Pode parecer brincadeira, mas ela sofre da síndrome de pica. Não sou nenhum especialista da área, nem saberei explicar corretamente o que se passa psicologicamente com essa personagem, a Hunter. Mas eu achei uma artigo [em inglês] muito interessante sobre o assunto. Para quem tiver curiosidade em saber mais, o artigo está disponível no site Hindawi, sob o título "Intentional Foreign Body Ingestion: A Complex Case of Pica".
Pelo que eu entendi, "Pica" é o diagnóstico psiquiátrico para a ingestão intencional de objetos externos não nutritivos, sendo observado em pessoas diagnosticadas com deficiência intelectual ou doença psiquiátrica. No caso da Hunter, acredito que esse transtorno possa ter origem na história de sua vida, com o fato de ela ter sido filha de um caso de estupro e uma infância possivelmente traumática, apesar dela ter comentado em suas sessões que ela teve uma infância boa.
O filme aborda vários aspectos dessa síndrome. Particularmente, conheço de perto a "Geofagia" [que é um tipo de pica], sendo o impulso por ingerir terra ou elementos do solo. Minha mãe me relatou que durante a gravidez do meu irmão, ela teve o desejo de comer terra. E ela comeu. Pesquisei um pouco sobre o assunto e percebi que mulheres grávidas podem aflorar esse transtorno devido à insuficiência de ferro no organismo. Daí aquela cena, onde a sogra da Hunter ajuda ela a preparar suplementos alimentares a base de ferro, para "equilibrar o organismo".
Como a síndrome da personagem persistiu mesmo com esses cuidados médicos e nutricionais, ficou um tanto óbvio que o que lhe faltava era amor. Alguém para abraçá-la, alguém para conversar sobre sua vida e fazê-la se sentir parte de algo, de uma família.
O que me ficou de mais importante do filme, é que ao nos relacionarmos, seja com quem for, devemos amar de verdade. E amar é demonstrar, é se importar, é olhar nos olhos e dizer o quanto aquela pessoa é maravilhosa. O amor ajuda a curar muitas dessas coisas que nem sabemos o nome ainda.
É muito "óbvio". Esse é um conto sobre como o capitalismo é a raiz dos problemas que envolvem a estrutura da sociedade. Usando um poço vertical como alegoria nessa distopia social, o filme mostra uma verdadeira carnificina gastronômica, onde há três níveis: os de cima, os de baixo e os que caem. Um subtítulo ao filme poderia ser: "Seja-bem vindo ao mundo real a thread!"
- Goreng: "Temos que racionar a comida para que ela chegue nos níveis mais abaixo". - Trimagasi: "Você é comunista? Os de cima não vão ouvir um comunista".
Achei muito curioso como o senhor Trimagasi conta para o recém chegado Goreng como ele foi parar no "poço". Ele começa sua história contando sobre como ele adquiriu sua faca Samurai Max, uma faca super afiada que cortava até tijolos (eu ri muito nessa parte). "E de fato, ela cortava", disse ele.Tempos depois, estavam anunciando na tv outro tipo de faca, a Samurai Plus. Esse diálogo entre eles é uma crítica ao consumo exacerbado e à produção desenfreada do sistema capitalista. Toda semana surge uma nova marca do mesmo produto: geladeira ultra hiper mega potente. Celular Plus Max de Bateria Mega durável... Essas palavrinhas são propositalmente usadas. John Carpenter nos mostra muito bem isso em seu filme "Eles Vivem" (1988).
Eu até pensei que esse filme espanhol fosse inspirado no curta-metragem "Próximo Piso", do Denis Villeneuve. Mas na verdade são só duas peças que fazem críticas similares: as elites festejam incansavelmente, sempre exigindo ser atendidas, arruinando sociedades e países inteiros e não se preocupando em ficar "sujas" enquanto seus prazeres e desejos estiverem sendo atendidos.
- Algumas questões que me ficaram em aberto, mas que talvez o filme não precisasse responder para que sua mensagem fosse passada:
• A plataforma chega até o nível 333. Por que justamente nesse número quebrado? Por que não no 350 ou 400? Já sabemos pelo senhor Trimagasi que no nível 132 já não chegava comida nenhuma. Talvez a ideia do poço fosse outra, além daquele que a Imoguiri pensou que fosse, o de transformar as pessoas para que elas aprendessem a ter "solidariedade espontânea". Qual o sentido real da existência desse poço? Controle populacional?
• Como a plataforma funciona descendo e subindo os níveis sem usar as leis de Newton? Eu jamais saberei.
• Como o sistema detecta que alguém pegou alguma comida ou garrafa com bebida, sem consumir enquanto a plataforma ainda está no respectivo andar?
• Como animais conseguem entrar e como crianças também? Imoguiri escolheu levar seu cachorrinho Ramessés II (Goreng escolheu um livro e Trimagasi escolheu a faca Samurai Plus), mas ela tinha certeza de que crianças não poderiam entrar (menores de 16 anos), já que ela mesma trabalhou para os "administradores". Como e por que o sistema foi burlado e uma criança conseguiu entrar no poço?
• Sabemos que há classes de trabalho para a manutenção desse poço. Pessoas que trabalham para a produção de alimentos; outros monitoram se os alimentos estão em perfeito estado; outros se encargam de entrevistar "candidatos" para entrarem no poço; também há aqueles que são responsáveis por fazer a troca das pessoas de plataforma todos os meses. Pessoas que planejaram, projetaram e construíram esse sistema vertical. Alguns vão para o poço de forma voluntária, outros como forma de punição. Já sabemos, pelo próprio filme, que a tal "solidariedade espontânea" não existe nesse sistema do poço. Talvez sua função fosse a de controle populacional, mas não seria mais econômico e/ou mais eficaz de fazer isso por outras formas, do que nesse poço? [se o real motivo da existência desse poço fosse o controle populacional].
• Não é mostrado, direta ou indiretamente, se alguém realmente consegue sair do poço. Mas supondo que alguém conseguisse completar esse 1 ano lá dentro, essa pessoa seria reinserida nessa sociedade distópica do filme? Ou eles seriam expurgados?
• A maior pergunta de todas: o que acontece quando a menina chega no nível 0?
Talvez Freud começaria explicando essa peça de Robert Eggers pelas frustrações sexuais dos personagens, que isolados numa ilha remota da Nova Inglaterra do século XIX, buscam a compensação sexual aonde podem encontrar, como por exemplo a sereia esculpida na madeira, [spoiler alert] usada também como objeto de masturbação. Mas o que desencadeou a decadência do personagem Ephraim Winslow?
“O roteiro dizia que o farol parecia um pênis ereto.” – Robert Pattinson
O uso moderado do humor escatológico [como os peidos do personagem de Dafoe, certamente como humor e exibição deliberada de poder], até que combina com a estética elegante e o uso do preto e branco para retratar o cenário vintage de isolamento. O filme também brinca propositalmente com a tempestade psicológica de Ephraim Winslow. Nota-se no decorrer do filme que vai ficando cada vez mais difícil de distinguir o real do imaginário em sua mente. E quando a noção de realidade é perdida, então lentamente, observamos uma dinâmica de enlouquecimento.
A tal compensação sexual pode ser um subterfúgio para a falta de sentido existencial do personagem. Quando a estadia de Winslow é prolongada quando uma tempestade atinge a ilha, o único sentido possível de compartilhar mais um dia de sua existência ao lado de Thomas Wake nesse lugar, é poder ver com seus próprios olhos o que há de tão instigante no Farol.
O filme pode nos guiar a acreditar que muito do que Winslow experienciou foi fruto de sua imaginação, como a sereia e os tentáculos do kraken. Robert Eggers também brinca com a superstição marítima, quando Thomas Wake fala que matar uma gaivota traz má sorte. E quando Winslow literalmente faz isso, ficamos esperando pelo mau agouro trazido na superstição. Ela, então, se realiza.
Acredito que Ephraim entrou em decadência ao negar o espaço ao lado de Thomas Wake, que ao longo do tempo, ficou semelhante ao seu antigo chefe. Daí a dificuldade dele em encontrar um emprego decente, como ele mesmo pontua em alguns momentos. A repulsa entre os personagens é natural do confinamento, mas o passado obscuro e misterioso de Ephraim acentua ainda mais a luta de “quem domina mais”.
Seguindo a linha teórica de Viktor Frankl, de que a neurose individual pode ser, em alguns casos, a expressão da recusa da espiritualidade, eu acredito que, após a tempestade e ter perdido a noção do tempo, Winslow buscou pelo sentido de existir mais próximo dos seus anseios, que era cumprir com o papel do qual ele foi contratado, o de cuidar do Farol. E isso lhe foi renegado desde o início por Wake. Portanto, ele se objetiva a observar o Farol de perto, a todo custo. Mesmo que isso custe a vida de Wake. E esse é o seu maior propósito naquele momento. Quando ele chega lá, e tem uma experiência única, a luz do farol lhe traz um significado transcendental. Isso supre um dos anseios do ser humano, que é o desejo e a vontade de "sentido". Ele o encontra. E fim. Uma pena que vira comida de gaivota.
Seu documentário está longe de uma produção que agrega conhecimento além daquele que já vem sendo divulgado em outras peças. "Alô, Privilégio? É a Chelsea" serve mais como um retrospecto de um pedaço da vida da comediante, especialmente quando ela reencontra seu namorado da adolescência, o Tyshawn, homem negro, que esteve preso por 14 anos.
[vale lembrar que o sistema prisional norte-americano é outro ponto importante no debate sobre privilégio branco e racismo, onde outro documentário da Netflix, "13ª Emenda", aborda esse tema com muita importância].
Chelsea Handler traz humor em todas as suas peças, seja em stand-up, seu talk show, ou documentários. Esse seu novo material faz com que as pessoas que se beneficiam do "privilégio branco" prestem a atenção nas nuances que é nascer de pele cor branca, numa sociedade norte-americana onde em meados de 2017 teve uma marcha supremacista em Charlottesville, no Estado da Virgínia; uma sociedade que, embora já tenha elegido 1 presidente negro, é a mesma sociedade que convive com o fato de que o grupo KKK ainda está operando, ativo, supimpas. Não vamos esquecer daquela reportagem que saiu na BBC Brasil: David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, elogia Bolsonaro - 'Ele soa como nós'. Gente, que belo tapa na nossa cara! [digo isso pelo fato de o Brasil ser o segundo país em população negra do mundo, apenas atrás da Nigéria].
Chelsea conversa com alguns de seus colegas comediantes, como Kevin Hart e Tiffany Haddish. Ela também conversa com alunos da Universidade do Sul da Califórnia. Também conversa com mulheres brancas, ligadas ao partido Republicano, que em suas opiniões, "não há privilégio branco nos Estados Unidos".
O momento mais importante, ao meu ver, foi quando Chelsea vai ao Memorial Nacional pela Paz e Justiça, em Montgomery, Alabama, que trata de registrar as memórias sobre os linchamentos de negros, entre 1880 até 1950. Inevitável não comparar com o memorial do holocausto. Isso tudo faz parte da história da humanidade.
Nunca imaginei que esse filme fosse dirigido por um youtuber e brasileiro: Jônatas de Moura Penna (Joe Penna). Comecei assistindo sem muitas pretensões. Tem certos filmes que são feitos para momentos contemplativos. Esse é um deles. Estava com tempo, disposição e paciência para a arte de observar o vazio. É disso que o filme se trata: você, o nada e seus pensamentos. O frio do Ártico ajuda muito a se sentir vivo, pois acredito que uma média de -40 ℃, a única coisa que da pra sentir no próprio corpo é o coração batendo. Nada mais humano do que sentir sua própria pulsação na imensidão do frio e do vazio.
Esse é um filme que traz uma bonita mensagem de perseverança, então vale a pena!
Baseado em fatos verídicos, Kursk recria o desastre do submarino nuclear russo, de 2000. Devido à alta potência dos mísseis que eles transportavam, uma grande explosão na proa do submarino faz com que os marinheiros fiquem perdidos no fundo do mar. Os membros da tripulação que sobreviveram devem buscam ajuda junto à Marinha Russa, que recebe ajuda da Marinha Americana.
O filme se assemelha muito a série Chernobyl, que retrata o desestre da explosão da usina nuclear de Pripyat, na Ucrânia: pressão psicológica, negligência das autoridades em reconhecer os danos, mortes e consequências. O resultado final em ambas as peças são famílias destruídas pelo triunfo entre as rivalidades político-econômicas. Imperdível!
Dando continuidade ao filme "A Garota dos Seus Sonhos" (1998), aqui em A Rainha da Espanha, a atriz Macarena Granada (interpretada por Penélope Cruz) é a joia das atrações cinematográficas da Espanha de Francisco Franco, ditadura essa que controlou toda a produção cinematográfica da Espanha entre 1939 e 1975.
A história começa em meados de 1950, durante a ditadura franquista. Com o final da Segunda Guerra Mundial e o estreitamento da relação entre os Estados Unidos e a Espanha, produtores americanos decidem produzir um filme sobre Isabel, a primeira rainha da Espanha. Sem uma história muito complexa, mas com diálogos recheados de humor e sátira [somando-se a beleza e talento de Penélope cruz], essa peça nos demonstra que cinema é crítica política desde sempre.
Se vier a existir um terceiro filme para continuar esse entretenimento, gostaria muito que a musa dos olhos pudesse viver uma personagem em decadência, ao melhor estilo de "Noites de Cabíria" ou "Oharu - A Vida de Uma Cortesã", uma diva decadente e iludida pelo glamour e pelo amor de seus affairs. A tragicomédia espanhola, ao meu ver, funciona muito bem. Soa como uma grande apresentação de palco dos antigos filmes brasileiros que também retratavam o cinema dos períodos ditatoriais.
A Vida invisível de Eurídice Gusmão recebeu hoje o prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar), em Cannes.
"Eu queria também dizer que a gente está passando um momento no Brasil onde a intolerância é algo que é muito forte. As ameaças contra a educação, e a criatividade e a cultura e a diversidade são gigantescas" - diretor Karim Ainouz.
DISCURSO FODA! O cinema brasileiro ta vivo e bem representado!
Uma agradável surpresa nesse fim de ano. Acredito que o intuito do filme não é explicar a origem das coisas, mas mostrar como os personagens reagem aos acontecimentos propositais e aleatórios durante esse cenário pós-apocalíptico.
Gostei que os personagens tomam atitudes coerentes e com um significado por trás de suas ações, por mais simples que as cenas fossem (o que não ocorre em alguns filmes do mesmo gênero):
- o casal que foge no meio da madrugada e rouba o carro; (o filme seria outro se o carro ainda estivesse com o pessoal da casa)
- a moça que abre a porta para o estranho entrar; (buscando retribuir o gesto que fizeram com ela... na verdade, o filme seria outro se a grávida loira não fosse tão impulsiva).
- a decisão de morar no mercado ou voltar para levar comida aos demais. (o filme seria outro se eles dessem mais ouvido ao personagem do John Malkovich).
O filme, ao meu ver, se distancia de A Quiet Place (como muitos têm comparado) pelo contexto ser absolutamente diferente. Emily Blunt e John Krasinski tinham a opção de construir uma vila repleta de acessibilidades para a sua sobrevivência, com câmeras, com alarmes, sistema de monitoramento, auto subsistência (estavam protegidos de alguma forma e tinham a chance de revidar ou se salvar, caso necessário). Já aqui em Bird Box, por mais que a personagem da Sandra tenha conseguido construir uma casa aconchegante para abrigar as crianças e viver o tanto que desse com Tom, a qualquer momento aquelas pessoas loucas poderiam aparecer e derrubar a casa. Esse fator surpresa não existe em A Quiet Place, tornando o roteiro aqui um plano fértil para a "fantasia", já que o inimigo (aquela coisa desconhecida) não tem forma, não tem um padrão de comportamento, não há nada em que nós possamos confiar (nem mesmo naqueles desenhos feitos pelo deficiente mental.. aquelas formas são reais ou fruto da mente doente dele?). Em A Quiet Place nós vemos o inimigo, sabemos como eles atacam e o motivo do ataque (embora não saibamos outras questões). Aqui não há previsibilidade, pelo menos não nesse primeiro filme.
Gostei bastante das decisões tomadas pela personagem da Sandra Bullock. Aquela cena em que ela conversa com as crianças sob o rio e ela diz que vai escolher um deles para "olhar"... nossa, que agonia! (escolha de Sofia). Ela fez a escolha certa, mesmo que isso pudesse custar a vida de todos. Eu, particularmente, acredito que mesmo em um mundo hipotético pós-apocalíptico, a ética/ moral humana elevada deve prevalecer sempre, pois é isso que nos torna diferentes, é a nossa capacidade e habilidade de poder tornar o mundo melhor. É esse sentimento que faz eu torcer pelos personagens e querer que eles consigam chegar ao seu destino, em algum lugar seguro, longe do caos.
Como muitos fãs chegaram ao miraculoso ano de 1935 como data de nascimento de Minerva McGonagall? Postulando, portanto, que a própria autora estava errada ao introduzir Minerva no filme. Vamos lá:
Não há em nenhum lugar dos cânones de Harry Potter, nem no Pottermore, nem no Twitter de J.K. Rowling, que nos informe a data precisa do ANO DE NASCIMENTO da professora Minerva. Há, apenas, a informação precisa de que ela nasceu em 4 de Outubro.
O possível "erro" que muitos apontam no filme, dizendo que a própria autora desconhece de sua própria obra, colocando Minerva em Os Crimes de Grindelwald como um "fan service" para agradar seu público, não é verdadeiro.
Em Harry Potter e a Ordem da Fênix, durante os interrogatórios de Dolores Umbredge, a "Alta Inquisidora" questiona professora Minerva sobre seu tempo de serviço em Hogwarts. A professora responde dizendo: 39 anos.
Isso bastou para que muita gente encarnasse o meme da Nazaré e começasse a fazer os cálculos: O quinto livro se passa em 1995. Minerva disse que trabalha em Hogwarts há 39 anos. Isso significa que ela começou a trabalhar na Escola em 1956.
Somemos isso ao fato de que J.K. Rowling, no Pottermore, escreveu que professora Minerva ocupou um cargo no Ministério da Magia por 2 anos, até ser chamada a lecionar em Hogwarts.
Se minerva terminou a escola aos 18 anos, entrou para o Ministério aos 19. Dois anos trabalhando lá, então ela tem 21 anos em 1956. Então ela só pode ter nascido em 1935! Pronto! Chegamos ao número que muitos estão falando!
O que está passando despercebido pelos nossos olhos? 1 - Quem disse que Minerva trabalhou 39 anos consecutivos em Hogwarts? Todo esse cálculo é baseado na premissa de que ela nunca deixou de dar aula na Escola durante esses 39 anos. Vamos lembrar que professor Horácio Slughorn deu aula em Hogwarts, saiu da escola, e depois Dumbledore o chamou novamente para dar aula. É absolutamente razoável que professora Minerva tenha nascido antes de Newt sim!
Não acredito que J.K. Rowling tenha se enganado com um fato tão importante assim. Eu apenas trouxe uma visão diferente do que achamos ser uma verdade absoluta. Agora, sobre Aurélios Dumbledore... preciso de mais tempo para reler os livros e tentar entender as nuances! :D haha
Quem disse que Batilda Bagshot, ao ajudar a escrever "A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore", não omitiu alguma valiosa informação?
Eu simplesmente amei esse filme! Newt tem o seu próprio glamour, por ser humilde, respeitoso, amante da natureza e tem o mesmo objetivo que Dumbledore: ajudar a construir um mundo bruxo melhor, dentre os seus próprios potenciais. Achei esse filme muito melhor do que o primeiro e repleto de informações que ajudam a moldar melhor o mundo da magia: novos feitiços, novos animais, confirmações de teorias levantadas pelos próprios fãs, novos bruxos, novos lugares mágicos...
Teremos a oportunidade de receber o próximo filme no Rio de Janeiro. Ninguém melhor do que Newt Scamander para visitar o país tropical, especialista em tudo aquilo que ele mais ama: a natureza! Estou bastante ansioso e feliz de ver a história que consagra a Lufa-Lufa com seu personagem principal nessa franquia (depois de Cedrico Diggory, em Cálice de Fogo), mesclando novas culturas e novos personagens.
Compreendo os possíveis "erros" levantados acerca da professora Mcgonagall aparecer [sendo que o próprio Newt é, pela biografia, mais velho que ela] e da surpresa final: Credence é Aurelius Dumbledore?
Lembrando que a autora J.K. Rowling introduziu as relíquias da morte apenas no último livro, não sabíamos de tais artefatos nos livros anteriores. Então eu acredito que essa informação "Credence é Aurelius Dumbledore" possa ser algo realmente novo [como ela fez com as relíquias]. Pode ser alguma nova ramificação da biografia de Percival ou Kendra. Mas quem disse que Batilda Bagshot, ao ajudar a escrever "A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore", não omitiu uma possível informação de um quarto irmão chamado Aurelius? [acho isso absolutamente crível], pois essa é a premissa: que Batilda falou a verdade na biografia. Nós acreditamos na veracidade da biografia de uma historiadora [a mais respeitada do mundo bruxo, claro], mas quem disse que ela não possa ter omitido alguma informação para Rita Skeeter? [não faz sentido Rita omitir alguma coisa, pois o job dela era quanto mais bapho no mundo bruxo melhor] - [quero acreditar nisso, pois ficaria muito chateado em perceber que Grindelwald possa ter mentido, apenas como um cliffhanger usado pela autora/ roteirita.
- Se for verdade o que Grindelwald disse para Credence, que ele é um Dumbledore, como ele sabia dessa informação? Vamos lembrar que Batilda Bagshot era amiga e vizinha da família Dumbledore, mas também era tia-avó de Grindelwald! [senta aqui, meu netinho, no colinho da vovó, tenho uma coisa pra te contar!].
- Achei que foi pouco explorada a participação de Nicolau Flamel [extremamente caricato] e de Nagini no filme. Achei que teriam uma função maior do que a de figurantes. Nagini, então, entrou muda e saiu calada. Nem a língua das cobras conseguiu fazer. Complicado.
- Não esperei ver a escola Beauxbatons ser abordada, assim como Ilvermorny não apareceu no primeiro filme. Mas gostei bastante de ver o Ministério da Magia francês. Assim como rever o Ministério da Magia britânico.
- Muitas cenas dos trailers foram descartadas do filme, o que é um desperdício, pois há tanto material complementar importante. Uma pena.
- Pontos positivos na evolução do casal Tina e Newt. A cena mais legal do filme, ao meu ver, foi a que eles conversam dentro do Ministério da Magia, na França. [Olhos de salamandra hahaha].
- Na cena do discurso [brilhante] de Grindelwadl, vemos muitos casais se separando: Queenie e Jacob; Nagini e Credence; Leta e Theseus... exceto pelo casal Tina e Newt.
- O que foi o Pelúcio saindo daquele fogaréu, todo manco?? gente, tadinho.
- Me incomodou muito o circo Arcanus aparecer apenas 5 min e depois aquela multidão que estava de platéia sumir do nada. Sobrando apenas Tina e Yusuf Kama naquela cena em que ele aborda ela na rua vazia. Poderiam ter colocado os figurantes se dispersando pelas ruas. Seria um caos mais convincente.
- Destaque para os animais Fantásticos desse filme: Zouwu, o animal chinês que tem aquela juba que brilha muito incrível [aquela cena do chocalho ficou muito legal]. Cavalo-do-Lago também trouxe cenas aquáticas incríveis [combinando com o tema de abertura do logo da Warner que veio com um theme aquático, se notarmos. Porém, o animal Kappa, que apareceu com destaque nos trailers e no filme não rendeu nada. Desperdício.
- E por fim, só pra esclarecer para alguns que talvez não saibam: Leta Lestrange não é parente de Bellatrix Lestrange, pois Bella é da família Black [prima de Sírius]. Bella se casou com Rodolphus Lestrange. Ele sim é parente de Leta.
Saiu o trailer, pessoal!! O filme certamente vai ser incrível! Olha que primor de trailer: [https://www.youtube.com/watch?time_continue=146&v=-3jsfXDZLIY]
- Precisamos de 3 litros de água para produzir 1,5 litros de água mineral. - É necessário 40 litros de água para produzir 1 pé de alface. - 140 litros de água para produzir 1 copo comum de café. - 185 litros de água para produzir 1 kg de tomates. - Precisamos gastar 330 litros de água para produzir 1 pão baguete. - 960 litros de água para produzir 1 garrafa de 1 litro de vinho. - É necessário 1000 litros de água para produzir 1 kg de maçãs. - 1100 litros de água para produzir 1 litro de leite. - 1900 litros de água para produzir 1 kg de macarrão (tipo espaguete). - Precisamos gastar 3400 litros de água para produzir 1 kg de arroz. - 11 mil litros de água gastos para produzir um par de calça jeans. - Gastamos 15 mil litros de água para produzir 1 kg de bife de carne bovina. [todas essas informações estão contidas no trailer também].
"Uma família europeia de 4 pessoas, consome 140 mil litros de água por semana (toda a semana). Mas a água também está faltando, desesperadamente, para 1 bilhão de pessoas no mundo".
Acredito que a mudança na perspectiva, na forma de ver o mundo e na forma como interagimos com o mundo pode mudar a realidade de muitas pessoas, direta e indiretamente. O estilo de vida é o carro-chefe de toda essa demanda.
Não há recursos naturais disponíveis para sempre. Devemos aprender a reciclar, a reutilizar e respeitar os recursos provenientes da natureza. Uma pequena mudança no estilo de vida que levamos contribui muito lá no futuro.
O conhecimento não serve de nada a não ser que se ponha em prática - Anton Tchekhov
Deixa eu arrumar essa sinopse: Cenas claustrofóbicas com diálogos vazios e personagens enclausurados na linha de frente da Primeira Guerra Mundial, onde a "trajetória do herói" tem um menino quase perdido nesse exército liderado por um alcoólatra. - o filme é todo assim. Se você gostou disso, parabéns! Coragem, porque noção...
Por ser um filme baseado na obra "The Grandmothers", da vencedora do prêmio Nobel de literatura, Doris Lessing, eu esperava bem mais. A história não é de todo o ruim. Somos surpreendidos com cenas do tipo: Oh My God! [bem Janice de Friends]. Há cenas do tipo: sério? é isso mesmo, produção?
Não há uma fotografia maravilhosa [apesar de que cairia bem nesse filme, pois ele é todo estilo praieiro, paradisíaco, sensual, sublime...]. Também não tem aquela trilha sonora que faz a gente embarcar na loucura dos personagens, mesmo eles fazendo aquela cagada que a gente condena na vida real [pois é, não isso tem aqui também].
O que me chamou a atenção no filme foram os plots [que tem aos montes]. Isso vai nos guiando até um final surpreendente.
Saiu o trailer!!! [https://www.youtube.com/watch?v=Y1GcEagzTDg] Gente, vocês não acham a Margot Robbie nesse trailer a cara da Rainha de Copas, em Alice no país das Maravilhas? hahah
O documentário aborda um tema extremamente relevante para os dias atuais. Pra complementar o conteúdo: "Copenhagen Fashion Summit 2014" - Esse é o nome do evento [que tem no YouTube] em que a Livia Firth [que aparece no documentário] faz crítica às marcas de roupas. Em 10:15 do vídeo, a representante da marca H&M começa a expor sua visão. Em 21:20, a Livia começa a expor a sua [a mesma defendida no documentário]. E elas entram em conflito. O que é interessante de se ver. Não pelo "barraco", mas como ambas defendem fortemente suas causas.
Quem ganha essa disputa: Animes feitos com desenhos à mão Vs Animes computadorizados? [fica aqui a semente pra nossa reflexão]. De qualquer forma, eis aqui um excelente exemplo de que animes feitos com desenhos à mão são lindos de se verem! O cometa de nome Tiamat [que me lembrou de imediato o dragão de cinco cabeças do desenho A Caverna do Dragão] é o fenômeno que rompe com a realidade física e aborda o aspecto de ficção científica, o que foi muito legal de acompanhar. Your Name, além de nos guiar pelas aventuras de dois jovens que trocam de corpos em situações de humor, também nos agracia com uma inteligente imersão cultural japonesa, como a produção milenar do saké. Adorei!
Um Lugar Silencioso, por fora. Gritante, por dentro. A Quiet Place se passa 89 dias após o "evento" que ocasionou o surgimento daquelas criaturas. Teríamos um filme completamente diferente se ele se passasse no dia 1 [caos total, provavelmente. Talvez o nome do filme fosse A Loud Place]. Observamos uma família organizada, unida e focada em manter e restabelecer a humanidade que ainda resta naquele lugar. Seja com jogos de tabuleiro com peças tricotadas pela mãe, seja com um passeio na mata na companhia do pai, ou por um jantar em família! O filme também acerta ao trazer uma atriz deficiente auditiva para um papel do qual requer tal característica. E isso torna o filme ainda mais realista com o seu plano de fundo.
- Na sala secreta que o John Krasinski proibiu a filha de conhecer, tem um quadro com perguntas sobre os "monstros" e algumas características: Características confirmadas: os monstros são cegos e atacam o que que faz barulho. As dúvidas deles: Quantas dessas criaturas existem? Eles são organizados? Porque eles não comem o que matam?
- Bom, sabemos que os tais monstros não comem o que eles caçam. Mas o filme não explica o motivo disso. Nem como a eletricidade ainda é gerada, nem como eles possuem armamento, nem como as outras famílias vizinhas conseguem sobreviver. Mas acredito que essas explicações podem ser levantadas em uma possível continuação do filme. O foco aqui é nos introduzir à sobrevivência de uma família [o que por si só já renderia uma série melhor do que The Walking Dead - fazendo um comparativo entre cenários de sobrevivência].
- Porque eles não vigiaram o filho pequeno, lá no início do filme? Sabendo que qualquer barulho razoavelmente alto poderia atrair aquelas criaturas [e eles já sabendo disso], o menino, sem que os pais vissem, pega um brinquedo que tem musiquinha! Todo o cuidado e engenhosidade do casal em construir um lugar seguro, fica um pouco descreditado quando eles "esquecem" de segurar aquele menino pela mão do início ao fim do passeio [as crianças, as vezes, não possui o mesmo senso de realidade que os adultos. Pra ele, era só um foguete legal].
Duas estrelinhas para a atuação do menino Tyler, que conseguiu se destacar em um filme de direção ruim, um plot batido e um roteiro pior ainda [com premissas fracas e sem pé nem cabeça]. Deu pra dar algumas risadas também.
- Como é que os netos nunca viram a foto dos avós antes de visitá-los? - Se a mãe das crianças não falava com seus pais, como os dois foram parar na casa dos "falsos avós"? - Porque dois jovens espertos permanecem na casa de dois idosos estranhos [depois deles saberem que aqueles não eram seus avós de verdade e que eles matavam pessoas?] Pega a mala e cai fora, tchê!
O filme nos inunda com a síntese máxima de amor ao próximo. Observamos pessoas dispostas a arriscarem suas vidas pela vida do outro. É um filme sobre superação, força e coragem. Uma aula de humanidade! De tudo aquilo que se deve negar e tudo aquilo que se deve resgatar... para que tantas outras gerações não precisem contar histórias como essa novamente.
É o tipo de drama que faz questão de prolongar a dor e o sofrimento dos personagens... e não de uma forma que me atraiu. Não sei vocês, mas eu não consegui me conectar com ninguém. Michelle Williams era a única figura feminina de peso no filme e não souberam aproveitá-la, ao meu ver. A experiência de assistir a um filme que nos guia ao sofrimento, tem seu personagem principal interpretado por um ator que parece ser indiferente a ele, me soou desagradável em alguns momentos. Se alguém souber essa parte do filme, por favor, me ajude:
O irmão do Lee Chandler (interpretado pelo Casey Affleck) morre. Ao longo do filme, vamos nos deparando que o sofrimento de Lee é bem maior do que esperávamos [Não posso imaginar como é a dor de perder os filhos em uma casa em chamas]. Lee, além de carregar a dor de uma vida marcada por acontecimentos dolorosos, se depara com a responsabilidade de cuidar de seu sobrinho. Aqui é que consiste a minha dúvida. Na verdade, nem é tanta responsabilidade. Afinal, o rapaz estava quase adulto. Por qual motivo Lee não quis ajudar seu sobrinho e se mudar para a cidade dele? Ao meu ver, essa seria uma boa oportunidade dele resgatar o afeto e o amor pelo resto da família que ainda sobrou. Qual o motivo dele querer negar veemente essa nova fase de sua vida?
Esse é aquele filme que foi um fracasso nos cinemas e um sucesso na Netflix?
A grandiosidade trazida no filme Ex Machina [que inclusive ganhou o Oscar de melhor efeitos visuais, em 2016] pelo diretor Alex Garland, deixou a desejar aqui em Aniquilação. Particularmente, nem a fotografia do filme me agradou. Tais efeitos com cores artificiais me soou como um filme fantasia do que de ficção científica. A qualidade na atuação das atrizes escaladas pode ser questionada também. Esperava bem mais.
Devorar
3.7 366 Assista AgoraSolidão, né minha filha?
Pode parecer brincadeira, mas ela sofre da síndrome de pica. Não sou nenhum especialista da área, nem saberei explicar corretamente o que se passa psicologicamente com essa personagem, a Hunter. Mas eu achei uma artigo [em inglês] muito interessante sobre o assunto. Para quem tiver curiosidade em saber mais, o artigo está disponível no site Hindawi, sob o título "Intentional Foreign Body Ingestion: A Complex Case of Pica".
Pelo que eu entendi, "Pica" é o diagnóstico psiquiátrico para a ingestão intencional de objetos externos não nutritivos, sendo observado em pessoas diagnosticadas com deficiência intelectual ou doença psiquiátrica. No caso da Hunter, acredito que esse transtorno possa ter origem na história de sua vida, com o fato de ela ter sido filha de um caso de estupro e uma infância possivelmente traumática, apesar dela ter comentado em suas sessões que ela teve uma infância boa.
O filme aborda vários aspectos dessa síndrome. Particularmente, conheço de perto a "Geofagia" [que é um tipo de pica], sendo o impulso por ingerir terra ou elementos do solo. Minha mãe me relatou que durante a gravidez do meu irmão, ela teve o desejo de comer terra. E ela comeu. Pesquisei um pouco sobre o assunto e percebi que mulheres grávidas podem aflorar esse transtorno devido à insuficiência de ferro no organismo. Daí aquela cena, onde a sogra da Hunter ajuda ela a preparar suplementos alimentares a base de ferro, para "equilibrar o organismo".
Como a síndrome da personagem persistiu mesmo com esses cuidados médicos e nutricionais, ficou um tanto óbvio que o que lhe faltava era amor. Alguém para abraçá-la, alguém para conversar sobre sua vida e fazê-la se sentir parte de algo, de uma família.
O que me ficou de mais importante do filme, é que ao nos relacionarmos, seja com quem for, devemos amar de verdade. E amar é demonstrar, é se importar, é olhar nos olhos e dizer o quanto aquela pessoa é maravilhosa. O amor ajuda a curar muitas dessas coisas que nem sabemos o nome ainda.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraÉ muito "óbvio". Esse é um conto sobre como o capitalismo é a raiz dos problemas que envolvem a estrutura da sociedade. Usando um poço vertical como alegoria nessa distopia social, o filme mostra uma verdadeira carnificina gastronômica, onde há três níveis: os de cima, os de baixo e os que caem. Um subtítulo ao filme poderia ser: "Seja-bem vindo ao mundo real a thread!"
- Goreng: "Temos que racionar a comida para que ela chegue nos níveis mais abaixo".
- Trimagasi: "Você é comunista? Os de cima não vão ouvir um comunista".
Achei muito curioso como o senhor Trimagasi conta para o recém chegado Goreng como ele foi parar no "poço". Ele começa sua história contando sobre como ele adquiriu sua faca Samurai Max, uma faca super afiada que cortava até tijolos (eu ri muito nessa parte). "E de fato, ela cortava", disse ele.Tempos depois, estavam anunciando na tv outro tipo de faca, a Samurai Plus. Esse diálogo entre eles é uma crítica ao consumo exacerbado e à produção desenfreada do sistema capitalista. Toda semana surge uma nova marca do mesmo produto: geladeira ultra hiper mega potente. Celular Plus Max de Bateria Mega durável... Essas palavrinhas são propositalmente usadas. John Carpenter nos mostra muito bem isso em seu filme "Eles Vivem" (1988).
Eu até pensei que esse filme espanhol fosse inspirado no curta-metragem "Próximo Piso", do Denis Villeneuve. Mas na verdade são só duas peças que fazem críticas similares: as elites festejam incansavelmente, sempre exigindo ser atendidas, arruinando sociedades e países inteiros e não se preocupando em ficar "sujas" enquanto seus prazeres e desejos estiverem sendo atendidos.
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- Algumas questões que me ficaram em aberto, mas que talvez o filme não precisasse responder para que sua mensagem fosse passada:
• A plataforma chega até o nível 333. Por que justamente nesse número quebrado? Por que não no 350 ou 400? Já sabemos pelo senhor Trimagasi que no nível 132 já não chegava comida nenhuma. Talvez a ideia do poço fosse outra, além daquele que a Imoguiri pensou que fosse, o de transformar as pessoas para que elas aprendessem a ter "solidariedade espontânea". Qual o sentido real da existência desse poço? Controle populacional?
• Como a plataforma funciona descendo e subindo os níveis sem usar as leis de Newton? Eu jamais saberei.
• Como o sistema detecta que alguém pegou alguma comida ou garrafa com bebida, sem consumir enquanto a plataforma ainda está no respectivo andar?
• Como animais conseguem entrar e como crianças também? Imoguiri escolheu levar seu cachorrinho Ramessés II (Goreng escolheu um livro e Trimagasi escolheu a faca Samurai Plus), mas ela tinha certeza de que crianças não poderiam entrar (menores de 16 anos), já que ela mesma trabalhou para os "administradores". Como e por que o sistema foi burlado e uma criança conseguiu entrar no poço?
• Sabemos que há classes de trabalho para a manutenção desse poço. Pessoas que trabalham para a produção de alimentos; outros monitoram se os alimentos estão em perfeito estado; outros se encargam de entrevistar "candidatos" para entrarem no poço; também há aqueles que são responsáveis por fazer a troca das pessoas de plataforma todos os meses. Pessoas que planejaram, projetaram e construíram esse sistema vertical. Alguns vão para o poço de forma voluntária, outros como forma de punição. Já sabemos, pelo próprio filme, que a tal "solidariedade espontânea" não existe nesse sistema do poço. Talvez sua função fosse a de controle populacional, mas não seria mais econômico e/ou mais eficaz de fazer isso por outras formas, do que nesse poço? [se o real motivo da existência desse poço fosse o controle populacional].
• Não é mostrado, direta ou indiretamente, se alguém realmente consegue sair do poço. Mas supondo que alguém conseguisse completar esse 1 ano lá dentro, essa pessoa seria reinserida nessa sociedade distópica do filme? Ou eles seriam expurgados?
• A maior pergunta de todas: o que acontece quando a menina chega no nível 0?
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraTalvez Freud começaria explicando essa peça de Robert Eggers pelas frustrações sexuais dos personagens, que isolados numa ilha remota da Nova Inglaterra do século XIX, buscam a compensação sexual aonde podem encontrar, como por exemplo a sereia esculpida na madeira, [spoiler alert] usada também como objeto de masturbação. Mas o que desencadeou a decadência do personagem Ephraim Winslow?
“O roteiro dizia que o farol parecia um pênis ereto.” – Robert Pattinson
O uso moderado do humor escatológico [como os peidos do personagem de Dafoe, certamente como humor e exibição deliberada de poder], até que combina com a estética elegante e o uso do preto e branco para retratar o cenário vintage de isolamento. O filme também brinca propositalmente com a tempestade psicológica de Ephraim Winslow. Nota-se no decorrer do filme que vai ficando cada vez mais difícil de distinguir o real do imaginário em sua mente. E quando a noção de realidade é perdida, então lentamente, observamos uma dinâmica de enlouquecimento.
A tal compensação sexual pode ser um subterfúgio para a falta de sentido existencial do personagem. Quando a estadia de Winslow é prolongada quando uma tempestade atinge a ilha, o único sentido possível de compartilhar mais um dia de sua existência ao lado de Thomas Wake nesse lugar, é poder ver com seus próprios olhos o que há de tão instigante no Farol.
O filme pode nos guiar a acreditar que muito do que Winslow experienciou foi fruto de sua imaginação, como a sereia e os tentáculos do kraken. Robert Eggers também brinca com a superstição marítima, quando Thomas Wake fala que matar uma gaivota traz má sorte. E quando Winslow literalmente faz isso, ficamos esperando pelo mau agouro trazido na superstição. Ela, então, se realiza.
Acredito que Ephraim entrou em decadência ao negar o espaço ao lado de Thomas Wake, que ao longo do tempo, ficou semelhante ao seu antigo chefe. Daí a dificuldade dele em encontrar um emprego decente, como ele mesmo pontua em alguns momentos. A repulsa entre os personagens é natural do confinamento, mas o passado obscuro e misterioso de Ephraim acentua ainda mais a luta de “quem domina mais”.
Seguindo a linha teórica de Viktor Frankl, de que a neurose individual pode ser, em alguns casos, a expressão da recusa da espiritualidade, eu acredito que, após a tempestade e ter perdido a noção do tempo, Winslow buscou pelo sentido de existir mais próximo dos seus anseios, que era cumprir com o papel do qual ele foi contratado, o de cuidar do Farol. E isso lhe foi renegado desde o início por Wake. Portanto, ele se objetiva a observar o Farol de perto, a todo custo. Mesmo que isso custe a vida de Wake. E esse é o seu maior propósito naquele momento. Quando ele chega lá, e tem uma experiência única, a luz do farol lhe traz um significado transcendental. Isso supre um dos anseios do ser humano, que é o desejo e a vontade de "sentido". Ele o encontra. E fim. Uma pena que vira comida de gaivota.
What?
Alô, Privilégio? É a Chelsea
3.3 10 Assista AgoraSeu documentário está longe de uma produção que agrega conhecimento além daquele que já vem sendo divulgado em outras peças. "Alô, Privilégio? É a Chelsea" serve mais como um retrospecto de um pedaço da vida da comediante, especialmente quando ela reencontra seu namorado da adolescência, o Tyshawn, homem negro, que esteve preso por 14 anos.
[vale lembrar que o sistema prisional norte-americano é outro ponto importante no debate sobre privilégio branco e racismo, onde outro documentário da Netflix, "13ª Emenda", aborda esse tema com muita importância].
Chelsea Handler traz humor em todas as suas peças, seja em stand-up, seu talk show, ou documentários. Esse seu novo material faz com que as pessoas que se beneficiam do "privilégio branco" prestem a atenção nas nuances que é nascer de pele cor branca, numa sociedade norte-americana onde em meados de 2017 teve uma marcha supremacista em Charlottesville, no Estado da Virgínia; uma sociedade que, embora já tenha elegido 1 presidente negro, é a mesma sociedade que convive com o fato de que o grupo KKK ainda está operando, ativo, supimpas. Não vamos esquecer daquela reportagem que saiu na BBC Brasil: David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, elogia Bolsonaro - 'Ele soa como nós'. Gente, que belo tapa na nossa cara! [digo isso pelo fato de o Brasil ser o segundo país em população negra do mundo, apenas atrás da Nigéria].
Chelsea conversa com alguns de seus colegas comediantes, como Kevin Hart e Tiffany Haddish. Ela também conversa com alunos da Universidade do Sul da Califórnia. Também conversa com mulheres brancas, ligadas ao partido Republicano, que em suas opiniões, "não há privilégio branco nos Estados Unidos".
O momento mais importante, ao meu ver, foi quando Chelsea vai ao Memorial Nacional pela Paz e Justiça, em Montgomery, Alabama, que trata de registrar as memórias sobre os linchamentos de negros, entre 1880 até 1950. Inevitável não comparar com o memorial do holocausto. Isso tudo faz parte da história da humanidade.
Ártico
3.4 126Nunca imaginei que esse filme fosse dirigido por um youtuber e brasileiro: Jônatas de Moura Penna (Joe Penna). Comecei assistindo sem muitas pretensões. Tem certos filmes que são feitos para momentos contemplativos. Esse é um deles. Estava com tempo, disposição e paciência para a arte de observar o vazio. É disso que o filme se trata: você, o nada e seus pensamentos. O frio do Ártico ajuda muito a se sentir vivo, pois acredito que uma média de -40 ℃, a única coisa que da pra sentir no próprio corpo é o coração batendo. Nada mais humano do que sentir sua própria pulsação na imensidão do frio e do vazio.
Esse é um filme que traz uma bonita mensagem de perseverança, então vale a pena!
Kursk: A Última Missão
3.3 35 Assista AgoraBaseado em fatos verídicos, Kursk recria o desastre do submarino nuclear russo, de 2000. Devido à alta potência dos mísseis que eles transportavam, uma grande explosão na proa do submarino faz com que os marinheiros fiquem perdidos no fundo do mar. Os membros da tripulação que sobreviveram devem buscam ajuda junto à Marinha Russa, que recebe ajuda da Marinha Americana.
O filme se assemelha muito a série Chernobyl, que retrata o desestre da explosão da usina nuclear de Pripyat, na Ucrânia: pressão psicológica, negligência das autoridades em reconhecer os danos, mortes e consequências. O resultado final em ambas as peças são famílias destruídas pelo triunfo entre as rivalidades político-econômicas. Imperdível!
A Rainha da Espanha
2.9 11 Assista AgoraDando continuidade ao filme "A Garota dos Seus Sonhos" (1998), aqui em A Rainha da Espanha, a atriz Macarena Granada (interpretada por Penélope Cruz) é a joia das atrações cinematográficas da Espanha de Francisco Franco, ditadura essa que controlou toda a produção cinematográfica da Espanha entre 1939 e 1975.
A história começa em meados de 1950, durante a ditadura franquista. Com o final da Segunda Guerra Mundial e o estreitamento da relação entre os Estados Unidos e a Espanha, produtores americanos decidem produzir um filme sobre Isabel, a primeira rainha da Espanha. Sem uma história muito complexa, mas com diálogos recheados de humor e sátira [somando-se a beleza e talento de Penélope cruz], essa peça nos demonstra que cinema é crítica política desde sempre.
Se vier a existir um terceiro filme para continuar esse entretenimento, gostaria muito que a musa dos olhos pudesse viver uma personagem em decadência, ao melhor estilo de "Noites de Cabíria" ou "Oharu - A Vida de Uma Cortesã", uma diva decadente e iludida pelo glamour e pelo amor de seus affairs. A tragicomédia espanhola, ao meu ver, funciona muito bem. Soa como uma grande apresentação de palco dos antigos filmes brasileiros que também retratavam o cinema dos períodos ditatoriais.
A Vida Invisível
4.3 642A Vida invisível de Eurídice Gusmão recebeu hoje o prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar), em Cannes.
"Eu queria também dizer que a gente está passando um momento no Brasil onde a intolerância é algo que é muito forte. As ameaças contra a educação, e a criatividade e a cultura e a diversidade são gigantescas" - diretor Karim Ainouz.
DISCURSO FODA! O cinema brasileiro ta vivo e bem representado!
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraUm segredo desse filme é que a maravilhosa Tilda Swinton
interpreta o Dr. Jozef Klemperer.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraUma agradável surpresa nesse fim de ano. Acredito que o intuito do filme não é explicar a origem das coisas, mas mostrar como os personagens reagem aos acontecimentos propositais e aleatórios durante esse cenário pós-apocalíptico.
Gostei que os personagens tomam atitudes coerentes e com um significado por trás de suas ações, por mais simples que as cenas fossem (o que não ocorre em alguns filmes do mesmo gênero):
- o casal que foge no meio da madrugada e rouba o carro; (o filme seria outro se o carro ainda estivesse com o pessoal da casa)
- a moça que abre a porta para o estranho entrar; (buscando retribuir o gesto que fizeram com ela... na verdade, o filme seria outro se a grávida loira não fosse tão impulsiva).
- a decisão de morar no mercado ou voltar para levar comida aos demais. (o filme seria outro se eles dessem mais ouvido ao personagem do John Malkovich).
O filme, ao meu ver, se distancia de A Quiet Place (como muitos têm comparado) pelo contexto ser absolutamente diferente. Emily Blunt e John Krasinski tinham a opção de construir uma vila repleta de acessibilidades para a sua sobrevivência, com câmeras, com alarmes, sistema de monitoramento, auto subsistência (estavam protegidos de alguma forma e tinham a chance de revidar ou se salvar, caso necessário). Já aqui em Bird Box, por mais que a personagem da Sandra tenha conseguido construir uma casa aconchegante para abrigar as crianças e viver o tanto que desse com Tom, a qualquer momento aquelas pessoas loucas poderiam aparecer e derrubar a casa. Esse fator surpresa não existe em A Quiet Place, tornando o roteiro aqui um plano fértil para a "fantasia", já que o inimigo (aquela coisa desconhecida) não tem forma, não tem um padrão de comportamento, não há nada em que nós possamos confiar (nem mesmo naqueles desenhos feitos pelo deficiente mental.. aquelas formas são reais ou fruto da mente doente dele?). Em A Quiet Place nós vemos o inimigo, sabemos como eles atacam e o motivo do ataque (embora não saibamos outras questões). Aqui não há previsibilidade, pelo menos não nesse primeiro filme.
Gostei bastante das decisões tomadas pela personagem da Sandra Bullock. Aquela cena em que ela conversa com as crianças sob o rio e ela diz que vai escolher um deles para "olhar"... nossa, que agonia! (escolha de Sofia). Ela fez a escolha certa, mesmo que isso pudesse custar a vida de todos. Eu, particularmente, acredito que mesmo em um mundo hipotético pós-apocalíptico, a ética/ moral humana elevada deve prevalecer sempre, pois é isso que nos torna diferentes, é a nossa capacidade e habilidade de poder tornar o mundo melhor. É esse sentimento que faz eu torcer pelos personagens e querer que eles consigam chegar ao seu destino, em algum lugar seguro, longe do caos.
No aguardo do filme 2.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraSobre Minerva McGonagall e o seu miraculoso ano de nascimento:
Como muitos fãs chegaram ao miraculoso ano de 1935 como data de nascimento de Minerva McGonagall? Postulando, portanto, que a própria autora estava errada ao introduzir Minerva no filme. Vamos lá:
Não há em nenhum lugar dos cânones de Harry Potter, nem no Pottermore, nem no Twitter de J.K. Rowling, que nos informe a data precisa do ANO DE NASCIMENTO da professora Minerva. Há, apenas, a informação precisa de que ela nasceu em 4 de Outubro.
O possível "erro" que muitos apontam no filme, dizendo que a própria autora desconhece de sua própria obra, colocando Minerva em Os Crimes de Grindelwald como um "fan service" para agradar seu público, não é verdadeiro.
Em Harry Potter e a Ordem da Fênix, durante os interrogatórios de Dolores Umbredge, a "Alta Inquisidora" questiona professora Minerva sobre seu tempo de serviço em Hogwarts. A professora responde dizendo: 39 anos.
Isso bastou para que muita gente encarnasse o meme da Nazaré e começasse a fazer os cálculos: O quinto livro se passa em 1995. Minerva disse que trabalha em Hogwarts há 39 anos. Isso significa que ela começou a trabalhar na Escola em 1956.
Somemos isso ao fato de que J.K. Rowling, no Pottermore, escreveu que professora Minerva ocupou um cargo no Ministério da Magia por 2 anos, até ser chamada a lecionar em Hogwarts.
Se minerva terminou a escola aos 18 anos, entrou para o Ministério aos 19. Dois anos trabalhando lá, então ela tem 21 anos em 1956. Então ela só pode ter nascido em 1935! Pronto! Chegamos ao número que muitos estão falando!
O que está passando despercebido pelos nossos olhos?
1 - Quem disse que Minerva trabalhou 39 anos consecutivos em Hogwarts? Todo esse cálculo é baseado na premissa de que ela nunca deixou de dar aula na Escola durante esses 39 anos. Vamos lembrar que professor Horácio Slughorn deu aula em Hogwarts, saiu da escola, e depois Dumbledore o chamou novamente para dar aula. É absolutamente razoável que professora Minerva tenha nascido antes de Newt sim!
Não acredito que J.K. Rowling tenha se enganado com um fato tão importante assim. Eu apenas trouxe uma visão diferente do que achamos ser uma verdade absoluta. Agora, sobre Aurélios Dumbledore... preciso de mais tempo para reler os livros e tentar entender as nuances! :D haha
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraQuem disse que Batilda Bagshot, ao ajudar a escrever "A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore", não omitiu alguma valiosa informação?
Eu simplesmente amei esse filme!
Newt tem o seu próprio glamour, por ser humilde, respeitoso, amante da natureza e tem o mesmo objetivo que Dumbledore: ajudar a construir um mundo bruxo melhor, dentre os seus próprios potenciais. Achei esse filme muito melhor do que o primeiro e repleto de informações que ajudam a moldar melhor o mundo da magia: novos feitiços, novos animais, confirmações de teorias levantadas pelos próprios fãs, novos bruxos, novos lugares mágicos...
Teremos a oportunidade de receber o próximo filme no Rio de Janeiro. Ninguém melhor do que Newt Scamander para visitar o país tropical, especialista em tudo aquilo que ele mais ama: a natureza! Estou bastante ansioso e feliz de ver a história que consagra a Lufa-Lufa com seu personagem principal nessa franquia (depois de Cedrico Diggory, em Cálice de Fogo), mesclando novas culturas e novos personagens.
Compreendo os possíveis "erros" levantados acerca da professora Mcgonagall aparecer [sendo que o próprio Newt é, pela biografia, mais velho que ela] e da surpresa final: Credence é Aurelius Dumbledore?
Lembrando que a autora J.K. Rowling introduziu as relíquias da morte apenas no último livro, não sabíamos de tais artefatos nos livros anteriores. Então eu acredito que essa informação "Credence é Aurelius Dumbledore" possa ser algo realmente novo [como ela fez com as relíquias]. Pode ser alguma nova ramificação da biografia de Percival ou Kendra. Mas quem disse que Batilda Bagshot, ao ajudar a escrever "A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore", não omitiu uma possível informação de um quarto irmão chamado Aurelius? [acho isso absolutamente crível], pois essa é a premissa: que Batilda falou a verdade na biografia. Nós acreditamos na veracidade da biografia de uma historiadora [a mais respeitada do mundo bruxo, claro], mas quem disse que ela não possa ter omitido alguma informação para Rita Skeeter? [não faz sentido Rita omitir alguma coisa, pois o job dela era quanto mais bapho no mundo bruxo melhor] - [quero acreditar nisso, pois ficaria muito chateado em perceber que Grindelwald possa ter mentido, apenas como um cliffhanger usado pela autora/ roteirita.
- Se for verdade o que Grindelwald disse para Credence, que ele é um Dumbledore, como ele sabia dessa informação? Vamos lembrar que Batilda Bagshot era amiga e vizinha da família Dumbledore, mas também era tia-avó de Grindelwald! [senta aqui, meu netinho, no colinho da vovó, tenho uma coisa pra te contar!].
- Achei que foi pouco explorada a participação de Nicolau Flamel [extremamente caricato] e de Nagini no filme. Achei que teriam uma função maior do que a de figurantes. Nagini, então, entrou muda e saiu calada. Nem a língua das cobras conseguiu fazer. Complicado.
- Não esperei ver a escola Beauxbatons ser abordada, assim como Ilvermorny não apareceu no primeiro filme. Mas gostei bastante de ver o Ministério da Magia francês. Assim como rever o Ministério da Magia britânico.
- Muitas cenas dos trailers foram descartadas do filme, o que é um desperdício, pois há tanto material complementar importante. Uma pena.
- Pontos positivos na evolução do casal Tina e Newt. A cena mais legal do filme, ao meu ver, foi a que eles conversam dentro do Ministério da Magia, na França. [Olhos de salamandra hahaha].
- Na cena do discurso [brilhante] de Grindelwadl, vemos muitos casais se separando: Queenie e Jacob; Nagini e Credence; Leta e Theseus... exceto pelo casal Tina e Newt.
- O que foi o Pelúcio saindo daquele fogaréu, todo manco?? gente, tadinho.
- Me incomodou muito o circo Arcanus aparecer apenas 5 min e depois aquela multidão que estava de platéia sumir do nada. Sobrando apenas Tina e Yusuf Kama naquela cena em que ele aborda ela na rua vazia. Poderiam ter colocado os figurantes se dispersando pelas ruas. Seria um caos mais convincente.
- Destaque para os animais Fantásticos desse filme: Zouwu, o animal chinês que tem aquela juba que brilha muito incrível [aquela cena do chocalho ficou muito legal]. Cavalo-do-Lago também trouxe cenas aquáticas incríveis [combinando com o tema de abertura do logo da Warner que veio com um theme aquático, se notarmos. Porém, o animal Kappa, que apareceu com destaque nos trailers e no filme não rendeu nada. Desperdício.
- E por fim, só pra esclarecer para alguns que talvez não saibam: Leta Lestrange não é parente de Bellatrix Lestrange, pois Bella é da família Black [prima de Sírius]. Bella se casou com Rodolphus Lestrange. Ele sim é parente de Leta.
O Retorno de Mary Poppins
3.5 343 Assista AgoraSaiu o trailer, pessoal!! O filme certamente vai ser incrível! Olha que primor de trailer:
[https://www.youtube.com/watch?time_continue=146&v=-3jsfXDZLIY]
Um Mundo Sedento
4.3 2Com esse documentário, aprendemos que estamos conectados à água de um forma inesperada. Quantos litros de água você e eu gastamos por dia?
- Precisamos de 3 litros de água para produzir 1,5 litros de água mineral.
- É necessário 40 litros de água para produzir 1 pé de alface.
- 140 litros de água para produzir 1 copo comum de café.
- 185 litros de água para produzir 1 kg de tomates.
- Precisamos gastar 330 litros de água para produzir 1 pão baguete.
- 960 litros de água para produzir 1 garrafa de 1 litro de vinho.
- É necessário 1000 litros de água para produzir 1 kg de maçãs.
- 1100 litros de água para produzir 1 litro de leite.
- 1900 litros de água para produzir 1 kg de macarrão (tipo espaguete).
- Precisamos gastar 3400 litros de água para produzir 1 kg de arroz.
- 11 mil litros de água gastos para produzir um par de calça jeans.
- Gastamos 15 mil litros de água para produzir 1 kg de bife de carne bovina.
[todas essas informações estão contidas no trailer também].
"Uma família europeia de 4 pessoas, consome 140 mil litros de água por semana (toda a semana). Mas a água também está faltando, desesperadamente, para 1 bilhão de pessoas no mundo".
Acredito que a mudança na perspectiva, na forma de ver o mundo e na forma como interagimos com o mundo pode mudar a realidade de muitas pessoas, direta e indiretamente. O estilo de vida é o carro-chefe de toda essa demanda.
Não há recursos naturais disponíveis para sempre. Devemos aprender a reciclar, a reutilizar e respeitar os recursos provenientes da natureza. Uma pequena mudança no estilo de vida que levamos contribui muito lá no futuro.
O conhecimento não serve de nada a não ser que se ponha em prática - Anton Tchekhov
A Última Jornada
3.3 41 Assista AgoraDeixa eu arrumar essa sinopse: Cenas claustrofóbicas com diálogos vazios e personagens enclausurados na linha de frente da Primeira Guerra Mundial, onde a "trajetória do herói" tem um menino quase perdido nesse exército liderado por um alcoólatra. - o filme é todo assim. Se você gostou disso, parabéns! Coragem, porque noção...
A última Johnny Walker
Amor sem Pecado
3.4 332Por ser um filme baseado na obra "The Grandmothers", da vencedora do prêmio Nobel de literatura, Doris Lessing, eu esperava bem mais. A história não é de todo o ruim. Somos surpreendidos com cenas do tipo: Oh My God! [bem Janice de Friends]. Há cenas do tipo: sério? é isso mesmo, produção?
Não há uma fotografia maravilhosa [apesar de que cairia bem nesse filme, pois ele é todo estilo praieiro, paradisíaco, sensual, sublime...]. Também não tem aquela trilha sonora que faz a gente embarcar na loucura dos personagens, mesmo eles fazendo aquela cagada que a gente condena na vida real [pois é, não isso tem aqui também].
O que me chamou a atenção no filme foram os plots [que tem aos montes]. Isso vai nos guiando até um final surpreendente.
Per amore
Duas Rainhas
3.4 343 Assista AgoraSaiu o trailer!!! [https://www.youtube.com/watch?v=Y1GcEagzTDg]
Gente, vocês não acham a Margot Robbie nesse trailer a cara da Rainha de Copas, em Alice no país das Maravilhas? hahah
O Verdadeiro Custo
4.5 132 Assista AgoraO documentário aborda um tema extremamente relevante para os dias atuais.
Pra complementar o conteúdo: "Copenhagen Fashion Summit 2014" - Esse é o nome do evento [que tem no YouTube] em que a Livia Firth [que aparece no documentário] faz crítica às marcas de roupas. Em 10:15 do vídeo, a representante da marca H&M começa a expor sua visão. Em 21:20, a Livia começa a expor a sua [a mesma defendida no documentário]. E elas entram em conflito. O que é interessante de se ver. Não pelo "barraco", mas como ambas defendem fortemente suas causas.
A escravidão acabou mesmo ou só mudou de roupa?
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraQuem ganha essa disputa: Animes feitos com desenhos à mão Vs Animes computadorizados? [fica aqui a semente pra nossa reflexão]. De qualquer forma, eis aqui um excelente exemplo de que animes feitos com desenhos à mão são lindos de se verem!
O cometa de nome Tiamat [que me lembrou de imediato o dragão de cinco cabeças do desenho A Caverna do Dragão] é o fenômeno que rompe com a realidade física e aborda o aspecto de ficção científica, o que foi muito legal de acompanhar. Your Name, além de nos guiar pelas aventuras de dois jovens que trocam de corpos em situações de humor, também nos agracia com uma inteligente imersão cultural japonesa, como a produção milenar do saké. Adorei!
Call me by...
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraUm Lugar Silencioso, por fora. Gritante, por dentro. A Quiet Place se passa 89 dias após o "evento" que ocasionou o surgimento daquelas criaturas. Teríamos um filme completamente diferente se ele se passasse no dia 1 [caos total, provavelmente. Talvez o nome do filme fosse A Loud Place]. Observamos uma família organizada, unida e focada em manter e restabelecer a humanidade que ainda resta naquele lugar. Seja com jogos de tabuleiro com peças tricotadas pela mãe, seja com um passeio na mata na companhia do pai, ou por um jantar em família! O filme também acerta ao trazer uma atriz deficiente auditiva para um papel do qual requer tal característica. E isso torna o filme ainda mais realista com o seu plano de fundo.
Algumas considerações:
- Na sala secreta que o John Krasinski proibiu a filha de conhecer, tem um quadro com perguntas sobre os "monstros" e algumas características:
Características confirmadas: os monstros são cegos e atacam o que que faz barulho.
As dúvidas deles: Quantas dessas criaturas existem? Eles são organizados? Porque eles não comem o que matam?
- Bom, sabemos que os tais monstros não comem o que eles caçam. Mas o filme não explica o motivo disso. Nem como a eletricidade ainda é gerada, nem como eles possuem armamento, nem como as outras famílias vizinhas conseguem sobreviver. Mas acredito que essas explicações podem ser levantadas em uma possível continuação do filme. O foco aqui é nos introduzir à sobrevivência de uma família [o que por si só já renderia uma série melhor do que The Walking Dead - fazendo um comparativo entre cenários de sobrevivência].
- Porque eles não vigiaram o filho pequeno, lá no início do filme? Sabendo que qualquer barulho razoavelmente alto poderia atrair aquelas criaturas [e eles já sabendo disso], o menino, sem que os pais vissem, pega um brinquedo que tem musiquinha! Todo o cuidado e engenhosidade do casal em construir um lugar seguro, fica um pouco descreditado quando eles "esquecem" de segurar aquele menino pela mão do início ao fim do passeio [as crianças, as vezes, não possui o mesmo senso de realidade que os adultos. Pra ele, era só um foguete legal].
Shhh
A Visita
3.3 1,6KDuas estrelinhas para a atuação do menino Tyler, que conseguiu se destacar em um filme de direção ruim, um plot batido e um roteiro pior ainda [com premissas fracas e sem pé nem cabeça]. Deu pra dar algumas risadas também.
- Como é que os netos nunca viram a foto dos avós antes de visitá-los?
- Se a mãe das crianças não falava com seus pais, como os dois foram parar na casa dos "falsos avós"?
- Porque dois jovens espertos permanecem na casa de dois idosos estranhos [depois deles saberem que aqueles não eram seus avós de verdade e que eles matavam pessoas?] Pega a mala e cai fora, tchê!
Katy Perry!
O 12º Homem
4.0 66 Assista AgoraO filme nos inunda com a síntese máxima de amor ao próximo. Observamos pessoas dispostas a arriscarem suas vidas pela vida do outro. É um filme sobre superação, força e coragem. Uma aula de humanidade! De tudo aquilo que se deve negar e tudo aquilo que se deve resgatar... para que tantas outras gerações não precisem contar histórias como essa novamente.
Sete Vidas de um Homem
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraÉ o tipo de drama que faz questão de prolongar a dor e o sofrimento dos personagens... e não de uma forma que me atraiu. Não sei vocês, mas eu não consegui me conectar com ninguém. Michelle Williams era a única figura feminina de peso no filme e não souberam aproveitá-la, ao meu ver. A experiência de assistir a um filme que nos guia ao sofrimento, tem seu personagem principal interpretado por um ator que parece ser indiferente a ele, me soou desagradável em alguns momentos.
Se alguém souber essa parte do filme, por favor, me ajude:
O irmão do Lee Chandler (interpretado pelo Casey Affleck) morre. Ao longo do filme, vamos nos deparando que o sofrimento de Lee é bem maior do que esperávamos [Não posso imaginar como é a dor de perder os filhos em uma casa em chamas]. Lee, além de carregar a dor de uma vida marcada por acontecimentos dolorosos, se depara com a responsabilidade de cuidar de seu sobrinho. Aqui é que consiste a minha dúvida. Na verdade, nem é tanta responsabilidade. Afinal, o rapaz estava quase adulto. Por qual motivo Lee não quis ajudar seu sobrinho e se mudar para a cidade dele? Ao meu ver, essa seria uma boa oportunidade dele resgatar o afeto e o amor pelo resto da família que ainda sobrou. Qual o motivo dele querer negar veemente essa nova fase de sua vida?
Lágrimas à Beira-Mar
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraEsse é aquele filme que foi um fracasso nos cinemas e um sucesso na Netflix?
A grandiosidade trazida no filme Ex Machina [que inclusive ganhou o Oscar de melhor efeitos visuais, em 2016] pelo diretor Alex Garland, deixou a desejar aqui em Aniquilação. Particularmente, nem a fotografia do filme me agradou. Tais efeitos com cores artificiais me soou como um filme fantasia do que de ficção científica. A qualidade na atuação das atrizes escaladas pode ser questionada também. Esperava bem mais.
Aniquilando expectativas