Sempre que consigo ir nas cabines de imprensa fico mais feliz. Primeiro por rever alguns amigos e segundo porque consigo trazer um lançamento fresquinho para vocês, leitores do Jornal A Semana. É o que aconteceu desta vez e agora trago para este espaço algumas linhas sobre um dos longas-metragens mais aguardados de 2023. Estou falando do remake em live-action d’A Pequena Sereia.
Ariel é uma jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo, ela visita a superfície e se apaixona pelo príncipe Eric. Mas para procurá-lo em terra firme, a sereia pede ajuda à Úrsula e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família.
O primeiro ponto que se destaca deste filme são as atuações – principalmente de Halle Bailey e Melissa McCarthy. Enquanto a primeira entrega toda a doçura e inocência que se espera de Ariel, Melissa consegue construir uma vilã com força e caricata, mas como todos esperavam que a Úrsula seria. Eu até estava receoso que ficasse engraçado, mas não, ficou na medida certa.
Tanto os clássicos – com cenas praticamente iguais as da animação – quanto as novas composições agradam muito. Primeiro pelo talento de quem está por trás destas composições como também pela potência vocal que a protagonista do filme tem. Não duvido inclusive que este longa-metragem esteja entre os indicados nas canções originais do Oscar.
Não tem como a gente não comparar ‘A Pequena Sereia’ com outra adaptação em live-action da Disney. Sim, estou falando de ‘O Rei Leão’. Felizmente podemos dizer aqui que as técnicas evoluíram, o fundo do mar não parece um CGI fraco e os animais estão mais naturais. Obviamente que eles têm menos tempo de tela – diminuindo a estranheza –, mas é bom ver que temos um filme bem mais “natural” aqui.
Contudo, o filme tem algumas coisas que me incomodaram. A primeira é a atuação de Javier Bardem. Eu sou um grande fã dele e achei que o rei Tritão ficou caricato demais. Também esperava que houvesse um aprofundamento de algumas coisas – quando comparado ao filme original – pelo tempo do filme, mas isso não ocorreu. Por último, temos aquela cena clichê demais que não precisava.
Apesar desses “deslizes” que me incomodaram, não tem o que dizer: o filme cumpre o seu papel e merece ser assistido no cinema. Sério. Quem puder, vá assistir e se maravilhar com boas atuações, belíssimas canções – destaque para o rap –, e uma ambientação de tirar o fôlego. Certamente temos aqui um dos sucessos de 2023 que ainda ouviremos falar mais.
Sigo em minha missão de assistir a filmografia completa de alguns artistas. Dentre eles estão os projetos da cubana Ana de Armas. Já assisti aos longas-metragens ‘Cães de Guerra’, ‘Mãos de Pedra’, ‘Ghosted – Sem Resposta’ e ‘Bata Antes de Entrar’. Nesta semana foi a vez de assistir ao filme ‘Águas Profundas’, que chegou ao Brasil direto no serviço de streaming da Amazon Prime.
Vic e Melinda são um casal que sente prazer em fazer brincadeiras psicológicas e estão passando por problemas, adiando um divórcio através da abertura do relacionamento. Melinda pode ter quantos amantes quiser, apenas havendo a regra de não abandonar a família. Em uma de suas escapadas, um dos amantes é achado morto e Vic acaba tomando o crédito, com a intenção de assustar a esposa e fazê-la voltar para casa.
Antes de entrar na crítica de fato, é preciso dizer que fica no mínimo complicado de compreender o que o filme quer comunicar. Pelos atores, parece algo mais erótico – principalmente devido a atuação de Ana de Armas –, mas com poucas cenas de sexo. Sem falar que esses raros momentos não causam nenhuma tensão no público. Já a direção e roteiro parecem querer brincar com a classe rica.
Essa “brincadeira” ou paródia da alta sociedade parece mais legal. Inclusive os estereótipos criados e a visão dada pela equipe do filme fazem com que isso funcione mais do que a questão erótica. O problema é que faltou comunicar com o elenco e isso prejudica a experiência de quem chega muito cru ao filme por pouco saber do que trata – o que foi o meu caso.
O pior é que isso prejudica as atuações. A mudança de tom entre o elenco e o que o roteiro propõe prejudica quem está em frente às câmeras. Isso atrapalha dois bons atores – Ben Affleck e Ana de Armas – em suas atuações. O primeiro já sofre com certa perseguição do público, mas a segunda é a queridinha de Hollywood e também sai prejudicada do longa-metragem.
Indico aos que pretendem assistir ao filme que olhem com o viés de sátira da alta sociedade americana. Assim será possível ter duas horas de um bom filme, que propõe debates interessantes. Isso porque, quem espera cenas de nudez e sexo intenso, ficará esperando muito e receberá pouco. Lembrando: o filme está disponível no serviço de streaming da Amazon Prime.
Cada vez mais plataformas de streaming surgem e investem em produções próprias como um diferencial para angariar novos assinantes. A Apple TV+ é um destes serviços mais segmentados e que ainda não atingiu a massa – só que ela quer muito isso. Talvez seja com essa pretensão que ela reúne Ana de Armas e Chris Evans, dois queridinhos de Hollywood, para protagonizar ‘Ghosted – Sem Resposta’, que trago para vocês hoje.
O filme acompanha Cole, um homem que acaba conhecendo a misteriosa Sadie, e a convida para um encontro – que à primeira vista parece não ir muito bem, mas logo os dois acabam se envolvendo. Porém, Cole logo descobre que a mulher é uma agente da CIA. Antes mesmo de decidir se haveria um segundo encontro, os dois são obrigados a trabalharem juntos após se verem envolvidos em uma trama internacional.
Acredito que muitos, assim como eu, vão assistir ao filme pelos dois protagonistas. Eles são os queridinhos do momento – principalmente Ana de Armas – e vem acumulando papéis de destaque nos últimos anos. Além de seu talento, são duas pessoas muito bonitas e que tem uma química muito grande e forte. E é aqui que se baseia muito do filme, afinal eles precisam arranjar um quarto.
Obviamente que as pessoas não podem ir para este filme esperando algo genial. Aqui temos muitos dos clichês das comédias românticas e dos filmes de ação e talvez seja aí o maior problema do longa-metragem: ele não decide para que lado vai ir. Com isso, temos a parte do relacionamento sendo pouco aprofundada e as cenas de ação sem justificativa aparente.
Até porque, por mais que seja necessário acreditar na trama, temos pouquíssimas informações sobre a missão e o impacto de um erro ou falha vai ter na sociedade. Isso mesmo com as boas atuações. Com isso, fica difícil se justificar a escolha pela humanidade, afinal não temos a dimensão do problema e é complicado gerar essa identificação e preocupação.
‘Ghosted – Sem Resposta’ também encontra em suas participações especiais um momento muito especial e que faz com que a experiência do filme ganhe força. Juntamos elas com os dois protagonistas e temos um bom filme para assistir no final de semana. Nada genial ou brilhante, mas algo que gera engajamento e entretenimento com boas cenas de ação e romance. Quem puder, assista.
Felizmente as cabines de imprensa voltaram a rotina deste que vos escreve. Novamente trago um lançamento que chega aos cinemas nesta semana para vocês e, desta vez, um longa-metragem da A24 – o xodó dos cinéfilos. Estou falando de ‘Criaturas do Senhor’, que chega aos cinemas nesta semana e visa promover debater importantes sobre o machismo e o abuso sexual.
A trama foca em uma mãe que, dividida entre proteger seu filho e seu próprio senso de certo e errado, decide mentir para proteger sua família. Mas o impacto devastador que essa escolha tem em sua comunidade, seus pares e em sua própria vida coloca em cheque essa decisão. Pode uma mentira ser capaz de despedaçar de forma irreversível toda uma unidade familiar e comunitária? Ela conseguirá arcar com as consequências?
O foco do filme aqui é denunciar uma sociedade machista e que não vê o abuso sexual como o crime que ele deve ser considerado. Não são poucas as vezes em que a voz da mulher não é levada a sério e que toda uma comunidade não leva denúncias fortes a sério e aqui temos isso sendo abordado de um maneira densa dentro de uma pequena comunidade da Irlanda.
Não vou negar que, com o decorrer do filme, fiquei receoso com a possibilidade de um drama tão pesado (não darei spoilers aqui) fosse romantizado pelo roteirista do longa. Felizmente isso não aconteceu. Muito pelo contrário. Temos a redenção de uma das protagonistas e o alívio de outra personagem ao ver que a justiça, de certa forma, foi feita nesta história.
Contudo, por mais que o elenco esteja muito bem – destaques para Emily Watson e Paul Mescal – as vezes parece que falta algo que gera mais repulsa no público. Talvez tenha faltado indignação ou humanidade em alguns momentos e havia espaço para isso. A história é pesada, mas parece ser contada de uma forma fria e linear demais, aonde o público fica esperando o que vai acontecer sem algo mais forte.
‘Criaturas do Senhor’ tem o selo da A24 e isso já vai lhe ajudar nos cinemas – ou serviços de streaming. O filme tem potencial ao contar uma história pesada e que merece ser contada, mas sem cair em vícios perigosos ou na vala comum. Talvez tenha faltado mais “força” em alguns momentos, mas nada que atrapalhe a experiência e o debate que o filme se propõe em trazer.
Os filmes mais eróticos ou sensuais vem ganhando força nas telonas desde que o livro ’50 Tons de Cinza’ foi adaptado aos cinemas. Mais recentemente, a Netflix lançou uma trilogia chamada ‘365 Dias’ que também aborda este universo. Hoje trago aqui um filme que chega nesta semana aos cinemas e conta com semelhanças ao projeto da Netflix. Falo de ‘Desejo Proibido’.
Maks e Olga tem quinze anos de diferença. Ela é uma mulher bem sucedida, mãe de uma jovem adulta. Já ele é um homem que aproveita a vida como pode, sempre vivendo o momento e sem consequências. Mesmo muito distantes e diferentes, o destino os põe perto. Ambos acabam se conhecendo e engatam um relacionamento, algo que logo será interrompido pela filha de Olga.
Quando disse lá atrás das semelhanças entre o filme desta semana e o longa-metragem da Netflix é porque os dois projetos contam com a mesma direção (Tomasz Mandes) e contam com o italiano Simone Susinna em seus elencos. Ambos entregam aqui o que se espera deles e do filme: cenas com uma tensão sexual intensa em ângulos que mostram, mas não mostram de fato o que está acontecendo.
Acho que esperava mais deste filme. Obviamente que, baseado na premissa, sinopse e histórico dos envolvidos; já era de se esperar um filme que usasse o sexo como principal ponto, mas esperava mais envolvimento e explicação. O que eu sempre digo da falta de verossimilhança foi visto aqui. Não temos o desenvolvimento de um relacionamento e isso atrapalha a experiência de quem quer acreditar no que está vendo.
Por outro lado, temos uma direção ousada, com um estilo fora do casual. Além disso, temos um elenco muito afiado e com sintonia. Todos estão bem em tela e entregam o que se propõe. Destaco principalmente Magdalena Boczarska, que interpreta Olga. Vemos nela todo o drama de quem tenta superar o luto da perda do marido e de tentar manter a família de pé.
‘Desejo Proibido’ está longe de ser um filme genial. É uma obra comum, mas que pode pegar o público que gosta de produções que ousem nos aspectos eróticos e que queiram compreender o drama vivido por uma família enlutada quando se diz respeito a permitir viver novos relacionamentos. Tenho minhas dúvidas se vale a pena assistir no cinema, mas isso são vocês que decidem.
As animações da Pixar sempre são um deleite para quem assiste. Isso independente da faixa-etária. O talento que eles têm em conseguir se comunicar com todos os públicos – através de suas camadas – sem que ninguém fique sem compreender a mensagem é algo único. Essa característica já foi notada em diversos longas-metragens e, no caso de ‘Red – Crescer é uma Fera’, não foi diferente.
Quando uma adolescente fica muito nervosa, ela se transforma em um grande panda vermelho. O longa aborda dessa forma, a jornada de amadurecimento da personagem, suas inseguranças dessa fase onde, a personagem principal está dividida entre a filha que sempre foi e sua nova personalidade, intensificada por todos os sentimentos conflitantes que a adolescência provoca.
Além do caos gerado por todas as mudanças em seus interesses, relacionamentos e corpo, sempre que a garota fica muito agitada ou estressada, ela vira um panda vermelho gigante, – o que com certeza, só gera mais problemas para a jovem – sendo uma metáfora para todas as vezes que, constrangidos pelos novos desafios que se apresentam em nossas vidas, as inseguranças só se agigantam.
Não tem como não assistir esse filme e refletir sobre ‘Divertidamente’, que é do mesmo estúdio. Contudo, com uma diferença. Se no longa-metragem de 2015 a gente vê os sentimentos das pessoas do lado de dentro, aqui a gente tem uma analogia de como esses sentimentos podem ser colocados para fora e suas consequências – tanto para quem sofre como para o entorno.
Nesse filme vemos uma protagonista que quer ser independente, mas que também sofre por não querer decepcionar ou contrariar seus pais. Isso tudo devido a uma criação protetora – em excesso – feita pela sua mãe. Ao mesmo tempo que não consegue mostrar sua individualidade, também não consegue contrariar a responsável por sua vida – entrando em um conflito que faz com que ela exploda.
Talvez o ponto que mais gere reflexão sobre o mundo em que vivemos é a relação com conviver com os seus monstros e problemas. Existem pessoas que querem apenas prendê-lo numa caixinha e não tocar no assunto, mas muitas vezes é necessário colocar isso para fora ou até conviver com esses problemas – dando a eles um novo significado. E é aqui o grande trunfo deste filme.
‘Red – Crescer é uma Fera’ é aquela típica animação para toda a família. Ela já está disponível para ser assistida no Disney Plus e merece ser vista por todos. Inclusive ao mesmo tempo. Obviamente que a compreensão das camadas vai depender de outros fatores, mas certamente será uma boa pedida para este final de semana – ou para os próximos feriados que se aproximam.
Aqui as críticas tardam, mas não falham. Já foi assim com outros longas-metragens e agora o mesmo acontece com ‘Batman’. Ele estreou no cinema há algum tempo – ainda está em cartaz em alguns locais – e agora também está disponível nas plataformas de streaming. Mais especificamente no HBO Max. E é agora que ele está à disposição da maioria que ele chega aqui neste espaço.
‘Batman’ segue o segundo ano de Bruce Wayne como o herói, causando medo nos criminosos. Com apenas alguns aliados entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes, o vigilante se estabeleceu como a personificação da vingança. Durante suas investigações, Bruce acaba envolvendo a si mesmo em um jogo de gato e rato, ao investigar uma série de crimes em uma trilha de pistas estabelecida pelo Charada.
Quando o trabalho acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco a própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne, as evidências começam a chegar mais perto de casa, precisando, Batman, forjar novos relacionamentos, para assim desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.
Infelizmente esse é mais um daqueles filmes que me enrolei e esperei chegar no streaming. Talvez eu tenha me arrependido e vocês ainda consigam ir ao cinema assistir. Apesar de início arrastado, o longa-metragem cumpre o seu papel em entregar uma das melhores versões de personagens icônicos. Isso tudo interpretado por um Robert Pattinson que sofreu desconfianças, mas entregou um bom Batman.
O roteiro é muito coeso e a escolha do elenco foi assertiva. Todos os atores estão muito bem – com destaque para Robert Pattinson, Zoë Kravitz e Colin Farrell – ao entregarem versões diferentes de personagens emblemáticos e que já estão no imaginário popular há muito tempo. A única escolha que não me agradou foi a de Paul Dano como o Charada. Não que tenha sido ruim, mas parece ter ficado aquém do resto.
O longa-metragem tem alguns pontos que podem incomodar. O início dele é deveras arrastado e o lado Bruce Wayne – não confundam com o Batman – de Pattinson e Reeves é diferente do que víamos recentemente. Não vemos um personagem confiante e poderoso, mas sim alguém mais recluso e sem toda aquela presença. Mais humano talvez, mas algo que eu não gostei tanto.
‘Batman’ é um passo totalmente diferente do que víamos no universo DC e acho que a Warner acerta ao desistir do universo interligado – pelo menos por hora. Esse conceito de histórias fechadas deu certo antes e segue agora. Aqui temos uma nova versão do herói, sem as amarras dos filmes passados. Quem quiser ver no cinema ainda há tempo, assim como já está no streaming. O importante é parar para assistir.
Existem filmes que chegaram aos cinemas durante a pandemia e ficaram pouco tempo por lá – chegando mais cedo aos serviços de streaming. Um destes casos é ‘Encanto’, que já está disponível no canal da Disney. Eu tive o privilégio de poder assisti-lo nesta semana e trazer para este espaço. O motivo? Quero muito que vocês também assistam e, por isso, vou vende-lo abaixo (risos).
A família Madrigal vive junto de uma comunidade cercada por montanhas. Porém, a família Madrigal é dotada de magia, com cada um dos integrantes tendo algum poder mágico que é usado para ajudar. Apesar da família ser dotada de magia, apenas um integrante não recebeu seu dom quando tinha cinco anos, Mirabel, que sempre tenta ajudar, mas não importa o que faça, ela nunca consegue agradar sua Abuela.
Um dia, na noite em que um de seus primos recebe seus dons, ela vê a casa da família rachando, algo que é relevado pela família, já que ela não tem poderes mágicos. Mirabel então parte em uma aventura própria para achar o que há de errado com a casa e salvar todos de sua família, e o único que pode dar as respostas é seu tio Bruno, que vê o futuro. O único problema é que ele saiu um dia e nunca mais voltou.
Lin-Manuel Miranda virou quase uma figura carimbada nas produções da Disney após o seu sucesso estrondoso. Ele é o responsável pelo musical que existe em ‘Encanto’ e é preciso dizer que todo esse carinho e atenção com o compositor tem um motivo: ele realmente é muito talentoso no que faz. Todas as canções encaixam muito bem com a história e com o ambiente em que ela está.
Falar dos filmes da Disney também é refletir sobre como eles funcionam para os dois públicos: crianças e adultos. Quando crianças só vemos a beleza e as cores, mas é na vida adulta que entendemos algumas camadas apresentadas. Aqui é possível ver como faz mal a gente se comparar com o próximo – muitas vezes um irmão ou parente – e como as pessoas ignoram as tragédias anunciadas e colocam como vilão quem as conta.
Apesar desses dois fatores citados – e que é visto com clareza no filme – também vemos a valorização da família. Quando fala-se isso, não estou dizendo daquela família de propaganda de margarina, mas sim aquela que tem problemas e desavenças... Aquela que é diferente, mas também tem suas semelhanças. Pra quem é uma pessoa família, ver essas diferenças sendo deixadas de lado num momento de crise é muito legal.
Quem me conhece sabe que sou um cara que priorizo demais os meus entes queridos. Tanto os meus familiares de sangue quanto os amigos, que são a família que a gente escolhe. Então ver as brigas e perrengues, mas também ver as pazes e as pessoas se ajudando quando mais precisa é de suma importância para refletir a importância que essas pessoas têm na nossa vida.
‘Encanto’ é aquele filme que deveria ter sido visto no cinema – pela beleza das músicas e das cores –, mas que não perde o charme sendo visto na televisão do quarto ou da sala. Ele só precisa ser assistido e sentido. Com certeza será uma bela experiência para quem gosta daquela animação feita para todas as idades e de boas músicas. Uma excelente pedida para este final de semana inclusive.
Demorei, cai em spoilers, me enrolei, mas finalmente assisti ao mais recente filme do universo Marvel: ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’. O longa-metragem estreou no início de maio nos cinemas, mas como bom atrapalhado que sou, deixei para assistir nesta semana. Isso porque ele já está disponível no serviço de streaming da Disney desde o dia 22 de junho.
Após derrotar Dormammu e enfrentar Thanos nos eventos de ‘Vingadores – Ultimato’, o Mago Supremo, Stephen Strange, e seu parceiro Wong, continuam suas pesquisas sobre a Joia do Tempo. Mas um velho amigo que virou inimigo coloca um ponto final nos seus planos e faz com que Strange desencadeie um mal indescritível, o obrigando a enfrentar uma nova e poderosa ameaça.
Temos aqui um dos filmes mais diferentes da fórmula Marvel de fazer cinema. A ideia recente de ter subgêneros de filmes funciona e aqui temos elementos do terror sendo utilizados pelo diretor Sam Raimi. Obviamente que não estamos vendo os filmes do James Wan, mas temos bons elementos que funcionam dentro da temática de super-heróis abordadas pela Marvel.
A história se divide entre os protagonismos de Wanda e Doutor Estranho – além de nos apresentar a carismática América Chavez – e a conexão/sintonia entre ambos impressiona. Obviamente que, por termos três histórias de conexão com algo que perdeu, os protagonistas não tem todo o destaque que merecem. Contudo, infelizmente, não é só isso de ruim que tem no filme.
Além da falta de identidade – tem vezes que se pega pensando se é um filme do Doutor Estranho ou da Feiticeira Escarlate – também não se tem a construção mais profunda dos dramas que cada um está passando. Isso faz com que a empatia – algo importante aqui – não se construa da forma que o filme precisa. Fica difícil se envolver com os personagens e seus dramas sem a profundidade necessária.
Agora, falando em referências, não tem como não se maravilhar com alguns pontos. Isso indo desde o poder mostrado por Wanda – e seu uniforme emblemático – indo até as batalhas mágicas de Doutor Estranho. Não quero dar spoilers aqui, mas personagens queridos do público aparecem pela primeira vez no universo cinematográfico da Marvel e até o próprio multiverso traz deleites aos nossos olhos.
‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ está longe de ser o melhor filme da Marvel. Pode-se dizer até que ele pode cair no esquecimento quando se parar pra pensar no fim desta fase. Contudo, como filme de transição, apresentação de conceitos e momentos emblemáticos, ele cumpre o seu papel. Muita coisa entregue aqui deve ser vista no futuro e é bom você correr para assistir.
Sabe aquele filme que muitos nem sabiam que estava sendo produzido quando, do nada, nos deparamos com ele em algum serviço de streaming? É isso que acontece com quem abre o Disney+ e vê, nos seus lançamentos, o novo longa-metragem ‘Tico e Teco – Defensores da Lei’. Não, você não leu errado. Temos um novo filme desses personagens disponível para ser assistido – e deliciado.
Depois de fazerem sucesso na série ‘Tico e Teco os Defensores da Lei’, os protagonistas Tico e Teco foram esquecidos. Anos mais tarde, a dupla retorna quando Teco recebe uma cirurgia computadorizada e pede ajuda para Tico. Reunidos, a dupla vai em busca dos outros integrantes do grupo, onde cada um deles tem um vício diferente por conta da fama.
Descobri esse filme pelas redes sociais no final de semana. Ele havia estreado na sexta-feira, 20/05, e já estava fazendo um burburinho na internet. Que coisa boa foi ter sido impactado pelo longa-metragem. Não tem como não se divertir ao ver o mundo de desenhos animados e seres humanos reais vivendo em harmonia. Ouso dizer que foi o melhor filme com esta temática que já assisti.
Isso porque, além do saudosismo e das referências – e são muitas –, é possível ver que existe uma organização neste universo. Não é uma trama surreal e mostra a realidade de desenhos que caem no esquecimento – assim como já vimos com os atores reais. Temos o Tico vivendo normalmente como corretor de seguros enquanto Teco sonha em voltar ao estrelado e fica rodando por eventos de cultura pop relembrando seu papel.
Diversas referências podem ser citadas. Algumas delas passam despercebidas em uma embalagem, como o Frangolino; enquanto outras ganham mais tempo de tela. É o caso de Peter Pan, Ursinho Pooh e He-Man. Contudo, talvez o maior fan-service feito no decorrer do longa-metragem seja o retorno do Sonic feio. Ele mesmo. Aqui vemos o que aconteceu com ele depois da rejeição do público com o seu visual.
Apesar de toda essa euforia com as referências, é possível afirmar que a trama é muito bem desenvolvida. Não existem personagens soltos, mas sim funcionando para que a história siga o seu rumo. Todos são bem trabalhados e a trama da pirataria e animações “alternativas” funciona muito bem – até porque todos nós já fomos impactados com produções dessas. Então é muito legal imaginar como elas funcionam.
‘Tico e Teco – Defensores da Lei’ não inventa a roda e nem é genial. É só uma espécie de sequência da história de dois carismáticos personagens em sua pacata vida. Com certeza vale a pena ser assistido para quem sente saudades de personagens nostálgicos como também para as crianças. Ele funciona mesmo para quem não pegar tudo o que jogado na tela – e isso é genial.
Chegou ao serviço de streaming da HBO o mais recente filme do universo de Harry Potter. Trata-se do longa-metragem ‘Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore’. Infelizmente esse foi mais um caso daqueles em que disse que iria no cinema, não fui e fiquei me enrolando até poder assistir em casa. Mais uma vez, ao assistir a produção, me arrependi de não ter visto nas telonas.
O filme acompanha as aventuras de Newt Scamander, um magizoologista que carrega em sua maleta fantásticos animais do mundo da magia. Dessa vez, ele é convocado por Dumbledore na luta contra o vilão Grindelwald. A trama mostra por que o bruxo de Hogwarts, que sabe da busca por controle de Grindelwald e é incapaz de detê-lo sozinho, confia no magizoologista para liderar uma equipe em uma missão perigosa.
Ao longo do enredo, eles encontrarão velhos e novos animais fantásticos, além de enfrentar a crescente legião de seguidores do vilão. Mas o que o grupo de Scamander não sabe é que Grindelwald colocará o Mundo Mágico em uma luta contra o mundo dos trouxas. Enquanto o universo da magia fica mais dividido, Dumbledore deve decidir por quanto tempo ele ficará à margem da guerra que se aproxima.
Preciso começar dizendo que o filme funciona muito bem para quem é fã. Isso tem pontos positivos e negativos. Muitas referências do universo de Harry Potter estão ali e existem perguntas do passado que são respondidas. Isso funciona bem demais, mas também pode prejudicar a experiência – ou não fazer sentido – para quem só busca o entretenimento que o filme se propõe a entregar.
Uma coisa muito legal que acontece é que podemos ver mais sobre como funciona a política do mundo bruxo e as comparações com o mundo real. Sem falar que, em meio a tudo isso, temos a Maria Fernanda Cândido representando o Brasil neste mundo. Ela é uma das candidatas na eleição que podemos acompanhar e também existem outras pequenas referências ao nosso país.
É óbvio que existem pontos negativos. Há cada filme notamos mais como está solto o Scamander na trama. Senão houvesse sua participação, não notaríamos nada de diferente. Contudo, o maior desperdício é o de Credence. Um personagem cheio de camadas e que criou um hype gigante devido aos acontecimentos do segundo filme, mas que virou um personagem vingativo e raso.
Certamente este é o melhor dos três filmes já lançados – poderia tranquilamente ser uma trilogia se houvessem cortes. Tomara que tenha mais, afinal sabemos dos problemas que o filme passou e de que não há roteiro e nem direção definida – ao contrário dos anteriores. Contudo, existe a expectativa pelo que foi levantado e os fãs merecem ver esse encerramento.
Preciso confessar que, no fundo, gosto de comédias românticas bobas e previsíveis. Usei como “desculpa” para assistir a este longa-metragem por causa da crítica, mas sei que assistiria independente disso. Tanto é que existem outros filmes que eu poderia – e vou – trazer para este espaço, mas optei pelo clichê que todo mundo gosta de desligar o cérebro, assistir e, em partes, se identificar.
Cassie Salazar é uma cantora em ascensão que quer sair da bolha. Para pagar o aluguel e suas doses de insulina, ela trabalha em um bar todas as noites com sua banda. Porém, suas doses diárias de remédio são muito caras e ela não consegue pagar um convênio médico e acaba atrasando outras contas para que consiga sobreviver.
Isso até que ela vê em um contrato que, ao casar com um membro do exército dos EUA, o cônjuge ganha também um convênio médico e o salário aumenta. É com isso que ela conhece Luke Morrow, um fuzileiro naval, que é parceiro de seu amigo de escola. Porém, ambos são de personalidades totalmente opostas, mas precisam forjar um casamento por conta de suas necessidades pessoais.
Vou começar por algo que pode incomodar o público que assiste ao filme – até porque depois vou discorrer elogios: falta profundidade em diversos aspectos. Sabemos muito pouco da relação de Luke com o seu pai, não acompanhamos de fato o drama que o diabetes tem para Cassie e o romance entre eles surge rápido demais. É tudo muito repentino quando se pensa no desenvolvimento da trama.
Contudo, isso não impede que a gente se apegue ou até se identifique com os personagens. Os dramas, mesmo que apresentados de forma rasa, são verossímeis e, de certa forma, próximos para nós. Todos conhecem alguém que já tenha passado por experiências como as vividas ali. Soma-se isso ao carisma e talento dos protagonistas, não tem como não se apegar e torcer pelos personagens.
Particularmente falando, eu gosto de filmes que tratam da carreira de artistas no mundo da música. Muitas vezes me identifico e fico pensando nisso. Não que eu tenha o talento para isso – não sei tocar, compor e cantar –, mas sempre tive o sonho de poder ser um cantor ou músico. Ver Cassie lutando e correndo atrás desse sonho, mesmo com problemas de saúde e perrengues financeiros podem acabar inspirando as pessoas.
Obviamente que os clichês de toda comédia romântica jovem estão presentes: pessoas que não se gostam e começam um relacionamento por interesse, mas acabam se apaixonando; o arrependimento e as reviravoltas; os opostos se atraem. Tudo está ali. O que cativa realmente são as músicas – muitas delas originais – e as atuações. Fala-se em sequência e não sei se quero isso, mas trazer esse debate mostra o sucesso.
Na ordem cronológica da história eu chego ao quarto filme, quando se pensa em lançamento é o primeiro. Confuso no início, mas compreensível com o tempo. Escolhi essa ordem para assistir e para a tristeza dos nerds de plantão posso adiantar que o filme não me pegou – talvez, se tivesse assistido ao contrário, seria diferente. Venha comigo entender os meus motivos.
Luke Skywalker sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia para o Jedi Obi-Wan Kenobi sobre os planos da construção da Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial com capacidade para destruir. Luke então se junta aos cavaleiros Jedi e a Han Solo, um mercenário, para tentar destruir esta ameaça.
Primeiro que não posso deixar de falar do impacto que este filme teve para o cinema. Muito do que vemos hoje – e não falo apenas da franquia – surgiram lá atrás. ‘Star Wars’ foi revolucionário pelo que fez nos anos 70 e é preciso pensar nisso quando se assiste ao longa-metragem. Obviamente que ele pode ter aspectos antiquados quando pensamos com a cabeça de hoje, mas era revolucionário para a época.
Outro fator de destaque está no carisma de seus personagens. C-3P0, R2-D2, Obi-Wan Kenobi, Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo e Chewbacca. Todos personagens eternizados na cultura pop e que até hoje são conhecidos – inclusive por quem nunca assistiu aos filmes. Isso mostra como a franquia rompe barreiras mesmo com uma história considerada simples.
Talvez o ponto alta destes personagens seja Han Solo. Não tem como não gostar das aventuras e do jeito fanfarrão que Harrison Ford entrega para este personagem. Como contrapartida, quem gostou do Mestre Yoda sensato da trilogia anterior não vai curtir o que se faz neste filme. Aqui ele lembra mais o Pica-Pau maluco do que o que foi visto com o sábio e habilidoso dos filmes I, II e III.
Outro ponto que incomoda um pouco quando se compara com os filmes que antecederam é a falta de profundidade da trama. Nos outros filmes haviam debates políticos e todo um embasamento para o que estava acontecendo. Aqui temos um filme de aventura que mostra como se destruir a Estrela da Morte. Algo raso e sem muita profundidade – algo que me surpreendeu negativamente.
Como disse anteriormente: é preciso fazer uma reflexão ao assistir este filme e pensar na época em que ele foi desenvolvido. Ele está longe de ser algo ruim quando se pensa nisso e talvez o meu erro seja o de comparar com outras coisas. Acredito que, se tivesse visto na época, teria uma visão diferente de tudo o que George Lucas entrega – e por isso quero ver mais.
Eu sei que falei recentemente deste filme por aqui, mas fui provocado no final de semana – durante a programação do Gibifest – e julgado por ter me divertido demais com o filme ‘Thor – Amor e Trovão’. Mais um longa-metragem da fase 4 e, para a minha alegria, com o retorno de Taika Waititi como diretor de mais um filme do Deus do Trovão. Para quem gostou de ‘Thor – Ragnarok’, não tem como não se empolgar.
O longa, além de representar os acontecimentos de ‘Thor – Ragnarok’, promove a volta de Jane Foster, que se transforma na versão feminina de Thor. Os Guardiões da Galáxia terão papel importante, fazendo o filho de Odin questionar seu papel enquanto Deus do Trovão, precisando contar com o apoio de aliados como Valquíria e Korg. O filme ainda apresenta Gorr – sendo o grande vilão da narrativa – e ainda, Zeus.
Esse é mais um filme de Taika e a assinatura dele é única. Temos tudo o que ele faz de engraçado e pastelão neste filme. Sei que muitos não gostam do que é feito com o Thor e da fórmula Marvel, mas aqui temos o herói do jeito que Taika pensa que deve ser. O filme é coeso quando se pensa no que vimos recentemente e na evolução que o personagem apresenta.
Por mais que as piadas e o bom humor com doses de clichê estejam presentes, assim como em ‘Thor – Ragnarok’, temos boas cenas de ação e um vilão muito convincente. As lutas mostram a força que Thor e seus aliados tem e a maneira com que foi desenvolvido Gorr também surpreende. O que não surpreende aqui é a boa atuação de Christian Bale, que mais uma vez entrega tudo o que se espera.
Outro ponto que ganha força no filme são os dramas vividos pelos principais personagens. Todos estão em uma jornada de superação e autoconhecimento e, com mais ou menos carga dramática, esses problemas são sendo superados. Isso mostra uma preocupação no desenvolvimento dos personagens, mas parece que há pressa demais para que isso aconteça e, por causa disso, o público pode não se conectar a estas dores.
Talvez esse seja um dos primeiros filmes da Marvel que a gente pense: “tinha de ser maior”. Isso faria com que alguns dramas pessoais fossem mais desenvolvidos e gerassem a empatia e preocupação desejada. O erro de Taika foi querer colocar tudo o que tinha de ideias em um único filme de duas horas. A pressa necessária – aliado as piadas – pode prejudicar quem espera algo diferente.
‘Thor – Amor e Trovão’ não é o filme mais genial da Marvel, mas acredito que ele não se proponha a ser isso. Contudo, ele apresenta um ótimo vilão, cenas de ação convincente e caminhos para o futuro da história – indo a inserção de novos personagens como também rumos que ele terá. Sem falar que uma coisa já sabemos: Thor retornará. Então teremos mais de Taika e Thor nos cinemas.
Existem filmes que muitos consideram bobinhos – e são de certa forma – mas que conseguem trazer mensagens importantes para um público-alvo diferente e que não está acostumado a consumir longas mais densos e com críticas sociais mais profundas. ‘Z-O-M-B-I-E-S’ tem a missão inicial de entreter quem assiste, mas também traz mensagens necessárias.
50 anos depois de passar por um apocalipse zumbi, Seabrook é uma cidade alegre e cheia de conformismo. Os zumbis não são mais uma ameaça, mas são obrigados a viver em Zombietown, uma parte isolada da cidade. Quando os alunos de Zombietown são transferidos para a escola secundária de Seabrook, o zumbi Zed está determinado a jogar futebol americano, enquanto a humana Addison, sonha em ser líder de torcida.
Primeiro é preciso deixar registrado que este filme está disponível no Disney Plus e foi produzido para pré-adolescentes. Existem músicas muito bonitas e um par romântico previsível, mas engana-se quem pensa que o filme vai no óbvio ao buscar entreter o seu público. Por mais que os clichês do casal “diferente”, da líder de torcida e do jogador de futebol americano; existem pontos que podem ser aprofundados.
Um dos principais está no preconceito. Isso vai desde a família de Addison sobre uma condição específica sua até a relação com os zumbis, que são “aceitos”, mas seguem isolados e buscando seu espaço. O preconceito que eles sofrem e como isso muda quando eles ganham “poder” e “notoriedade” mostra um pouco da maldade e do jogo de interesses da nossa sociedade.
Outro ponto que chama a atenção é a humanidade do casal de protagonistas. Eles fogem do padrão-comum com que a Disney trata as suas princesas. Temos um casal com problemas reais. Assisti esse filme por uma indicação e essa relação – Zed e Addison – foi descrita como algo normal, sem melancolia e passando a naturalidade de um casal real e que brinca com o que acontece.
Não sei se ‘Z-O-M-B-I-E-S’ é um filme para toda a família, mas acho que deveria ser. Obviamente que a temática meio infantil pode afastar as pessoas, mas no fundo existem discussões que merecem ser feitas e são abordadas no decorrer do longa-metragem. Vale a pena assistir por isso e também pelas canções, que são muito boas e surpreendem quem assiste.
O maior – ou pelo mais popular – streaming do Brasil segue sendo a Netflix e seus longas-metragens e séries sempre alcançam um grande público. Nem todas as suas produções são boas, mas não é raro ver algo rompendo a bolha e se tornando campeão de audiência. Um destes casos pode – ou pelo menos merece – ser o novo filme de Jason Momoa chamado ‘Terra dos Sonhos’.
Depois que seu pai se perde no mar, a vida de Nemo muda completamente, ao ser enviada para morar com seu tio Phillip. Sua escola e rotina são desafiadoras, mas ela descobre um mapa para o mundo dos sonhos, que a conecta a Flip, um fora-da-lei que se torna seu parceiro. Rapidamente a dupla encontra uma jornada, atravessando sonhos e fugindo de pesadelos, e Nemo começa a ter esperanças de se reunir com seu pai.
São dois os principais pontos do filme que cativam o público: o primeiro deles é o conceito de se viver no mundo dos sonhos. Muitas pessoas se imaginam em um mundo de fantasia e é isso que a protagonista Nemo vive no decorrer do filme. Sem amarras com uma realidade, em um mundo aonde uma criança dirige um caminhão desgovernado ou um canadense voa em um pássaro gigante.
Outro aspecto importante está na sintonia entre os dois protagonistas. A jovem Marlow Barkley é muito carismática e entrega tudo o que se espera. Já Momoa tinha certa desconfiança do público. Ele está acostumado a fazer personagens mais sérios, violentos e fortes. Aqui ele faz um fanfarrão barrigudo e que está sempre sorrindo. Felizmente ele foi bem no papel e conseguiu entregar o que se esperava.
Se, por um lado, o filme é longo demais – quase duas horas de duração – por outro tinha muita coisa que poderia ter sido abordada e não foi. Mais sonhos ou explicações sobre como tudo funciona poderiam ter aparecido. Pelo menos havia espaço para isso. Contudo, se optou por um caminho mais “raso” que não é ruim, mas deixou perguntas em aberto.
Pensando de forma mais profunda, temos diversos aprendizados no filme. Desde não deixar de ser criança – e o quanto é bom manter esse espírito jovial na vida – até questões de saúde mental e depressão. Tudo isso em um filme feito para toda a família e que merece ser assistido logo. Seria legal vê-lo nos cinemas? Sim, mas ele está disponível na Netflix para quem quiser.
Musicais sempre foram filmes que me agradam muito. Um dos meus filmes preferidos da vida é deste gênero inclusive – falo de ‘La La Land’ – e, neste final de semana, corrigi um erro ao assistir ‘O Rei do Show’, longa-metragem de 2017 que traz nomes como Hugh Jackman, Zack Efron e Zendaya; e que teve indicações em prêmios do Oscar e do Globo de Ouro daquele ano.
De origem humilde e desde a infância sonhando com um mundo mágico, P.T. Barnum desafia as barreiras sociais se casando com a filha do patrão do pai e dá o pontapé inicial na realização de seu maior desejo abrindo uma espécie de museu de curiosidades. O empreendimento fracassa, mas ele logo vislumbra uma ousada saída: produzir um grande show estrelado por freaks, fraudes, bizarrices e rejeitados de todos os tipos.
Antes de mais nada é preciso deixar claro que não há como não se encantar pelo que acontece nos filmes – no aspecto musical. Os espetáculos musicais e as apresentações – principalmente relacionados a trupe do circo – empolgam e encantam o público que curte este tipo de filme. Destaque para as músicas ‘The Greatest Show’, ‘A Million Dreams’, ‘Never Enough’ e ‘This is Me’.
Tem um ponto que pode incomodar o público: a superficialidade com que alguns dramas são superados. Talvez por querer abordar diversos pontos da história do protagonista, falta tempo para que o telespectador compreenda e se envolva com o problema vivido. No início não se tem isso (no aspecto amoroso), mas depois todos os dramas são apresentados de forma rápida demais.
Contudo, digo isso falando apenas do protagonista. Isso porque os coadjuvantes – mesmo com menos tempo de tela – conseguem entregar o que se espera de um filme que aborda o diferente e o preconceito. Vemos isso com Keala Settle, Zack Efron, Sam Humphrey e Zendaya. Obviamente que guardadas as devidas proporções, todos sofrem em algum momento e a entrega de suas atuações mostram isso ao impactar o público.
‘O Rei do Show’ está disponível no serviço de streaming da Disney e pode ser assistido por quem quiser. Acredito que valha muito a pena – independente se você gostar ou não de musicais. Isso porque existe aqui, além das boas canções, belas atuações e temas importantes que merecem ser debatidos. Talvez seja uma boa pedida para se assistir neste feriadão.
Assistir a filmes do passado normalmente acontecem por indicações de amigos – e eu tenho que ficar curioso para assistir. Existem clássicos que não assisti mesmo com indicações, mas alguns me chamam a atenção. A franquia ‘Star Wars’ é graças ao Everton e a Drica. Já os dois filmes de ‘Frozen’ são sugestões da Thalita. Aqui trago o meu relato de ‘Frozen 2’, que está disponível no streaming da Disney.
De volta à infância de Elsa e Anna, as duas irmãs descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.
No primeiro filme, senti falta de explicações. Por mais que ele encante – principalmente pelo Olaf do Porchat – parecia que faltava algo. A gente (ou pelo menos eu) queria entender um pouco mais da origem dos poderes de Elsa e em como isso poderia impactar nas coisas. Isso sem falar do motivos de apenas ela ser uma pessoa poderosa dentro daquele mundo.
Podemos dizer que as minhas preces foram ouvidas e aqui temos a história sendo aprofundada. Eles voltam ao passado para explicar o que aconteceu em Arendelle e que existem outras pessoas poderosas vivendo ali. Mostra um pouco da origem do poder de Elsa e traz uma profundidade para a história que eu não esperava. Existem conceitos como traição e crueldade que eu não achava que encontraria em uma animação.
Tudo está mais sério e mais profundo. O Olaf é mais questionador e com falas mais profundas e Elsa – assim como Anna – amadurecem de um filme para outro ao nos apresentar princesas fortes e não indefesas. Uma evolução que certamente coloca a dupla no panteão das grandes princesas da Disney nos cinemas e que certamente tem potencial para mais histórias.
Diversas pontas do passado são amarradas e, porque não, solucionados. Uma história coesa e que se complementa com a primeira fechando todos os arcos que estavam abertos. Uma sequência não é necessária – concordo com isso –, mas seria muito legal poder revisitar estes personagens e compreender como eles estão após toda a jornada de amadurecimento destas duas obras.
Chegamos na terceira trilogia. A trilogia mais recente do universo de Star Wars. Aquela que fez com que muitos voltassem a se empolgar com este universo – e instigou a curiosidade em que nunca tinha visto – tão rico. Estou falando do Episódio VII desta franquia, intitulado ‘Star Wars – O Despertar da Força’, que chegou aos cinemas em 2015 e está disponível no streaming da Disney.
Décadas após a queda de Darth Vader e do Império, surge uma ameaça: a Primeira Ordem, uma organização que busca minar a República e que tem Kylo Ren, Hux e Snoke como expoentes. Eles conseguem capturar Poe Dameron, um dos pilotos da Resistência, que antes de ser preso envia através do robô BB-8 o mapa de onde vive Luke Skywalker. Ao fugir pelo deserto, BB-8 encontra a Rey, que vive sozinha catando destroços de naves.
Apesar de avisos de fãs de que esta trilogia não é tão boa quanto as demais, preciso deixar claro que me empolguei com o que assisti. O filme cumpre o seu papel de divertir e, de certa forma, até apresentar este universo para uma nova geração. Além disso, ele também atinge o seu objetivo de prestar homenagens e trazer referências do que foi feito nos seis filmes anteriores.
Temos o retorno de atores – e personagens – importantes das sagas originais. Isso sem falar de locais e até veículos emblemáticos sendo reapresentados. Acredito que está tenho sido uma estratégia acertada: agradar os antigos fãs enquanto tenta consolidar novos. Isso porque essas referências são muito legais para quem assistiu aos filmes antigos, mas não prejudica a experiência de quem não as tem.
Contudo, a franquia não tem só motivos para ser elogiada. Existe um ponto que pode irritar muito alguns fãs e está relacionado a Kylo Ren. Não quero adentrar em spoilers sobre o personagem, mas ele tem um histórico relacionado a personagens das sagas anteriores e vê-lo do jeito que foi construído é algo que desagrada. Primeiro pela falta de carisma e segundo por uma falta de continuidade com o seu ancestral.
Não tem como não se empolgar e não querer ver mais do que se aproxima. O material que se tem é de muito potencial e a expectativa é de que os próximos dois filmes – sem contar os spin-off e as séries – entreguem muito mais profundidade para este universo. Lembrando que tudo isso que cito aqui está disponível no serviço de streaming da Disney para quem quiser assistir, rever ou se aprofundar neste mundo.
Sempre procuro escrever sobre filmes atuais, mas existem ocasiões em que filmes passam despercebidos na história e que acabamos por não falar aqui. Como temos um feriadão se aproximando, nada melhor do que falar sobre um filme que é para toda a família assistir junto. Estou falando de ‘Frozen – Uma Aventura Congelante’, que saiu lá em 2014, mas está disponível no serviço de streaming da Disney.
Anna adora sua irmã Elsa, mas um acidente envolvendo os poderes da mais velha fez com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado. Com o reencontro, um acidente acontece e ela decide partir e se isolar, provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã.
Cabe ressaltar que este filme tem um Oscar na bagagem. Ele foi o campeão na categoria de melhor animação no seu ano de lançamento – e que fato merecido. Temos aqui algo que não era “comum” ainda na época: princesas da Disney fortes e que não dependem do príncipe encantado para as coisas darem certo. Muito pelo contrário, afinal elas são independentes e questionam alguns tabus da Disney.
O amor à primeira vista e o beijo do amor verdadeiro – dois fatos muito simbólicos nos filmes antigos – dão espaço para o questionamento de querer se casar logo e de como o amor entre irmãos e/ou amigos também podem ser fortes para quebrar o encanto de uma maldição. Tudo isso é visto aqui no viés das duas protagonistas, que entregam toda a força necessária para as personagens.
Para quem for ver dublado – foi o que eu fiz – tem um ponto ainda mais divertido: Fábio Porchat dubla o boneco de neve Olaf. Não tem como não rir e se divertir com essa versão de neve do burro falante, com sacadas geniais e indo do riso a emoção em questão de minutos. Com certeza um dos pontos altos que me mostram os motivos de gostar da dublagem brasileira.
Obviamente que o filme não é só perfeição. Eu, pelo menos, senti muita falta de mais explicações sobre como ela conquistou estes poderes – já que parece ser algo único – e queria mais dos Trolls. Eles apareciam e sumiam do nada mesmo sendo conectados a dois lados da história. Contudo, isso não prejudica a experiência que o longa-metragem tem para os que assistem.
A maratona de Star Wars – ou Guerra nas Estrelas – segue e chegamos ao oitavo episódio da franquia mais famosa e cultuada pelos público nerd. Contudo, pela primeira vez até aqui, saio mais do que decepcionado. Saio irritado e triste com o que foi entregue. Certamente o pior filme até aqui e é uma pena isso ter rolado nos atuais, afinal é por eles que comecei a assistir.
Em ‘Star Wars: Episódio VIII’ – ou ‘Star Wars – Os Últimos Jedi’ –, após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hamill) em uma ilha isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do Mestre Jedi. Paralelamente, a Primeira Ordem de Kylo Ren (Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Resistência.
O hype estava lá em cima. Rever personagens queridos no sétimo episódio me deixou empolgado. Achei que o caminho estava sedimentado e que, o que não deu certo, seria abandonado. Um claro engano da minha parte, já que o saudosismo – algo que deu muito certo – perdeu espaço e as “conexões/visões” dos personagens voltaram à tona. Algo que pode ser classificado como, no mínimo, desnecessário.
Não vou mentir aqui. Existem momentos que empolgam o público. Ver o Luke treinando um novo jedi, o retorno do mestre Yoda (mesmo eu não gostando da maneira) e as guerras espaciais são muito legais. O problema é que elas se tornam algo supérfluo quando o objetivo do filme acaba sendo o de conectar o protagonista e o antagonista numa péssima história.
Falta carisma e profundidade. Sem falar que é criado um conceito que não tínhamos visto nos outros seis filmes – no mínimo estranho. Soma-se a isso uma batalha do Luke inspirada no último longa-metragem do ‘Crepúsculo’. Não tem como ser feliz e nem os momentos legais e divertidos conseguem superar as falhas no roteiro, que não agrada os antigos e nem os novos fãs.
Ainda falta um capítulo, eu sei – isso sem contar ‘Han Solo’ e ‘Rogue One’ –, mas até aqui esse consegue ser o pior filme. Fico com medo do que me espera, mas esperançoso que eles tenham visualizado os erros e corrigido eles. Não sei se estou preparado para mais um longa-metragem de enrolação, criação de romances e conexões telepáticas que não levam a nada.
Chegamos ao fim da segunda – ou primeira – trilogia da franquia de ‘Star Wars’ nos cinemas. Uma trilogia que não me empolgou tanto – é preciso confessar –, mas que me fez entender um pouco mais a importância que Star Wars tem para a cultura nerd e para o cinema com um todo. O que foi feito por George Lucas no passado precisa ser valorizado e assistido.
Em ‘Star Wars: Episódio VI’, o Imperador Palpatine está supervisionando a construção de uma nova Estrela da Morte. Enquanto isso, Luke Skywalker liberta Han Solo e a Princesa Leia das mãos de Jabba, o pior bandido das galáxias. Luke só se tornará um cavaleiro Jedi quando destruir Darth Vader, que ainda pretende atraí-lo para o lado negro da "Força". No entanto a luta entre os dois vai revelar um inesperado segredo.
Não tem como não dizer que este filme não surpreende e diverte o seu público. Dentre os três, é o melhor. Isso porque temos boas cenas de ação e, desta vez, uma profundidade maior para alguns arcos. Isso foi visto na trilogia anterior – ordem cronológica – e faltou nesta, mas foi suprida com boas resoluções e ganchos futuros neste filme.
Me incomoda a hipersexualização em torno da princesa Leia. Sei que isso era normal nos anos 80 – até hoje isso existe – mas é muito estranho ver uma personagem tão forte sendo tratada dessa maneira no terceiro longa-metragem. Isso principalmente no arco em que ela está presa com Jabba. Tem um contexto que explica? Sim, mas acredito que foi mais para justificar o que queriam fazer – ou mostrar.
[ALERTA DE SPOILER] Algo que me surpreendeu muito neste último filme foi o arco de redenção de Darth Vader. Não sei porque, mas não esperava que ele teria esse momento de arrependimento. Ver o processo de humanização e redenção de um grande vilão do cinema é algo que me pegou desprevenido, mas também mostrou o tamanho que esta franquia tem. [FIM DO ALERTA DE SPOILER]
Não sei se esperava mais – talvez tenham me criado grandes expectativas –, mas não achei tudo o que sempre foi dito. O filme é muito bom, a saga como um todo é coesa, mas talvez esse hype com alguns aspectos técnicos que tenham envelhecido mal me fizeram curtir menos do que eu achava. Tanto é que me diverti bem mais com os três anteriores. Contudo, isso não tira a genialidade e a obrigação de assistir.
A segunda trilogia chega em sua metade – aonde teremos um dos momentos mais emblemáticos do cinema – e o nosso texto falando do quinto filme também está entre nós. A saga continua. Enquanto escrevo sobre o episódio V já assisto ao episódio VII para logo poder concluir essa jornada em que falhei ao não ter começado antes. Vale a pena conhecer este mundo.
Em ‘Star Wars: Episódio V’, as forças imperais comandadas por Darth Vader (David Prowse/James Earl Jones) lançam um ataque contra os membros da resistência, que são obrigados a fugir. Enquanto isso, Luke Skywalker (Mark Hamill) tenta encontrar o Mestre Yoda, que poderá ensiná-lo a dominar a "Força" e torná-lo um cavaleiro Jedi. No entanto, Darth Vader planeja levá-lo para o Lado Negro da "Força".
Aqui temos uma evolução ao comparar este filme com o primeiro. Isso porque temos aqui mais desenvolvimento de trama do que apenas a aventura/ação do longa-metragem anterior. A busca por Yoda – algo que me confundi e trouxe no texto anterior – e a luta da resistência são muito importantes. Isso mesmo com o pouco carisma de Mark Hamill como Luke.
Aprofundar a trama de Han Solo talvez seja o ponto alto aqui. Certamente é o melhor personagem da franquia. Divertido, herói, carismático e com uma atuação muito boa de Harrison Ford. Não tem como não divertir com tudo o que esse personagem canastrão e de bom coração entrega. Assistir a segunda trilogia – pela ordem cronológica – vale muito a pena quando temos ele em cena.
Uma das cenas mais emblemáticas – relacionada a paternidade – é dita pela primeira vez neste filme. Quem está assistindo que nem eu ou já viu os filmes no passado sabe do que estou falando. Achei que isso ocorreria no próximo longa-metragem e ver isso agora me cria expectativas de como esses arcos serão encerrados. Isso porque ainda faltam pontas serem presas.
‘Star Wars – O Império Contra-ataca’ é mais um filme de ação e aventura, mas com um pouco mais de trama. Existem enredos sendo resolvidos, escapes cômicos e uma história mais coesa e que não é construída exclusivamente para a guerra de naves. Temos mais neste filme – algo que me alegra, já que o anterior me decepcionou. Vamos ver o que virá no fechamento.
Após algumas semanas de hiato devido aos lançamentos e cabines de imprensa, estamos de volta com a série de críticas que tratam da saga de ‘Star Wars’ nos cinemas. Desta vez, vamos falar do episódio III, intitulado ‘A Vingança dos Sith’, que encerra a segunda trilogia. Isso pela ordem de lançamento. Pela ordem cronológica, este encerra a primeira parte da história.
As Guerras Clônicas estão em pleno andamento e as diferenças entre o Conselho Jedi e o Chanceler Palpatine aumentam cada vez mais. Anakin Skywalker mantém um elo de lealdade com Palpatine, ao mesmo tempo em que luta para que seu casamento com Padmé Amidala não seja afetado. Seduzido por promessas de poder, Anakin se aproxima cada vez mais de Darth Sidious até se tornar o temível Darth Vader.
Aqui temos o melhor filme desta trilogia. O encerramento de arcos importantes, reviravoltas e surpresas. Certamente o longa-metragem que mais agrada – ainda mais quando pensamos que o segundo era mais fraco que o primeiro. Talvez o que mais agrade seja que, por ser o último antes da franquia original, muita coisa do que vimos aqui é o que será visto nos episódios IV, V e VI.
Não é spoiler para ninguém, afinal o filme foi lançado há muitos anos. Então posso dizer que é nesse filme que vemos o nascimento de Darth Vader, a separação dos gêmeos Luke e Léia, a formação do Império Galáctivo e o extermínio dos Jedis. Tudo isso vemos ser aprofundado nos outros episódios e aqui temos as explicações de como e porque tudo havia acontecido.
Pode-se dizer que, comparado aos dois primeiros filmes, este é o mais "sombrio". Existem batalhas tensas e não tem como não ficar apreensivo ao ver que Skywalker está cedendo ao Lado Negro. Por mais que nunca se tenha visto o filme, todos conhecem Darth Vader e fez o capacete aparecendo e a respiração do vilão são aspectos que mexem com o emocional de quem vê o longa-metragem.
‘Star Wars – A Vingança dos Sith’ é um bom filme e que encerra o arco que funciona como preludio do que veremos na franquia clássica. Obviamente que, por ver na ordem cronológica – e não de lançamento – estou curtindo demais o que está sendo entregue até aqui. Agora é esperar e ver o que será feito nos outros filmes para saber os motivos desta franquia ser tão amada.
A Pequena Sereia
3.3 526 Assista AgoraSempre que consigo ir nas cabines de imprensa fico mais feliz. Primeiro por rever alguns amigos e segundo porque consigo trazer um lançamento fresquinho para vocês, leitores do Jornal A Semana. É o que aconteceu desta vez e agora trago para este espaço algumas linhas sobre um dos longas-metragens mais aguardados de 2023. Estou falando do remake em live-action d’A Pequena Sereia.
Ariel é uma jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo, ela visita a superfície e se apaixona pelo príncipe Eric. Mas para procurá-lo em terra firme, a sereia pede ajuda à Úrsula e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família.
O primeiro ponto que se destaca deste filme são as atuações – principalmente de Halle Bailey e Melissa McCarthy. Enquanto a primeira entrega toda a doçura e inocência que se espera de Ariel, Melissa consegue construir uma vilã com força e caricata, mas como todos esperavam que a Úrsula seria. Eu até estava receoso que ficasse engraçado, mas não, ficou na medida certa.
Tanto os clássicos – com cenas praticamente iguais as da animação – quanto as novas composições agradam muito. Primeiro pelo talento de quem está por trás destas composições como também pela potência vocal que a protagonista do filme tem. Não duvido inclusive que este longa-metragem esteja entre os indicados nas canções originais do Oscar.
Não tem como a gente não comparar ‘A Pequena Sereia’ com outra adaptação em live-action da Disney. Sim, estou falando de ‘O Rei Leão’. Felizmente podemos dizer aqui que as técnicas evoluíram, o fundo do mar não parece um CGI fraco e os animais estão mais naturais. Obviamente que eles têm menos tempo de tela – diminuindo a estranheza –, mas é bom ver que temos um filme bem mais “natural” aqui.
Contudo, o filme tem algumas coisas que me incomodaram. A primeira é a atuação de Javier Bardem. Eu sou um grande fã dele e achei que o rei Tritão ficou caricato demais. Também esperava que houvesse um aprofundamento de algumas coisas – quando comparado ao filme original – pelo tempo do filme, mas isso não ocorreu. Por último, temos aquela cena clichê demais que não precisava.
Apesar desses “deslizes” que me incomodaram, não tem o que dizer: o filme cumpre o seu papel e merece ser assistido no cinema. Sério. Quem puder, vá assistir e se maravilhar com boas atuações, belíssimas canções – destaque para o rap –, e uma ambientação de tirar o fôlego. Certamente temos aqui um dos sucessos de 2023 que ainda ouviremos falar mais.
Águas Profundas
2.5 361 Assista AgoraSigo em minha missão de assistir a filmografia completa de alguns artistas. Dentre eles estão os projetos da cubana Ana de Armas. Já assisti aos longas-metragens ‘Cães de Guerra’, ‘Mãos de Pedra’, ‘Ghosted – Sem Resposta’ e ‘Bata Antes de Entrar’. Nesta semana foi a vez de assistir ao filme ‘Águas Profundas’, que chegou ao Brasil direto no serviço de streaming da Amazon Prime.
Vic e Melinda são um casal que sente prazer em fazer brincadeiras psicológicas e estão passando por problemas, adiando um divórcio através da abertura do relacionamento. Melinda pode ter quantos amantes quiser, apenas havendo a regra de não abandonar a família. Em uma de suas escapadas, um dos amantes é achado morto e Vic acaba tomando o crédito, com a intenção de assustar a esposa e fazê-la voltar para casa.
Antes de entrar na crítica de fato, é preciso dizer que fica no mínimo complicado de compreender o que o filme quer comunicar. Pelos atores, parece algo mais erótico – principalmente devido a atuação de Ana de Armas –, mas com poucas cenas de sexo. Sem falar que esses raros momentos não causam nenhuma tensão no público. Já a direção e roteiro parecem querer brincar com a classe rica.
Essa “brincadeira” ou paródia da alta sociedade parece mais legal. Inclusive os estereótipos criados e a visão dada pela equipe do filme fazem com que isso funcione mais do que a questão erótica. O problema é que faltou comunicar com o elenco e isso prejudica a experiência de quem chega muito cru ao filme por pouco saber do que trata – o que foi o meu caso.
O pior é que isso prejudica as atuações. A mudança de tom entre o elenco e o que o roteiro propõe prejudica quem está em frente às câmeras. Isso atrapalha dois bons atores – Ben Affleck e Ana de Armas – em suas atuações. O primeiro já sofre com certa perseguição do público, mas a segunda é a queridinha de Hollywood e também sai prejudicada do longa-metragem.
Indico aos que pretendem assistir ao filme que olhem com o viés de sátira da alta sociedade americana. Assim será possível ter duas horas de um bom filme, que propõe debates interessantes. Isso porque, quem espera cenas de nudez e sexo intenso, ficará esperando muito e receberá pouco. Lembrando: o filme está disponível no serviço de streaming da Amazon Prime.
Ghosted: Sem Resposta
2.8 97Cada vez mais plataformas de streaming surgem e investem em produções próprias como um diferencial para angariar novos assinantes. A Apple TV+ é um destes serviços mais segmentados e que ainda não atingiu a massa – só que ela quer muito isso. Talvez seja com essa pretensão que ela reúne Ana de Armas e Chris Evans, dois queridinhos de Hollywood, para protagonizar ‘Ghosted – Sem Resposta’, que trago para vocês hoje.
O filme acompanha Cole, um homem que acaba conhecendo a misteriosa Sadie, e a convida para um encontro – que à primeira vista parece não ir muito bem, mas logo os dois acabam se envolvendo. Porém, Cole logo descobre que a mulher é uma agente da CIA. Antes mesmo de decidir se haveria um segundo encontro, os dois são obrigados a trabalharem juntos após se verem envolvidos em uma trama internacional.
Acredito que muitos, assim como eu, vão assistir ao filme pelos dois protagonistas. Eles são os queridinhos do momento – principalmente Ana de Armas – e vem acumulando papéis de destaque nos últimos anos. Além de seu talento, são duas pessoas muito bonitas e que tem uma química muito grande e forte. E é aqui que se baseia muito do filme, afinal eles precisam arranjar um quarto.
Obviamente que as pessoas não podem ir para este filme esperando algo genial. Aqui temos muitos dos clichês das comédias românticas e dos filmes de ação e talvez seja aí o maior problema do longa-metragem: ele não decide para que lado vai ir. Com isso, temos a parte do relacionamento sendo pouco aprofundada e as cenas de ação sem justificativa aparente.
Até porque, por mais que seja necessário acreditar na trama, temos pouquíssimas informações sobre a missão e o impacto de um erro ou falha vai ter na sociedade. Isso mesmo com as boas atuações. Com isso, fica difícil se justificar a escolha pela humanidade, afinal não temos a dimensão do problema e é complicado gerar essa identificação e preocupação.
‘Ghosted – Sem Resposta’ também encontra em suas participações especiais um momento muito especial e que faz com que a experiência do filme ganhe força. Juntamos elas com os dois protagonistas e temos um bom filme para assistir no final de semana. Nada genial ou brilhante, mas algo que gera engajamento e entretenimento com boas cenas de ação e romance. Quem puder, assista.
Criaturas do Senhor
3.0 21 Assista AgoraFelizmente as cabines de imprensa voltaram a rotina deste que vos escreve. Novamente trago um lançamento que chega aos cinemas nesta semana para vocês e, desta vez, um longa-metragem da A24 – o xodó dos cinéfilos. Estou falando de ‘Criaturas do Senhor’, que chega aos cinemas nesta semana e visa promover debater importantes sobre o machismo e o abuso sexual.
A trama foca em uma mãe que, dividida entre proteger seu filho e seu próprio senso de certo e errado, decide mentir para proteger sua família. Mas o impacto devastador que essa escolha tem em sua comunidade, seus pares e em sua própria vida coloca em cheque essa decisão. Pode uma mentira ser capaz de despedaçar de forma irreversível toda uma unidade familiar e comunitária? Ela conseguirá arcar com as consequências?
O foco do filme aqui é denunciar uma sociedade machista e que não vê o abuso sexual como o crime que ele deve ser considerado. Não são poucas as vezes em que a voz da mulher não é levada a sério e que toda uma comunidade não leva denúncias fortes a sério e aqui temos isso sendo abordado de um maneira densa dentro de uma pequena comunidade da Irlanda.
Não vou negar que, com o decorrer do filme, fiquei receoso com a possibilidade de um drama tão pesado (não darei spoilers aqui) fosse romantizado pelo roteirista do longa. Felizmente isso não aconteceu. Muito pelo contrário. Temos a redenção de uma das protagonistas e o alívio de outra personagem ao ver que a justiça, de certa forma, foi feita nesta história.
Contudo, por mais que o elenco esteja muito bem – destaques para Emily Watson e Paul Mescal – as vezes parece que falta algo que gera mais repulsa no público. Talvez tenha faltado indignação ou humanidade em alguns momentos e havia espaço para isso. A história é pesada, mas parece ser contada de uma forma fria e linear demais, aonde o público fica esperando o que vai acontecer sem algo mais forte.
‘Criaturas do Senhor’ tem o selo da A24 e isso já vai lhe ajudar nos cinemas – ou serviços de streaming. O filme tem potencial ao contar uma história pesada e que merece ser contada, mas sem cair em vícios perigosos ou na vala comum. Talvez tenha faltado mais “força” em alguns momentos, mas nada que atrapalhe a experiência e o debate que o filme se propõe em trazer.
Desejo Proibido
1.8 33 Assista AgoraOs filmes mais eróticos ou sensuais vem ganhando força nas telonas desde que o livro ’50 Tons de Cinza’ foi adaptado aos cinemas. Mais recentemente, a Netflix lançou uma trilogia chamada ‘365 Dias’ que também aborda este universo. Hoje trago aqui um filme que chega nesta semana aos cinemas e conta com semelhanças ao projeto da Netflix. Falo de ‘Desejo Proibido’.
Maks e Olga tem quinze anos de diferença. Ela é uma mulher bem sucedida, mãe de uma jovem adulta. Já ele é um homem que aproveita a vida como pode, sempre vivendo o momento e sem consequências. Mesmo muito distantes e diferentes, o destino os põe perto. Ambos acabam se conhecendo e engatam um relacionamento, algo que logo será interrompido pela filha de Olga.
Quando disse lá atrás das semelhanças entre o filme desta semana e o longa-metragem da Netflix é porque os dois projetos contam com a mesma direção (Tomasz Mandes) e contam com o italiano Simone Susinna em seus elencos. Ambos entregam aqui o que se espera deles e do filme: cenas com uma tensão sexual intensa em ângulos que mostram, mas não mostram de fato o que está acontecendo.
Acho que esperava mais deste filme. Obviamente que, baseado na premissa, sinopse e histórico dos envolvidos; já era de se esperar um filme que usasse o sexo como principal ponto, mas esperava mais envolvimento e explicação. O que eu sempre digo da falta de verossimilhança foi visto aqui. Não temos o desenvolvimento de um relacionamento e isso atrapalha a experiência de quem quer acreditar no que está vendo.
Por outro lado, temos uma direção ousada, com um estilo fora do casual. Além disso, temos um elenco muito afiado e com sintonia. Todos estão bem em tela e entregam o que se propõe. Destaco principalmente Magdalena Boczarska, que interpreta Olga. Vemos nela todo o drama de quem tenta superar o luto da perda do marido e de tentar manter a família de pé.
‘Desejo Proibido’ está longe de ser um filme genial. É uma obra comum, mas que pode pegar o público que gosta de produções que ousem nos aspectos eróticos e que queiram compreender o drama vivido por uma família enlutada quando se diz respeito a permitir viver novos relacionamentos. Tenho minhas dúvidas se vale a pena assistir no cinema, mas isso são vocês que decidem.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 554 Assista AgoraAs animações da Pixar sempre são um deleite para quem assiste. Isso independente da faixa-etária. O talento que eles têm em conseguir se comunicar com todos os públicos – através de suas camadas – sem que ninguém fique sem compreender a mensagem é algo único. Essa característica já foi notada em diversos longas-metragens e, no caso de ‘Red – Crescer é uma Fera’, não foi diferente.
Quando uma adolescente fica muito nervosa, ela se transforma em um grande panda vermelho. O longa aborda dessa forma, a jornada de amadurecimento da personagem, suas inseguranças dessa fase onde, a personagem principal está dividida entre a filha que sempre foi e sua nova personalidade, intensificada por todos os sentimentos conflitantes que a adolescência provoca.
Além do caos gerado por todas as mudanças em seus interesses, relacionamentos e corpo, sempre que a garota fica muito agitada ou estressada, ela vira um panda vermelho gigante, – o que com certeza, só gera mais problemas para a jovem – sendo uma metáfora para todas as vezes que, constrangidos pelos novos desafios que se apresentam em nossas vidas, as inseguranças só se agigantam.
Não tem como não assistir esse filme e refletir sobre ‘Divertidamente’, que é do mesmo estúdio. Contudo, com uma diferença. Se no longa-metragem de 2015 a gente vê os sentimentos das pessoas do lado de dentro, aqui a gente tem uma analogia de como esses sentimentos podem ser colocados para fora e suas consequências – tanto para quem sofre como para o entorno.
Nesse filme vemos uma protagonista que quer ser independente, mas que também sofre por não querer decepcionar ou contrariar seus pais. Isso tudo devido a uma criação protetora – em excesso – feita pela sua mãe. Ao mesmo tempo que não consegue mostrar sua individualidade, também não consegue contrariar a responsável por sua vida – entrando em um conflito que faz com que ela exploda.
Talvez o ponto que mais gere reflexão sobre o mundo em que vivemos é a relação com conviver com os seus monstros e problemas. Existem pessoas que querem apenas prendê-lo numa caixinha e não tocar no assunto, mas muitas vezes é necessário colocar isso para fora ou até conviver com esses problemas – dando a eles um novo significado. E é aqui o grande trunfo deste filme.
‘Red – Crescer é uma Fera’ é aquela típica animação para toda a família. Ela já está disponível para ser assistida no Disney Plus e merece ser vista por todos. Inclusive ao mesmo tempo. Obviamente que a compreensão das camadas vai depender de outros fatores, mas certamente será uma boa pedida para este final de semana – ou para os próximos feriados que se aproximam.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraAqui as críticas tardam, mas não falham. Já foi assim com outros longas-metragens e agora o mesmo acontece com ‘Batman’. Ele estreou no cinema há algum tempo – ainda está em cartaz em alguns locais – e agora também está disponível nas plataformas de streaming. Mais especificamente no HBO Max. E é agora que ele está à disposição da maioria que ele chega aqui neste espaço.
‘Batman’ segue o segundo ano de Bruce Wayne como o herói, causando medo nos criminosos. Com apenas alguns aliados entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes, o vigilante se estabeleceu como a personificação da vingança. Durante suas investigações, Bruce acaba envolvendo a si mesmo em um jogo de gato e rato, ao investigar uma série de crimes em uma trilha de pistas estabelecida pelo Charada.
Quando o trabalho acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco a própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne, as evidências começam a chegar mais perto de casa, precisando, Batman, forjar novos relacionamentos, para assim desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.
Infelizmente esse é mais um daqueles filmes que me enrolei e esperei chegar no streaming. Talvez eu tenha me arrependido e vocês ainda consigam ir ao cinema assistir. Apesar de início arrastado, o longa-metragem cumpre o seu papel em entregar uma das melhores versões de personagens icônicos. Isso tudo interpretado por um Robert Pattinson que sofreu desconfianças, mas entregou um bom Batman.
O roteiro é muito coeso e a escolha do elenco foi assertiva. Todos os atores estão muito bem – com destaque para Robert Pattinson, Zoë Kravitz e Colin Farrell – ao entregarem versões diferentes de personagens emblemáticos e que já estão no imaginário popular há muito tempo. A única escolha que não me agradou foi a de Paul Dano como o Charada. Não que tenha sido ruim, mas parece ter ficado aquém do resto.
O longa-metragem tem alguns pontos que podem incomodar. O início dele é deveras arrastado e o lado Bruce Wayne – não confundam com o Batman – de Pattinson e Reeves é diferente do que víamos recentemente. Não vemos um personagem confiante e poderoso, mas sim alguém mais recluso e sem toda aquela presença. Mais humano talvez, mas algo que eu não gostei tanto.
‘Batman’ é um passo totalmente diferente do que víamos no universo DC e acho que a Warner acerta ao desistir do universo interligado – pelo menos por hora. Esse conceito de histórias fechadas deu certo antes e segue agora. Aqui temos uma nova versão do herói, sem as amarras dos filmes passados. Quem quiser ver no cinema ainda há tempo, assim como já está no streaming. O importante é parar para assistir.
Encanto
3.8 804Existem filmes que chegaram aos cinemas durante a pandemia e ficaram pouco tempo por lá – chegando mais cedo aos serviços de streaming. Um destes casos é ‘Encanto’, que já está disponível no canal da Disney. Eu tive o privilégio de poder assisti-lo nesta semana e trazer para este espaço. O motivo? Quero muito que vocês também assistam e, por isso, vou vende-lo abaixo (risos).
A família Madrigal vive junto de uma comunidade cercada por montanhas. Porém, a família Madrigal é dotada de magia, com cada um dos integrantes tendo algum poder mágico que é usado para ajudar. Apesar da família ser dotada de magia, apenas um integrante não recebeu seu dom quando tinha cinco anos, Mirabel, que sempre tenta ajudar, mas não importa o que faça, ela nunca consegue agradar sua Abuela.
Um dia, na noite em que um de seus primos recebe seus dons, ela vê a casa da família rachando, algo que é relevado pela família, já que ela não tem poderes mágicos. Mirabel então parte em uma aventura própria para achar o que há de errado com a casa e salvar todos de sua família, e o único que pode dar as respostas é seu tio Bruno, que vê o futuro. O único problema é que ele saiu um dia e nunca mais voltou.
Lin-Manuel Miranda virou quase uma figura carimbada nas produções da Disney após o seu sucesso estrondoso. Ele é o responsável pelo musical que existe em ‘Encanto’ e é preciso dizer que todo esse carinho e atenção com o compositor tem um motivo: ele realmente é muito talentoso no que faz. Todas as canções encaixam muito bem com a história e com o ambiente em que ela está.
Falar dos filmes da Disney também é refletir sobre como eles funcionam para os dois públicos: crianças e adultos. Quando crianças só vemos a beleza e as cores, mas é na vida adulta que entendemos algumas camadas apresentadas. Aqui é possível ver como faz mal a gente se comparar com o próximo – muitas vezes um irmão ou parente – e como as pessoas ignoram as tragédias anunciadas e colocam como vilão quem as conta.
Apesar desses dois fatores citados – e que é visto com clareza no filme – também vemos a valorização da família. Quando fala-se isso, não estou dizendo daquela família de propaganda de margarina, mas sim aquela que tem problemas e desavenças... Aquela que é diferente, mas também tem suas semelhanças. Pra quem é uma pessoa família, ver essas diferenças sendo deixadas de lado num momento de crise é muito legal.
Quem me conhece sabe que sou um cara que priorizo demais os meus entes queridos. Tanto os meus familiares de sangue quanto os amigos, que são a família que a gente escolhe. Então ver as brigas e perrengues, mas também ver as pazes e as pessoas se ajudando quando mais precisa é de suma importância para refletir a importância que essas pessoas têm na nossa vida.
‘Encanto’ é aquele filme que deveria ter sido visto no cinema – pela beleza das músicas e das cores –, mas que não perde o charme sendo visto na televisão do quarto ou da sala. Ele só precisa ser assistido e sentido. Com certeza será uma bela experiência para quem gosta daquela animação feita para todas as idades e de boas músicas. Uma excelente pedida para este final de semana inclusive.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraDemorei, cai em spoilers, me enrolei, mas finalmente assisti ao mais recente filme do universo Marvel: ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’. O longa-metragem estreou no início de maio nos cinemas, mas como bom atrapalhado que sou, deixei para assistir nesta semana. Isso porque ele já está disponível no serviço de streaming da Disney desde o dia 22 de junho.
Após derrotar Dormammu e enfrentar Thanos nos eventos de ‘Vingadores – Ultimato’, o Mago Supremo, Stephen Strange, e seu parceiro Wong, continuam suas pesquisas sobre a Joia do Tempo. Mas um velho amigo que virou inimigo coloca um ponto final nos seus planos e faz com que Strange desencadeie um mal indescritível, o obrigando a enfrentar uma nova e poderosa ameaça.
Temos aqui um dos filmes mais diferentes da fórmula Marvel de fazer cinema. A ideia recente de ter subgêneros de filmes funciona e aqui temos elementos do terror sendo utilizados pelo diretor Sam Raimi. Obviamente que não estamos vendo os filmes do James Wan, mas temos bons elementos que funcionam dentro da temática de super-heróis abordadas pela Marvel.
A história se divide entre os protagonismos de Wanda e Doutor Estranho – além de nos apresentar a carismática América Chavez – e a conexão/sintonia entre ambos impressiona. Obviamente que, por termos três histórias de conexão com algo que perdeu, os protagonistas não tem todo o destaque que merecem. Contudo, infelizmente, não é só isso de ruim que tem no filme.
Além da falta de identidade – tem vezes que se pega pensando se é um filme do Doutor Estranho ou da Feiticeira Escarlate – também não se tem a construção mais profunda dos dramas que cada um está passando. Isso faz com que a empatia – algo importante aqui – não se construa da forma que o filme precisa. Fica difícil se envolver com os personagens e seus dramas sem a profundidade necessária.
Agora, falando em referências, não tem como não se maravilhar com alguns pontos. Isso indo desde o poder mostrado por Wanda – e seu uniforme emblemático – indo até as batalhas mágicas de Doutor Estranho. Não quero dar spoilers aqui, mas personagens queridos do público aparecem pela primeira vez no universo cinematográfico da Marvel e até o próprio multiverso traz deleites aos nossos olhos.
‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ está longe de ser o melhor filme da Marvel. Pode-se dizer até que ele pode cair no esquecimento quando se parar pra pensar no fim desta fase. Contudo, como filme de transição, apresentação de conceitos e momentos emblemáticos, ele cumpre o seu papel. Muita coisa entregue aqui deve ser vista no futuro e é bom você correr para assistir.
Tico e Teco: Defensores da Lei
3.7 258 Assista AgoraSabe aquele filme que muitos nem sabiam que estava sendo produzido quando, do nada, nos deparamos com ele em algum serviço de streaming? É isso que acontece com quem abre o Disney+ e vê, nos seus lançamentos, o novo longa-metragem ‘Tico e Teco – Defensores da Lei’. Não, você não leu errado. Temos um novo filme desses personagens disponível para ser assistido – e deliciado.
Depois de fazerem sucesso na série ‘Tico e Teco os Defensores da Lei’, os protagonistas Tico e Teco foram esquecidos. Anos mais tarde, a dupla retorna quando Teco recebe uma cirurgia computadorizada e pede ajuda para Tico. Reunidos, a dupla vai em busca dos outros integrantes do grupo, onde cada um deles tem um vício diferente por conta da fama.
Descobri esse filme pelas redes sociais no final de semana. Ele havia estreado na sexta-feira, 20/05, e já estava fazendo um burburinho na internet. Que coisa boa foi ter sido impactado pelo longa-metragem. Não tem como não se divertir ao ver o mundo de desenhos animados e seres humanos reais vivendo em harmonia. Ouso dizer que foi o melhor filme com esta temática que já assisti.
Isso porque, além do saudosismo e das referências – e são muitas –, é possível ver que existe uma organização neste universo. Não é uma trama surreal e mostra a realidade de desenhos que caem no esquecimento – assim como já vimos com os atores reais. Temos o Tico vivendo normalmente como corretor de seguros enquanto Teco sonha em voltar ao estrelado e fica rodando por eventos de cultura pop relembrando seu papel.
Diversas referências podem ser citadas. Algumas delas passam despercebidas em uma embalagem, como o Frangolino; enquanto outras ganham mais tempo de tela. É o caso de Peter Pan, Ursinho Pooh e He-Man. Contudo, talvez o maior fan-service feito no decorrer do longa-metragem seja o retorno do Sonic feio. Ele mesmo. Aqui vemos o que aconteceu com ele depois da rejeição do público com o seu visual.
Apesar de toda essa euforia com as referências, é possível afirmar que a trama é muito bem desenvolvida. Não existem personagens soltos, mas sim funcionando para que a história siga o seu rumo. Todos são bem trabalhados e a trama da pirataria e animações “alternativas” funciona muito bem – até porque todos nós já fomos impactados com produções dessas. Então é muito legal imaginar como elas funcionam.
‘Tico e Teco – Defensores da Lei’ não inventa a roda e nem é genial. É só uma espécie de sequência da história de dois carismáticos personagens em sua pacata vida. Com certeza vale a pena ser assistido para quem sente saudades de personagens nostálgicos como também para as crianças. Ele funciona mesmo para quem não pegar tudo o que jogado na tela – e isso é genial.
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 570Chegou ao serviço de streaming da HBO o mais recente filme do universo de Harry Potter. Trata-se do longa-metragem ‘Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore’. Infelizmente esse foi mais um caso daqueles em que disse que iria no cinema, não fui e fiquei me enrolando até poder assistir em casa. Mais uma vez, ao assistir a produção, me arrependi de não ter visto nas telonas.
O filme acompanha as aventuras de Newt Scamander, um magizoologista que carrega em sua maleta fantásticos animais do mundo da magia. Dessa vez, ele é convocado por Dumbledore na luta contra o vilão Grindelwald. A trama mostra por que o bruxo de Hogwarts, que sabe da busca por controle de Grindelwald e é incapaz de detê-lo sozinho, confia no magizoologista para liderar uma equipe em uma missão perigosa.
Ao longo do enredo, eles encontrarão velhos e novos animais fantásticos, além de enfrentar a crescente legião de seguidores do vilão. Mas o que o grupo de Scamander não sabe é que Grindelwald colocará o Mundo Mágico em uma luta contra o mundo dos trouxas. Enquanto o universo da magia fica mais dividido, Dumbledore deve decidir por quanto tempo ele ficará à margem da guerra que se aproxima.
Preciso começar dizendo que o filme funciona muito bem para quem é fã. Isso tem pontos positivos e negativos. Muitas referências do universo de Harry Potter estão ali e existem perguntas do passado que são respondidas. Isso funciona bem demais, mas também pode prejudicar a experiência – ou não fazer sentido – para quem só busca o entretenimento que o filme se propõe a entregar.
Uma coisa muito legal que acontece é que podemos ver mais sobre como funciona a política do mundo bruxo e as comparações com o mundo real. Sem falar que, em meio a tudo isso, temos a Maria Fernanda Cândido representando o Brasil neste mundo. Ela é uma das candidatas na eleição que podemos acompanhar e também existem outras pequenas referências ao nosso país.
É óbvio que existem pontos negativos. Há cada filme notamos mais como está solto o Scamander na trama. Senão houvesse sua participação, não notaríamos nada de diferente. Contudo, o maior desperdício é o de Credence. Um personagem cheio de camadas e que criou um hype gigante devido aos acontecimentos do segundo filme, mas que virou um personagem vingativo e raso.
Certamente este é o melhor dos três filmes já lançados – poderia tranquilamente ser uma trilogia se houvessem cortes. Tomara que tenha mais, afinal sabemos dos problemas que o filme passou e de que não há roteiro e nem direção definida – ao contrário dos anteriores. Contudo, existe a expectativa pelo que foi levantado e os fãs merecem ver esse encerramento.
Continência ao Amor
3.2 322 Assista AgoraPreciso confessar que, no fundo, gosto de comédias românticas bobas e previsíveis. Usei como “desculpa” para assistir a este longa-metragem por causa da crítica, mas sei que assistiria independente disso. Tanto é que existem outros filmes que eu poderia – e vou – trazer para este espaço, mas optei pelo clichê que todo mundo gosta de desligar o cérebro, assistir e, em partes, se identificar.
Cassie Salazar é uma cantora em ascensão que quer sair da bolha. Para pagar o aluguel e suas doses de insulina, ela trabalha em um bar todas as noites com sua banda. Porém, suas doses diárias de remédio são muito caras e ela não consegue pagar um convênio médico e acaba atrasando outras contas para que consiga sobreviver.
Isso até que ela vê em um contrato que, ao casar com um membro do exército dos EUA, o cônjuge ganha também um convênio médico e o salário aumenta. É com isso que ela conhece Luke Morrow, um fuzileiro naval, que é parceiro de seu amigo de escola. Porém, ambos são de personalidades totalmente opostas, mas precisam forjar um casamento por conta de suas necessidades pessoais.
Vou começar por algo que pode incomodar o público que assiste ao filme – até porque depois vou discorrer elogios: falta profundidade em diversos aspectos. Sabemos muito pouco da relação de Luke com o seu pai, não acompanhamos de fato o drama que o diabetes tem para Cassie e o romance entre eles surge rápido demais. É tudo muito repentino quando se pensa no desenvolvimento da trama.
Contudo, isso não impede que a gente se apegue ou até se identifique com os personagens. Os dramas, mesmo que apresentados de forma rasa, são verossímeis e, de certa forma, próximos para nós. Todos conhecem alguém que já tenha passado por experiências como as vividas ali. Soma-se isso ao carisma e talento dos protagonistas, não tem como não se apegar e torcer pelos personagens.
Particularmente falando, eu gosto de filmes que tratam da carreira de artistas no mundo da música. Muitas vezes me identifico e fico pensando nisso. Não que eu tenha o talento para isso – não sei tocar, compor e cantar –, mas sempre tive o sonho de poder ser um cantor ou músico. Ver Cassie lutando e correndo atrás desse sonho, mesmo com problemas de saúde e perrengues financeiros podem acabar inspirando as pessoas.
Obviamente que os clichês de toda comédia romântica jovem estão presentes: pessoas que não se gostam e começam um relacionamento por interesse, mas acabam se apaixonando; o arrependimento e as reviravoltas; os opostos se atraem. Tudo está ali. O que cativa realmente são as músicas – muitas delas originais – e as atuações. Fala-se em sequência e não sei se quero isso, mas trazer esse debate mostra o sucesso.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraNa ordem cronológica da história eu chego ao quarto filme, quando se pensa em lançamento é o primeiro. Confuso no início, mas compreensível com o tempo. Escolhi essa ordem para assistir e para a tristeza dos nerds de plantão posso adiantar que o filme não me pegou – talvez, se tivesse assistido ao contrário, seria diferente. Venha comigo entender os meus motivos.
Luke Skywalker sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia para o Jedi Obi-Wan Kenobi sobre os planos da construção da Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial com capacidade para destruir. Luke então se junta aos cavaleiros Jedi e a Han Solo, um mercenário, para tentar destruir esta ameaça.
Primeiro que não posso deixar de falar do impacto que este filme teve para o cinema. Muito do que vemos hoje – e não falo apenas da franquia – surgiram lá atrás. ‘Star Wars’ foi revolucionário pelo que fez nos anos 70 e é preciso pensar nisso quando se assiste ao longa-metragem. Obviamente que ele pode ter aspectos antiquados quando pensamos com a cabeça de hoje, mas era revolucionário para a época.
Outro fator de destaque está no carisma de seus personagens. C-3P0, R2-D2, Obi-Wan Kenobi, Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo e Chewbacca. Todos personagens eternizados na cultura pop e que até hoje são conhecidos – inclusive por quem nunca assistiu aos filmes. Isso mostra como a franquia rompe barreiras mesmo com uma história considerada simples.
Talvez o ponto alta destes personagens seja Han Solo. Não tem como não gostar das aventuras e do jeito fanfarrão que Harrison Ford entrega para este personagem. Como contrapartida, quem gostou do Mestre Yoda sensato da trilogia anterior não vai curtir o que se faz neste filme. Aqui ele lembra mais o Pica-Pau maluco do que o que foi visto com o sábio e habilidoso dos filmes I, II e III.
Outro ponto que incomoda um pouco quando se compara com os filmes que antecederam é a falta de profundidade da trama. Nos outros filmes haviam debates políticos e todo um embasamento para o que estava acontecendo. Aqui temos um filme de aventura que mostra como se destruir a Estrela da Morte. Algo raso e sem muita profundidade – algo que me surpreendeu negativamente.
Como disse anteriormente: é preciso fazer uma reflexão ao assistir este filme e pensar na época em que ele foi desenvolvido. Ele está longe de ser algo ruim quando se pensa nisso e talvez o meu erro seja o de comparar com outras coisas. Acredito que, se tivesse visto na época, teria uma visão diferente de tudo o que George Lucas entrega – e por isso quero ver mais.
Thor: Amor e Trovão
2.9 970 Assista AgoraEu sei que falei recentemente deste filme por aqui, mas fui provocado no final de semana – durante a programação do Gibifest – e julgado por ter me divertido demais com o filme ‘Thor – Amor e Trovão’. Mais um longa-metragem da fase 4 e, para a minha alegria, com o retorno de Taika Waititi como diretor de mais um filme do Deus do Trovão. Para quem gostou de ‘Thor – Ragnarok’, não tem como não se empolgar.
O longa, além de representar os acontecimentos de ‘Thor – Ragnarok’, promove a volta de Jane Foster, que se transforma na versão feminina de Thor. Os Guardiões da Galáxia terão papel importante, fazendo o filho de Odin questionar seu papel enquanto Deus do Trovão, precisando contar com o apoio de aliados como Valquíria e Korg. O filme ainda apresenta Gorr – sendo o grande vilão da narrativa – e ainda, Zeus.
Esse é mais um filme de Taika e a assinatura dele é única. Temos tudo o que ele faz de engraçado e pastelão neste filme. Sei que muitos não gostam do que é feito com o Thor e da fórmula Marvel, mas aqui temos o herói do jeito que Taika pensa que deve ser. O filme é coeso quando se pensa no que vimos recentemente e na evolução que o personagem apresenta.
Por mais que as piadas e o bom humor com doses de clichê estejam presentes, assim como em ‘Thor – Ragnarok’, temos boas cenas de ação e um vilão muito convincente. As lutas mostram a força que Thor e seus aliados tem e a maneira com que foi desenvolvido Gorr também surpreende. O que não surpreende aqui é a boa atuação de Christian Bale, que mais uma vez entrega tudo o que se espera.
Outro ponto que ganha força no filme são os dramas vividos pelos principais personagens. Todos estão em uma jornada de superação e autoconhecimento e, com mais ou menos carga dramática, esses problemas são sendo superados. Isso mostra uma preocupação no desenvolvimento dos personagens, mas parece que há pressa demais para que isso aconteça e, por causa disso, o público pode não se conectar a estas dores.
Talvez esse seja um dos primeiros filmes da Marvel que a gente pense: “tinha de ser maior”. Isso faria com que alguns dramas pessoais fossem mais desenvolvidos e gerassem a empatia e preocupação desejada. O erro de Taika foi querer colocar tudo o que tinha de ideias em um único filme de duas horas. A pressa necessária – aliado as piadas – pode prejudicar quem espera algo diferente.
‘Thor – Amor e Trovão’ não é o filme mais genial da Marvel, mas acredito que ele não se proponha a ser isso. Contudo, ele apresenta um ótimo vilão, cenas de ação convincente e caminhos para o futuro da história – indo a inserção de novos personagens como também rumos que ele terá. Sem falar que uma coisa já sabemos: Thor retornará. Então teremos mais de Taika e Thor nos cinemas.
Zombies
2.9 34 Assista AgoraExistem filmes que muitos consideram bobinhos – e são de certa forma – mas que conseguem trazer mensagens importantes para um público-alvo diferente e que não está acostumado a consumir longas mais densos e com críticas sociais mais profundas. ‘Z-O-M-B-I-E-S’ tem a missão inicial de entreter quem assiste, mas também traz mensagens necessárias.
50 anos depois de passar por um apocalipse zumbi, Seabrook é uma cidade alegre e cheia de conformismo. Os zumbis não são mais uma ameaça, mas são obrigados a viver em Zombietown, uma parte isolada da cidade. Quando os alunos de Zombietown são transferidos para a escola secundária de Seabrook, o zumbi Zed está determinado a jogar futebol americano, enquanto a humana Addison, sonha em ser líder de torcida.
Primeiro é preciso deixar registrado que este filme está disponível no Disney Plus e foi produzido para pré-adolescentes. Existem músicas muito bonitas e um par romântico previsível, mas engana-se quem pensa que o filme vai no óbvio ao buscar entreter o seu público. Por mais que os clichês do casal “diferente”, da líder de torcida e do jogador de futebol americano; existem pontos que podem ser aprofundados.
Um dos principais está no preconceito. Isso vai desde a família de Addison sobre uma condição específica sua até a relação com os zumbis, que são “aceitos”, mas seguem isolados e buscando seu espaço. O preconceito que eles sofrem e como isso muda quando eles ganham “poder” e “notoriedade” mostra um pouco da maldade e do jogo de interesses da nossa sociedade.
Outro ponto que chama a atenção é a humanidade do casal de protagonistas. Eles fogem do padrão-comum com que a Disney trata as suas princesas. Temos um casal com problemas reais. Assisti esse filme por uma indicação e essa relação – Zed e Addison – foi descrita como algo normal, sem melancolia e passando a naturalidade de um casal real e que brinca com o que acontece.
Não sei se ‘Z-O-M-B-I-E-S’ é um filme para toda a família, mas acho que deveria ser. Obviamente que a temática meio infantil pode afastar as pessoas, mas no fundo existem discussões que merecem ser feitas e são abordadas no decorrer do longa-metragem. Vale a pena assistir por isso e também pelas canções, que são muito boas e surpreendem quem assiste.
Terra dos Sonhos
3.5 80 Assista AgoraO maior – ou pelo mais popular – streaming do Brasil segue sendo a Netflix e seus longas-metragens e séries sempre alcançam um grande público. Nem todas as suas produções são boas, mas não é raro ver algo rompendo a bolha e se tornando campeão de audiência. Um destes casos pode – ou pelo menos merece – ser o novo filme de Jason Momoa chamado ‘Terra dos Sonhos’.
Depois que seu pai se perde no mar, a vida de Nemo muda completamente, ao ser enviada para morar com seu tio Phillip. Sua escola e rotina são desafiadoras, mas ela descobre um mapa para o mundo dos sonhos, que a conecta a Flip, um fora-da-lei que se torna seu parceiro. Rapidamente a dupla encontra uma jornada, atravessando sonhos e fugindo de pesadelos, e Nemo começa a ter esperanças de se reunir com seu pai.
São dois os principais pontos do filme que cativam o público: o primeiro deles é o conceito de se viver no mundo dos sonhos. Muitas pessoas se imaginam em um mundo de fantasia e é isso que a protagonista Nemo vive no decorrer do filme. Sem amarras com uma realidade, em um mundo aonde uma criança dirige um caminhão desgovernado ou um canadense voa em um pássaro gigante.
Outro aspecto importante está na sintonia entre os dois protagonistas. A jovem Marlow Barkley é muito carismática e entrega tudo o que se espera. Já Momoa tinha certa desconfiança do público. Ele está acostumado a fazer personagens mais sérios, violentos e fortes. Aqui ele faz um fanfarrão barrigudo e que está sempre sorrindo. Felizmente ele foi bem no papel e conseguiu entregar o que se esperava.
Se, por um lado, o filme é longo demais – quase duas horas de duração – por outro tinha muita coisa que poderia ter sido abordada e não foi. Mais sonhos ou explicações sobre como tudo funciona poderiam ter aparecido. Pelo menos havia espaço para isso. Contudo, se optou por um caminho mais “raso” que não é ruim, mas deixou perguntas em aberto.
Pensando de forma mais profunda, temos diversos aprendizados no filme. Desde não deixar de ser criança – e o quanto é bom manter esse espírito jovial na vida – até questões de saúde mental e depressão. Tudo isso em um filme feito para toda a família e que merece ser assistido logo. Seria legal vê-lo nos cinemas? Sim, mas ele está disponível na Netflix para quem quiser.
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraMusicais sempre foram filmes que me agradam muito. Um dos meus filmes preferidos da vida é deste gênero inclusive – falo de ‘La La Land’ – e, neste final de semana, corrigi um erro ao assistir ‘O Rei do Show’, longa-metragem de 2017 que traz nomes como Hugh Jackman, Zack Efron e Zendaya; e que teve indicações em prêmios do Oscar e do Globo de Ouro daquele ano.
De origem humilde e desde a infância sonhando com um mundo mágico, P.T. Barnum desafia as barreiras sociais se casando com a filha do patrão do pai e dá o pontapé inicial na realização de seu maior desejo abrindo uma espécie de museu de curiosidades. O empreendimento fracassa, mas ele logo vislumbra uma ousada saída: produzir um grande show estrelado por freaks, fraudes, bizarrices e rejeitados de todos os tipos.
Antes de mais nada é preciso deixar claro que não há como não se encantar pelo que acontece nos filmes – no aspecto musical. Os espetáculos musicais e as apresentações – principalmente relacionados a trupe do circo – empolgam e encantam o público que curte este tipo de filme. Destaque para as músicas ‘The Greatest Show’, ‘A Million Dreams’, ‘Never Enough’ e ‘This is Me’.
Tem um ponto que pode incomodar o público: a superficialidade com que alguns dramas são superados. Talvez por querer abordar diversos pontos da história do protagonista, falta tempo para que o telespectador compreenda e se envolva com o problema vivido. No início não se tem isso (no aspecto amoroso), mas depois todos os dramas são apresentados de forma rápida demais.
Contudo, digo isso falando apenas do protagonista. Isso porque os coadjuvantes – mesmo com menos tempo de tela – conseguem entregar o que se espera de um filme que aborda o diferente e o preconceito. Vemos isso com Keala Settle, Zack Efron, Sam Humphrey e Zendaya. Obviamente que guardadas as devidas proporções, todos sofrem em algum momento e a entrega de suas atuações mostram isso ao impactar o público.
‘O Rei do Show’ está disponível no serviço de streaming da Disney e pode ser assistido por quem quiser. Acredito que valha muito a pena – independente se você gostar ou não de musicais. Isso porque existe aqui, além das boas canções, belas atuações e temas importantes que merecem ser debatidos. Talvez seja uma boa pedida para se assistir neste feriadão.
Frozen II
3.6 784Assistir a filmes do passado normalmente acontecem por indicações de amigos – e eu tenho que ficar curioso para assistir. Existem clássicos que não assisti mesmo com indicações, mas alguns me chamam a atenção. A franquia ‘Star Wars’ é graças ao Everton e a Drica. Já os dois filmes de ‘Frozen’ são sugestões da Thalita. Aqui trago o meu relato de ‘Frozen 2’, que está disponível no streaming da Disney.
De volta à infância de Elsa e Anna, as duas irmãs descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.
No primeiro filme, senti falta de explicações. Por mais que ele encante – principalmente pelo Olaf do Porchat – parecia que faltava algo. A gente (ou pelo menos eu) queria entender um pouco mais da origem dos poderes de Elsa e em como isso poderia impactar nas coisas. Isso sem falar do motivos de apenas ela ser uma pessoa poderosa dentro daquele mundo.
Podemos dizer que as minhas preces foram ouvidas e aqui temos a história sendo aprofundada. Eles voltam ao passado para explicar o que aconteceu em Arendelle e que existem outras pessoas poderosas vivendo ali. Mostra um pouco da origem do poder de Elsa e traz uma profundidade para a história que eu não esperava. Existem conceitos como traição e crueldade que eu não achava que encontraria em uma animação.
Tudo está mais sério e mais profundo. O Olaf é mais questionador e com falas mais profundas e Elsa – assim como Anna – amadurecem de um filme para outro ao nos apresentar princesas fortes e não indefesas. Uma evolução que certamente coloca a dupla no panteão das grandes princesas da Disney nos cinemas e que certamente tem potencial para mais histórias.
Diversas pontas do passado são amarradas e, porque não, solucionados. Uma história coesa e que se complementa com a primeira fechando todos os arcos que estavam abertos. Uma sequência não é necessária – concordo com isso –, mas seria muito legal poder revisitar estes personagens e compreender como eles estão após toda a jornada de amadurecimento destas duas obras.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraChegamos na terceira trilogia. A trilogia mais recente do universo de Star Wars. Aquela que fez com que muitos voltassem a se empolgar com este universo – e instigou a curiosidade em que nunca tinha visto – tão rico. Estou falando do Episódio VII desta franquia, intitulado ‘Star Wars – O Despertar da Força’, que chegou aos cinemas em 2015 e está disponível no streaming da Disney.
Décadas após a queda de Darth Vader e do Império, surge uma ameaça: a Primeira Ordem, uma organização que busca minar a República e que tem Kylo Ren, Hux e Snoke como expoentes. Eles conseguem capturar Poe Dameron, um dos pilotos da Resistência, que antes de ser preso envia através do robô BB-8 o mapa de onde vive Luke Skywalker. Ao fugir pelo deserto, BB-8 encontra a Rey, que vive sozinha catando destroços de naves.
Apesar de avisos de fãs de que esta trilogia não é tão boa quanto as demais, preciso deixar claro que me empolguei com o que assisti. O filme cumpre o seu papel de divertir e, de certa forma, até apresentar este universo para uma nova geração. Além disso, ele também atinge o seu objetivo de prestar homenagens e trazer referências do que foi feito nos seis filmes anteriores.
Temos o retorno de atores – e personagens – importantes das sagas originais. Isso sem falar de locais e até veículos emblemáticos sendo reapresentados. Acredito que está tenho sido uma estratégia acertada: agradar os antigos fãs enquanto tenta consolidar novos. Isso porque essas referências são muito legais para quem assistiu aos filmes antigos, mas não prejudica a experiência de quem não as tem.
Contudo, a franquia não tem só motivos para ser elogiada. Existe um ponto que pode irritar muito alguns fãs e está relacionado a Kylo Ren. Não quero adentrar em spoilers sobre o personagem, mas ele tem um histórico relacionado a personagens das sagas anteriores e vê-lo do jeito que foi construído é algo que desagrada. Primeiro pela falta de carisma e segundo por uma falta de continuidade com o seu ancestral.
Não tem como não se empolgar e não querer ver mais do que se aproxima. O material que se tem é de muito potencial e a expectativa é de que os próximos dois filmes – sem contar os spin-off e as séries – entreguem muito mais profundidade para este universo. Lembrando que tudo isso que cito aqui está disponível no serviço de streaming da Disney para quem quiser assistir, rever ou se aprofundar neste mundo.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraSempre procuro escrever sobre filmes atuais, mas existem ocasiões em que filmes passam despercebidos na história e que acabamos por não falar aqui. Como temos um feriadão se aproximando, nada melhor do que falar sobre um filme que é para toda a família assistir junto. Estou falando de ‘Frozen – Uma Aventura Congelante’, que saiu lá em 2014, mas está disponível no serviço de streaming da Disney.
Anna adora sua irmã Elsa, mas um acidente envolvendo os poderes da mais velha fez com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado. Com o reencontro, um acidente acontece e ela decide partir e se isolar, provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã.
Cabe ressaltar que este filme tem um Oscar na bagagem. Ele foi o campeão na categoria de melhor animação no seu ano de lançamento – e que fato merecido. Temos aqui algo que não era “comum” ainda na época: princesas da Disney fortes e que não dependem do príncipe encantado para as coisas darem certo. Muito pelo contrário, afinal elas são independentes e questionam alguns tabus da Disney.
O amor à primeira vista e o beijo do amor verdadeiro – dois fatos muito simbólicos nos filmes antigos – dão espaço para o questionamento de querer se casar logo e de como o amor entre irmãos e/ou amigos também podem ser fortes para quebrar o encanto de uma maldição. Tudo isso é visto aqui no viés das duas protagonistas, que entregam toda a força necessária para as personagens.
Para quem for ver dublado – foi o que eu fiz – tem um ponto ainda mais divertido: Fábio Porchat dubla o boneco de neve Olaf. Não tem como não rir e se divertir com essa versão de neve do burro falante, com sacadas geniais e indo do riso a emoção em questão de minutos. Com certeza um dos pontos altos que me mostram os motivos de gostar da dublagem brasileira.
Obviamente que o filme não é só perfeição. Eu, pelo menos, senti muita falta de mais explicações sobre como ela conquistou estes poderes – já que parece ser algo único – e queria mais dos Trolls. Eles apareciam e sumiam do nada mesmo sendo conectados a dois lados da história. Contudo, isso não prejudica a experiência que o longa-metragem tem para os que assistem.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraA maratona de Star Wars – ou Guerra nas Estrelas – segue e chegamos ao oitavo episódio da franquia mais famosa e cultuada pelos público nerd. Contudo, pela primeira vez até aqui, saio mais do que decepcionado. Saio irritado e triste com o que foi entregue. Certamente o pior filme até aqui e é uma pena isso ter rolado nos atuais, afinal é por eles que comecei a assistir.
Em ‘Star Wars: Episódio VIII’ – ou ‘Star Wars – Os Últimos Jedi’ –, após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hamill) em uma ilha isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do Mestre Jedi. Paralelamente, a Primeira Ordem de Kylo Ren (Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Resistência.
O hype estava lá em cima. Rever personagens queridos no sétimo episódio me deixou empolgado. Achei que o caminho estava sedimentado e que, o que não deu certo, seria abandonado. Um claro engano da minha parte, já que o saudosismo – algo que deu muito certo – perdeu espaço e as “conexões/visões” dos personagens voltaram à tona. Algo que pode ser classificado como, no mínimo, desnecessário.
Não vou mentir aqui. Existem momentos que empolgam o público. Ver o Luke treinando um novo jedi, o retorno do mestre Yoda (mesmo eu não gostando da maneira) e as guerras espaciais são muito legais. O problema é que elas se tornam algo supérfluo quando o objetivo do filme acaba sendo o de conectar o protagonista e o antagonista numa péssima história.
Falta carisma e profundidade. Sem falar que é criado um conceito que não tínhamos visto nos outros seis filmes – no mínimo estranho. Soma-se a isso uma batalha do Luke inspirada no último longa-metragem do ‘Crepúsculo’. Não tem como ser feliz e nem os momentos legais e divertidos conseguem superar as falhas no roteiro, que não agrada os antigos e nem os novos fãs.
Ainda falta um capítulo, eu sei – isso sem contar ‘Han Solo’ e ‘Rogue One’ –, mas até aqui esse consegue ser o pior filme. Fico com medo do que me espera, mas esperançoso que eles tenham visualizado os erros e corrigido eles. Não sei se estou preparado para mais um longa-metragem de enrolação, criação de romances e conexões telepáticas que não levam a nada.
Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista AgoraChegamos ao fim da segunda – ou primeira – trilogia da franquia de ‘Star Wars’ nos cinemas. Uma trilogia que não me empolgou tanto – é preciso confessar –, mas que me fez entender um pouco mais a importância que Star Wars tem para a cultura nerd e para o cinema com um todo. O que foi feito por George Lucas no passado precisa ser valorizado e assistido.
Em ‘Star Wars: Episódio VI’, o Imperador Palpatine está supervisionando a construção de uma nova Estrela da Morte. Enquanto isso, Luke Skywalker liberta Han Solo e a Princesa Leia das mãos de Jabba, o pior bandido das galáxias. Luke só se tornará um cavaleiro Jedi quando destruir Darth Vader, que ainda pretende atraí-lo para o lado negro da "Força". No entanto a luta entre os dois vai revelar um inesperado segredo.
Não tem como não dizer que este filme não surpreende e diverte o seu público. Dentre os três, é o melhor. Isso porque temos boas cenas de ação e, desta vez, uma profundidade maior para alguns arcos. Isso foi visto na trilogia anterior – ordem cronológica – e faltou nesta, mas foi suprida com boas resoluções e ganchos futuros neste filme.
Me incomoda a hipersexualização em torno da princesa Leia. Sei que isso era normal nos anos 80 – até hoje isso existe – mas é muito estranho ver uma personagem tão forte sendo tratada dessa maneira no terceiro longa-metragem. Isso principalmente no arco em que ela está presa com Jabba. Tem um contexto que explica? Sim, mas acredito que foi mais para justificar o que queriam fazer – ou mostrar.
[ALERTA DE SPOILER] Algo que me surpreendeu muito neste último filme foi o arco de redenção de Darth Vader. Não sei porque, mas não esperava que ele teria esse momento de arrependimento. Ver o processo de humanização e redenção de um grande vilão do cinema é algo que me pegou desprevenido, mas também mostrou o tamanho que esta franquia tem. [FIM DO ALERTA DE SPOILER]
Não sei se esperava mais – talvez tenham me criado grandes expectativas –, mas não achei tudo o que sempre foi dito. O filme é muito bom, a saga como um todo é coesa, mas talvez esse hype com alguns aspectos técnicos que tenham envelhecido mal me fizeram curtir menos do que eu achava. Tanto é que me diverti bem mais com os três anteriores. Contudo, isso não tira a genialidade e a obrigação de assistir.
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraA segunda trilogia chega em sua metade – aonde teremos um dos momentos mais emblemáticos do cinema – e o nosso texto falando do quinto filme também está entre nós. A saga continua. Enquanto escrevo sobre o episódio V já assisto ao episódio VII para logo poder concluir essa jornada em que falhei ao não ter começado antes. Vale a pena conhecer este mundo.
Em ‘Star Wars: Episódio V’, as forças imperais comandadas por Darth Vader (David Prowse/James Earl Jones) lançam um ataque contra os membros da resistência, que são obrigados a fugir. Enquanto isso, Luke Skywalker (Mark Hamill) tenta encontrar o Mestre Yoda, que poderá ensiná-lo a dominar a "Força" e torná-lo um cavaleiro Jedi. No entanto, Darth Vader planeja levá-lo para o Lado Negro da "Força".
Aqui temos uma evolução ao comparar este filme com o primeiro. Isso porque temos aqui mais desenvolvimento de trama do que apenas a aventura/ação do longa-metragem anterior. A busca por Yoda – algo que me confundi e trouxe no texto anterior – e a luta da resistência são muito importantes. Isso mesmo com o pouco carisma de Mark Hamill como Luke.
Aprofundar a trama de Han Solo talvez seja o ponto alto aqui. Certamente é o melhor personagem da franquia. Divertido, herói, carismático e com uma atuação muito boa de Harrison Ford. Não tem como não divertir com tudo o que esse personagem canastrão e de bom coração entrega. Assistir a segunda trilogia – pela ordem cronológica – vale muito a pena quando temos ele em cena.
Uma das cenas mais emblemáticas – relacionada a paternidade – é dita pela primeira vez neste filme. Quem está assistindo que nem eu ou já viu os filmes no passado sabe do que estou falando. Achei que isso ocorreria no próximo longa-metragem e ver isso agora me cria expectativas de como esses arcos serão encerrados. Isso porque ainda faltam pontas serem presas.
‘Star Wars – O Império Contra-ataca’ é mais um filme de ação e aventura, mas com um pouco mais de trama. Existem enredos sendo resolvidos, escapes cômicos e uma história mais coesa e que não é construída exclusivamente para a guerra de naves. Temos mais neste filme – algo que me alegra, já que o anterior me decepcionou. Vamos ver o que virá no fechamento.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraApós algumas semanas de hiato devido aos lançamentos e cabines de imprensa, estamos de volta com a série de críticas que tratam da saga de ‘Star Wars’ nos cinemas. Desta vez, vamos falar do episódio III, intitulado ‘A Vingança dos Sith’, que encerra a segunda trilogia. Isso pela ordem de lançamento. Pela ordem cronológica, este encerra a primeira parte da história.
As Guerras Clônicas estão em pleno andamento e as diferenças entre o Conselho Jedi e o Chanceler Palpatine aumentam cada vez mais. Anakin Skywalker mantém um elo de lealdade com Palpatine, ao mesmo tempo em que luta para que seu casamento com Padmé Amidala não seja afetado. Seduzido por promessas de poder, Anakin se aproxima cada vez mais de Darth Sidious até se tornar o temível Darth Vader.
Aqui temos o melhor filme desta trilogia. O encerramento de arcos importantes, reviravoltas e surpresas. Certamente o longa-metragem que mais agrada – ainda mais quando pensamos que o segundo era mais fraco que o primeiro. Talvez o que mais agrade seja que, por ser o último antes da franquia original, muita coisa do que vimos aqui é o que será visto nos episódios IV, V e VI.
Não é spoiler para ninguém, afinal o filme foi lançado há muitos anos. Então posso dizer que é nesse filme que vemos o nascimento de Darth Vader, a separação dos gêmeos Luke e Léia, a formação do Império Galáctivo e o extermínio dos Jedis. Tudo isso vemos ser aprofundado nos outros episódios e aqui temos as explicações de como e porque tudo havia acontecido.
Pode-se dizer que, comparado aos dois primeiros filmes, este é o mais "sombrio". Existem batalhas tensas e não tem como não ficar apreensivo ao ver que Skywalker está cedendo ao Lado Negro. Por mais que nunca se tenha visto o filme, todos conhecem Darth Vader e fez o capacete aparecendo e a respiração do vilão são aspectos que mexem com o emocional de quem vê o longa-metragem.
‘Star Wars – A Vingança dos Sith’ é um bom filme e que encerra o arco que funciona como preludio do que veremos na franquia clássica. Obviamente que, por ver na ordem cronológica – e não de lançamento – estou curtindo demais o que está sendo entregue até aqui. Agora é esperar e ver o que será feito nos outros filmes para saber os motivos desta franquia ser tão amada.