A temporada mais interessante até o momento, principalmente a segunda metade: as cenas de batalha simplesmente incríveis, sangrentas e viscerais; o desenvolvimento da personagem do Ivar e a exploração de sua relação com o pai; a performance magistral do Linus Roache como o atormentado Rei Ecbert, suas cenas com o Travis Fimmel;
[/spoiler] o destino da personagem da Aslaug, que eu achei muito bem escrito; duas cenas com ela que achei muito bem-escritas e atuadas foram aquela do episódio 12, em que Ragnar admite suas faltas como marido e lhe agradece por nunca ter posto a mentes de seus filhos contra ele, e conseguimos perceber a tristeza e mágoa que a Rainha de Kattegat trz dentro de si, depois de anos de um casamento desastroso, bem como a cena de sua morte, no episódio 14, que, em seu discurso, Aslaug diz ter cumprido seu papel naquela saga, e, quando Lagertha a mata, ela sorri, como quem já esperasse que as coisas fossem acontecer daquela maneira; simplesmente adorei a personagem dela, e acho o ódio do fandom contra ela muito imerecido; mereciam mais também Helga e Yidu, principalmente a primeira, visto que o seu foi foi MUITO ruim, e poderia ter sido melhor escrito; gostei também do desenvolvimento da personagem da Lagertha, que começou à sombra do Ragnar, e passou a construir seu próprio poderio ao passar das quatro temporadas, finalmente tomando o título de Rainha nessa temporada e, finalmente, a infame execução de Ragnar, e a performance do Fimmel nessa cena, bem como durante toda a temporada [spoiler]
Foi uma temporada boa, apesar da monotonia de algumas cenas, e da falta de profundidade de alguns diálogos.
[/spoiler] Achei que foi bem relevante a questão do uso de drogas, e a decisão do Presidente (uma clara referência ao conservadorismo e insensibilidade da gestão Trump) em deixar todos as vítimas do plano da Poppy simplesmente morrer, realizando assim uma espécia de "limpeza social". Mais interessante ainda foi o fato de uma mulher denunciá-lo.[spoiler]
Falando em Poppy Adams, que vilã excêntrica e divertida! Simplesmente amei a interpretação da Julianne Moore, que estava tão linda nesse filme e deu vida à uma psicopata adorável. As piadas iam de bobas a um humor um pouco mais inteligente, e as cenas de ação foram incríveis, como de costume.
O filme tinha algumas características típicas da Coppola: a beleza na fotografia, o ritmo lento e mórbido, a exaltação da beleza e delicadeza de suas protagonistas. Capturou, também, bastante bem a essência do original (de 1971), principalmente no aspecto da ambiguidade moral de suas personagens: o corporal (a propósito, prefiro mil vezes a interpretação do Eastwood a do Farell), que é, em ambos os filmes, um manipulador, mas conforme a trama avança, em ambos os filmes, começa a se tornar vítima do ciúme e crueldade de Miss Martha e suas garotas; ao passo que Miss Martha, Edwina & cia., que começam o filme como possíveis vítimas da astúcia do corporal, mulheres retraídas, solitárias e isoladas, tornam-se gradualmente menos vítimas do que vilãs; as motivações das personagens, especialmente as de Martha (a propósito achei a interpretação da Nicole, embora menos imbuída de emoção que a de Geraldine Page, no original, muito boa), e as de Edwina (gostei da interpretação da Kirsten também), que sentem-se atraídas por esse homem sedutor e intruso. Enfim, achei que foi um remake bastante válido, que faz jus ao original, de um jeito original.
"In a thousand years, Gandahar was destroyed and all of its people killed; a thousand years ago, Gandahar will be saved, and what can't be avoided will be". Simplesmente metafísico, mais um grande filme de René Laloux, bastante imaginativo e explorando, assim como "Mestres do Tempo", essas questões de individualidade e coletividade. Traz também o conflito da idílica Gandahar sendo ameaçada pela cruel mente de metal da Metamorfose, e brinca com viagem temporal, numa trama ao mesmo tempo inteligente e simples, repleta de elementos fantásticos.
Adorei a atuação da Noomi Rapace; ela deu um show interpretando sete personagens diversas, mas que interagem tanto entre si durante o filme. Amei também a participação da talentossísima Glenn Close, que interpretou uma personagem interessante,e de certa maneira moralmente ambígua. Mas não foi o suficiente pra salvar o filme, na minha opinião. Achei alguns dos diálogos hesitantes demais, a trama predizível demais, e pessoalmente eu não me apeguei a nenhuma personagem o suficiente pra sentir sua morte. Ainda assim, gostei da temática de superpopulação, e de controle governamental exploradas no longa. Um pouco abaixo das expectativas, mas ainda assim vale a pena pela performance da Rapace.
Esse filme é sensacional! Gente, por que uma nota tão baixa? O ritmo lento e sombrio, a fotografia, muito bonita, o design da Ava, os diálogos entre ela e o Caleb, a reviravolta na trama ao final.
[/spoiler] A maneira como Ava passa de objeto, de cobaia, de coisa ser testado à dona de si mesma; ela completa sua programação, e sua moralidade é ambígua, visto que ela não é, no senso mais primal da palavra, humana. Ela deixa Caleb pra trás, porque ele, de maneira lógica e óbvia, já tinha servido seu propósito e ele já não era mais útil.[spoiler]
Um desfecho incrível. Um filme inteligente e maravilhoso.
Achei a trilha sonora - que claramente é o grande forte do filme - incrível; também as cores, que contribuíram bastante pra transmitir essa vibe de cidade grande, drama urbano; amei também as cenas de perseguição/ação, que foram simplesmente de tirar o fôlego. A performance do Elgort foi bastante cativante, e apesar dos momentos clichês, no geral, é um bom filme. Gostoso de assistir.
É um filme curto, e, relativamente simples, mas bom. As crianças loiras são simplesmente disconcertantes, principalmente nas cenas em que seus olhos brilham.
Simplesmente a melhor estreia de 2017 assistida por mim. Silencioso, recheado de suspense, com atuações suscintas mas de peso, "Lady Macbeth" é simplesmente sensacional: a atuação de Florence Pugh, que nos oferece uma protagonista multi-facetada, com momentos em que ela é uma vilã de sangue-frio, e momentos em que ela é uma vítima da opressão e sexismo da sociedade inglesa do fim do século XIX. A fotografia é brilhante, o ritmo do filme reflete bem essa pacacidade rural, que é senão um manto para a monstruosidade de Katherine, com seu sóbrio vestido azul, sentada imóvel como uma estátua no sofá da sala-de-estar, mesmo depois de cometer as maiores atrocidades. Nas palavras da própria Lady Macbeth, "Pareça a flor inocente, mas seja a serpente escondida embaixo dela."
[/spoiler]Essa temporada, pra mim, foi bastante transitória: mostrou o desenvolvimento da Peggy tanto no ambiente da empresa, como como ser humano ( eu amei a cena em que ela revela ao Pete que tinha engravidado dele e fornece aquele monólogo maravilhoso sobre como há partes de nós mesmos que perdemos ), um pouco do passado do Don, sua relação de altos e baixos com a Betty ( que a propósito eu simplesmente amei nessa temporada; sua constante luta por independência do marido, seu inconformismo com o papel de esposa condescente ), o conflito entre Don e Duck, e a gravidez da Betty. Tudo isso dá realmente um senso de transição pra novos eventos na trama da terceira temporada em diante. Uma cena que eu particularmente achei choquante foi a cena do estupro da Joan; foi difícil de assistir, e simplesmente revoltante constantar que ela simplesmente não tinha uma voz, que seu noivo simplesmente saiu impune. Aliás, é pelas mulheres que assisto a essa série: Betty, Peggy e Joan são de longe as personagens mais interessantes, que, enfrentam o sexismo e a violência de um mundo extremamente machista, e buscam sua liberdade e independência acima de tudo. Os pequenos detalhes da temporada, os diálogos e o jogo de cores e luz também foram incríveis.[spoiler]
[/spoiler]A minha leitura do filme é que, no fim, Mister Babadook é uma alegoria para a dor, o sofrimento que Amelia traz dentro de si desde que seu esposo morreu, no dia do nascimento de Samuel, e isso é simplesmente sensacional. Vemos, no fim, Amelia convivendo harmoniosamente com "seu demônio interior", sem nunca, contudo, deixar de, literalmente, alimentá-lo. Nesse sentido, o filme é genial, explorando os cinco estágios do luto ( negação, raiva, barganha e, finalmente, aceitação ).[spoiler]
Amei também a atuação da Essie Davis, que foi simplesmente de tirar o fôlego, e sua inteiração com o Noah Wiseman durante o filme.
Cher, Michelle, Sarandon simplesmente lindas, brilham nesse filme, que por falta de uma palavra melhor, defino como esquisito. Amei a performance do Jack Nicholson também. Gostosinho de assistir.
Esse filme tem uma importância no contexto atual, que faz dele um must-see. A performance de Salma Hayek, bem como o próprio filme, é singela, mas poderosa; sua personagem é latina, vegana, médica holística, extremamente conectada à natureza, uma mulher simples, que, apesar de ter forjado uma vida para si nos Estados Unidos, guarda no peito uma saudade de sua terra natal que, maculada pela ação da ganância de homens como a personagem de John Lithgow, jamais voltará a ser aquela de sua lembrança. Por um acaso do destino, Beatriz é confrontada, num jantar, pelo mundo insensível, sintético e superficial de uma elite que não vê nada além dela mesma; e, pricipalmente, Beatriz é confontrada pela personificação de tudo o que ela despreza: Doug, um magnata, capitalista, insensível e egoísta. Daí em diante, é uma hora de uma performance magistral tanto da parte de Hayek, quanto de Lithgow; os olhares de Beatriz, suas expressões faciais, sua emoção, simplesmente um show da linda e talentosa Salma Hayek. A cena final é poderosa, sem a necessidade de palavras.
É um filme que ainda está me assombrando. Trata do terror psicológico, muito mais do que de de uma presença maligna externa, embora essa esteja presente através da terrível porta vermelha. "Ao Cair da Noite" é sobre o quão cruel a natureza humana pode vir a ser, recheado de uma tensão primordial que nos deixa prontos pra correr a cada minuto. Como pontos negativos, acho que o pouco carisma das personagens e o quão curto e " crude " o filme foi.
David Lynch mais uma vez faz história: não entendi praticamente nada, estou agora com mais perguntas do que antes da estreia da terceira temporada, mas estou feliz por isso. Simplesmente Lynched.
Amei. Cativante do início ao fim, mesmo nos momentos mais parados. Gostei, especialmente, do desenvolvimento das personagens da Gillian e Jimmy Darmody ( que cena choquante não foi aquela dos flashbacks no penúltimo episódio? E o que dizer então da poderosa performance de Gretchen Mol quando sua personagem finalmente canaliza o ódio e repulsa que sentia por seu estuprador naquela cena memorável em que Gillian esbofeteia repetidamente o asqueroso " Commodore "? ) e Margaret Schroeder/Thompson ( sim, protegerei até o fim o direito à independência e, por que não, à hipocrisia que as esposas dos protagonistas têm de exercer, afinal por que Margaret, Betty Draper, Skyler White, ou Claire Underwwod deveriam ser apenas degraus por meio dos quais suas contrapartes masculinas ascendem em seu jogo de corrupção e poder? Que sejam elas livres, que sejam elas contraditórias, que sejam complexas ). Toda a relação com o Agente van Alden e Lucy, sua mamente, e mãe de sua filha, foi extremamente bizarra; amei a interpretação da Paz de la Huerta nessa temporada , bem como a do Michael Shannon e por último, mas não menos importante, simplesmente adorei a adição da durona Esther Randolph, uma mulher a frente de seu tempo, e do sexy e carismático Owen Sleater ( interpretado pelo lindíssimo Charlie Cox ). Mais uma temporada incrível desse show que está caminhando pra se tornar um de meus prediletos
Certamente, um filme que não envelhece. Os assuntos de que trata, embora desenvolvido há uns bons 90 anos atrás, não poderiam ser mais recorrentes: a eterna luta entre os oprimidos, e os opressores; os escravos de uma tirana composta de máquinas. Simplesmente adorei todas as referências bíblicas ao longo desse clássico do Cinema Mudo: Maria, tão doce e casta quanto a própria Virgem, cuja imagem é deturpada por sua sócia escura, a terrível Hel, a própria imagem da luxúria e sede de sangue da Prostitua da Babilônia mencionada no filme; os sonhos alucinatórios de Feder, em que os Sete Pecados Capitais ganham vida. Simplesmente, um épico, que mescla primorosamente fantasia e crítica social, muito a frente de seu tempo.
Abster-me-ei de comparar o seriado com a série de livros, porque tanto os diretores deste quanto o autor daquela já afirmaram que ambos tomaram rumos distintos, e não são mais a mesma coisa. Dito isso, devo expressar aqui o quão decepcionante essa temporada foi pra mim. Bem, Game of Thrones vem me decepcionando desde a quarta temporada (2014), por motivos de furos em roteiro, mudança na natureza/desenvolvimento de personagens, cenas que julguei desnecessárias ... Enfim. Lembro-me que a sexta temporada me animou um pouco: achei que o roteiro deu uma melhorada, o season finale foi simplesmente incrível; portanto, criei certa expectativa para a sétima temporada
[/spoiler] Nunca tive uma maior decepção. Mas, vamos por partes. Uma das coisas que me irritaram de cara foi a falta de protagonismo por parte da Daenerys ( e Cersei ); e o super protagonismo da personagem do Jon Snow. Pra se ter uma ideia, o Rei no Norte teve aproximadamente 129 minutos de tela, enquanto as duas rainhas - cujo desenvolvimento como personagens é no mínimo tão complexo como o dele, durante as seis temporadas anteriores - tiveram 99 minutos ( Dany ) e 57 ( Cersei ). Isso, somado a todas as frases melosas de Jon Snow sobre honra e ser verdadeiro à sua palavra, e tudo mais, provam, pra mim, que D&D estão dispostos a fazer dele o protagonista tardio do seriado. Não acho que isso fosse um problema, caso eu não notasse uma tendência, por parte dos produtores, em propositalmente reduzir Daenerys - que é de longe a personagem que veio de mais longe dentro da narrativa - ao par romântico de Aegon Targaryen, o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro. Sério, isso me irritou profundamente, porque parece que vai ser a essa condição da personagem da Dany daqui pra frente: não de independência e conquista, que é a marca da Dany através de sua trajetória em Essos, mas de instabilidade e amor cego pelo Jon-Aegon; uma mera coadjuvante. Falando nisso, o que não dizer do terrível desenvolvimento de " Jonerys "? Naquela cena deplorável durante o episódio 6, em que os roteiristas acharam por bem fazer com que a reação da Dany à morte de um de seus filhos fosse nula, mas que a mera menção de seu apelido por Jon fez com que ela se debulhasse em lágrimas; os diálogos e a química entre os dois simplesmente digna de Malhação ... Achei porcamente escrito, e extremamente forçado. Afora isso, devo mencionar a ideia grotesca que D&D parecem ter de comic relief: piadas com órgãos genitais masculinos, os comentários nojentos por parte do Tormund sobre a Brienne ... et; temos os teletransportes de personagens, mais notadamente o do episódio 6, em que um corvo aparentemente voou da Muralha a Pedra do Dragão em tempo suficiente para que Jon & cia ( afinal de contas, que plano imbecil foi aquele de catar zumbi para-lá-da-Muralha ?) não morressem de frio, e fome ou fossem atacados pelos Caminhantes até o exato momento em que Drogon Ex Machina surge. Vale também citar aquele plot ridículo entre Sansa, Arya & Mindinho: me pareceu óbvio desde o início que ele iria morrer, mas isso não podia acontecer até o season finale, então houve uma baita "encheção de linguiça", com direito à teatrinho como desculpa esfarrapada para justificar o comportamento bizarro e agressivo da Arya nessa temporada; desculpa, mas o arco de Winterfell estava realmente de dar dó de tão mal-escrito. Por fim, o Encontro no Poço dos Dragões, que me decepconou pela parca inteiração entre Daenerys e Cersei, pelo posicionamento brando da dany, o que so comprova, para mim, que a personagem está morta e enterrada. temos ainda Bran, cuja onisciência parace servir apenas aos momentos específicos estipulados pelos produtores, aquela frase desnecessária dele, em que Sansa é relembrada da noite em que foi violentada ( culpa dos roteiristas, não da personagem ), enfim ... na minha opinião, as salvações dessa temporada foram, em primeiro lugar, a fotografia e efeitos especiais, simplesmnete épicos ( vide a cena da queda da Muralha em Atalaia-Leste-do-Mar ), as interpretações magistrais de Dianna Rigg ( vide o monólogo final da personagem ), Lena Headey ( lietralmente em todas cenas, percebe-se a loucura e ódio, e rancor da Cersei espreitando por detrás de seus olhos ), principalmente na cena da tortura de Ellaria e sua filha ( inclusive que cena, que performance por Indira Varna ) e seu diálogo com Tyrion no season finale ( parabéns ao Peter Dinklage também ). No geral, achei uma temporada fraca, que forçou Jon Sno-Aegon Targaryen goela a baixo; com atuações medianas, e vários furos de roteiro.[spoiler]
Bette Davis em seu melhor; uma performance simplesmente memorável. Lindos também os vestidos, os figurinos no geral. Achei interessante, principalmente, a cena da dança, em que Julie, teimosamente, recusa-se a vestir trajes brancos; e, aos poucos, todos demais casais no salão se afastam do centro, em que ela dança com Pres, e vemos o contraste entre todas as damas de branco, e ela, a obstinada, de vermelho vivo ( apesar da falta de cores, o contraste não é de forma alguma diminuído ). Do início ao fim, uma química entre Fonda e Davis, e uma performance multifacetada dessa última. Mais um grande trabalho de William Wyler.
Magnífico; uma interpretação magistral por parte de Marion Cotillard. Uma reprodução emocionante dessa diva da música francesa, tão temperalmental, tão apaixonada. Aliás, gostei bastante de como o filme vai misturando o presente ( 1963 ) com flashbacks, revelando a trajetória de Edith; seus dois grandes sucessos - La Vie en Rose e Non Je ne Regrette Rien - pontuando dois momentos-chave na vida da cantora; os figurinos, a fotografia, a sincronização entre o canto de Piaf e os lábios/expressão facial de Cotillard, simplesmente magnífico.
A genialidade de Bergman é mais uma vez mostrada em um filme curto, mas conciso. Temos a dualidade de uma pessoa - Elisabeth - e de uma persona - Alma -; ambas componentes da identidade humana. Ingmar nos oferece uma viagem pela mente, por suas repressões, seus pensamentos mais sombrios; faz isso com a ajuda de uma fotografia excelente, e uma atuação magistral por parte da persona, Bibi Andersson. É um filme curto, mas eu achei pesado; há de se ter certa paciência pra assistir até o fim. Apesar disso, assim como aconteceu com O Sétimo Selo, acho que os temas tratados fazem valer a pena de um filme um pouco mais parado.
Primeiro: Roman Polanski é um estuprador, e um pedófilo; de maneira nenhuma deve ele receber nenhuma gratificação; deveria estar apodrecendo na cadeia. Dito isso, de uma maneira objetiva, amei o filme; amei a interpretação da lindíssima Catherine Deneuve, amei a temática da lenta descida à loucura, amei o jogo de câmera, sempre focando na expressão vidrada e psicótica de Carol, amei o ambiente urbano e sórdido, os momentos de silêncio opressor ... Um thriller psicológico primoroso. Porém, eu ressalto que não estou aqui sendo condescendente com estuprador procurado pela justiça. Por mais que seu trabalho como diretor em "Repulsa ao Sexo" tenha sido excelente, Roman Polanski não passa de um criminoso ...
Vikings (4ª Temporada)
4.4 529 Assista AgoraA temporada mais interessante até o momento, principalmente a segunda metade: as cenas de batalha simplesmente incríveis, sangrentas e viscerais; o desenvolvimento da personagem do Ivar e a exploração de sua relação com o pai; a performance magistral do Linus Roache como o atormentado Rei Ecbert, suas cenas com o Travis Fimmel;
[/spoiler] o destino da personagem da Aslaug, que eu achei muito bem escrito; duas cenas com ela que achei muito bem-escritas e atuadas foram aquela do episódio 12, em que Ragnar admite suas faltas como marido e lhe agradece por nunca ter posto a mentes de seus filhos contra ele, e conseguimos perceber a tristeza e mágoa que a Rainha de Kattegat trz dentro de si, depois de anos de um casamento desastroso, bem como a cena de sua morte, no episódio 14, que, em seu discurso, Aslaug diz ter cumprido seu papel naquela saga, e, quando Lagertha a mata, ela sorri, como quem já esperasse que as coisas fossem acontecer daquela maneira; simplesmente adorei a personagem dela, e acho o ódio do fandom contra ela muito imerecido; mereciam mais também Helga e Yidu, principalmente a primeira, visto que o seu foi foi MUITO ruim, e poderia ter sido melhor escrito; gostei também do desenvolvimento da personagem da Lagertha, que começou à sombra do Ragnar, e passou a construir seu próprio poderio ao passar das quatro temporadas, finalmente tomando o título de Rainha nessa temporada e, finalmente, a infame execução de Ragnar, e a performance do Fimmel nessa cena, bem como durante toda a temporada [spoiler]
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraManteve bem a linha do primeiro filme, no seu humor negro, violência e, enterrada bem fundo na trama, crítica social.
[/spoiler] Achei que foi bem relevante a questão do uso de drogas, e a decisão do Presidente (uma clara referência ao conservadorismo e insensibilidade da gestão Trump) em deixar todos as vítimas do plano da Poppy simplesmente morrer, realizando assim uma espécia de "limpeza social". Mais interessante ainda foi o fato de uma mulher denunciá-lo.[spoiler]
[/spoiler] Só senti que a personagem da Roxy merecia um desenvolvimento melhor do que simplesmente morrer nos primeiros minutos do filme[spoiler]
O Estranho que Nós Amamos
3.2 617 Assista AgoraO filme tinha algumas características típicas da Coppola: a beleza na fotografia, o ritmo lento e mórbido, a exaltação da beleza e delicadeza de suas protagonistas. Capturou, também, bastante bem a essência do original (de 1971), principalmente no aspecto da ambiguidade moral de suas personagens: o corporal (a propósito, prefiro mil vezes a interpretação do Eastwood a do Farell), que é, em ambos os filmes, um manipulador, mas conforme a trama avança, em ambos os filmes, começa a se tornar vítima do ciúme e crueldade de Miss Martha e suas garotas; ao passo que Miss Martha, Edwina & cia., que começam o filme como possíveis vítimas da astúcia do corporal, mulheres retraídas, solitárias e isoladas, tornam-se gradualmente menos vítimas do que vilãs; as motivações das personagens, especialmente as de Martha (a propósito achei a interpretação da Nicole, embora menos imbuída de emoção que a de Geraldine Page, no original, muito boa), e as de Edwina (gostei da interpretação da Kirsten também), que sentem-se atraídas por esse homem sedutor e intruso. Enfim, achei que foi um remake bastante válido, que faz jus ao original, de um jeito original.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraTrês estrelas só pela Nicole Kidman.
Os Anos De Luz
4.0 30"In a thousand years, Gandahar was destroyed and all of its people killed; a thousand years ago, Gandahar will be saved, and what can't be avoided will be". Simplesmente metafísico, mais um grande filme de René Laloux, bastante imaginativo e explorando, assim como "Mestres do Tempo", essas questões de individualidade e coletividade. Traz também o conflito da idílica Gandahar sendo ameaçada pela cruel mente de metal da Metamorfose, e brinca com viagem temporal, numa trama ao mesmo tempo inteligente e simples, repleta de elementos fantásticos.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraAdorei a atuação da Noomi Rapace; ela deu um show interpretando sete personagens diversas, mas que interagem tanto entre si durante o filme. Amei também a participação da talentossísima Glenn Close, que interpretou uma personagem interessante,e de certa maneira moralmente ambígua. Mas não foi o suficiente pra salvar o filme, na minha opinião. Achei alguns dos diálogos hesitantes demais, a trama predizível demais, e pessoalmente eu não me apeguei a nenhuma personagem o suficiente pra sentir sua morte. Ainda assim, gostei da temática de superpopulação, e de controle governamental exploradas no longa. Um pouco abaixo das expectativas, mas ainda assim vale a pena pela performance da Rapace.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraEsse filme é sensacional! Gente, por que uma nota tão baixa? O ritmo lento e sombrio, a fotografia, muito bonita, o design da Ava, os diálogos entre ela e o Caleb, a reviravolta na trama ao final.
[/spoiler] A maneira como Ava passa de objeto, de cobaia, de coisa ser testado à dona de si mesma; ela completa sua programação, e sua moralidade é ambígua, visto que ela não é, no senso mais primal da palavra, humana. Ela deixa Caleb pra trás, porque ele, de maneira lógica e óbvia, já tinha servido seu propósito e ele já não era mais útil.[spoiler]
Um desfecho incrível. Um filme inteligente e maravilhoso.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraAchei a trilha sonora - que claramente é o grande forte do filme - incrível; também as cores, que contribuíram bastante pra transmitir essa vibe de cidade grande, drama urbano; amei também as cenas de perseguição/ação, que foram simplesmente de tirar o fôlego. A performance do Elgort foi bastante cativante, e apesar dos momentos clichês, no geral, é um bom filme. Gostoso de assistir.
A Aldeia dos Amaldiçoados
3.8 121 Assista AgoraÉ um filme curto, e, relativamente simples, mas bom. As crianças loiras são simplesmente disconcertantes, principalmente nas cenas em que seus olhos brilham.
Lady Macbeth
3.5 158Simplesmente a melhor estreia de 2017 assistida por mim. Silencioso, recheado de suspense, com atuações suscintas mas de peso, "Lady Macbeth" é simplesmente sensacional: a atuação de Florence Pugh, que nos oferece uma protagonista multi-facetada, com momentos em que ela é uma vilã de sangue-frio, e momentos em que ela é uma vítima da opressão e sexismo da sociedade inglesa do fim do século XIX. A fotografia é brilhante, o ritmo do filme reflete bem essa pacacidade rural, que é senão um manto para a monstruosidade de Katherine, com seu sóbrio vestido azul, sentada imóvel como uma estátua no sofá da sala-de-estar, mesmo depois de cometer as maiores atrocidades. Nas palavras da própria Lady Macbeth, "Pareça a flor inocente, mas seja
a serpente escondida embaixo dela."
Mad Men (2ª Temporada)
4.4 113 Assista Agora[/spoiler]Essa temporada, pra mim, foi bastante transitória: mostrou o desenvolvimento da Peggy tanto no ambiente da empresa, como como ser humano ( eu amei a cena em que ela revela ao Pete que tinha engravidado dele e fornece aquele monólogo maravilhoso sobre como há partes de nós mesmos que perdemos ), um pouco do passado do Don, sua relação de altos e baixos com a Betty ( que a propósito eu simplesmente amei nessa temporada; sua constante luta por independência do marido, seu inconformismo com o papel de esposa condescente ), o conflito entre Don e Duck, e a gravidez da Betty. Tudo isso dá realmente um senso de transição pra novos eventos na trama da terceira temporada em diante. Uma cena que eu particularmente achei choquante foi a cena do estupro da Joan; foi difícil de assistir, e simplesmente revoltante constantar que ela simplesmente não tinha uma voz, que seu noivo simplesmente saiu impune. Aliás, é pelas mulheres que assisto a essa série: Betty, Peggy e Joan são de longe as personagens mais interessantes, que, enfrentam o sexismo e a violência de um mundo extremamente machista, e buscam sua liberdade e independência acima de tudo. Os pequenos detalhes da temporada, os diálogos e o jogo de cores e luz também foram incríveis.[spoiler]
O Babadook
3.5 2,0K[/spoiler]A minha leitura do filme é que, no fim, Mister Babadook é uma alegoria para a dor, o sofrimento que Amelia traz dentro de si desde que seu esposo morreu, no dia do nascimento de Samuel, e isso é simplesmente sensacional. Vemos, no fim, Amelia convivendo harmoniosamente com "seu demônio interior", sem nunca, contudo, deixar de, literalmente, alimentá-lo. Nesse sentido, o filme é genial, explorando os cinco estágios do luto ( negação, raiva, barganha e, finalmente, aceitação ).[spoiler]
Amei também a atuação da Essie Davis, que foi simplesmente de tirar o fôlego, e sua inteiração com o Noah Wiseman durante o filme.
Arrested Development (1ª Temporada)
4.3 213 Assista AgoraSimplesmente hilária. Lucille Bluth é sensacional!
As Bruxas de Eastwick
3.4 260 Assista AgoraCher, Michelle, Sarandon simplesmente lindas, brilham nesse filme, que por falta de uma palavra melhor, defino como esquisito. Amei a performance do Jack Nicholson também. Gostosinho de assistir.
Jantar Com Beatriz
3.3 56 Assista AgoraEsse filme tem uma importância no contexto atual, que faz dele um must-see. A performance de Salma Hayek, bem como o próprio filme, é singela, mas poderosa; sua personagem é latina, vegana, médica holística, extremamente conectada à natureza, uma mulher simples, que, apesar de ter forjado uma vida para si nos Estados Unidos, guarda no peito uma saudade de sua terra natal que, maculada pela ação da ganância de homens como a personagem de John Lithgow, jamais voltará a ser aquela de sua lembrança. Por um acaso do destino, Beatriz é confrontada, num jantar, pelo mundo insensível, sintético e superficial de uma elite que não vê nada além dela mesma; e, pricipalmente, Beatriz é confontrada pela personificação de tudo o que ela despreza: Doug, um magnata, capitalista, insensível e egoísta. Daí em diante, é uma hora de uma performance magistral tanto da parte de Hayek, quanto de Lithgow; os olhares de Beatriz, suas expressões faciais, sua emoção, simplesmente um show da linda e talentosa Salma Hayek. A cena final é poderosa, sem a necessidade de palavras.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraÉ um filme que ainda está me assombrando. Trata do terror psicológico, muito mais do que de de uma presença maligna externa, embora essa esteja presente através da terrível porta vermelha. "Ao Cair da Noite" é sobre o quão cruel a natureza humana pode vir a ser, recheado de uma tensão primordial que nos deixa prontos pra correr a cada minuto. Como pontos negativos, acho que o pouco carisma das personagens e o quão curto e " crude " o filme foi.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 622 Assista AgoraDavid Lynch mais uma vez faz história: não entendi praticamente nada, estou agora com mais perguntas do que antes da estreia da terceira temporada, mas estou feliz por isso. Simplesmente Lynched.
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (2ª Temporada)
4.5 110 Assista AgoraAmei. Cativante do início ao fim, mesmo nos momentos mais parados. Gostei, especialmente, do desenvolvimento das personagens da Gillian e Jimmy Darmody ( que cena choquante não foi aquela dos flashbacks no penúltimo episódio? E o que dizer então da poderosa performance de Gretchen Mol quando sua personagem finalmente canaliza o ódio e repulsa que sentia por seu estuprador naquela cena memorável em que Gillian esbofeteia repetidamente o asqueroso " Commodore "? ) e Margaret Schroeder/Thompson ( sim, protegerei até o fim o direito à independência e, por que não, à hipocrisia que as esposas dos protagonistas têm de exercer, afinal por que Margaret, Betty Draper, Skyler White, ou Claire Underwwod deveriam ser apenas degraus por meio dos quais suas contrapartes masculinas ascendem em seu jogo de corrupção e poder? Que sejam elas livres, que sejam elas contraditórias, que sejam complexas ). Toda a relação com o Agente van Alden e Lucy, sua mamente, e mãe de sua filha, foi extremamente bizarra; amei a interpretação da Paz de la Huerta nessa temporada , bem como a do Michael Shannon e por último, mas não menos importante, simplesmente adorei a adição da durona Esther Randolph, uma mulher a frente de seu tempo, e do sexy e carismático Owen Sleater ( interpretado pelo lindíssimo Charlie Cox ). Mais uma temporada incrível desse show que está caminhando pra se tornar um de meus prediletos
Metrópolis
4.4 631 Assista AgoraCertamente, um filme que não envelhece. Os assuntos de que trata, embora desenvolvido há uns bons 90 anos atrás, não poderiam ser mais recorrentes: a eterna luta entre os oprimidos, e os opressores; os escravos de uma tirana composta de máquinas. Simplesmente adorei todas as referências bíblicas ao longo desse clássico do Cinema Mudo: Maria, tão doce e casta quanto a própria Virgem, cuja imagem é deturpada por sua sócia escura, a terrível Hel, a própria imagem da luxúria e sede de sangue da Prostitua da Babilônia mencionada no filme; os sonhos alucinatórios de Feder, em que os Sete Pecados Capitais ganham vida. Simplesmente, um épico, que mescla primorosamente fantasia e crítica social, muito a frente de seu tempo.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraAbster-me-ei de comparar o seriado com a série de livros, porque tanto os diretores deste quanto o autor daquela já afirmaram que ambos tomaram rumos distintos, e não são mais a mesma coisa. Dito isso, devo expressar aqui o quão decepcionante essa temporada foi pra mim. Bem, Game of Thrones vem me decepcionando desde a quarta temporada (2014), por motivos de furos em roteiro, mudança na natureza/desenvolvimento de personagens, cenas que julguei desnecessárias ... Enfim. Lembro-me que a sexta temporada me animou um pouco: achei que o roteiro deu uma melhorada, o season finale foi simplesmente incrível; portanto, criei certa expectativa para a sétima temporada
[/spoiler] Nunca tive uma maior decepção. Mas, vamos por partes. Uma das coisas que me irritaram de cara foi a falta de protagonismo por parte da Daenerys ( e Cersei ); e o super protagonismo da personagem do Jon Snow. Pra se ter uma ideia, o Rei no Norte teve aproximadamente 129 minutos de tela, enquanto as duas rainhas - cujo desenvolvimento como personagens é no mínimo tão complexo como o dele, durante as seis temporadas anteriores - tiveram 99 minutos ( Dany ) e 57 ( Cersei ). Isso, somado a todas as frases melosas de Jon Snow sobre honra e ser verdadeiro à sua palavra, e tudo mais, provam, pra mim, que D&D estão dispostos a fazer dele o protagonista tardio do seriado. Não acho que isso fosse um problema, caso eu não notasse uma tendência, por parte dos produtores, em propositalmente reduzir Daenerys - que é de longe a personagem que veio de mais longe dentro da narrativa - ao par romântico de Aegon Targaryen, o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro. Sério, isso me irritou profundamente, porque parece que vai ser a essa condição da personagem da Dany daqui pra frente: não de independência e conquista, que é a marca da Dany através de sua trajetória em Essos, mas de instabilidade e amor cego pelo Jon-Aegon; uma mera coadjuvante. Falando nisso, o que não dizer do terrível desenvolvimento de " Jonerys "? Naquela cena deplorável durante o episódio 6, em que os roteiristas acharam por bem fazer com que a reação da Dany à morte de um de seus filhos fosse nula, mas que a mera menção de seu apelido por Jon fez com que ela se debulhasse em lágrimas; os diálogos e a química entre os dois simplesmente digna de Malhação ... Achei porcamente escrito, e extremamente forçado. Afora isso, devo mencionar a ideia grotesca que D&D parecem ter de comic relief: piadas com órgãos genitais masculinos, os comentários nojentos por parte do Tormund sobre a Brienne ... et; temos os teletransportes de personagens, mais notadamente o do episódio 6, em que um corvo aparentemente voou da Muralha a Pedra do Dragão em tempo suficiente para que Jon & cia ( afinal de contas, que plano imbecil foi aquele de catar zumbi para-lá-da-Muralha ?) não morressem de frio, e fome ou fossem atacados pelos Caminhantes até o exato momento em que Drogon Ex Machina surge. Vale também citar aquele plot ridículo entre Sansa, Arya & Mindinho: me pareceu óbvio desde o início que ele iria morrer, mas isso não podia acontecer até o season finale, então houve uma baita "encheção de linguiça", com direito à teatrinho como desculpa esfarrapada para justificar o comportamento bizarro e agressivo da Arya nessa temporada; desculpa, mas o arco de Winterfell estava realmente de dar dó de tão mal-escrito. Por fim, o Encontro no Poço dos Dragões, que me decepconou pela parca inteiração entre Daenerys e Cersei, pelo posicionamento brando da dany, o que so comprova, para mim, que a personagem está morta e enterrada. temos ainda Bran, cuja onisciência parace servir apenas aos momentos específicos estipulados pelos produtores, aquela frase desnecessária dele, em que Sansa é relembrada da noite em que foi violentada ( culpa dos roteiristas, não da personagem ), enfim ... na minha opinião, as salvações dessa temporada foram, em primeiro lugar, a fotografia e efeitos especiais, simplesmnete épicos ( vide a cena da queda da Muralha em Atalaia-Leste-do-Mar ), as interpretações magistrais de Dianna Rigg ( vide o monólogo final da personagem ), Lena Headey ( lietralmente em todas cenas, percebe-se a loucura e ódio, e rancor da Cersei espreitando por detrás de seus olhos ), principalmente na cena da tortura de Ellaria e sua filha ( inclusive que cena, que performance por Indira Varna ) e seu diálogo com Tyrion no season finale ( parabéns ao Peter Dinklage também ). No geral, achei uma temporada fraca, que forçou Jon Sno-Aegon Targaryen goela a baixo; com atuações medianas, e vários furos de roteiro.[spoiler]
Jezebel
3.9 111Bette Davis em seu melhor; uma performance simplesmente memorável. Lindos também os vestidos, os figurinos no geral. Achei interessante, principalmente, a cena da dança, em que Julie, teimosamente, recusa-se a vestir trajes brancos; e, aos poucos, todos demais casais no salão se afastam do centro, em que ela dança com Pres, e vemos o contraste entre todas as damas de branco, e ela, a obstinada, de vermelho vivo ( apesar da falta de cores, o contraste não é de forma alguma diminuído ). Do início ao fim, uma química entre Fonda e Davis, e uma performance multifacetada dessa última. Mais um grande trabalho de William Wyler.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraMagnífico; uma interpretação magistral por parte de Marion Cotillard. Uma reprodução emocionante dessa diva da música francesa, tão temperalmental, tão apaixonada. Aliás, gostei bastante de como o filme vai misturando o presente ( 1963 ) com flashbacks, revelando a trajetória de Edith; seus dois grandes sucessos - La Vie en Rose e Non Je ne Regrette Rien - pontuando dois momentos-chave na vida da cantora; os figurinos, a fotografia, a sincronização entre o canto de Piaf e os lábios/expressão facial de Cotillard, simplesmente magnífico.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraA genialidade de Bergman é mais uma vez mostrada em um filme curto, mas conciso. Temos a dualidade de uma pessoa - Elisabeth - e de uma persona - Alma -; ambas componentes da identidade humana. Ingmar nos oferece uma viagem pela mente, por suas repressões, seus pensamentos mais sombrios; faz isso com a ajuda de uma fotografia excelente, e uma atuação magistral por parte da persona, Bibi Andersson. É um filme curto, mas eu achei pesado; há de se ter certa paciência pra assistir até o fim. Apesar disso, assim como aconteceu com O Sétimo Selo, acho que os temas tratados fazem valer a pena de um filme um pouco mais parado.
Repulsa ao Sexo
4.0 462 Assista AgoraPrimeiro: Roman Polanski é um estuprador, e um pedófilo; de maneira nenhuma deve ele receber nenhuma gratificação; deveria estar apodrecendo na cadeia. Dito isso, de uma maneira objetiva, amei o filme; amei a interpretação da lindíssima Catherine Deneuve, amei a temática da lenta descida à loucura, amei o jogo de câmera, sempre focando na expressão vidrada e psicótica de Carol, amei o ambiente urbano e sórdido, os momentos de silêncio opressor ... Um thriller psicológico primoroso. Porém, eu ressalto que não estou aqui sendo condescendente com estuprador procurado pela justiça. Por mais que seu trabalho como diretor em "Repulsa ao Sexo" tenha sido excelente, Roman Polanski não passa de um criminoso ...