A premissa do filme é super legal: um drama urbano em seu melhor, toda a sujeira e decadência de uma grande cidade, toda a sordidez de uma selva de pedra; e um protagonista, mentalmente instável e com um baita complexo de heroi, solitário e psicótico, que toma para si a missão de expurgar o mal. Robert De Niro deu um show no papel de Travis. A propósito, achei que ele, e a brilhante Jodie Foster, que com 14 anos interpretou muito bem uma jovem prostituta que se torna a nova obsessão de Travis; e que derradeiramente é salva por ele, finalmente preenchendo seu complexo de heroismo, foram a salvação de um filme, que não fosse por essas performances memoráveis, seria só mais um filme de violência gratuita.
Senti uma vibe "Orange is the New Black" ao assistir "GLOW". Um elenco feminino divertido, com certo desenvolvimento individual das personagens ( algumas mais exploradas, outras menos ) e muito humor. Acho que a série capturou bem a estética dos anos 80: as drogas, o figurino, os carros, as cores, a trilha sonora. Alison Brie fez um excelente trabalho como Ruth, uma protagonista entusiasta e cativante. E toda a ideia de mulheres lutadoras é bastante peculiar e interessante. O seriado também tratou de assuntos sérios, como o aborto. No geral, achei legal e divertido, mas não sei se uma segunda temporada seria uma boa opção ...
Uma animação muito inteligente e imaginativa. "Os Mestres do Tempo", além de todos os elementos clássicos de ficção científica: espaço-naves, alienígenas, armas de laser, etc, ainda traz uma alegoria muito inetressante ao pensamento e comportamento humanos, observados e até cheirados pelos gnomos, que julgam nossas atitudes de uma maneira neutra, como observadores; e, também, o planeta Gamma 10, com sua aversão à pluralidade, e de livre-arbítrio, especialmente interessante foi o fato de as criaturas escravas nesse planeta parecem anjos, talvez uma referência aos anjos do Altíssimo, que devem servi-lo, sem a liberdade de escolha como nós, seres humanos. E o plot twist nop final ... Realmente, muito fácil de assistir, e muito bom. Ansiso por assistir mais filmes do mesmo diretor.
A solidão da busca pelo Sonho Americano apresentado de maneira magistral - senão um tanto maçante. - por Orson Welles. "Cidadão Kane" é um filme que, pra mim, toca bem no núcleo do Mundo Capitalista um pouco antes da segunda metade do século passado - justamente no peíodo de florescimento das grandes corporações bancárias, dos grandes movimentos políticos e sociais que viriam a moldar o século XX, e, portanto, a transição deste para o XXI. Charles Kane é um homem excepcional: rico, poderoso, influente - o exemplar perfeito da realização do tão procurado, tão explorado "American Dream"; Kane era "self-made", ou seja, começara pobre numa cidade no meio do nada e chegou, por seu próprio esforço e bravura, à posição de um dos homens mais poderosos da América. A incarnação do ideal americano cultivado desde a Guerra da Independência. Ao mesmo tempo, existe uma faceta do "Cidadão Kane" que é por poucos conhecida: a de um homem solitário, infeliz e desesperadamente em busca de seu "Rosebud", da inocência e simplicidade de uma vida que jamais lhe seria retornada. Agora, esse é um tema extremamente interessante, eu acho. E relevante, também. A grandeza e a solidão andam lado-a-lado, como se diz, e, na minha opinião, essa é a premissa de "Cidadão Kane", mais do que tudo. Sim, o filme é lento, e um tanto chato e, talvez, seja até superestimado, mas não deixa de ser um filme ideal sobre um ideal já estabelicido: o do protagonista que luta por alcançar a grandeza, ou os seus sonhos, e, no fim, encontra-se só e desamparado; é um filme sobre solidão, e eu acho que, por explorar o tema tão bem, "Cidadão Kane" merece um lugar no hall dos melhores filmes da Era Dourada Hollywoodiana.
[/spoiler]Ver o Piscatella morrer vítima da própria ineficiência e violência do sisema foi bem irônico.[spoiler]
Um pouco enrolada demais, com poucos dias expremidos em 13 episódios, deixou um pouco a desejar. Acho que não conseguiu dar continuidade à mistura de humor e crítica social da temporada passada ...
Muito mais do que a história de um rapaz em guerra com sua própria sexualidade ... "C.R.A.Z.Y" é um filme sobre relações familiares, sobre como era crescer nos anos 60-70, sobre o uso de drogas e suas causas e consequências, sobre como música pode influenciar as pessoas, enfim. Um filme bom sobre a "vida como ela é" em um determinado período e lugar.
Skam tratou de assuntos muito pertinentes à sociedade atual, principalmente em países europeus e de Primeiro Mundo: uso de tecnologia, imigração, tolerância religiosa, sexo na adolescência, homossexualidade ... Enfim, essa série, em quatro curtas temporadas, nos deu um casal LGBT inesquecível ( Even e Isak ), e trouxe perfomances muito boas de seus respectivos protagonistas. Dito isso, acho que já estava na hora de acabar mesmo. Sinto que a trama já foi esticada o máximo possível, e que essa temporada final, com a Sana, uma jovem mulçumana lidando com a própria fé e o cyberbullying, meio que fechou com chava de ouro o seriado. Não acho que uma outra temporada seria uma boa ideia; os arcos das personagens já foram bem fechados ( alguns, como o da Eva e do Jonas, até de maneira repentina demais pro meu gosto ) e, basicamente, não deixou nada a desejar. Um dos seriados desse gênero "teen" mais relevantes e bem-escritas no momento.
Um filme lindo, de fato. Uma mistura de diálogos singelos e reais, fotografia linda, ritmo lento e delicado, e uma trilha sonora simplesmente incrível.Sofia Coppola mereceu seu Oscar pelo trabalho nesse filme, pois "Lost in Translation" é original, com protagonistas que espelham a vida monótona e o desejo intrínseco de "estar em outro lugar" de cada um; ela, em um casamento infeliz, sempre deixada de lado pelo esposo, ele, também em uma união infeliz, com uma vida medíocre e sintética. A maneira como a trama foi se desenvolvendo devagar, com uso e abuso de paisagens de tirar o fôlego, e sem um momento de clímax, foi, como eu já li aqui nos comentários, uma antítese do drama Hollywoodiano. Dessa mesma diretora, quero agora ver "The Virgin Suicides" e o remake de "O Estranho que Nós Amamos". Espero ver da mesma simplicidade e beleza nesses filmes.
Que gema! Que filme bem escrito e bem feito, com atuações maravilhosas de todo o elenco, mas principalmente da Geraldine Page e do Clint Eastwood ( a.k.a Hugh Jackman ). Uma trama bastante original e , de certa maneira, moderna ( vide o beijo lésbico entre Miss Martha e Edwina, ainda que fosse apenas uma alucinação da desejosa Martha ), a maneira como o personagem do Eastwood manipula todas as integrantes da casa através de sua sexualidade reprimida, mas ao mesmo tempo nenhuma das mulheres no filme é exatamente uma vítima, provando-se capazes de machucar e torturar também, foi simplesmente genial. À altura dos minutos finais de "O Estranho que Nós Amamos", você já não sabe mais quem é o vilão, e quem é a vítima. Talvez não exista essa divisão. P.S. Tô sedento pelo remake da exclentíssima Sofia Coppola.
Acho que a proposta do filme foi mesmo distanciar a figura pessoal da Thatcher da figura política. A atuação da Meryl foi, como sempre, estupenda e ela capturou bem a determinação da Margaret no tocante ao seu trabalho e mandato como Primeira Ministra, bem como sua vulnerabilidade e solidão, mais tarde, quando já deposta e velha. O amor dela pelo marido foi mesmo comovente, e o jeito como ela dava sempre preferência ao trabalho acima da família, e como isso afetou sua relação com os filhos foi muito bem encenado, e bem coerente com o caráter dessa que, apesar das polêmicas, foi sem dúvida uma grande mulher.
Criativo e inovador, esse pseudo-documentário do início do século passado faz um paralelo super interessante entre o místico e supersticioso ( como vistos na Idade Média ) e a histeria e desordem mental ( como vistos na Modernidade ), tudo de maneira bem artística e bem-pesquisada. Uma obra-´prima do cinema mudo, sem dúvidas.
Achei super intereessante a maneira como a trama desse filme mesclou momentos engraçadinhos, típicos de filmes infantis: Okja pulando e dançando, Okja soltando puns e fazendo piroetas; e, também, cenas extremamente violentas
[/spoiler] a cena do acasalemento forçado entre a Okja e um macho da espécie, o que foi completamente repulsivo de assistir, o líder da ONG de defesa dos animais espancando a personagem do Steven Yeun, a cena do abatedouro[spoiler]
Enfim, foi um filme bastante diferente do que eu estava acostumado a ver,no quesito criança-salva-seu-animal-de-estimação. A verdade nua e crua do filme foi basntante choquante, e "Okja" abordou bem o tema de mau-trato a animais, produtos GM e corrupção e falta de humanidade por parte de grandes corporações, como a Mirando, no filme. Aliás, Tilda Swinton mostrou todo o seu talento interpretando as gêmeas Mirando, de personalidades tão avessas. Definitivamente, não o que eu esperava, mas, ainda assim, um ótimo filme. Gostei.
Quando primeiro ouvi falar nesse filme, tive uma impressão completamente errônea dele: achei que seria mais um daqueles filmes extremamente tristes, recheados de cena se cortar o coração , como em "A Vida é Bela", por exemplo. Não foi. Foi a história sóbria e singela de uma sobrevivente, Sophie, brilhantemente interpretada por Meryl Streep. Uma mãe que teve de fazer uma escolha impossível, uma mulher apaixonada e talvez um pouco egoísta. O drama ficou apenas como um pano-de-fundo. As atuações, além da da Meryl, que foi claramente sensacional, foram bem competentes, a fotografia bonita e a história, apesar de um tanto anti-climática, ainda assim interessante. O amor de uma mulher por um homem.
Deixou a desejar, quando comparada à primeira temporada? Sim. Teve momentos desnecessários, bobos e monótonos? Sim. Mas, apesar disso, "Twin Peaks" permanece uma das melhores séries de TV de todos os tempos. O que eu sempre gostei nas produções "Lynchianas" foi a maneira como esse diretor - aqui com a ajuda do Mark Frost. - consegue enlaçar bem uma miscelânia de cenas e personagens diferentes, e centralizar tudo numa trama,que apesar das falhas:
[/spoiler]Vide a confusão que foi a vida amorosa da personagem da Audrey Horne, o final quase anti-climático do último episódio, o comic relief exagerado da personagem do Andy, a "novela mexicana" entre a Donna ( que ficou completamente sem-graça nessa temporada ) e o James, Windom Earle ( que apesar de bem interpretado, chegou tarde demais na trama ), Evelyn Marsh, que, a não ser para ser objetificada e sensualizada, não teve nenhuma outra aplicação prática na trama, o Little Nicky e o ignóbil Richard "Dick" Tremayne, a adição da Annie Blackburn e um dos casais mais forçados da história da dramaturgia, ela e Cooper. Enfim, essa temporada foi mesmo controversa e, em qualidade, teve momentos definitivamente inferiores à primeira. Mas, ainda assim, a capacidade criativa de Lynch & Frost, as personagens inesquecíveis ( como Lucy, uma das personagens mais amáveis que já vi, Killer Bob, uma das mais assustadoras, Catherine, uma vilã icônica e Harry, um do sheriffes mais doces da história da televisão), e a profunda complexidade da personagem da Laura Palmer, merecem reconhecimento.
[/spoiler] Eu gostei muito do filme. Acho que a primeira coisa que temos que lembrar é que é um blockbuster, um filme de superherois, portanto, não se pode esperar uma grande discussão filosófica, um roteiro com diálogos existenciais e alegorias à natureza humana; é um filme que deve atender todas as idades, deve alcançar um grande número de telespectadores, como de fato o fez. E eu achei que Patty Jenkis o fez com a melhor das qualidades: a fotografia do filme é linda, os efeitos especiais muito bons, as atuações competentes, e a temática principal, apesar de na minha opinião já bem clichê, não deixa de ser interessante: o bem, e o mal. A capacidade humana de machucar ou curar, de matar ou poupar a vida, egoísmo ou abnegação. Acho que isso ficou muito bem representado pela maneira ingênua como a Diana via o mundo dos mortais - ela, que havia sido criada em um ambiente de justiça e honra. - , cheio de egoísmo e ódio, de ganância e maldade, justamente o que a guerra traz de pior na humanidade. É clara a alegoria de Áries como a violência humana, como a capacidade que temos de fazer mal, como ele mesmo diz "ele apenas nos influencia, nós decidimos nossas próprias ações." Achei bem interessante essa jogada da Jenkins, e ainda mais a personagem da Isabel Maru, acho que ela ilustrou bem que mulheres são tão capazes de perpetrar o mal, quanto o bem ( como as Amazonas ). A atuação da Gal Gadot não deixou nada a desejar, ela foi carismática e questionadora como Diana Prince e, à altura do fim do filme, eu já havia me apaixonado pela personagem. Um filme muito bem dirigido e que além dos típicos elementos de blockbuster, trouxe algo a mais à telona.
Adorei a atuação da Sheryl Lee, que finalmente teve a chance de interpretar essa personagem tão icônica e central para a trama da série, nas duas temporadas
[/spoiler]A primeira parte do filme foi bastante confusa, mas isso já é marca registrada do David Lynch, mas a participação do David Bowie foi incrível, apesar de bem curta. "Fire Walk withe Me", apesar de claramente casar com a trama de "Twin Peaks" em momentos-chave, como quando a Annie implora à Laura que escreva em seu diário a respeito do Good Coop ainda estar na Sala Vermelha, entre os Lodges. O que, a propósito, se mostrou fundamental para a trama do Revival. A atuação do Ray Wise como Leland Palmer/Killer Bob foi fenomenal, como sempre ( acho-o o ator mais talentoso do elenco ) e gostei da interação entre ele e a Sheryl Lee. Esta última conseguiu transmitir todo o pavor, medo, instabilidade, sexualidade e vulnerabilidade da personagem de maneira sucinta e eu perdoo a troca de atrizes pra personagem da Donna. Em suma, um excelente prequel, que todos aqueles que assistiram ao seriado, compreendem a importância pra trama principal, com ou sem a presença do Special Agent Chester Desmond.
O que dizer dessa gema nacional? Um filme extremamente sensível sobre o que é - para citar Dumbledore - "certo e o que é fácil." Dora é uma protagonista humana e crível, ela ajuda, mas sem nunca abandonar sua zona de conforto. É só quando se vê dividida entre o destino de uma criança órfã e sua própria comodidade é que ela, talvez pela primeira vez na vida, decidi agir e de fato ajudar o próximo. Daí o filme segue em uma linda jornada de auto-conhecimento e descoberta, em que Dora cria um vínculo com Josué, mas que não abandona sua mente pragmática e conformista, causando uma das cenas mais tristes que já vi, quando ela parte e deixa o garoto com os irmãos, à espera do pai. Fernanda Montenegro foi simplesmente brilhante em sua performance, esse monstro sagrado da dramaturgia brasileira. Vinícius de Oliveira não fica atrás, e deu um show como o levado Josué, que tanto nos encanta. Um filme pra guardar no coração.
Excelente filme, com uma interpretação magistral de Sônia Braga, que transmitiu bem toda a resistência, força de vontade, pragmatismo e paixão da Clara, uma mulher que se recusa a se deixar vencer. Um roteiro simples, paisagens lindas, uma representação bem fiel de personagens que refletem pessoas reais do dia-a-dia ( a empregada, de origem simples e que perdeu o filho para a violência ), o rapaz arrogante e esnobe, a companhia capaz de tudo pelo dinheiro ... Adorei o filme.
[/spoiler]A melhor temporada até o momento, pra mim. Tive que dar 5 estrelas. Robin Wright simplesmente arrebentou no papel de Claire, mostrando toda a vulnerabilidade, culpa e, ao mesmo tempo, força e independência dessa, que na minha opinião, é uma das personagens femininas melhor escritas da televisão ultimamente. A maneira como a relação dela com o Francis foi explorada nessa temporada foi genial, sob os olhos do observador neutro, o escritor Tom Yates. Aquela cena em que a Claire, num momento de frqueza, em que sua armadura de frieza e cortesia finalmente cai, enquanto ela está doando sangue, e a personagem, pela primeira vez na série, mostra total honestidade e compara sua vida com o Frank à "flertar com a beirada de uma ponte" foi simplesmente a melhor cena do seriado até o momento. Robin Wright mostrou todo o seu talento com aquela cena, e muitas outras nessa temporada. Toda a trama relacionada aos conflitos no Oriente Médio, à diplomacia com a Rússia, à campanha política Heather vs. Frank, tudo muito relevante ( como sempre ) pro cenário político atual. Sinceramente, uma das melhores séries originais da Netflix, se não a melhor.
Uma adaptação excelente. Mel Gibson, Glenn Close e Helena Bonham Carter deram um show de interpretação, e eu gostei da maneira como Zeffirelli leu a peça original em certos aspectos: como, por exemplo, a relação Gertrude x Hamlet, e a própria personagem do Polonius, que nesse filme é um fanfarrão bem-intencionado, assim como eu o tinha imaginado ao ler o script do Shakespeare pela primeira vez. Agora só me resta assistir à versão do Branagh.
Deixou-me com muita vontade de ler o romance da Margaret Atwood. Achei a série sensacional: a maneira como ela explorou um governo totalitário que parece quase utópico, mas ao mesmo conecta-se tanto com o que vivemos hoje: se um grupo de pessoas dispostas a estabelecer uma nova forma de governo, com a crise pela qual os E .U.A e outros países do mundo têm passado, quem pode afirmar que eles não teriam sucesso como os Filhos de Jacó, na série e no livro? Adorei e achei bem pertinente a maneira como o seriado explorou o conceito de feminilidade, e o papel da mulher numa sociedade que - não muito diferente da nossa. - as classifica em esposas, mãe e objetos sexuais. Foi interessante ver como Serena Joy, uma escritora e uma mulher inteligente, foi capaz de ajudar a estabelecer uma ditadura tão misógina e sexista, tudo por uma ideia egoísta de que aquela era a mudança de que o mundo necessitava. Elisabeth Moss, mais uma vez, provou todo o seu talento como mais uma personagem que passou por extrema dificuldade e ainda assim permaneceu forte e decidida a "não ser aquela garota na caixa de música". Ela é uma forte candidata a um Emmy esse ano. O seriado explorou bem o poder do fanatismo religioso e de como ele pode ser usado para justificar atrocidades, e os conceitos de livre-arbítrio, opressão e busca por liberdade. Uma das melhores surpresas de 2017, por enquanto.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraA premissa do filme é super legal: um drama urbano em seu melhor, toda a sujeira e decadência de uma grande cidade, toda a sordidez de uma selva de pedra; e um protagonista, mentalmente instável e com um baita complexo de heroi, solitário e psicótico, que toma para si a missão de expurgar o mal. Robert De Niro deu um show no papel de Travis. A propósito, achei que ele, e a brilhante Jodie Foster, que com 14 anos interpretou muito bem uma jovem prostituta que se torna a nova obsessão de Travis; e que derradeiramente é salva por ele, finalmente preenchendo seu complexo de heroismo, foram a salvação de um filme, que não fosse por essas performances memoráveis, seria só mais um filme de violência gratuita.
GLOW (1ª Temporada)
3.9 161 Assista AgoraSenti uma vibe "Orange is the New Black" ao assistir "GLOW". Um elenco feminino divertido, com certo desenvolvimento individual das personagens ( algumas mais exploradas, outras menos ) e muito humor. Acho que a série capturou bem a estética dos anos 80: as drogas, o figurino, os carros, as cores, a trilha sonora. Alison Brie fez um excelente trabalho como Ruth, uma protagonista entusiasta e cativante. E toda a ideia de mulheres lutadoras é bastante peculiar e interessante. O seriado também tratou de assuntos sérios, como o aborto. No geral, achei legal e divertido, mas não sei se uma segunda temporada seria uma boa opção ...
House of Cards (5ª Temporada)
4.0 249 Assista Agora"My turn". Claire Underwood empoderada, independente e lindíssima.
Os Mestres do Tempo
4.0 18Uma animação muito inteligente e imaginativa. "Os Mestres do Tempo", além de todos os elementos clássicos de ficção científica: espaço-naves, alienígenas, armas de laser, etc, ainda traz uma alegoria muito inetressante ao pensamento e comportamento humanos, observados e até cheirados pelos gnomos, que julgam nossas atitudes de uma maneira neutra, como observadores; e, também, o planeta Gamma 10, com sua aversão à pluralidade, e de livre-arbítrio, especialmente interessante foi o fato de as criaturas escravas nesse planeta parecem anjos, talvez uma referência aos anjos do Altíssimo, que devem servi-lo, sem a liberdade de escolha como nós, seres humanos. E o plot twist nop final ... Realmente, muito fácil de assistir, e muito bom. Ansiso por assistir mais filmes do mesmo diretor.
Elizabeth I: A Rainha Virgem
3.8 35Precisão histórica e atuação magistral de Anne-Marie Duff. Muito bem-escrito, e ofereceu uma visão mais pessoal à vida dessa mulher icônica.
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraA solidão da busca pelo Sonho Americano apresentado de maneira magistral - senão um tanto maçante. - por Orson Welles. "Cidadão Kane" é um filme que, pra mim, toca bem no núcleo do Mundo Capitalista um pouco antes da segunda metade do século passado - justamente no peíodo de florescimento das grandes corporações bancárias, dos grandes movimentos políticos e sociais que viriam a moldar o século XX, e, portanto, a transição deste para o XXI. Charles Kane é um homem excepcional: rico, poderoso, influente - o exemplar perfeito da realização do tão procurado, tão explorado "American Dream"; Kane era "self-made", ou seja, começara pobre numa cidade no meio do nada e chegou, por seu próprio esforço e bravura, à posição de um dos homens mais poderosos da América. A incarnação do ideal americano cultivado desde a Guerra da Independência. Ao mesmo tempo, existe uma faceta do "Cidadão Kane" que é por poucos conhecida: a de um homem solitário, infeliz e desesperadamente em busca de seu "Rosebud", da inocência e simplicidade de uma vida que jamais lhe seria retornada. Agora, esse é um tema extremamente interessante, eu acho. E relevante, também. A grandeza e a solidão andam lado-a-lado, como se diz, e, na minha opinião, essa é a premissa de "Cidadão Kane", mais do que tudo. Sim, o filme é lento, e um tanto chato e, talvez, seja até superestimado, mas não deixa de ser um filme ideal sobre um ideal já estabelicido: o do protagonista que luta por alcançar a grandeza, ou os seus sonhos, e, no fim, encontra-se só e desamparado; é um filme sobre solidão, e eu acho que, por explorar o tema tão bem, "Cidadão Kane" merece um lugar no hall dos melhores filmes da Era Dourada Hollywoodiana.
Orange Is the New Black (5ª Temporada)
4.2 434[/spoiler]Ver o Piscatella morrer vítima da própria ineficiência e violência do sisema foi bem irônico.[spoiler]
Um pouco enrolada demais, com poucos dias expremidos em 13 episódios, deixou um pouco a desejar. Acho que não conseguiu dar continuidade à mistura de humor e crítica social da temporada passada ...
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Muito mais do que a história de um rapaz em guerra com sua própria sexualidade ... "C.R.A.Z.Y" é um filme sobre relações familiares, sobre como era crescer nos anos 60-70, sobre o uso de drogas e suas causas e consequências, sobre como música pode influenciar as pessoas, enfim. Um filme bom sobre a "vida como ela é" em um determinado período e lugar.
Skam (4ª Temporada)
4.5 140Skam tratou de assuntos muito pertinentes à sociedade atual, principalmente em países europeus e de Primeiro Mundo: uso de tecnologia, imigração, tolerância religiosa, sexo na adolescência, homossexualidade ... Enfim, essa série, em quatro curtas temporadas, nos deu um casal LGBT inesquecível ( Even e Isak ), e trouxe perfomances muito boas de seus respectivos protagonistas. Dito isso, acho que já estava na hora de acabar mesmo. Sinto que a trama já foi esticada o máximo possível, e que essa temporada final, com a Sana, uma jovem mulçumana lidando com a própria fé e o cyberbullying, meio que fechou com chava de ouro o seriado. Não acho que uma outra temporada seria uma boa ideia; os arcos das personagens já foram bem fechados ( alguns, como o da Eva e do Jonas, até de maneira repentina demais pro meu gosto ) e, basicamente, não deixou nada a desejar. Um dos seriados desse gênero "teen" mais relevantes e bem-escritas no momento.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraUm filme lindo, de fato. Uma mistura de diálogos singelos e reais, fotografia linda, ritmo lento e delicado, e uma trilha sonora simplesmente incrível.Sofia Coppola mereceu seu Oscar pelo trabalho nesse filme, pois "Lost in Translation" é original, com protagonistas que espelham a vida monótona e o desejo intrínseco de "estar em outro lugar" de cada um; ela, em um casamento infeliz, sempre deixada de lado pelo esposo, ele, também em uma união infeliz, com uma vida medíocre e sintética. A maneira como a trama foi se desenvolvendo devagar, com uso e abuso de paisagens de tirar o fôlego, e sem um momento de clímax, foi, como eu já li aqui nos comentários, uma antítese do drama Hollywoodiano. Dessa mesma diretora, quero agora ver "The Virgin Suicides" e o remake de "O Estranho que Nós Amamos". Espero ver da mesma simplicidade e beleza nesses filmes.
O Estranho Que Nós Amamos
3.9 131 Assista AgoraQue gema! Que filme bem escrito e bem feito, com atuações maravilhosas de todo o elenco, mas principalmente da Geraldine Page e do Clint Eastwood ( a.k.a Hugh Jackman ). Uma trama bastante original e , de certa maneira, moderna ( vide o beijo lésbico entre Miss Martha e Edwina, ainda que fosse apenas uma alucinação da desejosa Martha ), a maneira como o personagem do Eastwood manipula todas as integrantes da casa através de sua sexualidade reprimida, mas ao mesmo tempo nenhuma das mulheres no filme é exatamente uma vítima, provando-se capazes de machucar e torturar também, foi simplesmente genial. À altura dos minutos finais de "O Estranho que Nós Amamos", você já não sabe mais quem é o vilão, e quem é a vítima. Talvez não exista essa divisão.
P.S. Tô sedento pelo remake da exclentíssima Sofia Coppola.
A Dama de Ferro
3.6 1,7KAcho que a proposta do filme foi mesmo distanciar a figura pessoal da Thatcher da figura política. A atuação da Meryl foi, como sempre, estupenda e ela capturou bem a determinação da Margaret no tocante ao seu trabalho e mandato como Primeira Ministra, bem como sua vulnerabilidade e solidão, mais tarde, quando já deposta e velha. O amor dela pelo marido foi mesmo comovente, e o jeito como ela dava sempre preferência ao trabalho acima da família, e como isso afetou sua relação com os filhos foi muito bem encenado, e bem coerente com o caráter dessa que, apesar das polêmicas, foi sem dúvida uma grande mulher.
Haxan: A Feitiçaria Através dos Tempos
4.2 183 Assista AgoraCriativo e inovador, esse pseudo-documentário do início do século passado faz um paralelo super interessante entre o místico e supersticioso ( como vistos na Idade Média ) e a histeria e desordem mental ( como vistos na Modernidade ), tudo de maneira bem artística e bem-pesquisada. Uma obra-´prima do cinema mudo, sem dúvidas.
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraAchei super intereessante a maneira como a trama desse filme mesclou momentos engraçadinhos, típicos de filmes infantis: Okja pulando e dançando, Okja soltando puns e fazendo piroetas; e, também, cenas extremamente violentas
[/spoiler] a cena do acasalemento forçado entre a Okja e um macho da espécie, o que foi completamente repulsivo de assistir, o líder da ONG de defesa dos animais espancando a personagem do Steven Yeun, a cena do abatedouro[spoiler]
Enfim, foi um filme bastante diferente do que eu estava acostumado a ver,no quesito criança-salva-seu-animal-de-estimação. A verdade nua e crua do filme foi basntante choquante, e "Okja" abordou bem o tema de mau-trato a animais, produtos GM e corrupção e falta de humanidade por parte de grandes corporações, como a Mirando, no filme. Aliás, Tilda Swinton mostrou todo o seu talento interpretando as gêmeas Mirando, de personalidades tão avessas. Definitivamente, não o que eu esperava, mas, ainda assim, um ótimo filme. Gostei.
A Escolha de Sofia
4.0 514 Assista AgoraQuando primeiro ouvi falar nesse filme, tive uma impressão completamente errônea dele: achei que seria mais um daqueles filmes extremamente tristes, recheados de cena se cortar o coração , como em "A Vida é Bela", por exemplo. Não foi. Foi a história sóbria e singela de uma sobrevivente, Sophie, brilhantemente interpretada por Meryl Streep. Uma mãe que teve de fazer uma escolha impossível, uma mulher apaixonada e talvez um pouco egoísta. O drama ficou apenas como um pano-de-fundo. As atuações, além da da Meryl, que foi claramente sensacional, foram bem competentes, a fotografia bonita e a história, apesar de um tanto anti-climática, ainda assim interessante. O amor de uma mulher por um homem.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 622 Assista AgoraGente, ???????
Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299Deixou a desejar, quando comparada à primeira temporada? Sim. Teve momentos desnecessários, bobos e monótonos? Sim. Mas, apesar disso, "Twin Peaks" permanece uma das melhores séries de TV de todos os tempos. O que eu sempre gostei nas produções "Lynchianas" foi a maneira como esse diretor - aqui com a ajuda do Mark Frost. - consegue enlaçar bem uma miscelânia de cenas e personagens diferentes, e centralizar tudo numa trama,que apesar das falhas:
[/spoiler]Vide a confusão que foi a vida amorosa da personagem da Audrey Horne, o final quase anti-climático do último episódio, o comic relief exagerado da personagem do Andy, a "novela mexicana" entre a Donna ( que ficou completamente sem-graça nessa temporada ) e o James, Windom Earle ( que apesar de bem interpretado, chegou tarde demais na trama ), Evelyn Marsh, que, a não ser para ser objetificada e sensualizada, não teve nenhuma outra aplicação prática na trama, o Little Nicky e o ignóbil Richard "Dick" Tremayne, a adição da Annie Blackburn e um dos casais mais forçados da história da dramaturgia, ela e Cooper. Enfim, essa temporada foi mesmo controversa e, em qualidade, teve momentos definitivamente inferiores à primeira. Mas, ainda assim, a capacidade criativa de Lynch & Frost, as personagens inesquecíveis ( como Lucy, uma das personagens mais amáveis que já vi, Killer Bob, uma das mais assustadoras, Catherine, uma vilã icônica e Harry, um do sheriffes mais doces da história da televisão), e a profunda complexidade da personagem da Laura Palmer, merecem reconhecimento.
[spoiler]
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista Agora[/spoiler] Eu gostei muito do filme. Acho que a primeira coisa que temos que lembrar é que é um blockbuster, um filme de superherois, portanto, não se pode esperar uma grande discussão filosófica, um roteiro com diálogos existenciais e alegorias à natureza humana; é um filme que deve atender todas as idades, deve alcançar um grande número de telespectadores, como de fato o fez. E eu achei que Patty Jenkis o fez com a melhor das qualidades: a fotografia do filme é linda, os efeitos especiais muito bons, as atuações competentes, e a temática principal, apesar de na minha opinião já bem clichê, não deixa de ser interessante: o bem, e o mal. A capacidade humana de machucar ou curar, de matar ou poupar a vida, egoísmo ou abnegação. Acho que isso ficou muito bem representado pela maneira ingênua como a Diana via o mundo dos mortais - ela, que havia sido criada em um ambiente de justiça e honra. - , cheio de egoísmo e ódio, de ganância e maldade, justamente o que a guerra traz de pior na humanidade. É clara a alegoria de Áries como a violência humana, como a capacidade que temos de fazer mal, como ele mesmo diz "ele apenas nos influencia, nós decidimos nossas próprias ações." Achei bem interessante essa jogada da Jenkins, e ainda mais a personagem da Isabel Maru, acho que ela ilustrou bem que mulheres são tão capazes de perpetrar o mal, quanto o bem ( como as Amazonas ). A atuação da Gal Gadot não deixou nada a desejar, ela foi carismática e questionadora como Diana Prince e, à altura do fim do filme, eu já havia me apaixonado pela personagem. Um filme muito bem dirigido e que além dos típicos elementos de blockbuster, trouxe algo a mais à telona.
[spoiler]
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraAdorei a atuação da Sheryl Lee, que finalmente teve a chance de interpretar essa personagem tão icônica e central para a trama da série, nas duas temporadas
[/spoiler]A primeira parte do filme foi bastante confusa, mas isso já é marca registrada do David Lynch, mas a participação do David Bowie foi incrível, apesar de bem curta. "Fire Walk withe Me", apesar de claramente casar com a trama de "Twin Peaks" em momentos-chave, como quando a Annie implora à Laura que escreva em seu diário a respeito do Good Coop ainda estar na Sala Vermelha, entre os Lodges. O que, a propósito, se mostrou fundamental para a trama do Revival. A atuação do Ray Wise como Leland Palmer/Killer Bob foi fenomenal, como sempre ( acho-o o ator mais talentoso do elenco ) e gostei da interação entre ele e a Sheryl Lee. Esta última conseguiu transmitir todo o pavor, medo, instabilidade, sexualidade e vulnerabilidade da personagem de maneira sucinta e eu perdoo a troca de atrizes pra personagem da Donna. Em suma, um excelente prequel, que todos aqueles que assistiram ao seriado, compreendem a importância pra trama principal, com ou sem a presença do Special Agent Chester Desmond.
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Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraO que dizer dessa gema nacional? Um filme extremamente sensível sobre o que é - para citar Dumbledore - "certo e o que é fácil." Dora é uma protagonista humana e crível, ela ajuda, mas sem nunca abandonar sua zona de conforto. É só quando se vê dividida entre o destino de uma criança órfã e sua própria comodidade é que ela, talvez pela primeira vez na vida, decidi agir e de fato ajudar o próximo. Daí o filme segue em uma linda jornada de auto-conhecimento e descoberta, em que Dora cria um vínculo com Josué, mas que não abandona sua mente pragmática e conformista, causando uma das cenas mais tristes que já vi, quando ela parte e deixa o garoto com os irmãos, à espera do pai. Fernanda Montenegro foi simplesmente brilhante em sua performance, esse monstro sagrado da dramaturgia brasileira. Vinícius de Oliveira não fica atrás, e deu um show como o levado Josué, que tanto nos encanta. Um filme pra guardar no coração.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraExcelente filme, com uma interpretação magistral de Sônia Braga, que transmitiu bem toda a resistência, força de vontade, pragmatismo e paixão da Clara, uma mulher que se recusa a se deixar vencer. Um roteiro simples, paisagens lindas, uma representação bem fiel de personagens que refletem pessoas reais do dia-a-dia ( a empregada, de origem simples e que perdeu o filho para a violência ), o rapaz arrogante e esnobe, a companhia capaz de tudo pelo dinheiro ... Adorei o filme.
House of Cards (3ª Temporada)
4.4 413[/spoiler]A melhor temporada até o momento, pra mim. Tive que dar 5 estrelas. Robin Wright simplesmente arrebentou no papel de Claire, mostrando toda a vulnerabilidade, culpa e, ao mesmo tempo, força e independência dessa, que na minha opinião, é uma das personagens femininas melhor escritas da televisão ultimamente. A maneira como a relação dela com o Francis foi explorada nessa temporada foi genial, sob os olhos do observador neutro, o escritor Tom Yates. Aquela cena em que a Claire, num momento de frqueza, em que sua armadura de frieza e cortesia finalmente cai, enquanto ela está doando sangue, e a personagem, pela primeira vez na série, mostra total honestidade e compara sua vida com o Frank à "flertar com a beirada de uma ponte" foi simplesmente a melhor cena do seriado até o momento. Robin Wright mostrou todo o seu talento com aquela cena, e muitas outras nessa temporada. Toda a trama relacionada aos conflitos no Oriente Médio, à diplomacia com a Rússia, à campanha política Heather vs. Frank, tudo muito relevante ( como sempre ) pro cenário político atual. Sinceramente, uma das melhores séries originais da Netflix, se não a melhor.
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Hamlet
3.4 85 Assista AgoraUma adaptação excelente. Mel Gibson, Glenn Close e Helena Bonham Carter deram um show de interpretação, e eu gostei da maneira como Zeffirelli leu a peça original em certos aspectos: como, por exemplo, a relação Gertrude x Hamlet, e a própria personagem do Polonius, que nesse filme é um fanfarrão bem-intencionado, assim como eu o tinha imaginado ao ler o script do Shakespeare pela primeira vez. Agora só me resta assistir à versão do Branagh.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraDeixou-me com muita vontade de ler o romance da Margaret Atwood. Achei a série sensacional: a maneira como ela explorou um governo totalitário que parece quase utópico, mas ao mesmo conecta-se tanto com o que vivemos hoje: se um grupo de pessoas dispostas a estabelecer uma nova forma de governo, com a crise pela qual os E .U.A e outros países do mundo têm passado, quem pode afirmar que eles não teriam sucesso como os Filhos de Jacó, na série e no livro? Adorei e achei bem pertinente a maneira como o seriado explorou o conceito de feminilidade, e o papel da mulher numa sociedade que - não muito diferente da nossa. - as classifica em esposas, mãe e objetos sexuais. Foi interessante ver como Serena Joy, uma escritora e uma mulher inteligente, foi capaz de ajudar a estabelecer uma ditadura tão misógina e sexista, tudo por uma ideia egoísta de que aquela era a mudança de que o mundo necessitava. Elisabeth Moss, mais uma vez, provou todo o seu talento como mais uma personagem que passou por extrema dificuldade e ainda assim permaneceu forte e decidida a "não ser aquela garota na caixa de música". Ela é uma forte candidata a um Emmy esse ano. O seriado explorou bem o poder do fanatismo religioso e de como ele pode ser usado para justificar atrocidades, e os conceitos de livre-arbítrio, opressão e busca por liberdade. Uma das melhores surpresas de 2017, por enquanto.