti, mas por ter jogado o jogo, fiquei com a impressão do filme ter seguido na mesma dinâmica, não em questão da história - porque foi fiel nisso, mas em questão de imagem, a impressão visual mesmo.
No mais, o que me impressionou também foi como o filme, é que diferente do costumeiro, foi representado pelas mulheres em primeiro plano. As duas protagonistas são o maior exemplo disso, mas sem entrar em detalhes, ao assistir, perceberá outras mulheres tendo um papel muito importante no filme. O núcleo que envolve os homens poderia ser facilmente retirado que não faria diferença no filme, eles andam, andam, andam e não saem do lugar enquanto as coisas se desenrolam em Silent Hill.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2K Assista AgoraNão assisti o primeiro antes de vê-lo, mas não foi algo que senti falta. Fui contextualizado por um amigo e imagino que deve ter sido bem melhor que o primeiro mesmo, já que nesse há o clichê da família dentro de uma casa com pessoas tentando entrar.
No geral achei um filme divertido, não senti uma carga tão grande de terror ou de suspense como foi proposto, mas ainda assim, gostei. Não busquei algo crítico ao assistir, mas achei inusitado as críticas contidas no filme, pena que ficaram em segundo plano. Ignorando algumas coisas absurdas de roteiros desse tipo de filme, é bem divertido.
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista AgoraSe não fosse a própria sinopse nos informar, creio que haveria muito a dúvida em relação a sanidade do personagem interpretado por Bruce Willis - James Cole. Gostei muito do filme e em especial a atuação do Brad que foi divertidíssima no final das contas.
A explicação dada de como a psiquiatra tinha informação sobre o exército dos 12 macacos foi sensacional, ótimo retrato de um surto paranoico delirante.
O Sinal: Frequência do Medo
2.9 373Ao longo do filme, em vários momentos tive a impressão de que muitas lacunas ficariam ao final da história. Felizmente ou não, essas foram preenchidas com o término. A explicação foi boa? Pra mim, não. Esperava mais do filme.
Gente, por favor, vamos atentar aí aos spoilers. Dar informações diretas do filme não é legal. :-)
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraTenho amigos fanáticos pelo filme, mas mesmo assim nunca tive vontade de assisti-lo. O fiz mais por um desencargo de consciência. Não nego que ele seja bom, o que ele é, só acredito que ele seja superestimado.
Até da pra considerar as cenas onde tem as "viagens" dos personagens como um terror psicológico.
Gostei do que fica implícito no filme. Achei genial a associação que o Boyle faz ao mostrar os quartos dos personagens sem vida e, ao usar as drogas, o ambiente acaba ficando avermelhado, como se fosse o inferno. Não creio que o filme seja algo antidrogas, mas mesmo assim a sacada é genial.
A Ilha do Milharal
4.0 40Não acho pra assistir em lugar algum. Alguma alma boa com um link para assistir online ou para download? :-(
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraAté que ponto vai a ganância do ser humano? Eu acho que o filme consegue retratar isso de uma forma deveras cativante.
Fiquei com a impressão de que a violência neste filme não foi em si tão violenta, apesar das mortes, elas eram encaradas de uma maneira apática. Ninguém na história parece se surpreender frente a nenhuma das atrocidades acometidas.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraQue filme sensacional. Ainda tô meio sem o que pensar sobre o final, mas a maneira como o enredo se desenrolou para chegar até isso foi sublime, embora em algumas horas a previsibilidade foi mais forte - o que não muda em nada a nota e a impressão causada. Demais!
Madrugada dos Mortos
3.5 1,4K Assista AgoraFazer um bom trash é uma arte.
Tangerinas
4.3 243Em uma aula de psicanálise a professora disse que todo preconceito é infundado e subjetivo. Se você pedir para alguém com um especificar o porque desse julgamento, sempre ouviremos um motivo como “eu não gosto”, “porque ele é negro”, coisas genéricas assim. É o que observamos em situações como a proposta pelo filme.
Um ódio infundado por gerações e gerações que, quando posto frente-a-frente, mostra-se completamente falso e insustentável. Esse ódio funciona como o alicerce pra que essa guerra ocorra. Quem será beneficiado de verdade? No final a guerra atinge todos nós.
Não vi nenhum outro filme indicado ao Oscar de melhor filme estranheiro, mas Tangerine já é o meu favorito ao prêmio.