Esse filme traz uma história que não em raros momentos é difícil de acompanhar quando revela a falta de humanidade e a indiferença que há no mundo em que vivemos. Há momentos que lembram um filme de terror. O fato de ser realista não impede o filme de trazer alguma poesia e até uma certa dose de fantasia em alguns momentos. Ele acaba sendo uma jornada árdua, mas recompensadora. A cena final que justifica o título do filme é antológica. Espero que entre na corrida do Oscar nesse ano já que tem méritos para isso.
Essa é uma história que a gente já sabe o final e nem por isso deixa de ser encantadora. O filme passa longe de ser um clássico como foi o original de 1971, mas não deixa de trazer a sua magia em algumas sequências visualmente fabulosas. A trilha sonora também entrega ótimas canções incluindo novas versões do clássico original como a inesquecível "Pure imagination". Até Timothée Chalamet que sempre achei uma ator superestimado faz um Willy Wonka digno que lembra mais o carismático personagem que foi interpretado por Gene Wilder na versão de 1971 do que a figura bizarra encarnada por Johnny Deep na versão de 2005.
A animação original já era boa e achei essa sequência até melhor do que ela. O trabalho de animação stop-motion continua impecável. A história mesmo um pouco previsível é divertida e movimentada equilibrando bem a ação e o humor. Com tantas animações de conteúdo complexo e quase adulto que lançam hoje em dia é bom saber que ainda existem produções do gênero como essa cujo maior objetivo parece ser o de apenas entreter. O que faz muito bem.
Depois de um bom filme de origem a Capitã Marvel volta nessa continuação inferior que traz uma história que raramente empolga, cenas de ação confusas e uma vilã nada marcante. Difícil levar o filme a sério quando vemos sequências como aquela em que todos os habitantes de um planeta falam de forma cantada. Ele traz um bom trio de protagonistas e algumas boas referências às suas origens das HQs, mas acaba sendo apenas um passatempo e mais um filme esquecível lançado pela Marvel.
Apesar do cinema já ter levado às telas outras versões anteriores dessa mesma história essa é a primeira vez que eu vejo um filme baseado na mesma. Os fatos reais dela são impressionantes e são tratados com fidelidade e respeito pela direção e pelo roteiro sem apelar para o sensacionalismo. Tecnicamente o filme é impecável. Da sequência do acidente aéreo à reconstituição do ambiente onde se passa a maior parte da história tudo foi feito com muita competência. Michael Giacchino como de hábito entrega uma grande trilha sonora. O filme traz diversos momentos angustiantes que são difíceis de acompanhar até a sua comovente conclusão. As cenas finais me fizeram ficar desidratado.
A história de personagens que por causa de uma convivência forçada acabam aprendendo a tolerar as suas diferenças estabelecendo laços de afeto e amizade não é nova, mas nesse filme ela é muito bem contada pelo roteiro e pela direção que além de impor um bom ritmo conduz muito bem o ótimo elenco. Paul Giamatti que comumente é escalado para papeis coadjuvantes brilha como o protagonista assim como a sua parceira de cena Da’Vine Joy Randolph. Ambos já estão entre os meus favoritos para as indicações ao Oscar desse ano.
Pela Palma de Ouro que levou em Cannes e por todas as críticas que eu li eu esperava pelo menos uma pequena obra-prima, mas o resultado foi aquém das minhas expectativas. Indo na onda de várias produções atuais o filme tem uma duração mais longa do que o necessário. Falta conteúdo para sustentar as duas horas e meia de filme já que algumas passagens dele quebram o seu ritmo. Isso não quer dizer que o filme não seja bom. Ele é um bom drama disfarçado de filme policial. Os personagens são interessantes e desses para mim se destacou o do filho do casal de protagonistas muito bem defendido pelo seu jovem intérprete. Interessante também a forma como diferentes idiomas são utilizados ao longo do filme. No final eu esperava alguma grande revelação, embora não possa dizer que a conclusão não tenha sido satisfatória. É um bom filme, apesar dos pesares.
Por causa do hype em torno desse filme comecei a vê-lo com expectativa alta. A verdade foi que me decepcionei. A trama é confusa, os personagens mal desenvolvidos e para piorar a conclusão parece dúbia. Demora muito para algo minimamente impactante acontecer. Daqueles filmes que a gente conta os minutos para acabar. A história trata de um tema importante e em certos momentos parece conduzi-lo bem, mas na maior parte do tempo o ritmo do filme exige paciência.
Esse prequel de "Jogos Vorazes" não chega a ter o mesmo nível dos outros filmes da franquia, mas traz uma trama bem elaborada e um bom ritmo, embora este caia um pouco no terço final. Comparado aos outros filmes da série também há menos ação. Passatempo razoável.
O protagonista dessa cinebiografia é uma figura pouco conhecida por mim e o filme não conseguiu despertar a minha curiosidade em conhecer mais dele e da sua obra. O ritmo é irregular e o roteiro não ajuda com um texto pouco inspirado que entrega uma história que na maior parte do tempo não revela grandes acontecimentos ou grandes conflitos. Como diretor Bradley Cooper não passou do convencional e atuando entrega um trabalho que não chega a ser nada excepcional. Quem acaba se destacando é Carey Mulligan que protagoniza os momentos mais marcantes do filme e acaba sendo o melhor motivo para conhecê-lo. O bom trabalho de maquiagem feito em Cooper é algo que deve ser destacado. Para os cinéfilos o filme também traz referências a obras cinematográficas em que o protagonista atuou como músico. É um filme que parece que foi feito para ganhar prêmios, mas que tem grandes chances de logo ser esquecido.
Produções como esta sempre tem grande valor por nos fazer conhecer pessoas e as suas grandes histórias reais que até então eram desconhecidas pela maioria. Historicamente o filme faz um bom trabalho e por se concentrar na figura do seu protagonista deixa um pouco de lado fatos importante sobre a Marcha em Washington de 1963. Só depois de ver o filme é que fui saber que foi nela que Martin Luther King fez o seu famoso discurso "Eu tenho um sonho". O filme está na média das cinebiografias lançadas na atualidade. Já prevejo indicações ao Oscar para a ótima performance de Colman Domingo e para a arrepiante canção "Road to freedom" de Lenny Kravitz.
Fazia um bom tempo que queria ver esse filme pelas tantas vezes que vi cenas dele em "Cinema Paradiso". Ele traz uma boa história que reserva surpresas até o seu final. Poderia ter um apelo emocional maior se o ritmo não fosse um tanto morno. Ainda assim o filme prendeu a minha atenção, ainda mais por causa do elenco que foi muito bem escalado. Silvana Mangano faz muito bem a protagonista. Achei curioso que a sua irmã na história se parece muito com ela e agora fui saber que se trata de Patrizia Magano, sua irmã na vida real. Natascia Mangano, também irmã de Silvana, também faz parte do elenco. Achei uma bela moça que tem uma pequena participação no filme muito parecida com Sophia Loren e agora descobri que era ela de fato em um dos seus primeiros papéis no cinema. Do filme o que vai mais ficar na memória são justamente as cenas que foram homenageadas em "Cinema Paradiso". Essa sinopse que consta no Filmow com certeza foi colocada por alguém que não assistiu ao filme.
Boa comédia que provoca risadas em alguns momentos mesmo não sendo exatamente brilhante. Diz a lenda que Marisa Tomei recebeu o seu Oscar de melhor atriz coadjuvante por engano. Confesso que não estava entendendo a razão dela ter levado o prêmio até a cena final do julgamento onde ela se sai muito bem.
Essa é uma história que deixa a impressão que poderia ter rendido mais. Ainda assim o filme tem elementos que o fazem merecer ser conhecido. A direção conduz bem o elenco e o roteiro trata o seu polêmico tema com certo realismo. A cena final é surpreendente e, acima de tudo, absurda.
A história é comovente e nos motiva a refletir sobre a fragilidade da vida e o destino inevitável da morte. Ao mesmo tempo ela muitas vezes não parece avançar e não saber que rumo seguir. A bela cena final vale pelo filme inteiro e compensa um pouco qualquer falha dele que veio antes dela.
Esse documentário revela fatos e histórias e até nos faz rever conceitos sobre o preconceito que sempre existiu contra a população negra no mundo. Além do bom conteúdo que nos leva a fazer importantes reflexões sobre ele o filme tem um ritmo dinâmico e um criativo trabalho de montagem. Para passar a sua mensagem ele se utiliza de imagens, cenas de filmes, animações e outros recursos que acabam sendo um diferencial em relação a outros trabalhos do seu gênero. Torcendo para que esteja entre os concorrentes ao Oscar na sua categoria nesse ano. Tem grandes méritos para concorrer e até levar uma estatueta.
Creio que esse documentário é o filme de duração mais longa que eu já vi até hoje. Apesar de extenso ele mantém a nossa atenção até o final. Mesmo que em diversos momentos ele pareça redundante repetindo informações e o diretor muitas vezes faça questionamentos aos seus entrevistados que não parecem ser relevantes. O documentário retrata o extermínio dos judeus na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial e investiga sob todos os ângulos o que aconteceu na época através de preciosos testemunhos de quem viveu os fatos. Achei que seria mais abrangente. Não são citadas, por exemplo, as cruéis experiências genéticas que médicos alemães submeteram os judeus nos campos de concentração nazistas. De um modo geral é uma obra definitiva sobre o holocausto (palavra que traduz o título original). Tudo aquilo mostrado nela é doloroso e revela o que de pior pode existir na humanidade. Mesmo não tendo sido para mim uma obra cinematográfica perfeita ela se revelou um registro de valor histórico inestimável e que deveria ser conhecido por todos.
Mais um bom filme que eu conheço dirigido por David Lean. Mesmo não sendo tão marcante como outras obras do diretor esse filme foi realizado com a sua habitual competência e uma boa história que em alguns momentos me lembrou a do clássico literário "Anna Karenina" de Tolstói. Do elenco exemplar para mim se destacou Claude Rains mesmo não aparecendo muito em cena. Só me incomodou um pouco o caráter da protagonista cujas ações para mim pareceram na maior partes das vezes pouco plausíveis.
Esse filme traz uma história que quanto menos se souber dela antes de assisti-lo mais impactante ela será. Ela trata de um tema polêmico, mas até certo ponto o filme consegue ser imparcial com o mesmo deixando para nós a tarefa de fazer o julgamento daquilo que vemos na tela. O resultado talvez não fosse tão bom sem um elenco tão afiado tendo à frente dele a talentosa dupla Julianne Moore e Natalie Portman, estando essa última em um dos melhores momentos da sua carreira. A grande surpresa acaba sendo Charles Melton que se sai bem em um papel difícil e crucial da história.
O filme como um todo traz um ritmo lento com uma história onde pouca coisa acontece, principalmente na sua metade inicial. A longa duração não ajuda muito. O roteiro também decepciona ao não se preocupar em informar quase nada sobre o contexto político e histórico que o filme retrata. Ingrid Bergman em seu primeiro filme a cores está bela como sempre e de cabelos curtos. Só que ela não convence nada interpretando uma moça de 19 anos quando já se aproximava dos 30. A sua personagem também irrita um pouco pelo excesso de submissão amorosa. Apesar disso foi indicada ao Oscar assim como também Gary Cooper, Akim Tamiroff e Katina Paxinou. Esta última, que para mim lembrou demais Ana Magnanni, acabou levando uma estatueta de melhor atriz coadjuvante. O filme é ambientado em belos cenários, tem algumas boas sequências de ação, mas na maior parte do tempo não traz grandes impressões. O que acaba prejudicando até a sua conclusão que foi menos comovente do que poderia ter sido.
Assim como o último trabalho de Martin Scorsese para o cinema essa produção tem uma duração de mais de três horas. Só que para mim ao contrário do anterior esse novo filme do diretor demorou muito a passar e teve resultado inferior. Tem como mérito revelar uma impressionante história real que com certeza a grande maioria desconhece. Ao mesmo tempo desperdiça essa história fazendo com que os indígenas pareçam figurantes nela quando deveriam ser protagonistas. Como diretor com certeza Scorsese já fez trabalhos muito melhores. A montagem é confusa e a trilha sonora é utilizada de forma incessante e excessiva. No elenco Leonardo DiCaprio e Robert De Niro fazem os bons trabalhos de sempre, mas quem acaba se destacando mesmo aparecendo pouco é Lilly Gladstone. Por ser de Scorsese o filme vai ser superestimado por muitos. Para mim foi uma experiência um tanto cansativa e de longa duração desnecessária que só foi válida pelo conhecimento dos fatos apresentados nela.
Um dos filmes mais originais da Hammer protagonizados por Peter Cushing como o barão de Frankenstein. A boa história, no entanto, acaba sendo prejudicada pelo ritmo um pouco arrastado do filme fazendo com que ele pareça mais longo do que realmente é. Não há nele a figura clássica do monstro construído a partir de partes de corpos por Frankenstein. O barão acaba sendo o grande vilão da história. Para realizar as suas experiências ele é capaz de cometer os crimes mais hediondos. Não está entre os melhores filmes da Hammer, mas ainda mantém o bom nível das produções do estúdio.
Uma comédia divertida e com uma história inspirada que merecidamente levou uma indicação do Oscar para melhor filme. Charles Laughton como de costume entrega uma grande atuação.
Um dos trabalhos menos conhecidos do diretor Sam Mendes. Talvez por trazer uma história simples e sem grandes acontecimentos. O início parece pouco promissor, mas à medida que vamos conhecendo melhor o casal de protagonistas é difícil não simpatizar com eles e compartilhar as suas descobertas e incertezas em relação ao seu futuro. Também preciso destacar a boa trilha sonora e o ótimo elenco que conta com preciosas e curtas participações ao longo dele.
Eu, Capitão
4.0 70 Assista AgoraEsse filme traz uma história que não em raros momentos é difícil de acompanhar quando revela a falta de humanidade e a indiferença que há no mundo em que vivemos. Há momentos que lembram um filme de terror. O fato de ser realista não impede o filme de trazer alguma poesia e até uma certa dose de fantasia em alguns momentos. Ele acaba sendo uma jornada árdua, mas recompensadora. A cena final que justifica o título do filme é antológica. Espero que entre na corrida do Oscar nesse ano já que tem méritos para isso.
Wonka
3.4 390 Assista AgoraEssa é uma história que a gente já sabe o final e nem por isso deixa de ser encantadora. O filme passa longe de ser um clássico como foi o original de 1971, mas não deixa de trazer a sua magia em algumas sequências visualmente fabulosas. A trilha sonora também entrega ótimas canções incluindo novas versões do clássico original como a inesquecível "Pure imagination". Até Timothée Chalamet que sempre achei uma ator superestimado faz um Willy Wonka digno que lembra mais o carismático personagem que foi interpretado por Gene Wilder na versão de 1971 do que a figura bizarra encarnada por Johnny Deep na versão de 2005.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 232 Assista AgoraA animação original já era boa e achei essa sequência até melhor do que ela. O trabalho de animação stop-motion continua impecável. A história mesmo um pouco previsível é divertida e movimentada equilibrando bem a ação e o humor. Com tantas animações de conteúdo complexo e quase adulto que lançam hoje em dia é bom saber que ainda existem produções do gênero como essa cujo maior objetivo parece ser o de apenas entreter. O que faz muito bem.
As Marvels
2.7 405 Assista AgoraDepois de um bom filme de origem a Capitã Marvel volta nessa continuação inferior que traz uma história que raramente empolga, cenas de ação confusas e uma vilã nada marcante. Difícil levar o filme a sério quando vemos sequências como aquela em que todos os habitantes de um planeta falam de forma cantada. Ele traz um bom trio de protagonistas e algumas boas referências às suas origens das HQs, mas acaba sendo apenas um passatempo e mais um filme esquecível lançado pela Marvel.
A Sociedade da Neve
4.2 720 Assista AgoraApesar do cinema já ter levado às telas outras versões anteriores dessa mesma história essa é a primeira vez que eu vejo um filme baseado na mesma. Os fatos reais dela são impressionantes e são tratados com fidelidade e respeito pela direção e pelo roteiro sem apelar para o sensacionalismo. Tecnicamente o filme é impecável. Da sequência do acidente aéreo à reconstituição do ambiente onde se passa a maior parte da história tudo foi feito com muita competência. Michael Giacchino como de hábito entrega uma grande trilha sonora. O filme traz diversos momentos angustiantes que são difíceis de acompanhar até a sua comovente conclusão. As cenas finais me fizeram ficar desidratado.
Os Rejeitados
4.0 319 Assista AgoraA história de personagens que por causa de uma convivência forçada acabam aprendendo a tolerar as suas diferenças estabelecendo laços de afeto e amizade não é nova, mas nesse filme ela é muito bem contada pelo roteiro e pela direção que além de impor um bom ritmo conduz muito bem o ótimo elenco. Paul Giamatti que comumente é escalado para papeis coadjuvantes brilha como o protagonista assim como a sua parceira de cena Da’Vine Joy Randolph. Ambos já estão entre os meus favoritos para as indicações ao Oscar desse ano.
Anatomia de uma Queda
4.0 809 Assista AgoraPela Palma de Ouro que levou em Cannes e por todas as críticas que eu li eu esperava pelo menos uma pequena obra-prima, mas o resultado foi aquém das minhas expectativas. Indo na onda de várias produções atuais o filme tem uma duração mais longa do que o necessário. Falta conteúdo para sustentar as duas horas e meia de filme já que algumas passagens dele quebram o seu ritmo. Isso não quer dizer que o filme não seja bom. Ele é um bom drama disfarçado de filme policial. Os personagens são interessantes e desses para mim se destacou o do filho do casal de protagonistas muito bem defendido pelo seu jovem intérprete. Interessante também a forma como diferentes idiomas são utilizados ao longo do filme. No final eu esperava alguma grande revelação, embora não possa dizer que a conclusão não tenha sido satisfatória. É um bom filme, apesar dos pesares.
Monstro
4.3 270 Assista AgoraPor causa do hype em torno desse filme comecei a vê-lo com expectativa alta. A verdade foi que me decepcionei. A trama é confusa, os personagens mal desenvolvidos e para piorar a conclusão parece dúbia. Demora muito para algo minimamente impactante acontecer. Daqueles filmes que a gente conta os minutos para acabar. A história trata de um tema importante e em certos momentos parece conduzi-lo bem, mas na maior parte do tempo o ritmo do filme exige paciência.
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.7 345 Assista AgoraEsse prequel de "Jogos Vorazes" não chega a ter o mesmo nível dos outros filmes da franquia, mas traz uma trama bem elaborada e um bom ritmo, embora este caia um pouco no terço final. Comparado aos outros filmes da série também há menos ação. Passatempo razoável.
Maestro
3.1 260O protagonista dessa cinebiografia é uma figura pouco conhecida por mim e o filme não conseguiu despertar a minha curiosidade em conhecer mais dele e da sua obra. O ritmo é irregular e o roteiro não ajuda com um texto pouco inspirado que entrega uma história que na maior parte do tempo não revela grandes acontecimentos ou grandes conflitos. Como diretor Bradley Cooper não passou do convencional e atuando entrega um trabalho que não chega a ser nada excepcional. Quem acaba se destacando é Carey Mulligan que protagoniza os momentos mais marcantes do filme e acaba sendo o melhor motivo para conhecê-lo. O bom trabalho de maquiagem feito em Cooper é algo que deve ser destacado. Para os cinéfilos o filme também traz referências a obras cinematográficas em que o protagonista atuou como músico. É um filme que parece que foi feito para ganhar prêmios, mas que tem grandes chances de logo ser esquecido.
Rustin
3.3 81 Assista AgoraProduções como esta sempre tem grande valor por nos fazer conhecer pessoas e as suas grandes histórias reais que até então eram desconhecidas pela maioria. Historicamente o filme faz um bom trabalho e por se concentrar na figura do seu protagonista deixa um pouco de lado fatos importante sobre a Marcha em Washington de 1963. Só depois de ver o filme é que fui saber que foi nela que Martin Luther King fez o seu famoso discurso "Eu tenho um sonho". O filme está na média das cinebiografias lançadas na atualidade. Já prevejo indicações ao Oscar para a ótima performance de Colman Domingo e para a arrepiante canção "Road to freedom" de Lenny Kravitz.
Anna
3.6 2Fazia um bom tempo que queria ver esse filme pelas tantas vezes que vi cenas dele em "Cinema Paradiso". Ele traz uma boa história que reserva surpresas até o seu final. Poderia ter um apelo emocional maior se o ritmo não fosse um tanto morno. Ainda assim o filme prendeu a minha atenção, ainda mais por causa do elenco que foi muito bem escalado. Silvana Mangano faz muito bem a protagonista. Achei curioso que a sua irmã na história se parece muito com ela e agora fui saber que se trata de Patrizia Magano, sua irmã na vida real. Natascia Mangano, também irmã de Silvana, também faz parte do elenco. Achei uma bela moça que tem uma pequena participação no filme muito parecida com Sophia Loren e agora descobri que era ela de fato em um dos seus primeiros papéis no cinema. Do filme o que vai mais ficar na memória são justamente as cenas que foram homenageadas em "Cinema Paradiso". Essa sinopse que consta no Filmow com certeza foi colocada por alguém que não assistiu ao filme.
Meu Primo Vinny
3.6 128 Assista AgoraBoa comédia que provoca risadas em alguns momentos mesmo não sendo exatamente brilhante. Diz a lenda que Marisa Tomei recebeu o seu Oscar de melhor atriz coadjuvante por engano. Confesso que não estava entendendo a razão dela ter levado o prêmio até a cena final do julgamento onde ela se sai muito bem.
Em Nome De...
3.4 82Essa é uma história que deixa a impressão que poderia ter rendido mais. Ainda assim o filme tem elementos que o fazem merecer ser conhecido. A direção conduz bem o elenco e o roteiro trata o seu polêmico tema com certo realismo. A cena final é surpreendente e, acima de tudo, absurda.
Sem Medo de Viver
3.6 53 Assista AgoraA história é comovente e nos motiva a refletir sobre a fragilidade da vida e o destino inevitável da morte. Ao mesmo tempo ela muitas vezes não parece avançar e não saber que rumo seguir. A bela cena final vale pelo filme inteiro e compensa um pouco qualquer falha dele que veio antes dela.
Marcados: A História do Racismo nos EUA
4.0 9Esse documentário revela fatos e histórias e até nos faz rever conceitos sobre o preconceito que sempre existiu contra a população negra no mundo. Além do bom conteúdo que nos leva a fazer importantes reflexões sobre ele o filme tem um ritmo dinâmico e um criativo trabalho de montagem. Para passar a sua mensagem ele se utiliza de imagens, cenas de filmes, animações e outros recursos que acabam sendo um diferencial em relação a outros trabalhos do seu gênero. Torcendo para que esteja entre os concorrentes ao Oscar na sua categoria nesse ano. Tem grandes méritos para concorrer e até levar uma estatueta.
Shoah
4.5 37Creio que esse documentário é o filme de duração mais longa que eu já vi até hoje. Apesar de extenso ele mantém a nossa atenção até o final. Mesmo que em diversos momentos ele pareça redundante repetindo informações e o diretor muitas vezes faça questionamentos aos seus entrevistados que não parecem ser relevantes. O documentário retrata o extermínio dos judeus na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial e investiga sob todos os ângulos o que aconteceu na época através de preciosos testemunhos de quem viveu os fatos. Achei que seria mais abrangente. Não são citadas, por exemplo, as cruéis experiências genéticas que médicos alemães submeteram os judeus nos campos de concentração nazistas. De um modo geral é uma obra definitiva sobre o holocausto (palavra que traduz o título original). Tudo aquilo mostrado nela é doloroso e revela o que de pior pode existir na humanidade. Mesmo não tendo sido para mim uma obra cinematográfica perfeita ela se revelou um registro de valor histórico inestimável e que deveria ser conhecido por todos.
A História de uma Mulher
3.5 3Mais um bom filme que eu conheço dirigido por David Lean. Mesmo não sendo tão marcante como outras obras do diretor esse filme foi realizado com a sua habitual competência e uma boa história que em alguns momentos me lembrou a do clássico literário "Anna Karenina" de Tolstói. Do elenco exemplar para mim se destacou Claude Rains mesmo não aparecendo muito em cena. Só me incomodou um pouco o caráter da protagonista cujas ações para mim pareceram na maior partes das vezes pouco plausíveis.
Segredos de um Escândalo
3.5 316 Assista AgoraEsse filme traz uma história que quanto menos se souber dela antes de assisti-lo mais impactante ela será. Ela trata de um tema polêmico, mas até certo ponto o filme consegue ser imparcial com o mesmo deixando para nós a tarefa de fazer o julgamento daquilo que vemos na tela. O resultado talvez não fosse tão bom sem um elenco tão afiado tendo à frente dele a talentosa dupla Julianne Moore e Natalie Portman, estando essa última em um dos melhores momentos da sua carreira. A grande surpresa acaba sendo Charles Melton que se sai bem em um papel difícil e crucial da história.
Por Quem os Sinos Dobram
3.6 45 Assista AgoraO filme como um todo traz um ritmo lento com uma história onde pouca coisa acontece, principalmente na sua metade inicial. A longa duração não ajuda muito. O roteiro também decepciona ao não se preocupar em informar quase nada sobre o contexto político e histórico que o filme retrata. Ingrid Bergman em seu primeiro filme a cores está bela como sempre e de cabelos curtos. Só que ela não convence nada interpretando uma moça de 19 anos quando já se aproximava dos 30. A sua personagem também irrita um pouco pelo excesso de submissão amorosa. Apesar disso foi indicada ao Oscar assim como também Gary Cooper, Akim Tamiroff e Katina Paxinou. Esta última, que para mim lembrou demais Ana Magnanni, acabou levando uma estatueta de melhor atriz coadjuvante. O filme é ambientado em belos cenários, tem algumas boas sequências de ação, mas na maior parte do tempo não traz grandes impressões. O que acaba prejudicando até a sua conclusão que foi menos comovente do que poderia ter sido.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 611 Assista AgoraAssim como o último trabalho de Martin Scorsese para o cinema essa produção tem uma duração de mais de três horas. Só que para mim ao contrário do anterior esse novo filme do diretor demorou muito a passar e teve resultado inferior. Tem como mérito revelar uma impressionante história real que com certeza a grande maioria desconhece. Ao mesmo tempo desperdiça essa história fazendo com que os indígenas pareçam figurantes nela quando deveriam ser protagonistas. Como diretor com certeza Scorsese já fez trabalhos muito melhores. A montagem é confusa e a trilha sonora é utilizada de forma incessante e excessiva. No elenco Leonardo DiCaprio e Robert De Niro fazem os bons trabalhos de sempre, mas quem acaba se destacando mesmo aparecendo pouco é Lilly Gladstone. Por ser de Scorsese o filme vai ser superestimado por muitos. Para mim foi uma experiência um tanto cansativa e de longa duração desnecessária que só foi válida pelo conhecimento dos fatos apresentados nela.
Frankenstein Tem Que Ser Destruído
3.4 9Um dos filmes mais originais da Hammer protagonizados por Peter Cushing como o barão de Frankenstein. A boa história, no entanto, acaba sendo prejudicada pelo ritmo um pouco arrastado do filme fazendo com que ele pareça mais longo do que realmente é. Não há nele a figura clássica do monstro construído a partir de partes de corpos por Frankenstein. O barão acaba sendo o grande vilão da história. Para realizar as suas experiências ele é capaz de cometer os crimes mais hediondos. Não está entre os melhores filmes da Hammer, mas ainda mantém o bom nível das produções do estúdio.
Vamos à América
4.1 3Uma comédia divertida e com uma história inspirada que merecidamente levou uma indicação do Oscar para melhor filme. Charles Laughton como de costume entrega uma grande atuação.
Por uma Vida Melhor
3.7 211 Assista AgoraUm dos trabalhos menos conhecidos do diretor Sam Mendes. Talvez por trazer uma história simples e sem grandes acontecimentos. O início parece pouco promissor, mas à medida que vamos conhecendo melhor o casal de protagonistas é difícil não simpatizar com eles e compartilhar as suas descobertas e incertezas em relação ao seu futuro. Também preciso destacar a boa trilha sonora e o ótimo elenco que conta com preciosas e curtas participações ao longo dele.