A excelência do roteiro está principalmente ligada ao debate sobre a culpa "de quem atende ordens", deixado em aberto. Não senti que joga pra nenhum dos lados, e isso é um feito!
Nem vou ficar falando das ótimas atuações de Liv e Ingrid. Ou do quanto os roteiros existencialistas do Bergman me agradam. O fato é que, das inúmeras reflexões que filme me instigou, com certeza a que foi mais fundo é o quanto este é um bom retrato do embate de quem pensa de forma complexa, e de quem procura enxergar as coisas de uma maneira mais simples (mesmo tendo capacidade de enxergar complexidade, apesar de não querer, de fugir, como é o caso da mãe). Viver de forma simples, sempre querendo o lugar cômodo pra si, sem levar os pensamentos para muito além de si mesmo... Resultam em grandes erros, grandes perdas, que as pessoas não chegam a se dar conta, simplesmente por não pensarem muito sobre isso, por não terem interesse em saber. O quanto se perde tratando a vida dessa forma?
Clichês bem colocados, teatralidade, didaticidade... Tudo se encaixa e diverte. Ri demais. O bom ritmo do roteiro, das atuações e da direção garantem uma empatia quase generalizada.
Como o Leão disse que aqui embaixo, a trilha dá o tom do filme. Angustia, agonia, sufocamento... Uma falta de perspectiva da personagem traduzida com excelência pela direção. Julianne Moore está ótima também. A construção de uma personagem de voz arrastada, tempo longo e cujo tempo é um vazio, deixa-a pouco atraente para a simpatia do espectador, mas, com o passar do tempo, depois de inúmeras vezes ter vontade de sacudí-la, você sente um certo pesar, uma pena, por seu infortúnio e por sua agoniante busca silenciosa de se entender.
Talvez a trama caminhe para um lado que pega os outros de surpresa, e isso os deixe um pouco frustrados. Mas eu, particularmente, acho que o final termina como um laço bem-dado na proposta do filme. E é absolutamente sintonizado com a ideia de uma vazio que precisa ser preenchido. Por nós.
Estéticamente lindo. Dá pra sentir certas técnicas de direção e fotográicas transbordando. MAAAAAS... Não sei se pela temática "vida de samurai", que não me atrai, eu sinto um certo exagero na aclamação do filme como um todo. É bom, porém não toca aquele meu âmago do retrato tocante, original e denso - tudo junto - de uma humanidade.
O filme provavelmente sensibiliza a maioria das pessoas pelo que parece ter sido o princípio da ideia de produzí-lo: uma mulher da Ciência na Antiguidade, que teve sua existência abafada por tudo que veio depois na História, e que, apesar de brilhante, passou por duras penas no final de sua vida por conta de uma guerra muito maior do que as religiões envolvidas. Os pontos fortes do filme, em termo de roteiro, no entanto, retém-se a isto e talvez à figura de Orestes, que em príncipio parece ser um personagem feito para não se gostar, e depois a mesa vira, e o seu dilema de fidelidade se torna uma das coisas mais angustiantes da trama. Mas, no geral, nada é de fato inovador. Sinto como se vários clichês de filme de época fossem agrupados, da vestimenta dos cristãos aos discursos de intolerância. Maniqueísmo, direção relativamente óbvia, construção simples da onda de ódio... A sensação é de que Amenábar perdeu a oportunidade de contar uma história com temas já exaustivamente explorados de uma forma mais particular, como talvez a história de Hypatia merecia.
Quando eu li sobre o "Efeito Rashomon" na psicologia, criei, indevidamente, uma expectativa sobre o quanto o roteiro potencialmente me supreenderia e instigaria. Fiz besteira. Criei uma ideia mais sofisticada do que realmente era. Talvez o crédito fique para a época, já q o filme é de 1950, e parte da minha concepção tenha vindo de coisas mais recentes e de textos muito sofisticados, como em "Herói", mas não deixa de tirar a sensação de que há um overrated.
A tentativa de pôr em questão o caráter do lenhador não é suficiente para tirar dele o ar de verdade. O que fica é que apesar dos 3 relatos (do ladrão, da mulher e da médium) entrarem em conflito e o juri não conseguir a verdade, o Efeito Rashomon é apenas dentro do filme, e a verdade para o expectador se revela com o lenhador
As imitações de Uma rua chamada pecado são o auge do filme pra mim. A visão do futuro oposta ao que se espera, e recheada de um debochado clichê também são bem legais. Mas há uns maneirismos no roteiro, bem figuradas pela irritante trilha sonora, que me fizeram sentir os minutos passarem lentamente.
Nicholson e boa parte do elenco estão ótimos! O que me ficou, no entanto, foi a velha questão da dúvida do que é louco, o que é saber viver e quem é que decide os limites disso. Há aqui uma opção de perspectiva.
Simpático. Além de não ser simplesmente uma reunião de pessoas marginalizadas e com características estranhas, já que tem a sua mensagem. Mas o prazer que dá o encanto da direção de Jeunet, eu sinto, é um pouco menos explorado do q em Amelie. Ainda que seja válido.
Metáforico e inspirador. Se você não quer ficar encontrando grande resposta, se diverte com as criações, especialmente as brincadeiras com as palavras. Se você estiver reflexivo, vai interpretar várias mensagens. Ou seja, arte pura de qualidade.
Sensível, expõe um padre em dúvida, porque nenhum espírito vive sem uma razão. Os nosso valores e interpretações são mesmo o que pensamos? Até quando algo é para alguém e até quando é para nós? Revisitar-se e acreditar na bondade... parece um bom jeito de viver!
Julgamento em Nuremberg
4.4 140 Assista AgoraA excelência do roteiro está principalmente ligada ao debate sobre a culpa "de quem atende ordens", deixado em aberto. Não senti que joga pra nenhum dos lados, e isso é um feito!
Sonata de Outono
4.5 492Nem vou ficar falando das ótimas atuações de Liv e Ingrid. Ou do quanto os roteiros existencialistas do Bergman me agradam. O fato é que, das inúmeras reflexões que filme me instigou, com certeza a que foi mais fundo é o quanto este é um bom retrato do embate de quem pensa de forma complexa, e de quem procura enxergar as coisas de uma maneira mais simples (mesmo tendo capacidade de enxergar complexidade, apesar de não querer, de fugir, como é o caso da mãe). Viver de forma simples, sempre querendo o lugar cômodo pra si, sem levar os pensamentos para muito além de si mesmo... Resultam em grandes erros, grandes perdas, que as pessoas não chegam a se dar conta, simplesmente por não pensarem muito sobre isso, por não terem interesse em saber. O quanto se perde tratando a vida dessa forma?
8 Mulheres
3.8 144Clichês bem colocados, teatralidade, didaticidade... Tudo se encaixa e diverte. Ri demais. O bom ritmo do roteiro, das atuações e da direção garantem uma empatia quase generalizada.
Mal do Século
3.6 98 Assista AgoraComo o Leão disse que aqui embaixo, a trilha dá o tom do filme. Angustia, agonia, sufocamento... Uma falta de perspectiva da personagem traduzida com excelência pela direção. Julianne Moore está ótima também. A construção de uma personagem de voz arrastada, tempo longo e cujo tempo é um vazio, deixa-a pouco atraente para a simpatia do espectador, mas, com o passar do tempo, depois de inúmeras vezes ter vontade de sacudí-la, você sente um certo pesar, uma pena, por seu infortúnio e por sua agoniante busca silenciosa de se entender.
Talvez a trama caminhe para um lado que pega os outros de surpresa, e isso os deixe um pouco frustrados. Mas eu, particularmente, acho que o final termina como um laço bem-dado na proposta do filme. E é absolutamente sintonizado com a ideia de uma vazio que precisa ser preenchido. Por nós.
Os Sete Samurais
4.5 404Estéticamente lindo. Dá pra sentir certas técnicas de direção e fotográicas transbordando. MAAAAAS... Não sei se pela temática "vida de samurai", que não me atrai, eu sinto um certo exagero na aclamação do filme como um todo. É bom, porém não toca aquele meu âmago do retrato tocante, original e denso - tudo junto - de uma humanidade.
Mister Lonely
3.8 104To tentando definir ainda o que senti. Mas soa como um vazio muito cheio, semelhante a essas pessoas que querem ser personagens.
Alexandria
4.0 583 Assista AgoraO filme provavelmente sensibiliza a maioria das pessoas pelo que parece ter sido o princípio da ideia de produzí-lo: uma mulher da Ciência na Antiguidade, que teve sua existência abafada por tudo que veio depois na História, e que, apesar de brilhante, passou por duras penas no final de sua vida por conta de uma guerra muito maior do que as religiões envolvidas.
Os pontos fortes do filme, em termo de roteiro, no entanto, retém-se a isto e talvez à figura de Orestes, que em príncipio parece ser um personagem feito para não se gostar, e depois a mesa vira, e o seu dilema de fidelidade se torna uma das coisas mais angustiantes da trama.
Mas, no geral, nada é de fato inovador. Sinto como se vários clichês de filme de época fossem agrupados, da vestimenta dos cristãos aos discursos de intolerância. Maniqueísmo, direção relativamente óbvia, construção simples da onda de ódio...
A sensação é de que Amenábar perdeu a oportunidade de contar uma história com temas já exaustivamente explorados de uma forma mais particular, como talvez a história de Hypatia merecia.
Rashomon
4.4 301 Assista AgoraQuando eu li sobre o "Efeito Rashomon" na psicologia, criei, indevidamente, uma expectativa sobre o quanto o roteiro potencialmente me supreenderia e instigaria. Fiz besteira. Criei uma ideia mais sofisticada do que realmente era. Talvez o crédito fique para a época, já q o filme é de 1950, e parte da minha concepção tenha vindo de coisas mais recentes e de textos muito sofisticados, como em "Herói", mas não deixa de tirar a sensação de que há um overrated.
A tentativa de pôr em questão o caráter do lenhador não é suficiente para tirar dele o ar de verdade. O que fica é que apesar dos 3 relatos (do ladrão, da mulher e da médium) entrarem em conflito e o juri não conseguir a verdade, o Efeito Rashomon é apenas dentro do filme, e a verdade para o expectador se revela com o lenhador
A Dança das Paixões
3.2 21\/ Nem tenho o que acrescentar, já que vimos juntos e assim fizemos a conclusão.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraNorma Desmond é icônica. Referência artística pra vida.
O Amor nos Tempos do Cólera
3.5 288Tem umas escolhas de sequência e direção que me desagradaram bastante. Mas é bonito.
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 284 Assista AgoraAdoro o quanto todos vêem e nada vêem.
Julia
3.7 49Gente, essa sinopse tá falando demais! Filme para as emoções.
A Corrida do Século
3.8 35 Assista AgoraSeria melhor se houvessem colocado mais corredores e não precisam enrolar na história pra deixar mais interessante.
Nosferatu
4.1 628 Assista AgoraA Genialidade da trilah sonora e do jogo de cores já valeriam o filme se não houvesse os momentos memoráveis.
O Dorminhoco
3.7 195As imitações de Uma rua chamada pecado são o auge do filme pra mim. A visão do futuro oposta ao que se espera, e recheada de um debochado clichê também são bem legais. Mas há uns maneirismos no roteiro, bem figuradas pela irritante trilha sonora, que me fizeram sentir os minutos passarem lentamente.
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraNicholson e boa parte do elenco estão ótimos! O que me ficou, no entanto, foi a velha questão da dúvida do que é louco, o que é saber viver e quem é que decide os limites disso. Há aqui uma opção de perspectiva.
9: A Salvação
3.6 699 Assista AgoraSimpático, mas clichê e óbvio. Pequenas ideias legais de roteiro, vale mais pela concepção artística.
Quero Ser John Malkovich
4.0 1,4K Assista AgoraInstigante e inspirador. Tem a capacidade de deixar você confuso mesmo entendendo a história inteira.
MicMacs - Um Plano Complicado
3.9 161 Assista AgoraSimpático. Além de não ser simplesmente uma reunião de pessoas marginalizadas e com características estranhas, já que tem a sua mensagem. Mas o prazer que dá o encanto da direção de Jeunet, eu sinto, é um pouco menos explorado do q em Amelie. Ainda que seja válido.
Lembranças de Hollywood
3.4 59 Assista AgoraMeryl canta, atua, é um ser humano magnífico. Meryl é absoluta.
A Antena
4.1 79 Assista AgoraMetáforico e inspirador. Se você não quer ficar encontrando grande resposta, se diverte com as criações, especialmente as brincadeiras com as palavras. Se você estiver reflexivo, vai interpretar várias mensagens. Ou seja, arte pura de qualidade.
Cartas ao Padre Jacob
3.9 26Sensível, expõe um padre em dúvida, porque nenhum espírito vive sem uma razão. Os nosso valores e interpretações são mesmo o que pensamos? Até quando algo é para alguém e até quando é para nós? Revisitar-se e acreditar na bondade... parece um bom jeito de viver!
O Último Mestre do Ar
2.7 2,1K Assista AgoraÉ simpático, um clichê gostoso de assistir, mas não espere por um grande épico, complexo e viril