Eu tenho o costume de ver filmes sem nenhuma informação. Não vejo sinopse; nem gênero; não sei quem é o diretor nem ator; não sei nada. A ideia é tentar ver o filme com o minimo de influencia possivel.
Terminei de ver este filme, e falei, eu tenho quas certez que é um filme do Spielberg, com uma pegada de Guilhermo Del Toro. Pra minha surpresa, não kkkkk.
O filme tem uma carga emocional absurda. Muito forte mesmo!
Quem esperava um algum premio para este filme, pode esquecer.
O filme tem um ritmo muito lento com um arquétipo cansativo de focar em cada personagem, de querer contar varias histórias de uma só vez.
As cenas em que a Coisa entra em ação são muito boas, e despertam um terror genuíno, até pelos elementos ilusórios que nos faz confundir o que é real e o que é ilusão.
A Direção teve a oportunidade de fazer um trabalho melhor que a versão original dos anos 90, mas infelizmente escolheu o mesmo caminho para o remake e deixou o filme pior do que se esperava.
Filme formidável, com diversas referencias a mitologia grega, romana, contos piratas e psicanálise. Temos dois personagens interessantíssimos, bem trabalhados que são desconstruídos pelo roteiro revelando suas amostras de insanidade.
O que eu mais gostei neste filme, é o simbolismo entre o Farol, o Mar e as Gaivotas, que são elementos importantíssimos para se entender o filme.
Vale destacar também as otimas atuações de Robert Pattinson e Williem Defoe.
Uma obra prima como esta, pode ser difícil para muitos, tanto pela a estética claustrofobia quanto pela narrativa fantasiosa e estática no sentido de movimentação de câmera e cenário.
The Lighthouse merece ser visto, com certeza é um dos melhores filmes de 2019. Fica a dica.
Olha, este filme me chamou muito atenção. Ele é muito realista. Muito real. Não é apressado no desenvolvimento; tem uma cenografia e fotografia maravilhosa.
É uma biografia de um pacifista, de alguém que unificou uma nação. Filme bem feito. Netflix elevando cada vez mais a qualidade
Este filme é praticamente um ensaio sobre o divorcio. A destruição da realidade de casado, para a construção da vida separada é o grande espetáculo do filme. Adam Drive, se ganhar um Oscar de melhor atuação, vai ser merecido.
Uma história singela sobre renuncia e consagração. Filme leve e bem humorado, onde podemos ver que até mesmo os homens considerados os santos pecam. Por mais que o filme não tenha tocado em assuntos delicados com mais profundidade, ele deu uma pincelada nas polemicas da Igreja, o suficiente para ser caracterizado como um filme critico;
De todos os Coringas representados no cinema, este Coringa de Joaquin Phoenix, sem dúvida é o que possui mais camadas. Mas o interessante neste filme, é o feito de apresentar um personagem denso, mostrar o porquê ele se tornou um vilão, sem eufemizar ou banalizar suas atitudes, em decorrência de seu sofrimento. Ou seja, Joker, nos revela o Coringa em sua vulnerabilidade e sua transformação, mostrando que um bom vilão para funcionar como personagem, é bem mais verossímil quando possui motivações reais e logicas. Este filme denota muito bem que mesmo os vilões sádicos, manipuladores e inescrupulosos, possuem um passado, um porquê de ele ser o que é.
Ad Astra pode ser interpretado como uma metáfora a solidão. A solidão atrai as pessoas, o contato humano, a intensidade da vida, nos direciona para o vazio, onde não há nada além de nós mesmos. Nosso ego então prevalece, somos tomados por uma calmaria, por uma paz. Mas o tempo passa e percebemos que a solidão a longo prazo é um doce veneno, é um boomerang que te joga para um lado, sem lhe dizer que na verdade está indo para o outro. A solidão parece ser libertadora, mas ela te acorrenta no arrependimento. Você vai dizer: Poxa, poderia eu ter tentado, poderia eu ter amado, mas tudo o que quis hoje eu tenho; esta solidão que aos poucos me mata, mas ao mesmo tempo me conforta, pois ela é certa não incerta. Se eu permanecer nela, assim ficarei até o resto de minha vida, mas se eu lutar contra ela, eu terei o inesperado. Mas é horrível viver várias vezes o mesmo inesperado do abraço, do beijo, das conveniências. Mas uma coisa podemos aprender com este filme: Somente quem passa pela solidão poderá dar valor aos momentos do compartilhar. McBride escolheu a eterna solidão, Roy rejeitou a solidão, eu estou pensando no caso, e você, está disposto a morrer só? Muitas vezes o sentido da vida que procuramos, não está há bilhões de quilômetros da terra, talvez esteja bem do nosso lado, na mesma casa que moramos, comendo conosco, contando suas dores e alegrias. Negar a solidão, é viver.
Estre segundo volume, temos mais diálogos, os personagens são melhor explorados, e as cenas de ação são deixadas um pouco de lado. Não sei se seria necessário dois filmes, mas ambos casam muito bem como uma obra só.
Este primeiro filme da série serve como uma apresentação da capacidade de luta da personagem. Temos poucos diálogos. A preocupação do diretor esta em ritmizar a dinâmica da narrativa, e das cenas de luta. Não da pra avaliar esta obra individualmente.
Se existe um diretor que é referencial em filmes do gênero crime, este diretor é Martin Scorsese. Nesta sua última produção, Scorsese em parceria com a Netflix, nos presenteou com o filme The Irishman. Quem diria que depois de mais de duas décadas de Casino, veríamos novamente Martin Scorsese, Robert de Niro e Joe Pesci trabalhando juntos em mais um filme sobre a máfia italiana.
A concepção dos filmes de Scorsese sempre demonstram sua personalidade no cinema. Quando vemos um filme seu, já identificamos diversos elementos que testificam que foi produzido por este mestre do cinema. A câmera que acompanha e apresenta os ambientes, os teasers das narrações, as narrativas lineares e bem construídas, são elementos marcantes do cinema Scorsese.
Joe Pesci, conhecido por interpretar vilões a mafiosos, principalmente em Goodfellas, onde teve grande destaque, recebeu uma honraria ao ser chamado para interpretar o chefão Russel Bufalino. Neste filme, Joe, diferente do seus papeis como Tommy e Nick, recebe um personagem mais contido, maduro e inteligente. E mesmo não interpretando alguém que lhe permitisse extravasar na demonstração de poder, ainda sim, consegue impor respeito e transmitir periculosidade dentro do roteiro de seu personagem. Joe Pesci é um ator excelente, que merecia este seu último papel no currículo. Como sua idade já está avançada, dificilmente ele fará um novo trabalho desta magnitude.
Seu grande companheiro nos filmes, Robert de Niro, um dos atores mais prestigiados do Cinema americano, entrega mais uma excelente atuação. O ótimo trabalho de rejuvenescimento da equipe de maquiagem nos transporta para os filmes que marcaram a carreira do ator. Não diferente de seus personagens anteriores com Scorsese, De Niro interpreta Frank Sheeran, um motorista de caminhão que vê na máfia uma oportunidade de crescer financeiramente. Além de também ser centrado, Frank é muito disciplinado nas regras da comunidade mafiosa. O que o faz crescer e permanecer vivo nos conflitos que surgem ao longo do filme, é sua cautela e sua flexibilidade, para fazer até mesmo o que não está de acordo com seus propósitos.
Interpretando o sindicalista Jimmy Hoffa, frente a este elenco de peso, Al Pacino, outro ator prestigiado na academia, ganha destaque em The Irishman, simplesmente por roubar as cenas e excentricamente fazer o papel que Joe Pesci geralmente fazia; de um personagem desequilibrado emocionalmente, orgulhoso, e teimoso. Mas neste caso, a leveza da atuação, está na inocência e verdade do personagem. Diferentemente dos outros membros da comunidade, Hoffa tem dificuldades em seguir a politica das organizações criminosas. Como consequência de suas atitudes que contrapunha em rede nacional a mafia, por estar em evidencia na política, Jimmy recebe a sentença de morte pelos chefões do crime, e é executado pelo seu próprio amigo, em quem ele mais confiava, Frank Sheeran.
A história linear, narrada pelo próprio Frank em um asilo, mostra a trajetória do mafioso até seu presente. A narrativa é contada em duas partes; uma parte mostra Frank e Russell em uma viagem comum de família, e a outra conta a história do seu ingresso na Mafia até aquele momento da viagem, depois ambas as narrativas se complementam para a conclusão. O interessante é que no desenvolvimento do filme e dos personagens, Scorsese nos prepara para os acontecimentos. A sutileza dos detalhes no filme, dos diálogos e dos enquadramentos revelam a qualidade de Scorsese como diretor e roteirista. Um detalhe do filme que sempre me chamava atenção, era o olhar de uma das filhas de Frank. Apesar de não ter falas, Peggy demonstrava saber muito bem o que seu pai fazia ao sair a noite sem explicar o motivo. Estes detalhes de cena são muito importantes para o desfecho do filme, em que Peggy e suas irmãs abandonam Frank depois de velho em um asilo. Desde de que ela desconfiou que ele havia sido responsável pelo sumiço de Jimmy em 1975, ela nunca mais falou mais com seu pai. Pois no fundo ela estava cansada da vida imoral que seu pai levava.
No final, Frank acaba ficando só, desolado, sem parentes por perto, abandonado, arrependido de não ter feito diferente, de não ter dado a atenção para suas filhas. Porém, sabemos que ao entrar no crime organizado, a única forma de sair é preso ou em um caixão. Sabendo disto, Frank continuou toda sua vida até a sua prisão, a fazer parte desta comunidade, pois estava condenado a fazer parte de tudo isto. No fim de sua vida, debilitado, morando em um hospital, Frank percebeu que a vida é feita de escolhas, e junto com estas escolhas vieram também as consequências de seus atos. Sua filha já não queria mais seu contato, sua esposa já havia falecido, seus companheiros todos morreram, ele já não tinha nenhum propósito de vida a não ser aguardar sua morte pela fresta da porta de seu quarto.
The Irishman completa um ciclo na carreira de Scorsese. A sua fama de mestre do cinema, de contador de histórias de crime permanece. The Irishman é uma reafirmação de Scorsese, dizendo ao Cinema, que o clássico ainda vive, que o contraponto aos Blockbusters, filmes de heróis e comedias pastelão, pode ser feito com filmes mesmo extensos, mas ritmados. Um dos principais fatores responsáveis pela contemplação deste filme como uma obra verdadeira do cinema, está na capacidade e na técnica de Scorsese em contar uma história com crueza mas sutileza, clareza sem obviedades e paciência sem monotonia. Este é o segredo do sucesso de Martin Scorsese que ainda vive, e tenho certeza que fará de tudo para preservar o cinema da sua geração.
Filme desnecessário. História totalmente genérica. Gostei do desenvolvimento do Peter, em reconhecer sua responsabilidade como um vingador, porém odiei o vilão Dr. Mistério; pensei que as motivações maquiavélicas artificiais foram deixados nos anos 60. Infelizmente o personagem do Jake Gallenhall acabou caido no ultra cliche. Este filme poderia ser um pouco mais pesado e com roteiro menos preguiçoso. Este foi um dos piores da Marvel na minha opinião.
Um filme perturbador. Todos os lesados podem absorver a culpa de uma tragedia, porém a reação que cada será diferente.
Logo de cara podemos notar que há um fator imaginativo na narrativa. Tanto o filho quanto a mãe se perderam no tempo, na busca pelas respostas em relação ao passado.
Dentro do contexto sistemático, a transição dos papeis não me parece tão sutil quanto deveria. Ela é brusca e repentina. Me causou estranhamento. Isto eu não gostei; pois poderia ser mais suave em contraste com o terror, seria genial!
Rei Leão: Identidade de quem é chamado para reinar
A última vez que havia assistido Rei Leão fora quando ainda era criança. Eu sempre assistia como se fosse a primeira vez; sabia as falas de cor, cantava todas as músicas e tinha o Simba como uma inspiração pessoal. Conforme fui crescendo parei aos poucos de assistir a animação. Agora, aos meus 23 anos, decido ir até o cinema para rever algo que havia se perdido no meu passado. Na seção, eu tive um série de insight sobre a trama. Percebi muitos aspectos não intencionais da revelação bíblica. Antes de entrar na história em si, vamos entender quem cada personagem representa. Mufasa representa a trindade; Simba representa a humanidade; Scar, Satanás (O Mal), Timão&Pumba representa o mundo corrupto, e Rfiki o cristianismo.
Simba nasceu herdeiro de tudo o que seu pai tinha. Nos também fomos predestinados a herdar a vida eterna. Fomos chamados para reinar sobre pela eternidade. Mufasa em diversas vezes orienta a Simba sobre o que se deve fazer e não fazer. Porém sua desobediência o leva por caminhos tortuosos, direto ao conhecimento dos males do mundo. Simba, ainda filhote, não conhece o que é mal; ele vive protegido por seu pai, num lugar onde há um equilíbrio natural. Assim como Simba, o homem fora orientado sobre a restrição de não comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal. Porém sua desobediência o levou por caminhos tortuosos e de maldição.
Scar, tio de Simba, insinua que Simba vá até o cemitério de Elefantes que seu pai havia proibido de ir. Nisto ele acaba se envolvendo em uma enrascada, e experimenta o preço da desobediência. Da mesma forma o homem e a mulher ao darem ouvido a voz da serpente, foram tentados a desobedecer a Deus. Assim, experimentaram também o preço do pecado. O homem então passa a se distanciar cada vez mais de Deus, sendo constantemente levado a fazer o que é mal diante de Deus.
O filhote na tentativa de cada vez mais crescer e ser como seu pai, é levado por Scar até um desfiladeiro no qual coloca sua própria vida em riso. O homem movido por seu ego, passa a acreditar em seu próprio potencial, buscando ser tão grande quanto Deus. Isto provocou a necessidade do próprio Deus descer na terra para resgatar seus filhos das amarras do pecado. Mufasa, também acaba morrendo ao tentar salvar Simba do perigo que ele mesmo se colocou.
Agora, com a morte de Mufasa, Scar aproveita a oportunidade de culpar Simba para tomar o reino que não era seu. O filhote então foge ao máximo de sua terra, e vagueia para bem longe dali. Jesus ao se sacrificar como homem pelo seus, abre uma possibilidade de salvação. Porém o adversário se torna acusador do homem, o fazendo cada vez mais se distanciar do proposito pelo qual nasceu. Já longe do reino, Simba encontra Timão&Pumba, que lhe apresenta uma forma nova de se viver. Esta filosofia, chamada de Hakunamatata, diz que a vida não deve ter preocupações, que não há sentido genuíno e real pelo qual se deve viver. Assim Simba adota esta filosofia e cresce esquecendo de seu propósito de vida, nega sua natureza passando a comer insetos e viver na mata fechada. A humanidade, mesmo depois da demonstração de amor de Deus, se afastou cada vez mais de seu criador. Adotou filosofias existencialistas que anulavam qualquer possibilidade de que havia um sentido pelo qual viver, um proposito natural. Passou a negar a divindade de Deus, e até mesmo a sua existência.
Até que na sua vida de Hakunamatata com Timão&Pumba, Simba encontra Rafiki, que estranhamente diz que seu pais está vivo e o que ver. O Leão, não acreditando no que ouve, segue o babuíno até um lago. Ali o seu pai se revela através da agua e do vento. Antes de encontrar a Cristo, o homem vive na sua própria filosofia, não acreditando num Deus que parece estar morto. Mas o cristianismo (Igreja) cruza a vida deste homem, e ele tem um encontro com Deus. Neste encontro ele pode entender que foi feito a imagem e semelhança de seu pai, e o espirito de seu pai habita nele. Este entendimento faz o homem retornar ao seu proposito inicial.
Pode parecer forçado, mas eu consigo ver o evangelho em tudo mesmo!!! hahhaha
Lars Von Trier, é um diretor e roteirista dinamarquês conhecido por seus filmes provocativos. Em “The House That Jack Built”, Lars Von constrói uma narrativa intrigante sobre a arte e sua concepção, utilizando um personagem psicopata como plano de fundo da crítica. A história se passa em um período indistinto, onde Jack, um psicopata, auto intitulado “Sr. Sofisticado”, coleciona uma série de crimes de assassinatos. Na narrativa, Jack narra seus crimes enquanto é guiado por Virgílio para o inferno. Virgílio segue o caminho autorizando o condenado a contar sua história, porém afirma que dificilmente o que Jack dissesse o surpreenderia. Neste contexto Jack inicia então suas confissões.
O primeiro aspecto que me chamou atenção no filme foram suas analises psicológicas, detalhadas e expostas pelo próprio Jack, sobre sua condição de distúrbio mental. O criminoso compara a si mesmo como um homem que anda sobre a noite numa rua com postes de luz dispostos no percurso. Conforme o homem se aproxima do poste, a sombra projetada pela luz deste poste ficará menor e mais densa; enquanto que ao afastar deste poste e se aproximar do próximo, a luz do primeiro poste se tornará cada vez maior e mais fraca, até que novamente no segundo poste sua sombra se intensifique novamente. No diálogo Jack afirma que é assim que funciona sua mente; ele está em um estado cada vez mais agudo de angústia e quando a sombra do poste de luz se intensifica novamente até ficar totalmente sobre sua cabeça projetando uma sombra densa, ele não suportará e cometerá mais um crime. No entanto Virgílio o questiona, dizendo que até mesmo um viciado em bebida poderia fazer tal comparação par justificar sua embriaguez. Mas talvez este seja um ponto chave para se entender a crítica do filme.
Podemos notar que Jack esta efusivamente tentando nos mostrar algo, tanto para mim quanto para seu guia, Virgílio. A verdade que o filme quer nos passar é que somos exatamente como Jack. Temos vontades inatas que reprimimos por convenção social. Nós elegemos o que Jack chama de “Ícone”, pessoas como Hitler, Stalin, Kin Jon, e muitos outras figuras que na visão de Jack foram arquitetos, que não apenas planejaram, mas executaram seus planos. A diferença de uma pessoa comum e um psicopata é que pessoas como Jack não são sensíveis a moral, a empatia, e por isto agem conforme sua natureza pede. Elas possuem sua própria logica legal, do que se deve fazer ou não, e maquinam, vivem em função deste proposito. Em uma das sequencias, Jack se vê relacionado com uma família composta por uma mulher e seus dois filhos pequenos. Ao leva-los para um passeio de caça e piquenique, Jack relembra como era e funcionava o período de caça, em que grupos de homens (muitas vezes soldados) se reuniam para abater animais selvagens na caça esportiva. Jack comenta qual era a lógica da caça; quando havia uma fêmea e seus filhotes, se deixava a fêmea viva e os filhotes eles o matavam rapidamente, e depois assim matavam a mãe. Bom o que ocorreu depois com esta família que Jack levou ao passeio, nem precisa dizer. Mas o fato é que nesta exposição o assassino nos mostra a hipocrisia dor ser humano em sua seletividade afirmativa. Na proximidade de identidade humana se torna tolerável a caça esportiva. Isto é exatamente o motivo pelo qual Jack matava as pessoas, pela sua falta de empatia, esta mesma que os homens não possuem por seres de outra espécie.
O segundo aspecto deste filme que foi também importante para experiência, foi a forma e os ângulos de filmagem. É um fato que momentos de tensão a câmera se feche e balance na linha do rosto do personagem em cena. Aqui não é diferente, porém graças a atuação excepcional do ator Matt Dilton, as cenas de tensão que pressentiam perigo eminente, ajudaram nesta construção dramática. As expressões, o seu jeito manipulador e sua indiferença ao sofrimento, conciliado a uma boa direção, pode me fazer passar metade do filme sentado e outra em pé. A inquietude é o que mais incomoda; dá pra saber que os personagens que cruzam o caminho de Jack e permanecem por mais de cinco minutos em cena, certamente irá morrer. Porém a forma, e quando isto irá acontecer é que transmite esta tensão que qualquer pessoa teria o estar inserido nessa situação.
O terceiro e último aspecto do filme, é a comparação que Jack faz de um arquiteto com um engenheiro. Jack se considera um arquiteto, por se sentir um realizador. Porem como todo psicopata é narcisista e enxerga uma realidade distorcida da verdade baseado em seus sentimentos e vontades, Jack na verdade é um convencido que é um arquiteto, quando na verdade é um engenheiro. O engenheiro apenas projeta e não realiza. Jack queria através de suas vítimas compor e construir sua própria arte. Para Jack a arte não necessariamente era uma criação, mas poderia ser uma destruição. Sua casa a qual planejava, fora feita para ser destruída. Isto significa que por seu espectro natural dissociativo, Jack não se sentia culpado apenas pela incapacidade empática de remorso, mas por uma lógica inteligível. Ele acreditava que os padrões de conduta moral aprisionavam o homem, e os privavam de seu verdadeiro EU, e o transformava em um escravo da vontade artificial e não natural. Jack entendia que uma decomposição era tanto arte quanto o próprio belo; que na verdade seus defeitos, sua condição, também era uma obra natural, sendo portanto seus instintos que não obedeciam regras morais, produto de um artista. Assim Jack justifica as dezenas de assassinatos.
The House That Jack Built, não é um filme para todos, não foi feito para ser agraciado, mas para ser provocativo. Este filme possui um cuidado estético muito grande, e também uma preocupação em reativar alguns questionamentos que se perderam no passado. Definitivamente é um bom filme, com pequenos defeitos, mas que cumpre o papel em apresentar uma poética narrativa recheada de referências e apontamentos. Esta obra é bem mais do que um referencial ao dadaísmo, mas falaremos deste filme novamente em uma outra oportunidade.
Poderiam explorar essa horripilante história, de uma forma bem mais simples e misteriosa. A excessiva exposição dos fatos e a escolha comercial de inserir adolescentes e não crianças, matou o filme de vez.
Um ótimo compilado de short horror. Tirando uma ou outra história, esta antologia possui alguns simbolismos e metáforas muito bem elaboradas. São belas adaptações de contos de toda a Europa.
Um bom trabalho. É um filme que além de uma pegada sobrenatural, por parecer um filme de terror, na verdade trata-se mais de um suspensa, que aborda a questão de como o subconsciente trabalha com a mente para nos enganar.
A jovem Maureen, interpretada pela pokerface cara pálida Kristen Stewart (que por sinal está ótima no papel. Sendo talvez o melhor trabalho de sua carreira), vive uma confusão em sua mente.
Em todo momento ela acha que seu irmão falecido esta se comunicando através de aparições. Ou então que o espirito que conversa, é alguém misterioso que morreu.
O filme da a entender que na verdade todos os eventos sobrenaturais que ocorrem, é produto da sua imaginação, e o espirito que a incentiva a fazer coisas, na verdade é seu próprio subconsciente.
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 992 Assista AgoraEu tenho o costume de ver filmes sem nenhuma informação. Não vejo sinopse; nem gênero; não sei quem é o diretor nem ator; não sei nada. A ideia é tentar ver o filme com o minimo de influencia possivel.
Terminei de ver este filme, e falei, eu tenho quas certez que é um filme do Spielberg, com uma pegada de Guilhermo Del Toro. Pra minha surpresa, não kkkkk.
O filme tem uma carga emocional absurda. Muito forte mesmo!
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraQuem esperava um algum premio para este filme, pode esquecer.
O filme tem um ritmo muito lento com um arquétipo cansativo de focar em cada personagem, de querer contar varias histórias de uma só vez.
As cenas em que a Coisa entra em ação são muito boas, e despertam um terror genuíno, até pelos elementos ilusórios que nos faz confundir o que é real e o que é ilusão.
A Direção teve a oportunidade de fazer um trabalho melhor que a versão original dos anos 90, mas infelizmente escolheu o mesmo caminho para o remake e deixou o filme pior do que se esperava.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraFilme formidável, com diversas referencias a mitologia grega, romana, contos piratas e psicanálise. Temos dois personagens interessantíssimos, bem trabalhados que são desconstruídos pelo roteiro revelando suas amostras de insanidade.
O que eu mais gostei neste filme, é o simbolismo entre o Farol, o Mar e as Gaivotas, que são elementos importantíssimos para se entender o filme.
Vale destacar também as otimas atuações de Robert Pattinson e Williem Defoe.
Uma obra prima como esta, pode ser difícil para muitos, tanto pela a estética claustrofobia quanto pela narrativa fantasiosa e estática no sentido de movimentação de câmera e cenário.
The Lighthouse merece ser visto, com certeza é um dos melhores filmes de 2019. Fica a dica.
O Rei
3.6 404Olha, este filme me chamou muito atenção. Ele é muito realista. Muito real. Não é apressado no desenvolvimento; tem uma cenografia e fotografia maravilhosa.
É uma biografia de um pacifista, de alguém que unificou uma nação. Filme bem feito. Netflix elevando cada vez mais a qualidade
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraEste filme é praticamente um ensaio sobre o divorcio. A destruição da realidade de casado, para a construção da vida separada é o grande espetáculo do filme. Adam Drive, se ganhar um Oscar de melhor atuação, vai ser merecido.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraUma história singela sobre renuncia e consagração. Filme leve e bem humorado, onde podemos ver que até mesmo os homens considerados os santos pecam. Por mais que o filme não tenha tocado em assuntos delicados com mais profundidade, ele deu uma pincelada nas polemicas da Igreja, o suficiente para ser caracterizado como um filme critico;
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraDe todos os Coringas representados no cinema, este Coringa de Joaquin Phoenix, sem dúvida é o que possui mais camadas. Mas o interessante neste filme, é o feito de apresentar um personagem denso, mostrar o porquê ele se tornou um vilão, sem eufemizar ou banalizar suas atitudes, em decorrência de seu sofrimento. Ou seja, Joker, nos revela o Coringa em sua vulnerabilidade e sua transformação, mostrando que um bom vilão para funcionar como personagem, é bem mais verossímil quando possui motivações reais e logicas. Este filme denota muito bem que mesmo os vilões sádicos, manipuladores e inescrupulosos, possuem um passado, um porquê de ele ser o que é.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraAd Astra pode ser interpretado como uma metáfora a solidão. A solidão atrai as pessoas, o contato humano, a intensidade da vida, nos direciona para o vazio, onde não há nada além de nós mesmos. Nosso ego então prevalece, somos tomados por uma calmaria, por uma paz. Mas o tempo passa e percebemos que a solidão a longo prazo é um doce veneno, é um boomerang que te joga para um lado, sem lhe dizer que na verdade está indo para o outro. A solidão parece ser libertadora, mas ela te acorrenta no arrependimento. Você vai dizer: Poxa, poderia eu ter tentado, poderia eu ter amado, mas tudo o que quis hoje eu tenho; esta solidão que aos poucos me mata, mas ao mesmo tempo me conforta, pois ela é certa não incerta. Se eu permanecer nela, assim ficarei até o resto de minha vida, mas se eu lutar contra ela, eu terei o inesperado. Mas é horrível viver várias vezes o mesmo inesperado do abraço, do beijo, das conveniências. Mas uma coisa podemos aprender com este filme: Somente quem passa pela solidão poderá dar valor aos momentos do compartilhar. McBride escolheu a eterna solidão, Roy rejeitou a solidão, eu estou pensando no caso, e você, está disposto a morrer só? Muitas vezes o sentido da vida que procuramos, não está há bilhões de quilômetros da terra, talvez esteja bem do nosso lado, na mesma casa que moramos, comendo conosco, contando suas dores e alegrias. Negar a solidão, é viver.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraEstre segundo volume, temos mais diálogos, os personagens são melhor explorados, e as cenas de ação são deixadas um pouco de lado. Não sei se seria necessário dois filmes, mas ambos casam muito bem como uma obra só.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraEste primeiro filme da série serve como uma apresentação da capacidade de luta da personagem. Temos poucos diálogos. A preocupação do diretor esta em ritmizar a dinâmica da narrativa, e das cenas de luta. Não da pra avaliar esta obra individualmente.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraCritica:
https://www.youtube.com/watch?v=-1pZwAAOm4E
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraSe existe um diretor que é referencial em filmes do gênero crime, este diretor é Martin Scorsese. Nesta sua última produção, Scorsese em parceria com a Netflix, nos presenteou com o filme The Irishman. Quem diria que depois de mais de duas décadas de Casino, veríamos novamente Martin Scorsese, Robert de Niro e Joe Pesci trabalhando juntos em mais um filme sobre a máfia italiana.
A concepção dos filmes de Scorsese sempre demonstram sua personalidade no cinema. Quando vemos um filme seu, já identificamos diversos elementos que testificam que foi produzido por este mestre do cinema. A câmera que acompanha e apresenta os ambientes, os teasers das narrações, as narrativas lineares e bem construídas, são elementos marcantes do cinema Scorsese.
Joe Pesci, conhecido por interpretar vilões a mafiosos, principalmente em Goodfellas, onde teve grande destaque, recebeu uma honraria ao ser chamado para interpretar o chefão Russel Bufalino. Neste filme, Joe, diferente do seus papeis como Tommy e Nick, recebe um personagem mais contido, maduro e inteligente. E mesmo não interpretando alguém que lhe permitisse extravasar na demonstração de poder, ainda sim, consegue impor respeito e transmitir periculosidade dentro do roteiro de seu personagem. Joe Pesci é um ator excelente, que merecia este seu último papel no currículo. Como sua idade já está avançada, dificilmente ele fará um novo trabalho desta magnitude.
Seu grande companheiro nos filmes, Robert de Niro, um dos atores mais prestigiados do Cinema americano, entrega mais uma excelente atuação. O ótimo trabalho de rejuvenescimento da equipe de maquiagem nos transporta para os filmes que marcaram a carreira do ator. Não diferente de seus personagens anteriores com Scorsese, De Niro interpreta Frank Sheeran, um motorista de caminhão que vê na máfia uma oportunidade de crescer financeiramente. Além de também ser centrado, Frank é muito disciplinado nas regras da comunidade mafiosa. O que o faz crescer e permanecer vivo nos conflitos que surgem ao longo do filme, é sua cautela e sua flexibilidade, para fazer até mesmo o que não está de acordo com seus propósitos.
Interpretando o sindicalista Jimmy Hoffa, frente a este elenco de peso, Al Pacino, outro ator prestigiado na academia, ganha destaque em The Irishman, simplesmente por roubar as cenas e excentricamente fazer o papel que Joe Pesci geralmente fazia; de um personagem desequilibrado emocionalmente, orgulhoso, e teimoso. Mas neste caso, a leveza da atuação, está na inocência e verdade do personagem. Diferentemente dos outros membros da comunidade, Hoffa tem dificuldades em seguir a politica das organizações criminosas. Como consequência de suas atitudes que contrapunha em rede nacional a mafia, por estar em evidencia na política, Jimmy recebe a sentença de morte pelos chefões do crime, e é executado pelo seu próprio amigo, em quem ele mais confiava, Frank Sheeran.
A história linear, narrada pelo próprio Frank em um asilo, mostra a trajetória do mafioso até seu presente. A narrativa é contada em duas partes; uma parte mostra Frank e Russell em uma viagem comum de família, e a outra conta a história do seu ingresso na Mafia até aquele momento da viagem, depois ambas as narrativas se complementam para a conclusão. O interessante é que no desenvolvimento do filme e dos personagens, Scorsese nos prepara para os acontecimentos. A sutileza dos detalhes no filme, dos diálogos e dos enquadramentos revelam a qualidade de Scorsese como diretor e roteirista. Um detalhe do filme que sempre me chamava atenção, era o olhar de uma das filhas de Frank. Apesar de não ter falas, Peggy demonstrava saber muito bem o que seu pai fazia ao sair a noite sem explicar o motivo. Estes detalhes de cena são muito importantes para o desfecho do filme, em que Peggy e suas irmãs abandonam Frank depois de velho em um asilo. Desde de que ela desconfiou que ele havia sido responsável pelo sumiço de Jimmy em 1975, ela nunca mais falou mais com seu pai. Pois no fundo ela estava cansada da vida imoral que seu pai levava.
No final, Frank acaba ficando só, desolado, sem parentes por perto, abandonado, arrependido de não ter feito diferente, de não ter dado a atenção para suas filhas. Porém, sabemos que ao entrar no crime organizado, a única forma de sair é preso ou em um caixão. Sabendo disto, Frank continuou toda sua vida até a sua prisão, a fazer parte desta comunidade, pois estava condenado a fazer parte de tudo isto. No fim de sua vida, debilitado, morando em um hospital, Frank percebeu que a vida é feita de escolhas, e junto com estas escolhas vieram também as consequências de seus atos. Sua filha já não queria mais seu contato, sua esposa já havia falecido, seus companheiros todos morreram, ele já não tinha nenhum propósito de vida a não ser aguardar sua morte pela fresta da porta de seu quarto.
The Irishman completa um ciclo na carreira de Scorsese. A sua fama de mestre do cinema, de contador de histórias de crime permanece. The Irishman é uma reafirmação de Scorsese, dizendo ao Cinema, que o clássico ainda vive, que o contraponto aos Blockbusters, filmes de heróis e comedias pastelão, pode ser feito com filmes mesmo extensos, mas ritmados. Um dos principais fatores responsáveis pela contemplação deste filme como uma obra verdadeira do cinema, está na capacidade e na técnica de Scorsese em contar uma história com crueza mas sutileza, clareza sem obviedades e paciência sem monotonia. Este é o segredo do sucesso de Martin Scorsese que ainda vive, e tenho certeza que fará de tudo para preservar o cinema da sua geração.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraFilme desnecessário. História totalmente genérica. Gostei do desenvolvimento do Peter, em reconhecer sua responsabilidade como um vingador, porém odiei o vilão Dr. Mistério; pensei que as motivações maquiavélicas artificiais foram deixados nos anos 60. Infelizmente o personagem do Jake Gallenhall acabou caido no ultra cliche. Este filme poderia ser um pouco mais pesado e com roteiro menos preguiçoso. Este foi um dos piores da Marvel na minha opinião.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraTomei bastante cagaço com este filme hahahha
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraUm filme perturbador. Todos os lesados podem absorver a culpa de uma tragedia, porém a reação que cada será diferente.
Logo de cara podemos notar que há um fator imaginativo na narrativa. Tanto o filho quanto a mãe se perderam no tempo, na busca pelas respostas em relação ao passado.
Dentro do contexto sistemático, a transição dos papeis não me parece tão sutil quanto deveria. Ela é brusca e repentina. Me causou estranhamento. Isto eu não gostei; pois poderia ser mais suave em contraste com o terror, seria genial!
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraRei Leão: Identidade de quem é chamado para reinar
A última vez que havia assistido Rei Leão fora quando ainda era criança. Eu sempre assistia como se fosse a primeira vez; sabia as falas de cor, cantava todas as músicas e tinha o Simba como uma inspiração pessoal. Conforme fui crescendo parei aos poucos de assistir a animação. Agora, aos meus 23 anos, decido ir até o cinema para rever algo que havia se perdido no meu passado. Na seção, eu tive um série de insight sobre a trama. Percebi muitos aspectos não intencionais da revelação bíblica. Antes de entrar na história em si, vamos entender quem cada personagem representa. Mufasa representa a trindade; Simba representa a humanidade; Scar, Satanás (O Mal), Timão&Pumba representa o mundo corrupto, e Rfiki o cristianismo.
Simba nasceu herdeiro de tudo o que seu pai tinha. Nos também fomos predestinados a herdar a vida eterna. Fomos chamados para reinar sobre pela eternidade. Mufasa em diversas vezes orienta a Simba sobre o que se deve fazer e não fazer. Porém sua desobediência o leva por caminhos tortuosos, direto ao conhecimento dos males do mundo. Simba, ainda filhote, não conhece o que é mal; ele vive protegido por seu pai, num lugar onde há um equilíbrio natural. Assim como Simba, o homem fora orientado sobre a restrição de não comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal. Porém sua desobediência o levou por caminhos tortuosos e de maldição.
Scar, tio de Simba, insinua que Simba vá até o cemitério de Elefantes que seu pai havia proibido de ir. Nisto ele acaba se envolvendo em uma enrascada, e experimenta o preço da desobediência. Da mesma forma o homem e a mulher ao darem ouvido a voz da serpente, foram tentados a desobedecer a Deus. Assim, experimentaram também o preço do pecado. O homem então passa a se distanciar cada vez mais de Deus, sendo constantemente levado a fazer o que é mal diante de Deus.
O filhote na tentativa de cada vez mais crescer e ser como seu pai, é levado por Scar até um desfiladeiro no qual coloca sua própria vida em riso. O homem movido por seu ego, passa a acreditar em seu próprio potencial, buscando ser tão grande quanto Deus. Isto provocou a necessidade do próprio Deus descer na terra para resgatar seus filhos das amarras do pecado. Mufasa, também acaba morrendo ao tentar salvar Simba do perigo que ele mesmo se colocou.
Agora, com a morte de Mufasa, Scar aproveita a oportunidade de culpar Simba para tomar o reino que não era seu. O filhote então foge ao máximo de sua terra, e vagueia para bem longe dali. Jesus ao se sacrificar como homem pelo seus, abre uma possibilidade de salvação. Porém o adversário se torna acusador do homem, o fazendo cada vez mais se distanciar do proposito pelo qual nasceu.
Já longe do reino, Simba encontra Timão&Pumba, que lhe apresenta uma forma nova de se viver. Esta filosofia, chamada de Hakunamatata, diz que a vida não deve ter preocupações, que não há sentido genuíno e real pelo qual se deve viver. Assim Simba adota esta filosofia e cresce esquecendo de seu propósito de vida, nega sua natureza passando a comer insetos e viver na mata fechada. A humanidade, mesmo depois da demonstração de amor de Deus, se afastou cada vez mais de seu criador. Adotou filosofias existencialistas que anulavam qualquer possibilidade de que havia um sentido pelo qual viver, um proposito natural. Passou a negar a divindade de Deus, e até mesmo a sua existência.
Até que na sua vida de Hakunamatata com Timão&Pumba, Simba encontra Rafiki, que estranhamente diz que seu pais está vivo e o que ver. O Leão, não acreditando no que ouve, segue o babuíno até um lago. Ali o seu pai se revela através da agua e do vento. Antes de encontrar a Cristo, o homem vive na sua própria filosofia, não acreditando num Deus que parece estar morto. Mas o cristianismo (Igreja) cruza a vida deste homem, e ele tem um encontro com Deus. Neste encontro ele pode entender que foi feito a imagem e semelhança de seu pai, e o espirito de seu pai habita nele. Este entendimento faz o homem retornar ao seu proposito inicial.
Pode parecer forçado, mas eu consigo ver o evangelho em tudo mesmo!!! hahhaha
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraA ARTE DA DESTRUIÇÃO
Lars Von Trier, é um diretor e roteirista dinamarquês conhecido por seus filmes provocativos. Em “The House That Jack Built”, Lars Von constrói uma narrativa intrigante sobre a arte e sua concepção, utilizando um personagem psicopata como plano de fundo da crítica. A história se passa em um período indistinto, onde Jack, um psicopata, auto intitulado “Sr. Sofisticado”, coleciona uma série de crimes de assassinatos. Na narrativa, Jack narra seus crimes enquanto é guiado por Virgílio para o inferno. Virgílio segue o caminho autorizando o condenado a contar sua história, porém afirma que dificilmente o que Jack dissesse o surpreenderia. Neste contexto Jack inicia então suas confissões.
O primeiro aspecto que me chamou atenção no filme foram suas analises psicológicas, detalhadas e expostas pelo próprio Jack, sobre sua condição de distúrbio mental. O criminoso compara a si mesmo como um homem que anda sobre a noite numa rua com postes de luz dispostos no percurso. Conforme o homem se aproxima do poste, a sombra projetada pela luz deste poste ficará menor e mais densa; enquanto que ao afastar deste poste e se aproximar do próximo, a luz do primeiro poste se tornará cada vez maior e mais fraca, até que novamente no segundo poste sua sombra se intensifique novamente. No diálogo Jack afirma que é assim que funciona sua mente; ele está em um estado cada vez mais agudo de angústia e quando a sombra do poste de luz se intensifica novamente até ficar totalmente sobre sua cabeça projetando uma sombra densa, ele não suportará e cometerá mais um crime. No entanto Virgílio o questiona, dizendo que até mesmo um viciado em bebida poderia fazer tal comparação par justificar sua embriaguez. Mas talvez este seja um ponto chave para se entender a crítica do filme.
Podemos notar que Jack esta efusivamente tentando nos mostrar algo, tanto para mim quanto para seu guia, Virgílio. A verdade que o filme quer nos passar é que somos exatamente como Jack. Temos vontades inatas que reprimimos por convenção social. Nós elegemos o que Jack chama de “Ícone”, pessoas como Hitler, Stalin, Kin Jon, e muitos outras figuras que na visão de Jack foram arquitetos, que não apenas planejaram, mas executaram seus planos. A diferença de uma pessoa comum e um psicopata é que pessoas como Jack não são sensíveis a moral, a empatia, e por isto agem conforme sua natureza pede. Elas possuem sua própria logica legal, do que se deve fazer ou não, e maquinam, vivem em função deste proposito. Em uma das sequencias, Jack se vê relacionado com uma família composta por uma mulher e seus dois filhos pequenos. Ao leva-los para um passeio de caça e piquenique, Jack relembra como era e funcionava o período de caça, em que grupos de homens (muitas vezes soldados) se reuniam para abater animais selvagens na caça esportiva. Jack comenta qual era a lógica da caça; quando havia uma fêmea e seus filhotes, se deixava a fêmea viva e os filhotes eles o matavam rapidamente, e depois assim matavam a mãe. Bom o que ocorreu depois com esta família que Jack levou ao passeio, nem precisa dizer. Mas o fato é que nesta exposição o assassino nos mostra a hipocrisia dor ser humano em sua seletividade afirmativa. Na proximidade de identidade humana se torna tolerável a caça esportiva. Isto é exatamente o motivo pelo qual Jack matava as pessoas, pela sua falta de empatia, esta mesma que os homens não possuem por seres de outra espécie.
O segundo aspecto deste filme que foi também importante para experiência, foi a forma e os ângulos de filmagem. É um fato que momentos de tensão a câmera se feche e balance na linha do rosto do personagem em cena. Aqui não é diferente, porém graças a atuação excepcional do ator Matt Dilton, as cenas de tensão que pressentiam perigo eminente, ajudaram nesta construção dramática. As expressões, o seu jeito manipulador e sua indiferença ao sofrimento, conciliado a uma boa direção, pode me fazer passar metade do filme sentado e outra em pé. A inquietude é o que mais incomoda; dá pra saber que os personagens que cruzam o caminho de Jack e permanecem por mais de cinco minutos em cena, certamente irá morrer. Porém a forma, e quando isto irá acontecer é que transmite esta tensão que qualquer pessoa teria o estar inserido nessa situação.
O terceiro e último aspecto do filme, é a comparação que Jack faz de um arquiteto com um engenheiro. Jack se considera um arquiteto, por se sentir um realizador. Porem como todo psicopata é narcisista e enxerga uma realidade distorcida da verdade baseado em seus sentimentos e vontades, Jack na verdade é um convencido que é um arquiteto, quando na verdade é um engenheiro. O engenheiro apenas projeta e não realiza. Jack queria através de suas vítimas compor e construir sua própria arte. Para Jack a arte não necessariamente era uma criação, mas poderia ser uma destruição. Sua casa a qual planejava, fora feita para ser destruída. Isto significa que por seu espectro natural dissociativo, Jack não se sentia culpado apenas pela incapacidade empática de remorso, mas por uma lógica inteligível. Ele acreditava que os padrões de conduta moral aprisionavam o homem, e os privavam de seu verdadeiro EU, e o transformava em um escravo da vontade artificial e não natural. Jack entendia que uma decomposição era tanto arte quanto o próprio belo; que na verdade seus defeitos, sua condição, também era uma obra natural, sendo portanto seus instintos que não obedeciam regras morais, produto de um artista. Assim Jack justifica as dezenas de assassinatos.
The House That Jack Built, não é um filme para todos, não foi feito para ser agraciado, mas para ser provocativo. Este filme possui um cuidado estético muito grande, e também uma preocupação em reativar alguns questionamentos que se perderam no passado. Definitivamente é um bom filme, com pequenos defeitos, mas que cumpre o papel em apresentar uma poética narrativa recheada de referências e apontamentos. Esta obra é bem mais do que um referencial ao dadaísmo, mas falaremos deste filme novamente em uma outra oportunidade.
Slender Man: Pesadelo Sem Rosto
1.5 469 Assista AgoraPoderiam explorar essa horripilante história, de uma forma bem mais simples e misteriosa. A excessiva exposição dos fatos e a escolha comercial de inserir adolescentes e não crianças, matou o filme de vez.
A Onda
4.2 1,9KGostei da intenção do filme, o debate é muito bom, mas como filme foi bem mediano.
A Onda
4.2 1,9KVocê sabe o que é fascismo? Então assista este filme!
Max Steel
2.2 112 Assista AgoraPra quem ta falando dos efeitos especiais... a CGI ta horrível.
Max Steel
2.2 112 Assista AgoraZZZZZZZZZZZRZRZZZZZRZZZRZRZRZRZRZRZRZRZRRRRRRRRRRZRRRRRRHRHRHRHHHRHRHHAHRHARHARHARHRHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAH....
Mentes Malignas
2.4 45 Assista AgoraUm ótimo compilado de short horror. Tirando uma ou outra história, esta antologia possui alguns simbolismos e metáforas muito bem elaboradas. São belas adaptações de contos de toda a Europa.
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraUm bom trabalho. É um filme que além de uma pegada sobrenatural, por parecer um filme de terror, na verdade trata-se mais de um suspensa, que aborda a questão de como o subconsciente trabalha com a mente para nos enganar.
A jovem Maureen, interpretada pela pokerface cara pálida Kristen Stewart (que por sinal está ótima no papel. Sendo talvez o melhor trabalho de sua carreira), vive uma confusão em sua mente.
Em todo momento ela acha que seu irmão falecido esta se comunicando através de aparições. Ou então que o espirito que conversa, é alguém misterioso que morreu.
O filme da a entender que na verdade todos os eventos sobrenaturais que ocorrem, é produto da sua imaginação, e o espirito que a incentiva a fazer coisas, na verdade é seu próprio subconsciente.